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Departamentop de Geografia
Disciplina: Climatologia Agrícola
Clima e agricultura
Radiação no topo da
atmosfera (Io)
Estimada em função: latitude,
dia do ano (declinação solar)
Energia no topo da atmosfera
Energia no topo da atmosfera
Espectro eletromagnético
Espectro da Radiação Solar –
Destaque para o Vísivel
Namômetros
Espectro da Radiação Solar
1 m = 10-3 milímetro-mm (0,001m)
Galvani, 2001
Temperatura do ar
CALOR é definido como energia cinética total
dos átomos e moléculas que compõem uma
substância.
30
28 Tmax=25,7oC
26
24
22
A.T.=11,6oC
C)
o
20
Tar (
18
16
14
12
Tmin=14,1oC
10
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Hora do dia
Temperatura do ar
O conceito de graus-dia (GD)
Baseia-se no fato de que a taxa de
desenvolvimento de uma espécie vegetal está
relacionada a temperatura do meio.
Pressupõe a existencia de uma temperatura
basal inferior (Tb) e uma superior (TB).
GD=Tmédia – Tb
n
Constante térmica = GDA = ∑i= 1
GDi
Taxa de desenvolvimento relativo e temperatura base inferior
(Tb) e superior (TB) para o desnvolviemnto vegetal. Fonte:
Pereira et al. (2002)
Cultura Variedade/culti Período
var
Tb Soma
(oC) GD(oC)
IAC4440 Semeadura-maturação
Arroz 12 1990
- Semeadura-maturação
Feijão 10 1000-1200
Cargil 805 Semeadura-maturação
Milho 8 1140
Agroceres 612 Semeadura-maturação 10 1200
BR 201 Semeadura-maturação 10 1190
Santa Rosa Semeadura-maturação
Soja 14 1275
Paraná Semeadura-maturação 14 1030
- Semeadura-maturação
Tomate 7 700-800
Niagara rosada Poda--maturação
Uva 10 1550
Itália/Rubi Poda-maturação 10 1990
Valores de constante térmica (GDA) e temperatura base
inferior (Tb) para diversas culturas. Fonte: Pereira et al.
(2002)
Temperatura do ar
Exemplo de aplicação do conceito de GD:
o o
Local: Botucatu, SP, latitude 22 51’ Sul; longitude 48 26’
oeste e, altitude 786 m.
o
Dados normais de temperatura média do ar ( C):
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Tmed 23,1 23,4 22,7 20,9 18,6 17,2 17,2 18,7 19,2 20,8 21,9 22,4
U = 24km/h
Exemplo 2: Exemplo 4:
Ts = 20 oC Tu = 20 oC Ts = 10 oC Tu = 10 oC
UR = 100 % UR = 100 %
UA = 17,29 gH20.m de ar
-3 UA = 9,4 gH20.m-3 de ar
Umidade do ar
Umidade do ar
Fonte: http://www.fundecitrus.com.br
Climograma de Gaussen
Bagnouls & Gaussen (1953 ) propuseram o
climograma ombrotérmico (de Gaussen).
Mês seco seria aquele em que:
a) registram-se menos de 10 mm de chuva, a uma
temperatura média inferior a 10 oC,
b) registram-se menos de 25 mm de chuva, a uma
temperatura média compreendida entre 10 a 20 oC,
c) registram-se menos de 50 mm de chuva, a uma
temperatura média compreendida entre 20 a 30 oC;
d) registram-se menos de 75 mm de chuva, a uma
temperatura média superior a 30 oC.
O Climograma de Gaussen
Mês seco é considerado aquele em
que o total mensal das precipitações
é igual ou menor que o dobro da
temperatura média, ou seja,
matematicamente expressamos
como sendo:
Mês seco P = ou < 2*T
onde P é a precipitação (mm) e T a
temperatura do ar (oC).
Climograma de Gaussen
3. O Climograma de Gaussen
Balanço de ÁguaEntradas
no Solo de água:
P: precipitação +
orvalho;
P I ET I: Irrigação;
Ee: Escoamento
superficial (run-in);
Dle: Drenagem Lateral
AC: ascensão capilar
Ee Es
Saídas de água:
ET:
DLe DLs evapo(transpi)ração;
∆ ARM Es: Escoamento
superficial (run-off);
Dls: Drenagem Lateral
AC DP DP: drenagem profunda
O Balanço de Água no Solo
A chuva e o orvalho dependem do clima da
região, enquanto que as demais entradas
dependem do tipo de solo e de relevo.
As entradas e saídas por escoamento
superficial (Ri e Ro) e drenagem lateral (DLi e
DLo) tendem a se compensar, assim como
AC e DP.
±∆ARM = (P + I) - ET
A ET (evapotranspiração) pode ser
estimada por diversos métodos.
Balanço Hídrico Climatológico
Thornthwaite & Mather (1955) propôs uma
metodologia de estimar o armazenamento
médio de água do solo ao longo do tempo.
O BHC fornece estimativa da ETR
(evapotranspiração real), da Def (deficiência
Hídrica), do Exc (excedente hídrico) e do
ARM (armazenamento de água do solo).
Para que não haja nem excesso nem
deficiência hídrica, a chuva (P) deve ser
igual a ETR.
Balanço Hídrico Climatológico
Meses T P ETP P-ETP NEG-AC ARM ALT ETR DEF EXC
oC mm mm mm mm mm mm mm mm
Jan 23,0 234,0 111,8 122,2 0,0 100,0 0,0 111,8 0,0 122,2
Fev 23,2 231,0 103,6 127,4 0,0 100,0 0,0 103,6 0,0 127,4
Mar 22,5 165,0 102,7 62,3 0,0 100,0 0,0 102,7 0,0 62,3
Abr 20,5 69,0 76,6 -7,6 -7,6 92,7 -7,3 76,3 0,3 0,0
Mai 17,8 51,0 55,1 -4,1 -11,6 89,0 -3,7 54,7 0,4 0,0
Jun 16,4 44,0 42,7 1,3 -10,2 90,3 1,3 42,7 0,0 0,0
Jul 16,2 35,0 42,6 -7,6 -17,8 83,7 -6,6 41,6 1,0 0,0
Ago 17,7 32,0 53,3 -21,3 -39,1 67,6 -16,0 48,0 5,2 0,0
Set 19,1 63,0 64,3 -1,3 -40,4 66,8 -0,8 63,8 0,4 0,0
Out 20,4 128,0 81,2 46,8 0,0 100,0 33,2 81,2 0,0 13,6
Nov 21,3 123,0 91,0 32,0 0,0 100,0 0,0 91,0 0,0 32,0
Dez 22,1 180,0 105,4 74,6 0,0 100,0 0,0 105,4 0,0 74,6
TOTAIS 240,2 1355,0 930,3 424,7 1090,0 0,0 922,9 7,3 432,1
MÉDIAS 20,0 112,9 77,5 35,4 90,8 76,9
5. Balanço Hídrico Climatológico
Extrato do Balanço Hídrico Mensal
140
120
100
80
mm
60
40
20
-20
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
DEF(-1) EXC
Balanço Hídrico Climatológico
Pelo BHC:
DEF=200,8 mm
EXC=618,5 mm
Total: 5 meses
secos
Gaussen:
DEF= ?? mm
EXC= ?? mm
Total: 5 meses
secos
Balanço Hídrico Climatológico
Extrato do Balanço Hídrico Mensal - Cuiabá - MT Pelo BHC:
100
DEF=295,3 mm
80
60 EXC=115,7 mm
40
20 Total: 8 meses
secos
mm
0
-20
-40 Gaussen:
-60
-80
DEF= ?? mm
-100
EXC= ?? mm
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Total: 5 meses
DEF(-1) EXC
secos
Balanço Hídrico Climatológico
Extrato do Balanço Hídrico Mensal - Manaus - AM
200
150
100
mm
50
-50
-100
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
DEF(-1) EXC
Balanço Hídrico Climatológico
Extrato do Balanço Hídrico Mensal - Santos - SP
300
250
200
mm
150
100
50
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
DEF(-1) EXC
Balanço Hídrico Climatológico
Extrato do Balanço Hídrico Mensal Quixeramobim - CE
40
20
0
-20
-40
-60
mm
-80
-100
-120
-140
-160
-180
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
DEF(-1) EXC
Domínios Climáticos Brasileiros - Koppen
Domínios Climáticos Brasileiros – IBGE, 1990
Deficiencia Hídrica
Exemplo de Zoneamento Climático
Exemplo de Zoneamento Climático
54° 53° 52° 51° 50° 49° 48° 47° 46° 45° 44° 43°
19° 19°
Temperatura Média Anual 23
22
21
20° Jales
20 20°
19
Votuporanga
Franca 18
17
S.J.R.Preto 16
Andradina
21° Aracatuba
Catanduva Rib.Preto
15
14 21°
13
Dracena Mococa
12
Lins 11
10
22° Pres.Prudente
Marilia
S.Carlos 9
22°
Bauru
Teod.Sampaio Cruzeiro
Assis Bananal
Botucatu Campinas
Ourinhos
23° Equipe Técnica: Avare
S.J.Campos 23°
CEPAGRI / UNICAMP
- Hilton Silveira Pinto
Itapetininga S.Paulo
- Jurandir Zullo Jr Caraguatatuba
- Gustavo Coral
- Bernadete Pedreira Santos
24° CIIAGRO / IAC
Itarare 24°
- Orivaldo Brunini
- Rogério Remo Alfonsi Registro
- Marcelo B.P. de Camargo
- Mário J.Pedro Jr.
25° - Roberto A. Thomaziello 25°
EMBRAPA / CERRADOS
- Fernando A. M. da Silva
- Eduardo D. Assad
- Balbino A. Evangelista
Novembro - 2000
26° 26°
54° 53° 52° 51° 50° 49° 48° 47° 46° 45° 44° 43°
“Na safra 1997/98 quando os deficits hídricos
alcançaram valores elevados (entre 100 e
120mm aproximadamente) na fazenda Verde
(Rondonópolis) todos os cultivares de ciclo
tardio sofreram significativas quebras de
produtividade (reduções que variaram de 50 a
80% em relação a PPP), sobretudo em solos
arenosos. Entretanto os cultivares precoces,
que neste ano foram semeados mais cedo que
os tardios, apresentaram rendimento elevado
(igual a PPP). Deste modo, houve uma
compensação na média final da produtividade
da soja. Estratégias como estas tem
contribuído para minimizar os efeitos do clima
no rendimento final da soja...
...de qualquer modo, os
coeficientes encontrados,
embora tenham sido em geral
fracos, mostraram que cerca de
40 a 50% da variação dos
rendimentos da soja neste
sistema de produção pode estar
relacionada com as condições
climáticas durante o ciclo
fenológico das plantas”
(SANTOS, 2002)
Sitios Interessantes:
www.inmet.gov.br (clicar em
agrometeorologia e/ou climatologia)
www.agritempo.gov.br
http://ciiagro.iac.sp.gov.br/
www.iapar.br