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(noções básicas)
I. INTRODUÇÃO
a) qualidade da água;
b) temperatura;
c) umidade relativa do ar;
d) umidade do solo;
e) tipo de solo;
f) velocidade do vento;
g) qualidade de aplicação;
h) mistura de produtos químicos;
i) momento de aplicação;
j) cobertura do alvo;
k) dose;
l) volume de calda e
m) tamanho de gota.
IV.2. Temperatura
A temperatura exerce acentuada influência na eficiência e eficácia de
herbicidas, notadamente naqueles aplicados em pré-emergência e pós-emergência.
Temperaturas altas, no caso de herbicidas pré-emergentes, provocam o
aumento da espessura da gota empregada, favorecendo a evaporação da água e a
volatilização do produto, dificultando a absorção pelas plantas.
Da mesma forma, temperaturas extremas (baixas ou altas) interferem
no metabolismo das plantas, reduzindo a absorção de herbicidas pelas espécies
daninhas.
Nesse contexto, não se recomenda a aplicação de herbicidas quando a
temperatura for superior a 35oC ou inferior a 12oC.
IV.6. Vento
Visando a redução de perdas por volatilização, o recobrimento do
alvo, a garantia de eficiência do produto e a minimização de injúrias em culturas
vizinhas devido à deriva, recomenda-se não aplicar nenhum tipo de herbicida
quando a velocidade do vento for superior a 8-10 km/hora.
Inseticidas 20 – 30
Fungicidas sistêmicos 30 – 40
Fungicidas de contato 50 – 70
50 14 13 4 3
100 57 670 16 180
200 227 817 65 210
Fator Exigência
Qualidade da água Ausência de argila em suspensão
Ausência de matéria orgânica em suspensão
Baixa concentração de Cálcio
pH da água 3,0 a 5,5
Temperatura do ar (máxima) < 30°C
Temperatura do ar (mínima) > 12°C
Umidade relativa do ar > 50%
Velocidade do vento < 10 km/hora
⎛ 200litros ⎞
Y =⎜ ( )⎛ 200litros ⎞
⎟. 850m = ⎜
2
2 ⎟
( )
. 850m 2 = 17litros
⎝ ha ⎠ ⎝ 10000m ⎠
Sendo assim, neste exemplo, a vazão desejada (em litros) no tempo gasto (30
segundos) para percorrer a área demarcada para regulagem (850m2) é de 17 litros.
Desta maneira, a vazão por bico do pulverizador (q) será:
Y 17litros 0,5litro
q= = = 0,5litro = = 1,0litro / min uto
n 34bi cos 30segundos
O milho (Zea mays L.), como a maioria das poáceas (gramíneas), por
ocasião da emergência de suas plântulas, mantém a semente sob o solo,
caracterizando a natureza hipógea de seu processo produtivo.
Em condições favoráveis, a emergência das plântulas de milho
ocorrerá entre 5 e 10 dias após a semeadura.
Aproximadamente 7 a 10 dias após a emergência, a plântula
apresenta-se com duas folhas totalmente expandidas, encontrando-se, a partir
dessa fase, apta a iniciar o processo fotossintético. Nesta etapa, evidencia-se um
grupo de raízes alongadas, ligadas ao primeiro nó do caulículo, ainda não
portadoras de ramificações.
A partir da emissão da 3/4a folha, nota-se a franca exaustão das
reservas contidas na semente, o desencadeamento da fase de ramificação e
desenvolvimento do sistema radicular, bem como o início da etapa de absorção
efetiva de nutrientes e água presentes no solo.
Por ocasião da plena expansão da 4/6a folha, principia o processo de
diferenciação floral, o qual origina os primórdios da(s) espiga(s) e da panícula,
culminando no início da definição do potencial de produção da planta.
Assim, a partir da emissão da 2a/3a folha, a presença de plantas
daninhas na lavoura de milho poderá acarretar perdas significativas na produção em
função de competição por fatores de produção, bem como por eventuais efeitos
alelopáticos decorrentes da liberação de aleloquímicos no meio por algumas
espécies vegetais. O nível de redução do rendimento da cultura será função de seu
estádio de desenvolvimento e das espécies de plantas daninhas presentes na área,
além do tipo de herbicida e da dosagem aplicada.
Para muitos autores o período crítico de prevenção de interferência
(PCPI), período no qual a lavoura de milho deverá permanecer isenta de qualquer
tipo de interferência (mato-competição e alelopatia), corresponde à emissão da 3ª/4ª
folha até a emissão da 10ª/12ª folha.
Esse fato foi confirmado por Fancelli et al. (1998a), em ensaio
conduzido na ESALQ/USP-Piracicaba/SP, com o objetivo específico de avaliar a
interferência de plantas daninhas, bem como de seu momento de controle, nos
componentes de produção e no rendimento de milho, em função dos estádios
fenológicos da cultura. Os autores concluíram que, quando o início do controle de
plantas daninhas ocorreu apenas a partir da emissão da 5a folha do milho,
evidenciou-se a redução do comprimento médio da espiga, do número médio de
grãos por fileira e do rendimento médio de grãos.
Cumpre mencionar que em outro experimento, Fancelli et al. (1998b)
observou a possibilidade de reduções de rendimento em lavouras de milho
provocadas por grande parte dos herbicidas pós-emergentes recomendados para a
cultura, sobretudo àqueles pertencentes ao grupo das sulfoniluréias, quando os
mesmos foram aplicados após a emissão da 5ª/6a folha do referido cereal. Os
principais efeitos observados corresponderam à redução no número de linhas de
grãos e na má formação e redução do comprimento das espigas.
Da mesma forma, outros experimentos demonstram a importância
da necessidade do controle do mato nos estádios iniciais da cultura, sendo
totalmente abominado a realização do controle de plantas daninhas somente
após a 6a folha do milho, por mera comodidade ou negligência.
Neste contexto, em experimento conduzido na região de Ponta
Grossa-PR, com a cultura de milho, Zagonel (1998), citado por Fancelli &
Dourado-Neto (1997), observou redução no rendimento da cultura de acordo
com o atraso do início do controle das plantas daninhas. Conforme observado
na Figura 1, quando o controle foi efetivado 19 dias após a emergência (DAE) e
26 DAE, em comparação com o tratamento mantido permanentemente no
limpo, resultou em perdas de produção da ordem de 10 % e 24%,
respectivamente.
8473
8303 M IL H O
7963
7648
Rendimento (kg/ha)
6500
4851
T 2 8 19 26 31
D ia s a p ó s e m e r g ê n c ia
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Fancelli (2004) Fancelli (2004)
Fancelli (2004)
Fancelli (2004)
Corda-de-viola ou corriola Fitoxicidade de metolachlor
Fancelli (2004)
Fancelli (2004)
I. INTRODUÇÃO
Dano: as lagartas possuem hábito noturno e seccionam (ou anelam) o colmo da planta
na altura do colo, configurando o sintoma de “coração morto”, provocando significativa
perda de estande. Inicialmente as lagartas provocam o seccionamento parcial do colo,
porém, quando a lesão é grande, surge o chamado “coração morto”, com conseqüente
morte da planta. O ataque de lagarta-rosca pode desencadear também a emissão de
perfilhos pelas plantas e uma única lagarta é capaz de destruir de 4 a 6 plantas.
Controle: a) Tratamento de sementes; Aplicação de inseticidas específicos
(principalmente junto a herbicidas dessecantes); b) Eliminação de plantas de caruru e
língua-de-vaca (abrigo de larvas); c) Aplicação de inseticidas via líquida (no sulco de
semeadura) e d) Controle biológico através de microhimenópteros e mosca (11 a 21%
de parasitismo). Em algumas áreas providas de irrigação por pivô central pode ser
efetuada a aplicação de inseticidas via água de irrigação (insetigação).
V. MÉTODOS DE CONTROLE
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Fancelli (2004)©
Coró ou bicho-bolo
Fancelli (2004)©
Cigarrinha do milho
Fancelli (2004)©
Lagarta da espiga
Fancelli (2004)©
Fancelli (2004)©
Dano de Spodoptera
Fancelli (2006)
Percevejo preto
Percevejo barriga Verde