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SUPERAÇÃO DE DORMÊNCIA DE

SEMENTES DE CANAFÍSTULA
Andressa Aparecida Klimeck
Leidinara da Rosa da Silva
Mônica Bode
Viviane de Fatima Gazzola

ORIENTADORES:Jéssica Emilia Rabuske


Thiarles Brun
 

FREDERICO WESTPHALEN
2022
• A canafístula Peltophorum dubium é
uma espécie de porte arbóreo, muito
utilizada na arborização de praças e
parques.

• Entre os desafios para a produção de


mudas de canafístula, podemos destacar
a dormência de suas sementes.

• No Brasil, ocorre nos estados do Rio


Grande do Sul, Mato Grosso do Sul,
Goiás até a Bahia. Fonte: Canafístula- arvore- mudas- jardim- exótico- plantas- nativas.
 Na espécie a dormência é causada devido a impermeabilidade do
tegumento.

 A dormência de sementes pode ser descrita como, quando uma semente


viável não germina mesmo se as condições ambientais forem satisfeitas .

 A dormência pode ser imposta pelo embrião ou pelos tecidos circundantes,


também chamada de dormência imposta pela casca.

 Esses tecidos por sua vez, podem ser impermeáveis á água, impedir as
trocas gasosas ou ser barreira física para a emissão da radícula.
OBJETIVOS

Avaliar a melhor forma de superar a dormência das sementes de


canafístula.

Avaliar o tamanho e o peso das plântulas geradas pelos tratamentos.


MATERIAL E
MÉTODOS/DESENVOLVIMENTO

 O experimento foi realizado na Universidade Regional Integrada Do


Alto Uruguai e Das Missões campus de Frederico Westphalen (27°
21’ 36” S e 53° 24’ 29” O).

 No laboratório de pesquisa da universidade para avaliar a


superação de dormência de canafístula.
TRATAMENTOS

Lixa
oposta ao
embrião

Corte com Sem


tesoura na parte
oposta ao tratament
embrião o

Raspagem com
Imersão em
lixa da parte
ácido sulfúrico
oposta ao
(98%) por 60s.
embrião
 Em cada placa de Petri foram colocadas
10 sementes, que foi considerada uma
repetição para a germinação.

 Para cada tratamento foram realizadas


5 repetições.
 A germinação foi avaliada 3, 6, 9, 12 e 15 dias após a instalação do
experimento.

 No final do período de avaliação da germinação, também foram avaliados o


crescimento da parte aérea e radicular em centímeros, com auxílio de uma
régua milimetrada.
 Para cada tratamento foram três repetições, sendo que cada uma foi
composta por 4 plântulas.

 Após a mensuração do tamanho das plântulas, com as mesmas repetições, foi


visualizado o peso úmido em gramas e, em seguida as plântulas foram
colocadas em forno a 60 ºC até peso constante para a mensuração do peso
seco das mesmas.

 O Delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado. Os dados foram


avaliados quanto a normalidade e as médias dos tratamentos foram
comparados pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade de erro.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 1 – Percentagem média de
germinação de plântulas normais obtidas no
teste de germinação para os diferentes
tratamentos de superação de dormência em
sementes de canafístula (Peltophorum
dubium (Sprengel) Taubert) em diferentes
dias após a instalação do experimento.
 Sementes sem tratamento para superação da
dormência, permaneceram sem iniciar o processo
de germinação após o final do teste, o que
demonstra a necessidade de tratamento para a
superação de dormência em sementes de
canafístula.

Figura 2 – Sementes de canafístula submetidas aos


tratamentos testemunha e ácido súlfurico por 60s,
no final do período de avaliação.
Tabela 1 – Influência dos tratamentos de superação de dormência no comprimento da parte
áerea (cm), comprimento da raiz (cm), peso úmido (g) e peso seco (g).

Comprimento Comprimento Peso Peso


Tratamento Parte aérea (cm) Raiz (cm) úmido (g) seco (g)
Tesoura oposta ao
embrião 2,33ns* 3,37 0,368 0,070
Lixa oposta ao embrião 2,37 3,67 0,438 0,063
Ns tratamentos não siginificativos a 5% de propabilidade de erro.
Para o comprimento da parte aérea e comprimento da raiz, pode-se observar na tabela 1 que não
houve diferença estatística entre os tratamentos, sendo os resultados obstidos semelhantes entre
os tratamentos.

A mesma tendência foi observada para o peso úmido e para o


peso seco total das plântulas avaliadas.

Figura 1 – Plântulas de canafístula geradas pelos tratamentos de


superação de dormência.
 Outro fator que afetou a germinação de sementes de canafístula é a alta incidência de
fungos.

 Na avaliação final, foi possível observar a incidência de fungos em algumas sementes, elas
apesar de fazerem o processo de embebição não germinaram, demonstrando o efeito de
deteriorização dos fungos sobre os tecidos da sementes.

 Entre os fungos observados destaca-se os do gênero Fusarium spp. e Alternaria spp.

Figura 2 – Semente deteriorada


devido a ação de fungos do gênero
Fusarium spp.

Esporos de Fusarium spp.


observados em microscópio
eletrônico.
CONCLUSÃO
 
 Foi possível verificar que a superação de dormência das
sementes de canafístula é essencial para que ocorra o
processo de germinação, sendo que os melhores
tratamentos para tanto, foram o corte e a escarificação
com lixa na região oposta ao embrião.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, P. E. R. Espécies florestais brasileiras: recomendações silviculturais, potencialidade e uso da madeira. Colombo: EMBRAPA-CNPF; Brasilia: EMBRAPA– SPI, 1994. 640 p.
 
REITZ, R. et al. Projeto madeira do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: CORAG, 1988. 525 p.
 
MARCHIORI, J.N.C. Dendrologia das angiospermas: leguminosas. 2. ed. Santa Maria: Editora da UFSM, 2007. 97 p.
 
NAKAGAWA, J. Testes de vigor baseados na avaliação das plântulas. In: VIEIRA, R. D.; CARVALHO, N. M. (Eds.). Testes de vigor em sementes. Jaboticabal: FUNEP, 1994. p.49-86.
 
OLIVEIRA, L. M.; DAVIDE, A. C.; CARVALHO, M. L. M. Avaliação de métodos para quebra da dormência e para desinfestação de sementes de canafístula (Peltophorum dubium
(Sprengel) Taubert. Revista Árvore, v.27, n.5, p.597-603, 2003. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rarv/a/XBxqpwmBPsVCwNPWJKkdS9r/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 8 ago. 2022.
 
DONADIO, N.M.M. & M.E.S.P. D. Frutos, sementes e plântulas de Canafístula (Peltophorum dubium (Spreng.) Taub.) e Jacarandá-da-Bahia (Dalbergia nigra (Vell.) Fr.All. ex Benth.) – Fabaceae.
Revista Brasileira de Sementes, 22: 64-73, 2000. Disponível em: http://dx.doi.org/10.17801/0101-3122/rbs.v22n1p64-73. Acesso em: 8 ago. 2022.
 
SENEME, Adriana Martinelli et al. Germinação, qualidade sanitária e armazenamento de sementes de canafístula (Peltophorum dubium). Revista Árvore, v. 36, p. 01-06, 2012. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rarv/a/HQ9ZNTZJrkhNjKWJwpdHWjk/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 8 ago. 2022.

TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. 5. ed., Artmed, 2013.


 
https://www.jardimexotico.com.br/canafistula-ou-faveira-ou-angico-amarelo

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