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Faculdade de Ciências Biológicas

Disciplina: Morfofisiologia Vegetal

RELAÇÕES
HÍDRICAS
M. Sc. Erica Cezarine de Arruda
RELAÇÕES HÍDRICAS:
A Importância da Água
para os Vegetais
IMPORTÂNCIA DA ÁGUA PARA OS
VEGETAIS
Nos vegetais é o principal constituinte.

O conteúdo varia com o tipo e a idade do órgão vegetal


• Raízes em torno de 70 a 90% de água
• Caules: 50 a 80%
• Folhas: 70 a 95%
• Frutos: 80 a 95% (suculentos)
• Sementes: 5 a 15% (secas ao ar)
RELAÇÕES HÍDRICAS:
Estrutura e Propriedades
da Água
A ESTRUTURA E AS
PROPRIEDADES DA ÁGUA

A ÁGUA é um compostos muito importante e também


abundante. É essencial aos organismos vivos.

Fora da célula os nutrientes estão dissolvidos em


água, que facilita a passagem através da membrana
celular e, dentro da célula, é o meio onde ocorre a
maioria das reações químicas.
A ESTRUTURA E AS
PROPRIEDADES DA ÁGUA

Osmose na célula vegetal:


1) Célula em estado normal
2) Célula com excesso de água
3) Célula com pouco conteúdo aquoso
A ESTRUTURA E AS
PROPRIEDADES DA ÁGUA
Ela tem propriedades estruturais e químicas que a
tornam adequada para o seu papel nas células vivas como:

• A ÁGUA é um a molécula polar (distribuição desigual


das cargas) capaz de formar quatro pontes de hidrogênio
com as moléculas de água vizinhas e por isso necessita de
uma grande quantidade de calor para a separação das
moléculas (100o C)

• É um excelente meio de dissolução ou solvente


Diagrama da molécula de água (H20)
* As duas ligações intramoleculares hidrogênio-oxigênio formam um
ângulo de 105o. As cargas parciais opostas (- e +) na molécula de
água levam a formação das ligações de hidrogênio com outras
moléculas de água
A ESTRUTURA E AS
PROPRIEDADES DA ÁGUA

• A polaridade facilita a separação e a recombinação


dos íons de hidrogênio (H+) e íons hidróxido (OH-)

•É o reagente essencial nos processos digestivos, onde


as moléculas maiores são degradadas em menores

•Faz parte de várias reações de síntese nos


organismos vivos.
TENSÃO SUPERFICIAL

• A força que existe na superfície de líquidos em


repouso é denominada tensão superficial;

• A tensão superficial não apenas influencia a forma da


superfície, mas também pode gerar uma pressão sobre
o restante do líquido;

• A tensão superficial nas superfícies de evaporação das


folhas gera as forças físicas que puxam a água pelo
sistema vascular das plantas
COESÃO E ADESÃO
• As moléculas de água unem-se umas às outras, e com
diferentes superfícies

• A atração das moléculas de água entre si é


denominada “Coesão“

• "Adesão" refere-se à atração da água a uma fase sólida


com carga elétrica, tal como a parede celular ou a
superfície de um vidro
a) Representação esquemática de uma molécula de água com
distribuição de cargas assimétrica (átomos de H fazem ângulo de 105°
). b = pontes de H (indicadas pelas setas) responsáveis pela coesão
entre moléculas de água. c = distribuição de moléculas de água em
volta de uma matriz positiva (+) e de uma matriz negativa (-).
Adaptado de Salisbury & Ross (1992)
CAPILARIDADE
Coesão + Adesão + Tensão superficial = CAPILARIDADE

Movimento da água ao longo de um tubo

O movimento ascendente da água deve-se:


1. união entre as moléculas (coesão)
2. a atração da água à superfície do vidro (adesão)
3. a tensão superficial (minimiza a área da interface ar-água)
Quanto menor o tubo, maior ascensão capilar
POTENCIAL DA ÁGUA OU HÍDRICO

O sistema água-solo-planta-atmosfera é baseado em


uma relação de energia potencial.

A água possui capacidade de realizar um trabalho.


Existindo em uma região concentração de moléculas,
haverá acúmulo de energia e conseqüentemente, haverá
transferência de moléculas da região de maior acúmulo de
energia (alta energia potencial) para a de menor (baixa
energia potencial).
POTENCIAL DA ÁGUA OU HÍDRICO
Para a água pura, o valor arbitrado é de Zero (0),
portanto:
 (padrão) = 0

No solo, na planta e na atmosfera, a energia da água é


menor que no estado-padrão e seus potenciais ψ são
negativos.

Assim, o potencial total da água (ψ) é também definido


como sendo o trabalho necessário para levar a água do
estado padrão ao estado considerado.
POTENCIAL DA ÁGUA OU HÍDRICO
Este trabalho complexo é separado em diversos
componentes:

Yp = Componente de pressão (Potencial de Pressão,


função da turgescência da célula)
Yo = Componente osmótico ou de soluto (Potencial
Osmótico ou de soluto, função da concentração do suco
celular)
Ym = Componente matricial (Potencial Matricial, função
de forças de atração e capilaridade)
Yg = Componente gravitacional (Potencial Gravitacional).
POTENCIAL DA ÁGUA OU HÍDRICO

y = yp + yo + ym + yg

As unidades mais comumente utilizadas para o y são:

bar = 0,987 atm = 105 Pa = 0,1 MPa = 105


dinas/cm2 = 102 J/kg
RELAÇÕES HÍDRICAS:
Potencial da Água no Solo
POTENCIAL DA ÁGUA NO SOLO
O conteúdo de água e a sua taxa de movimento no solo
dependem em grande parte do tipo e da estrutura do solo.
O SOLO “é a camada superficial da crosta terrestre
resultante da ação conjunta do material de origem (rocha),
do clima, dos organismos vivos, do relevo e do tempo e
onde os vegetais fixam-se e nutrem-se”.
POTENCIAL DA ÁGUA NO SOLO
A composição do horizonte A, quando em boas
condições para o desenvolvimento do vegetal, teria:

50% de poros (com ± 25% de ar e ± 25% de


água)
&
50% de sólidos (± 45% de minerais e ± 5% de
material orgânico).
POTENCIAL DA ÁGUA NO SOLO: RAIZ
Para uma planta a água e os sais minerais são oriundos
do solo, enquanto o carbono, oxigênio e as vezes os
nitrogênio são oriundos da atmosfera.

Rede que envolve e captura


os nutrientes minerais e a
água
FUNÇÃO DO SOLO
• Reservatório de água e elementos minerais;
• Como meio para o crescimento e desenvolvimento das
raízes;
• Suporte físico para as plantas.
COMPOSIÇÃO DO SOLO

• Partículas minerais (seixos, areia, silte e argila);


• Material orgânico (adubo de origem animal, restos de
folhas, raízes, etc.);
• Solução do solo (água mais elementos minerais
dissolvidos);
• Ar do solo (importante na respiração radicular);
• Organismos vivos
COMPOSIÇÃO DO SOLO
POTENCIAL DA ÁGUA NO SOLO
Representa o estado energético da água no solo.

• Textura (tamanho e distribuição das


Fatores de Influência partículas minerais)
(Físicos e Químicos) • Estrutura (arranjo das partículas)

• Teor de MO

• Natureza e quantidade de íons adsorvidos


PRINCIPAIS PROPRIEDADES
FÍSICAS DO SOLO
As principais propriedades físicas do solo, importantes
na retenção de água são:

a) Textura: Distribuição de suas partículas constituintes,


quanto ao tamanho. A sua composição pode ser
obstáculo ao crescimento de raízes e retenção da água.

b) Estrutura: Arranjamento das partículas formando


agregados, produzindo micros e macroporos que vão
reter água e/ou ar.
a) Textura e estrutura:
a) Textura e estrutura
MOVIMENTO DA ÁGUA NO SOLO
A água proveniente da precipitação penetra no solo e
infiltra-se gradualmente até chegar ao lençol freático.

Em solos altamente permeáveis a taxa de percolação é


de vários metros por ano, em solos argilosos é de cerca de
1 – 2 m e, em solos muito compactos, pode ser de apenas
alguns centímetros por ano.

Uma parte da água infiltrada, a chamada água capilar, é


retida e armazenada nos poros do solo. A quantidade de
água retida como água capilar e aquela que se infiltra como
água gravitacional depende da natureza do solo e das
dimensões e distribuição dos seus poros.
Poros com menos de 10 m de diâmetro retêm a água
por capilaridade, enquanto que os poros maiores (> 60 m
de diâmetro) deixam a água infiltrar-se mais rapidamente.

O estado da água em solos


saturados (a parte esquerda
do esquema) e em solos bem
arejados (parte direita).
O LIMITE SUPERIOR DE
ÁGUA DISPONÍVEL
(Capacidade de Campo CC)
Refere-se ao solo saturado, que se encontra em estado
instável, isto é, a água está ocupando toda a porosidade do
solo e drenou o excesso (não fica encharcado). O valor do
potencial total da água em sua capacidade de campo “CC”
está estimado como sendo aproximadamente - 0,33 bar.
A capacidade de campo é normalmente considerada
como o limite superior da água disponível para o
crescimento das plantas, mas pode levar vários dias para o
solo atingir essa condição saturada.
O LIMITE INFERIOR
DE ÁGUA DISPONÍVEL
(Ponto de Murcha Permanente PMP)
As forças que retêm a água no solo aumentam com a
diminuição de umidade. Assim, existe um potencial total a
que a água não mais passará do solo para as raízes, então a
perda por evaporação excede a entrada, e as folhas
murcham, ou seja, se não houver reposição haverá um
murchamento podendo levar à morte do vegetal. PMP não é
um valor fixo; varia entre espécies.
Para muitos solos, isto acontece em aproximadamente -
15 bar e a umidade do solo a – 15 bar tem sido comumente
referida com “Ponto de Murcha Permanente”.
CAPACIDADE DE ÁGUA DISPONÍVEL

A partir das definições de capacidade de campo e ponto


de murcha permanente, obtêm-se que a diferença entre
esses dois parâmetros representa a água que as plantas
podem extrair do solo – a capacidade de água disponível
no solo ou a capacidade de reservatório do solo.

Quando o reservatório está cheio, o potencial da água


no solo é alto, é a água prontamente disponível para a
absorção das plantas.
CAPACIDADE DE ÁGUA DISPONÍVEL
À medida que a quantidade de água do reservatório
diminui, o potencial do solo também diminui, a sucção do
solo aumenta e a absorção de água pelas raízes se torna
crescentemente difícil, até que, no ponto de murchamento
permanente, a sucção do solo excede a sucção que pode
ser exercida pela planta, e a absorção cessa.

Limite Superior “CC”

Água disponível

Limite Inferior “PMP”


ABSORÇÃO DE ÁGUA PELAS RAÍZES
Estrutura da Raiz: Sabe-se que é graças ao sistema
radicular muito ramificado e com o contínuo crescimento de
suas raízes, que o vegetal consegue absorver água
continuadamente.

Dois tipos de sistema radicular:


• o Pivotante (aprofundante)
• o Fasciculado (superficial)

A absorção ocorre nas regiões não suberizadas da raiz:


Pêlos absorventes e nas regiões de alongamento e na
meristemática. Pode haver absorção através de lenticelas,
rachaduras e ferimentos .
TIPOS DE RAÍZES
• Gimnospermas e Dicotiledôneas  Monocotiledôneas

Normais - desenvolvem-se a Adventícias - Origina-se de partes


velhas do sistema radicular ou então
partir da radícula. São elas: a raiz
de outras partes do corpo da planta,
principal e as raízes secundárias. como caules, folhas).

Axial ou Pivotante Fasciculada


A ÁGUA SE MOVE NA RAIZ POR VIAS
No solo o movimento da água faz-se essencialmente por
fluxo em massa. No entanto, assim que ela entra em
contato com a superfície radicular, o seu movimento torna-
se mais complexo.

Da epiderme até a endoderme da raiz, existem três vias


pelas quais a água pode fluir: a apoplástica, a
transmembrana ou transcelular e a simplástica.
Via Apoplástica: a água move-se pela parede celular,
espaços intercelulares e elementos mortos do xilema.
Via Simplástica: a água movimenta-se de uma célula a
outra através dos plasmodesmas.
Via transcelular: a água entra em uma célula por um lado,
sai pelo outro lado, entra na próxima célula da série e assim
por diante, nessa rota a água atravessa pelo menos duas
membranas para cada célula.
Rotas para absorção de agua pelas raízes
Esquema de corte transversal de uma raiz primária de trigo (Triticum aestivum), na zona
pilosa, mostrando as três vias para o movimento radial radicular da água. Adaptado de
Salisbury e Ross (1992).
Sistema radicular de uma macieira (Malus sp.) (A) Extensão em largura e (B) Extensão em
profundidade. Retirado de Peréz (1999).
FATORES QUE AFETAM
ABSORÇÃO DA ÁGUA
A taxa de absorção da água pelo sistema radicular
depende de fatores endógenos e exógenos.

Dos endógenos é importante salientar o


desenvolvimento dos pêlos radiculares e o seu potencial
hídrico.

Dos exógenos, os mais importantes são a temperatura,


aeração e a disponibilidade de água no solo (umidade do
solo).
FATORES QUE AFETAM
ABSORÇÃO DA ÁGUA
• Temperatura do solo: baixas temperaturas do solo
diminui a absorção, através do decréscimo radicular,
aumento da viscosidade da água, redução da
permeabilidade e atividade metabólica. Em altas
temperaturas, devido a alterações no sistema de
membranas.

• Aeração do solo: Solos com excesso de água (acima da


capacidade de campo) apresentam arejamento deficiente,
pois os poros que deveriam conter ar, são tomados por
água, falta oxigênio, e há acúmulo de CO2.
FATORES QUE AFETAM
ABSORÇÃO DA ÁGUA
• Grau de suberização das raízes: Modifica a resistência das
raízes, diminuindo a absorção.

• Disponibilidade de água no solo (umidade do solo)


Taxas de absorção de água em várias posições ao longo de
uma raiz de abóbora.
RELAÇÕES HÍDRICAS:
Perdas de Água pelas
Plantas
PERDAS DE ÁGUA PELAS PLANTAS

Os vegetais, para poderem captar mais e melhor a


radiação solar, dividiram a sua parte aérea em folhas.

A área foliar total de um vegetal pode mostrar o


potencial da perda de água por transpiração. De toda água
absorvida 95% é perdida pela transpiração e 5% usado no
metabolismo e crescimento.
TIPOS DE PERDAS DE ÁGUA
PELAS PLANTAS
As perdas de água por um vegetal ocorrem de duas
formas:

• gasosa (vapor de água), ou

• líquida.
PERDA DE ÁGUA NA FORMA LÍQUIDA
Existem casos de perdas de água na forma líquida,
denominadas de perdas por gutação.

A eliminação dessas gotículas se dá através dos


hidatódios.

A gutação ocorre quando as condições são favoráveis à


absorção de água (solo bastante úmido) e desfavoráveis à
transpiração (por exemplo, à noite), como resultado da
turgescência que se forma no interior dos vasos (Pressão de
raiz).
Célula vegetal túrgida: A água
acumulada no vacúolo (em azul)
realiza pressão sob a parede celular
(em marrom) da célula vegetal.

Exemplo de gutação: As setas indicam


gotas de solução xilemática exsudadas
através de hidátodios em folhas de
plântulas de milho (Zea mays).
Gutação em folha de
Fragaria sp. (morango)

Gutação em folha de
Alchemilla mollis.
PERDA DE ÁGUA NA FORMA GASOSA
Evaporação
Denomina-se evaporação a passagem de uma substância
do estado líquido para o gasoso.

Um lago, o solo após uma chuva e uma peça de roupa


molhada pendurada em um varal perderão água por
evaporação, desde que a energia livre da água nessas
superfícies seja maior do que a energia livre da água contida
na atmosfera.

A perda de água vai depender da temperatura do ar e da


umidade relativa do ar.
PERDA DE ÁGUA NA FORMA GASOSA
Evaporação
Quanto menor a umidade relativa (UR) do ar, maior será
a taxa de evaporação.

T
alta

+ UR
=
baixa

Temperatura (T) influencia na velocidade da reação


Temperaturas mais altas, evaporação mais rápida.
TRANSPIRAÇÃO
Com relação à transpiração, todas as superfícies de um
vegetal, em contato direto ou indireto com a atmosfera,
estão sujeitas a perder maior ou menor quantidade de água
por transpiração.

Caules, flores, frutos, transpiram, mas a perda maior de


água por transpiração se dá através das folhas.

A transpiração é um processo que ocorre,


essencialmente, em duas fases, a evaporação da água para
os espaços intercelulares e após, a difusão da água para a
atmosfera.
TRANSPIRAÇÃO
TRANSPIRAÇÃO

Resistência a serem vencidas para uma molécula de água


do interior da folha atingir a atmosfera.
TRANSPIRAÇÃO
O vapor de água, por difusão, alcança as câmeras
subestômaticas e os estômatos, por onde passa para a
atmosfera.

O processo de difusão é rápido em condições de baixa


umidade relativa e ocorrência de vento. O processo é lento
em condições inversas.
PERDA DE ÁGUA NA FORMA GASOSA
Difusão
Quanto maior a umidade relativa (UR) do ar, menor será
a taxa de evaporação.

VENTO
(ocorrência)

+ UR
=
baixa

O vento é um excelente meio para troca de temperatura, quanto maior disponibilidade


de vento, maior a taxa de difusão.
TRANSPIRAÇÃO ESTOMÁTICA
Pode chegar a mais de 90% da perda total de vapor de
água, em alguns vegetais.

Como a abertura dos estômatos depende do grau de


saturação hídrica das células estomáticas, pode haver
grande restrição da transpiração quando o déficit de água
na planta for muito grande.

Folhas murchas perdem pouca água, pois os estômatos


permanecem fechados. As perdas de água à noite também
são muito pequenas devido ao fechamento dos estômatos,
com a falta de luz.
TRANSPIRAÇÃO ESTOMÁTICA

Estômato aberto de Rosa sp. (roseira)

Folha de Helleborus niger, destaque à


epiderme, parênquima paliçádico e lacunoso
e o estômato aberto.
TRANSPIRAÇÃO CUTICULAR
As células da epiderme são revestidas no lado externo
por uma camada de uma substância cerosa, denominada
cutina, que é pouco permeável, e, portanto, pode restringir
a transpiração.

Quanto mais impermeável a cutícula, mais baixa será a


transpiração cuticular da folha.

Em plantas de regiões áridas a camada de cutina é


espessa diminuindo sensivelmente a transpiração cuticular
(coníferas e cactáceas onde a transpiração cuticular
corresponde a penas 0,5 % e 0,05 % do total de perdas,
respectivamente.
TRANSPIRAÇÃO LENTICELAR
Lenticelas são pequenas aberturas que existem em uma
camada de súber em lugar da epiderme em caules e ramos
de algumas espécies e que podem também promover a
perda de água por transpiração, mas é bem inferior as outras
formas de perdas.

Pode ser significativa em plantas decíduas (com perda


acentuada de folhas) nas estações mais secas.
   
Além desses tipos, ainda existem possibilidades de perdas
de água por rachaduras na cutícula, ou injúrias nas folhas,
causadas por vento, por pragas ou moléstias.
FATORES QUE INFLUENCIAM A
TRANSPIRAÇÃO
Os principais fatores que influenciam na transpiração dos
vegetais podem ser separados em fatores ambientais e
fatores da própria planta. Também serão considerados
casos nos quais são aplicadas substâncias químicas
(antitranspirantes).

Fatores do Ambiente
Dentre os fatores ambientais que influem na
transpiração, destaca-se a radiação solar, a temperatura, a
umidade relativa do ar e o vento.
FATORES QUE INFLUENCIAM A
TRANSPIRAÇÃO
• Radiação Solar
É um dos fatores mais importantes na transformação da
água do estado líquido em vapor.
Quanto mais intensa a radiação solar, maior
transpiração.
• Temperatura
Tem influência direta na transpiração; assim, a
transpiração aumenta, conforme e elevação de
temperatura, porém até certos limites, superiores a 35 oC
ocorre diminuição, devido ao fechamento estomático
causado pelo aumento na atividade respiratória ( de CO2).
FATORES QUE INFLUENCIAM A
TRANSPIRAÇÃO
• Umidade Relativa do Ar
Teria um efeito inverso, quanto maior a umidade
ambiental, menor seria a transpiração, pois diminui o
gradiente de pressão de vapor de água na folha e no ar que
a envolve.
• Vento
Ventos moderados evitariam a acumulação de ar
saturado em cima da folha, podendo aumentar, dessa
forma, a transpiração.
Além desses fatores, as características químicas e
principalmente físicas do solo têm importância.
FATORES QUE INFLUENCIAM A
TRANSPIRAÇÃO
• Fatores da Própria Planta
As características anatômicas, próprias de cada vegetal,
podem influir na transpiração.
A espessura da cutícula, o tamanho e a forma das folhas,
a cor, o revestimento (pilosidades) e a orientação delas, em
relação à luz, o número e a localização dos estômatos (se
mais profundos ou mais superficiais), a proporção do
parênquima paliçádico e do lacunoso.
Numa mesma planta pode haver variação na
transpiração, se folhas encontram-se a pleno sol ou na
sombra.
FATORES QUE INFLUENCIAM A
TRANSPIRAÇÃO
Perdas de água em espécies características de diferentes
habitats.

Tipo de planta Perda de uma folha em 1 h


(% do peso inicial).

Hidrófita (aquática) 80
Higrófita (típica de floresta) 8,30
Mesófita (cultura ou de pastagem) 0,94
Xerófita (de ambiente árido e seco) 0,09

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