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Controle por remoção - membranas
Conservação de alimentos pelo uso de membranas = filtração por membranas
• Concentração e separação de constituintes de alimentos SEM o uso do calor.
• Categorias dos sistemas de membranas usadas na indústria de alimentos (tamanho do poro da
membrana, necessidade de pressão e capacidade de separação):
✓ Microfiltração: separação de componentes com alto peso molecular (mais de 200 kDa), como
bactérias e amido, utilizando baixas pressões.
✓ Ultrafiltração: separação seletiva utilizada para concentrar e purificar componentes de peso
molecular médio a alto (1 a 200 kDa), como proteínas, vírus, polissacarídeos, coloides, carboidratos
e enzimas.
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Controle por remoção - membranas
✓ Nanofiltração: proporciona separações altamente específicas, com pesos moleculares de 300 a
1.000 kDa, de componentes de baixo peso molecular, tais como açúcares de minerais dissolvidos e
sais. Aplicações típicas incluem desmineralização de produtos de laticínios e purificação de corantes
solúveis.
✓ Osmose inversa: é um processo de remoção de um solvente de outros componentes da solução
usando membranas com poros muito pequenos, na faixa de 1 a 0,1 nm. Através desse processo é
feita a dessalinização da água salgada, purificação de água de processo e pré-concentração de
vários alimentos.
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Controle por Manutenção de condições
desfavoráveis
• Embalagem á vácuo
• Uso de CO2 ou NO2
• Umidade relativa (UR) de 90 a 95% durante o armazenamento
• Atmosferas controladas (AC): diferentes proporções de O2 e/ou CO2 pre-
determinada ou controladas (menos O2 e mais CO2)
• Atmosfera modificada: filmes plásticos, são relativamente permeáveis a
trocas gasosas (CO2 e O2), mas são impermeáveis à água, o que permite a
manutenção da UR em torno de 95% no interior da embalagem. A respiração
natural da fruta embalada consome o O2 presente e ao mesmo tempo
aumenta os níveis de CO2, fazendo com que a taxa respiratória diminua.
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Técnicas de Controle do crescimento
microbiano
USO DO CALOR
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Conservação pelo calor
1.1 Pasteurização rápida: T° alta e tempo curto (HTST – high temperature, short time)
–
Ex: leite 72 -75 °C /15-20 seg;
Suco de frutas: 90 °C /1 min ou 100 °C /12 seg;
Ovos 65 °C/ 2 a 3 min
1.2 Pasteurização lenta: − T° baixa e tempo longo (LTLT – low temperature, long time)
Ex: Leite 63 °C /30 min;
compotas 95 °C /15 a 30 min
PEROXIDASE=
indicadora da FOSFATASE ALCALINA= AUSENCIA DE SALMONELLA
eficiência do indicadora da eficiência do = parâmetro de eficiência do
processo (alta processo no leite (alta processo para ovos
resistência resistência térmica
térmica
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Conservação pelo calor
2.0 Esterilização comercial (ou Pasteurização ultra rápida) - eliminação dos
microrganismos patogênicos e inativação de enzimas
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Resfriados a 40 °C
Conservação pelo calor
3.0 Apertização (esterilização completa):
Ex: conservas vegetais (ervilha, milho, tomate, feijão, cogumelo, palmito, cenoura, aspargo,
alcachofra); frutas enlatadas ou compotas (abacaxi, pêssego, figo, pêra); pescado (sardinha, atum,
marisco); carnes (bovina, fiambrado, frango); sopas e derivados de frutas (geleias e doces em
massa).
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Técnicas de Controle do crescimento
microbiano
USO DO FRIO
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Conservação pelo FRIO
2.0 Congelamento
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Conservação pelo FRIO
2.0 Congelamento
(1) Congelamento com ar estático ou em circulação (câmaras frigoríficas): -20 °C a -30 °C;
(2) Congelamento por contato indireto com placas superresfriadas;
(3) Congelamento por imersão em líquidos refrigerantes;
(4) Congelamento criogênico: nitrogênio líquido (alimentos ultracongelados).
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Conservação pelo FRIO
Refrigeração x congelamento
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Técnicas de Controle do crescimento
microbiano
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Conservação – controle da umidade
2.0 Desidratação ou secagem artificial:
• Secagem pelo calor produzido artificialmente (T°, umidade e
corrente de ar controlados)
• Spray-drying para líquidos e semissólidos
• Secagem a vácuo – sucos
• Liofilização
Após a desidratação = alimento com menos de 3% de umidade
Métodos de desidratação:
(1) desidratação com ar quente (secadores de cabine,
secadores de túnel, secadores por aspersão ou
atomizadores, secadores de leito fluidizado e fornos
secadores);
(2) secadores por contato (secador de tambor,
desidratadores a vácuo).
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Conservação – controle da umidade
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Conservação – controle da umidade
2.1 Spray drying: secagem por atomização, secagem por
pulverização, secagem por aspersão - produção de pó seco a partir
de um líquido ou suspensão por secagem rápida com um gás quente
E: leite, café e sucos de frutas
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Conservação – controle da umidade
2.1Liofilização: congelamento + secagem (criossecagem)
• Processo de desidratação de produtos em condições de
pressão e temperatura em que a água, previamente congelada,
passa do estado sólido para o estado gasoso (sublimação)
• Produtos que apresentam alta sensibilidade ao calor
(temperatura baixa e ausência de ar atmosférico)
• Propriedades químicas e sensoriais praticamente não são
alteradas.
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Conservação – controle da umidade
2.1Liofilização: congelamento + secagem (criossecagem)
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Conservação – controle da umidade
3.Concentração:
• Remove parte da água dos alimentos (1/3 a 2/3) =
alimento ainda líquido (diferente de secagem)
• Economia na embalagem, transporte, armazenamento
e conservação, podendo depois ser reconstituído pela
adição de água.
• Processo de evaporação, em forma de vapor;
• Crioconcentração, em forma de gelo
• Ex: suco de frutas concentrados, leite evaporado,
massa de tomate, geleias e doces em massa.
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Conservação – controle da umidade
4.0 Adição de Solutos: sal e açúcar
Redução da água disponível para o crescimento
microbiano, em função do aumento da pressão
osmótica no interior do produto.
4.1. Salga (cloreto de sódio): conservação de produtos
de origem animal, como carnes (charque e carne de sol,
jerked beef), peixes (bacalhau); derivados do leite
(manteiga, queijo); conservas de produtos de origem
vegetal (chucrute, picles e azeitonas). É essencial no
processo de cura de carne, contribuindo na sua
conservação e conferindo-lhe cor, aroma, sabor e
textura desejáveis.
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Conservação – controle da umidade
4.2. Açúcar: Em alimentos que contêm altos teores de
açúcar, apenas microrganismos osmofílicos têm
capacidade de se desenvolver. Entretanto, podem ser
destruídos usando outros métodos de conservação,
como o calor ou aumento da acidez.
Ex: geleias, doce em massa, doces em pasta, frutas
cristalizadas, frutas glaceadas, frutas em conserva,
frutas em compota e leite condensado
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Técnicas de Controle do crescimento
microbiano
DEFUMAÇÃO
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Técnicas de Controle do crescimento
microbiano
IRRADIAÇÃO
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Conservação – Irradiação
6. Conservação de alimentos por irradiação: utilizam raios gama, raios X e raios catódicos para
desinfetar superfícies dos produtos.
De acordo com as doses aplicadas, os processos de irradiação em alimentos podem ser agrupados
em três categorias
✓ Radurização (baixas doses - até 1 kGy (gray)): inibir o brotamento de cebola, gengibre, batata, batata-doce e do
alho, retardar o período de maturação e deterioração de frutas e hortaliças, agir contra insetos infestadores de
cereais e leguminosas.
✓ Radiciação (doses de 1 a 10 kGy): suco de frutas, controle da presença de Salmonella spp e para retardar a
deterioração do pescado.
✓ Radapertização (doses de 10 a 50 kGy): conservação de carnes, aves, mariscos, alimentos prontos e dietas
hospitalares estéreis. = equivalente à esterilização comercial. Não é recomendado pelo comitê misto de
especialistas FAO/OMS/OIEA, nem pela comissão do Codex Alimentarius.
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Inibição do brotamento de frutas
FERMENTAÇÃO
• pH,
• fonte de energia para o microrganismo,
• disponibilidade de oxigênio dos substratos,
• Temperatura,
• concentração de cloreto de sódio.
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Conservação – Fermentação
7. Conservação de alimentos por fermentação: crescimento controlado de microrganismos
selecionados, capazes de modificar a textura, sabor, aroma e as propriedades nutricionais dos
alimentos.
Microrganismos: bactéria, bolor ou levedura.
Fermentações: lática, a acética e a alcoólica.
Ex: Queijo, vinho, bebidas fermentadas e fermento-destiladas, leites fermentados dos mais
variados tipos, molhos à base de soja, salame, chucrute, picles e azeitonas são exemplos do
emprego da fermentação na produção e conservação de alimentos.
Lactobacilos Saccharomices
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Conservação – Fermentação - Lática
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Conservação – Fermentação - Alcoólica
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Conservação – Fermentação - Acética
leveduras
Bacterias -
Acetobater
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Técnicas de Controle do crescimento
microbiano
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Conservação – Aditivação
7. Conservação de alimentos pela utilização de aditivos:
• O Codex possui nove comitês de assuntos gerais como:
• Comitê Codex sobre Resíduos de Pesticidas,
• Comitê Codex sobre Sistemas de Inspeção e Certificação da Importação e Exportação de Alimentos,
• Comitê Codex sobre Resíduos de Drogas Veterinários em Animais,
• Comitê Codex sobre Nutrição e Alimentos para Dietas Especiais,
• Comitê Codex sobre Rotulagem de Alimentos,
• Comitê Codex sobre métodos de Analise e Amostragem,
• Comitê Codex sobre Princípios Gerais,
• Comitê Codex sobre Aditivos e Contaminantes Alimentares e
• Comitê Codex sobre Higiene de Alimentos.
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Conservação – Aditivação
8. Conservação de alimentos pela utilização de aditivos:
O Codex Alimentarius define 23 funções de aditivos alimentares, entre eles:
Conservantes: retardar a deterioração microbiana ou enzimática dos alimentos, consequentemente
aumentando o tempo de vida de prateleira. Ex: Proprionatos, sorbatos, benzoatos, nitratos e nitritos são
exemplos de conservadores usados na indústria de alimentos.
Antioxidantes: retardam o surgimento dos processos oxidativos, por exemplo, ácido cítrico, ascórbico,
fosfórico, EDTA (ácido diaminotetracético), o BHA (Butil-hidroxianisol) e o BHT (Butil-hidroxitolueno).
BHA (2,3-terc-butil-4-hidroxianisol)
BHT (2,6-diterc-butil-p-creso) 47
Aditivos e normativas ANVISA
• A fim de facilitar o acesso a essa legislação, a Gerência de Produtos
Especiais – GPESP/GGALI/ANVISA – consolidou as autorizações de uso
de aditivos alimentares por categorias de produtos.
• Os produtos alimentícios foram organizados em 20 categorias amplas,
algumas subdivididas em subcategorias específicas. Essa
categorização considerou a harmonização de alguns regulamentos
técnicos sobre aditivos alimentares no âmbito do MERCOSUL.
• Fonte: ANVISA
• https://www.alimentosonline.com.br/index.php?action=vqfrNqZNVX
bpyq8rPMKcaM21qYwLVA&artigo_id=4188&pag_last=1.1.1_73.94.73
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Categorias de alimentos e aditivos
permitidos
Categoria 01 – Leite e produtos lácteos
Categoria 02 – Óleos e gorduras
Categoria 03 – Gelados comestíveis
Categoria 04 - Frutas e hortaliças
Categoria 05 – Balas, confeitos, bombons, chocolates e similares
Categoria 06 – cereais e produtos a base de cereais
Categoria 07 – Produtos de panificação e biscoitos
Categoria 08 – Carnes e produtos cárneos
Categoria 09 – Pescados e produtos de pesca
Categoria 10 – Ovos e derivados
Categoria 11 – Produtos para adoçar
Categoria 12 – Sopas e caldos
Categoria 13 – Molhos e condimentos
Categoria 14 – Suprimentos nutricionais
Categoria 15 – alimentos e bebidas para fins especiais alimentos com informação nutricional complementar
Categoria 16 – Bebidas
Categoria 17 – Café, Chá, erva mate e outras ervas
Categoria 18 – Petiscos (snacks)
Categoria 19 – Sobremesas e pós para sobremesas
Categoria 20 – Preparações culinárias industriais
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Categorias de alimentos e aditivos
permitidos
Categoria 01 – Leite e produtos lácteos
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Regulamentação ANVISA - ALIMENTOS
Biblioteca de normativas para alimentos
Exemplo:
• Portaria SVS/MS 1.003/1998 – Dispõe sobre as categorias de alimentos para efeito de avaliação do
emprego de aditivos
• RDC 272/2019 - Aditivos alimentares autorizados para uso em carnes e produtos cárneos
• Portaria MS 372/1999 – Aprova o uso de aditivos para maionese
• RES 383/1999 – Aditivos alimentares para produtos de panificação e biscoitos
• Alterada por: RDC 285/2019 - Proíbe o uso de aditivos alimentares contendo alumínio em diversas
categorias de alimentos
• RES 387/1999 – Aditivos alimentares para balas, confeitos, bombons, chocolates e similares Alterada
por: RDC 201/2005 – Proíbe o uso de aditivos em produtos de sobremesas, balas, confeitos, bombons,
chocolates e similares
• RES 388/1999 – Aditivos alimentares para sobremesas
• Alterada por: RDC 169/2002 – Retifica a RES 388/1999 RDC 201/2005 – Proíbe o uso de aditivos em
produtos de sobremesas, balas, confeitos, bombons, chocolates e similares
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Objetivo Agente de conservação Execução
Restrição ao acesso do Embalagem e processamento Latas, vidros, plásticos flexíveis e semi-rígidos; processamento
microrganismo ao alimento asséptico asséptico e uso de embalagem asséptica
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Avaliação da presença de microrganismos indicadores
higiênico-sanitários em alimentos servidos
em escolas públicas de Porto Alegre, Brasil
Oliveira, 2013 - Ciência & Saúde Coletiva, 18(4):955-962,
2013
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Avaliação da presença de microrganismos indicadores
higiênico-sanitários em alimentos servidos
em escolas públicas de Porto Alegre, Brasil
Oliveira, 2013 - Ciência & Saúde Coletiva, 18(4):955-962, 2013
5) Comente a conclusão do estudo (SE COPIAR E COLAR A CONCLUSÃO NÃO FAREI A CORREÇÃO E NÃO CONSIDERAREI A
RESPOSTA) *
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AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE PRODUTOS DE
CONFEITARIA E RISCO À SAÚDE DO CONSUMIDOR
Francieli Dal Bosco FAZZIONI - Alim. Nutr.= Braz. J. Food Nutr., Araraquara
v. 24, n. 2, p. 159-164, abr./jun. 2013
2) Na sua opinião qual a importância da análise microbiológica de alimentos? Como você acha que ocorrem a maioria das
contaminações dos alimentos? *
• Indicam más condições higiênicas sanitárias e da matéria prima, em produtos doces de confeitaria estão: Staphylococcus
aureus coagulase positiva, Salmonella sp., Bacillus cereus e
• Listeria monocytogenes - PATOGÊNICA.
• S.aureus indica= A presença desse microorganismo no alimento pode ser proveniente de portadores que não estão atentos
às boas práticas de higiene uma vez que está frequentemente presente nas fossas nasais, na garganta e nas mãos.
• A contaminação de alimentos por B. cereus constitui não somente uma importante causa de deterioração, mas também
está associada com a ocorrência de cepas patogênicas produtoras de toxinas. (MENDES et al., 2004).
• O índice de coliformes totais avalia as condições gerais de higiene e o de coliformes fecais é um indicador de possível
contaminação fecal, avaliando as condições higiênico- sanitárias defi cientes, visto que a maior parte dessas bactérias é
constituída de uma alta proporção de Escherichia coli (CARDOSO et al., 2011). Os coliformes são utilizados principalmente
para avaliar a segurança e a higiene de um alimento.
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AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE PRODUTOS DE
CONFEITARIA E RISCO À SAÚDE DO CONSUMIDOR
Francieli Dal Bosco FAZZIONI - Alim. Nutr.= Braz. J. Food Nutr., Araraquara
v. 24, n. 2, p. 159-164, abr./jun. 2013
3) A RDC 12/2001 , citada no artigo, foi substituida pela RDC 331/2019 e pela IN 60/2019. Quais os padrões estabelecidos
para os microrganismos e para os alimentos do estudo pela nova normativa? Os padrões foram alterados em relação a
normativa antiga? * não foram alterados
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AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE PRODUTOS DE
CONFEITARIA E RISCO À SAÚDE DO CONSUMIDOR
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v. 24, n. 2, p. 159-164, abr./jun. 2013
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