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117 Introdução
A videira pode ser atacada por muitos patógenos e pragas que, na ausência de
Técnica
Circular
Lucas da R. Garrido O manejo integrado de pragas foi um conceito desenvolvido pela entomologia
Eng. Agrôn., Dr.,
e posteriormente adaptado também para a área de doenças de plantas. Embora
Pesquisador,
Embrapa Uva e Vinho, alguns patógenos possam, em certos casos, ser controlados por uma única medida
lucas.garrido@embrapa.br de controle, como, por exemplo, pela aplicação de fungicidas, a complexidade dos
Marcos Botton fatores envolvidos pode afetar a eficiência do tratamento, tornando-se necessária
Eng. Agrôn., Dr., a utilização de outras medidas para a obtenção de um controle satisfatório.
Pesquisador,
Embrapa Uva e Vinho, Para um controle racional e mais eficaz das doenças da videira, é importante a
marcos.botton@embrapa.br, utilização e a combinação de diferentes métodos (evasão, exclusão, erradicação,
proteção, regulação, imunização e terapia), para que se obtenha a otimização na
redução da incidência e severidade das doenças na cultura e, consequentemente,
se alcance o máximo de produtividade sem reflexos negativos no ambiente,
sustentável a longo prazo e que seja economicamente viável. Além dos métodos
citados, a tecnologia de aplicação utilizada deve receber especial atenção pelo
viticultor, por se tratar de uma ferramenta extremamente importante no combate
às doenças e pragas da videira.
Métodos de controle
O controle das doenças da videira não deve ser resumido apenas à aplicação de
fungicidas, ignorando-se que outras medidas adotadas desde a implantação do
vinhedo poderão minimizar os efeitos destrutivos dos patógenos sobre a planta e
tornar o controle mais fácil. Logo, sempre que possível, devem-se utilizar outras
práticas, para um maior sinergismo do efeito final.
2 Recomendações Técnicas para o Manejo das Pragas e Doenças Fúngicas da Videira na Região Sul do Brasil
Evasão
As medidas de controle baseadas na evasão visam • eliminação dos restos da poda;
à prevenção da doença pela fuga em relação ao • aração profunda do solo ou escarificação para
patógeno e/ou condições ambientais favoráveis. Na descompactação e eliminação do máximo
escolha da área, devem-se observar os seguintes possível de raízes das plantas;
itens: • desinfestação física do solo com solarização,
por meio da cobertura do solo com plástico
• evitar áreas recém-desmatadas, pois são mais transparente durante alguns meses de maior
propícias à ocorrência de podridões radiculares; insolação;
• escolher áreas bem drenadas, de preferência as • rotação de cultura;
meias-encostas de pouca declividade; • pousio de, no mínimo, um ano, no caso de
• evitar terrenos expostos a ventos frios; reimplantação de vinhedo na mesma área.
• escolher terrenos em que a exposição
proporcione boa insolação; Regulação
• evitar as baixadas que concentram maior As medidas de controle baseadas no princípio
umidade e maior duração do molhamento foliar. da regulação permitem a atuação do homem
no controle de doenças, tanto abióticas como
Exclusão bióticas, devido à possibilidade de alteração dos
A prevenção da entrada e estabelecimento de um fatores ambientais envolvidos.
patógeno em uma área isenta é feita através de
medidas quarentenárias, previstas em legislações A utilização de práticas culturais no controle das
fitossanitárias e promulgadas por órgãos doenças da videira é muito importante. Essas
governamentais, nacionais e internacionais. práticas podem reduzir o uso de fungicidas,
baixando os custos de produção e a presença
Medidas de exclusão, em âmbito mais restrito e sem de agrotóxicos no ambiente. A poda verde e
oficialização governamental, podem ser aplicadas a desbrota proporcionam melhor insolação e
pelo próprio agricultor. Entre essas medidas, arejamento do vinhedo, criando condições menos
destacam-se: favoráveis aos fungos, que necessitam de umidade
para se desenvolver, o que melhora a ação e a
• utilizar apenas mudas com qualidade eficácia dos fungicidas. As ações visando ao
fitossanitária e genética, isentas de podridões controle de doenças através de práticas culturais
internas, na base das mudas e na região da poderão ser adotadas no momento da escolha da
enxertia; área, na implantação e condução do vinhedo. Para
• efetuar a desinfestação periódica de ferramentas essa situação, recomenda-se:
durante as operações de poda;
• efetuar a desinfestação de implementos e rodas • usar sistemas de sustentação altos (1 m do
de tratores após trabalho em áreas contaminadas solo, no mínimo);
com fungos de solo, a fim de evitar sua • realizar poda verde para permitir maior
dispersão. arejamento da copa;
• realizar a limpeza e o desbaste dos cachos,
Erradicação quando se tratar de uvas de mesa;
A erradicação visa à eliminação completa de um • evitar o excesso de nitrogênio na adubação;
patógeno de uma região, sendo tecnicamente • utilizar composto orgânico para melhora dos
possível quando o patógeno tem poucos microrganismos do solo responsáveis pelo
hospedeiros e baixa capacidade de disseminação. antagonismo a patógenos;
É economicamente viável quando a presença • evitar a utilização de herbicidas nos primeiros
do patógeno restringe-se a uma área geográfica três anos após o plantio das mudas;
relativamente pequena. As medidas de erradicação, • utilizar cortinas quebra-vento em locais
no âmbito de propriedade, incluem: expostos a ventos constantes;
• evitar ferimentos nas raízes, os quais
• eliminação de plantas ou partes vegetais
favorecem a entrada de fungos.
doentes;
Recomendações Técnicas para o Manejo das Pragas e Doenças Fúngicas da Videira na Região Sul do Brasil 3
• o uso de volume de calda suficiente para uma utilização em áreas extensivas; grandes populações e
boa cobertura, mas sem desperdício dentro multiplicação rápida dos patógenos-alvo.
da dosagem recomendada. Deve-se observar
que, devido à melhora da qualidade da cal O monitoramento é vital para se determinar se a
utilizada na neutralização do sulfato de cobre, resistência é a causa da ausência de controle da
em algumas situações, pode-se empregar menor doença e para se verificar se as estratégias de manejo
quantidade de cal para neutralizar a solução; da resistência apresentam resultados positivos.
• quanto ao número de aplicações, é muito
variável, mas, em condições climáticas As principais estratégias recomendadas atualmente
normais, a calda bordalesa pode ser aplicada são: evitar o uso repetitivo de um mesmo produto
a cada quinze a vinte dias, ou reaplicada após sistêmico; misturá-lo ou alterná-lo com fungicida
ocorrerem precipitações de 20 a 25 mm; apropriado; limitar o número e a periodicidade dos
• é importante ressaltar que o cobre apresenta tratamentos; evitar erradicação, ou seja, tentar
baixa eficiência para a mancha-das-folhas e a exterminar toda a população do patógeno com altas
podridão-da-uva-madura; doses dos produtos; seguir a dose recomendada; e
• o cobre pode causar fitotoxicidade em clima fazer integração com métodos que não empreguem
úmido e frio, principalmente nas brotações produtos químicos. Se factível, várias estratégias
novas e durante a floração, pois impede a devem ser utilizadas em conjunto.
germinação do pólen, afetando a polinização
(fecundação); Tecnologia de aplicação
• o uso de outras fontes de cobre, como o A pulverização é um processo mecânico de geração
hidróxido de cobre e o oxicloreto de cobre, de um grande número de pequenas partículas (gotas)
pode substituir a calda bordalesa, embora esses de uma calda (mistura, suspensão ou diluição) e a
produtos sejam mais facilmente lavados pela sua aplicação consiste no processo de se colocar
chuva. o produto químico no alvo. Logo, a tecnologia de
aplicação é o emprego de conhecimentos científicos
Estratégias antirresistência que proporcionam a correta colocação do produto
A resistência de patógenos a fungicidas apresenta biologicamente ativo no alvo na quantidade
distribuição extensa. A performance da maioria dos necessária, de forma econômica e com o mínimo de
fungicidas sistêmicos modernos tem apresentado contaminação ambiental.
um certo grau de alteração, embora todos os
fungicidas ainda sejam efetivos na maioria O uso da pulverização, com a finalidade de controle
das situações. As medidas atuais de combate fitossanitário, depende não somente de produtos
à resistência não são perfeitas, mas têm-se de ação comprovada, mas, também, da tecnologia
comprovado sua necessidade e benefícios. desenvolvida para sua aplicação. A pulverização fica,
ainda, condicionada ao momento de sua realização e
A resistência dos fungos fitopatogênicos aumenta à influência dos fatores meteorológicos e biológicos.
por meio da sobrevivência e dispersão de mutantes, A eficiência da pulverização é afetada pela forma,
que são inicialmente raros, durante a exposição tamanho e posição do alvo, pela densidade, diâmetro
de fungos ao tratamento com fungicida. O e velocidade de gota e pela velocidade e direção do
desenvolvimento da resistência pode ser discreto fluxo de ar.
(resultante da mutação em um único gene) ou
gradual (que é a considerada poligênica). Os Os fatores que influenciam as características da
mecanismos de resistência variam, mas envolvem, deriva são, além do tamanho das gotas, a velocidade,
principalmente, modificações no sítio primário de a turbulência e a direção do vento. O volume de
ação do fungicida sobre o patógeno. aplicação, a distância do alvo, a pressão, a velocidade
e a energia cinética das partículas pulverizadas
O risco de resistência a um novo fungicida pode também influenciam diretamente a deriva.
ser avaliado até certo ponto. Indicadores de alto
risco incluem resistência cruzada com os fungicidas Quanto maior a for intensidade dos ventos e menores
existentes; geração que se adapta facilmente; uso, as gotas produzidas, maior será a quantidade de
na prática, de tratamentos repetitivos ou contínuos; gotas desviadas. Como a água é o agente de diluição
6 Recomendações Técnicas para o Manejo das Pragas e Doenças Fúngicas da Videira na Região Sul do Brasil
Nos últimos anos, diversas tecnologias foram Medidas recomendadas para o replantio
desenvolvidas, permitindo aos viticultores melhorar de vinhedos em locais com a presença
o manejo de pragas no vinhedo, reduzindo os riscos da pérola-da-terra
de perdas na produção. Entre elas, destacam-se: Imediatamente após a colheita do vinhedo a
ser erradicado, remover os restos culturais da
• o aumento da biodiversidade vegetal no interior videira, levando-os para fora da área de produção
dos vinhedos devido à manutenção de plantas (parte aérea e raízes). Quando possível, realizar a
de cobertura do solo nas entrelinhas. Essa subsolagem e a drenagem do terreno. Fazer a coleta
prática, além de evitar a erosão, tem ampliado a e a análise do solo, incluindo a determinação de
presença de inimigos naturais no cultivo; boro e cobre. Corrigir o solo, revolvendo a camada
• o uso do plantio sistematizado em arável e incorporando o calcário. Caso o nível de
camalhões com drenagem do excesso de cobre no solo estiver acima de 50 ppm, realizar
água nos parreirais, o que tem permitido calagem para pH 6,5. A adubação de implantação
um melhor desenvolvimento radicular e, deve ser realizada utilizando-se adubos orgânicos.
consequentemente, uma maior resistência das Na sequência, efetuar o plantio de uma cultura de
plantas aos agentes que causam o seu declínio cobertura nos meses de março/abril com espécies
e morte; não hospedeiras da pérola, propondo-se uma mistura
• o aumento do emprego do tratamento de de aveia mais ervilhaca, na proporção 1:1. A muda a
inverno com calda sulfocálcica, para suprimir a ser plantada deverá ser produzida por viveiristas que
população de cochonilhas; façam parte de programas oficiais de certificação,
• o emprego de inseticidas específicos para acreditação ou licenciamento, com garantia para a
lagartas, como o indoxacarbe, e produtos de ausência dos principais vírus e fungos de madeira,
carência zero, como o Bacillus thuringiensis e a exigindo-se nota fiscal por parte do viveirista e termo
azadiractina; de conformidade. O plantio do porta-enxerto no
• o uso de inseticidas de forma localizada nos primeiro ano e a enxertia lenhosa no inverno seguinte
vinhedos, com destaque para os neonicotinoides não se justificam, devido ao risco de contaminação
aplicados via solo, para o controle de pérola-da- do material no campo, principalmente por fungos
terra, e de iscas tóxicas e da captura massal, de madeira. Utilizar mudas enxertadas em porta-
para reduzir a infestação das moscas-das-frutas; enxertos com resistência à Fusarium oxysporum f.
• o uso de plantas atrativas e repelentes na época sp. herbemontis e à filoxera, como, por exemplo, o
de maturação da uva como forma de diminuir os Paulsen 1103. Antes do plantio, tratar a muda com
danos ocasionados por vespas e abelhas. fungicidas químicos ou biológicos (fungicidas do
• o uso de ácaros-predadores, que podem ser grupo químico dos triazois ou Trichoderma spp.),
utilizados como agentes de controle biológico. pela imersão em uma calda por uma hora, e deixar
as mudas durante quarenta e oito horas à sombra,
A disponibilidade dessas ferramentas tem antes do plantio. Esse tratamento visa à proteção da
melhorado de forma significativa o manejo raiz e base da muda durante seu desenvolvimento
das principais pragas no cultivo da videira, inicial. Evitar a aplicação de herbicidas na área até
racionalizando o controle químico e permitindo a brotação da muda atingir entre 20-30 cm. Após,
evitar, ao máximo, o uso de inseticidas. No entanto, utilizar herbicida de contato apenas na linha. Caso
o desafio de produzir uvas de qualidade é crescente, o terreno esteja infestado com plantas invasoras
devido à permanente ameaça de introdução de hospedeiras da pérola-da-terra (como a língua-de-
novas pragas no país, como é o caso da traça- vaca), controlá-las de forma permanente. É comum
da-uva dos cachos Lobesia botrana (Lepidoptera: alguns produtores cultivarem espécies como a
Tortricidae), e/ou da bactéria Xylella fastidiosa, batata-doce no interior do parreiral ou plantarem
causadora da doença Mal-de-Pierce, que tem como figueiras ou roseiras nas bordas do vinhedo, visando
principal vetor as cigarrinhas. Por essa razão, é ao aproveitamento do espaço. Essas espécies
fundamental que os técnicos e produtores estejam auxiliam no aumento da população da praga na área,
sempre atentos às novas tecnologias, bem como às sendo responsáveis pela reposição do inseto que
ameaças que existem relacionadas à presença de atacará as plantas de videira. Por isso, essa prática
insetos, garantindo a sustentabilidade do cultivo. deve ser evitada.
8 Recomendações Técnicas para o Manejo das Pragas e Doenças Fúngicas da Videira na Região Sul do Brasil
Nos primeiros anos de plantio, efetuar o tratamento devendo-se realizar o tratamento por mais de
com inseticidas de solo (neonicotinoides) nos meses uma safra, aumentando-se proporcionalmente a
de novembro e janeiro ou após a colheita (Tabela 4). dosagem dos produtos. Em casos de infestação
elevada, é conveniente fazer o replantio das
Manejo da pérola-da-terra em vinhedos mudas, aplicando-se o programa de tratamento
estabelecidos recomendado para plantas novas;
Quando o ataque da pérola-da-terra ocorre em • os produtos devem ser aplicados quando as
parreirais estabelecidos, os seguintes procedimentos plantas estiverem em plena atividade, evitando-
devem ser adotados: se períodos de estiagem. É importante controlar
as invasoras próximo às raízes, para evitar que
• controlar as plantas hospedeiras do inseto no as mesmas absorvam o inseticida.
interior do parreiral, mantendo-se plantas de
cobertura, como aveia e ervilhaca; Caso a pérola-da-terra não esteja presente na
• evitar a utilização de equipamentos como a propriedade, deve-se adotar as seguintes medidas
enxada rotativa no interior da área, visto que para impedir que a praga seja introduzida:
essa prática aumenta a dispersão do inseto;
• preservar a sanidade das folhas da videira • evitar o transplante de mudas de uso doméstico
(mancha-das-folhas) após a colheita das uvas, com torrão, como flores, fruteiras e condimentos
visando ampliar as reservas da planta para a provenientes de áreas infestadas;
entressafra; • ao se comprarem mudas de videira, dar
• caso o produtor opte por efetuar o controle preferência às de raiz nua, as quais devem ser
químico, os inseticidas recomendados são o lavadas para verificar a presença da pérola-da-
imidacloprid e o thiametoxam. Esses inseticidas terra. Utilizando-se equipamentos provenientes
devem ser aplicados no solo, durante o mês de locais onde o inseto encontra-se presente,
de novembro, período em que inicia o ataque deve-se providenciar a limpeza dos mesmos
das ninfas de primeiro ínstar às raízes da antes de utilizá-los na propriedade.
videira. Em situações de alta infestação, a
dosagem recomendada pode ser dividida em Filoxera - Daktulosphaira vitifoliae (Fitch,
duas, aplicando-se em novembro e janeiro 1856) (Hemiptera: Phylloxeridae)
(atentar para o período de carência) ou após A filoxera da videira apresenta duas formas, uma que
a colheita. O índice de controle da praga é ataca as raízes e a outra a parte aérea das plantas.
reduzido em função da idade das plantas. Por Para o controle da forma radícola, os inseticidas
isso, é fundamental estabelecer um programa neonicotinoides auxiliam na redução das infestações;
de controle do inseto na propriedade a partir porém, de forma isolada, não são eficientes para
do primeiro ano de plantio. O thiametoxam, na evitar que ocorram prejuízos à cultura. Além
formulação granulada, deve ser aplicado sobre disso, existe a possibilidade de selecionarem-se
o solo, incorporando o produto em seguida. O populações resistentes aos produtos, caso seu uso
imidacloprid e o thiametoxam na formulação se intensifique. A maneira mais eficiente de evitar
de grânulos autodispersíveis em água devem os danos da forma radícola é através do emprego
ser diluídos e regados no solo, na região onde de porta-enxertos resistentes. De maneira geral,
se encontra o sistema radicular, aplicando- todas as cultivares de porta-enxertos utilizados
se de dois a quatro litros de calda por planta. na viticultura são resistentes à forma radícola da
Caso haja necessidade, pode ser empregado o filoxera. Embora cultivares americanas (V. labrusca)
aplicador desenvolvido para essa finalidade, que produzam quando multiplicadas como pé-franco,
permite dosar a quantidade de água e produto sempre recomenda-se o uso de plantas enxertadas.
conforme a idade das plantas. Caso o vinhedo
possua fertirrigação, o imidacloprid pode ser A forma galícola (que forma galhas esverdeadas nas
aplicado na água de irrigação. Quando o inseto folhas), quando ocorre em plantas matrizes de porta-
ataca plantas adultas, a redução da população enxertos ou plantios novos para posterior enxertia
do inseto não tem sido significativa somente no campo, deve ser controlada sistematicamente (a
com um ano de aplicação. Nessas situações, intervalos quinzenais), a partir do aparecimento dos
a redução na população da praga é gradual, primeiros sintomas, com inseticidas neonicotinoides
Recomendações Técnicas para o Manejo das Pragas e Doenças Fúngicas da Videira na Região Sul do Brasil 9
A B
Fig. 1. ArmadilhaFigura 1. Armadilha
confeccionada confeccionada
com garrafa com
PET de dois litros. garrafa
Detalhe PET de
dos orifícios dois litros.
circulares Detalhe
de 7 mm dos (A).
de diâmetro orifícios circulares
Disposição da
de 7
armadilha no campo mm
com de diâmetro
o atrativo (A). Disposição
no seu interior (B). da armadilha no campo com o atrativo no seu interior (B).
Fotos: Ruben Machota Jr.
7 mm
A D
B C E
Fig. 2.Figura 2. Procedimento
Procedimento para confecção
para confecção das armadilhas das armadilhas
para captura massal: para
arame galvanizado comcaptura
extremidademassal:
galvanizado arame
moldada em formato
com
circular (A, B);extremidade moldada
aquecimento do arame eme encostado
ao rubro (C) formatona circular
superfície da(A, B);(D);aquecimento
garrafa colocação do fio dedo
(C) e arame
cobre ao(30rubro
esmaltado cm)
encostado na superfície da garrafa (D); colocação do fio de cobre esmaltado (30 cm) no gargalo
no gargalo da garrafa para auxiliar na fixação da armadilha no parreiral.
da garrafa para auxiliar na fixação da armadilha no parreiral. Fotos: Ruben Machota Jr.
superfície da garrafa. Esse procedimento promove canela lageana e sassafrás, louro, pau-marfim,
a formação de um orifício com bordas lisas e bem cambuim, maricá, fedegoso, carne de vaca,
definidas. palmeiras e butiás, ampliando-se, assim, a fonte de
alimento para vespas e abelhas. Também pode ser
O volume de atrativo a ser empregado no interior de fornecido alimento artificial (levedo de cerveja +
cada armadilha deverá ser de 300 mL, sem diluição. proteína texturizada de soja + açúcar na proporção 1
A reposição do mesmo deverá ser realizada durante o 1:1:1) às abelhas em alimentadores de alvado.
ciclo da cultura, conforme a evaporação do produto,
buscando-se manter o volume inicial. Quando for técnica e economicamente viável, pode-
se ensacar os cachos de uva próximo da colheita.
A densidade de armadilhas (número de armadilhas Em último caso, devem-se empregar produtos
por hectare) deve ser ajustada de acordo com repelentes às abelhas.
características peculiares de cada pomar (histórico
de infestação, localização do parreiral e presença de A destruição dos ninhos de vespas e abelhas deve
hospedeiros nativos da mosca-das-frutas próximo ser feita com muito critério, pois as mesmas são
ao cultivo). Sugere-se uma densidade de 100 valiosas auxiliares na predação de pragas e na
armadilhas/ha e quando a infecção é elevada, aplicar polinização de culturas.
inseticida com efeito sobre adultos.
Lagartas
Vespas e abelhas Diversas espécies de lagartas têm sido registradas
O controle deve ser realizado de forma integrada, associadas à cultura da videira. Merecem destaque
envolvendo o plantio, em áreas marginais aos a lagarta-das-folhas (Spodoptera eridania) e as
vinhedos, de plantas como o trigo mourisco ou traças verde (Argyrotaenia sphaleropa) e marrom
girassol, que florescem no mesmo período de (Cryptoblabes gnidiella) dos cachos. O controle
maturação da videira. O plantio do trigo mourisco dessas espécies tem sido realizado no início da
pode ser iniciado na primeira semana de dezembro, infestação com inseticidas químicos e biológicos
com escalonamento a cada quinze dias. Essa prática (Tabela 4 e 6).
suprirá as abelhas de alimento no período crítico de
ataque. Além das espécies mencionadas, existem relatos do
ataque do gorgulho do milho (Sitophilus spp.), de
As matas vizinhas aos parreirais devem ser tripes (Frankliniella rodeos Moulton) e dos pulgões
reflorestadas com espécies como eucalipto, angico, da videira Aphis illinoisensis Shimer e Aphis gossypii
12 Recomendações Técnicas para o Manejo das Pragas e Doenças Fúngicas da Videira na Região Sul do Brasil
Glover. Informações sobre o controle dessas OEPP/EPPO. European and Mediterranean Plant
espécies encontram-se na Tabela 6. Protection Organization. EPPO Crop growth stage
keys: grapevine. OEPP/EPPO Bull., v. 14, n. 2,
Formigas-cortadeiras p. 295-298, Sept. 1984.
As formigas-cortadeiras, tanto as saúvas (Atta
spp.) quanto as quenquéns (Acromyrmex spp.), GARRIDO, L. da R.; BOTTON, M.; MELO, G. W.
causam sérios danos à videira por cortarem folhas, B. de; FAJARDO, T. V. M.; NAVES, R. de L.
brotos e cachos. O ataque de formigas é prejudicial Manual de identificação e controle de doenças,
em qualquer fase do ciclo, porém, o dano é maior pragas e deficiências nutricionais da videira. Bento
na fase de formação da planta, quando paralisa o Gonçalves: Embrapa Uva e Vinho, 2008. 78 p.
crescimento.
GARRIDO, L. da R.; GAVA, R. Manual de doenças
Dentre os principais métodos de controle de fúngicas da videira. Bento Gonçalves: Embrapa
formigas, destacam-se as iscas formicidas e o Uva e Vinho, 2014. 101 p.
emprego de inseticidas em pó. As iscas formicidas
(Tabela 5) devem ser utilizadas diretamente da SÔNEGO, O. R.; GARRIDO, L. da R.; GRIGOLETTI
embalagem, distribuindo-se os grânulos ao lado dos JÚNIOR, A. Principais doenças fúngicas da videira
carreiros, próximo aos olheiros. A aplicação deve ser no Sul do Brasil. Bento Gonçalves: Embrapa Uva
realizada com tempo seco, para evitar que ocorra e Vinho, 2005. 25 p. (Embrapa Uva e Vinho.
degradação dos grânulos devido à umidade. As iscas Circular Técnica, 56).
não devem ser armazenadas com outros produtos
químicos nem tocadas diretamente com as mãos, SÔNEGO, O. R.; GARRIDO, L. da R.;
sob o risco de perda de atratividade (formiga não BOTTON, M.; SÓRIA, S. de J.; HICKEL, E. R.
carregar). Os inseticidas em pó (Tabela 5) devem Recomendações para o manejo das doenças
ser aplicados diretamente nos ninhos por meio de fúngicas e das pragas da videira. Bento
insufladores. Gonçalves: Embrapa Uva e Vinho, 2002. 12 p.
(Embrapa Uva e Vinho. Circular Técnica, 39).
Referências
ZAMBOLIM, L.; PICANÇO, M. C.; SILVA, A.
EMATER-RS. Recomendações para o manejo das A. da; FERREIRA, L. R.; FERREIRA, F. A. (Ed.).
doenças fúngicas e insetos pragas da videira. Porto Produtos fitossanitários (fungicidas, inseticidas,
alegre: EMATER/RS-ASCAR; Bento Gonçalves: acaricidas e herbicidas). Viçosa. UFV, 2008.
Embrapa Uva e Vinho, 2003. 72 p. 652 p.
Recomendações Técnicas para o Manejo das Pragas e Doenças Fúngicas da Videira na Região Sul do Brasil 13
ANEXO A
4. Eficiência biológica
A eficiência dos produtos segue a escala:
X – eficiência até 70%
XX – eficiência de 71 a 90%
XXX – eficiência maior que 91%
SI – sem informação
NC – não controla
Tabela 1. Informações para o controle químico das principais doenças fúngicas da videira. 14
Dose p.c. Intervalo entre Período de carência
Doença/Patógeno Estádio fenológico Princípio ativo Eficáciaª
(g ou mL/100 L)b aplicações (dias)c (dias)
Escoriose Fazer duas aplicações clorotalonil XX 150 a 400 7 a 10 7
(Phomopsis viticola) (estádios 05 e 09) difeconazole XX 8 a 12 12 a 14 21
dithianona XXX 125 7 a 10 28
enxofre X 200 a 400 7 a 10 7
mancozebe XXX 250 a 350 7 a 10 7
oxicloreto de cobre X 300 5a7 7
tiofanato metílico X 70 a 100 10 a 12 14
metconazole SI 50 a 100 12 a 14 7
oxicloreto de cobre X 250 a 350 5a7 7
tebuconazole XX 100 12 a 14 14
X 70 a 100 10 a 12 14
Tabela 1. Informações para o controle químico das principais doenças fúngicas da videira. Continuação.
Floração
mL/100L)
Ponta verde
Baga ervilha
Inflorescência
Gemas dormentes
Início da maturação
2 a 3 folhas separadas
5 a 6 folhas separadas
Dosagem comercial (g ou
Concentração de ingrediente
1 AMISTAR WG AZOXISTROBINA 500 24
2 VANTIGO AZOXISTROBINA 500 24
3 GALBEN-M BENALAXIL + MANCOZEBE 80 + 650 200 a 250
4 TAIREL M BENALAXIL + MANCOZEBE 80 + 650 200 a 250
5 TRECATOL BENALAXIL + MANCOZEBE 80 + 650 200 a 250
BOSCALIDA + CRESOXIM
6 COLLIS 200 + 100 50
METILICO
7 CAPTAN 500 WP CAPTAN 500 240
8 CAPTAN SC CAPTAN 480 250
9 ORTHOCIDE 500 CAPTAN 500 240
RANMAN CIAZOFAMIDA 400 25 A 30
10 ZETANIL CIMOXANIL + CLOROTALONIL 50 + 375 250 a 300
11 ZETANIL WG CIMOXANIL + CLOROTALONIL 100 + 750 100 a 150
12 DUETTO WG CIMOXANIL + CLOROTALONIL 100 + 750 100 a 150
13 EQUATION CIMOXANIL + FAMOXADONA 300 + 225 60
14 ACADEMIC CIMOXANIL + MANCOZEBE 60 + 700 200 a 300
15 CIMOX WP Helm CIMOXANIL + MANCOZEBE 80 + 640 250
16 CURATHANE CIMOXANIL + MANCOZEBE 80 + 640 250 a 350
17 CURZATE BR CIMOXANIL + MANCOZEBE 80 + 640 250
18 MICENE CIMOXANIL + MANCOZEBE 60 + 700 200 a 300
20 HARPON WG CIMOXANIL + ZOXAMIDA 331 + 331 30 a 35
21 ALTO 100 CIPROCONAZOL 100 20
Recomendações Técnicas para o Manejo das Pragas e Doenças Fúngicas da Videira na Região Sul do Brasil
Tabela 2. Relação de fungicidas registrados no Agrofit (30/10/2014) e estádios fenológicos da videira para sua utilização. Continuação.
Floração
mL/100L)
Ponta verde
Baga ervilha
Inflorescência
Gemas dormentes
Início da maturação
2 a 3 folhas separadas
5 a 6 folhas separadas
Dosagem comercial (g ou
Concentração de ingrediente
22 BRAVONIL 500 CLOROTALONIL 500 400
23 BRAVONIL 750 WP CLOROTALONIL 750 200
24 BRAVONIL ULTREX CLOROTALONIL 825 150
25 DACONIL 500 CLOROTALONIL 500 300
26 DACONIL WG CLOROTALONIL 825 150
27 DACOSTAR 500 CLOROTALONIL 500 400
28 DACOSTAR 750 CLOROTALONIL 750 200
29 DACOSTAR WG CLOROTALONIL 825 150
30 ISATALONIL CLOROTALONIL 750 200
31 VANOX 500 SC CLOROTALONIL 500 400
CLOROTALONIL + TIOFANATTO
32 CERCONIL SC 350 + 140 200
METÍLICO
CLOROTALONIL + TIOFANATTO
33 CERCONIL WP 500 + 200 200
METÍLICO
CLOROTALONIL + TIOFANATTO
34 TIOFANIL 500 + 200 200
METÍLICO
35 STROBY SC CRESOXIN METÍLICO 500 20
CRESOXIN METÍLICO +
36 ARCÁDIA 100 + 125 80 A 100
TEBUCONAZOLE
37 FLARE DIFENOCONAZOL 250 8 a 12
38 SCORE DIFENOCONAZOL 250 8 a 12
39 FORUM DIMETOMORFE 500 45 a 67,5
450 a 675
40 DELAN DITIANONA 750 125
Floração
mL/100L)
Ponta verde
Baga ervilha
Inflorescência
Gemas dormentes
Início da maturação
2 a 3 folhas separadas
5 a 6 folhas separadas
Dosagem comercial (g ou
Concentração de ingrediente
47 GRASTER FAMOXADONA + MANCOZEBE 62,5 + 625 120
Floração
mL/100L)
Ponta verde
Baga ervilha
Inflorescência
Gemas dormentes
Início da maturação
2 a 3 folhas separadas
5 a 6 folhas separadas
Dosagem comercial (g ou
Concentração de ingrediente
78 RIDOMIL GOLD MZ MANCOZEBE + METALAXIL 40 + 640 250
MANCOZEBE + OXICLORETO DE
79 CUPROZEB 300 + 440 350
COBRE
80 STIMO MANCOZEBE + ZOXAMIDA 727 + 73 140 a 180
81 STIMO WP MANCOZEBE + ZOXAMIDA 727 + 73 140 a 180
82 CARAMBA 90 METCONAZOL 90 50 a 100
83 POLYRAM DF METIRAN 700 300
SULFATO DE COBRE
108 SULFATO DE COBRE 990 1000
AGRIMAR
Tabela 2. Relação de fungicidas registrados no Agrofit (30/10/2014) e estádios fenológicos da videira para sua utilização. Continuação.
22
Floração
mL/100L)
Ponta verde
Baga ervilha
Inflorescência
Gemas dormentes
Início da maturação
2 a 3 folhas separadas
5 a 6 folhas separadas
Dosagem comercial (g ou
Concentração de ingrediente
107 STARKY SULFATO TRIBÁSICO DE COBRE 738 300
SULFATO DE COBRE
108 SULFATO DE COBRE 990 1000
AGRIMAR
SULFATO DE COBRE
109 SULFATO DE COBRE 985 600 a 700
MICROSAL
SULFATO DE COBRE
110 SULFATO DE COBRE 980 600
INDERCO
111 CONSTANT TEBUCONAZOL 200 100
112 EGAN TEBUCONAZOL 200 100
113 ELITE TEBUCONAZOL 200 100
114 FOLICUR 200 EC TEBUCONAZOL 200 100
115 FOLICUR PM TEBUCONAZOL 250 100
116 RIVAL TEBUCONAZOL 200 100
117 TRIADE TEBUCONAZOL 200 100
118 DOMARK 100 EC TETRACONAZOL 100 30 a 50
119 CERCOBIN 700 WP TIOFANATO METÍLICO 700 70
120 METILTIOFAN TIOFANATO METÍLICO 700 70
121 TOPSIN 700 TIOFANATO METÍLICO 700 70
122 VIPER 700 TIOFANATO METÍLICO 700 70
123 VIPER 500 SC TIOFANATO METÍLICO 500 100
SHAVIT AGRICUR 250
124 TRIADIMENOL 250 50 a 100
EC
125 TRIFMINE TRIFLUMIZOL 300 40 a 80
Recomendações Técnicas para o Manejo das Pragas e Doenças Fúngicas da Videira na Região Sul do Brasil
Tabela 3. Sugestão de algumas formulações de fungicidas a serem utilizadas para o controle das doenças da videira.
(17)
(29)
(33)
Gemas
Doença
Início da
Início da
ramos (41)
2 a 3 folhas
5 a 6 folhas
Floração (25)
compactação
Inflorescência
separadas (09)
separadas (12)
Maturação dos
dormentes (01)
maturação (35)
Baga chumbinho
Tiofanato metílico
23
Tabela 4. Relação de inseticidas / acaricidas registrados no Agrofit (30/10/2014), para a cultura da videira.
24
Classe Modo de Dosagem comercial Período de
Nome comercial Princípio ativo Classe
toxicológica ação (g ou mL/100L) carência (dias)
ABAMEX ABAMECTINA I C+I 50 INSETICIDA / ACARICIDA 28
ACTARA 10 GR THIAMETOXAN III S 40/planta INSETICIDA 45
ACTARA 250 WG THIAMETOXAN III S 680/ha INSETICIDA 45
AGREE Bacillus thuringiensis III I 100 INSETICIDA SR
AZAMAX AZADIRACTINA III C+I 150 a 200 INSETICIDA SR
BISTAR 100 EC BIFENTHRIN III C+I 50 INSETICIDA / ACARICIDA 7
BRIGADE 100 EC BIFENTHRIN III C+I 50 INSETICIDA / ACARICIDA 7
CAPTURE 100 EC BIFENTHRIN III C+I 50 INSETICIDA / ACARICIDA 7
CAPTURE 400 EC BIFENTHRIN II C+I 80 INSETICIDA / ACARICIDA 7
CORDIAL 100 PIRIPROXIFEN I T 75 INSETICIDA 14
COVER DF ENXOFRE IV C 200 a 400 INSETICIDA / ACARICIDA 30
DICARZOL 500 SP FORMETANATO I C+I 50 a 75 INSETICIDA 56
DIPEL WG Bacillus thuringiensis II 75 INSETICIDA SR
ELTRA 400 SC CARBOSULFAN II S 100 INSETICIDA / ACARICIDA 15
EPINGLE 100 PIRIPROXIFEN I T 75 INSETICIDA / ACARICIDA 14
FENIX 400 SC CARBOSULFAN II S 100 INSETICIDA / ACARICIDA 15
FINEX INDOXACARBE III I 16 INSETICIDA 21
IHAROL ÓLEO MINERAL IV C 2000 INSETICIDA / ADJUVANTE / SR
ACARICIDA
KARATE ZEON 50 CS LAMBDA CIALOTRINA III C+I 50 INSETICIDA 7
KUMULUS DF ENXOFRE IV C 200 a 400 INSETICIDA / ACARICIDA 30
KUMULUS DF-AG ENXOFRE IV C 200 a 400 INSETICIDA / ACARICIDA 30
LECAR LAMBDA CIALOTRINA III C+I 50 INSETICIDA 7
MARSHAL 400 CARBOSULFAN II I 100 INSETICIDA / ACARICIDA 15
MARSHAL 400 SC CARBOSULFAN II I 100 INSETICIDA / ACARICIDA 15
MUSTANG 350 EC ZETACYPERMETHRIN II C+I 14 a 28 INSETICIDA 15
PERMETRINA FERSOL 384 EC PERMETRINA I C+I 15 a 20 INSETICIDA 15
POSSE 400 SC CARBOSULFAN I S 100 INSETICIDA / ACARICIDA 15
PREMIER IMIDACLOPRID IV S 0,6/planta INSETICIDA 60
Recomendações Técnicas para o Manejo das Pragas e Doenças Fúngicas da Videira na Região Sul do Brasil
Tabela 4. Relação de inseticidas / acaricidas registrados no Agrofit (30/10/2014), para a cultura da videira. Continuação.
Ácaro
Pérola Traça Mosca
Spodoptera Gorgulho vermelho Cochonilha Cochonilha Besouros
Nome comercial Filoxera da dos das Tripes Pulgão
eridania do milho e rajado e ramo novo do tronco desfolhadores
terra cachos frutas
Calepitrimerus
a) Eficácia observada a campo, X = 50 a 70%; XX = 71 a 90%; XXX= maior que 90%; SI = sem informação e NC = não controla.
Recomendações Técnicas para o Manejo das Pragas e Doenças Fúngicas da Videira na Região Sul do Brasil
BROTAÇÃO FLORAÇÃO FRUTIFICAÇÃO FINAL DE CICLO
Antracnose
Escoriose
Míldio
Podridão cinzenta
Podridão da uva madura
Podridão amarga da uva
Oídio
Mancha das folhas
P. Descendente P. Ácida
Fig. 3. Estádios fenológicos da videira de acordo com Eichhorn & Lorenz e fases de maior suscetibilidade a doenças.
Tabela 7. Relação de participantes e instituição presentes na reunião sobre eficácia de agrotóxicos na cultura da videira, na
Embrapa Uva e Vinho, nos dias 07 e 28 de Agosto de 2014 (Autores).
Nome Instituição
Aldo Bortoncilho Tecnovin
Algino Carlos Bentozzo Tecnovin
Altemar Magnabosco Sec. Mun. Agricultura - Flores da Cunha
Antônio Conte Emater RS / Ascar
Antônio Santin Consultec
Arnaldo A. Argenta Personale Agricultura
Ciro Pavan Vinícola Miolo
Cleivar Gentilini Tecnovin
Enio Ângelo Todeschini Emater RS / Ascar
Eugênio Barbieri Chandon
Evandro Bosa Coop. Vinícola Garibaldi
Gilmar Octavio Onsi Sec. Mun. Agricultura - Caxias do Sul
Idemilson Moretto Tecnovin
Jacó Luiz Linck Tecnovin
João A. Bregolin Tecnovin
Leandro Santini Vinícola Perini
Leonardo Reffatti Coop. Vinícola Nova Aliança
Lidovino Bavaresco Coop. Vinícola Aurora
Lucas da R. Garrido Embrapa Uva e Vinho
Luis Henrique Fracoloni Vinícola Salton
Márcio Dallé Chandon
Marcos A. Cambruzzi Emater RS / Ascar
Marcos Botton Embrapa Uva e Vinho
Mateus Guareski Vinícola Perini
Maurício Copat Vinícola Salton
Natália Rauber Ferrari Emater RS / Ascar
Neiton B. Perufo Emater RS / Ascar
Paulo A. Tesser Coop. Vinícola São João
Paulo Roberto Dullius Coop. Vinícola Nova Aliança
Pedro Granville Tecnovin
Rodrigo Grando Tecnovin
Rudinei Bao Vinícola Casa Valduga
Thompson Didoné Sec. Mun. Agricultura - Bento Gonçalves
Valdemir Bellé Desetec
Valfredo Reali Emater RS / Ascar
Valter Luiz Comachio Tecnovin
Circular Exemplares desta edição podem ser adquiridos na: Comitê de Presidente: César Luis Girardi
Embrapa Uva e Vinho Secretária-Executiva: Sandra de Souza Sebben
Técnica, 117 Publicações
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95700-000 Bento Gonçalves, RS Ana Beatriz da Costa Czermainski, Henrique
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Fax: (0xx) 54 3451-2792 João Henrique Ribeiro Figueredo, Jorge Tonietto,
https://www.embrapa.br/uva-e-vinho/ Rochelle Martins Alvorcem e Viviane Maria Zanella
Bello Fialho
1ª edição
1ª impressão (2015): 10.000 exemplares
Expediente Editoração gráfica: Alessandra Russi
Normalização: Rochelle Martins Alvorcem
CGPE 12050