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Porém, muitas vezes uma semente não germina, mesmo estando em condições favoráveis.
Neste caso a semente encontra-se em estado de dormência. Este estado define-se por um
fenómeno em que, as sementes viáveis não germinam mesmo em condições ambientais
favoráveis e fornecendo um tempo para sua dispersão natural (Taiz e Zeiger, 2004).
Este fenómeno é comum em cerca de dois terços das plantas e trata-se de um mecanismo
evolutivo que procura resguardar a perpetuação da espécie, pois faz com que as sementes se
mantenham viáveis por longos períodos de tempo, (Mori et al., 2012) Porém este mecanismo
não é vantajoso em viveiros onde se deseja que grandes quantidades de sementes germinem
em curto espaço de tempo, permitindo a produção de mudas uniformes (Medeiros Filho et
al., 2002).
Sementes de certas plantas de valor econômico e de muitas plantas silvestres, tidas como
viáveis, nem sempre germinam quando colocadas em condições ambientais consideradas
amplamente favoráveis; elas apresentam um período de repouso persistente e são
classificadas de dormentes (Toledo & Marcos Filho, 1997).
Hipóteses
H₀: Os métodos químico e térmico são eficientes na quebra de dormência das sementes de
Chloris virgata, Eragrostis sp.,Panicum maximum e Urochloa mosambicensis, ou seja
influenciam na germinação e emergência destas sementes.
H₁:Tanto o método químico como o método térmico não é eficiente na quebra de dormência
das sementes de Chloris virgata, Eragrostis sp.,Panicum maximum e Urochloa
mosambicensis, ou seja não influenciam na germinação e emergência destas sementes.
As sementes serão coletadas nas áreas do parque industrial da matola nos meses de Janeiro e
fevereiro de 2023.
Será feito o teste de tetrazólio para análise da qualidade do lote de sementes. Onde As
sementes serão cortadas ao meio, no sentido longitudinal, e uma das metades será imersa em
solução (0,5%) do sal 2, 3, 5 trifenil cloreto de tetrazólio por um período de 3 horas a 30 C
(Brasil, 1992). A seguir, serão lavadas em água corrente e os embriões avaliados, em lupa
binocular, para a identificação e contagem das sementes viáveis (dormentes) e mortas. As
taxas (%) de dormência e de mortalidade serão calculadas em relação à população total de
sementes do teste de germinação.
A partir das sementes puras, serão separadas subamostras de 30 sementes em cada unidade
experimental, as quais serão submetidas aos seguintes tratamentos:
Escarificação química
As sementes de Chloris virgata, Eragrostis sp.,Panicum maximum e Urochloa
mosambicensis, serão imersas em H₂SO₄ concentrado (98%) durante 5,10 e 15 minutos e,
em seguida, lavadas em água corrente durante 5 minutos e secas à sombra;
Tratamento térmico
As sementes de Chloris virgata, Eragrostis sp.,Panicum maximum e Urochloa
mosambicensis, serão imersas em Becker de 50 mL em água aquecida a 60⁰ C, durante 5,10 e
15 minutos;
Após a aplicação dos tratamentos nas sementes, em cada placa de Petri serão colocadas 30
sementes e regadas com 8 ml de água destilada para cada placa e adicionados 2 ml conforme
a necessidade.
Para determinar:
a) Taxa de germinação
O número de sementes germinadas será registrado diariamente e a percentagem de
germinação será calculada para cada placa de Petri de acordo com a seguinte fórmula:
Os dados obtidos serão organizados numa folha Excel do programa Microsoft Office
2013.
O trabalho será conduzido em Delineamento Casualizado (DIC), totalizando 11 tratamentos
distribuídos em 3 repetições que resultarão em 33 unidades experimentais.