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Alta Floresta - MT
2022
Introdução:
Maiores produtores no Brasil (IBGE, 2011) 1º Nordeste 38% da produção (Bahia (15,5%),
Pernambuco (7,4%) e Ceará (6,4%)), 2º Sudeste 32% (São Paulo (18,2%) e Minas Gerais (9,4%);
Produtores 1º Índia (± 27 milhões de ton.); 2º China (± 9 milhões de ton.); 3º Filipinas
(± 9 milhões de ton.); 4º Equador (± 8 milhões de ton.) e 5º Brasil (± 7 milhões de ton.);
É principal fonte de divisas para diversos países Equador, Costa Rica, Filipinas, Honduras;
A cultura é cultivada seguindo padrões tradicionais investimentos de capital, nível
tecnológico, acarretando produtividade e produção de frutos de qualidade inferior;
Preço em Carlinda 2014, Sr. Benedito, Cooperlinda R$ 1,25 por quilo;
O Brasil exporta porque o consumo interno e as perdas pós-colheita são , não
formando excedente para exportar e não temos qualidade para satisfazer o mercado externo;
Produtos da banana sorvetes, iogurte, gelatinas, pudins, bolo, doce bananada, fruta em
calda, suco, banana drink, banana em calda, produtos desidratados (farinhas de bananas maduras
e verdes, banana passa, flocos, pó ou granulado), licor, vinho, vinagre, cerveja, aguardente.
Tabela 1: Composição da banana em relação ao seu valor nutritivo (Fonte: Embrapa).
Clima e Solo:
Temperatura:
Temperatura ótima 26 a 28° C, com mínimas de 18° C e máximas de 34° C;
Regiões 1.000 m temperaturas são mais baixas que 26 a 28ºC;
Temperaturas de 17° C pode impedir ou limitar o desenvolvimento da planta (“chilling” ou
friagem) pode causar o engasgamento do cacho e empedramento da polpa;
Engasgamento distúrbio causado pela compactação da roseta foliar dificultando o
lançamento da inflorescência o qual deforma o cacho inviabilizando a produção;
Temperaturas de 37° C inibem o desenvolvimento da planta em consequência da
desidratação dos tecidos, principalmente das folhas.
Umidade Relativa Ar (UR ar):
Umidade relativa do ar ótima 80% melhor desenvolvimento da bananeira;
UR ar acelera a emissão de folhas, prolonga sua longevidade, favorece o lançamento da
inflorescência e uniformiza a coloração dos frutos;
A UR ar torna as folhas mais coriáceas e com vida mais curta;
A UR ar associada com precipitações provoca na ocorrência de doenças fúngicas.
Clima e Solo:
Precipitação:
Precipitação média anual 1.900 mm bem distribuídos 160 mm mês-1 ou 5 mm dia-1
melhores produções de banana;
Precipitação bem distribuída de 100 mm mensal solos com boa capacidade de retenção de
água permite boa produção solos arenosos, retenção água e MO 180 mm mensal;
Precipitação 80 mm mensal desenvolvimento, produção e qualidade do fruto;
Precipitações de 1.200 mm ano-1 clima marginal a planta somente sobrevive e
frutifica se o clone plantado for tolerante ou resistente à seca ou se for utilizado a irrigação;
Severa deficiência hídrica no solo a roseta foliar se comprime dificultando ou impedindo o
lançamento da inflorescência.
Vento: Ventos a 30 Km h-1 não prejudicam a planta;
Ventos 40 - 55 km h-1 causam tombamento e fendilhamento de folhas bananas de porte
alto cultivar Thap Maeo perdas de até 70% (Foto);
Ventos de 70 Km h-1 causam prejuízos em cultivares de porte baixo;
Para os efeitos do vento quebra vento e escoramento das plantas.
Figura 2: Danos causados pelo vento na cultivar Thap Maeo. Foto: Murilo Arruda.
Clima e Solo:
Altitude:
A bananeira é cultivada em altitudes que variam de 0 a 1.000 m acima do nível do mar;
A altitude pode alterar o ciclo de produção cultivos em altitudes (0 a 300 m) para o
subgrupo Cavendish o ciclo é de 8 a 10 meses e em altitudes de 900 m o ciclo para 18 meses;
Para cada 100 m de altitude a temperatura 0,8 º C;
Experimentos conduzidos demonstraram que para cada 100 m de acréscimo na altitude o ciclo
aumentou de 30 a 45 dias.
Luminosidade:
A bananeira requer luminosidade nessa situação o cacho estará no ponto de corte
comercial 80 a 90 dias após a sua emissão sob luminosidade leva até 112 dias;
O efeito da luminosidade sobre o ciclo vegetativo da bananeira é bastante evidente:
- cultivos de Cavendish bem expostos à luz podem ser colhidos aos 8,5 meses;
- sob pouca luminosidade o ciclo pode chegar a 14 meses;
O ideal é que a luminosidade seja de 2.000 horas de luz ano-1 nunca inferior a 1.000 horas
de luz ano-1.
Clima e Solo:
Solo:
O solo ideal são os areno-argilosos com 10 a 15% de argila, com 10 a 15% de silte,
profundos, bem drenados, com boa capacidade de retenção de água e com um bom teor de
matéria orgânica;
Nas bananeiras as raízes são tenras, frágeis com pequeno poder de penetração 70% se
encontram aos 30 cm de profundidade;
A saturação de bases (V%) para o cultivo 70%;
Condições adversas ao cultivo solos arenosos, solos argilosos, áreas sujeitas ao
encharcamento, topografia acentuada produção;
Evitar o plantio em áreas com declividade de 11%;
Em áreas de 11% plantio em curvas de nível, terraços, renque de vegetação.
Cultivares Comerciais:
Origem Tailândia;
Porte alto pode atingir mais de 4 m;
Ciclo vegetativo ± 390 dias;
Cachos peso 30 a 35 Kg podendo chegar a 50 Kg;
Exigente em nutrientes potássio(K) e zinco (Zn);
É difícil despencar comercializada no atacado em cachos;
Cacho podem apresentar 13 ou mais pencas e mais de 320 frutos;
Frutos curtos semelhantes aos da banana maçã sabor adocicado peso 120 g;
É uma variante da cultivar Mysore bastante aceita por ser semelhante à cultivar Maçã;
Resistente sigatoka negra, sigatoka amarela e mal do panamá suscetível Moko;
Moderadamente resistente broca do rizoma e nematoide cavernícola.
Cultivares Comerciais:
FHIA21.
Origem Honduras;
FHIA20 cultivar tetraploide produz frutos tipo Terra;
FHIA20 alta resistência a sigatoka amarela e negra e mal do panamá;
FHIA20 frutos devem ser consumidos após cocção ou fritura Banana de fritar;
FHIA20 fruto com pouca consistência quando maduro consumir qdo iniciar maturação;
FHIA21 origem Honduras cultivar tetraploide;
FHIA21 Frutos tipo D’angola;
FHIA21 apresenta, basicamente, as mesmas características da cultivar FHIA20.
Cultivares Comerciais:
Pelipita (ABB):
Pelipita (ABB)
Variedades tradicionais.
Classificação Botânica da Bananeira:
Proposta por Simmonds e Shepherd (1955) para o gênero Musa hoje é adotada no mundo
inteiro é baseado no número de cromossomos;
É dividido em 2 grupos com 10 cromossomos e com 11 cromossomos.
1º Grupo bananeiras com Nº básico de cromossomos igual a 10, possuem brácteas livres e
se dividem em 2 seções:
Seção Australimusa compreende 5 espécies mais importantes destaque para Musa textilis
usada para a extração de fibras;
Seção Callimusa 5 ou 6 espécies de tamanho pequeno somente interesse botânico;
2º Grupo bananeiras com Nº básico de cromossomos igual a 11, dividem em 2 seções:
Seção Rhodoclamys inflorescência ereta com penca de flores sob cada bráctea espécie
conhecida Musa ornata importância ornamental;
Seção Eumusa engloba as variedades cultivadas caracteriza-se pela grande inflorescência
e numerosos frutos por penca.
Classificação Botânica da Bananeira:
Subclasse: Liliidae;
Superordem: Lilinae;
Família: Musaceae;
Subfamília: Musoideae;
Gênero: Musa;
A maioria dos cultivares de banana comestível evoluiu das espécies selvagens Musa
acuminata e Musa balbisiana;
AA Banana Ouro;
ABB Figo;
É uma planta herbácea, de raízes fibrosas, com caule verdadeiro subterrâneo tipo rizoma;
O rizoma é o órgão de reserva possui várias gemas que dão origem a novos rebentos;
O rizoma pode ter de 25 a 40 cm de diâmetro e 6,9 a 11,5 Kg;
A bananeira é uma planta monocotiledônea raízes fasciculadas;
É uma planta C3 alta taxa fotossintética;
70% das raízes encontram-se a 0,20 m de profundidade e até 1,5 m do pseudocaule;
O meristema terminal produz folhas que saem em posição helicoidal;
As bainhas das folhas que são imbricadas unem-se e formam a parte aérea, denominada
pseudocaule (pode ter 1,2 a 8 m de altura e 10 a 50 cm de diâmetro);
As folhas são longas e largas com nervura central desenvolvida e nervuras secundárias
paralelas em forma de S que se desenvolve do centro para a margem;
A folha tem crescimento rápido 2 a 7 cm diários podendo atingir até 20 cm e pode durar de
70 a 280 dias;
Morfologia da bananeira:
O cacho ou mangará é formado pelo pedúnculo, ráquis, pencas, dedos (frutos) e botão floral
(coração);
A penca é o conjunto de frutos reunidos pelo pedúnculo em uma estrutura chamada almofada
em 2 fileiras paralelas;
O fruto da bananeira é uma baga;
O engaço é o pedúnculo da inflorescência;
A ráquis é o eixo da inflorescência onde inserem as flores;
A banana é um fruto climatérico maturidade fisiológica 90 a 150 dias após emissão da
inflorescência;
Ciclo da cultura 3 fases:
1ª fase Crescimento vegetativo, produção de folhas e desenvolvimento do rizoma;
2ª fase Floração período compreendido entre a diferenciação floral e a emissão da
inflorescência;
3ª fase Frutificação período de desenvolvimento dos frutos.
Morfologia da Bananeira:
Raiz fasciculada (monocotiledônea).
Pseudocaule.
Pseudocaule.
Rizoma
Folha adulta. Folha Vela.
Inflorescência fechada.
Folha vela da bananeira.
Inflorescência aberta.
Fruto.
Dicotomia.
Semente em banana.
Fruto.
Banana Gêmeas (Felipe):
Neste caso das bananas gêmeas, a única coisa diferente
que aconteceu é que quando os carpelos de óvulos não
fecundados estavam virando frutos, seus tecidos celulares
geminaram, acabaram se unindo e desenvolveram-se juntos;
Podemos ver que eram dois ovários diferentes pelas duas
pontas que prendiam a “banana siamesa” ao cacho;
Vem uma linha que mostra um curto período onde se
desenvolveram separados e depois sua fusão.
Propagação e Obtenção de Mudas:
Propagação Convencional:
As bananeiras podem ser propagadas vegetativamente perfilhos (filhotes) retirados de
plantas matrizes;
Esse tipo de muda deve ter origem em viveiros adequados para este fim;
O viveiro deve ser bem locado solo, estrada, aguada, plantios ou plantas velhas;
As mudas devem ser de plantas vigorosas, livres de pragas e doenças, com idade inferior a
4 - 5 anos e não apresentem mistura de variedades;
Mudas de diferentes idades separadas por tamanho plantadas em talhões diferentes
uniformidade evitando sombreamento;
Mudas de plantas mal nutridas, com idade inadequada ou sem reserva plantas frágeis e
pouco produtivas;
Tipos de mudas micropropagada, chifrão, chifre, chifrinho, rizoma de planta adulta,
rizoma com filho aderido, pedaço de rizoma, guarda chuva.
Tipos de Mudas:
Chifrão mudas com 50 a 150 cm de altura, 6 a 9 meses de idade, peso 2 a 3 kg, com
folhas lanceoladas jovens e folhas lanceoladas mais desenvolvidas semelhante a folha adulta;
Chifre Chifre mudas com 50 a 60 cm de altura, 3 a 6 meses de idade, peso 1,5 a 2,5
kg com folhas lanceoladas;
Rizoma de planta adulta mudas com rizoma bem desenvolvido, com folhas largas,
porém ainda jovens, peso 4 kg;
Rizoma com filho aderido mudas com uma brotação desenvolvida junto com o
rizoma, tem grande peso e requer cuidados;
Demanda mão de obra, tempo para retirada do solo, dificulta transporte, custo, pouco usada;
Pedaço de rizoma mudas provenientes de frações de rizoma, peso 0,8 a 1,2 kg, com
uma gema, 4 a 12 mudas por rizoma;
Guarda chuva mudas com até 60 cm de altura, com rizoma pequeno, pouca reserva,
Gradagem do solo.
Gradagem do solo.
Implantação do Bananal:
4 x 1,5 x 2
Exercício:
Clorose marginal.
Clorose marginal.
Deficiência de Potássio K.
Deficiência de K.
Deficiência de Mg.
Descolamento da bainha
Descolamento da bainha
Clorose do limbo
Deficiência de Ca. Deficiência de Enxofre (S).
Frutos tortos
e pequenos.
Caso o laboratório não envie a recomendação de calagem, esta pode ser calculada baseando-se
na elevação da saturação por bases para 70%, quando esta for inferior a 60%, segundo a fórmula:
Onde:
V1 = saturação por bases atual do solo;
CTC = capacidade de troca catiônica do solo (cmolc/dm3);
PRNT = poder relativo de neutralização total do calcário.
A aplicação de calcário deve ser realizada, com antecedência mínima de 30 dias do plantio;
O calcário deve ser aplicado a lanço em toda a área, após a aração e incorporado por meio da
gradagem;
Caso não seja possível o uso da máquina, a incorporação pode ser efetuada na época da capina;
Calagem:
Adubação Orgânica:
Adubação Nitrogenada:
O nitrogênio é essencial para o crescimento das plantas;
Recomendando-se de 160 a 400 kg de N ha ano-1, dependendo da produtividade esperada;
A primeira aplicação em torno de 30 a 45 dias após o plantio;
Recomenda-se usar como adubos nitrogenados:
✸ Uréia 45% N;
✸ Sulfato de amônio 20% de N;
✸ Nitrato de cálcio 14% de N;
✸ Nitrato de amônio 34% de N;
Para melhorar o aproveitamento dos adubos nitrogenados em cobertura, é recomendável a
incorporação dos mesmos no solo a profundidade de 5 a 10 cm;
Outro cuidado que se deve ter para melhorar o aproveitamento dos adubos nitrogenados é
evitar tanto o encharcamento como a falta de umidade do solo, pois haverá perdas de N por
desnitrificação e volatilização.
Adubação do Bananal:
Adubação Potássica:
O potássio é considerado o nutriente mais importante para a produção de frutos de qualidade;
A quantidade recomendada 100 a 750 kg de K2O ha-1, dependendo do teor no solo e da
produtividade esperada;
Recomenda-se, em solos com teores de potássio inferiores a 0,15 cmolc dm-³ (60 mg dm-³),
fazer a primeira aplicação por ocasião do plantio;
Nos demais solos a 1ª aplicação pode ser feita em cobertura, no 3º ou 4º mês após o plantio;
Solos com teores acima de 0,60 cmolc dm-³ (234 mg dm-³) dispensam a adubação potássica;
Recomenda-se usar como adubos potássicos:
✸ Cloreto de potássio (60% de K2O);
✸ Sulfato de potássio (50% de K2O);
✸ Nitrato de potássio (48% de K2O).
Adubação do Bananal:
Adubação Fosfatada:
A bananeira necessita de pequenas quantidades de fósforo, mas, se não aplicado, prejudica o
desenvolvimento do sistema radicular, afetando a produção;
A quantidade total recomendada varia de 40 a 120 Kg ha-1 de P2O5 deve ser colocada na cova,
no plantio, em razão de sua baixa mobilidade no solo;
Recomenda-se usar como adubos fosfatados:
✸ Superfosfato simples (18% de P2O5);
✸ Superfosfato triplo (45% de P2O5).
Em solos com altos teores em cálcio (> 7 cmolc dm-3) ou quando se utilizam mudas
micropropagadas, as fontes recomendadas são o fosfato diamônico (DAP) (45% de P2O5) e
fosfato monoamônico (MAP) (48% de P2O5);
Anualmente, deve ser repetida a aplicação, após nova análise química do solo;
Solos com teores de P acima de 30 mg dm-3 dispensam a adubação fosfatada.
Adubação do Bananal:
Boro (B) aplicar 50 g de fritas FTE BR 12 por cova 1,8% de B, 0,8% de Cu, 3% de
Fe, 2% de Mn (Manganês), 0,1% de Mo (Molibdênio) e 9% de Zn;
Capina Consiste na retirada das plantas daninhas que infestam e competem com a
bananeira por água, espaço e nutrientes;
O bananal deve ser mantido limpo nos primeiros 5 meses da instalação;
A capina pode ser manual (enxada), mecânica (grade, enxada rotativa) e química (herbicidas);
O controle com enxada é feito por pequenos produtores deve-se evitar danos ao sistema
radicular para que não haja penetração de patógenos do solo nos ferimentos causados às raízes;
A grade de discos e a enxada rotativa devem ser evitadas por acarretarem compactação
problema sério nos solos com horizontes coesos ( argila);
A capina mecanizada e o uso de escarificadores é interessante até o 2º mês após o plantio,
quando o sistema radicular, ainda incipiente, não sofrerá danos;
Após os 5 meses da instalação roçagem manual ou motomecanizada, já que apresentam
bom rendimento de trabalho, sem as limitações da capina manual;
O uso de herbicidas pós emergentes sistêmicos como o glifosate em virtude da facilidade
de manuseio, do menor impacto ambiental e por promover a formação de cobertura morta;
Tratos Culturais do Bananal:
A utilização de pós-emergentes proporciona um custo de controle muito menor do que o das
capinas manuais;
Evitar o contato do produto com as partes verdes das plantas utilizar, junto ao bico do
pulverizador, um protetor denominado "chapéu de Napoleão", que mantém o jato direcionado a
uma área restrita, evitando a derivação do produto;
Outra forma de controle de plantas daninhas é a utilização de cobertura morta com material
vegetativo do próprio cultivo, como pseudocaules e folhas secas, já que possibilita, além do
controle do mato, a proteção do solo e a reciclagem de nutrientes Fitossanidade.
Desfolha Consiste na eliminação das folhas secas, mortas ou com pecíolos quebrados;
A desfolha é importante melhora a iluminação, circulação de ar dentro do pomar, a
incidência de pragas e doenças e a incidência de animais peçonhentos (cobras e aranhas);
A folha deve ser cortada de baixo para cima bem rente ao pseudocaule;
Em cultivares de porte baixo o corte pode ser feito com faca ou facão e nas cultivares de porte
médio a alto com foice.
Com desfolha.
Sem desfolha.
Tratos Culturais do Bananal:
Ensacamento do Cacho:
Escoramento da Planta:
Corte do Pseudocaule:
O corte deve ser efetuado rente ao solo imediatamente após a colheita do cacho;
A prática evita que se forme fonte ou reservatório de inóculo de problemas fitossanitários;
Deve-se usar ferramentas desinfetadas e em seguida fracionar o pseudocaule (40 cm) para
proporcionar rápido secamento.
Tratos Culturais do Bananal:
Um bananal conduzido corretamente pode produzir 350 ton. de massa verde (40 ton. massa
seca) vegetal por ano descontando o cacho exportado;
Esse material é rico em nutrientes melhora a fertilidade do solo a quantidade de
fertilizantes a serem aplicados ao longo do tempo;
Os restos vegetais devem ser aplicados nas linhas de cultivo da bananeira.
Tratos Culturais do Bananal:
Irrigação da Bananeira:
A irrigação existe como alternativa para suplementação de água que falta durante períodos de
déficit hídrico no solo;
A bananeira tem sido cultivada em regiões de precipitação suficiente para o seu crescimento e
desenvolvimento entretanto em regiões com déficit hídrico irrigação;
Vários métodos de irrigação podem ser usados no cultivo da bananeira;
Dentre os métodos de irrigação microasperção e gotejamento têm sido bastante utilizados;
A bananeira é hidrófita requer grandes quantidades de água;
87,5% do peso total da planta é água;
A água é importante em todas as fases porém, as fases de floração e crescimento de frutos
são os de maior necessidade de água;
São necessários pelo menos 25 mm semana-1 para crescimento satisfatório;
150 mm mês-1 para atender o requerimento hídrico.
Microaspersão.
Fita gotejadora.
Microaspersão.
Doenças da Bananeira:
Sigatoka Negra: É considerada uma praga quarentenária A2;
É causada pelo fungo Mycosphaerella fijiensis (fase perfeita ou sexual) e Paracercospora
fijiensis (fase imperfeita ou assexuada);
Encontra-se disseminada em praticamente todas as áreas produtoras do país;
Condições favoráveis umidade relativa do ar (90%) e temperatura 27° C;
Disseminação vento, mudas infectadas, água das chuvas;
Folhas infectadas colocadas entre os cachos ou pencas para prevenir ferimentos;
Infecção ocorre pelos estômatos da face inferior das folhas;
Sintomas face abaxial das folhas novas 1 e 2 extremidade lateral do limbo (lado
esquerdo da folha) pontuações claras ou áreas despigmentadas transformam em estrias;
As estrias se expandem formando manchas irregulares de coloração negra;
Com o avanço morte do limbo com alta frequência de infecções por cm2 de área foliar;
A doença é mais severa após a emissão do cacho pois não emite folhas após o florescimento
40 dias após o florescimento folhas destruídas, frutos pequenos e desuniformes;
Doenças da Bananeira:
As perdas podem chegar a 100% na produção de bananas do subgrupo Cavendish;
Por ser mais agressiva substitui a sigatoka amarela em 6 meses a 3 anos na lavoura;
A doença causa elevação nos custos de produção 52 pulverizações por ano com fungicidas
protetores ou até 26 pulverizações com fungicidas sistêmicos para o controle da doença;
Controle:
Cultivares resistentes é a estratégia mais econômica e socioambientalmente correta;
Cultivares recomendadas Caipira, Thap Maeo, Prata Ken, FHIA1,2,18,20,21, BRS Caprichosa,
BRS Garantido, BRS Vitória, BRS Japira, Pelipita, Preciosa, Figo cinza e vermelha, Ouro e BRS
Conquista;
Químico pode-se adotar a técnica da aplicação do fungicida na axila da 2ª folha com
essa técnica conseguiu-se reduzir para 3 o número de aplicações por ciclo produtivo;
Aplica-se em plantas a partir do 4º mês de idade com seringa veterinária, 0,5 mL planta-1
(Flutriafol ou o Azoxystrobin) em intervalos de 60 dias cessa aplicação com emissão cacho;
Cultural drenagem, controle de plantas daninhas, desfolha sanitária, nutrição e sombra.
Controle da Sigatoka negra com seringa veterinária, 0,5 mL planta-1 (Flutriafol ou o Azoxystrobin) em
intervalos de 60 dias.
Doenças da Bananeira:
Sigatoka Amarela:
Charuto. Antracnose.
Cordana.
Vírus.
Pragas da Bananeira:
Broca do Rizoma ou Moleque da Bananeira: Cosmopolites sordidus
Coleoptera: Curculionidae.
É considerada a praga-chave da cultura por provocar altos prejuízos à produção;
O adulto é um besouro de cor negra que mede ± 11 mm de comprimento e 5 mm de largura;
Apresenta hábito noturno durante o dia vive em local úmido e sombreado nas
touceiras e nos restos culturais;
Danos são causados pelas larvas, as quais constroem galerias no rizoma em tamanhos
variados, debilitando as plantas e tornando-as mais sensíveis ao tombamento;
Plantas infestadas apresentam desenvolvimento limitado, amarelecimento e posterior
secamento das folhas, redução no peso do cacho e morte da gema apical;
As fêmeas põem ovos nas cavidades feitas pelo aparelho bucal no rizoma 10 a 50 ovos;
A eclosão da larva ocorre de 7 a 14 dias após a larva se desenvolve dentro do rizoma (30
a 50 dias saí para periferia do rizoma transforma em pupa (fase de 7 a 10 dias);
Após a fase pupal o adulto emerge;
Pragas da Bananeira:
Monitoramento:
Pupa.
Galerias.
Cobertura morta.
Pragas da Bananeira:
Broca do Pseudocaule da Bananeira: Castnia spp. (Castnia licus e Castnia icarus)
Ordem: Lepidoptera Família: Castiniidae.
Danos as lagartas se alimentam inicialmente dos tecidos das bainhas foliares;
A lagarta apresenta coloração branco-leitosa, cabeça marrom-avermelhada, mede em torno de
9 cm de comprimento no último ínstar e constrói a câmara pupal dentro do pseudocaule;
Ao se alimentar abre galerias no pseudocaule de onde saem exsudados;
O adulto (Castnia licus) é uma borboleta que possui hábitos diurnos e voa rapidamente nas
horas mais quentes do dia apresenta 10 cm de envergadura de asa;
A lagarta foi encontrada atacando as cultivares FHIA1,2,18,21, Caipira, Prata Zulu, Mysore e as
regionais Pacovan e Pacovi as cultivares Caipira e FHIA2 foram as preferidas;
Em decorrência dos danos causados pela lagarta, a planta torna-se enfraquecida, sujeita ao
tombamento pela ação do vento;
Práticas culturais como desbaste, desfolha, destruição dos restos culturais infestados e limpeza
da área são eficientes medidas para controle dessa praga.
Adulto da Broca (Castnia licus).
São insetos pequenos (1 a 1,2 mm de comprimento), que vivem nas inflorescências, entre as
brácteas do coração e os frutos tanto ninfa como adulto causam danos;
Ataque aparecimento de manchas marrons (semelhante à ferrugem) na casca dos frutos;
O dano é causado pela oviposição e alimentação do inseto nos frutos jovens;
Infestação a epiderme pode apresentar pequenas rachaduras devido perda de elasticidade;
Os danos não prejudicam a polpa os frutos são rejeitados para comercialização;
Controle eliminação do coração, ensacamento do cacho e a remoção das plantas invasoras,
tais como Commelina sp. e Brachiaria purpurascens,, hospedeiras alternativas dos insetos;
Em casos de alta infestação, aplicam-se inseticidas fosforados e carbamatos por ocasião do
lançamento do pendão floral, mas a pulverização deve ser feita somente nos cachos.
Abrigo do tripes.
Tripes da ferrugem.
Pragas da Bananeira:
Ácaros da Teia: Tetranychus spp.
Ordem: Acari Família: Tetranychidae.
São pequenos, visíveis a olho nú e tecem teia pois são parentes distantes das aranhas;
Alta temperatura e baixa umidade relativa do ar rápida multiplicação dos ácaros;
Podem ocorrer 31 gerações por ano a 26°C e 43 gerações ano a 30°C;
Formam colônias na face inferior das folhas tecendo teias sobre o limbo foliar;
Maiores problemas período seco; OBS: Ácaros não são insetos;
Raspam as folhas sugando o produto da raspagem causando danos;
Ocorre amarelecimento e necrose da região afetada;
Danos a folha pode secar, queda prematura das folhas, frutos, pseudocaule;
Controle uso de água sob alta pressão para lavar os ácaros dos hospedeiros e aumentar a
UR do ar;
Adoção de ácaros predadores.
Pragas da Bananeira:
Lagartas Desfolhadoras: Caligo spp.; Opsiphanes spp. (Lepidoptera: Nymphalidae)
Antichloris spp. (Lepidoptera: Arctiidae).
A aplicação de inseticidas no bananal deve ser realizada com cautela, para evitar a destruição
dos inimigos naturais.
Adulto de Caligo sp..
No Brasil os critérios para colheita do cacho são empíricos especialmente quando o produto se
destina ao mercado local já que não se observam os cuidados para se evitar danos aos frutos;
Os sistemas de medição para colheita do cacho baseiam-se em alguns aspectos morfológicos e
fisiológicos de desenvolvimento dos frutos, denominados de grau de corte;
Métodos de medição do ponto de colheita Grau fisiológico de maturidade, Diâmetro do
fruto e Diâmetro do fruto por idade;
Diâmetro do fruto:
Este método se baseia na correlação entre o diâmetro do dedo central da segunda mão e o grau
de maturidade fisiológica do fruto que é feito com um calibrador este diâmetro varia de 29,4
mm a 38,2 mm.
Este método considera o momento em que o cacho emite a última penca e com base no
conhecimento da fenologia da bananeira estabelece a época de colheita do cacho em semanas (12,
14 e 16 semanas);
Para exportação a colheita é feita com base nestes dois últimos métodos.
Colheita e Pós-Colheita da Bananeira:
OBS: Um critério que tem sido usado na prática para colheita de bananas de todos os grupos
é a idade do cacho a partir da emissão da inflorescência;
Como fazer ??? Passo 1 na semana da emissão da inflorescência, marca-se a planta
com fita plástica, usando-se diferentes cores para as várias semanas de emissão;
A época da colheita varia para a maioria das cultivares entre 90 a 110 dias após a emissão do
coração;
Passo 2 Um gerente de campo, de posse da planilha de controle orienta os operários para
a colheita do cacho das plantas marcadas com determinada cor de fita;
Para adotar esta técnica deve haver um estudo do tempo necessário para cada cultivar
atingir o ponto ideal de colheita Ex: A banana ouro leva 90 dias para atingir o ponto;
Para a comercialização da banana em mercados distantes, com longo tempo de transporte, a
fruta deve ser colhida mais “magra” e para mercado local pode ser colhida mais “gorda”;
Nas cultivares de porte semi-alto a alto (nanicão, mysore, prata, pacovan, terra) a colheita deve
ser efetuada por 2 operários 1 corta o outro segura o cacho;
Colheita e Pós-Colheita da Bananeira:
Nas cultivares de porte baixo a médio (figo anão, d’angola) a colheita pode ser efetuada por
1 operário;
Colheita e Pós-Colheita da Bananeira:
Manejo pós-colheita:
Para que seja preservada a qualidade é necessário que o cacho seja transportado com cuidado
desde a planta até o seu destino;
Em propriedades com baixo nível tecnológico os cachos devem ser levados para um local
sombreado com chão forrado de folhas de banana onde serão despencados;
Em cultivos semitecnificados o transporte dos cachos para o local de despencamento e
embalagem é feito por meio de carreadores onde são colocados em carretas que devem estar
forradas com espuma no assoalho e nas laterais para evitar injúrias aos frutos;
Outra alternativa transporte pendular dos cachos em carretas adaptadas com armação
metálica cachos são transportados pendurados o que evita pressão as extremidades dos
cachos devem ser presas evitar atrito no movimento pendular.
Transporte dos cachos em carreta. Transporte pendular dos cachos.
Galpões de embalagem:
No galpão de embalagem os cachos ficam pendurados, são despencados, com o uso de facas
curvas, são classificados e embalados;
As pencas fora de padrão são descartadas;
As dentro do padrão são lavadas em tanque com 50 g de sulfato de alumínio para cada 100
L de água o sulfato de alumínio coagula e precipita a cica (látex) da banana;
Durante o processo de lavagem as pencas podem ser divididas em buquês com cerca de 6
frutos cada buquê e em seguida são lavados num segundo tanque;
Após a lavagem das pencas e buquês é feito um tratamento químico com fungicidas para a
proteção das partes cortadas e para retardar o aparecimento das podridões e doenças pós-colheita;
Produtos registrados para pós-colheita Thiabendazole (Tecto e Tecto 600) na dose de 41 a
92 mL por 100 L de água em pulverização ou imersão dos frutos e o Imazalil (Magnate 500 EC)
na dose 20 mL por 100 L de água.
Despencamento. Confecção dos buquês.
Cachos pendurados.
Embalagem:
Após a lavagem e tratamento os buquês ou pencas são colocados em caixas para facilitar o
transporte e protege-los contra escoriações;
Podem ser usadas caixas de papelão, de madeira ou de plásticos fabricadas especificamente
para frutas;
Dimensões 52 cm x 39 cm x 24,5 cm (comprimento x largura x altura) capacidade 18
Kg de frutos.
Embalagem das pencas ou buquês.
Colheita e Pós-Colheita da Bananeira:
Transporte:
Deve ser feito com os devidos cuidados para não danificar ou causar o menor dano possível
nos frutos;
Deve ser realizado em caixas apropriadas, colocadas verticalmente com a ferida do corte
voltada para baixo;
Não sendo possível o transporte em caixas evitar o empilhamento das pencas no caminhão,
forrar o fundo e bordos com espumas ou folhas
de bananeiras. Transporte de barco.
Transporte a granel.
Comercialização e rendimento:
A maioria da banana produzida no Brasil é comercializada in natura nos mercados atacadistas,
centrais de abastecimento e feiras livres sem qualquer tratamento especial as perdas;
Formas de comercialização para o mercado interno:
- venda diretamente para o consumidor sem intermediação;
- venda diretamente ao varejistas (supermercado, verdureiro, feirante, quitanda);
- venda direta ao atacadista;
- venda direta ao atacadista que está junto à zona de produção;
A banana que preenche as exigências do mercado internacional é a nanicão;
Para o mercado local, a melhor banana para ser comercializada é a prata e a maçã;
O rendimento de um bananeiral varia de acordo com o clima, solo, variedade, densidade de
plantio, adubação, tratos culturais e fitossanitários;
Plantios realizados com as variedades nanica e nanicão em espaçamentos convencionais e sob
condições naturais, podem render até 2.000 cachos por ha (30 a 40 ton. ha-1).
Formas de vendas no mercado.
OBRIGADO !!!!
Prof. MSc. Walmor Moya Peres.