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Universidade Federal do Paraná Princípios básicos

AZ-044 Suinocultura
• Mais simples possível: conforto e manejo
adequado (higiene, funcionalidade e custo)
Instalações, ambiência e • Econômicas: materiais de fácil aquisição
equipamentos • Distante de: trânsito de veículos, acesso de
pessoas e animais
• Servidas de bom abastecimento de água
• Orientação solar adequada
Prof. Marson Bruck Warpechowski
(BERTOLIN, 1992)

Para implantação Para implantação


• 1º - Metas de produção
– Água: quantidade e qualidade, consumo e
• 2º - Autorização ambiental limpeza  0,010m³ (reservas mínimo 2 dias)
• 3º - Escolha do local: Tabela 1. Água necessária para a produção de suínos, em função do estado
– Drenagem, lençol freático, declividade, fisiológico, nas diferentes fases produtivas.

fontes/canais de água
– Isolamento: sanidade, estresse por barulho
– Clima: temperatura, umidade, ventos

(LOVATTO, 2004)

Água e Efluentes Para implantação


Dados por suíno por dia em 4 granjas de terminação para um lote no verão. – Umidade relativa do ar  problema acima 85%
Granja Classificação Núm. de H2O Efluente – Possibilidade de expansão
das instalações leitões consumida armazenado – Permitir “todos dentro, todos fora”
A Adequada 680 13,22 5,82
– Escoação produção e entrada de matéria-prima
B Adequada 556 9,54 5,21
C Inadequada 380 19,62 7,23 – Facilidade disposição final dejetos (gravidade)
D Inadequada 160 23,86 14,83 – Normas de distanciamento...

SANTOS et al. (2008) ENEC – UFPR


Mestrado de Vanessa Nardi

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Temperatura
• Sensíveis a temperatura elevada: metabolismo, tecido
adiposo, sistema termorregulador

Tabela. Temperatura de conforto para diferentes categorias de suínos.

Res 031/98 IAP/SEMA e IN 105.006 Fonte: Perdomo et al. (1985)

Umidade Relativa Tabela. Eliminação do calor corporal pelo processo evaporativo em clima seco
Clima Temperatura UR % % calor evaporativo
• Maior umidade => menor evaporação ºC perdido
Normal seco 20 40 25
Temperado seco 24 40 50
Tabela. Umidade relativa do ar (UR) ideal para suínos. Tropical seco 34 40 80

Tabela. Eliminação do calor corporal pelo processo evaporativo em clima úmido


Clima Temperatura UR % % calor evaporativo
ºC perdido
Normal úmido 20 87 25
Temperado úmido 24 84 22
Tropical úmido 34 90 39
Fonte: TEIXEIRA, 1990
Fonte: BERTOLIN, 1992

Localização
• Permitir expansão
• Biossegurança
• Aproveitar circulação natural do ar
• Declividade suave
• Afastamento das instalações

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Orientação Largura
• Influência no acondicionamento térmico
• Relacionada com:
– Clima da região
– Nº animais alojados
– Dimensão e disposição baias
• Recomenda-se:
– Até 10 m para clima quente e úmido
– De 10 a 14 para clima quente e seco
• Inverno  dispositivos para evitar entrada sol

Pé direito Cobertura
• Favorecer ventilação
• Recomendável material com grande resistência
• Reduzir carga de energia radiante da
térmica
cobertura
• Pintar telhas lado fora branco e dentro preto
• Quanto maior a altura, menor a carga
recebida no nível do solo • Lanternim  permite renovação contínua do ar

Comprimento
• De acordo com planejamento da produção
• Evitar problemas distribuição de água
dimensões do lanternim

Fonte: EMBRAPA, 2000

Sombreamento Dimensionamento
• Regiões de inverno intenso  espécies • Parâmetros reprodutivos/produtivos
caducifólias • Espaço útil por animal
• Plantadas na face norte e oeste • Considerar:
• Desgalhadas no tronco – Nº matrizes produtivas
– Parto/porca/ano
– Mortalidade creche
– Vazio sanitário
– Reposição
– Machos
– Idade desmame
(LOVATTO, 2004)

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Influência do clima sobre
Ambiência desempenho
• Fêmeas reprodução
• Ganhos de calor:
– Perdas embrionárias e fetos
– Metabolismo (calor produzido em completo repouso)
– Anestros e nº de retornos ao cio entre 27 e 30ºC
– Atividade física
– Alimentação/digestão
• Macho
– Motilidade espermática
– Ambiente
– Recusa de monta
• Perdas de calor
– Menor volume e sobrevivência embrionária
– Radiação
– Condução
• Crescimento e terminação
– Consumo
– Convecção
– Ganho de peso
– Evaporação
– Conversão alimentar

Pré-cobrição e gestação Pré-cobrição e gestação


• Baias coletivas  4-6 com 3,00m²/animal
• Piso  parcialmente ripado (áspero x liso)
– Fêmeas de 1°parto
– Porcas a partir 28 dias gestação • Pé-direito: 2,8 m telha barro
• Gaiolas  0,65-0,70 cm x 2,00-2,20 cm • Declividade: 3-5%
– Porcas até 28 dias gestação • Comedouro
– Facilita manejo com machos – concreto simples com divisórias (evitar brigas)
• Permanecem até 1 semana antes parto – rente ao corredor
• Fêmeas alojadas na frente baias machos • Bebedouro: 1/4
• Instalações abertas com cortinas para controle • Parte traseira das baias  canal coletor dejetos
dos ventos – Largura 30-40 cm
– Declividade  não parar dejetos

(SARTOR et al., 2004)

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Maternidade Maternidade
• 1 semana antes parto até desmame • Gaiolas individuais com proteção leitão
• Controle ventilação, temperatura – 0,60-0,70 cm x 2,00 a 2,20 m x 1,10m
• Facilidade limpeza – Dianteira piso compacto, traseira ripado
• 2 ambientes distintos  diferentes temperaturas – Bebedouro chupeta ou concha
– Leitões: 30ºC
– Porcas: máx 22°C
• Escamoteador  lateral, frontal, posterior
• Baias
– Concreto (0,60 x 1,20m)
- Bem-estar
– Barra contra esmagamento – Bebedouro concha e cocho
– Escamoteador – Cama (maravalha)
– Fonte aquecimento (60 a 80 cm do solo)

Tabela. Período de ocupação das gaiolas de parição para uma única sala de parto
com parições ao acaso.

Maternidade Fases
3 semanas
Idade a desmama
4 semanas 5 semanas 6 semanas
Pré-natal 1 semana 1 semana 1 semana 1 semana
Lactação 3 semanas 4 semanas 5 semanas 6 semanas
• Pé direito  de acordo com largura (2,8 a 3,0m) Limpeza/desinfecção 1 semana 1 semana 1 semana 1 semana
Total 5 semanas 6 semanas 7 semanas 8 semanas
• Janelas facilitar ventilação Nº ciclo/porca/ano 2,48 2,36 2,26 2,17
Nº gaio las 23,85 = 24 27,23 = 28 30,42 = 31 33,38 = 34
• Corredor de manejo (1,20 m) Fonte: TEIXEIRA, 1990
• Gaiolas suspensas (0,50 cm) em fileiras
Tabela. Consumo (kg/dia) e perda de peso da porca (kg) em relação à diferentes
– Limpeza do ambiente temperaturas.
– Proteção umidade
• Canal dejeções parte posterior da gaiola
• Declividade piso 3%
• Máx 12 gaiolas/sala

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Creche
• Após desmame  21 dias - 5kg até 25 kg PV
• Galpão com cortinas, forro e aquecimento
• Baias: 20 animais
– Nível piso
– Elevadas 0,50 a 0,60 cm do solo
• Gaiolas metal (uma leitegada)
• Piso
– Parcialmente vazado 1/3 : cimento, ferro ou plástico
– Totalmente vazado
• Comedouro  1:3
• Bebedouro  1:10 tipo chupeta na parte vazada

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Crescimento e Terminação
• Crescimento 25 a 60 kg
• Terminação 60 a 100kg
• Galpão totalmente aberto (cortinas chuva/frio)
• Ventiladores  amônia e sensação térmica
• Baias coletivas
• Piso geralmente compacto
• Declividade 3 a 5%

Crescimento e Terminação Área em m² por animal de acordo com o manejo e os tipos de pisos

Tipos de piso
• Paredes divisórias 1,00m Fases e manejo Totalmente Parcialmente Totalmente
ripado (m²) ripado (m²) compacto (m²)
• Corredor central manejo 1,20 m Crescimento com
mudança de baia 0,50 0,65 0,75
• Canaleta coletora dejetos (25-60Kg)
• Beiral 1,00m Terminação com
mudança de baia 0,75 0,85 1,00
• 15 a 20 animais/baia (60 -100 kg)
Crescimento/ter
• 1,00 a 1,20 m²/animal minação sem
0,70 0,80 1,00
• Bebedouro  1:10 (0,40 cm do piso) mudança de baia
(25 -100kg)
• Comedouro  0,25m lineares/3 animais Fonte: TEIXEIRA, 1990

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Machos Aspectos Construtivos
• Baias coletivas  6,00 m²/animal
• Mais próximo das fêmeas • Calhas
• Comedouro/bebedouro igual fêmeas • Beirais
• Instalação igual fêmeas • Canaletas
• Relação macho/fêmea  20:1

Reposição
•Renovação: problemas reprodutivos, patologias
•40% anualmente
•Baias  1,50-2,00 m²/animal
•Entre 8-15 animais
•Separar machos/fêmeas PNMA II – Suínos Paraná, 2003

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