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Cultura do tomate

Professor: Marcio Trindade Almeida Data: 31/03/2021


Aluno: Luan Gabriel Souza Gomes Turma: técnico de
nível médio em agropecuária 2020.2

Apresentação

O tomateiro é uma planta de origem andina que possui grande


variabilidade de gêneros e ampla adaptabilidade em diferentes regiões.
O grande número de espécies e mesmo a grande variedade de
cultivares no mercado demonstram diferentes resposta às condições de
absorção de luz, CO2, temperatura, absorção de água e nutrientes,
permitindo que estas plantas possam se desenvolver em climas que
variam de condições de tropical de altitude à temperado.

Importância econômica

A produção mundial de tomate para processamento industrial no ano


2000 foi de aproximadamente 27 milhões de toneladas. O Brasil, um
dos maiores produtores mundiais, produziu em 2002 cerca de 1,28
milhão de toneladas em uma área de 18,25 mil hectares, indicando que,
atualmente, nossa produtividade média é de cerca de 70 t por hectare,
sendo assim, umas das principais fontes de arrecadação do Brasil. Sem
conta que o tomate é uma hortaliças muito apreciada pela população do
Brasil sendo consumida em, praticamente, em todo território nacional.
Botânica

É uma planta da família das Solanáceas, assim como a berinjela, a


pimenta, o pimentão e o jiló. A planta possui porte arbustivo e seu
desenvolvimento vegetativo pode ser caracterizado pelo tipo de
crescimento, determinado ou indeterminado. As cultivares de
crescimento determinado têm crescimento limitado e são as utilizadas
para o plantio sem estaquia sendo, portanto, conhecidas como tomate
rasteiro, que é cultivado normalmente para processamento industrial.

As plantas de crescimento indeterminado tem crescimento ilimitado,


podendo chegar a 10m de comprimento. O tutoramento ou estaquia é
necessário para que a planta fique ereta e os frutos não mantenham
contato com o solo.

Clima

O tomateiro é uma cultura de estação quente, sendo muito sensível à


geada em qualquer estágio de crescimento. Se exposto a temperaturas
abaixo de 10oC, as plantas podem ser prejudicadas por demora na
germinação e crescimento inicial menos vigoroso. Temperaturas frias
também reduzem o pegamento dos frutos e atrasam a maturação. Da
mesma forma, temperaturas extremas acima de 35oC reduzem o
pegamento de frutos e restringem a coloração vermelha nos frutos. Se o
estresse hídrico e altas temperaturas ocorrerem ao mesmo tempo, a
planta irá produzir frutos mais frágeis.
Solos

O tomate pode ser produzido em uma ampla gama de solos, desde que
a drenagem e a estrutura física do solo seja boa. A planta produz uma
massa radicular fibrosa, que pode explorar o subsolo se não houverem
impedimentos. Porém a grande maioria da biomassa radicular
normalmente se concentra nas camadas mais superficiais do solo, e
70% do volume total de raízes se encontra nos primeiros 20cm de
profundidade. O tomate exige boa nutrição. Dessa maneira, os melhores
cultivos são observados nos solos mais férteis.

O pH ideal do solo para o tomate é entre 6,0 e 6,5, mas as plantas são
normalmente cultivadas em pH de 5,0 a 7,5. Quando o pH cai para
menos de 5,5, a disponibilidade de magnésio e molibdênio também
diminui e quando o pH sobe acima de 6,5, ocorre deficiência em zinco,
manganês e ferro.

Adubação

Na cultura do tomate, a adubação vai depender da forma ou manejo


como o produtor deseja realizar as atividades naquele local se ele usa
produtos químicos ou orgânicos. Na adubação química, Seguindo as
orientações da análise de solo, existem inumeras varições de adubos
químicos que podem suprir as necessidades nutricionais das plantas,
desde fertilizantes separados até formulações, entre as formulações
mais utilizadas na adubação de base a 5 – 25 – 15 e a 4 – 30 – 16. As
adubações de cobertura são parceladas, no tomate de mesa, de acordo
com o desenvolvimento da cultura. É recomendada que sejam feitas
quinzenalmente para a tender a constante extração pelos frutos. No
tomate com finalidade industraial é feita a partir dos 25 a 30 DAT, são
indicadas três adubações de cobertura com intervalo que pode variar de
7 a 14 dias, em função da condição nutricional da planta. A adubação
orgânica tem como fundamentos básicos a utilização de resíduos
orgânicos sendo estes de origem animal, vegetal, agroindustrial e
outros. A adubação orgânica deve ser feita de acordo com a
disponibilidade desse insumo na propriedade. A aplicação deve ser feita
com a antecedência de pelo menos quinze dias antes do transplante,
misturado ao adubo químico de plantio e a terra.

Não há como se definir a quantidade exata de fertilizantes que possam


ser aplicados para o suprimento das necessidades das plantas. De
maneira geral, acredita-se que 50% do nitrogênio, 30% do fósforo e
70% do potássio adicionado como esterco estejam disponíveis para as
plantas.

Cultivares

Os recursos genéticos do tomateiro têm sido exaustivamente


explorados em todo o mundo. No mercado internacional são
encontradas centenas de cultivares com diversas características. No
Brasil, as cultivares de polinização aberta foram rapidamente
substituídas por híbridos. Em 1998, informações obtidas nas indústrias
processadoras indicaram que 45% da área plantada foi ocupada por
cultivares híbridas; em 2002, a quase totalidade da área foi cultivada
com híbridos F1. Alguns exemplos de cultivares são: IPA-6, Viradoro,
Ap533, Heinz 9553, Heinz 9665, Heinz 9992.

Produção de mudas

Para que aja uma produção de mudas eficiente, os processos a seguir


devem ser feito em um lugar controlado como uma estufa, deve
preparar um substrato, depois adicionar o substrato no local provisório
onde as mudas vão fica,deve-se fazer pequenos furos de 2 cm de
profundidade, coloca-se uma ou duas sementes por furo, recobrindo-as
em seguida com substrato peneirado ou com vermiculita pura de
granulometria média ou fina, após esse processo a semente dever ser
umedecida todos os dias tendo cuidado para não encharca a planta e
mantida em uma local, em locais muito quentes é recomendado o uso
de um sombrite de 60%.

Plantio

O plantio deve ser iniciado após as mudas atingirem tamanho ideal para
serem plantadas no local definitivo ou em alguns casos o produtor opta
por utilizar sementes direto no local definitivo, contudo, o produtor deve
se atentar ao manejo de solo.Com plantio favorável entre os meses de
abril e junho, segundo a Embrapa, o tempo para colheita varia entre 90
e 120 dias. O tomate gosta de locais bastante iluminados e, na medida
em que a planta cresce, precisa de suporte para que os galhos não
entortem e quebrem com o peso dos frutos.

Tratos culturais

O tomate com fins industriais não envolve alguns tratos culturais que
são necessários para o tomate de mesa, como tutoramento e amarrio.
Em contrapartida, deve-se ter um forte controle das condições
fitossanitárias da área, pois em função do seu cultivo ser rasteiro,
cria-se um micro clima bastante favorável à incidência de pragas e
doenças, principalmente ao se considerar condições de altas
temperaturas. Alguns exemplos de tratos culturais do tomate são:
Amontoa, amarrio, desbrota, poda ou capação, poda de folhas e raleio
de frutos, cobertura do solo, tutoramento.

Irrigação

O tomateiro é uma planta muito exigente em água, seu fruto maduro


possui cerca de 93 a 95% de água. Seu sistema radicular pode atingir
até 1,5m de profundidade e isto acontece, em média, cerca de 60 dias
após o transplantio. O déficit híbrico prolongado limita o
desenvolvimento e a produtividade, principalmente na fase de
florescimento e desenvolvimento dos frutos, que são os períodos mais
críticos. Por outro lado, também não pode haver excesso de água no
solo, esta condição facilita o aparecimento e disseminação de doenças,
provocar rachaduras nos frutos, queda de flores, frutos ocos e podridão
apical. A irrigação do tomate pode ser conduzida por aspersão,
gotejamento ou sulco.

Plantas daninhas

Existem algumas espécies de plantas daninhas (S. americanum -


maria-pretinha, S. sissymbrifolium - joá, N. physaloides - joá-de-capote,
entre outras), pertencentes à mesma família botânica do tomateiro
(Solanaceae), cuja introdução na área a ser cultivada com tomate deve
ser indiscutivelmente evitada. Essas plantas daninhas, além de
hospedeiras de patógenos (nematoides do gênero Melodoigyne) e de
produzirem grande quantidade de sementes de fácil disseminação,
possuem hábitos de crescimento e fisiologia semelhantes aos do
tomateiro, o que dificulta e/ou impossibilita seu controle com herbicidas
seletivos para solanáceas (Weaver et al., 1987).

Doença

As doença nos pomares de tomate é um problema sério, enfrentado


pelos produtores dessa hortaliça, os fatores que podem levar uma
planta a adoecer são diversos como, por exemplo, um solo encharcado,
contato dos frutos com o solo, uso de matéria contaminado na hora do
manejo dessas plantas, entre outros. Entre as principais doença que
afetam os tomateiros se destacam, pinta-preta, Requeima,
murcha-de-fusário, murcha-bacteriana, mancha-bacteriana,
vira-cabeça-do-tomateiro.
Pragas

A maioria das pragas que atacam essa cultura estão presentes desde o
transplantio das mudas em campo até o final do ciclo e não raro estão
presentes também no viveiro de produção das mudas. No entanto,
existem algumas pragas que devem ser combatidas de forma mais
radical que as outras. Dependendo do tipo de manejo que o produtor
usa na sua propriedade, dês de calda como a calda bordalesa ou até
mesmo agrotóxicos. As principais pragas são: traça-do-tomateiro,
mosca branca, ácaros, larva minadora, tripés, pulgões, lagarta-rosa,
burrinho.

Comercialização

Após ser colhido o tomate pode ser comercializado de diversas formas,


pois é uma cultura com boa aceitação no mercado internacional,
podendo ser comercializado em feiras livres, supermercado, ou até
mesmo ser vendido pra empresas que façam produtos a partir do
tomate, produtos como extrato de tomate, ketchup, molhos a base de
tomate, entre outros. Portanto, o mercado para a cultura do tomate é
bem ampla, podendo o produtor escolher o destino que for mais
vantajoso.

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