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Universidade de São Paulo

Departamentop de Geografia
Disciplina: Climatologia Agrícola

Clima e agricultura

Prof. Dr. Emerson Galvani


Laboratório de Climatologia e
Biogeografia – LCB
Clima e Agricultura
 Radiação Solar
 Fonte primária de todos os processos no
planeta (99,7%);
 Apresenta variação sazonal e espacial que
caracterizam o nível energético de cada
região;
 Vamos entender um pouco desta
variação.....
Clima e Agricultura
 Inclinação do equador terrestre
que resulta nas estações do ano
e não a distância terra-sol.
Grimm, 2004
Clima e Agricultura

 Radiação no topo da
atmosfera (Io)
 Estimada em função: latitude,
dia do ano (declinação solar)
Energia no topo da atmosfera
Energia no topo da atmosfera
Espectro eletromagnético
Espectro da Radiação Solar –
Destaque para o Vísivel

Namômetros
Espectro da Radiação Solar
 1 m = 10-3 milímetro-mm (0,001m)

 1 m = 10-6 micrômetro-μm (0,000001m)

 1 m = 10-9 namômetro-ηm (0,000000001m)

 1 m = 10-12 picômetro-ρm (0,000000000001m)


Espectro da Radiação Solar
 A maior parte da energia radiante
do sol está concentrada nas partes
visível e próximo do visível do
espectro. A luz visível corresponde
a ~43% do total irradiado, 49%
estão no infravermelho próximo
e 7% no ultravioleta.
Efeitos específicos causados por
determinadas faixas do espectro
Região Espectral Caráter de Absorção Efeito Fisiológico

1000 nm absorvidas sob não causam danos e não


Onda longa forma de calor. apresentam efeitos
específicos nos processos
bioquímicos e fotoquímicos.
1000 – 720 nm Absorvido sob a Crescimento das plantas
forma de calor em (fotoperiodismo, germinação
pequena quantidade. de sementes, controle de
floração e coloração de
frutos).
720–610 nm fortemente absorvida forte atividade fotossintética
(vermelho) pela clorofila . e fotoperiódica.

610–510 nm (verde, pequena quantidade baixo efeito fotossintético e


amarelo, fraca ação sobre a formação
laranja) da planta.
Efeitos específicos causados por
determinadas faixas do espectro
Região Espectral Caráter de Absorção Efeito Fisiológico

510–400 nm (azul) fortemente absorvida forte atividade fotossintética


pela clorofila e e vigorosa ação na formação
carotenóides da planta
400–315 (UV) fracamente absorvida efeito sobre a fotossíntese,
pela clorofila e exerce efeitos de formação; as
protoplasma. plantas tornam-se mais baixas
e as folhas mais grossas
315–280 nm absorvida pelo grande efeito morfogenético e
protoplasma. sobre os processos fisiológicos
(é prejudicial à maioria das
plantas).
< 280 nm absorvida pelo mata rapidamente as plantas.
protoplasma.
Fonte: COMISSÃO HOLANDESA DE IRRADIAÇÃO VEGETAL – 1953 (Mota, 1989).
Efeitos específicos causados por
determinadas faixas do espectro
Fotossíntese

Radiação fotossinteticamente ativa - RFA

CO2 + H2O + Energia luminosa (PAR) => [CH2O] + O2


 ESTÔMATOS
 São aberturas (poros estomáticos) na
epiderme, responsáveis pelas trocas
gasosas e pela transpiração.
* folhas de pepino =
100.000 estômatos
por cm2
* Gramíneas =10.000
por cm2.
Radiação Solar (PAR) * Materia Seca

Galvani, 2001
Temperatura do ar
 CALOR é definido como energia cinética total
dos átomos e moléculas que compõem uma
substância.

 TEMPERATURA é uma medida da energia


cinética média das moléculas ou átomos
individuais.

 Portanto, a quantidade de calor depende da


massa do material, a temperatura não.
Temperatura do ar
Temperatura do ar (oC) - 21/06/2002 - Estação Meteorológica - LCB

30

28 Tmax=25,7oC
26

24

22
A.T.=11,6oC
C)
o

20
Tar (

18

16

14

12
Tmin=14,1oC
10
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Hora do dia
Temperatura do ar
 O conceito de graus-dia (GD)
 Baseia-se no fato de que a taxa de
desenvolvimento de uma espécie vegetal está
relacionada a temperatura do meio.
 Pressupõe a existencia de uma temperatura
basal inferior (Tb) e uma superior (TB).
 GD=Tmédia – Tb
n
Constante térmica = GDA = ∑i= 1
GDi
Taxa de desenvolvimento relativo e temperatura base inferior
(Tb) e superior (TB) para o desnvolviemnto vegetal. Fonte:
Pereira et al. (2002)
Cultura Variedade/culti Período
var
Tb Soma
(oC) GD(oC)
IAC4440 Semeadura-maturação
Arroz 12 1990
- Semeadura-maturação
Feijão 10 1000-1200
Cargil 805 Semeadura-maturação
Milho 8 1140
Agroceres 612 Semeadura-maturação 10 1200
BR 201 Semeadura-maturação 10 1190
Santa Rosa Semeadura-maturação
Soja 14 1275
Paraná Semeadura-maturação 14 1030
- Semeadura-maturação
Tomate 7 700-800
Niagara rosada Poda--maturação
Uva 10 1550
Itália/Rubi Poda-maturação 10 1990
Valores de constante térmica (GDA) e temperatura base
inferior (Tb) para diversas culturas. Fonte: Pereira et al.
(2002)
Temperatura do ar
Exemplo de aplicação do conceito de GD:
o o
Local: Botucatu, SP, latitude 22 51’ Sul; longitude 48 26’
oeste e, altitude 786 m.
o
Dados normais de temperatura média do ar ( C):
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Tmed 23,1 23,4 22,7 20,9 18,6 17,2 17,2 18,7 19,2 20,8 21,9 22,4

Considerando a cultura de soja variedade/cultivar santa


rosa com semeadura realizada em 10 de novembro.
Calcule a data prevista de colheita.
o o
Tb = 14 C GDA = 1275 C.d
Tmed (oC) SomaGD(oC) Soma GDA
Mês GDi (oC) N (dia) (oC.d)

Novembro 21,9 21,9 - 14 21 165,9 165,9


= 7,9
Dezembro 22,4 22,4 - 14 31 260,4 426,3
= 8,4
Janeiro 23,1 23,1 - 14 31 282,1 708,4
= 9,1
Fevereiro 23,4 23,4 - 14 28 263,2 971,6
= 9,4
Março 22,7 22,72 31 269,7 1.241,3
-14 = 8,7
Abril 20,9 20,9 - 14 5 34,5 1.275,8
= 6,9

Portanto, a colheita será efetuada em condições normais


em 5 de abril totalizando 1275 GD.
Fonte:Pereira et al. 2002
Milho
Fonte:Pereira et al. 2002
Milho
Fonte:Pereira et al. 2002
Ventos
Favoráveis
O vento atua no transporte de propriedades:
* calor: de regiões mais quentes para mais frias;
* vapor d’água: regiões úmidas para regiões mais
frias;
* dispersão de gases e partículas suspensas no ar:
diminui a concentração de poluentes (inverno).
Remoção de calor de plantas e animais nas épocas
quentes.
* Renovação de ar próximo a plantas mantendo o
suprimento de CO2 para as folhas durante o
processo de fotossíntese.
* Dipersão de sementes, pólen, facilitando a
dispersão de espécies e a polinização.
Ventos
Efeitos desfavoráveis:
* Erosão eólica e deformação da paisagem;
* Eliminação de insetos polinizadores;
* Desconforto animal, devido a remoção excessiva de
calor, acelerando o metabolismo animal e
diminuindo o ganho de peso.
* Deformação de plantas;
* Abrasão de partículas do solo danificando tecidos
(caules) vegetais;
* Fissura de tecidos vegetais pela agitação contínua,
permitindo a penetração de microorganismos;
* Desfolha por efeito mecânico;
* Aumento da transpiração, fechamento de estômatos,
queda na taxa de fotossíntese, diminuição do
crescimento e produção.
U = 7km/h Plantas submetidas a
diferentes velocidades do
vento. Observe o nanismo
da parte aérea nas plantas
submetidas a 15 e 24 km/h
U = 15km/h

U = 24km/h

Sentelhas; Angelocci, 2006


Umidade do ar
Umidade é o termo geral usado
para descrever a presença de
vapor d’água no ar. Esta presença
de vapor d’água pode ser descrita
quantitativamente de várias
maneiras. Entre elas estão a
pressão de vapor, a umidade
absoluta, a razão de mistura e a
umidade relativa.
Umidade do ar

Sempre insisto que UR não indica


conteúdo de vapor d´água e sim a
razão entre a razão de mistura real
(w) e a razão de mistura de
saturação (ws). A UR indica quão
próximo o ar está da saturação, ao
invés de indicar a real quantidade de
vapor d’água no ar.
Umidade do ar
Exemplo 1: Exemplo 3:
Ts = 30 oC Tu = 30 oC Ts = 32 oC Tu = 30,5 oC
UR = 100 % UR = 89 %
UA = 30,34 gH20.m-3 de ar UA = 30,34 gH20.m-3 de ar

Exemplo 2: Exemplo 4:

Ts = 20 oC Tu = 20 oC Ts = 10 oC Tu = 10 oC

UR = 100 % UR = 100 %

UA = 17,29 gH20.m de ar
-3 UA = 9,4 gH20.m-3 de ar
Umidade do ar
Umidade do ar

Fonte:Pereira et al. 2002


Umidade do ar

Fonte:Pereira et al. 2002


Precipitação Pluvial (chuva)
- Precipitação pluvial (chuva) é a
principal entrada de água no sistema
nas regiões tropicais;
-Acentuada variação espacial e
temporal;
- Pode-se afirmar que nas regiões
tropicais a sazonalidade é
determinada pelo regime de chuvas.
Precipitação Pluvial (chuva)

Fonte:Pereira et al. 2002


Mancha de alternária é uma nova doença que afeta
algumas tangerinas e seus híbridos. É causada pelo
fungo Alternaria alternata f. sp. citri, que produz uma
toxina específica para algumas tangerinas e seus
híbridos, não afetando laranjas doces, limões e limas
ácidas.

Fonte: http://www.fundecitrus.com.br
Climograma de Gaussen
 Bagnouls & Gaussen (1953 ) propuseram o
climograma ombrotérmico (de Gaussen).
 Mês seco seria aquele em que:
 a) registram-se menos de 10 mm de chuva, a uma
temperatura média inferior a 10 oC,
 b) registram-se menos de 25 mm de chuva, a uma
temperatura média compreendida entre 10 a 20 oC,
 c) registram-se menos de 50 mm de chuva, a uma
temperatura média compreendida entre 20 a 30 oC;
 d) registram-se menos de 75 mm de chuva, a uma
temperatura média superior a 30 oC.
O Climograma de Gaussen
 Mês seco é considerado aquele em
que o total mensal das precipitações
é igual ou menor que o dobro da
temperatura média, ou seja,
matematicamente expressamos
como sendo:
 Mês seco P = ou < 2*T
 onde P é a precipitação (mm) e T a
temperatura do ar (oC).
Climograma de Gaussen
3. O Climograma de Gaussen
Balanço de ÁguaEntradas
no Solo de água:
P: precipitação +
orvalho;
P I ET I: Irrigação;
Ee: Escoamento
superficial (run-in);
Dle: Drenagem Lateral
AC: ascensão capilar
Ee Es
Saídas de água:
ET:
DLe DLs evapo(transpi)ração;
∆ ARM Es: Escoamento
superficial (run-off);
Dls: Drenagem Lateral
AC DP DP: drenagem profunda
O Balanço de Água no Solo
 A chuva e o orvalho dependem do clima da
região, enquanto que as demais entradas
dependem do tipo de solo e de relevo.
 As entradas e saídas por escoamento
superficial (Ri e Ro) e drenagem lateral (DLi e
DLo) tendem a se compensar, assim como
AC e DP.
 ±∆ARM = (P + I) - ET
 A ET (evapotranspiração) pode ser
estimada por diversos métodos.
Balanço Hídrico Climatológico
 Thornthwaite & Mather (1955) propôs uma
metodologia de estimar o armazenamento
médio de água do solo ao longo do tempo.
 O BHC fornece estimativa da ETR
(evapotranspiração real), da Def (deficiência
Hídrica), do Exc (excedente hídrico) e do
ARM (armazenamento de água do solo).
 Para que não haja nem excesso nem
deficiência hídrica, a chuva (P) deve ser
igual a ETR.
Balanço Hídrico Climatológico
Meses T P ETP P-ETP NEG-AC ARM ALT ETR DEF EXC
oC mm mm mm mm mm mm mm mm
Jan 23,0 234,0 111,8 122,2 0,0 100,0 0,0 111,8 0,0 122,2
Fev 23,2 231,0 103,6 127,4 0,0 100,0 0,0 103,6 0,0 127,4
Mar 22,5 165,0 102,7 62,3 0,0 100,0 0,0 102,7 0,0 62,3
Abr 20,5 69,0 76,6 -7,6 -7,6 92,7 -7,3 76,3 0,3 0,0
Mai 17,8 51,0 55,1 -4,1 -11,6 89,0 -3,7 54,7 0,4 0,0
Jun 16,4 44,0 42,7 1,3 -10,2 90,3 1,3 42,7 0,0 0,0
Jul 16,2 35,0 42,6 -7,6 -17,8 83,7 -6,6 41,6 1,0 0,0
Ago 17,7 32,0 53,3 -21,3 -39,1 67,6 -16,0 48,0 5,2 0,0
Set 19,1 63,0 64,3 -1,3 -40,4 66,8 -0,8 63,8 0,4 0,0
Out 20,4 128,0 81,2 46,8 0,0 100,0 33,2 81,2 0,0 13,6
Nov 21,3 123,0 91,0 32,0 0,0 100,0 0,0 91,0 0,0 32,0
Dez 22,1 180,0 105,4 74,6 0,0 100,0 0,0 105,4 0,0 74,6
TOTAIS 240,2 1355,0 930,3 424,7 1090,0 0,0 922,9 7,3 432,1
MÉDIAS 20,0 112,9 77,5 35,4 90,8 76,9
5. Balanço Hídrico Climatológico
Extrato do Balanço Hídrico Mensal
140

120

100

80
mm

60

40

20

-20
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

DEF(-1) EXC
Balanço Hídrico Climatológico
Pelo BHC:
DEF=200,8 mm
EXC=618,5 mm
Total: 5 meses
secos
Gaussen:
DEF= ?? mm
EXC= ?? mm
Total: 5 meses
secos
Balanço Hídrico Climatológico
Extrato do Balanço Hídrico Mensal - Cuiabá - MT Pelo BHC:
100
DEF=295,3 mm
80
60 EXC=115,7 mm
40
20 Total: 8 meses
secos
mm

0
-20
-40 Gaussen:
-60
-80
DEF= ?? mm
-100
EXC= ?? mm
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Total: 5 meses
DEF(-1) EXC
secos
Balanço Hídrico Climatológico
Extrato do Balanço Hídrico Mensal - Manaus - AM
200

150

100
mm

50

-50

-100
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

DEF(-1) EXC
Balanço Hídrico Climatológico
Extrato do Balanço Hídrico Mensal - Santos - SP
300

250

200
mm

150

100

50

0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

DEF(-1) EXC
Balanço Hídrico Climatológico
Extrato do Balanço Hídrico Mensal Quixeramobim - CE
40
20
0
-20
-40
-60
mm

-80
-100
-120
-140
-160
-180
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

DEF(-1) EXC
Domínios Climáticos Brasileiros - Koppen
Domínios Climáticos Brasileiros – IBGE, 1990
Deficiencia Hídrica
Exemplo de Zoneamento Climático
Exemplo de Zoneamento Climático
54° 53° 52° 51° 50° 49° 48° 47° 46° 45° 44° 43°
19° 19°
Temperatura Média Anual 23
22
21
20° Jales
20 20°
19
Votuporanga
Franca 18
17
S.J.R.Preto 16
Andradina
21° Aracatuba
Catanduva Rib.Preto
15
14 21°
13
Dracena Mococa
12
Lins 11
10

22° Pres.Prudente
Marilia
S.Carlos 9
22°
Bauru
Teod.Sampaio Cruzeiro
Assis Bananal
Botucatu Campinas
Ourinhos
23° Equipe Técnica: Avare
S.J.Campos 23°
CEPAGRI / UNICAMP
- Hilton Silveira Pinto
Itapetininga S.Paulo
- Jurandir Zullo Jr Caraguatatuba
- Gustavo Coral
- Bernadete Pedreira Santos
24° CIIAGRO / IAC
Itarare 24°
- Orivaldo Brunini
- Rogério Remo Alfonsi Registro
- Marcelo B.P. de Camargo
- Mário J.Pedro Jr.
25° - Roberto A. Thomaziello 25°
EMBRAPA / CERRADOS
- Fernando A. M. da Silva
- Eduardo D. Assad
- Balbino A. Evangelista
Novembro - 2000
26° 26°
54° 53° 52° 51° 50° 49° 48° 47° 46° 45° 44° 43°
 “Na safra 1997/98 quando os deficits hídricos
alcançaram valores elevados (entre 100 e
120mm aproximadamente) na fazenda Verde
(Rondonópolis) todos os cultivares de ciclo
tardio sofreram significativas quebras de
produtividade (reduções que variaram de 50 a
80% em relação a PPP), sobretudo em solos
arenosos. Entretanto os cultivares precoces,
que neste ano foram semeados mais cedo que
os tardios, apresentaram rendimento elevado
(igual a PPP). Deste modo, houve uma
compensação na média final da produtividade
da soja. Estratégias como estas tem
contribuído para minimizar os efeitos do clima
no rendimento final da soja...
...de qualquer modo, os
coeficientes encontrados,
embora tenham sido em geral
fracos, mostraram que cerca de
40 a 50% da variação dos
rendimentos da soja neste
sistema de produção pode estar
relacionada com as condições
climáticas durante o ciclo
fenológico das plantas”
(SANTOS, 2002)
 Sitios Interessantes:
 www.inmet.gov.br (clicar em
agrometeorologia e/ou climatologia)
 www.agritempo.gov.br
 http://ciiagro.iac.sp.gov.br/
 www.iapar.br

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