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Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia

Universidade do Estado de Mato Grosso


Campus Universitário de Alta Floresta
Faculdade de Ciências Biológicas e Agrárias
Bacharelado em Agronomia

A cultura da Bananeira (Musa spp. L.)

Prof: MSc. Walmor Moya Peres


E-mail: walmorperes@unemat.br

Alta Floresta - MT
2022
 Introdução:

 A origem da bananeira se deu no sudeste asiático  na Índia a ± 500 a 600 a.C;


 No novo mundo  1516  São Domingos  frei Tomás de Berlanga  das ilhas canárias;
 No Brasil  foi relatada a presença da banana por emigrantes em 1556;
 A cultura é de grande importância para o Brasil  renda para pequenos e médios produtores;
 A banana é uma das frutas mais produzidas no mundo (IBGE, 2014)  106,5 milhões de ton.
em uma área de 4,9 milhões de hectares  movimentando US$ 28 bilhões;
 Consumo mundial FAO, 2011  11 kg habitante ano-1; Nacional  20 kg habitante ano-1
 Brasil exportou 2,2% da produção  ± 144 mil ton.  movimenta em média US$ 2 bilhões
ano-1 (FAO, 2011)  Argentina (± 52 mil ton.) e Uruguai (± 36 mil ton.) (Secex, 2011);
 Problemas  manejo inadequado; pragas e doenças;  investimento capital e tecnologia, 
produtividade e  qualidade dos frutos  pós colheita deficiente  perdas de até 40%;
 O Brasil é o 5° maior produtor mundial  7.138.437 de ton. (LSPA, 2014);
 Área cultivada no Brasil  523.797 hectares (2014);
 Rendimento médio  14, 6 ton. ha-1  média mundial  18,4 ton. ha-1;
 Introdução:

 Maiores produtores no Brasil (IBGE, 2011)  1º Nordeste 38% da produção (Bahia (15,5%),
Pernambuco (7,4%) e Ceará (6,4%)), 2º Sudeste 32% (São Paulo (18,2%) e Minas Gerais (9,4%);
  Produtores  1º Índia (± 27 milhões de ton.); 2º China (± 9 milhões de ton.); 3º Filipinas
(± 9 milhões de ton.); 4º Equador (± 8 milhões de ton.) e 5º Brasil (± 7 milhões de ton.);
 É principal fonte de divisas para diversos países  Equador, Costa Rica, Filipinas, Honduras;
 A cultura é cultivada seguindo padrões tradicionais   investimentos de capital,  nível
tecnológico, acarretando  produtividade e produção de frutos de qualidade inferior;
 Preço em Carlinda 2014, Sr. Benedito, Cooperlinda  R$ 1,25 por quilo;
 O Brasil exporta   porque o consumo interno e as perdas pós-colheita são , não
formando excedente para exportar e não temos qualidade para satisfazer o mercado externo;
 Produtos da banana  sorvetes, iogurte, gelatinas, pudins, bolo, doce bananada, fruta em
calda, suco, banana drink, banana em calda, produtos desidratados (farinhas de bananas maduras
e verdes, banana passa, flocos, pó ou granulado), licor, vinho, vinagre, cerveja, aguardente.
Tabela 1: Composição da banana em relação ao seu valor nutritivo (Fonte: Embrapa).
 Clima e Solo:
 Temperatura:
 Temperatura ótima  26 a 28° C, com mínimas de 18° C e máximas de 34° C;
 Regiões  1.000 m  temperaturas são mais baixas que 26 a 28ºC;
 Temperaturas  de 17° C pode impedir ou limitar o desenvolvimento da planta (“chilling” ou
friagem)  pode causar o engasgamento do cacho e empedramento da polpa;
 Engasgamento  distúrbio causado pela compactação da roseta foliar dificultando o
lançamento da inflorescência o qual deforma o cacho inviabilizando a produção;
 Temperaturas  de 37° C inibem o desenvolvimento da planta em consequência da
desidratação dos tecidos, principalmente das folhas.
 Umidade Relativa Ar (UR ar):
 Umidade relativa do ar ótima 80%  melhor desenvolvimento da bananeira;
  UR ar  acelera a emissão de folhas, prolonga sua longevidade, favorece o lançamento da
inflorescência e uniformiza a coloração dos frutos;
 A  UR ar  torna as folhas mais coriáceas e com vida mais curta;
 A  UR ar associada com  precipitações provoca  na ocorrência de doenças fúngicas.
 Clima e Solo:
 Precipitação:
 Precipitação média anual  1.900 mm  bem distribuídos  160 mm mês-1 ou 5 mm dia-1 
melhores produções de banana;
 Precipitação bem distribuída de 100 mm mensal  solos com boa capacidade de retenção de
água  permite boa produção  solos arenosos,  retenção água e  MO  180 mm mensal;
 Precipitação  80 mm mensal   desenvolvimento,  produção e  qualidade do fruto;
 Precipitações  de 1.200 mm ano-1  clima marginal  a planta somente sobrevive e
frutifica se o clone plantado for tolerante ou resistente à seca ou se for utilizado a irrigação;
 Severa deficiência hídrica no solo a roseta foliar se comprime dificultando ou impedindo o
lançamento da inflorescência.
 Vento:  Ventos  a 30 Km h-1  não prejudicam a planta;
 Ventos 40 - 55 km h-1  causam tombamento e fendilhamento de folhas  bananas de porte
alto  cultivar Thap Maeo perdas de até 70% (Foto);
 Ventos de 70 Km h-1  causam prejuízos em cultivares de porte baixo;
 Para  os efeitos do vento  quebra vento e escoramento das plantas.
Figura 2: Danos causados pelo vento na cultivar Thap Maeo. Foto: Murilo Arruda.
 Clima e Solo:
 Altitude:
 A bananeira é cultivada em altitudes que variam de 0 a 1.000 m acima do nível do mar;
 A altitude pode alterar o ciclo de produção  cultivos em  altitudes (0 a 300 m) para o
subgrupo Cavendish o ciclo é de 8 a 10 meses e em altitudes de 900 m o ciclo  para 18 meses;
 Para cada  100 m de altitude a temperatura  0,8 º C;
 Experimentos conduzidos demonstraram que para cada 100 m de acréscimo na altitude o ciclo
aumentou de 30 a 45 dias.
 Luminosidade:
 A bananeira requer  luminosidade  nessa situação  o cacho estará no ponto de corte
comercial 80 a 90 dias após a sua emissão  sob  luminosidade leva até 112 dias;
 O efeito da luminosidade sobre o ciclo vegetativo da bananeira é bastante evidente:
- cultivos de Cavendish bem expostos à luz podem ser colhidos aos 8,5 meses;
- sob pouca luminosidade o ciclo pode chegar a 14 meses;
 O ideal é que a luminosidade seja de 2.000 horas de luz ano-1  nunca inferior a 1.000 horas
de luz ano-1.
 Clima e Solo:

 Solo:

 O solo ideal são os areno-argilosos com 10 a 15% de argila, com 10 a 15% de silte,
profundos, bem drenados, com boa capacidade de retenção de água e com um bom teor de
matéria orgânica;
 Nas bananeiras as raízes são tenras, frágeis com pequeno poder de penetração  70% se
encontram aos 30 cm de profundidade;
 A saturação de bases (V%) para o cultivo  70%;
 Condições adversas ao cultivo  solos  arenosos, solos  argilosos, áreas sujeitas ao
encharcamento, topografia acentuada   produção;
 Evitar o plantio em áreas com declividade  de 11%;
 Em áreas  de 11%  plantio em curvas de nível, terraços, renque de vegetação.
 Cultivares Comerciais:

 Caipira ou Yangambi Km 5 (AAA):

 Origem  África Ocidental;


 Sabor levemente adocicado;
 Porte alto  até 4 m;
 Ciclo vegetativo  ± 380 dias;
 Cachos  peso  25 a 30 Kg  podendo chegar a 40 Kg;
 Resistente  sigatoka negra, sigatoka amarela e mal do panamá;
 É difícil despencar  comercializada no atacado em cachos;
 Cacho cilíndrico  frutos curtos  grossos  peso ± 100 g;
 Frutos  semelhantes aos da banana maçã  só que estão dispostos irregularmente na penca;
 Moderadamente resistente  broca do rizoma (moleque da bananeira) e nematoides.
 Cultivares Comerciais:

 Thap Maeo (AAB):

 Origem  Tailândia;
 Porte alto  pode atingir mais de 4 m;
 Ciclo vegetativo  ± 390 dias;
 Cachos  peso  30 a 35 Kg  podendo chegar a 50 Kg;
 Exigente em nutrientes  potássio(K) e zinco (Zn);
 É difícil despencar  comercializada no atacado em cachos;
 Cacho  podem apresentar 13 ou mais pencas  e mais de 320 frutos;
 Frutos  curtos semelhantes aos da banana maçã  sabor adocicado  peso 120 g;
 É uma variante da cultivar Mysore  bastante aceita por ser semelhante à cultivar Maçã;
 Resistente  sigatoka negra, sigatoka amarela e mal do panamá  suscetível  Moko;
 Moderadamente resistente  broca do rizoma e nematoide cavernícola.
 Cultivares Comerciais:

 FHIA1 (AAAB) e FHIA18 (AAAB):


 Origem  Honduras;
 Frutos  grandes  sabor adocicado  peso 200 g;
 Porte médio  até 3 m;
 Cachos  peso  24 Kg  podendo ultrapassar 50 Kg;
 Ciclo vegetativo  ± 350 dias;
 Menos exigente em nutrientes  potássio(K) e zinco (Zn); FHIA 18.
 Cacho  podem apresentar 13 ou mais pencas  e mais de 320 frutos;
 Resistente  ao tombamento  recomendado para locais com histórico de vendavais;
 Diferenças  a FHIA1 não apresenta retenção de brácteas florais (rabo limpo) e resistente ao
mal do panamá  a FHIA18  rabo sujo  suscetível à sigatoka amarela e mal do panamá;
 É suscetível ao despencamento  comercializada no atacado em pencas.
 Cultivares Comerciais:

 FHIA20 (AAAB) e FHIA21 (AAAB):

FHIA21.
 Origem  Honduras;
 FHIA20  cultivar tetraploide  produz frutos tipo Terra;
 FHIA20  alta resistência a sigatoka amarela e negra e mal do panamá;
 FHIA20  frutos devem ser consumidos após cocção ou fritura  Banana de fritar;
 FHIA20  fruto com pouca consistência quando maduro  consumir qdo iniciar maturação;
 FHIA21  origem  Honduras  cultivar tetraploide;
 FHIA21  Frutos tipo D’angola;
 FHIA21  apresenta, basicamente, as mesmas características da cultivar FHIA20.
 Cultivares Comerciais:

 BRS Japira (AAAB) e BRS Vitória (AAAB):

 São materiais com características muito semelhantes;


BRS Japira. BRS Vitória.
 Porte  médio a alto  podendo atingir 4 m;
 Cachos  23 Kg  frutos médios  peso  entre 160 a 180 g;
 Ciclo vegetativo  315 dias;
 Resistentes  sigatoka negra e amarela e mal do panamá;
 A Japira  é resistente à antracnose  dando maior vida de prateleira aos frutos;
 Possuem elevada resistência ao despencamento  comercializada no atacado em cachos;
 São materiais híbridos do tipo Prata  obtidos a partir de cruzamento com a cultivar Pacovan.
 Cultivares Comerciais:
 Prata Ken ou Pacovan Ken (AAAB):
 Híbrido  obtidos pelo cruzamento com a cultivar Pacovan do subgrupo Prata;
 Produzem frutos de sabor e formato semelhantes ao do subgrupo Prata;
 Porte  médio a alto  podendo atingir 4,5 m;
 Ciclo vegetativo 420 dias;
 Cachos  peso  21 Kg  podendo atingir 30 Kg;
 Resistência  sigatoka amarela e negra e mal do panamá;
 Suscetível  Moko e nematoide cavernícola;
 Cachos  7 a 10 pencas.
 Cultivares Comerciais:

 Pelipita (ABB):

 Cultivar  com frutos semelhantes aos da banana figo;


 Cor da polpa do fruto  salmão;
 Cachos  peso  22 Kg  10 pencas;
 Resistência  sigatoka amarela e negra;
 Suscetível  Moko;
 A Pelipita é uma opção ao produtor para substituir a banana da cultivar D’Angola;
 Frutos  consumidos após cocção ou fritura  ou na forma de mingau;
 A cultivar Pelipita  apresenta vantagens comparadas a D’Angola  frutos com 6 vezes mais
fibras  6 vezes menos gordura na polpa  o que oferece maior digestibilidade e rendimento
industrial  quando empregada na confecção de farinha e banana “chips”;
 Cultivar rústica  porte médio a alto  podendo atingir 4 m  ciclo longo  450 dias.
Banana Vermelha (musa acuminata Banana de São Tomé (musa acuminata
(AAA). (AAA).

Pelipita (ABB)

Variedades tradicionais.
 Classificação Botânica da Bananeira:

 Proposta por Simmonds e Shepherd (1955) para o gênero Musa  hoje é adotada no mundo
inteiro  é baseado no número de cromossomos;
 É dividido em 2 grupos  com 10 cromossomos e com 11 cromossomos.
 1º Grupo  bananeiras com Nº básico de cromossomos igual a 10, possuem brácteas livres e
se dividem em 2 seções:
 Seção Australimusa  compreende 5 espécies mais importantes  destaque para Musa textilis
 usada para a extração de fibras;
 Seção Callimusa  5 ou 6 espécies de tamanho pequeno  somente interesse botânico;
 2º Grupo  bananeiras com Nº básico de cromossomos igual a 11, dividem em 2 seções:
 Seção Rhodoclamys  inflorescência ereta com penca de flores sob cada bráctea  espécie
conhecida Musa ornata  importância ornamental;
 Seção Eumusa  engloba as variedades cultivadas  caracteriza-se pela grande inflorescência
e numerosos frutos por penca.
 Classificação Botânica da Bananeira:

 Classe: Liliopsida (monocotiledonea);

 Subclasse: Liliidae;

 Superordem: Lilinae;

 Ordem: Scitaminea (Zingiberales);

 Família: Musaceae;

 Subfamília: Musoideae;

 Gênero: Musa;

 Subgênero (seção): Eumusa.


 Evolução dos Cultivares de Bananas
Comestíveis:

 A maioria dos cultivares de banana comestível evoluiu das espécies selvagens Musa
acuminata e Musa balbisiana;

 Essas 2 espécies são diploides  2n = 22 cromossomos;

 Musa acuminata  genoma AA;

 Musa balbisiana  genoma BB;

 Portanto  todas os cultivares devem conter combinações de genoma dessas espécies


parentais  AA, BB, AB (diploides), AAA, AAB, ABB (triploides), AAAA, AAAB, AABB,
ABBB (tetraploides).
 Evolução das Bananeiras:

 Na natureza a bananeira evoluiu em virtude dos seguintes acontecimentos:

☺ Ocorrência de partenocarpia em Musa acuminata (AA);

☺ Cruzamentos entre espécies selvagens AA e BB com diploide partenocárpico AA produzindo


AA e AB partenocárpicos;

☺ Origem de triploides AAA, AAB e ABB a partir de cruzamentos de AA e BB selvagens com


AA e BB partenocárpicos;

☺ Origem de tetraploides  AAAA, AAAB, AABB, ABBB  através de hibridações


espontâneas  mutações; e

☺ Seleção pelo homem.


 Cultivares Dentro dos Grupos Genômicos:

 AA  Banana Ouro;

 AB  nenhuma cultivar comercial no Brasil;

 AAA  Nanica, Nanicão e Grand Nine;

 AAB Maçã e Prata;

 ABB  Figo;

 AAAB  Ouro da Mata.


 Morfologia da bananeira:

 É uma planta herbácea, de raízes fibrosas, com caule verdadeiro subterrâneo  tipo rizoma;
 O rizoma  é o órgão de reserva  possui várias gemas que dão origem a novos rebentos;
 O rizoma pode ter de 25 a 40 cm de diâmetro e 6,9 a 11,5 Kg;
 A bananeira é uma planta monocotiledônea  raízes fasciculadas;
 É uma planta C3  alta taxa fotossintética;
 70% das raízes encontram-se a 0,20 m de profundidade e até 1,5 m do pseudocaule;
 O meristema terminal produz folhas que saem em posição helicoidal;
 As bainhas das folhas que são imbricadas unem-se e formam a parte aérea, denominada
pseudocaule (pode ter 1,2 a 8 m de altura e 10 a 50 cm de diâmetro);
 As folhas são longas e largas com nervura central desenvolvida e nervuras secundárias
paralelas em forma de S que se desenvolve do centro para a margem;
 A folha tem crescimento rápido  2 a 7 cm diários podendo atingir até 20 cm e pode durar de
70 a 280 dias;
 Morfologia da bananeira:

 Uma bananeira pode produzir de 30 a 70 folhas durante sua vida;


 Em condições climáticas favoráveis são emitidas 1 folha a cada 7 a 11 dias e em situações
desfavoráveis 1 folha a cada 15 a 21 dias;
 Os estômatos estão presentes nas duas faces em número de 3 a 5 vezes superior nas regiões
basal e apical do que na central;
 Em condições favoráveis a bananeira produz um cacho entre 10 e 12 meses e em condições
adversas entre 15 e 18 meses;
 A inflorescência da bananeira é um racimo ou cacho apresenta flores masculinas e femininas
podendo ocorrer também flores hermafroditas;
 A emergência da inflorescência depende das condições climáticas reinantes  período quente
e úmido o ciclo da inflorescência até o desenvolvimento do fruto leva 90 dias e em condições de
seca e  temperatura 180 dias;
 As flores femininas situam-se na base da raque, as masculinas na parte terminal;
 Morfologia da bananeira:

 Quando surgem as flores hermafroditas estas situam-se no ponto intermediário entre as


masculinas e femininas;
 As flores encontram-se dentro de um coração volumoso que após formar dez a doze verticilos
ou pencas apresenta apenas flores masculinas;
 Cada bráctea que abre expõe um verticilo floral (penca) e o coração se reduz e se mantém
preso ao cacho até a maturação;
 Os frutos formam-se partenocarpicamente sem necessidade de polinização;
 A ausência de sementes em bananeiras está ligada ao arranjamento estrutural dos
cromossomos, à poliploidia, à esterilidade dos órgãos masculinos e femininos;
 A bananeira após produzir o cacho entra em decrepitude e morre sendo que a continuidade é
feita por meio dos rebentos emitidos pela mãe;
 Há bananeiras que devido ao fenômeno da dicotomia podem produzir de 2 a 4 cachos
simultaneamente  isso ocorre qdo o meristema apical se subdivide em duas ou quatro partes.
 Morfologia da bananeira:

 O cacho ou mangará é formado pelo pedúnculo, ráquis, pencas, dedos (frutos) e botão floral
(coração);
 A penca é o conjunto de frutos reunidos pelo pedúnculo em uma estrutura chamada almofada
em 2 fileiras paralelas;
 O fruto da bananeira  é uma baga;
 O engaço é o pedúnculo da inflorescência;
 A ráquis é o eixo da inflorescência onde inserem as flores;
 A banana é um fruto climatérico  maturidade fisiológica  90 a 150 dias após emissão da
inflorescência;
 Ciclo da cultura  3 fases:
 1ª fase  Crescimento vegetativo, produção de folhas e desenvolvimento do rizoma;
 2ª fase  Floração  período compreendido entre a diferenciação floral e a emissão da
inflorescência;
 3ª fase  Frutificação  período de desenvolvimento dos frutos.
 Morfologia da Bananeira:
Raiz fasciculada (monocotiledônea).

Caule do tipo Rizoma.

Pseudocaule.

Pseudocaule.
Rizoma 
Folha adulta. Folha Vela.

Inflorescência fechada.
Folha vela da bananeira.

Inflorescência aberta.
Fruto.
Dicotomia.

Semente em banana.

Fruto.
 Banana Gêmeas (Felipe):
 Neste caso das bananas gêmeas, a única coisa diferente
que aconteceu é que quando os carpelos de óvulos não
fecundados estavam virando frutos, seus tecidos celulares
geminaram, acabaram se unindo e desenvolveram-se juntos;
 Podemos ver que eram dois ovários diferentes pelas duas
pontas que prendiam a “banana siamesa” ao cacho;
 Vem uma linha que mostra um curto período onde se
desenvolveram separados e depois sua fusão.
 Propagação e Obtenção de Mudas:

 A bananeira (Musa spp.) propaga-se  por sementes e por mudas;


 O método usual  é a propagação por mudas  mais eficiente;
 O uso de sementes  restrito à programas de melhoramento  produção de novas cultivares;
 A muda é um fator críticos  a sua qualidade vai refletir a longevidade da plantação;
 Uma bananeira pode produzir tantas mudas quanto forem as folhas emitidas até o surgimento
do cacho quando cessa essa atividade  38 ± 2 rebentos;
 Em campo observa-se  emissão de 5 a 10 mudas num período de 12 meses;
 Fatores  variedades, porte e idade da planta mãe, pragas e doenças;
 Por meio das mudas  moleque da bananeira, nematoides, vírus, bactérias e fungos podem ser
transmitidos  onerando o custo de produção ou inviabilizando o plantio;
 O produtor pode optar por mudas convencionais ou por cultura de tecidos em laboratório;
 Deve ser levado em conta  o custo (compra e transporte), a qualidade, a disponibilidade na
quantidade desejada e época adequada para o plantio.
 Propagação e Obtenção de Mudas:

 Propagação Convencional:
 As bananeiras podem ser propagadas vegetativamente  perfilhos (filhotes) retirados de
plantas matrizes;
 Esse tipo de muda deve ter origem em viveiros  adequados para este fim;
 O viveiro deve ser bem locado  solo, estrada, aguada, plantios ou plantas velhas;
 As mudas devem ser  de plantas vigorosas, livres de pragas e doenças, com idade inferior a
4 - 5 anos e não apresentem mistura de variedades;
 Mudas de diferentes idades  separadas por tamanho  plantadas em talhões diferentes 
uniformidade  evitando sombreamento;
 Mudas de plantas mal nutridas, com idade inadequada ou sem reserva  plantas frágeis e
pouco produtivas;
 Tipos de mudas  micropropagada, chifrão, chifre, chifrinho, rizoma de planta adulta,
rizoma com filho aderido, pedaço de rizoma, guarda chuva.
 Tipos de Mudas:

 Micropropagada  as mudas são produzidas rapidamente em espaço físico reduzido,


apresentam  qualidade fitossanitária, proporcionam uniformidade nos tratos culturais e colheita;
 Desvantagens   custo das mudas e ocorrência de variações somacionais (plantas anormais)
 rendimento  150 a 300 mudas por matriz num período de 6 a 8 meses;

 Chifrão  mudas com 50 a 150 cm de altura, 6 a 9 meses de idade, peso 2 a 3 kg, com
folhas lanceoladas jovens e folhas lanceoladas mais desenvolvidas semelhante a folha adulta;

 Chifre  Chifre  mudas com 50 a 60 cm de altura, 3 a 6 meses de idade, peso 1,5 a 2,5
kg com folhas lanceoladas;

 Chifrinho  mudas com 20 a 30 cm de altura, 2 a 3 meses de idade, peso de 1 a 2 kg e


com 1 folha lanceolada;
 Tipos de Mudas:

 Rizoma de planta adulta  mudas com rizoma bem desenvolvido, com folhas largas,
porém ainda jovens, peso  4 kg;

 Rizoma com filho aderido  mudas com uma brotação desenvolvida junto com o
rizoma, tem grande peso e requer cuidados;
 Demanda mão de obra, tempo para retirada do solo, dificulta transporte,  custo, pouco usada;

 Pedaço de rizoma  mudas provenientes de frações de rizoma, peso 0,8 a 1,2 kg, com
uma gema, 4 a 12 mudas por rizoma;

 Guarda chuva  mudas com até 60 cm de altura, com rizoma pequeno, pouca reserva,

com folhas típicas de planta adulta;


 Deve ser evitada  ciclo vegetativo , cachos , dificuldade de estabelecimento no campo.
 Infra-estrutura da Área de Plantio:

 Os cultivos de alto nível tecnológico devem dispor de:


- carreadores  tratos culturais e fitossanitários;
- zonas e setores  prever mão-de-obra, necessidade de insumos, materiais,
equipamentos e serviços, gastos, capacidade de oferta e acompanhamento eficaz;
- escritório e armazéns  organização e definição das tarefas a serem executadas,
relacionamento com o administrador e operários, armazenamento, distribuição e controle de
insumos, materiais e equipamentos;
- sistema de transporte de cachos  causam menos injúrias aos frutos;
- galpão de embalagem  apoio aos sistema de cabos aéreos, preservação da qualidade
na fase de pós-colheita;
- canais de drenagem  para solos suscetíveis ao encharcamento;
- sistema de irrigação  suprir as necessidades hídricas das plantas;
- estradas  permitir o trânsito de veículos e máquinas na época da colheita e
transporte da produção.
Cultivo tecnificado  infra-
estrutura de plantio.
 Implantação do Bananal:

 Localização  vias de acesso à propriedade, facilidade de mão-de-obra e características da


área;
 Preparo do Solo  tem por finalidade criar condições favoráveis ao desenvolvimento da
cultura;
 O preparo da área consiste basicamente em  1 aração a 15 a 25 cm de profundidade e 1 a 2
gradagens para destorroamento e nivelamento do solo a 5 a 20 cm de profundidade.
 Abertura das covas  3 formas  manualmente, uso de broca e sulco;
 Manualmente  com uso de enxada, enxadão e/ou cavadeira;
 Dimensão da cova  varia de 30 x 30 x 30 cm até 50 x 50 x 50 cm  tipo de muda;
 Um homem consegue abrir entre 10 a 25 covas por dia  dependendo do solo e umidade;
 Broca acoplada ao trator  recomenda-se broca de no mínimo 45 cm de diâmetro;
 Um operador consegue abrir entre 100 e 200 covas por dia após piqueteamento  é mais caro
devido custo com combustível e desgaste do equipamento;

ão Aração do solo.
Aração do solo.

Gradagem do solo.
Gradagem do solo.
 Implantação do Bananal:

 Plantio por sulco  é o método mais rápido e o de menos custo;


 Utiliza-se sulcador de pelo menos 50 cm de largura na parte superior e 50 cm de altura;
 A profundidade do sulco  não deve ser inferior a 50 cm;
 Em geral uma passagem do sulcador em cada sentido da linha é suficiente;
 Um trator de 80 cv  pode preparar até 4 hectare de sulco por dia;
 Após a abertura dos sulcos  as covas são preparadas manualmente no espaçamento indicado;
 Um homem consegue preparar entre 100 e 150 covas por dia neste sistema.

Cova (50 x 50 x 50 cm).


Sulco.
Abertura de cova manual. Abertura de cova com broca.

Sulcamento do solo. Sulcadores.


 Implantação do Bananal:

 Época de plantio  O plantio de sequeiro é feito no início do período chuvoso;


 Para a nossa região  final de outubro a novembro;
 Em cultivos irrigados  plantio em qualquer época do ano.

 Espaçamento  A definição do espaçamento deve levar em conta o porte da cultivar,


relevo, classe do solo, nível tecnológico utilizado;
 Os espaçamentos mais utilizados no Brasil são:

- 2 x 2 a 2 x 2,5 m  variedades de porte baixo a médio (nanica, nanicão, grande naine);


- 3 x 2 a 3 x 2,5 m  variedades de porte semi-alto (maçã, d’angola, terrinha, mysoure, figo);
- 3 x 3 a 3 x 4 m  variedades de porte alto (terra, comprida, maranhão, prata, pacova);
- filas duplas  4 x 2 x 1,5 ou 4 x 2 x 2 m ou 4 x 2 x 3 m para as variedades de porte baixo,
médio e alto.
Porte Espaçamento Estande
(m) (plantas ha-1)

Alto (Thap Maeo, Caipira, BRS Conquista, BRS 3x3 1.111-1.538


Caprichosa, BRS Garantida, BRS Vitória, BRS
Japira, Prata Ken, Pelipita). 4 x 2,5 x 2

Médio (Maçã, Prata Anã, D’Angola, FHIA 1, 3 x 2,5 1.333-1.667


FHIA 18, FHIA 20, FHIA 21, Figo, Nanicão).
4x2x2

Baixo (Nanica, Grande Nine, Pioneira). 3x2 1.667-1.818

4 x 1,5 x 2

 Exercício:

 Calcular a densidade de plantio de bananeiras para cada um dos espaçamentos citados


em aula, fileira simples, fileira dupla, em triângulo equilátero e consórcio (feijão, milho).
 Plantio e Replantio do Bananal:

 Para os espaçamentos recomendados pode-se deixar 3 plantas por touceira, em idades


diferentes;
 Deve-se plantar mudas de um mesmo tipo (chifrão), seguidas de outros tipos (chifre) e assim
sucessivamente  uniformizar germinação e colheita;
 O plantio deve ser feito colocando-se a muda no centro da cova, firmando-a bem e
posteriormente promovendo o fechamento da cova com o solo da camada superficial;
 A muda deve ser bem plantada evitando espaços para a penetração excessiva da água
ocasionando o encharcamento subterrâneo com o apodrecimento da muda;
 As plantas que não apresentarem bom desenvolvimento, vigor, ou morreram  substituídas;
 O replantio deve ser efetuado de 45 a 60 dias após o plantio;
 É comum a necessidade de replantio da ordem de 10% das mudas;
 Recomenda-se usar mudas do tipo chifrão maior do que as que foram plantadas inicialmente.
Muda Pedaço de rizoma. Muda Micropropagada.

Rizoma de planta adulta. Muda Chifrão.


 Nutrição, Calagem e Adubação do Bananal:

 A bananeira demanda  quantidades de nutrientes para manter um bom desenvolvimento e


obter  rendimentos  produz  massa vegetativa e absorve e exporta  nutrientes;
 Parte das necessidades nutricionais são supridas pelo solo e pelos resíduos das colheitas 
contudo  é necessário aplicar calcário e fertilizantes químicos e orgânicos para a obtenção de
produções economicamente rentáveis;
 O K e o N  mais absorvidos durante o crescimento vegetativo e na produção da bananeira;
 Absorção de nutrientes (macronutrientes)  K > N > Ca > Mg > S > P;
 Absorção de nutrientes (micronutrientes)  Cl > Mn > Fe > Zn > B > Cu;
 Um bananal retira, em média, por hectare Macronutrientes  79,5 Kg de N, 9,2 Kg de P,
234,3 Kg de K, 8,0 Kg de Ca e 10,5 Kg de Mg;
 Micronutrientes  0,36 Kg de B, 0,21 Kg de Cu, 1,63 Kg de Fe, 0,39 Kg de Mn, 0,48 Kg de
Zn e 37, 05 Kg de Na.
Tabela 1. Sintomas visuais de deficiências de nutrientes em folhas da bananeira. EMBRAPA.
Fonte: EMBRAPA - CNPME).
Deficiência de N. Deficiência de N  roseta (leque).

Deficiência de Fósforo (P).

Clorose marginal.

Clorose marginal.
Deficiência de Potássio K.

Deficiência de K.

Deficiência de Mg.
Descolamento da bainha 

Deficiência de magnésio (Mg).

Descolamento da bainha

Clorose do limbo
Deficiência de Ca. Deficiência de Enxofre (S).

Deficiência de sódio (Na).

Deficiência de Manganês (Mn). Deficiência de Ferro (Fe).


Deficiência de Boro (B).

Deficiência de Zinco (Zn).

Frutos tortos 
e pequenos.

Deficiência de Zinco (Zn).


 Calagem:

 Caso o laboratório não envie a recomendação de calagem, esta pode ser calculada baseando-se
na elevação da saturação por bases para 70%, quando esta for inferior a 60%, segundo a fórmula:

Onde:
V1 = saturação por bases atual do solo;
CTC = capacidade de troca catiônica do solo (cmolc/dm3);
PRNT = poder relativo de neutralização total do calcário.
 A aplicação de calcário deve ser realizada, com antecedência mínima de 30 dias do plantio;
 O calcário deve ser aplicado a lanço em toda a área, após a aração e incorporado por meio da
gradagem;
 Caso não seja possível o uso da máquina, a incorporação pode ser efetuada na época da capina;
 Calagem:

 Recomenda-se calcário dolomítico  contém Ca e Mg  evitando desequilíbrio entre potássio


K e Mg  dist. Fisio. "azul da bananeira" (deficiência de Mg induzida pelo excesso de K);
 Considera-se equilibrada a relação K:Ca:Mg nas proporções de 0,5:3,5:1 a 0,3:2:1;
 A presença de camadas subsuperficiais com  teores de Ca e/ou  teores de Al leva ao menor
aprofundamento do sistema radicular  menor volume de
solo explorado, menos nutrientes e água disponíveis para a
bananeira;
 O gesso agrícola (CaSO4.2H2O) pode ser
recomendado para correção de camadas subsuperficiais
Azul da bananeira.
 sugerindo-se aplicar a dose de 25% da necessidade de 
calagem (NC), para a melhoria do ambiente radicular das
camadas abaixo da arável;
 O pH ideal para cultivo  5,5 a 6,5.
 Adubação do Bananal:

 Adubação Orgânica:

 As fontes mais utilizadas são  esterco bovino e cama de frango;


 Recomenda-se usar na cova:
✸ Esterco bovino  10 L cova-1 a 15 L cova-1;
✸ Cama de aviário  3 L cova-1 a 5 L cova-1;
✸ Torta de mamona  2 L cova-1 a 3 L cova-1.
 Deve-se lembrar que o esterco deve ser bem curtido e livre herbicidas auxínicos (tordon,
Plenun, outros)  esperar 15 dias para o plantio das mudas;
 A cobertura do solo com resíduos de bananeiras (folhas e pseudocaules)  é uma alternativa
que deve ser avaliada  estado fitossanitário (pragas e doenças)  fonte de inóculo;
 Resíduos de bananeira   os teores de nutrientes no solo principalmente K, N e Ca,
diminuindo a quantidade de adubos químicos.
 Adubação do Bananal:

 Adubação Nitrogenada:
 O nitrogênio é essencial para o crescimento das plantas;
 Recomendando-se de 160 a 400 kg de N ha ano-1, dependendo da produtividade esperada;
A primeira aplicação  em torno de 30 a 45 dias após o plantio;
 Recomenda-se usar como adubos nitrogenados:
✸ Uréia  45% N;
✸ Sulfato de amônio  20% de N;
✸ Nitrato de cálcio  14% de N;
✸ Nitrato de amônio  34% de N;
 Para melhorar o aproveitamento dos adubos nitrogenados em cobertura, é recomendável a
incorporação dos mesmos no solo a profundidade de 5 a 10 cm;
 Outro cuidado que se deve ter para melhorar o aproveitamento dos adubos nitrogenados é
evitar tanto o encharcamento como a falta de umidade do solo, pois haverá perdas de N por
desnitrificação e volatilização.
 Adubação do Bananal:

 Adubação Potássica:
 O potássio é considerado o nutriente mais importante para a produção de frutos de qualidade;
 A quantidade recomendada  100 a 750 kg de K2O ha-1, dependendo do teor no solo e da
produtividade esperada;
 Recomenda-se, em solos com teores de potássio inferiores a 0,15 cmolc dm-³ (60 mg dm-³),
fazer a primeira aplicação por ocasião do plantio;
 Nos demais solos  a 1ª aplicação pode ser feita em cobertura, no 3º ou 4º mês após o plantio;
 Solos com teores acima de 0,60 cmolc dm-³ (234 mg dm-³) dispensam a adubação potássica;
 Recomenda-se usar como adubos potássicos:
✸ Cloreto de potássio (60% de K2O);
✸ Sulfato de potássio (50% de K2O);
✸ Nitrato de potássio (48% de K2O).
 Adubação do Bananal:

 Adubação Fosfatada:
 A bananeira necessita de pequenas quantidades de fósforo, mas, se não aplicado, prejudica o
desenvolvimento do sistema radicular, afetando a produção;
 A quantidade total recomendada varia de 40 a 120 Kg ha-1 de P2O5 deve ser colocada na cova,
no plantio, em razão de sua baixa mobilidade no solo;
 Recomenda-se usar como adubos fosfatados:
✸ Superfosfato simples (18% de P2O5);
✸ Superfosfato triplo (45% de P2O5).
 Em solos com altos teores em cálcio (> 7 cmolc dm-3) ou quando se utilizam mudas
micropropagadas, as fontes recomendadas são o fosfato diamônico (DAP) (45% de P2O5) e
fosfato monoamônico (MAP) (48% de P2O5);
 Anualmente, deve ser repetida a aplicação, após nova análise química do solo;
 Solos com teores de P acima de 30 mg dm-3 dispensam a adubação fosfatada.
 Adubação do Bananal:

 Adubação com Micronutrientes:

 Boro (B)  aplicar 50 g de fritas  FTE BR 12 por cova  1,8% de B, 0,8% de Cu, 3% de
Fe, 2% de Mn (Manganês), 0,1% de Mo (Molibdênio) e 9% de Zn;

 Para teores de B no solo inferiores a 0,20 mg dm3  aplicar 5 Kg de B por hectare;

 Para teores de Zn no solo inferiores a 0,50 mg dm3  aplicar 15 Kg de Zn por hectare;

 Para teores de Mn no solo inferiores a 20 mg dm3  aplicar 5 Kg de Mn por hectare.


 Adubação do Bananal:

 Parcelamento das Adubações:


 O parcelamento vai depender da textura e da CTC do solo, do regime hídrico da região e do
manejo adotado;
 Em solos arenosos e com  CTC  recomenda-se parcelar quinzenalmente para diminuir as
perdas por volatilização e principalmente por lixiviação;
 Solos argilosos  as adubações com N e K podem ser feitas mensalmente ou a cada 2 meses.
 Localização dos Fertilizantes:
 As adubações em cobertura devem ser feitas em círculo, numa faixa de 10 cm a 20 cm de
largura e de 40 cm a 50 cm distante das mudas, aumentando a distância conforme a idade da
planta;
 No bananal adulto  os adubos são distribuídos em meia lua em frente às plantas filhas e
netas;
 Em plantios irrigados  os fertilizantes podem ser aplicados via água de irrigação.
 Tratos Culturais do Bananal:

 Capina  Consiste na retirada das plantas daninhas que infestam e competem com a
bananeira por água, espaço e nutrientes;
 O bananal deve ser mantido limpo  nos primeiros 5 meses da instalação;
 A capina pode ser manual (enxada), mecânica (grade, enxada rotativa) e química (herbicidas);
 O controle com enxada é feito por pequenos produtores  deve-se evitar danos ao sistema
radicular para que não haja penetração de patógenos do solo nos ferimentos causados às raízes;
 A grade de discos e a enxada rotativa devem ser evitadas por acarretarem compactação 
problema sério nos solos com horizontes coesos ( argila);
 A capina mecanizada e o uso de escarificadores é interessante até o 2º mês após o plantio,
quando o sistema radicular, ainda incipiente, não sofrerá danos;
 Após os 5 meses da instalação  roçagem manual ou motomecanizada, já que apresentam
bom rendimento de trabalho, sem as limitações da capina manual;
 O uso de herbicidas pós emergentes sistêmicos como o glifosate  em virtude da facilidade
de manuseio, do menor impacto ambiental e por promover a formação de cobertura morta;
 Tratos Culturais do Bananal:
 A utilização de pós-emergentes proporciona um custo de controle muito menor do que o das
capinas manuais;
 Evitar o contato do produto com as partes verdes das plantas  utilizar, junto ao bico do
pulverizador, um protetor denominado "chapéu de Napoleão", que mantém o jato direcionado a
uma área restrita, evitando a derivação do produto;
 Outra forma de controle de plantas daninhas é a utilização de cobertura morta com material
vegetativo do próprio cultivo, como pseudocaules e folhas secas, já que possibilita, além do
controle do mato, a proteção do solo e a reciclagem de nutrientes  Fitossanidade.

Uso de cobertura morta. Uso de roçadeira motorizada.


Capina manual com enxada.
Pulverizador costal.

Adensamento de plantas. Uso de herbicida.


Chapéu de Napoleão.

Controle de plantas invasoras na cultura da bananeira.

Uso de grade de disco.


Uso de enxada rotativa.
Área controlada.
Tabela 5: Herbicida, época de aplicação, dose recomendada e classe de plantas controladas.
Herbicida Época de Dose i.a (Kg ha-1) Planta controlada
aplicação

Diuron + Pós-emergente 0,2 + 0,4 a 0,3 + Mono e


Paraquat 0,6 Dicotiledôneas

Glyphosate Pós-emergente 0,36 a 2,16 Mono e


Dicotiledôneas

Amônio- Pós-emergente 0,4 Mono e


glufosinato Dicotiledôneas

Paraquat Pós-emergente 0,3 a 0,6 Mono e


Dicotiledôneas

Fonte: Rodrigues e Almeida (2005).


 Tratos Culturais do Bananal:

 Desbaste dos Rebentos (Desperfilhamento)  Consiste na seleção de um dos filhos,


de acordo com o vigor, eliminando os demais;
 A bananeira lança um grande número de filhos, perfilhos ou rebentos;
 O excesso de rebentos  prejudicial  cacho menores, desuniformes, dificultam os tratos
culturais e diminuem a idade útil do bananal;
 Os perfilhos tendem a surgir  45 a 60 dias após o plantio;
 Recomenda-se que para cada ciclo do bananal  deixe uma família (mãe, filho e neto);
 O desperfilhamento é realizado  brotações em excesso atingirem 20 a 30 cm de altura;
 É realizado a cada 4 meses em média de modo que haja a colheita de 1 cacho a cada 4 ou 5
meses  totalizando 2 a 3 cachos por cova ano;
 O desbaste pode ser feito com o terçado (facão)  cortando o rebento rente ao solo 
vantagem  rapidez do método  desvantagem  deve repetir a cada 30 dias (volta a brotar);
 Lurdinha  corta rente com facão  e extrai a gema apical  100 % de eficiência.
 Tratos Culturais do Bananal:

 Desfolha Consiste na eliminação das folhas secas, mortas ou com pecíolos quebrados;
 A desfolha é importante  melhora a iluminação, circulação de ar dentro do pomar,  a
incidência de pragas e doenças e  a incidência de animais peçonhentos (cobras e aranhas);
 A folha deve ser cortada de baixo para cima bem rente ao pseudocaule;
 Em cultivares de porte baixo o corte pode ser feito com faca ou facão e nas cultivares de porte
médio a alto com foice.

Com desfolha.

Sem desfolha.
 Tratos Culturais do Bananal:

 Eliminação da Ráquis Masculina ou “Coração”:

 É importante para reduzir a incidência de tripes e abelha arapuá (cachorro) que


comprometem a qualidade e aparência dos frutos  arapuá pode transmitir a bactéria Ralstonia
solanacearum agente causal do Moko da bananeira;
 A eliminação do “coração” objetiva acelerar o desenvolvimento (engrossamento) dos frutos, 
o peso dos cachos, facilitando o seu ensacamento;
 O “coração” tem alto valor nutritivo (caroteno) para os animais e permite previsão de safra
±12 semanas (3 meses) em média após a retirada realiza-se a colheita;
 Em geral, a eliminação da ráquis masculina é feita cerca de 2 semanas após a emissão da
última penca  corte deve ser efetuado de 10 cm a 15 cm abaixo da última penca.
Despistilagem dos frutos. Cultivares de “rabo sujo”.
 Tratos Culturais
-
do Bananal:

 Ensacamento do Cacho:

 O ensacamento dos cachos é utilizado em casos de mercados mais exigentes em termos de


aparência dos frutos  exportação;
 Vantagens   a veloc. de cresc. dos frutos por manter a temperatura ao redor alta, evita a
incidência de pragas (abelha arapuá, tripes), melhora a qualidade geral da fruta (danos,
queimaduras por fricção);
 Os sacos utilizados podem ser de 3 tipos  transparentes, transparentes tratados com
produtos químicos, de cor azul celeste e leitoso;
 O tradicional apresenta espessura 0,08 mm, com furos de 12,7 mm de diâmetro, tem forma de
um cilindro de 81 cm de diâmetro por 155 a 160 cm de comprimento;
 A operação de ensacamento é feita após a emissão da última penca.
 Tratos Culturais do Bananal:

 Escoramento da Planta:

 Consiste em evitar a perda de cachos por quebra ou tombamento da planta, devido a


ocorrência de ventos fortes, peso do cacho, altura da planta ou má sustentação da mesma causada
por nematóides ou broca do rizoma e práticas inadequadas como arranquio de mudas;
 A Thap Maeo  porte alto e cachos muito pesados  é suscetível ao tombamento;
 A cultivar FHIA 18  cacho pesado ± 50 Kg (solo fértil)  ficar atento para necessidade de
escoramento da planta;
 Assim que o produtor verificar uma inclinação excessiva da planta  pode fazer o
escoramento  na altura da roseta foliar da bananeira;
 Pode-se usar varas de bambu ou fios de polipropileno.

Escoramento da planta com vara.

 Escoramento da planta com fitilho.


 Tratos Culturais do Bananal:

 Corte do Pseudocaule:

 O corte deve ser efetuado rente ao solo imediatamente após a colheita do cacho;
 A prática  evita que se forme fonte ou reservatório de inóculo de problemas fitossanitários;
 Deve-se usar ferramentas desinfetadas e em seguida fracionar o pseudocaule (40 cm) para
proporcionar rápido secamento.
 Tratos Culturais do Bananal:

 Deposição dos Restos Culturais da Bananeira:

 Um bananal conduzido corretamente  pode produzir 350 ton. de massa verde (40 ton. massa
seca) vegetal por ano  descontando o cacho exportado;
 Esse material  é rico em nutrientes  melhora a fertilidade do solo   a quantidade de
fertilizantes a serem aplicados ao longo do tempo;
 Os restos vegetais devem ser aplicados nas linhas de cultivo da bananeira.
 Tratos Culturais do Bananal:

 Irrigação da Bananeira:

 A irrigação existe como alternativa para suplementação de água que falta durante períodos de
déficit hídrico no solo;
 A bananeira tem sido cultivada em regiões de precipitação suficiente para o seu crescimento e
desenvolvimento  entretanto  em regiões com déficit hídrico  irrigação;
 Vários métodos de irrigação podem ser usados no cultivo da bananeira;
 Dentre os métodos de irrigação  microasperção e gotejamento têm sido bastante utilizados;
 A bananeira é hidrófita  requer grandes quantidades de água;
 87,5% do peso total da planta  é água;
 A água é importante em todas as fases  porém, as fases de floração e crescimento de frutos
são os de maior necessidade de água;
 São necessários pelo menos 25 mm semana-1 para crescimento satisfatório;
 150 mm mês-1  para atender o requerimento hídrico.
Microaspersão.

Irrigação por aspersão.

Fita gotejadora.

Microaspersão.
 Doenças da Bananeira:
 Sigatoka Negra: É considerada uma praga quarentenária A2;
 É causada pelo fungo Mycosphaerella fijiensis (fase perfeita ou sexual) e Paracercospora
fijiensis (fase imperfeita ou assexuada);
 Encontra-se disseminada em praticamente todas as áreas produtoras do país;
 Condições favoráveis   umidade relativa do ar (90%) e temperatura 27° C;
 Disseminação  vento, mudas infectadas, água das chuvas;
 Folhas infectadas  colocadas entre os cachos ou pencas para prevenir ferimentos;
 Infecção  ocorre pelos estômatos da face inferior das folhas;
 Sintomas  face abaxial das folhas novas 1 e 2  extremidade lateral do limbo (lado
esquerdo da folha)  pontuações claras ou áreas despigmentadas  transformam em estrias;
 As estrias se expandem formando manchas irregulares de coloração negra;
 Com o avanço  morte do limbo  com alta frequência de infecções por cm2 de área foliar;
 A doença é mais severa após a emissão do cacho  pois não emite folhas após o florescimento
 40 dias após o florescimento  folhas destruídas, frutos pequenos e desuniformes;
 Doenças da Bananeira:
 As perdas podem chegar a 100% na produção de bananas do subgrupo Cavendish;
 Por ser mais agressiva  substitui a sigatoka amarela em 6 meses a 3 anos na lavoura;
 A doença causa elevação nos custos de produção  52 pulverizações por ano com fungicidas
protetores ou até 26 pulverizações com fungicidas sistêmicos para o controle da doença;
 Controle:
 Cultivares resistentes  é a estratégia mais econômica e socioambientalmente correta;
 Cultivares recomendadas  Caipira, Thap Maeo, Prata Ken, FHIA1,2,18,20,21, BRS Caprichosa,
BRS Garantido, BRS Vitória, BRS Japira, Pelipita, Preciosa, Figo cinza e vermelha, Ouro e BRS
Conquista;
 Químico  pode-se adotar a técnica da aplicação do fungicida na axila da 2ª folha  com
essa técnica conseguiu-se reduzir para 3 o número de aplicações por ciclo produtivo;
 Aplica-se em plantas a partir do 4º mês de idade  com seringa veterinária, 0,5 mL planta-1
(Flutriafol ou o Azoxystrobin) em intervalos de 60 dias  cessa aplicação com emissão cacho;
 Cultural  drenagem, controle de plantas daninhas, desfolha sanitária, nutrição e sombra.
Controle da Sigatoka negra com seringa veterinária, 0,5 mL planta-1 (Flutriafol ou o Azoxystrobin) em
intervalos de 60 dias.
 Doenças da Bananeira:
 Sigatoka Amarela:

 É causada pelo fungo Mycosphaerella musicola (perfeita ou sexuada)  Pseudocercospora


musae (forma imperfeita ou assexuada);
 Encontra-se disseminada em praticamente todas as áreas produtoras do país;
 Condições favoráveis  chuvas frequentes,  umidade relativa do ar de 85% a 100%, ideal
95% e temperatura entre 23 a 30°C ideal 25° C  de novembro a março;
 Disseminação  vento, mudas infectadas, água das chuvas;
 Folhas infectadas  colocadas entre os cachos ou pencas para prevenir ferimentos;
 Infecção  ocorre pelos estômatos da face inferior das folhas mais novas;
 Danos  desfolha,  tamanho dos cachos,  n° de pencas e frutos, alongamento do ciclo;
 Sintomas  início  pontos com descoloração entre as nervuras secundárias das folhas
novas (2 e 3)  os pontos expandem-se formando estrias marrom escuras  as estrias expandem-
se formando grandes áreas necróticas paralelas às nervuras;
 Doenças da Bananeira:
 As perdas podem chegar a 50% da produção  em microclimas favoráveis  podem atingir
os 100%  uma vez que os frutos quando produzidos sem nenhum controle da doença, não
apresentam valor comercial;
 OBS  A sigatoka negra é mais agressiva que a amarela pelas seguintes razões  o
patógeno esporula mais abundantemente, a produção de esporos é mais precoce, o que resulta
uma frequência de infecção por sigatoka negra bem maior do que por sigatoka amarela.
 Controle:
 Cultivares recomendadas  Caipira, Thap Maeo, Prata Ken, FHIA1,2,20,21, BRS Caprichosa,
BRS Garantido, BRS Vitória, BRS Japira, Pelipita, Preciosa, Figo cinza e vermelha e BRS
Conquista;
 Químico  Aplica-se em plantas a partir do 4º mês de idade  com seringa veterinária, 0,5
mL planta-1 (Flutriafol ou o Azoxystrobin) em intervalos de 60 dias  cessa aplicação com
emissão cacho;
 Cultural  drenagem, controle das plantas infestantes, desfolha sanitária, nutrição, sombra.
Sintomas de Sigatoka Amarela em bananeira.
 Doenças da Bananeira:
 Mal do Panamá:
 O agente etiológico é o fungo Fusarium oxysporum f. sp. cubense;
 É uma doença endêmica nas regiões produtoras do Mundo  no Brasil, o problema é ainda
mais grave, em função das variedades cultivadas que, na maioria dos casos, são suscetíveis;
 É um fungo de solo  com alta capacidade de sobrevivência na ausência do hospedeiro 
devido a formação de estruturas de resistência denominadas  clamidósporos;
 Tem sido detectado em associação com plantas invasoras  Paspalum fasciculatum, Panicum
purpurascens, Ixophorus unisetus, Commelina diffusa, raízes de Paspalum sp. e Amaranthus sp.;
 Entre as raças do patógeno  as mais importantes são a 1, 2 e 4;
 Disseminação  contato dos sistemas radiculares de plantas sadias com esporos liberados por
plantas doentes, o uso de material de plantio contaminado, água de irrigação, pelo homem,
animais, movimentação de solo por implementos agrícolas e por ferramentas;
 Sintomas  amarelecimento progressivo das folhas mais velhas para as mais novas,
começando pelos bordos do limbo foliar e evoluindo no sentido da nervura principal;
 Doenças da Bananeira:

 Com a evolução da doença  as folhas murcham, secam e quebram junto ao pseudocaule  o


que dá à planta a aparência de um guarda-chuva fechado;
 Próximo ao solo  rachaduras do feixe de bainhas;
 Internamente no pseudocaule  observa-se coloração pardo avermelhada ocasionada pela
presença do patógeno no sistema vascular;
 A doença pode provocar perdas de até 100% na produção  cultivar maçã suscetível;
 Controle  Uso de variedades resistentes  Mysoure (AAB), Terra (AAB), D’Angola
(AAB), Nanica (AAA), Nanicão (AAA), Grande Nine (AAA), Caipira (AAA), Thap Maeo
(AAB), Pacovan Ken (AAAB) e Maravilha (AAAB);
 Evitar plantio em área com histórico da doença, mudas sadias, corrigir pH do solo, adubação
equilibrada (K, Ca e Mg), Solos com  teores de Mat. Org;
 Erradicação das plantas doentes com o uso de glifosate (1 mL. Planta-1);
 Na área erradicada  aplicar calcário ou cal hidratada.
 Doenças da Bananeira:
 Moko ou Murcha Bacteriana:
 É causada pela bactéria Ralstonia solanacearum (Pseudomonas solanacearum), raça 2;
 Encontra-se disseminada em praticamente todas as áreas produtoras da Região norte do país;
 A bactéria pode sobreviver no solo e em plantas hospedeiras  6 meses a 1 ano;
 Exsudações provocadas pelo corte de brotações novas, do pseudocaule e do coração de plantas
infectadas  constituem importante fonte de inóculo para a disseminação pelos insetos;
 Disseminação  mudas infectadas, ferramentas infestadas, contato entre raízes, insetos como
a abelha arapuá (Trigona spp.) e as vespas (Polybia spp.);
 Por ser uma doença vascular pode atingir todas as partes da planta;
 Sintomas  Em plantas jovens  má formação foliar, necrose e murcha da folha vela e
amarelecimento das folhas de baixeiro (velhas);
 Em plantas adultas  amarelecimento, murcha e quebra do pecíolo das folhas a alguma
distância do pseudocaule, diferentemente do mal-do-Panamá, em que as folhas quebram junto ao
pseudocaule (sintoma de guarda chuva fechado);
 Pus bacteriano
 Doenças da Bananeira:
 Nematóides:
 São microrganismos vermiformes que, em sua maioria, completam o ciclo de vida no solo;
 Disseminação  mudas contaminadas, deslocamento de equipamentos de áreas contaminadas
para áreas sadias, ou por meio da irrigação e/ou água das chuvas;
 Danos  redução no porte da planta, amarelecimento das folhas, seca prematura, má-
formação de cachos, refletindo em baixa produção e reduzindo a longevidade dos plantios;
 Nas raízes  engrossamento e as nodulações, que correspondem às galhas e massa de ovos,
em decorrência da infecção por Meloidogyne spp. (nematóide-das-galhas) ou mesmo necrose
profunda ou superficial provocada pela ação isolada ou combinada das espécies Radopholus
similis (nematóide cavernícola), Helicotylenchus spp. (nematóide espiralado), Pratylenchus sp.
(nematóide das lesões) ou Rotylenchulus reniformis (nematóide reniforme), que são os mais
frequentes na bananicultura;
 Esses nematóides contribuem para a formação de áreas necróticas extensas que podem
também ser parasitadas por outros microorganismos;
 A sustentação da planta é também bastante comprometida.
 Doenças da Bananeira:
 Controle: O controle de fitonematóides no bananal é muito difícil;
 Deve ser usado de mudas sadias, micropropagadas, em áreas livres de nematóides;
 O rizoma da muda deve ser limpo e feito o tratamento térmico ou químico nessas mudas
infectadas  os rizomas devem ser imersos em água à temperatura de 55oC por 20 minutos;
 Uso de plantas antagônicas  crotalária (Crotalaria spectabilis, C. paulinea) reduz a
população dos nematóides e favorecer a longevidade da cultura;
 Deve ser feita a lavagem completa e a desinfestação superficial dos equipamentos usados nos
tratos culturais  com solução de formaldeído (20g L-1);
 Controle químico  bananais em formação  aplicação dos nematicidas 30 dias após o
plantio, quando as mudas já possuem raízes que facilitarão a absorção do produto;
 Produtos  Furadan 50G e Counter 50G, nas dosagens de 80 a 60 g planta-1, respectivamente;
 No desbaste (perfilhos) ± 6 meses  realiza-se outra aplicação;
 Nessa aplicação, o nematicida será colocado na abertura do furo deixado pela “Lurdinha”, na
remoção do perfilho, utilizando-se 20% a 30% da dosagem recomendada para aplicação no solo.
 Doenças da Bananeira:
 Nematóide Cavernícola (Radopholus similis):
 É a espécie mais importante para a cultura;
 Foi descoberta no Brasil em 1959  a partir de mudas do litoral de São Paulo;
 Esse nematoide está amplamente disseminado nas regiões produtoras;
 É um nematóide endoparasito migrador  penetra nas raízes e migra pelos tecidos radiculares,
podendo chegar até o rizoma;
 O ato de migrar internamente nas raízes ocasiona a desintegração dos tecidos, formando
cavidades  daí o nome cavernícola;
 Ocorre destruição do sistema radicular favorecendo o tombamento das plantas sob ventos
fortes ou pelo peso do cacho;
 O parasito pode voltar ao solo a procura de novas plantas hospedeiras ou permanece em
pedaços de rizoma no campo;
 Sem alimento ele pode sobreviver ± 6 meses com reservas de seu próprio organismo;
 À temperatura de 24 º C, o ciclo biológico se completa em ± 21 dias.
 Doenças da Bananeira:

 A bananeira é acometida por outras enfermidades além das discutidas em aula;


☺ Tarefa para casa  Pesquisar a Etiologia, Epidemiologia, Sintomatologia e Controle de:
✸ Vírus das Estrias da Bananeira (BSV);
✸ Vírus do Mosaico do Pepino (CMV);
✸ Mancha de Cordana (Cordana musae);
✸ Antracnose (Colletotrichum musae);
✸ Ponta de Charuto (Verticillium theobromae);
✸ Podridão da Coroa (Fusarium roseum).

Charuto. Antracnose.
Cordana.

Vírus.
 Pragas da Bananeira:
 Broca do Rizoma ou Moleque da Bananeira: Cosmopolites sordidus
Coleoptera: Curculionidae.
 É considerada a praga-chave da cultura  por provocar altos prejuízos à produção;
 O adulto é um besouro de cor negra que mede ± 11 mm de comprimento e 5 mm de largura;
 Apresenta hábito noturno  durante o dia  vive em local úmido e sombreado  nas
touceiras e nos restos culturais;
 Danos  são causados pelas larvas, as quais constroem galerias no rizoma em tamanhos
variados, debilitando as plantas e tornando-as mais sensíveis ao tombamento;
 Plantas infestadas apresentam desenvolvimento limitado, amarelecimento e posterior
secamento das folhas, redução no peso do cacho e morte da gema apical;
 As fêmeas põem ovos nas cavidades feitas pelo aparelho bucal no rizoma  10 a 50 ovos;
 A eclosão da larva  ocorre de 7 a 14 dias após  a larva se desenvolve dentro do rizoma (30
a 50 dias  saí para periferia do rizoma  transforma em pupa (fase de 7 a 10 dias);
 Após a fase pupal o adulto emerge;
 Pragas da Bananeira:

 Monitoramento:

 Deve-se confirmar a presença do inseto e quantificar a sua população  para racionalizar as


medidas de controle  estimativa é feita por meio de iscas atrativas;
 As iscas podem ser feitas a partir do pseudocaule ou rizoma  os insetos são atraídos pelas
substâncias voláteis presentes no rizoma e pseudocaule;
 Deve ser feita de plantas que já produziram o cacho  até 15 dias após a colheita  pode ser
do tipo “queijo” ou tipo “telha”;
 Recomenda-se  20 iscas ha-1 para o monitoramento e de 50 a 100 iscas ha-1 para controle;
 As coletas devem ser a cada 7 dias (semanais) e a renovação das iscas a cada 15 dias;
 O nível de controle para nossa região é de 5 insetos por isca;
 Os insetos capturados  coletados manualmente e destruídos.
 Pragas da Bananeira:
 Controle:

 Uso de mudas sadias  Tratamento químico das mudas com inseticida;


 Tratamento térmico das mudas  água 54°C por 20 minutos;
 Cultivares resistentes;
 Uso de iscas  As iscas podem ser tratadas com inseticidas biológicos  com o fungo
Beauveria bassiana  dispensando a coleta dos insetos;
 Químico  pode colocar o inseticida nos orifícios feito pela “Lurdinha”, na superfície das
iscas ou em cobertura na planta;
 O controle por comportamento preconiza o emprego de armadilhas contendo isca Cosmolure®,
(feromônio atrativo) o qual atrai adultos da broca para um recipiente do qual o inseto não
consegue sair  3 a 4 armadilhas ha-1  com renovação do sachê com feromônio a cada 30 dias;
 Tratos culturais  desbaste filhotes, cobertura vegetal do solo, corte do pseudocaule das
plantas colhidas, nutrição equilibrada.
Adulto.
Larva.

Pupa.

Galerias. Fungo Beauveria bassiana.

Galerias.

Isca tipo queijo.


Isca tipo telha.

Cobertura morta.
 Pragas da Bananeira:
 Broca do Pseudocaule da Bananeira: Castnia spp.  (Castnia licus e Castnia icarus)
Ordem: Lepidoptera Família: Castiniidae.
 Danos  as lagartas se alimentam inicialmente dos tecidos das bainhas foliares;
 A lagarta apresenta coloração branco-leitosa, cabeça marrom-avermelhada, mede em torno de
9 cm de comprimento no último ínstar e constrói a câmara pupal dentro do pseudocaule;
 Ao se alimentar  abre galerias no pseudocaule de onde saem exsudados;
 O adulto (Castnia licus) é uma borboleta que possui hábitos diurnos e voa rapidamente nas
horas mais quentes do dia  apresenta 10 cm de envergadura de asa;
 A lagarta foi encontrada atacando as cultivares FHIA1,2,18,21, Caipira, Prata Zulu, Mysore e as
regionais Pacovan e Pacovi  as cultivares Caipira e FHIA2 foram as preferidas;
 Em decorrência dos danos causados pela lagarta, a planta torna-se enfraquecida, sujeita ao
tombamento pela ação do vento;
 Práticas culturais como desbaste, desfolha, destruição dos restos culturais infestados e limpeza
da área são eficientes medidas para controle dessa praga.
Adulto da Broca (Castnia licus).

Galerias feita pela broca.



 Pragas da Bananeira:
 Tripes da Flor ou Tripes da Erupção: Frankliniella spp. (F. brevicaulis e F. fulvipennis)
Thysanoptera: Thripidae.

 Apesar do pequeno tamanho (cerca de 1 mm de comprimento) e da agilidade, são facilmente


vistos por causa da coloração branca ou marrom-escura  ninfa e adulto causam danos;
 Ciclo (ovo a adulto)  varia de 13 a 29 dias  a pupação ocorre no solo (projeção do cacho);
 Os adultos são encontrados geralmente em flores jovens abertas;
 Também podem ocorrer nas flores ainda protegidas pelas brácteas;
 Os danos provocados por esses tripes manifestam-se nos frutos em desenvolvimento, na forma
de pontuações marrons e ásperas ao tato, o que reduz o seu valor comercial, mas não interfere na
qualidade da fruta  sugam a seiva das plantas, injetando toxinas, causando danos;
 A eliminação do coração reduz a população desses insetos;
 Controle  ensacamento dos cachos com sacos impregnados com inseticida, no momento da
emissão do cacho  reduz os prejuízox  tem mostrado bom resultado.
Ninfa e Adulto do tripes.

Flores aberta abrigo para tripes.


 Pragas da Bananeira:
 Tripes da Ferrugem: Chaetanaphothrips spp.; Caliothrips bicinctus e Tryphactothrips
lineatus. Ordem: Thysanoptera Família: Thripidae.

 São insetos pequenos (1 a 1,2 mm de comprimento), que vivem nas inflorescências, entre as
brácteas do coração e os frutos  tanto ninfa como adulto causam danos;
 Ataque  aparecimento de manchas marrons (semelhante à ferrugem) na casca dos frutos;
 O dano é causado pela oviposição e alimentação do inseto nos frutos jovens;
 Infestação   a epiderme pode apresentar pequenas rachaduras devido perda de elasticidade;
 Os danos não prejudicam a polpa  os frutos são rejeitados para comercialização;
 Controle  eliminação do coração, ensacamento do cacho e a remoção das plantas invasoras,
tais como Commelina sp. e Brachiaria purpurascens,, hospedeiras alternativas dos insetos;
 Em casos de alta infestação, aplicam-se inseticidas fosforados e carbamatos por ocasião do
lançamento do pendão floral, mas a pulverização deve ser feita somente nos cachos.
Abrigo do tripes.

Tripes da ferrugem.
 Pragas da Bananeira:
 Ácaros da Teia: Tetranychus spp.
Ordem: Acari Família: Tetranychidae.

 São pequenos, visíveis a olho nú e tecem teia  pois são parentes distantes das aranhas;
 Alta temperatura e baixa umidade relativa do ar  rápida multiplicação dos ácaros;
 Podem ocorrer  31 gerações por ano a 26°C e 43 gerações ano a 30°C;
 Formam colônias na face inferior das folhas  tecendo teias sobre o limbo foliar;
 Maiores problemas  período seco; OBS: Ácaros não são insetos;
 Raspam as folhas sugando o produto da raspagem  causando danos;
 Ocorre amarelecimento e necrose da região afetada;
 Danos  a folha pode secar, queda prematura das folhas, frutos, pseudocaule;
 Controle  uso de água sob alta pressão para lavar os ácaros dos hospedeiros e aumentar a
UR do ar;
 Adoção de ácaros predadores.
 Pragas da Bananeira:
 Lagartas Desfolhadoras: Caligo spp.; Opsiphanes spp. (Lepidoptera: Nymphalidae)
Antichloris spp. (Lepidoptera: Arctiidae).

 Danos  as lagartas provocam a destruição de grandes áreas foliares;

 As lagartas pertencentes ao gênero Caligo e Opsiphanes provocam a destruição de grandes


áreas, enquanto que as do gênero Antichloris apenas perfuram o limbo foliar;

 Monitoramento  identificação, quantificação (Antichloris 20 lagartas planta-1) (Caligo 2


lagartas planta-1);

 A aplicação de inseticidas no bananal deve ser realizada com cautela, para evitar a destruição
dos inimigos naturais.
 Adulto de Caligo sp..

Estágio larval de Caligo sp. 

 Adulto de Opsiphanes sp.

Estágio larval de Opsiphanes sp. 

Estágio larval de Antichloris sp. 

 Adulto de Antichloris sp.


 Colheita e Pós-Colheita da Bananeira:

 Um dos maiores desafios à nossa bananicultura  reside no manejo do produto pós-colheita;


 Nessa fase ocorrem perdas  que, variam de 20% a 60% do produto colhido;
 A falta de cuidado no pós-colheita  desvalorização da banana no mercado interno e externo;
 A banana é uma fruta frágil  podem ocorrer danos  na lavoura (campo), na colheita, no
manejo dos cachos, nos translados dentro da unidade de produção, na embalagem do produto, no
transporte para o mercado, na climatização, no manuseio das frutas no mercado e na própria
residência do consumidor  esses danos são considerados graves;
 Nessa fase a cicatrização dos tecidos não é mais possível  acarretam podridões que levam a
elevadas perdas;
 De modo geral, as bananas são colhidas mais verdes, menos desenvolvidas e os frutos com
menor diâmetro, quanto maior for o tempo de transporte desde o bananal até o mercado
consumidor e quanto mais quente for a época do ano;
 Por outro lado, quanto mais fria a estação do ano e mais próximo o mercado consumidor, as
bananas podem ser colhidas mais desenvolvidas e com frutos de maior diâmetro;
 Colheita e Pós-Colheita da Bananeira:

 No Brasil os critérios para colheita do cacho são empíricos especialmente quando o produto se
destina ao mercado local já que não se observam os cuidados para se evitar danos aos frutos;
 Os sistemas de medição para colheita do cacho baseiam-se em alguns aspectos morfológicos e
fisiológicos de desenvolvimento dos frutos, denominados de grau de corte;
 Métodos de medição do ponto de colheita  Grau fisiológico de maturidade, Diâmetro do
fruto e Diâmetro do fruto por idade;

 Grau Fisiológico de maturidade:

 A colheita baseia-se no padrão visual ou aparência morfológica;


 É o método mais utilizado para comércio em mercados locais ou para mercados externos
pouco exigentes.
 Colheita e Pós-Colheita da Bananeira:

 Diâmetro do fruto:

 Este método se baseia na correlação entre o diâmetro do dedo central da segunda mão e o grau
de maturidade fisiológica do fruto que é feito com um calibrador  este diâmetro varia de 29,4
mm a 38,2 mm.

 Diâmetro do fruto por idade:

 Este método considera o momento em que o cacho emite a última penca e com base no
conhecimento da fenologia da bananeira estabelece a época de colheita do cacho em semanas (12,
14 e 16 semanas);
 Para exportação a colheita é feita com base nestes dois últimos métodos.
 Colheita e Pós-Colheita da Bananeira:

 OBS: Um critério que tem sido usado na prática para colheita de bananas de todos os grupos
 é a idade do cacho a partir da emissão da inflorescência;
 Como fazer ???  Passo 1  na semana da emissão da inflorescência, marca-se a planta
com fita plástica, usando-se diferentes cores para as várias semanas de emissão;
 A época da colheita varia para a maioria das cultivares entre 90 a 110 dias após a emissão do
coração;
 Passo 2  Um gerente de campo, de posse da planilha de controle  orienta os operários para
a colheita do cacho das plantas marcadas com determinada cor de fita;
 Para adotar esta técnica  deve haver um estudo do tempo necessário para cada cultivar
atingir o ponto ideal de colheita  Ex: A banana ouro leva 90 dias para atingir o ponto;
 Para a comercialização da banana em mercados distantes, com longo tempo de transporte, a
fruta deve ser colhida mais “magra” e para mercado local pode ser colhida mais “gorda”;
 Nas cultivares de porte semi-alto a alto (nanicão, mysore, prata, pacovan, terra) a colheita deve
ser efetuada por 2 operários  1 corta o outro segura o cacho;
 Colheita e Pós-Colheita da Bananeira:

 Nas cultivares de porte baixo a médio (figo anão, d’angola)  a colheita pode ser efetuada por
1 operário;
 Colheita e Pós-Colheita da Bananeira:

 Manejo pós-colheita:

 Para que seja preservada a qualidade é necessário que o cacho seja transportado com cuidado
desde a planta até o seu destino;
 Em propriedades com baixo nível tecnológico  os cachos devem ser levados para um local
sombreado com chão forrado de folhas de banana onde serão despencados;
 Em cultivos semitecnificados  o transporte dos cachos para o local de despencamento e
embalagem é feito por meio de carreadores  onde são colocados em carretas  que devem estar
forradas com espuma no assoalho e nas laterais para evitar injúrias aos frutos;
 Outra alternativa  transporte pendular dos cachos em carretas adaptadas com armação
metálica  cachos são transportados pendurados  o que evita pressão  as extremidades dos
cachos devem ser presas  evitar atrito no movimento pendular.
Transporte dos cachos em carreta. Transporte pendular dos cachos.

Transporte dos cachos em cabos aéreos.


 Colheita e Pós-Colheita da Bananeira:

 Galpões de embalagem:

 No galpão de embalagem os cachos ficam pendurados, são despencados, com o uso de facas
curvas, são classificados e embalados;
 As pencas fora de padrão  são descartadas;
 As dentro do padrão  são lavadas em tanque com 50 g de sulfato de alumínio para cada 100
L de água  o sulfato de alumínio coagula e precipita a cica (látex) da banana;
 Durante o processo de lavagem as pencas podem ser divididas em buquês com cerca de 6
frutos cada buquê e em seguida são lavados num segundo tanque;
 Após a lavagem das pencas e buquês  é feito um tratamento químico com fungicidas para a
proteção das partes cortadas e para retardar o aparecimento das podridões e doenças pós-colheita;
 Produtos registrados para pós-colheita  Thiabendazole (Tecto e Tecto 600) na dose de 41 a
92 mL por 100 L de água em pulverização ou imersão dos frutos e o Imazalil (Magnate 500 EC)
na dose 20 mL por 100 L de água.
Despencamento. Confecção dos buquês.

Cachos pendurados.

Tratamento químico dos buquês com fungicida.


 Colheita e Pós-Colheita da Bananeira:

 Embalagem:

 Após a lavagem e tratamento  os buquês ou pencas são colocados em caixas para facilitar o
transporte e protege-los contra escoriações;
 Podem ser usadas caixas de papelão, de madeira ou de plásticos fabricadas especificamente
para frutas;
 Dimensões  52 cm x 39 cm x 24,5 cm (comprimento x largura x altura)  capacidade  18
Kg de frutos.
Embalagem das pencas ou buquês.
 Colheita e Pós-Colheita da Bananeira:

 Transporte:

 Deve ser feito com os devidos cuidados para não danificar ou causar o menor dano possível
nos frutos;
 Deve ser realizado em caixas apropriadas, colocadas verticalmente com a ferida do corte
voltada para baixo;
 Não sendo possível o transporte em caixas evitar o empilhamento das pencas no caminhão,
forrar o fundo e bordos com espumas ou folhas
de bananeiras. Transporte de barco.
Transporte a granel.

Transporte com frigorificação.

Transporte em região montanhosa.


 Colheita e Pós-Colheita da Bananeira:

 Comercialização e rendimento:
 A maioria da banana produzida no Brasil é comercializada in natura nos mercados atacadistas,
centrais de abastecimento e feiras livres sem qualquer tratamento especial   as perdas;
 Formas de comercialização para o mercado interno:
- venda diretamente para o consumidor sem intermediação;
- venda diretamente ao varejistas (supermercado, verdureiro, feirante, quitanda);
- venda direta ao atacadista;
- venda direta ao atacadista que está junto à zona de produção;
 A banana que preenche as exigências do mercado internacional é a nanicão;
 Para o mercado local, a melhor banana para ser comercializada é a prata e a maçã;
 O rendimento de um bananeiral varia de acordo com o clima, solo, variedade, densidade de
plantio, adubação, tratos culturais e fitossanitários;
 Plantios realizados com as variedades nanica e nanicão em espaçamentos convencionais e sob
condições naturais, podem render até 2.000 cachos por ha (30 a 40 ton. ha-1).
Formas de vendas no mercado.
OBRIGADO !!!!
Prof. MSc. Walmor Moya Peres.

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