Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
I. INTRODUÇÃO
Inflorescência
Masculina
Inflorescência
Feminina
O grão de milho, usualmente denominado de semente, na verdade,
botanicamente, é um fruto seco, indeiscente, do tipo cariopse, contendo uma
única semente. Seu pleno desenvolvimento se completa em 50 a 55 dias após
a fertilização do óvulo, cujo processo envolve um aumento de volume de até
1400 vezes. Em massa (ou peso), os grãos, de forma geral, representam cerca
de 65-70% da espiga.
O grão de milho é constituído de pericarpo, aleurona, endosperma e
embrião, conforme apresentado na figura 1. O pericarpo é a película externa,
proveniente da parede do ovário, que reveste o fruto e apresenta coloração
variável, sendo responsável por, aproximadamente, 5% do peso total do grão.
O endosperma, que pode apresentar coloração branca, amarela ou laranja, é
constituído predominantemente de amido, perfazendo cerca de 85% do peso
de grão. A camada de aleurona, localizada abaixo do pericarpo, é responsável
pela síntese e ação das enzimas digestivas (hidrolases e proteases).
O embrião consiste de um eixo central (haste embriônica e eixo
radicular) e escutelo, podendo representar cerca de 10 % do peso total do
grão. A haste embriônica apresenta em sua constituição a plúmula (com
primórdios foliares e caulinares), e o coleóptilo (estrutura protetora da plântula).
O eixo radicular está constituído das raízes seminais nodais e da radícula,
acompanhada de sua estrutura protetora denominada de coleorriza.
Nas gramíneas, o cotilédone, perdeu a função de estrutura de reserva,
porém durante o processo de germinação funciona como uma estrutura
digestora e transferidora de substâncias de reserva para o crescimento da
plântula.
Finalmente, ressalta-se que o milho não apresenta o fenômeno da
dormência e suas sementes podem permanecer viáveis por períodos de até
cinco anos, desde que mantidas sob condições adequadas de temperatura e
umidade.
O milho, sendo uma planta de origem tropical, exige, durante o seu ciclo
vegetativo, calor e umidade para se desenvolver e produzir satisfatoriamente,
proporcionando rendimentos compensadores.
Os processos da fotossíntese, respiração, transpiração e evaporação,
são funções diretas da energia disponível no ambiente, comumente designada
por calor; ao passo que, o crescimento, desenvolvimento e translocação de
fotoassimilados encontram-se ligados à disponibilidade hídrica do solo, sendo
seus efeitos mais pronunciados em condições de altas temperaturas onde a
taxa de evapotranspiração é elevada.
Há muitos séculos, o milho vem sendo utilizado como alimento, e em
decorrência de sua extrema importância, o homem tem procurado estender os
limites geográficos da sua produção.
Atualmente, a referida espécie, mediante a seleção orientada de
genótipos, bem como o aprimoramento de métodos de manejo, vem sendo
cultivada em regiões compreendidas entre 58° de latitude Norte (Canadá e
Rússia) a 40° de latitude Sul (Argentina), distribuídas nas mais diversas
altitudes, estabelecendo-se desde localidades situadas abaixo do nível do mar
(Região do Mar Cáspio) até regiões apresentando mais de 2.500m de altitude,
nos Andes Peruanos.
Independentemente da tecnologia aplicada, o período de tempo e as
condições climáticas em que a cultura é submetida constituem-se em
preponderantes fatores de produção. Dentre os elementos de clima conhecidos
para se avaliar a viabilidade e a estação para a implantação das mais diversas
atividades agrícolas, a temperatura e a precipitação pluvial (chuva) são os mais
estudados.
Para a cultura de milho, muito se tem estudado sob o ponto de vista de
suas exigências climáticas, sempre objetivando o aumento do rendimento
agrícola. Assim, algumas condições ideais para o desenvolvimento desse cereal
podem ser apontadas, quais sejam:
III. 1 Temperatura
Onde:
ToC máxima < 35oC
ToC mínima > 10oC
ToC basal = 8 a 10oC
Classificação de genótipos
Graus-dia (*) Ciclo
< 780 Superprecoce
781 - 830 Precoce
831 - 900 Médio
>901 Normal ou tardio
(*) Valores computados a partir da semeadura e necessários para o pleno florescimento da planta.
III.4 Água
III.5 Solo
III. 6 Rizosfera
ALLISON, J.C.S.; WATSON, D.J. The production and distribuition of dry matter
in maize after flowering. Annals of Botany, v. 30, n. 119, p.366-381, 1966.
ANDRADE, F.H. Analysis of growth and yield of maize, sunflower and soybean
grown at Balcarce, Argentina. Field Crops Research, v. 41, p.1-12, 1995.
DONALD, C.M.; HAMBLIN, J. The biological yield and harvest index of ceral as
agronomic and plant breeding criteria. Advances in Agronomy. Madison, v. 28,
p. 361-405, 1976.
EVANS, L.T. The physiological basis of crop yield. Crop Physiology; some case
histories. London. Cambridge Univ. Press. p.327-55., 1975.
FREY, N.M. Dry matter acumulation in kernels of maize. Crop Science, v. 21,
p.118-122,1981.
NEL, P.C.; SMIT, N.S.H. Growth and development stages in the growing maize
plant. Farming in South Africa. p.1-7, 1978.
VILLA NOVA, N.A.; PEDRO Jr., M.J.; PEREIRA, A.R.; OMETTO, J.C.
Estimativa de graus-dia acumulados acima de qualquer temperatura base, em
função das temperaturas máxima e mínima. Caderno de Ciência da Terra,
Instituto de Geografia, USP, 1972. 8p.
Fancelli (2004)
Fancelli (2004)
Fancelli (2004)
Fancelli (2004)
Fancelli (2004)
Fancelli (2004)