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I.

Introdução

O tomate (Lycopersicon esculentum Mill.) é um dos legumes mais importantes do mundo.


Como se trata de uma cultura com um ciclo relativamente curto e de altos rendimentos, a
cultura do tomate tem boas perspectivas económicas e a área cultivada está a aumentar cada
dia. O tomate pertence à família das Solanáceas tais como a batata, o tabaco, os pimentos e a
beringela (Naika, 2006).

O tomate tem a sua origem na zona andina de América do Sul, mas foi domesticado no
México e introduzido na Europa em 1544. Mais tarde, disseminou-se da Europa para a Ásia
meridional e oriental, África e Oriente Médio. Mais recentemente, distribuiu-se o tomate
silvestre para outras partes da América do Sul e do México.

O consumo dos frutos contribui para uma dieta saudável e bem equilibrada. Estes são ricos
em minerais, vitaminas, aminoácidos essenciais, açúcares e fibras dietéticas. O tomate
contém grandes quantidades de vitaminas B e C, ferro e fósforo. Também os frutos enlatados
e secos constituem produtos processados de importância económica (Naika, 2006).

I.1. Justificativa

O motivo que levou-nos a escolha desta cultura de tomate é facto de ser um alimento
importante mas consumida no cotidiano mas tem se verificado que o mesmo é importado da
vizinha Africa do Sul e para minimizar esta situação a necessidade da produção do tomate
como uma oportunidade de negocio visto que a oferta é muito reduzida.

I.2. Objetivos
I.2.1. Geral

Elaborar um plano operativo de produção da cultura do tomate.

I.2.2. Específicos

Conhecer as exigências da cultura do tomate.

Descrever os métodos da condução da cultura do tomate.


I.3. Localização da área de produção

I.4. Visão da empresa


Fornecer o tomateiro com qualidade e quantidade capaz de satisfazer as necessidades dos
clientes, e expandir produto para fora de Maputo num futuro breve.
Salientar que será feito um empréstimo no banco para a concretização do projecto para a
produção do tomate.

I.5. Missão
Fornecer a tomateiro com alta qualidade e quantidade para satisfazer as necessidades dos
clientes e responder os desafios sócio económicos do país.

I.6. Beneficiários
A empresa vai a actuar no ramo agrário para a produção de tomateiro, o grupo alvo são os
ambulantes e o sector familiar que precisam do produto para o uso na confeição dos seus
alimentos, de modo geral a população de Boane e a província de Maputo.

I.7. Análise de matriz fofa

 Técnicos qualificados.
 Uso de semente melhorada e com bom
Forcas poder germinativo.
 Domínio de técnicas melhoradas de
produção de tomateiro.
 Condições climáticas favoráveis.
 Poucos produtores do tomate.
Oportunidade
 Sistema de irrigação usada.
 Apoio do governo para a produção
agrícola e politicas que defendem a
agricultura como base do desenvolvimento
económico do país.

 Falta de dinheiro para iniciar com negócio.


Fraquezas  Vias de acesso para escoar os produtos.
 Segurança.

 Inimigos naturais.
Ameaças  Oscilação do preço no mercado.
O tomate (ver a Figura 1) é uma planta anual, que pode atingir uma altura de mais de dois
metros. Contudo, na América do Sul, pode-se colher frutos das mesmas plantas durante
vários anos consecutivos. A primeira colheita pode-se realizar 45-55 dias após a florescência,
ou 90-120 dias depois da sementeira. A forma dos frutos difere conforme a cultivar
(variedade cultivada). A cor dos frutos varia entre amarelo e vermelho.

Pode-se distinguir entre dois tipos de tomateiro: ? o tipo alto ou tipo indeterminado ? o tipo
arbusto o tipo determinado Estes dois tipos (alto e arbusto) constituem dois tipos de culturas
completamente diferentes. Contudo, existem também variedades de tomateiro de porte
semideterminado.
As variedades altas (indeterminadas) são mais apropriadas para culturas com um período de
colheita prolongado. Continuam a desenvolver-se após a florescência. Esta característica
denomina-se `indeterminada’. Embora, sob condições tropicais, o desenvolvimento possa
parar devido a doenças e ataques de insectos, as plantas têm, geralmente, uma folhagem mais
abundante. Por conseguinte, reduz-se a temperatura dentro da cultura e os frutos crescem à
sombra das folhas. Como os frutos estão assim cobertos, não são danificados pela luz do sol e
amadurecem mais lentamente. Um amadurecimento mais lento e uma razão folhas/frutos
elevada melhoram o sabor dos frutos e aumentam a doçura. Os tipos altos deverão ser
empados ou suportados por uma armação ou uma latada (ver o capítulo 4).

Os tipos baixos suportam-se, geralmente, por si mesmos e não precisam de serem empados.
Sob condições climáticas severas, como sejam tufões, pode ser recomendável empar as
plantas. Os tipos determinados param o seu desenvolvimento depois da florescência. Como as
suas necessidades de mão-de-obra são mais reduzidas, o seu uso é comum nos cultivos
comerciais. Têm uma frutificação relativamente concentrada dentro de, apenas, duas ou três
semanas e os seus frutos amadurecem com muito maior rapidez do que os dos tipos
indeterminados.

O cultivo do tomate apresenta as seguintes vantagens: ? trata-se duma cultura de legumes


com um ciclo relativamente curto ? pode-se optar entre um período de produção curto ou
prolongado ? pode-se cultivar como uma cultura arvense, não coberta, e como uma cultura
protegida

? pode-se encaixar bem em diferentes sistemas de cultivo ? tem um valor económico


elevado ? tem um teor de micronutrientes alto ? os frutos podem ser processados, secos e
enlatados

1 Clima e solo Temperatura e luz O tomate requer um clima relativamente fresco, árido, para
dar uma produção elevada de primeira qualidade. Contudo, esta planta adaptou-se a um
amplo leque de condições climáticas, variando entre temperada a quente e húmida tropical. A
temperatura óptima da maioria das variedades situa-se entre 21 a 24 °C. As plantas podem
sobreviver certa amplitude de temperatura, mas abaixo de 10 °C e acima de 38 °C danificam-
se os tecidos das mesmas. Os tomateiros reagem às variações da temperatura que têm lugar
durante o ciclo de crescimento (ver o Quadro 1), de forma a que são afectadas p.ex. a
germinação de sementes, o desenvolvimento de plântulas, a florescência, a frutificação e a
qualidade dos frutos. Quando durante a florescência há períodos persistentes de tempo fresco
ou quente, reduz-se a produção de pólen e isto terá influência na frutificação. Quando há
gelo, as plantas serão destruídas. Para prevenir danos provocados pelo gelo, é recomendável
adiar a sementeira até o inverno ter acabado completamente. É possível semear antes desse
momento, mas então deve ser feito dentro (em vasos ou tabuleiros). A intensidade da luz
afecta a cor das folhas, a frutificação e a cor dos frutos

Solo O tomate cresce bem na maioria dos solos minerais com uma capacidade apropriada de
retenção de água, arejamento, e isentos de salinidade. A planta prefere solos franco-arenosos
profundos, bem drenados. A camada superficial deve ser permeável. Uma espessura do solo
de 15 até 20 cm é favorável para o desenvolvimento de uma cultura saudável. Caso se trate de
solos argilosos pesados, uma lavoura profunda permite uma melhor penetração das raízes.

Rega O tomate não é resistente à seca. Por conseguinte, os rendimentos diminuem


consideravelmente após curtos períodos de escassez de água. É importante regar as plantas
com frequência, particularmente durante a florescência e a frutificação. A quantidade de água
necessária depende do tipo de solo e das condições climáticas (pluviosidade, humidade e
temperatura). Em solos arenosos é particularmente importante regar com frequência (p.ex. 3
vezes por semana). Em boas circunstâncias uma rega por semana deve ser suficiente. É
necessário regar, aproximadamente, 20 mm de água por semana em condições frescas e,
aproximadamente, 70 mm durante os períodos quentes e secos. A aplicação de água
desempenha um papel crucial para a obtenção duma maturidade uniforme e para a redução da
ocorrência do apodrecimento apical, uma desordem fisiológica associada com o
abastecimento irregular de água e, por conseguinte, uma deficiência de cálcio nos frutos
durante o seu crescimento. Há vários métodos de irrigação: Rega superficial O método mais
simples é verter água em sulcos (rega em sulcos) ou sobre campos planos rodeados por
pequenos diques/marachas (rega por inundação). Distribuir a água uniformemente.

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