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FRANCISCOCOLEGIADO DE ENGENHARIA
AGRONÔMICA SILVICULTURA (AGRO_0054)
2022
Laurenielle Ferreira Moraes da Silva
2022
SUMÁRIO
RESUMO..........................................................................................................................4
INTRODUÇÃO ...............................................................................................................5
RESUMO
A leucena (Leucaena leucocephala Wit.) é uma leguminosa exótica, para a
produção das mudas dessa espécie é necessário quebrar a dormência natural das sementes,
causada pela impermeabilidade do tegumento à água. O objetivo do relatório foi realizar
uma coleta dos propágulos de 3 matrizes da espécie arbórea Leucena leucocephala, com
intuito de realizar um monitoramento da taxa e velocidade de emergência das plântulas,
bem como o desenvolvimento das mudas. Foi determinado o tempo médio de emergência,
IVG e a porcentagem de germinação após o procedimento de quebra de dormência por
imersão em água quente. O processo de imersão em água quente trouxe resultados
negativos, com baixa taxa de germinação e de IVE, sendo o tempo médio emergência a
única variável que obteve resultado positivo.
INTRODUÇÃO
A leucena (Leucaena leucocephala Wit.) é uma leguminosa exótica, originária do
México, e é encontrada em toda a região tropical, esta espécie mantém verde durante a
estação seca, perdendo somente os folíolos em secas muito prolongadas ou com geadas
fortes. A planta apresenta um sistema radicular profundo, com poucas raízes laterais, que
ocorrem em pequeno número, próximas à superfície do solo. As folhas são bipinadas,
com 15 a 20 cm de comprimento, apresentando quatro a dez pares de pinas, cada uma
com cinco a vinte pares de folíolos em cada pina. Cada folíolo apresenta 7 a 15 cm de
comprimento e 3 a 4 mm de largura. A inflorescência é globosa e solitária, sobre um
pedúnculo com mais de 5 cm de comprimento, apresentando numerosas flores brancas.
Essas inflorescências são de autopolinização que resultam em cachos de vagens, sendo
estas estreitas e achatadas, com 20 cm de comprimento e 2 cm de largura, portam de 2 a
13 sementes, que apresentam cor marrom (Skerman, 1977).
Para a produção das mudas dessa espécie é necessário quebrar a dormência natural
das sementes, causada pela impermeabilidade do tegumento à água. Esse tipo de
dormência é o mais comum entre as espécies tropicais (Kigel & Galili, 1995), sendo
encontrada em boa parte das leguminosas. Conforme dados apresentados por Rolston
(1978), das 260 espécies examinadas da família Leguminosae, cerca de 85%
apresentavam sementes com tegumento total ou parcialmente impermeável à água.
Para eliminar o problema causado pelas sementes duras consiste em se provocar
alterações estruturais dos tegumentos através de escarificação mecânica, tratamento
químico ácidos (sulfúrico ou clorídrico) ou base (hidróxido de sódio), imersão em água
quente, tratamento com solventes (éter, álcool, acetona) e incisão com lâmina ou estilete
(Toledo & Marcos Filho, 1977, citado por Alves et al., 2007).
Portanto, o presente trabalho teve como objetivo foi realizar uma coleta dos
propágulos de 3 matrizes da espécie arbórea Leucena leucocephala, com intuito de
realizar um monitoramento da taxa e velocidade de emergência das plântulas, bem como
o desenvolvimento das mudas.
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MATERIAIS E MÉTODOS
As sementes de Leucena foram coletadas (figura 1), no dia 20/03/2022, no bairro
COHAB Massangano (Petrolina-PE). A coleta das sementes foi realizada a partir de três
indivíduos (matrizes) arbóreos de Leucena leucocephala em plena frutificação.
3), para 20 mudas. Foi realizada a semeadura de 20 sementes de forma individual por
recipiente no dia 21/03/2022, em seguida foram acondicionadas em local sombreado e
arejado durante todo o período de germinação das sementes.
O tempo médio de germinação foi estimado segundo Edmond & Drapala (1958),
pela equação:
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após terem sido realizados os procedimentos necessários para a semeadura, a partir
do monitoramento foi notado o rompimento do tegumento já no terceiro dia (figura 4),
sendo que no sexto dia já haviam 3 plântulas (figura 5), e em exatos 10 dias já haviam
emergido 4 plântulas normais (figura 6). Após o décimo dia não houve uma nova
emergência, o monitoramento durou 15 dias. Segundo Fonseca et al (2011), a Leucaena
leucocephala apresentou o menor tempo médio para o início da germinação das sementes,
que foi de 1,8 ± 1,0 dias.
Com relação ao percentual germinativo, o valor encontrado foi de 20% (figura 7),
sendo considerado um percentual baixo. Dessa forma, o resulta mostra que o método da
dormência não foi eficaz, sendo comparado ao plantio de sementes sem quebra de
dormência, que segundo Kluthcouski (1980), o plantio de sementes desta leguminosa sem
quebra da dormência física resulta, geralmente, em índice de germinação inferior a 50%,
ocasionando uma emergência lenta e irregular. No experimento realizado Teles et al
(2000), os valores encontrados para a porcentagem de germinação foram de 94,7% no
tratamento de quebra de dormência com água a 80oC por 5 min. A equação abaixo mostra
como foi calculado a variável:
4
%G=20 ∗ 100% = 20%
Porcentagem de germinação
20%
Germinadas
Não germinadas
80%
10
1+2=1
IVE = 4+6+10 = 0,2 ∗ 100% = 20%
1∗4+2∗6+1∗10
Tm = = 6,5 𝑑𝑖𝑎𝑠
1+2+1
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dessa forma, realizar o processo de imersão em água quente (80oC por 5 min.)
trouxe resultados negativos, com baixa taxa de germinação e de IVE, sendo o tempo
médio emergência a única variável que obteve resultado positivo.
REFRÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, A. F.; ALVES, A. F.; GUERRA, M. E. C.; FILHO, S. M. Superação de
dormência de sementes de braúna (Schinopsis brasiliense Engl.). Revista Ciência
Agronômica, Fortaleza, v. 38, n. 1, p. 74-77, 2007.
EDMOND, J. B.; DRAPALA, W. J. The effects of temperature, sand and soil, and
acetone on germination of okra seed. In: Proceedings of the American Society for
horticultural Science. 1958. p. 428-434.
KIGEL, J.; GALILI, G. Seed devolopment and germination. New York: Marcel
Dekker, 1995. 853 p.