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UNIVERSIDADE BRASIL

CURSO DE AGRONOMIA

PRODUÇÃO E TECNOLOGIA DE SEMENTES


Profª. Dra. Gisele Herbst Vazquez

RELATÓRIO DE ANÁLISE DE SEMENTES

Debora Pinheiro Silva


Denise Natale Domingos Tamacia Giraldelo
Tamires Miranda de Oliveira
2.1. INTRODUÇÃO
Semente é um insumo indispensável no sistema produtivo e protagonista das
inovações tecnológicas. Com isso, a qualidade é base para obtenção de bons
rendimentos, sejam por fatores genéticos, físicos, fisiológicos ou sanitários.

Em um laboratório de sementes, o principal objetivo da análise de sementes


é a geração de informações detalhadas sobre o potencial de desempenho das sementes
em campo, utilizando testes especializados e padronizados para identificação de
problemas e suas possíveis causas. Os principais testes realizados são a análise de
pureza, determinação de outras sementes, retenção de peneiras, peso de mil sementes,
teor de água, tetrazólio, germinação e vigor.

Todo o processo para obtenção de bons resultados se deve a gestão de


capital humano, assegurando sua importância de analistas bem treinados e qualificados,
além de infraestrutura que disponibilize equipamentos calibrados e permita uma boa
realização dos testes. A junção dessas etapas torna o processo de análise e qualidade de
sementes em um grande recurso de segurança e transparência.

Todas sementes e mudas produzidas e comercializadas em todo o território


nacional devem ser regulamentas pelo MAPA (Ministério da Agricultura Pecuária e
Abastecimento) através do RENASEN (Registro Nacional de Sementes e Mudas)
seguindo um conjunto de exigências para credenciamento.

Este relatório detalha as atividades realizadas no Laboratório de Análise de


Sementes da Universidade Brasil – Campus de Fernandópolis-SP. É relativo às análises
feitas no LOTE 2 – amostra de sementes de milho S2 com peso referente a 1014,37g.

2.2. METODOLOGIA EMPREGADA


2.3. Análise de Pureza Física
A pureza física de um lote de sementes, é constituída pela porcentagem de
sementes puras, material inerte e outras sementes. A utilização de um lote de sementes
com baixa pureza física tem por consequência, a infestação da lavoura com plantas
indesejáveis, que podem causar competição com a cultura desejada e reduzir
significativamente a produtividade e eficiência da colheita.
Após a colheita, o lote com baixa pureza física pode dificultar a pré-
limpeza, secagem, a classificação, e ainda, dependendo do teor de umidade, facilitar a
infestação de microrganismos indesejáveis na massa de sementes.

ANÁLISE DE PUREZA FÍSICA DA AMOSTRA DE


TRABALHO
g %
Peso Inicial 901,71 -
Semente Pura 884,95 98,17
Outras Sementes 6,93 0,79
Material Inerte 9,52 1,05
Peso Final 901,4 -
3 % do Peso Inicial 27,05 -

Com base nos resultados de análise de pureza física conclui-se que não
houve variação excessiva >3% em relação ao peso final e inicial da amostra.

2.4. Determinação de Outras Sementes por Número


Essa análise tem como objetivo, estimar o número de sementes de outras
espécies presentes na amostra de trabalho. A determinação é realizada pela identificação
e contagem das outras espécies, sendo expressa em número de sementes encontradas no
peso da amostra. São divididas em sementes cultivadas, semente silvestre, semente
nociva proibida e semente nociva tolerada conforme normas e padrões estabelecidos.
Com base na amostra de trabalho foi possível a identificação das sementes conforme
abaixo.

DETERMINAÇÃO DE OUTRAS SEMENTES POR NÚMERO


Espécie Número de sementes na amostra
Corda de viola branca (Merremia 23
cissoides)
Fazendeiro (Cantinoa americana) 8
Amendoim Tatu Vermelho (Arachis 9
hypogaea L.)
Soja M-SOY 8001 16
Tremoço branco (Lupinus albus) 3
Tolerâncias máximas admitidas para categoria S2.

DETERMINAÇÃO DE OUTRAS SEMENTES POR NÚMERO


Permitido Amostra de trabalho
Semente de outra espécie 2 3
cultivada
Semente silvestre 0 2
Semente nociva tolerada 0 2
Semente nociva proibida 0 0

Verificou-se que o número de sementes cultivadas, silvestre e nociva


tolerada foi superior à tolerância máxima, mostrando assim que o resultado da
análise está fora do padrão.

2.5. Teste de Germinação


Esse teste tem como objetivo principal determinar o potencial máximo de
germinação de um lote de sementes, e pode ser utilizado para fazer comparação de
qualidade entre diferentes lotes e ainda estimar o valor para semeadura.

Germinação de sementes em teste de laboratório corresponde a emergência


e desenvolvimento das estruturas essenciais do embrião que permite a formação de uma
plântula classificada como normal. Plântula normal é aquela que mostra potencial para
continuar o crescimento e desenvolvimento sob condições favoráveis de campo.

As sementes para o teste foram tomadas ao acaso, da porção “Semente


Pura”, não havendo escolha de sementes. Depois de homogeneizadas, foram contadas
200 sementes em repetições de 4 de 50 sementes.

A porcentagem de germinação de sementes corresponde à proporção de


sementes que produziu plântulas normais.
REPETIÇÃO PLÂNTULA PLÂNTULA PLÂNTULA % DE
NORMAL ANORMAL NÃO GERMINAÇÃO
GERMINADA
R1 45 3 2 90

R2 46 2 2 92

R3 42 5 3 84

R4 47 2 1 94

Interpretando os resultados acima, para média de 90% com probabilidade de


2,5%, a tolerância é de 12%. Como a diferença entre maior e menor valor das 4
repetições é inferior à tolerância máxima permitida (12%) o resultado de teste é válido.

2.6. RESULTADOS
6.1. Cálculos para Determinação de Pureza Física
 Comparação do peso inicial e final da subamostra:
- 3% do peso inicial é 27,05
- Diferença entre peso inicial e final: 901,71-901,4= 0,31

 Cálculo da porcentagem de semente pura:


901,4g ----- 100%
884,95g----- x
x= 98,17%
 Cálculo da porcentagem de outras sementes:
901,4g ----- 100%
6,93g ------ x
x= 0,79%
 Cálculo da porcentagem de material inerte:
901,4g ------ 100%
9,52g -------- x
x= 1,05%
6.2. Cálculos do Teste de Germinação
 Repetição 01→ 50 ------ 100%
45 ----- x x= 90
 Repetição 02→ 50 ----- 100%
46 ------ x x= 92
 Repetição 03→ 50 ----- 100 %
42 ----- x x= 84
 Repetição 04→ 50 ----- 100%
47 ----- x x= 94
 Média→ 90+92+84+94/4= 360/4= 90

 Diferença entre o maior e menor valor das repetições→ 84-94= 10%

2.7. COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS COM O PADRÃO PARA


SEMENTES S2
PARÂMETRO DE SEMENTE PADRÃO DE RESULTADOS DA
COMERCIALIZAÇÃO AMOSTRA DE
TRABALHO
Pureza: CATEGORIA/INDICE CATEGORIA/INDICE
S1 e S2 S2
- Semente pura (% mínima) 98,0 98,1
- Material inerte12 (%) - 1,0
- Outras sementes (% máxima) 0,1 0,7
Determinação de outras sementes por número (nº máximo):
- Semente de outra espécie cultivada13 2 3
- Semente silvestre13 zero 2
-Semente nociva tolerada14 zero 2
-Semente nociva proibida14 zero -
Semente infestada (% máxima)15 5 -
Germinação (% mínima) Variedades 85 90
2.8. CONCLUSÃO
Com o presente trabalho é possível concluir que, o principal objetivo de analisar sementes
é obter informações relacionadas ao desempenho das sementes no campo de plantio, por
meio de testes padrões para identificar características como: pureza física, que no presente
teste não houve grande variação, em relação ao peso final e inicial da amostra. Determinação
de outras sementes, no qual foi constatado que a amostra das sementes coletadas está fora do
padrão de comercialização, pois o número de sementes de outras espécies, nocivas toleradas e
nocivas proibidas estão acima dos padrões permitidos.

Por fim e um dos mais importantes testes, consta-se o teste de germinação, que
corresponde ao poder de emergência e desenvolvimento de uma plântula normal, que
demonstra potencial para continuar se desenvolvendo em campo, em condições favoráveis.
Com base no teste padrão de germinação, os resultados foram favoráveis, levando em
consideração que o padrão de germinação para comercialização é de, no mínimo 85%,
enquanto o teste das amostras resultou em 90% de germinação das sementes puras.

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