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CONSERVAÇÃO

 A umidade é o elemento que governa a


qualidade do produto armazenado.
 Baixo teor de umidade;
 Grãos com alto teor de umidade
 Meio ideal para o desenvolvimento de
microorganismos, insetos e ácaros.
CONSERVAÇÃO
CONAB Ministério
Produtos Faixa Ideal Tolerância da agricultura
(% bu) Maxima (% bu) (% bu)
Amendoin 07-08 9 12
Arroz em casca 12-13 14 13
Arroz Polido 12-13 12 14
Soja 11-12 13 14
Sorgo 12-13 14 14

Teores de umidade maximos recomendados para


comercialização e armazenagem
CONSERVAÇÃO

 A boa conservação dos grãos durante o


período de armazenamento
 É intimamente ligada à sua atividade vital,
 A qual deverá estar reduzida ao mínimo.
 A atividade vital dos grãos (respiração)
 É amplamente controlada pelo teor de
umidade.
CONSERVAÇÃO

 Grãos úmidos
 Incremento no metabolismo.
 A massa de grãos é aquecida,
 torna-se mofada,
 Apresentando grãos germinados na superfície
 e, finalmente, terminando sua atividade vital
sobrevém as podridões.
UMIDADE
O teor de umidade representa a
quantidade de água contida no grão.

 A umidade e a intensidade crescente do


processo respiratório pode levar os grãos a
morte,
 O que acontece quando eles atingem 60º C.
 Com a morte dos grãos e da maioria dos
microorganismos e insetos,
 Cessa o processo respiratório,
UMIDADE
 Porém continuam as reações químicas, com a
liberação de umidade e calor,
 Podendo a massa chegar a temperatura de
combustão.
 Em climas tropicais teor de umidade de 12%
 A baixas temperaturas, a armazenagem poderá
se dar com maior umidade,
 Nestas condições, se inibe a atividade
respiratória e o desenvolvimento dos fungos.
UMIDADE
 Em certos pontos do silo, pode ocorrer a
ignição espontânea ou autocombustão.

 Na camada superior da massa armazenada, a


umidade do ar que se esfria à noite entre o
telhado e os grãos, se condensa e "goteja",

 Podendo, umidificar o produto que no decorrer


do tempo, se carboniza.
Determinação do teor de
umidade dos grãos
Introdução:
 Determinação da umidade:
– Deve ser determinada constantemente e
em todas as fases;
– Deve ser a mais exata possível.
 Umidade é o principal fator
responsável pela qualidade dos grãos
Teor de umidade
dos grãos:
 Grão: é constituído de matéria seca e água;
 Água: apresenta-se em diferentes formas:
– ADSorvida: água que se adere à
superfície sólida;
– ABSorvida: presente no material sólido
por forças capilares;
– Água presente por estar quimicamente
presa à matéria seca.
Presença da água
É considerada sob duas formas:
– Água livre: facilmente removida pelo
calor;
– Água restante: Tão retida que sua
retirada implica em decomposição das
substâncias orgânicas;
 Determinação do teor de umidade:
– Considera-se água livre e matéria seca;
– Ver ilustração
RELAÇÃO ÁGUA – MATÉRIA SECA
Teor de umidade:
é expresso em % de água.
 Em relação ao peso total do grão
(base úmida), ou;
 Em relação ao peso da matéria seca
(base seca);
– % em base úmida = Pa / PT * 100
– % em base seca = Pa / Pms * 100
» Pa: peso da água
» Pms: peso da matéria seca
» PT: Peso total (Pa + Pms)
Teor de umidade:
é expresso em % de água.
 Calculoda amostra via Base ùmida
 Ubu = X
 Pa = 20g; Pms = 60g; Pt = Pa+Pms
 Pt = 20 + 60 = 80g

 Ubu = Pa/Pt*100 20/80*100


 Ubu = 25%
Teor de umidade:
é expresso em % de água.
 Calculo da amostra via Base Seca
 Ubs = X
 Pa = 20g; Pms = 60g; Pt = Pa+Pms
 Pt = 20 + 60 = 80g

 Ubs = Pa/Pms*100 20/60*100


 Ubs = 33,33%
 Base úmida:
– É o que interessa para o comerciante,
produtor ou armazenista;
– Indicada preferencialmente pelos
indicadores elétricos
 Base seca:
– Encontrado nos trabalhos de pesquisa;
Transformação:
- Base úmida para base seca;
- % BS = BU / (100 – BU) * 100;
- Exemplo: 13 % BU
%BS = 13 / (100-13) * 100 = 14,9 %
- Base seca p/ base úmida:
- % base úmida = BS / (100 + BS) * 100
- Exemplo: 15 % BS
% BU = 15 / (100 + 15) * 100 = 13%
Métodos de determinação de
umidade:
2 grupos principais:
– Diretos:
»Estufa;
»Destilação;
»Infravermelho
– Indiretos:
»Elétricos
Método de estufa:
Baseado na secagem de uma
amostra de grãos;
-Teor de umidade (em %)= P-p/P * 100
P = peso da amostra antes da secagem;
p=“ “ “ após a “
Obs.:há a necessidade de padronizar
o método de acordo com cada tipo de
grão.
Método de estufa:
Método de estufa:
procedimentos operacionais
• Ligar, previamente, a estufa até que a
temperatura se estabilize em 105 ± 2°C;

• homogeneizar e dividir a amostra composta


até obter a amostra de trabalho;

• medir a massa da amostra de trabalho – de


cada amostra, sejam obtidas três sub
amostras, com aproximadamente 50 g cada;
Método de estufa:
procedimentos operacionais
• Colocar as sub amostras na estufa durante
24 horas;

• Após este tempo, as subamostras devem ser


retiradas da estufa e deixadas em dessecador
para que se esfriem naturalmente;
Método de estufa até peso
constante:
 Comumente usado para oleaginosos;
 São feitas várias pesagens até que
duas sucessivas apresentem a mesma
medição ou diferença de no max.
0,05%
Infravermelho:
 Também é baseado na secagem de
uma amostra de grãos, porém,
exposta à radiação infravermelha
Métodos de destilação:
 Baseado na remoção de água dos grãos
pelo aquecimento do material imerso em
um líquido c/ Tº de ebulição > que a água.
 Ver ilustração
Métodos de destilação:
• Colocar óleo sobre a amostra até que a
mesma fique completamente coberta (1
cm acima da massa ;

• medir a massa do conjunto composto


pela amostra, óleo e recipiente;

• colocar o bulbo do termômetro dentro


da mistura de óleo e grãos;
Métodos de destilação:
• fornecer calor ao conjunto, até que a
mistura de óleo e grãos atinja a
temperatura indicada

• ao acusar a temperatura indicada,


cessar o fornecimento de calor;

• esperar que o óleo pare de borbulhar;

• pesar, novamente, o conjunto;


Métodos de destilação:
Métodos de destilação:
Aparelhos elétricos:
 É bastante utilizado;
– Razões:
» Rápido;
» De fácil manuseio;
» Leitura é direta.
 Pode se basear em 2 princípios:
– Resistência elétrica do teor de umidade no
produto;
– Medida da constante dielétrica.
Características dos aparelhos
baseados na prova da resistência
elétrica:
 Grãos ficam entre dois eletrodos;
 Eletrodos são ligados a uma fonte de
eletricidade e um galvanômetro;
 Ver ilustração:
Características dos aparelhos
baseados na prova da resistência
elétrica:
 Tº dos grãos influi; aparelhos
apresentam tabela de correção;
 Deve-se tirar a média de diversas
amostras;
 Eficientes para umidades entre

8 e 22 %
Aparelhos baseados no
método dielétrico
 Aplica-se uma fonte de alta frequência entre os
eletrodos da massa de grãos. O contato da
massa de grãos c/ a voltagem é medido em
termos da constante dielétrica.
 Vantagens:
– Menos sujeitos a erros;
– Maior precisão;
 Desvantagens:
– Alto custo;
– Dificuldade para regulagens para os diferentes
tipos de grãos
Aparelhos baseados no
método dielétrico
Amostragem:
 Amostra tem de ser o mais representativo
possível.
 Variar pequenas amostras de diversas
localidades do lote são preferíveis do que
apenas uma no centro;
 Amostras geralmente tem 1000 gramas
 Devem ser colocadas em recipientes
hermeticamente fechados imediatamente após
retiradas e abertas somente no momento do
teste.
Os métodos oficiais:
 Grãos comercializáveis:
– estufa c/ Tº entre 100 e 110 º C até peso
constante;
 Sementes (grãos p/ plantio):
– Estufa sem ventilação forçada,
a Tº de 105 º C durante 24 horas.
Tópicos importantes sobre
determinação da umidade:
 Grãos, em vários instantes serão
submetidos à medição de umidade.
 Erro de 1%: safra de 2001 foi de 900 mil t;
 Medidores do tipo “Universal”: obsoleto,
porém ainda utilizado;
 Equipamentos atuais:
– Modelo G 800 da GEHAKA (bras.)
– Modelo GAC 2100 da DICKEY JOHN
– Modelo 919 da MOTOMCO
Medidor Universal:
 Muito utilizado nos EUA década de 50;
 Brasil: até hoje;
 Funcionamento: condutividade elétrica;
qto mais água, mais corrente elétrica.
Medidor Universal:
Fonte de erros:
 Aparelho descalibrado: indica valores
acima ou abaixo do real: até 4%
 Compressão da amostra: comp. a mais
indica teor de água maior que o real.
 Disco graduado tem de receber um ajuste
de acordo com a temperatura da amostra.
 Amostras recém saídas de um secador
tendem a apresentar 1 % a menos de
umidade que no dia seguinte.
 Dadossão transcritos manualmente, o
que pode acarretar em erros como:
– Transcrição incorreta por lapso de memória;
– Distração;
– “Garranchos”
O aparelho mostra mas não registra os
dados.
Medidores eletrônicos
automáticos:
 Principais:
– Modelo G 800 da GEHAKA (bras.)
– Modelo GAC 2100 da DICKEY JOHN
– Modelo 919 da MOTOMCO
 Todos utilizam capacitância elétrica como
prop. física para correlacionar com o teor
de água.
Principais características
comuns destes medidores:
 Confiabilidade depende da calibração;
 Determinação é automática: não há
possibilidade de manipulação do operador
 Tº é tomada automaticamente;
 Resultado é dado em visor digital e há
saída para impressora (s/ transc. manual)
 Operação leva menos de 20 segundos e
amostra se mantém intacta;
 Todos tem autocalibração.
Modelo G800 da GEHAKA:
 FabricaçãoBrasileira;
 No menu estabelece-se o produto;
– Copo próprio, cuja amostra é derramada na
câmara de medição;
– Automaticamente determina-se Tº, peso e
umidade da amostra.
Modelo G 800 da GEHAKA
Modelo GAC 2100 da
DICKEY JOHN:
É hoje o medidor oficial nos EUA;
 Também neste aparelho, no menu
estabelece-se o produto;
 Aparelho procede “sozinho”; amostra cai
na câmara e excedente é descartado.
 Fornece: Tº, umidade e peso da amostra;
Modelo GAC 2100 da DICKEY
JOHN
Modelo 919E da MOTOMCO:
 Até pouco tempo foi o medidor oficial nos
EUA
 Alimentação é feita manualmente, até
sinal sonoro;
 Aparelho determina Tº e umidade;
 No caso do milho, aparelho obriga a
repetir a operação por três vezes antes de
fornecer a umidade;
Modelo 919E da MOTOMCO
Considerações importantes:
 De nada adianta precisão dos aparelhos
se amostra não for coletada devidamente;
(técnicas de amostragem)
 Amostras devem ser representativas do
lote: passar por um homogenizador;
 Problemas comuns:
– Manuseio com mãos molhadas de suor;
– Colocação da amostra em vasilhames
inadequados;
 Atentar ao ambiente:
– Excessivamente quente;
– “ frio;
– “ úmido;
– “ seco;
– Estas características podem alterar
significamente as características da umidade
É recomendável que se tenha um medidor
de método direto para comparações.
– Ex.: Destilação com óleo vegetal.
– Razão: poder comparar resultados;
– Ex.: descalibração de 3 % ...
– Estas características podem alterar
significamente as características da umidade
 Consideração conclusiva:
– Medidor UNIVERSAL é muito susceptível a
fraudes;
– Prejuízos ficam geralmente com o produtor

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