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1 Introdução
O conhecimento da perda d’água de uma superfície natural é de grande importância
para diversos profissionais: meteorologistas, agrônomos, hidrologistas, botânicos, etc.
Todos estão interessados em conhecer a taxa pela qual a água deixa uma determinada
superfície sob forma de vapor para se incorporar à atmosfera.
2 Definição
Evaporação: é o conjunto de fenômenos de natureza física que transformam em vapor a
água da superfície do solo, a dos cursos d’água, lagos, reservatórios de acumulação e
mares.
Esse processo pode ser expresso matematicamente por:
Tal que:
E – taxa de evaporação
dm – massa que passa para o estado de vapor num intervalo de tempo (dt).
Nos sólidos cada partícula tem oscilação de muito pequena amplitude em volta de uma
posição média quase permanente.
Nos líquidos a energia cinética média das partículas é maior do que nos sólidos, mas
uma partícula que se liberta PE logo capturada pelas partículas vizinhas.
Nos gases a energia cinética á ainda maior e suficiente para libertá-las umas das outras
Com o escape das partículas de água para a atmosfera dá-se o fenômeno inverso:
partículas de água da fase gasosa, que existem na atmosfera, chocam-se com a
superfície do corpo evaporante e são capturadas por ele.
3 Influências meteorológicas
3.3 Vento
3.4 Outros
- Pressão atmosférica
- Tamanho da superfície evaporante
- Umidade do solo
- Composição e textura do solo
4 Terminologia
4.2 Transpiração
Perda d’água devido as atividades físicas e fisiológicas dos vegetais (através dos
estômatos).
4.3 Evapotranspiração
Lei de Dalton
Tal que:
E = Evaporação
C = Função de parâmetros meteorológicos
es = pressão de saturação à temperatura da superfície
e = pressão de vapor do ar
Tal que:
Tal que:
R1 LE Qs
A) Método de Penman
Tal que:
Ep – Evapotranspiração
R1 – Radiação evaporante do ar a sombra
∆ – tangente à curava de pressão de saturação do vapor, Figura 2
Ea – Poder evaporante do ar a sombra
γ – Constante psicométrica
T (°C)
Curva de saturação
es (mmHg)
Lat. Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
10° 12,6 12,4 12,1 11,9 11,7 11,5 11,6 11,8 12,0 12,3 12,6 12,7
12° 12,7 12,5 12,2 11,8 11,8 11,4 11,5 11,7 12,0 12,4 12,7 12,8
14° 12,8 12,8 12,2 11,8 11,5 11,8 11,4 11,6 12,0 12,4 12,8 12,9
16° 13,0 12,7 12,2 11,7 11,4 11,2 11,2 11,6 12,0 12,4 12,9 13,1
18° 13,1 12,7 12,2 11,7 11,8 11,1 11,1 11,5 12,0 12,5 13,0 13,2
20° 13,2 12,8 12,2 11,6 11,2 10,9 11,0 11,4 12,0 12,5 13,2 13,3
22° 13,4 12,8 12,2 11,8 11,1 10,8 10,9 11,8 12,0 12,6 13,2 13,5
24° 13,5 12,9 12,8 11,5 10,9 10,7 10,8 11,2 11,9 12,6 13,3 13,6
26° 13,6 12,9 12,8 11,5 10,8 10,5 10,7 11,2 11,9 12,7 13,4 13,8
28° 13,7 13,0 12,3 11,4 10,7 10,4 10,6 11,1 11,9 12,8 13,5 13,8
30° 13,9 18,1 12,3 11,4 10,3 10,3 10,4 11,0 11,9 12,6 13,6 14,1
Tabela 2 – Radiação solar recebida na ausência da atmosfera, em milímetros de
evaporação equivalente, no 15º dia de cada mês, para latitudes de 10º sul a 30º sul.
Lat. Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
10° 15,6 15,6 14,8 13,6 12,2 11,6 11,9 13,0 14,4 15,2 15,5 15,6
12° 15,9 15,6 14,7 13,4 11,8 11,2 11,6 12,8 14,2 15,2 15,7 15,8
14° 16,1 15,7 14,6 13,1 11,5 10,8 11,2 12,5 14,2 15,3 15,9 16,0
16° 16,2 15,8 14,5 12,8 11,2 10,4 10,8 12,2 14,0 15,3 16,0 16,2
18° 16,4 15,8 14,4 12,6 10,9 10,0 10,5 11,9 13,8 15,3 16,2 16,5
20° 16,6 15,8 14,2 12,2 10,4 9,6 10,1 11,6 13,6 15,2 16,3 16,7
22° 16,8 15,8 14,0 11,9 10,0 9,2 9,7 11,2 13,4 15,2 16,4 16,8
24° 16,8 15,8 13,8 11,6 9,6 8,8 9,3 10,9 13,2 15,2 16,4 17,0
26° 16,9 15,7 13,6 11,2 9,2 8,4 8,8 10,6 12,9 15,1 16,5 17,2
28° 17,0 15,6 13,4 10,9 8,8 7,8 8,4 10,2 12,6 15,0 16,6 17,3
30° 17,0 15,6 13,2 10,5 8,4 7,4 8,0 9,8 12,4 14,8 16,6 17,4
Uso do monograma:
- Procurar na Tabela 2 o valor da radiação que chega no topo da atmosfera (mm), para o
dia considerado
- Obter na Tabela 1 a insolação máxima. Obter a razão de insolação
- Unindo-se os pontos relativos aos valores de Ra e n/N obtém-se um valor de referencia
na reta do centro do monograma. Unindo-se esse valor ao valor da temperatura média
diária, obtém-se, na escala à direita, o valor da ET do dia considerado.
C) Método de Thornthwaite
Tal que:
A equação de Thornthwaite é bastante complexa para uso prático, mas pode ser aplicada
com o uso do Nomograma (Figura 4).
Uso do nomograma:
- Une-se o valor da temperatura média anual (T) com o ponto de convergência (C).
- Com a temperatura média mensal determina-se a evapotranspiração potencial para
cada mês (Ep).
Tal que:
Lat. Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
15ºN 0,97 0,91 1,03 1,03 1,11 1,008 1,12 1,08 1,02 1,01 0,95 0,97
10ºN 1,00 0,91 1,03 1,03 1,08 1,05 1,08 1,07 1,02 1,02 0,98 0,99
5ºN 1,02 0,93 1,03 1,02 1,06 1,03 1,06 1,05 1,01 1,03 0,99 1,02
Eq 1,04 0,94 1,04 1,01 1,04 1,01 1,04 1,04 1,01 1,04 1,01 1,04
5ºS 1,06 0,95 1,04 1,00 1,02 0,99 1,02 1,03 1,00 1,05 1,03 1,05
10ºS 1,08 0,97 1,05 0,99 1,01 0,96 1,00 1,01 1,00 1,06 1,05 1,10
15ºS 1,12 0,98 1,05 0,98 0,98 0,94 0,97 1,00 1,00 1,07 1,07 1,12
20ºS 1,14 1,00 1,05 0,97 0,96 0,91 0,95 0,99 1,00 1,08 1,09 1,15
22ºS 1,14 1,00 1,05 0,97 0,95 0,90 0,94 0,99 1,00 1,09 1,10 1,16
23ºS 1,15 1,00 1,05 0,97 0,95 0,89 0,94 0,98 1,00 1,09 1,10 1,17
24ºS 1,16 1,01 1,05 0,96 0,94 0,89 0,93 0,98 1,00 1,10 1,11 1,17
25ºS 1,17 1,01 1,05 0,96 0,94 0,88 0,93 0,98 1,00 1,10 1,11 1,18
26ºS 1,17 1,01 1,05 0,96 0,94 0,87 0,92 0,98 1,00 1,10 1,11 1,18
27ºS 1,18 1,02 1,05 0,96 0,93 0,87 0,92 0,97 1,00 1,11 1,12 1,19
28ºS 1,19 1,02 1,06 0,95 0,93 0,86 0,91 0,97 1,00 1,11 1,13 1,20
29ºS 1.19 1,03 1,06 0,95 0,92 0,86 0,90 0,96 1,00 1,12 1,13 1,20
30ºS 1,20 1,03 1,06 0,95 0,92 0,85 0,90 0,96 1,00 1,12 1,14 1,21
31ºS 1,20 1,03 1,06 0,95 0,91 0,84 0,89 0,96 1,00 1,12 1,14 1,22
32ºS 1,21 1,03 1,06 0,95 0,91 0,84 0,89 0,95 1,00 1,12 1,15 1,23
33ºS 1,22 1,04 1,06 0,94 0,90 0,83 0,88 0,95 1,00 1,13 1,16 1,23
34ºS 1,22 1,04 1,06 0,94 0,89 0,82 0,87 0,84 1,00 1,13 1,16 1,24
35ºS 1,23 1,04 1,06 0,94 0,89 0,82 0,87 0,94 1,00 1,13 1,17 1,25
36ºS 1,24 1,04 1,06 0,94 0,88 0,81 0,86 0,94 1,00 1,13 1,17 1,26
37ºS 1,25 1,05 1,06 0,94 0,88 0,80 0,86 0,93 1,00 1,14 1,18 1,27
Tal que:
Tabela 4 – Coeficiente K
- Evaporímetro ordinário
No Brasil o mais usado é tanque Æ classe A, com diâmetro de 1,22m e altura 25,4cm
Sendo que:
Solo
local
Areia Grossa 10cm
Cascalho 10cm
Coleta o
excesso
Sendo que:
E – Evaporação (Evapotranspiração)
P – Precipitação do período
I – Irrigação do período
D – drenagem do período
A – Área do tanque
6 Exercícios
1.
Latitude 18°
2. Determine a necessidade de irrigação em uma cultura onde ocorreu uma única chuva
crítica, isto é, uma chuva com intensidade igual a máxima provável de duração 30
minutos. Considere como necessidade de irrigação a diferença entre o volume infiltrado
e a evapotranspiração potencial.
f0 = 60mm/h
fc = 20mm/h
k = 0,011 min-1