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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI

CAMPUS PROF (a) CINOBELINA ELVAS – CPCE


DISCIPLINA DE METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA
PROF (a). Dra. EDIVANIA DE ARAUJO LIMA

ATIVIDADE PRÁTICA
INFLUÊNCIA DA RADIAÇÃO SOLAR NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE
FEIJÃO (Phaseolus Vulgaris)

DISCENTES: Allane Feitosa


Fernanda Santana
Luma Miranda
Mauro Oliveira
Mikaeli Soares
Maria Sabrina
Suanny Mourão.

Bom Jesus-PI
2023
INTRODUÇÃO
A radiação solar desempenha um papel crucial no processo de crescimento e
desenvolvimento das plantas, incluindo o feijão. É sabido que o rendimento de grãos do
feijoeiro é bastante afetado quando a temperatura do ar, na floração, apresenta valores
acima de 35 °C. Da mesma forma, temperaturas do ar abaixo de 12 °C podem provocar
abortamento de flores, concorrendo para decréscimo no rendimento. Além disso, áreas que
apresentem umidade relativa e temperatura do ar acima de 70% e 35 °C, respectivamente,
podem provocar a ocorrência de várias doenças. (SILVA.S.C, HEINEMANN.A.B –
EMBRAPA, 2021.)

A utilização da radiação solar pelas plantas depende da capacidade de interceptação


e de utilização da luz, ou seja, da capacidade fotossintética. Dessa forma, estudos
agrometeorológicos sobre radiação solar em uma comunidade vegetal devem considerar
não apenas o processo fotossintético, mas também a estrutura do dossel (quantidade e
altura das plantas, espaçamento entre linhas, entre outros). (SILVA.S.C,
HEINEMANN.A.B – EMBRAPA, 2021.)

É importante notar que, embora a radiação solar seja crucial para o crescimento das
plantas, outros fatores como solo, água, nutrientes e condições climáticas também
desempenham papéis significativos na produção de feijão. O equilíbrio adequado desses
fatores é essencial para maximizar a produção de feijão em condições específicas de
cultivo.

OBJETIVO GERAL

Produzir mudas de feijão, em dois ambientes distintos. A pleno sol e em ambiente


sombreado (estufa).

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

 Realizar o acompanhamento e a identificação dos estágios fenológicos das mudas


de feijão;
 Realizar registro fotográfico do experimento;
 Identificar como a radiação solar interfere no crescimento e desenvolvimento das
mudas de feijão.
METODOLOGIA

Foram semeadas 40 sementes de feijão, divididos em dois grupos sendo 20 em


ambiente aberto exposto a radiação solar e 20 em ambiente fechado (estufa). Foi plantado
2 sementes em 10 copos descartáveis com substrato comercial, que foram acompanhadas
durante 20 dias, tendo início no dia 08 e finalizado no dia 27 de novembro.

Fonte: Arquivo Pessoal Fonte: Arquivo Pessoal Fonte: Arquivo Pessoal

Fonte: Arquivo Pessoal Fonte: Arquivo Pessoal Fonte: Arquivo Pessoal

Assim, podemos determinar a velocidade de emergência (VE), contagem de


plântulas aos 7, 14, 20 dias, índice de velocidade de emergência (IVE) e a porcentagem de
emergência (E%). E no final do experimento determinou-se a média das alturas das plantas
com uma régua milimetrada.
RESULTADOS OBTIDOS

A produção de mudas de feijão em ambientes com diferentes níveis de radiação solar pode
ter impactos significativos no desenvolvimento e crescimento das plantas. Nos dados
obtidos a seguir, nos permite acompanhar a emergência de cada planta, o desenvolvimento
e crescimento.

Tabela 1 - VELOCIDADE DE EMERGÊNCIA

Dias Nº de plantas emergidas Nº de plantas emergidas


dentro da estufa fora da estufa
7 19 1
14 19 1
20 19 1

*Índice de velocidade de emergência

Dentro da estufa

IVE = (E1/N1) + (E2/N2) + (E3/E4) ... E= nº de plântulas normais computadas nas


contagens
N=nº de dias, após a semeadura
IVE = (19/7) + (19/14) + (19/20) = 2,71 + 1,35 + 0,95
IVE = 5,01

Fora da estufa
IVE = (1/7) + (1/14) + (1/20) = 0,14 + 0,07 + 0,05
IVE = 0,26

*Porcentagem de emergência (E%)


Dentro da estufa

E% = (N/A) x100 N= nº de sementes emergidas

A= nº total de sementes semeadas


E% = (19/20) x 100 E%= 95%

Fora da estufa

E%= (1/20) x 100

E%= 5%

Tabela 2 - MEDIDAS DAS ALTURAS DAS PLANTAS (FEIJÃO)

PLANTAS DENTRO DA PLANTAS FORA DA


ESTUFA ESTUFA

IDENTIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO E
COMPRIMENTO(CM) COMPRIMENTO(CM)

R1: 15,5; 15,3 cm R1: 6,0 cm

R2: 13,5; 13,5 cm R2: 0,0 cm

R3: 12,5; 12,2 cm R3: 0,0 cm

R4: 12,0; 12,1 cm R4: 0,0 cm

R5: 13,0; 13,0 cm R5: 0,0 cm

R6: 13,0; 13,5 cm R6: 0,0 cm

R7: 12,5; 12,3 cm R7: 0,0 cm

R8: 10,5; 10,5 cm R8: 0,0 cm

R9: 10,5 cm R9: 0,0 cm

R10: 12,0; 12,0 cm R10: 0,0 cm

Média plantas dentro da estufa=


(15,5+15,3)+(13,5+13,5)+(12,5+12,2)+(12,0+12,1)+(13,0+13,0)+(13,0+13,5)+(12,5+12,3)
+(10,5+10,5)+(10,5)+(12,0+12,0) / 20 = 11,97 cm

Média de plantas fora da estuda=


(6,0+0,0) + (0,0) + (0,0) + (0,0) + (0,0) + (0,0) + (0,0) + (0,0) + (0,0) + (0,0) /20= 0,3cm

A tabela acima mostra os dados correlacionados as medidas coletas das mudas aos 20 dias.
Onde temos duas colunas que correspondem as medidas das plantas em (cm) a 1 com
mudas plantadas dentro da estufa, na qual a radiação solar era atenuada e chegava com
menos intensidade. E na coluna 2 as medidas das plantas que foram plantadas fora da
estufa e recebia uma quantidade de radiação maior.

A tabela está organizada em 10 linhas, subdivididos e enumerados em (R1, R2, R3, R4, R5,
R6, R7, R8, R9, R10) apenas para melhor organização e entendimento. E duas colunas que
correspondem aos ambientes na qual as mudas foram plantadas.

Com a média registrada acima, é possível observar que mudas que foram plantadas dentro
da estuda apresentaram um desenvolvimento melhor, onde todos desenvolveram e
apresentaram uma média de altura 11,97cm. E as demais, plantadas fora da estufa
apresentaram menor desenvolvimento com média de 0,3cm

É importante ressaltar que cada espécie de feijão pode ter diferentes tolerâncias à radiação
solar, sendo necessário considerar as características específicas de cada variedade ao
avaliar os resultados da produção de mudas em ambientes diferentes.

CONCLUSÃO

Diante disso concluímos que a radiação solar possui sim suas devidas vantagens como
também desvantagem, ou seja, o excesso de radiação pode prejudicar o desenvolvimento
de diversas culturas.

Portanto observamos diversos fatores que contribuiu para o desenvolvimento do nosso


experimento, o 1° deles foi a velocidade de emergência (VE), onde tivemos uma
quantidade de plântulas emergidas (10), com mais facilidade em ambiente sombreado
(estufa), além disso obtivemos resultados superiores no Índice de Velocidade de
Emergência (5,01) e na Porcentagem de Emergência (95%) no mesmo ambiente. Já em
ambiente totalmente exposto a radiação tivemos um declínio significativo na quantidade de
plântulas emergidas (1), como também nos resultados de Índice de Velocidade de
Emergência (0,26) e da Porcentagem de Emergência (5%).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SILVA, Silvando; HEINEMANN, Alexandre. Cultivo do feijão: clima. [S. l.], 11 out.
2021. Disponível em:
https://www.embrapa.br/agencia-de-informacao-tecnologica/cultivos/feijao/pre-producao/
clima. Acesso em: 27 nov. 2023.

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