Você está na página 1de 11

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CAPITÃO POÇO

ARIANE MATEUS DE SOUZA


CAMILA JULIANA SAMPAIO PEREIRA
JOCELHO MARQUES DE LIMA
MARIA RITA ARAUJO MEDEIROS
PAMELA CRISTINA SARAIVA LIMA
THAMIRES GOMES GALDINO

SEMENTES DE Tectona Grandis L.f.

Trabalho apresentado como como componente


curricular e exercício avaliativo de fixação da
disciplina de Tecnologia de Sementes do curso
de Engenharia Florestal da Universidade
Federal Rural da Amazônia (UFRA) Campus
Capitão Poço.

DOCENTE: MARILIA SHIBATA.

Junho
2022

LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Árvores jovens de Teca..............................................................................................5
Figura 2. Cuidados para coleta das sementes das árvores.........................................................5
Figura 3. Utilização de ar condicionado no armazenamento.....................................................6
Figura 4. Secagem ao sol...........................................................................................................7
Figura 5. Armazenamento das sementes em saco de.................................................................8
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................4
2. COLHEITA, BENEFICIAMENTO E ARMAZENAMENTO DAS
SEMENTES/FRUTOS.............................................................................................................5
3. SECAGEM DE SEMENTES............................................................................................6
4. ANALISE DE PUREZA...................................................................................................6
5. CONSERVAÇÃO DE SEMENTES.................................................................................6
6. ANÁLISE DE SEMENTES..............................................................................................7
7. CONCLUSÃO....................................................................................................................8
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................9
1. INTRODUÇÃO
Tectona grandis L.f., popularmente conhecida como teca, é uma essência florestal
originária das florestas tropicais de monção do sudeste da Ásia (Índia, Myanmar, Tailândia e
Laos). Foi introduzida na região norte do Brasil em 1994 com a finalidade de cumprir a
reposição florestal obrigatória em atendimento à legislação ambiental vigente (Figueiredo,
2005).
Segundo Krishnapillay (2000) a espécie tornou-se a preferida para compor os projetos
de reflorestamento, em decorrência do baixo rendimento dos povoamentos com espécies
nativas. Essa espécie apresenta grande rusticidade em plantios puros, consorciados e em
sistemas produtivos integrados com agropecuária. Tolera uma grande variedade de climas,
porém cresce melhor em condições tropicais moderadamente úmidas e quentes, apresentando
seu melhor desenvolvimento em regiões onde a precipitação anual fica entre 1250 mm e 3750
mm, temperatura mínima de 13 ºC e máxima de 43 ºC, e uma estação biologicamente seca
(disponibilidade hídrica menor que 50 mm mês-1) de três meses.
Essa versatilidade quanto ao uso, torna a teca uma importante fonte de renda e um
investimento lucrativo aos seus produtores (ÂNGELO et al., 2009; NEWBY et al., 2012),
correspondendo, atualmente, a aproximadamente 68 mil hectares de plantios no Brasil, com
crescimento anual de 1% em área plantada, principalmente nos estados de Mato Grosso e Pará
(ABRAF, 2012).
Nas últimas décadas, os plantios de teca têm alcançado destaque no setor florestal
brasileiro, entretanto, o manejo da espécie é, por vezes, baseado em conhecimentos
insuficientes e inadequados, visto que apresenta, em geral, crescimento superior no continente
americano, o que dificulta estabelecer comparações entre os regimes de manejo praticados no
mundo e as respostas das práticas silviculturais em locais com características edafoclimáticas
distintas (PELISSARI et. al 2014).
Com isso, o objetivo deste trabalho foi analisar como ocorre a tecnologia de sementes
de teca com destaque na coleta, beneficiamento, analise de pureza, armazenamento, produção,
conservação e analise de sementes.
2. COLHEITA, BENEFICIAMENTO E ARMAZENAMENTO DAS
SEMENTES/FRUTOS
Caso o produtor queira colher suas sementes/frutos em plantios existentes na região,
deve tomar, no mínimo, os seguintes cuidados (FIGUEIREDO, 2005b):
 Escolher plantios mais velhos (mais de 18 anos) nos quais já tenham ocorrido,
pelo menos, dois desbastes (retirada das menores árvores ou daquelas atacadas
por pragas ou doenças).
 Escolher matrizes de tronco retilíneo, de forma circular e com maiores
diâmetros e alturas.
 Descartar para matrizes árvores jovens e com muitos ramos laterais.
Figura 1. Árvores jovens de Teca

Fonte: www.sementesarbocenter.com.br
Selecionadas as melhores árvores, deve-se cobrir o chão em torno delas com uma lona
plástica, balançar sua copa e catar os frutos que caíram.
Figura 2. Cuidados para coleta das sementes das árvores

Fonte: www.infoteca.cnptia.embrapa.br
Posteriormente, deverão ser retirados, do fruto da teca, os restos florais ainda
presentes, deixando-o limpo. Para facilitar a limpeza, pode-se utilizar uma peneira com malha
de aço, devendo-se friccionar os frutos com restos florais sobre a malha. Outra opção é
recorrer aos equipamentos de beneficiamento de sementes disponíveis no mercado
(FIGUEIREDO, 2005b).
As sementes/frutos limpas podem ser acondicionadas em sacos de papel e guardadas
em lugar fresco, seco e protegido da luz. Nessas condições, podem ser armazenadas por até 6
meses, considerando pequenas perdas na viabilidade das sementes. Para armazenamento em
períodos mais prolongados, as sementes podem ser acondicionadas em sacos plásticos e
armazenadas sob refrigeração nas temperaturas entre -4 ºC e +4 ºC, mantendo-as viáveis por
até 2 anos (ROCHA et al., 2011).
Figura 3. Utilização de ar condicionado no armazenamento

Fonte: SENA & GARIGLIO, (1998).


3. SECAGEM DE SEMENTES
Para fazer uma boa secagem da semente de teca é recomendado uma remoção manual
do endocarpo para obter as sementes sendo posta para seca a pleno sol duas semanas
diminuindo a desuniformidade na germinação de 50 a 79 %. O mesmo autor cita de outras
literaturas encontradas sugerindo a escarificação dos frutos logo a pois a secagem do fruto ao
sol por 18 dias antes da semeadura, assim como a maceração dos frutos em água sendo posto
para seca por 18 dias ao sol (ROCHA et al., 2008).
Figura 4. Secagem ao sol

Fonte: www.infoteca.cnptia.embrapa.br
4. ANALISE DE PUREZA
A análise de pureza e realizada através um lote de semente sendo retirada uma
pequena amostra com as mesmas características do lote original, para a realização do teste de
germinação (LIMA JR, 2010). Em que para se ter homogeneidade de um lote e realizado por
meio da mistura total antes da retirada da amostra final que será levada para o laboratório
(FOWLER; MARTINS, 2001). De acordo com Lima Jr (2010) a homogeneidade de um lote
de semente é dada por meio da quantidade de sementes que compõem esse lote esteja
razoavelmente uniforme e bem distribuídas por todo o lote, referindo-se para qual atributo
será determinado em um exame ou teste.
Segundo Lima Jr. (2010) a dimensão das amostras de sementes de Tectonas grandis
para a análise em laboratório varia, em que o tamanho máximo dos lotes e 1.000 kg e o
mínimo das amostras 2,000 g de sementes. Conforme o mesmo autor o cálculo dessa análise e
representada pelo o peso da amostra menos o da impureza assim obtendo porcentagem de
pureza do lote.
5. CONSERVAÇÃO DE SEMENTES
A conservação das sementes de teca é muito simples, pois a característica de
dormência das sementes acaba auxiliando no processo de armazenamento. A dormência é a
resistência da semente em iniciar o processo de germinação ou mesmo interrompê-lo por
algum motivo, como por exemplo, a resistência do tegumento (casca que envolve a semente),
características fisiológicas e genéticas ou a combinação de vários fatores. Com isso, para
armazenar as sementes, basta colocá-las num saco de náilon e guardá-lo num lugar fresco,
seco e
protegido da luz.
Figura 5. Armazenamento das sementes em saco de papel;

Fonte: www.infoteca.cnptia.embrapa.br

6. ANÁLISE DE SEMENTES
A germinação em campo apresenta taxa relativamente baixa (25 a 35%) e desuniforme
no período de 10 a 90 dias. Além do maior investimento para produção de mudas, uma baixa
taxa de germinação limita o número de mudas que podem ser obtidas de uma mesma matriz e
dificulta a produção de mudas em mesmo estágio de desenvolvimento.
Atualmente os procedimentos recomendados para a superação da dormência de
diásporos da teca caracterizam-se pelo baixo rendimento operacional, e alguns casos também
pela menor praticidade. Dabral (1967) citado por Caldeira e Caldeira, 2001 recomenda a
remoção manual do exocarpo e secagem ao sol por algumas semanas para obtenção de
germinação desuniforme entre 50 e 79%. Keiding, (1985) e Kaosa-Ard (1986), sugerem
escarificar os frutos e secá-los ao sol por uma a duas semanas. Brasil (1992) recomenda
macerar os frutos em água e secá-los por 18 dias antes da semeadura. Cáceres Florestal S.A.
(1997) recomenda mergulhar os frutos em água corrente por 24 horas antes da semeadura.
O aumento da uniformidade e da taxa de germinação são os principais benefícios do
uso da solarização para a superação da dormência, que visa proporcionar não somente uma
economia na produção de mudas como também um aumento na uniformidade, impactando
positivamente na homogeneidade de todo o plantio.
A qualidade da semente é fundamental para o resultado de uma plantação estabelecida
com objetivos industriais. A qualidade não se limita ao percentual de germinação; tão ou mais
importante é o conjunto das características da árvore matriz, transmitidas pela semente para
seus descendentes.
A dormência possui a função de impedir que a semente germine sem que antes haja
condições favoráveis para tal, como chuvas ou determinada época do ano, não apenas para
germinação, mas também no desenvolvimento da plântula (CARVALHO; NAKAGAWA,
2000).
De acordo com Rocha et al. (2011) o método mais eficiente para quebrar a dormência
de diásporos de teca é a utilização de altas temperaturas.
É importante salientar que, dentro de certos limites, a velocidade de germinação será
tanto maior quanto maior for à velocidade de absorção de água pelas sementes, determinada,
dentre outros fatores, pela área superficial de contato entre a semente e o substrato umedecido
(Popinigis, 1977; Carvalho & Nakagawa, 1983). 

7. CONCLUSÃO
Em detrimento das informações apresentadas, pode-se afirmar que para o estudo realizado é
de suma importância que haja a quebra da dormência, usando assim o processo de
escarificação com lixas e imersão com ácido sulfúrico em pouco período de tempo, sem
prejudicar a semente.
Consequentemente aumentando a produtividade das sementes e mudas, fazendo com
que a implantação das mudas florestais seja de qualidade.
Além das aplicações de técnicas silviculturas e manejo para melhorar o povoamento,
em seguida com o melhoramento genético que visa adaptar e aperfeiçoar as características do
indivíduo. Trazendo consigo menos custos e um maior lucro para as implantações de plantios
florestais de T. grandis
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABRAF - Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas. Anuário
estatístico da ABRAF 2012, ano base 2011. Brasília: ABRAF, 2012. 150 p.
ÂNGELO, H.; SILVA, V. S. de M.; SOUZA, Á. N. de; GATTO, A. C. Aspectos
financeiros da produção de teca no Estado de Mato Grosso. Floresta, v. 39, n. 1, p. 23–32,
2009.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e abastecimento. Regras para análise de
sementes. 1.ed. Brasília, DF: Mapa, 2009.

CÁCERES FLORESTAL. Manual do cultivo da teca. 1. ed, p. 2-30, fev. 2000.

CALDEIRA, S. F.; CALDEIRA, S. A. F. Efeito da imersão prévia em água e períodos de


aquecimento, na viabilidade de sementes de Teca (Tectona grandis L.f.). Revista
Agricultura Tropical, v. 5, n. 1, p. 45- 55, 2001

CALDEIRA, S. F.; CALDEIRA, S. A. F.; MENDONÇA, E. A. F. de; DINIZ, N. N.


Caracterização e avaliação da qualidade dos frutos de teca (Tectona grandis L.f.)
produzidos no Mato Grosso. Revista Brasileira de Sementes, v. 22, n. 1, p. 216–224,
2000.

FIGUEIREDO, E. O. Teca (Tectona grandis L.f.): produção de mudas tipo toco.


Embrapa Acre, Documentos 101, 24p, ISSN 0104-9046, 2005.
FOWLER, J. A. P.; MARTINS, E. G. Manejo de sementes de espécies florestais.
Embrapa florestas, Documento 58, 76p, ISSN 1517-536x, 2001.

LIMA JR, M. DE J. DA. Manual de procedimento para análise de sementes florestais.


2010.

KAOSA-ARD, A. Teak (Tectona grandis Linn. f.) nursery techniques with special
reference to Thailand. Humiebaeck, Denmark: Danida Forest Seed Centre, 1986.
42p. (Seed leaflet, 4A).

KEIDING, H. Teak, Tectona grandis Linn. f. Humiebaeck. Denmark: Danida Forest


Seed Centre, 1985. 21p. (Seed leaflet, 4A).

Krishnapillay, B. 2000. Silvicultura y ordenación de plantaciones de teca. Unasylva,


51(201): 14-21.

NICOLAU, C. H. F. Superação de dormência e produção de mudas de teca (tectona


grandis). Dissertação (Mestrado em Agronomia) – Universidade Federal do Acre. Rio
Branco, Acre. 2014.

PELISSARI, A. L., GUIMARÃES, P. P.; BEHLIND, A.; EBLING, A. A. Cultivo da


teca: características da espécie para implantação e condução de povoamentos
florestais. AGRARIAN ACADEMY, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.1, n.01; p.
2014 128.

Popinigis, F. 1977. Fisiologia da semente MINAGRI/AGIPLAN/BIRD, Brasília,


Distrito Federal, 290pp.

ROCHA, R. B.; VIEIRA, A. H.; SPINELLI, V. M.; VIEIRA, J. R. Caracterização de


fatores que afetam a germinação de teca (Tectona grandis): temperatura e escarificação.
Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 35, n. 2, 2011.

ROCHA, R. B.; VIEIRA, A. H.; VIEIRA JUNIOR, J. R.; GHINI, R.; SPINELLI, V. M.
Uso da solarização para a quebra de dormência de sementes de teca (Tectona
grandis). Embrapa: Circular técnico, n, 102, p. 6, Porto Velho, RO. 2008.

Você também pode gostar