OPERAÇÕES DE PRÉ-ARMAZENAMENTO

(PRÉ-LIMPEZA E SECAGEM)
Tecnologia e Produção de Sementes
Profª. Dra. Queli Ruchel
Helder Lucas, Heloisa Aguiar, Naiara Dias,
Oziane Paula, Tauana Kafer
RECEPÇÃO
Recepção: A recepção das sementes na UBS é uma etapa crítica do processo. Durante essa
fase, as sementes são cuidadosamente recebidas e verificadas quanto à sua qualidade e
conformidade. Sendo caracterizada pela identificação dos lotes, como:
• Nome do produtor
• Procedência
• Número do lote
• Quantidade
• Espécie e cultivar
• Umidade
• Pureza
• Entre outras.
 RECEPÇÃO
➔ Na recepção, os grãos ficam armazenados provisoriamente na moega. Depois, são encaminhados
para a pré-limpeza, limpeza ou secagem. O destino varia de acordo com o grau de umidade,
impurezas e matérias estranhas do lote.
 AMOSTRAGEM
Amostragem: é uma etapa fundamental do processo, nesta fase é retirado
pequenas frações de sementes dos lotes, para realização de análises. Essas
amostras são submetidas a testes de qualidade, como análise de pureza,
teor de umidade, germinação e vigor, para avaliar sua qualidade e
conformidade com os padrões estabelecidos.

• Amostra simples: é uma pequena quantidade dos grãos retirada de

diferentes locais do lote, por meio do amostrador.

• Amostra composta: é caracterizada pela junção de várias amostras simples.

• Amostra média: é a recebida pelo laboratório para análise, resultante da

mistura e redução da amostra composta.
 AMOSTRAGEM
Etapas da amostragem:
➔ Uso de um calador (hidráulico ou manual),

Sonda pneumática portátil

Calador manual
 AMOSTRAGEM
➔ Coleta das subamostras: elas são amostras parciais e devem ser coletadas em diferentes pontos.
➔ As subamostras devem contemplar as laterais e o centro da carga.

➔ Mistura das amostras uniformemente para a análise.

 AMOSTRAGEM
Resultado da pré-amostragem decide-se sobre:
➔ O destino dos grãos
➔ Se há necessidade de limpeza, secagem, armazenamento imediato ou se deve ser rejeitado

Antes da descarga dos grãos na unidade armazenadora é realizada outra amostragem

➔ Na amostragem antes da descarga se determina o teor de umidade, impurezas, a classificação dos

grãos
 PRÉ-LIMPEZA
Pré-Limpeza: As sementes são inicialmente submetidas a
uma etapa de pré-limpeza, que consiste em:

• Remoção de impurezas: como folhas, cascas, pedaços

de plantas e outros materiais estranhos
• Peneiramento: As sementes podem passar por peneiras
ou grades para separar materiais de diferentes
tamanhos. Isso ajuda a eliminar as impurezas maiores
• Ventilação: Algumas máquinas de pré-limpeza têm
sistemas de ventilação que removem materiais mais
leves, como palha e poeira, que são menos densos que
as sementes
 PRÉ-LIMPEZA
➔ A pré- limpeza pode ser feita até valores próximos a 4-5% de
impurezas e/ou materiais estranhos, o que é conseguido pela
regulagem dos fluxos de ar e de grãos, na alimentação da
máquina, e pelo uso de uma peneira adequada (ELIAS et al.,
2017).

➔ Os resíduos da pré-limpeza, que sempre contêm grandes

quantidades de grãos pequenos e pedaços de grãos, podem
ser utilizados na ração animal, imediatamente, ou após algum
tempo, se adequadamente secos (ELIAS et al., 2017).
OPERAÇÕES ESPECIAIS
Operações Especiais: devido às peculiaridades de cada semente, operações
especiais são necessárias para beneficiamento correto, como:

Descascadora - Escarificadora
LIMPEZA
Limpeza: é uma etapa subsequente à pré-limpeza e tem como objetivo a remoção
de materiais indesejados que apresentam variáveis físicas distintas do meio do
lote de sementes.

Variáveis Físicas: Largura, espessura, comprimento, peso, densidade, forma,

textura superficial, cor,condutibilidade elétrica, afinidade por líquidos, entre
outros.
LIMPEZA
Largura e espessura - utiliza-se peneiras com determinados furos.
LIMPEZA

Separador Espiral

Espiral interna

Espiral externa
PRÉ-LIMPEZA - OPERAÇÕES ESPECIAIS - LIMPEZA

Porque fazer essas etapas?

• Facilitar o processo de secagem
• Reduzir o volume no armazenamento
• Facilitar o transporte pelo elevador
• Prevenir danos nas máquinas e otimizar as próximas operações
• Reduzir a contaminação por patógenos
• Melhorar a condição no armazenamento de fluxo
• Melhorar a qualidade da semente
SECAGEM
A secagem é o processo de transferência de calor e vapor de água entre a semente e o
ar de secagem, em que o ar transfere o calor às sementes, ocorrendo evaporação.

O alto teor de água na semente pode afetar diversos processos como:

■ Qualidade das sementes durante o armazenamento;

■ Dificuldade nas operações de beneficiamento;
■ Redução da eficácia das máquinas durante o beneficiamento.
 SECAGEM
Vantagens da secagem:

■ Auxilia a garantir a qualidade da semente

produzida;
■ Permite colheitas antecipadas;
■ Evita danos por insetos e microrganismos no
campo;
■ Diminui a deterioração da semente.
SECAGEM
■ Temperatura + umidade relativa do ar = Umidade da semente

■ Alta umidade = Maior velocidade de respiração = Fungos

Perda de vigor e no % de germinação

Baixo potencial de armazenamento

LEMBRETE: ARMAZENAMENTO NÃO MELHORA A QUALIDADE DA SEMENTE

SECAGEM

■ Teor de Água Ideal para Armazenamento:

a. O teor de água nas sementes deve ficar entre 10% e 13%.

■ Equilíbrio Higroscópico das Sementes:

a. Sementes são altamente higroscópicas, ou seja, elas perdem e ganham água em um

processo dinâmico com o ar.
b. O teor de água determina a atividade metabólica das sementes.
DANOS POR UMIDADE
Fluxograma Secagem
SECAGEM NATURAL

■ As sementes são secadas pela ação do vento e da energia calórica da luz solar.
■ Na secagem natural não há interferência de equipamentos elétricos para
movimentar as sementes ou o ar de secagem.

Onde é feita:

■ terreiros;
■ tabuleiros.
SECAGEM NATURAL
SECAGEM NATURAL

Como é feita?

1. As sementes são esparramadas nos terreiros ou tabuleiros;

2. A medida que vão secando vão sendo movimentadas com rodos de madeira;
3. Aumenta a espessura da camada de sementes;
4. Sementes são amontoadas após certo período de tempo, podendo ser
cobertas.
SECAGEM ARTIFICIAL
“A secagem artificial consiste em alterar as propriedades físicas do ar, aumentando sua
velocidade e temperatura e, em alguns casos, reduzindo a 75% umidade relativa para secar
as sementes por meio de equipamentos. Incluem, nessa categoria, o sistema de secagem
com ar natural, secagem com aquecimento suplementar e secagem com ar aquecido.”
SECAGEM ARTIFICIAL
● SECAGEM COM AR NATURAL
Temperatura + umidade relativa ambiente
passagem forçada através de ventiladores
● AQUECIMENTO SUPLEMENTAR OU AR AQUECIDO

● 10°C acima da temperatura

ambiente.

● Permanece durante todo o processo de

secagem.
● grandes volumes de semente e menor
tempo de processamento.
 SECAGEM ARTIFICIAL
SECADOR ESTACIONÁRIO
➔ Forçar um fluxo de ar aquecido pela
massa de sementes;
➔ Frente de secagem (ocorre em
camadas sucessivas);
➔ Maior tempo de secagem;
Menor chance de dano das
sementes.
SECAGEM ARTIFICIAL - Fluxo Contínuo
SEMENTES
Moega → Câmara de Secagem → Armazém
SECAGEM ARTIFICIAL - Fluxo intermitente
SEMENTES
Entram em contato com o ar quente somente na câmara de secagem, passando
mais de uma vez, tanto na câmara de secagem quanto na câmara de equalização.

● ↓ 2 - 3% /passagem
● + Equalização / - Secagem
○ Translocação da umidade lenta para superfície
da semente, diminuindo os riscos de danos.
SECAGEM COM AR DESUMIDIFICADO
● Desumidificar o ar por resfriamento, condensando o
vapor de água presente no ar, com posterior
aquecimento
● Obtenção de ar com menor umidade relativa

Benefícios:
● Possibilidade de utilização de temperaturas mais baixas
no processo de secagem
● Sem perdas expressivas do rendimento
● Reduz danos provocados pela elevação excessiva da
temperatura
REFERÊNCIAS
Obrigado!