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Universidade Feevale

ICET – Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas


Laboratório de Conforto Ambiental
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

Maquete elaborada pelos alunos da disciplina de PU I


Fonte: AUTORA, 2005
CONFORTO TÉRMICO
Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes
Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

Fonte: www.pizzadigitale.it, 2016 Centro Cultural Jean Marie Tjibaou - Renzo Piano.
Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

a r i á v e i s
Climáticas e Humanas

o b j e t i v o s

Conforto
▪ conceito

Variáveis climáticas
▪ conceito e classificação de clima
▪ obtenção de dados climáticos
▪ principais elementos e fatores climáticos

Variáveis humanas
▪ necessidades humanas de conforto
▪ balanço térmico e mecanismos termorreguladores

Obs.: as principais referências encontram-se listadas no Plano de Ensino da disciplina.


Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

CONCEITO DE CONFORTO
Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

Os usuários de um ambiente julgam a qualidade do projeto tanto do


ponto de vista físico, quanto emocional. A tarefa do projetista é
alcançar o conforto total ótimo, definido como a sensação de
completo bem-estar físico e mental. Segundo a ASHRAE1 (1993),
sociedade de normalização internacional para conforto térmico,
conforto térmico é definido como...

... aquela condição da mente que expressa


satisfação com o ambiente térmico.

Fonte: INNOVA, 2003

1ASHRAE – American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers


Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

Fonte: VIANNA, 2015


Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

A percepção de conforto térmico depende de diferentes variáveis: algumas relacionadas ao clima e


outras relacionadas aos indivíduos. Cabe ao arquiteto auxiliar através da proposta de edifícios
termicamente eficientes.

As variáveis climáticas:
temperatura do ar Há possibilidade de “controle”
“controle” pelo arquiteto
Sem possibilidade de

temperatura radiante média pelo arquiteto, através de um


umidade relativa bom projeto
velocidade do ar

As variáveis humanas:
metabolismo
Variáveis arquitetônicas
atividade física
vestimenta

A ação conjunta do sol e do vento provoca a variação microclimática dos quatro parâmetros: temperatura,
radiação, umidade e velocidade do ar. É a conjunção de todos eles que define a sensação de conforto das
pessoas. Em qualquer análise microclimática será imprescindível tratar todos eles considerando suas
inter-relações.
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“ESTAR” EM CONFORTO TÉRMICO


=
clima
+ vestimenta
+atividade física
+ invólucro
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Condições
humanas

Clima Conforto térmico Invólucro


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Variáveis
humanas

Conforto térmico
Variáveis Variáveis
climáticas arquitetônicas
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Variáveis climáticas
O conhecimento do clima do local é um fator importante, desde o lançamento das primeiras ideias
de projeto. Estas informações são fundamentais para garantir as condições de conforto da
edificação.

Variáveis humanas
Embora o clima seja diferente para distintas regiões do planeta, o ser humano é basicamente o
mesmo, sendo capaz de se adaptar à diferentes condições impostas pela natureza (vestimenta e
edificação). Para garantir o conforto térmico das edificações é importante conhecer as variáveis
relativas ao ser humano que influenciam a sensação de bem-estar.

Variáveis arquitetônicas
A arquitetura surgiu como uma forma de proteção do homem contra o ambiente hostil. No decorrer
do tempo, tornou-se cada vez mais complexa e elaborada, a fim de se adequar às características
climáticas do meio no qual se insere. As variáveis arquitetônicas são os elementos que permitem
esta adequação.
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O projetista necessita de uma série de informações as quais servirão de condicionantes para o


desenvolvimento do projeto. Entre essas variáveis estão o programa de necessidades, as expectativas dos
usuários, as exigências técnicas, as exigências da legislação... e os dados climáticos referentes ao local onde
será implantado o projeto. Estes últimos são importantes para que o projeto a ser desenvolvido, garanta níveis
adequados de conforto ambiental. Para isso, o projetista deverá lidar com algumas variáveis denominadas
variáveis climáticas, humanas e arquitetônicas.
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VARIÁVEIS CLIMÁTICAS
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VARIÁVEIS CLIMÁTICAS

CLIMA
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Tempo e clima

Tempo ou estado de tempo é a variação diária das condições atmosféricas (umidade, temperatura e
ventos).

Clima é a condição média do tempo em uma dada região, baseada em medições efetuadas em um
determinado período (normalmente durante 30 anos).
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CLASSIFICAÇÃO DE CLIMA
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O CLIMA GLOBAL
Uma das classificações de clima mais utilizadas (e que leva em conta fatores como relevo, regime de
chuvas, temperatura, entre outros) é a de Köppen. Segundo ele, existem cinco grandes divisões para
os climas do globo terrestre: tropical, subtropical, temperado, frio e polar.

De acordo com a classificação de Köppen, existem cinco grandes divisões para os climas do globo terrestre:
tropical, subtropical, temperado, frio e polar (FORTES, 1970).
Tabela 1. Classificação geral dos climas segundo Köppen. Fonte: FORTES, 1970.
Classificação do clima Características
Tropical Temperatura média mensal sempre superior a 20C, sem definição das estações do ano.
Subtropical Temperatura média mensal inferior a 20C, sem inverno.
Temperado Com estações bem definidas, temperatura superior a 20C no verão e com inverno acentuado.
Frio Sem verão e com temperaturas superiores a 10C em pelo menos 4 meses do ano
Polar Todos os meses com temperaturas médias inferiores a 10C e sem estações.
Fonte: FORTES, 1970
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Dentro do território brasileiro há muitas diferenças quanto ao clima. Assim, para um estudo mais
preciso, é necessária uma classificação mais específica. Na visão global, o Brasil está localizado em
duas áreas climáticas: 92% do território está acima do Trópico de Capricórnio (zona tropical) e apenas a
região sul e o sul de São Paulo, estão localizados na zona temperada. O grande e extenso litoral do
Brasil, faz com que o país seja bastante úmido (é basicamente um país quente e úmido).
Fonte: LAMBERTS, 1997

O CLIMA NO
BRASIL
O Brasil, situado entre o trópico de
Capricórnio e o Equador, apresenta os
seguintes tipos de clima:
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O CLIMA NO RS

O clima da região sul por estar


Novo Hamburgo
quase que completamente
abaixo do Trópico de
Capricórnio e por ter grande
parte de seu território acima de
300 metros, se difere bastante
do clima das outras regiões do
país. É a única região do país
que pode sofrer com
fenômenos quase que
desconhecidos do Brasil, como
neve e geadas. As
características são de clima
subtropical com chuvas bem
distribuídas ao longo do ano.

Fonte: FORTES, 19?


Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

Tão ou mais importante que o clima geral de uma região é o entorno


próximo à arquitetura que gera o que chamamos de “microclima” de um
lugar. Nele, as condições podem ser muito diferentes das condições
gerais desta região.
Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

POR QUE EXISTEM DIFERENÇAS


CLIMÁTICAS ENTRE AS
DIFERENTES REGIÕES DO GLOBO
TERRESTRE?
Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

O clima de uma região é determinado pela configuração de uma série de


componentes (suas combinações e interações), denominados: C
Elementos
climáticos
+ Fatores
climáticos
= L
I
EC: aqueles elementos medidos nas estações meteorológicas, característicos de
um determinado clima. Para o arquiteto são importantes os que afetam diretamente
o conforto humano e o uso de edificações (temperatura, umidade, radiação solar,
M
A
precipitação e vento).

FC: são determinantes para que os elementos climáticos ocorram. Radiação


solar, inclinação do eixo terrestre, superfície receptora da radiação, balanço
térmico terrestre, rotação terrestre, sistemas de pressão, circulação geral da
atmosfera, correntes oceânicas, massas de ar e topografia.
Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

Os fatores climáticos: são aqueles que condicionam, determinam e dão origem ao clima. Possuem uma forte
ligação, cada um podendo interferir nas características dos demais. Os fatores climáticos afetando e alterando
de alguma forma as condições da radiação, temperatura, umidade, precipitação e ventos de um determinado
local, são responsáveis por determinar os elementos climáticos. São eles:

Radiação solar
Inclinação do eixo terrestre
Superfície receptora de radiação
Balanço térmico do planeta
Rotação terrestre
Sistemas de pressão
Circulação geral da atmosfera
Correntes oceânicas
Massas de ar
Topografia
Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

A INCLINAÇÃO DO EIXO TERRESTRE


A obliquidade do planeta (ângulo de inclinação do Equador em relação ao plano da órbita) é o que determina
o fenômeno das estações. Esta é menor do que 30º para todos os planetas, com exceção de Urano (98º) e
Vênus (180º).

Fonte: www.if.ufrgs.br

O sol é a ”máquina” responsável pelo clima global. Fora da atmosfera, a intensidade da radiação solar é
quase constante: 1.367 W/m², que é denominada Constante Solar. Este valor pode variar em torno de 2%
devido à variações na emissão solar e de 3,5%, devido à variações na distância sol-terra (Afélio e Periélio).
Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

23,5°

Fonte: AUTORA, 2008

”A Terra gira ao redor do sol” (movimento de translação) em um ano e faz uma rotação completa ao redor de
seu eixo, em 24 horas (movimento de rotação). O movimento de translação ocorre em uma rota elíptica e em
um plano inclinado em relação ao Equador: 23°27’ (23,5°).
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22/03 e 22/09
Equinócios

22/06 22/12
Solstício de inverno Solstício de verão no
no hemisfério sul hemisfério sul
Periélio
147 milhões de km

Afélio
152 milhões de km

Fonte: AUTORA, 2008


Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

Devido à inclinação do eixo terrestre, a área que recebe a máxima intensidade de radiação solar ocorre em um
plano normal à direção da radiação e localiza-se entre o Trópico de Câncer (latitude 23,5°N) e o Trópico de
Capricórnio (latitude 23,5°S), determinando as variações climáticas sazonais. Assim, os dois hemisférios
terrestres recebem quantidades distintas de radiação solar ao longo do ano, caracterizando as estações pelos
solstícios de verão e inverno e pelos equinócios de primavera e de outono.

21 de jun. 21 de dez.
Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

O Diagrama Solar representa o percurso do sol na abóbada


celeste, projetado sobre um plano horizontal. O zênite
localiza-se no centro. O azimute (ângulo horizontal) é
indicado na linha do perímetro e a altitude é descrita através
dos círculos concêntricos. O percurso do sol é diferente nas
diferentes latitudes, existindo um Diagrama Solar específico
para cada uma.

Pólo
Celeste
Sul

21 de jun 21 de dez
+
Fonte: MOORE apud CONFORTO
Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

Carta Solar de Porto Alegre.


Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

Imagem: Dr. Andrew Marsh (Square One research PTY LTD). Fonte: www.squ1.com
Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

RECAPITULANDO
Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

Fonte: www.if.ufrgs.br

Latitude, longitude e altitude são as coordenadas que posicionam um ponto sobre a superfície terrestre.

longitude
latitude
altitude (nível do mar)

Altitude: refere-se à altura em relação ao nível médio dos mares. É um dos fatores que exerce maior
influência sobre a temperatura. Ao aumentar a altura, o ar está menos carregado de partículas sólidas e
líquidas, e são justamente estas partículas que absorvem as radiações solares e as difundem aumentando sua
temperatura (há um decréscimo de aproximadamente 1C para cada 200 m de altura, com pouca variação
neste valor em relação à latitude e às estações).
Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

A paralela ao plano do Equador determinará a seção que é chamada paralelo


de latitude. Logo, paralelos de latitude ou simplesmente paralelos são todos
os círculos determinados pelas interseções com a superfície terrestre de
planos paralelos ao plano do Equador.

LATITUDE
Fonte: AUTORA, 2008

Medida à partir da linha do Equador. Mede-se de 0o a 90o e será norte, se estiver acima e sul,
se estiver abaixo desta linha. Partindo do Equador a temperatura do ar vai esfriando
lentamente até os pólos. Medida em graus e minutos.
Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

Coordenadas geográficas de Porto Alegre:


Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

Coordenadas geográficas de Novo Hamburgo:

Fonte: www.aondefica.com

Novo Hamburgo, situa-se na latitude 29º40'42 S (ou -29.67833333°)


e na longitude 51º07'50 W (ou -51.13055556°). O município possui
área de 216 mil m² e localiza-se em uma altitude de 57 m (IBGE).
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O clima de uma região é determinado pela configuração de uma série de


componentes (suas combinações e interações), denominados: C
Elementos
climáticos
+ Fatores
climáticos
= L
I
EC: aqueles elementos medidos nas estações meteorológicas, característicos de
um determinado clima. Para o arquiteto são importantes os que afetam diretamente
o conforto humano e o uso de edificações (temperatura, umidade, radiação solar,
M
A
precipitação e vento).

FC: são determinantes para que os elementos climáticos ocorram. Radiação


solar, inclinação do eixo terrestre, superfície receptora da radiação, balanço
térmico terrestre, rotação terrestre, sistemas de pressão, circulação geral da
atmosfera, correntes oceânicas, massas de ar e topografia.
Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

COMO OBTER OS DADOS


CLIMÁTICOS DE UM LOCAL?
Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

A disponibilidade dos dados climáticos varia entre fontes. Informações gerais podem ser encontradas em atlas
enquanto que informações mais detalhadas devem ser solicitadas em estações metereológicas.

Média Informações mensais disponíveis na maioria das estações. Os


valores são de temperatura de bulbo seco. Algumas vezes, a
Temperatura Média max/min °C, °F
temperatura de bulbo úmido, relacionada com a umidade, é
Extremo max/min fornecida.

Pressão de vapor mmHg, kPa Como o ar quente contém mais umidade do que o ar frio, a
umidade relativa descreve a porção de umidade comparada com
Umidade Umidade absoluta g/kg, g/m³
a saturação, quando ocorre a condensação. Valores mensais
Umidade relativa % freqüentemente descrevem a umidade relativa max e min.

Min/média/máx mm
Valores mensais são comumente disponíveis. A neve é
Precipitação Dias com chuva dias
convertida em forma derretida.
Máxima em 24 horas mm

O vento varia freqüentemente em velocidade e direção.


Velocidade média m/s, km/h, nós Informações mensais ou sazonais são as mais comuns.
Vento Freqüência pela direção % Freqüentemente, a direção predominante é dada junto com a
Freqüência por calmaria % velocidade média. Medido, normalmente, a 10 m de altura nas
estações meteorológicas.

Horas de sol h Dados mensais são os mais comuns. A radiação é normalmente


Radiação Solar Média diária de radiação kWh, MJ/m² medida em uma superfície horizontal, mas outros ângulos
Radiação horária (direta/difusa) W podem acontecer.

Média octas Em adição à radiação solar, informação adicional sobre


Nebulosidade nebulosidade pode ser disponível. Octa significa 1/8 da abóbada
Dias com céu claro/encoberto dias celeste.

A combinação de algumas condições acima (vento e


Geada, névoa, tempestades de precipitação-chuva dirigida) e outros fenômenos podem ser
Outros fenômenos dias...
areia, granizo, neve... importantes pois podem afetar o projeto mesmo acontecendo
raramente.
Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

Vento: diagramas do tipo Rosa dos Ventos.

Fornece as
probabilidades de
ocorrência de vento
para as principais
orientações e a
velocidade. Auxilia na
tomada de decisões do
projeto arquitetônico.
Pode ser mensal ou
sazonal. Importante
para localizar
esquadrias e definir a
envoltória da
edificação.

Fonte: MASCARÓ, 1991


Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

RECAPITULANDO
Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

Os pontos cardeais são quatro:

Norte (N), também chamado


"Setentrional ou Boreal".
Sul (S), também chamado
"Meridional ou Austral".
Leste ou Este (L ou E), também
chamado "Oriente ou Nascente".
Oeste (O ou W), também chamado
"Ocidente ou Poente".
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Pontos colaterais:

Nordeste (NE).
Sudeste (SE).
Noroeste (NO ou NW).
Sudoeste (SO ou SW).
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Pontos subcolaterais:

Nor-nordeste (NNE).
És-nordeste (ENE).
És-sudeste (ESSE).
Su-sudeste (SSE).
Su-sudoeste (SSO ou SSW).
Oés-sudoeste (OSO ou WSW).
Oés-noroeste (ONO ou WNW).
Nor-noroeste (NNO ou NNW).
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VARIÁVEIS HUMANAS
Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

O ser humano é um ser homeotérmico; ou seja, sua energia


vital é conseguida através de fenômenos térmicos em um
processo chamado metabolismo. Utiliza apenas 20% da
energia metabolizada sendo que os restantes 80% são
transformados em calor e devem ser eliminados para que o
equilíbrio seja mantido.

A temperatura interna do organismo tende a permanecer


constante (por volta de 37C), independentemente das
condições do clima. Sempre que o organismo, através de seu
sistema termorregulador, necessita trabalhar muito para
manter este equilíbrio térmico ocorre fadiga e,
consequentemente, queda no rendimento das atividades.

Fonte: ÜBER, 1992


Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

Evaporação
A energia é retirada do corpo através
da transformação de água em vapor
Radiação (transpiração e expiração)
onda curta, luz visível
proveniente do sol,
céu e corpos Convecção
aquecidos O calor é transportado via ar,
de um lugar para outro

Radiação
onda longa, calor
Radiação não-visível entre
corpos com baixa temperatura

Condução
Contato direto entre corpos

Para alcançar o equilíbrio térmico o corpo troca calor através de quatro principais processos: radiação
(proveniente do sol, céu e corpos ao redor), convecção (com o ar), evaporação (umidade e suor) e condução
(por contato com outros corpos)
Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

Para que o corpo humano esteja em equilíbrio térmico, deve haver

BALANÇO TÉRMICO

Fonte: INNOVA, 2003

“Se o balanço de todas as trocas de calor a que está submetido o corpo


for nulo, e a temperatura da pele e suor estiverem dentro de certos
limites, pode-se dizer que o homem sente conforto térmico.”
LAMBERTS et al., 1997
Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

O calor é produzido pelo corpo A transferência de calor acontece … evaporação. Com excessivo calor o corpo começa a
humano através do metabolismo e é através de radiação de onda curta e suar, tendo sua temperatura diminuída.
distribuído através do sistema onda longa, convecção, condução e... Em baixas temperaturas os músculos são
sanguíneo. ativados para produzir calor.

A produção de calor interno A postura do corpo influencia as As roupas atuam como uma camada O edifício também atua como uma
pode ser aumentada através de trocas térmicas. isolante e diminuem a transferência camada externa que modifica as
atividades. de calor. condições do clima externo, para
situações de maior conforto.

Mecanismos termorreguladores e atividade física. Fonte: EVANS, 1980


Profa. Me. Ana Eliza Pereira Fernandes

Fonte: www.squ1.com

O arquiteto deve estar consciente de que a arquitetura apenas


apresentará um bom desempenho relacionado ao conforto térmico ...
... se o projeto respeitar o clima do local e atender as exigências
humanas.

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