ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENAFIEL

DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS

DISCIPLINA: Biologia e Geologia | 10º ano de escolaridade

ANO LETIVO
Ficha de trabalho N.º 1
2021/22 NOME: __________________________________________________
Método experimental
N.º:_______ TURMA:________ DATA: ____ /____ /____
1º PERÍODO

Preâmbulo: Abordagem ao método experimental em Biologia

Aprendizagem essencial transversal: Interpretar estudos experimentais com dispositivos de controlo e variáveis
controladas, dependentes e independentes.

Grupo I | Efeito da humidade na germinação das sementes

Com o objetivo de estudar a influência da água na germinação de sementes de rabanete, foi
executado o seguinte protocolo experimental.
Forrou-se o fundo de três copos (1, 2 e 3) com algodão hidrófilo. Em cada copo foram colocadas 20
sementes de rabanete, uniformemente distribuídas sobre o algodão. As sementes foram aleatoriamente
recolhidas a partir de um mesmo lote. Aos copos 1 e 2 adicionou-se, respetivamente, 1 mL e 2 mL de
água destilada, de modo a humedecer o algodão sem submergir as sementes. Ao copo 3 não foi
adicionada água. Preparou-se ainda um copo 4, sem algodão, com 20 sementes, ao qual não foi
adicionada água. Os copos foram mantidos na escuridão, à
mesma temperatura, no interior de um armário, cobertos
com película impermeabilizante. Ao fim de três dias foram
contadas as sementes germinadas e calculadas as
percentagens de germinação em cada um dos copos. Os
resultados obtidos encontram-se expressos na tabela I.

Figura 1.

1 2 3 4

Número inicial de sementes 20 20 20 20

Número de sementes germinadas 12 18 0 0

Germinação (%) 60 90 0 0

Tabela I Registo de resultados da experiência.

1. Indique a hipótese que conduziu ao desenho da experiência.

2. Refira os copos que serviram de controlo da experiência. Justifique o recurso ao controlo experimental.
3. Refira a conclusão que pode ser retirada dos resultados obtidos.
4. Indique a importância da utilização de 20 sementes em cada montagem.
5. Identifique a variável independente e a variável dependente deste procedimento experimental.
6. Indique condições experimentais que garantem a fiabilidade dos resultados obtidos.
7. Planifique um procedimento experimental que permita testar o efeito da luz na germinação de sementes.
(Ficha de ampliação B1. Recursos-Odisseia 10. Porto Editora)

FT 1| Biologia e Geologia | 10º Ano 1|P ági na

GRUPO II | Produção industrial de arroz
A qualidade dos grãos e das sementes de arroz é um fator extremamente importante no momento da
comercialização do produto e/ou da utilização da semente para o cultivo da mesma. São inúmeros os fatores
conhecidos que afetam essa qualidade, estando alguns deles diretamente relacionados com as práticas agrícolas.
Vários estudos, como o que a seguir se apresenta, indicam que a qualidade dos grãos está relacionada com a
adubação das plantas com nitrogénio/azoto (N) e com a ocorrência de doenças, nomeadamente de origem
fúngica.
Materiais e métodos:
1 - Selecionaram-se vários lotes, constituídos pelo mesmo número de plantas de arroz com igual grau de
desenvolvimento.
2 - Em cada lote, as plantas foram adubadas, respetivamente, com uma das seguintes concentrações de
nitrogénio (0, 40, 80, 120 e 160 quilograma por hectare (kg ha-1) de N). Realizaram-se várias repetições de cada
um dos tratamentos.
3 - Procedeu-se à aplicação, na parte aérea das plantas, de um fungicida* (Azoxistrobyn) em metade dos lotes
mencionados no ponto 2, sendo que a outra metade não foi submetida a tal operação. Certificou-se que, para
cada concentração de N aplicada, existia igual número de lotes com aplicação e sem aplicação de fungicida.
4 - As plantas de todos os lotes foram sujeitas ao mesmo regime de irrigação.
5 - Após a colheita, realizou-se a avaliação do rendimento industrial dos grãos, tendo em conta a percentagem de
grãos inteiros, a percentagem de proteína nos grãos e a percentagem de germinação.
Os resultados encontram-se expressos na tabela 1 e nos gráficos (a) e (b) da figura 1.
* fungicida –substância química utilizada para o controlo do crescimento dos fungos.

GI(%) P (%) G (%)

Com aplicação de fungicida 65,0 7,9 91,3

Sem aplicação de fungicida 64,2 7,7 88,0

Tabela 1| Percentagens de grãos inteiros (GI), de proteína nos grãos (P) e de germinação (G) em função da aplicação ou não de fungicida na parte aérea das
plantas de arroz.

Figura 1 | Percentagens dos grãos inteiros e de proteína nos grãos em função de doses de nitrogénio fornecidos a plantas de arroz não submetidas ao
fungicida.

1. Identifique o objetivo do estudo.

2. Indique a(s) variável(eis) independente(s) e dependente(s).

3. Os lotes que funcionaram como dispositivo controlo eram constituídos por plantas de arroz…
(A) não adubadas com N e não sujeitas à ação do fungicida.
(B) não adubadas com N e sujeitas à ação do fungicida.
(C) adubadas com 160 kg ha-1 de N e não sujeitas à ação do fungicida.
-1
(D) adubadas com 160 kg ha de N e sujeitas à ação do fungicida.
FT 1| Biologia e Geologia | 10º Ano 2|P ági na
4. A análise dos resultados obtidos permite inferir que…
(A) a aplicação do fungicida não influencia as percentagens de grãos inteiros e de germinação dos grãos.
(B) as percentagens de grãos inteiros e de proteína nos grãos é superior nas plantas às quais foi aplicado o
fungicida.
(C) a percentagem de germinação dos grãos é inferior nas plantas às quais foi aplicado o fungicida.
(D) a aplicação de doses crescentes de N tem um efeito positivo na percentagem de grãos inteiros.

5. Os resultados revelam que a aplicação de doses crescentes de nitrogénio…

(A) tem um efeito negativo na percentagem de proteína nos grãos.
(B) tem um efeito negativo na percentagem de grãos inteiros.
(C) não influencia a percentagem de grãos inteiros.
(D) tem um efeito positivo na percentagem de grãos inteiros.
6. Indique os procedimentos experimentais que contribuíram para a validade/fiabilidade dos resultados.

7. Considerando o papel do nitrogénio na constituição das biomoléculas, relacione a variação da percentagem de

proteína presente nas células dos grãos das plantas de arroz com a aplicação de doses crescentes de
nitrogénio/azoto.

GRUPO III | Produção de β-caroteno em larga escala por algas unicelulares

Dunaliella salina é uma alga unicelular que, em resposta a condições de stress severo de sal, de luz e de
nutrientes, acumula elevadas concentrações de β-caroteno. O β-caroteno forma numerosas gotículas de óleo que
se acumulam no cloroplasto desempenham um papel fundamental na captação de luz e protegem a alga de
danos foto-oxidativos. Com o objetivo de promover a produção de β-caroteno em larga escala recorrendo à
utilização de D. salina, os investigadores estudaram a influência de vários fatores, entre os quais o choque
hipersalino, a disponibilidade de nutrientes e a intensidade luminosa.
Para estudar a influência do choque hipersalino na produção de β-caroteno, foi realizado o seguinte
procedimento experimental:
1. Cultivou-se, durante várias semanas, a uma temperatura de 23 °C e a uma iluminação de 120 μmol m –2 s–1,
uma estirpe de D. salina em dois meios de cultura, um com concentração de NaCl ajustada a 4% e um outro
meio com concentração de NaCl ajustada a 9%.
2. Para estudar a resposta de D. salina a um súbito aumento da concentração de NaCl, as células em
crescimento, pré-adaptadas num meio de cultura contendo NaCl a 4%, foram transferidas para um meio fresco
contendo NaCl a 4%, a 9%, a 18% e a 27%, tendo sido medida a acumulação de carotenoides durante 15 dias
(Gráfico 1A).Para observar se a aclimatação a altas salinidades faz decrescer a suscetibilidade desta microalga
a stress salino severo, as células de D. salina pré-adaptadas a 9% foram transferidas para um meio fresco

FT 1| Biologia e Geologia | 10º Ano 3|P ági na

 contendo NaCl a 9%, a 18% e a 27%, tendo sido medida a acumulação de carotenoides durante 15 dias
(Gráfico 1B).
1. Identifique o objetivo do estudo.

2. Indique a(s) variável(eis) independente(s) e dependente(s).

3. Na experiência cujos resultados estão traduzidos no Gráfico 1A, o controlo contém células pré-adaptadas a
NaCl a 4% que foram transferidas para um meio com…
(A) NaCl a 4%. (C) NaCl a 18%.
(B) NaCl a 9%. (D) NaCl a 27%.

4. As células que melhor respondem ao choque hipersalino, acumulando carotenoides, são as células pré-
adaptadas a…
(A) NaCl a 4% que foram transferidas para um meio de NaCl a 18%.
(B) NaCl a 4% que foram transferidas para um meio de NaCl a 27%.
(C) NaCl a 9% que foram transferidas para um meio de NaCl a 18%.
(D) NaCl a 9% que foram transferidas para um meio de NaCl a 27%.

FT 1| Biologia e Geologia | 10º Ano 4|P ági na