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´
Conforto térmico
Noções básicas
Caderno esquematizado para concursos públicos - versão 2.0
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q A vestimenta impõe uma resistência térmica entre q O ar se desloca pela diferença de densidade,
o corpo e o meio, representando uma barreira para onde o ar quente sobe e o ar frio desce
as trocas de calor por convecção. (convecção natural).
Ex: roupas longas em climas quentes e secos (o suor CONVECCAO NATURAL
evaporado permanece entre a pele e a roupa, criando q Quando o ar se desloca por meios mecânicos (ventilador),
um microclima ameno e diminuindo a perda de líquido). o coeficiente de convecção aumenta, aumentando a
sensação de perda de calor (convecção forçada).
VARIÁVEIS AMBIENTAIS
Umidade do ar + velocidade do ar = Perda de calor por evaporação
1-TEMPERATURA DO AR (°C)
4- UMIDADE RELATIVA DO AR (%)
q É a temperatura de bulbo seco do ar que está em
contato com o corpo de um indivíduo. É aferida q O termo umidade descreve a quantidade de vapor d’água no ar.
com termômetro de bulbo seco e utilizada para q Umidade baixa: capacidade maior do ar em absorver vapor d’água
determinação da transferência de calor por (mais evaporação).
convecção entre o indivíduo e o ambiente ao seu q A umidade pode ser expressa como um valor absoluto ou relativo.
TERMÔMETRO COMUM
redor. A umidade relativa fornece a quantidade de vapor
2- TEMPERATURA RADIANTE MÉDIA (°C) d´água no ar em relação à quantidade máxima que pode
q É aferida com termômetro de globo conter, a uma determinada temperatura e pressão.
e corresponde à temperatura
TEMPERATURA 25 °C 25 °C 25 °C
uniforme de um ambiente fechado
imaginário em que a transferência QUANTIDADE DE 5g/kg 10g/kg 20g/kg
VAPOR D´ÁGUA
de calor radiante vindo do corpo
humano é igual à transferência de CAPACIDADE 20g/kg 20g/kg 20g/kg
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´ CLIMATICAS
5-VARIAVEIS ´
1-RADIAÇÃO q A ra d i a ç ã o s o l a r é a e n e r g i a
proveniente do sol que atinge a Terra.
Varia em função da latitude, época
do ano, hora do dia, nebulosidade e
Q
poluição do ar.
q A maior influência da radiação solar é
na distribuição da temperatura no
q A CARTA PSICROMÉTRICA é uma representação gráfica das propriedades e globo.
do comportamento do ar atmosférico frente as variações de temperatura e HORÁRIO DO DIA (movimento de rotação)
umidade. Permite representar graficamente o comportamento da umidade
10:00 h 12:00 h
relativa do ar, dentre outras propriedades do ar úmido, conhecendo os valores 8:00 h 14:00 h
E
6:00 h
das temperaturas nos termômetros de bulbo seco e bulbo úmido.
16:00 h
ESTAÇÕES DO ANO
2- TEMPERATURA
q A radiação solar varia também ao longo do ano
devido ao movimento de translação, que faz
q A temperatura do ar não é consequência da
com que a Terra percorra uma trajetória num ação direta dos raios do sol. O processo
plano inclinado em relação ao Equador. Este ocorre indiretamente: a radiação solar atinge
ângulo origina quantidades de radiação solar o solo onde é absor vida em par te e
distintas nos 2 hemisférios ao longo do ano, t ra n s f o r m a d a e m c a l o r. P o r t a n t o , a
caracterizando-se por solstícios (verão e temperatura do solo aumenta e, por
inverno) e pelos equinócios (primavera e convecção, aquece o ar.
outono). A temperatura do ar será consequência de um balanço energético no qual
intervêm:
5 q A radiação solar incidente e o coeficiente de absorção da superfície
1
2
q O calor por radiação pode ser
receptora;
dividido em 5 partes:
q A condutividade e a capacidade térmica do solo que determinam a
1-RADIAÇÃO SOLAR DIRETA (ON-
transmissão de calor por condução;
3 DA CURTA): parcela que atinge
q As perdas por evaporação, convecção e radiação.
diretamente a Terra. É um fator
q Pode-se conhecer o comportamento da temperatura de um local a
que influencia na temperatura do
partir das normais climatológicas.
ar, nas diferentes estações do ano.
4 3- UMIDADE
q A umidade do ar é regulada pela vegetação e
2- RADIAÇÃO SOLAR DIFUSA (ONDA CURTA): parcela que sofre um pelo ciclo hídrico. O regime de chuvas, aliado
espalhamento pelas nuvens e pelas partículas da atmosfera, sendo a fontes de lagos, rios e mares regula a
refletida na abóbada celeste e nas nuvens e re-irradiada para a terra. umidade através da evaporação enquanto a
vegetação atua na umidade do ar através da
3- RADIAÇÃO SOLAR REFLETIDA PELO SOLO E PELO ENTORNO (ONDA
evapotranspiração.
CURTA);
q Os efeitos da umidade sobre o clima são sentidos tanto nas
4-RADIAÇÃO TÉRMICA EMITIDA PELO SOLO AQUECIDO E PELO CÉU
temperaturas quanto no regime de chuvas. A água, em razão de seu
(ONDA LONGA);
calor específico, tende a conservar por mais tempo as temperaturas,
5- RADIAÇÃO TÉRMICA EMITIDA PELO EDIFÍCIO (ONDA LONGA).
fazendo com que haja uma menor variação delas, ou seja, a amplitude
térmica (diferença entre a maior e a menor temperatura) é menor
quanto maior for a umidade do ar.
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Cv C
canalizá-lo, aumentando ligação entre as duas faces
sua velocidade. da parede.
C
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PMV: o “Voto Médio Predito” é um índice que prevê um valor médio q O diagrama de Olgyay é desenhado entre dois eixos, sendo o eixo vertical o
de sensação térmica de um grande grupo de pessoas, segundo a da temperatura do ar e o eixo horizontal o da umidade relativa do ar.
escala de de 7 pontos (ASHRAE). q A carta bioclimática utilizada no Brasil é baseada nos estudos de Givoni, da
PPD década de 1990, que desenvolveu uma carta bioclimática adequada para
%
Pessoas 95 países em desenvolvimento, construída sobre um diagrama psicrométrico.
insatis- 60
feitas
40 CARTA BIOCLIMATICA DE GIVONI
20 Zona de conforto
10
Ventilação Natural
5
PMV Inércia térmica p/ resfriamento
-3 -4 -1 0 1 2 3 Voto médio Resfriamento Evaporativo
FRIO CALOR Predito
Umidificação
Foi criado através de análises estatísticas e resultados obtidos por Fanger
Ar condicionado
em estudos na Dinamarca em câmaras climatizadas.
Inércia térmica p/ aquecimento
Devido à variação biológica entre as pessoas, é impossível que
Aquecimento solar passivo
todos os ocupantes de um ambiente se sintam termicamente
Aquecimento artificial
confortáveis ao mesmo tempo. O PPD (porcentagem de pessoas
insatisfeitas) estabelece a quantidade estimada de pessoas
insatisfeitas dentro de um ambiente. Desta forma caracteriza-se o clima
São necessários para a elaboração
´
8-ESTRATEGIAS ´
BIOCLIMATICAS da carta bioclimática de Givoni, os local e as variáveis bioclimáticas da
Na década 1960, Olgyay desenvolveu o conceito de CARTA valores da temperatura máxima, região.
BIOCLIMÁTICA, que visa determinar estratégias de adaptação da temperatura mínima, temperatura
objetivo
arquitetura ao clima baseada nas condições externas. média e a umidade relativa do ar.
Indicar diretrizes para o projeto arquitetônico em forma de estratégias
UMIDIFICAÇÃO bioclimáticas mais adequadas para melhor adaptar a edificação ao clima
VENTILAÇÃO
local.
PROJETO BIOCLIMÁTICO:
ZONA DE CONFORTO Adequação da arquitetura
21°C
ao clima local visando
atingir um desempenho
térmico adequado.
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CARTA BIOCLIMÁTICA ESQUEMÁTICA DE GIVONI COM SEPARAÇÃO Os sistemas passivos de Pelo vento ou por diferença de
DAS NOVE ZONAS DE ESTRATÉGIAS BIOCLIMÁTICAS ventilação baseiam-se em temperatura, o que configura 2 tipos
diferenças de pressão principais de ventilação passiva: a
1- ZONA DE
CONFORTO para mover o ar fresco podem ser V E N T I L A Ç Ã O C R U Z A D A e a
através dos edifícios causadas V E N T I L A Ç Ã O P O R E F E I T O
CHAMINÉ.
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q A VENTILAÇÃO CRUZADA promove a remoção do calor por A ventilação mais adequada é aquela em que o fluxo de
acelerar as trocas por convecção e também contribui para a ar penetra na habitação pelo espaço de estar e
melhoria da sensação térmica dos ocupantes por elevar os níveis dormitórios e sai pela área de serviço. As inversões de
de evaporação. sentido de fluxo interno podem levar odores, vapores,
q A taxa na qual o ar flui através etc., de cozinhas ou banheiros para o interior das
de um ambiente retirando o edificações ao invés de levar para o exterior.
calor, é função da área de
3-INÉRCIA
entrada e saída de ar, da
TÉRMICA PARA
velocidade do vento e da RESFRIAMENTO
direção do vento em relação
às aberturas.
q A quantidade de calor removido por determinada taxa de fluxo de
ar depende da diferença de temperatura entre o interior e o
exterior. Por isso a geração de calor interna também é decisiva no
desempenho do edifício naturalmente ventilado.
q Uma forma de avaliar as condições de
q Uma edificação de ELEVADA INÉRCIA TÉRMICA proporcionará uma
ventilação de um ambiente é a determinação
diminuição das amplitudes térmicas internas e um atraso térmico no fluxo
do número de trocas de ar que ocorrem a
de calor devido a sua alta capacidade de armazenar calor, fazendo com que
cada hora (taxa de renovação de ar).
o pico de temperatura interna apresente uma defasagem e um
q A posição da abertura de entrada de ar é um dos principais fatores amortecimento em relação ao externo.
para se ter uma boa circulação de ar.
Algumas estratégias de utilização:
q O beiral influencia o fluxo pois recupera algumas correntes de ar
que seriam desviadas, incrementando o fluxo interno.
q No inverno, se bem orientado, pode armazenar o calor para liberá-lo à noite,
q Brises localizados na porção superior da abertura influenciam a ajudando a edificação a permanecer aquecida.
6-AR CONDICIONADO
q INDIRETO: resfriar um componente ou superfície do edifício usando a q Renovação de ar controlada e suficiente para as necessidades
água para reduzir a temperatura do componente ao trocar de fase líquida higiênicas;
para gasosa. q Qualquer entrada de ar fará aumentar o consumo de energia;
q Ex: espelhos d’água sobre lajes na cobertura, ou cortinas de água sobre q Edifício isolado termicamente (controlar a entrada de energia
coberturas e fachadas, sejam em vidros ou materiais opacos. solar direta).
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ATENCAO PARA NAO CONFUNDIR
7-INÉRCIA TÉRMICA
PARA AQUECIMENTO A inércia térmica para aquecimento Já na inércia térmica para
pode ser conseguida com paredes resfriamento também se adotam
grossas e grandes áreas envidraçadas paredes espessas, mas, para se evitar
≠
para captar a energia solar (inércia o ganho de calor indesejado, as
térmica + aquecimento solar). Além aberturas devem ser pequenas e
disso os elementos internos da sombreadas, e é importante ventilar
construção podem ser massivos, os ambientes à noite com o objetivo
q Essa estratégia tem várias aplicações e consiste em contribuindo com a acumulação do de remover o calor acumulado e
aquecer a edificação por meio da radiação solar que incide calor deixar entrar o ar mais frio.
na edificação, podendo ser alcançada de:
≠
Ganhos solares diretos: Ganhos solares indiretos:
q Consiste na utilização da radi-
quando a radiação penetra um elemento acumulador ação solar direta para aque-
8-AQUECIMENTO
diretamente na edificação absorve e transfere o calor. SOLAR PASSIVO cimento da edificação.
q É recomendada a orientação da
q A construção de edifícios de altas massas térmicas faz com
edificação de modo a favorecer o
que, durante o dia, a estrutura da edificação se aqueça e
recebimento da radiação solar
durante a noite o calor acumulado seja re-irradiado para os
além do uso de cores com maior
espaços ocupados, ao mesmo tempo altas massas
absortância nas fachadas.
térmicas isolam o ambiente interno do externo.
No aquecimento solar direto, a radiação
Exemplo de aplicação solar de inverno é admitida diretamente no
(ganho solar indireto):
SOLÁRIO ambiente através das aber turas ou
PAREDE TROMBE: parede
superfícies envidraçadas, obtendo uma
com elevada massa térmica
VIDRO
resposta imediata de aquecimento. É
combinada a uma camada
impor tante isolar por tas, janelas e
de vidro na sua face exterior.
cobertura para evitar a perda de calor.
Incidência Vidros para o Superfícies com massa Devido ao efeito estufa, a radiação é absorvida e refletida pelas
+ superfícies internas na forma de onda longa, permanecendo no
solar dentro sol penetrar e
+ para armazenar a energia
dos ambientes para impedir o do sol e transformá-la em interior da edificação, uma vez que o vidro é opaco a onda longa.
calor de sair calor
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3-CLIMA QUENTE E UMIDO 10-GEOMETRIA SOLAR
Exemplo: Belém (PA). A variação da temperatura noturna não é tão significativa.
N N
O
O
E E
1- Prever aberturas suficientemente 2- Proteger as aberturas da S S
grandes para permitir a ventilação radiação solar direta, mas não
q Os diagramas ou cartas solares podem ser interpretados como a
nas horas do dia em que a tem- fazer destas proteções obstá-
projeção das trajetórias solares ao longo da abóbada celeste
peratura externa está mais baixa que culos aos ventos.
durante todo o ano.
a interna.
q Para traçar os diagramas solares, considera-se a Terra fixa e o Sol
3- Prever uma inércia de média a leve, porém com elementos isolantes
percorrendo a trajetória diária da abóbada celeste, variando de
(ou espaços de ar ventilados) nos vedos, para impedir que grande parte do
caminho em função da época do ano.
calor da radiação solar recebida atravesse a construção e gere calor
q As cartas solares são elaboradas com base nas projeções do
interno.
PERCURSO SOLAR ao longo do ano e nas diversas horas do dia, em
4- A vegetação NÃO deve impedir a
PLANO HORIZONTAL.
passagem dos ventos (limitações
q A projeção mais utilizada é a estereográfica, sendo as menos
quanto à altura mínima das copas), mas
utilizadas a ortográfica e a equidistante.
devem produzir sombra. N
24.7 21.5
28.8
11.9
1.5
16.4
3.4
21.3
24.9
W 14
13 12 11
10 8.3
E
6.10
17
16
15 9
8
7
23
.2
9.2
4.1
O
21
1
.1
.1
22
18
22
.1
.1
22
2
dimensões maiores, para evitar que construções situadas em lados
opostos das ruas funcionem como obstáculos aos ventos.
S
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q O conhecimento do movimento aparente q No hemisfério sul, pode-se dizer que a orientação Norte é a que atende de
do sol é utilizado para o projeto de maneira mais satisfatória as principais demandas dos usuários: nível
proteções solares (brises-soleil) que mínimo de insolação diária, sol quando se precisa de calor (inverno) e
impeçam a entrada de raios solares no sombra quando não se quer calor (verão).
interior do ambiente durante as horas do A fachada LESTE recebe sol pela A fachada SUL é a que recebe
dia e os meses do ano em que se deseja manhã e a fachada OESTE menos insolação (ideal para
esta proteção. recebe sol pela tarde. ambientes secundários).
q Ao dimensionar um brise é necessário a definição do período O estudo dos BRISES VERTICAIS faz-se a
(dias e horas) de proteção desejável. partir dos desenhos em planta, pois é
q Os ÂNGULOS DE SOMBRA utilizados no método do traçado de nessa representação que se obtém a
máscaras não são expressos em valores numéricos, e sim verdadeira grandeza do ângulo de sombra
através de suas projeções estereográficas no plano do horizonte horizontal. Aberturas a leste e oeste são
do observador. BRISES melhor protegidas por brises verticais.
q Ângulo horizontal (ß): visualizado em planta baixa. É o ângulo O estudo dos BRISES HORIZONTAIS faz-
formado entre a projeção do raio e o plano perpendicular à se a partir dos desenhos em corte, pois é
fachada. nessa representação que aparece, em
q Ângulo vertical frontal (α): visualizado em corte. É a projeção do verdadeira grandeza, o ângulo de sombra
raio solar, no ponto considerado, sobre um plano perpendicular à vertical que os mesmos proporcionam.
fachada. Este ângulo auxilia na determinação da máscara de Aberturas a norte são melhor protegidas
sombra de uma proteção solar horizontal. por brises horizontais.
~
q Ângulo vertical lateral (γ): será a projeção do raio de incidência 11-VENTILACAO URBANA
solar, de determinada hora e período do ano, no plano da q Elementos como vegetação e superfícies
fachada. Este ângulo delimita o tamanho da placa horizontal. edificadas influenciam no ângulo de incidência
e na intensidade com a qual o vento atinge a
edificação.
q Vegetação densa: Barreira contra a
velocidade do vento (cor tina) ou
elemento condutor.
q Copas altas são melhores para sombrear
o sol indesejável no verão e para facilitar
PLANTA CORTE FACHADA o acesso do vento à edificação.
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12-PRINCIPAIS EFEITOS AERODINAMICOS DOS VENTOS
EFEITO VENTURI (FENÔMENO DE FUNIL): EFEITO DE MALHA: Os espaços (pátios
Este efeito gera um fenômeno coletor dos centrais, bolsões) entre edifícios em malha
fluxos de ar, resultante da disposição das são protegidos da ventilação intensa, sendo
construções num ângulo aberto ao vento. Esta
prejudicados pela justaposição de prédios,
configuração gera um afunilamento do vento,
aspecto negativo em climas quentes.
que provoca uma aceleração da velocidade
inicial de ventilação, mais acentuada na zona
EFEITO CANALIZAÇÃO: Ocorre quando todos
de maior estrangulamento.
os edifícios estão alinhados ao longo da rua,
EFEITO DE CANTO OU ESQUINA: Resulta da gerando uma aceleração da velocidade
união dos ângulos formados pelas fachadas inicial do ar. Dependendo do contexto que se
do edifício em pressão positiva e negativa, insere pode gerar conforto ou desconforto
aumentando com a altura e em casos de aos pedestre.
proximidade com outras edificações.
Pode-se otimizar a relação entre forma e EFEITO PIRÂMIDE: A geometria de edifícios
distância para aproveitar o efeito de canto com forma piramidal dissipa a energia do
para ventilação do entorno. vento. Grandes quantidades de redemoinhos
ocorrem no solo destas edificações. Pode-se
EFEITO PILOTIS: As aberturas sob a edificação
tomar partido da geometria de prédios deste
unem a zona de alta pressão na fachada
exposta ao vento e a zona de baixa pressão na tipo para variar as condições do vento no
fachada oposta. Quanto mais alto o pilotis, entorno.
maior é o efeito. A entrada do ar é difusa, mas a EFEITO WISE: Em edifícios de mais de 15 m, o
saída é forte e direcionada, podendo ventilar vento que incide diretamente sobre a fachada
áreas livres e comuns aos conjuntos de cria uma área turbulenta na base desta,
edificações. sendo mais intenso quanto maior for a altura
EFEITO BARREIRA: Efeito relacionado a um do prédio e se próximo se localizar outra
edifício laminar, ou seja, massa construída de edificação.
relativa espessura. Tal efeito tem impacto
negativo para o entorno quando sua altura é
menor que a superfície laminar ou quando nas
proximidades se encontram exemplares do
tipo.
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PEGUE O QUE
VOCÊ PRECISA
CONSTÂNCIA
MOTIVAÇÃO
DESCANSO
PACIÊNCIA
AÇÃO
FOCO
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autorização prévia e expressa da autora.
Autora: Arq. Núbia Ferreira (CAU A135988-6)
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