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SUMÁRIO
1. O SOL COMO FONTE DE ENERGIA....................................................................... 5
O Sol, principal astro sistema que leva o nome de “Sistema Solar”, está no centro do
sistema, sendo responsável por fornecer energia a todos os outros corpos que compõem
o sistema solar. O Sol, por ter o maior volume e massa, está no centro do sistema,
exercendo a maior força gravitacional sobre todos os outros astros que, por essa razão,
orbitam-no.
Dessa forma, a energia que o Sol irradia provém principalmente de seu núcleo, onde a
temperatura é aproximadamente 14 milhões de Kelvin. Essa gigantesca quantidade de
energia é liberada em decorrência de uma reação termonuclear onde quatro átomos de
Hidrogênio (H2) se combinam para formar um átomo de Hélio (He). Nessa reação de
fusão, uma pequena parte da massa do átomo é transformada em energia. Como essas
reações acontecem incessantemente, a cada segundo, cerca de 4,7 bilhões de toneladas
da massa do Sol se transformam em energia, propagadas na forma de ondas
eletromagnéticas e calor, conhecida como radiação eletromagnética.
Pode ser classificada de acordo com a frequência da onda, em ordem crescente, nas
seguintes faixas: ondas baixas, rádio, micro-ondas, radiação terahertz, radiação
infravermelha, luz visível, radiação ultravioleta, raios X e gama.
Das ondas não visíveis a olho nu, rádio, micro-ondas e infravermelho, por possuírem
grande comprimento, têm baixa oscilação de movimento e como consequência,
carregam pouca energia.
Por outro lado, as também não visíveis, mas perigosas ondas ultravioleta, raios X e gama,
possuem pequeno comprimento de onda, alta oscilação de movimento e carregam
grandes quantidades de energia.
Do total de ondas que chegam à célula, desde a rádio com menor energia solar à onda
gama, mais energética, a célula fotovoltaica tem a capacidade de converter em energia
elétrica apenas as ondas presentes na luz visível. As de grande comprimento de onda e
baixa frequência pouco excitam os elétrons, não contribuindo para o movimento, mas
gerando aquecimento. Já, as de alta frequência e muita energia, causam um excesso de
agitação nos átomos de Silício, causando aquecimento excessivo na célula fotovoltaica,
mas também não contribuindo para o movimento de elétrons.
A irradiância solar mensura a quantidade de potência luminosa que atinge uma unidade
de área. Dessa forma, para a dimensão de potência, utiliza-se o Watt (W), já para a área,
utiliza-se o metro-quadrado (m²), resultando, então, que a irradiância é medida
em W/m².
1.1.4.1 Direta
A radiação direta é parcela dos raios solares que atravessa a atmosfera e incide
diretamente na superfície terrestre. É a componente mais abundante e que carrega
grande parte dos fótons, sendo fortemente absorvida pelas células fotovoltaicas.
1.1.4.2 Difusa
A radiação difusa, como o próprio nome já diz, é aquela parcela que sofre um processo
de difusão ou espalhamento. Esse efeito é uma consequência do choque dos raios
solares contra edifícios ou gotículas de água presentes na atmosfera, por exemplo. A
radiação difusa é a segunda mais absorvida dos sistemas fotovoltaicos.
1.1.4.3 Albedo
Por fim, a radiação de albedo é a resultante das ondas diretas e difusas que ao se
chocarem com a superfície terrestre são refletidas e voltam para a atmosfera.
Portanto, a inclinação ideal do módulo proporciona que o máximo de luz solar chegue
à superfície da célula fotovoltaica e não sofrendo nenhum tipo de reflexão para a
atmosfera. Esse resultado é obtido quando o raio solar atinge a célula
perpendicularmente à superfície do módulo.
Raio de Sol
90º
.
Ângulo ideal
Plano horizontal
Esse movimento possui formato elíptico, como ilustrado na Figura 6, onde, em dois
momentos da trajetória, a Terra está mais distante do Sol (pontos a e c) e em outros
dois, está mais próxima (pontos b e d).
Outro detalhe muito importante de se analisar é que a Terra está inclinada a 23,5º em
relação ao seu próprio eixo vertical, significando que as quantidades de radiação solar
que chegam aos polos Norte e Sul são distintas em grande parte do ano.
1.2.1 Solstício
Os períodos de solstício acontecem duas vezes por ano, justamente nos momentos onde
a Terra se encontra mais distante do Sol. Porém, como dito, não é a distância que
impõem a condição climática ao planeta, mas sim a inclinação da Terra perante a
radiação solar, como exposto na Figura 7.
Veja que, quando é verão no hemisfério Sul, a Terra está inclinada de tal maneira que a
metade ao sul recebe mais radiação solar que a metade ao norte. O início desse período
é marcado pelo dia 21 ou 22 de dezembro, solstício de verão no hemisfério Sul e solstício
de inverno ao Norte.
Quando a Terra está novamente no momento mais distante do Sol, mas agora na
posição oposta, é a vez do hemisfério Norte ficar mais exposto a radiação solar, iniciando
então o período de verão por lá. Dessa forma, no dia 21 ou 22 de junho tem-se o solstício
de verão ao Norte e solstício de inverno ao Sul.
1.2.2 Equinócio
Se os solstícios são os períodos onde a radiação solar é mais percebida por um
hemisfério que pelo outro, os equinócios são os momentos onde ambas as partes, Norte
e Sul, recebem luz solar igualmente na mesma proporção e a Terra apresenta a menor
distância em relação ao Sol.
Para isso, sistemas fotovoltaicos instalados no hemisfério Norte, devem ser orientados
para o Sul, uma vez que estão ‘acima’ da linha do Equador e percebem o movimento do
Sol acontecendo de oeste para leste. Por outro lado, sistemas instalados no hemisfério
Sul, estão posicionados ‘abaixo da linha do Equador e, por isso, devem ser orientados
idealmente para o Norte. Dessa forma, aproveitarão o máximo do movimento solar.
Todos aqueles que estão localizados ao Sul da linha do Equador, têm a sensação de que
o Sol realiza um movimento anti-horário. Por isso, nasce a Leste e se põem a Oeste.
Por outro lado, quem está ao Norte do Equador, têm a visão do Sol realizando um
movimento no sentido horário, nascente a Oeste e poente a Leste.
O aparente movimento do Sol durante um dia revela sua disponibilidade luminosa que
pode ser ilustrada pelo gráfico da Figura 8, a seguir. Veja que a quantidade de radiação
percebida na superfície terrestre é variável e depende diretamente das condições
meteorológicas momentâneas do local onde se está medindo a quantidade de luz solar.
Portanto, um dia de céu limpo e claro transpassa ao solo muito mais radiação que um
dia nublado ou chuvoso.
Dessa forma, estabeleceu-se que a medida padrão do HSP é a quantidade de horas (em
um dia) que a radiação solar atinge a quantia de 1.000 W/m².
1.4 REFERÊNCIAS
BASU, S.; ANTIA, H.M. Helioseismology and Solar. Disponível em:
<https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0370157307004565?via%3D
ihub>. Acesso em: 30 de julho de 2020.