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SEMINARIO MILHO

INTRODUÇÃO

No Brasil a produção de milho é bastante expressiva, não somente pelo volume de grãos, mas
também pela extensa área de plantio (aproximadamente 15 milhões de ha), referente à safra
normal e safrinha. O plantio do milho, nas regiões Sudeste e Centro-oeste, geralmente ocorro
nos períodos entre outubro e novembro.

IMPORTANCIA DO CULTIVO

O milho tem um papel importante sem sistemas de plantio direto e integração do sistema de
lavoura-pecuária, pois possui diversas aplicações dentro da área agrícola, principalmente como
alimentação humana e animal. Desempenha importância nos programas de rotação de cultura
e consórcio com forrageiras.

MANEJO DE PLANTAS DANINHAS

O manejo de plantas daninhas é a adoção de práticas com o objetivo de reduzir a infestação,


não sendo necessária sua completa eliminação/erradicação. Estas práticas abrangem desde o
arranquio manual até o uso de equipamentos que mapeiam e exterminam as plantas e
sementes presentes no solo.

1) Manejo de daninhas antes da semeadura: o produtor deve planejar quais práticas


e produtos serão utilizados para controlar as daninhas que invadem a área
plantada. O planejamento inicia-se da seguinte forma:
a. Escolha da área: deve-se escolher áreas livres ou de baixo índice de
infestação e de fácil controle, devendo ser implantado o plano de rotação
de culturas;
b. Preparo de solo: prática para eliminar as plantas daninhas já instaladas e
favorecer o ambiente para recebimento da cultura, além da aplicação de
herbicidas no pré-plantio incorporado ou na pré-emergência, visando a
conservação do solo.
c. Uso de Cobertura Morta: o uso da cobertura morta permite a cultura se
estabelecer rapidamente e reduz a germinação de sementes de plantas
daninhas. É importante realizar a dessecação da área antes da semeadura,
para eliminar as plantas que estão instaladas e formar mais cobertura
morta.

2) Manejo de daninhas após a semeadura: depois de semear o milho, o produtor


pode utilizar o uso de herbicidas de pré-emergência ou pós-emergentes, a fim de
controlar as daninhas em seu ciclo de crescimento, levando em consideração à
seletividade para a cultura e para o espectro de controle, além de empregar o
controle mecânico.
3) Monitoramento: Monitorar as daninhas presentes na área auxilia na hora de
escolher o método de controle a ser empregado, indicando como aquela espécie se
comporta no ambiente, permitindo também identificar a resistência das plantas
aos herbicidas.

CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS

1) Controle Preventivo  O controle preventivo tem como objetivo reduzir as


chances de introdução e propagação de plantas daninhas, sendo um sistema
que visa somente reduzir a infestação, não um programa de controle.
A prática preventiva inclui medidas como, uso de sementes
certificadas, evitar trânsito de animais em áreas infestadas, limpeza de
equipamentos, controle de espécies em canais, curvas de nível,
margens da lavoura e entrelinhas.

2) Controle Cultural  é o uso de condições ambientais que promova o


crescimento da cultura, favorecendo-as em relação às daninhas. Essa técnica de
controle leva em consideração as características da cultura para inibir o
crescimento das plantas invasoras, de forma que seja necessário conhecer em
detalhes as exigências e características da cultura a ser instalada e das daninhas
presentes na área.
A seleção da cultura e dos tratos culturais a serem aplicados devem
valorizar o beneficiamento da cultura. Deve-se atentar à escolha do
genótipo classificado para as condições de solo e clima da região,
adubação e densidade de plantas, profundidade e época de
semeadura, favorecendo à rápida germinação das sementes. Além de
que, a rotação de culturas é outro método que inibe o aumento de
uma espécie resultante da monocultura, pois as exigências de uma
cultura diferente na área de plantio, faz com que as condições
ambientais não sejam tão favoráveis para as daninhas, evitando seu
desenvolvimento.

3) Controle Mecânico  O arranquio manual é o controle mecânico mais antigo


praticado pelo homem, realizado por meio de enxadas e cultivadores. Mesmo
com a chegada dos herbicidas no mercado agrícola, a utilização desses métodos
é de grande extensão, principalmente em propriedades rurais pequenas.

As principais práticas de controle mecânico são:

a) Enterrio: eliminação das plantas por falta de luz, ocorrendo


esgotamento de reservas;
b) Corte: separa as raízes da parte aérea;
c) Dessecação: exposição da parte radicular à superfície do solo,
causando desidratação;
d) Exaustão: Repetidas brotações das gemas por estimulação, esgotando
as reservas e matando as gemas (plantas perenes).
É um método de controle relativamente econômico, de grande eficiência em
solos secos, permitem a infiltração de água no solo por proporcionar aeração,
porém não é capaz de eliminar as plantas daninhas que surgem nas linhas da
cultura, pode danificar o sistema radicular da cultura e é ineficiente em
períodos de precipitação.

4) Controle Químico  É a alternativa mais usada em termos de controle de


plantas daninhas. Com o decorrer dos anos, houve aumento na obtenção de
novos herbicidas e maior eficiência nas técnicas de aplicação.
O controle químico é um método de elevada eficiência e rápida
resposta de ação, sendo eficiente também em períodos de
precipitação, não sendo prejudicial ao sistema radicular da cultura e
controlando as invasoras nas linhas de plantio. Porém para esse tipo de
aplicação há maior necessidade do uso de equipamentos adequados
com manutenções periódicas, maior capacitação dos produtores, além
de contribuir para resíduos químicos no solo, água e alimentos.
Os herbicidas podem ser aplicados antes do preparo do solo,
principalmente em plantas daninhas de propagação vegetativa (capim-
massarambá, tiririca e grama-seda), pois assim evita a multiplicação de
propágulos.
Podem ser aplicados também na pré-emergência das daninhas,
em conjunto com a semeadura ou após, incorporando ou não
superficialmente no solo. Este tipo de herbicida impede que haja
competição entre a cultura e a planta invasora, evitando redução no
rendimento dos grãos. A eficácia dos herbicidas pré-emergentes
depende muito da umidade do solo no momento de aplicar,
precipitação após aplicação, em casos de incorporação mecânica esses
dois requisitos não são tão necessários; a temperatura, tipo de solo e
espécie de plantas a serem controladas também é de importância na
hora de se utilizar os herbicidas.
Outra maneira é a aplicação na pós-emergência das plantas
daninhas, mas de forma que ocorra antes da interferência na produção
de grãos, pois essa técnica aumenta os riscos de competição,
necessitando de monitoramento constante para aplicar o produto na
época adequada. A aplicação pós-emergente é mais arriscada para a
produção da cultura, porque em condições ambientais e climáticas
inadequadas, não haverá eficiência do herbicida.
- Aplicação de pós-emergência precoce;
- Aplicação de pós-emergência normal;
- Aplicação de pós-emergência tardia.

PRINCIPAIS PLANTAS DANINHAS https://blog.aegro.com.br/plantas-daninhas-do-milho/

- capim amargoso (digitaria insularis): manejo deve ser realizado antes da semeadura,
evitando touceiras da daninha no milho; em casos de ocorrer touceiras, é recomendado que a
semeadura do milho seja tardia, para que se possa controlar, ou plantar trigo, que abrangerá
um maior período para o manejo.
Caso tenha apresentado infestações sucessivas de capim-amargoso em culturas
anteriores, deve-se fazer o uso de herbicidas pré-ermergentes (trifularina,
pyroxasulfone+flumioxazin);

- capim pé de galinha (eleusine indica): O manejo do capim-pé-de-galinha é semelhante ao


capim amargoso, porém esse tipo de capim deve ser controlado quando as plantas ainda
tiverem menos de 2 perfilhos, pois quanto mais perfilhos, menor a eficiência dos herbicidas.

- Buva (Conyza sp.): a buva é uma planta daninha com extensos casos de resistência a
herbicidas. As sementes germinam no período outono-inverno (junho-setembro), que
geralmente coincide com o final do ciclo do milho.

Para controlar a buva na pós-emergencia na cultura do milho safrinha, pode-se utilizar


as combinações de atrazina + tambotrione, além do uso do consórcio de milho com braquiária.

- Picão-preto (Bidens sp.): As sementes dessa daninha possuem um mecanismo de dormência


no qual possibilita emergência em períodos favoráveis, o que a torna mais competitiva com a
cultura. Para controlar o picão-preto no milho convencional, é recomendado o uso de atrazina
na pré-emergencia da planta invasora e, dependendo da situação, realizar a aplicação pós-
emergente.

- Amendoim bravo (Euphorbia heterophylla): o amendoim bravo é uma daninha que pode
germinar o ano todo, porque são adaptadas a um amplo espectro de temperatura, umidade e
diferentes características de solo. Para controlar o amendoim bravo quimicamente, no milho
convencional, é recomendado aplicar atrazina, atrazine+s-metolachlor ou atrazine+simazine.

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