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CLORETOS

– Determinação de Cloretos - 2 -

Conhecer a concentração de íons cloreto nas amostras de águas é


de suma importância principalmente para processos industriais.
Neste Trabalho, determinaremos através de uma reação de
precipitação, com soluções padrão de Nitrato de Prata, a
concentração de íons cloreto em amostras de águas potável, de
caldeira e poço.

– Determinação de Cloretos - 3 –

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ----------------------------------------------------------- 04

2. OBJETIVOS EXPERIMENTAIS ------------------------------------- 05

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ------------------------------------- 05

4. DETERMINAÇÃO DE CLORETOS -------------------------------- 15

5. CONCLUSÃO ------------------------------------------------------------ 19

LISTA DE FIGURAS ------------------------------------------------------- 20

LISTA DE TABELAS ------------------------------------------------------- 20


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ----------------------------------- 21

– Determinação de Cloretos - 4 -

1. INTRODUÇÃO

Todas as formas de vida existentes na terra dependem da água. No


entanto, a água doce é um prêmio: mais de 97% da água do mundo
é água do mar, que é indisponível para beber, e para a maioria dos
usos agrícolas. Lagos e rios são as principais fontes de água
potável, mesmo constituindo em sua totalidade, menos de 0,01% do
suprimento de água a maior parte da água doce existente na terra
encontra-se no subsolo: metade dessa água está a mais de um
quilômetro de profundidade. Os cloretos estão presentes em todas
as águas naturais, em concentrações variáveis. Neste trabalho,
determinaremos as concentrações de cloretos em algumas
amostras de águas, como: Água Potável; Água de Poço; Água para
Caldeira e Água Destilada.

2. OBJETIVOS EXPERIMENTAIS

O experimento possui o seguinte objetivo:

• Determinar a concentração cloretos nas amostras das águas.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 Conceitos Gerais

Água, definida no sentido químico, é um composto que,


semelhantemente a todas as substâncias puras, tem uma
composição definida e constante. Deveria então, como qualquer
composto puro, exibir características químicas e físicas próprias e
previsíveis. Sendo assim, poderíamos esperar que a água fosse
sempre a mesma, independente de sua origem. Porém, isto não
ocorre, já que a composição da água depende do tempo de contato
da mesma com o solo terrestre, bem como do tipo de solo da região
com que a água está em contato. Desta forma, a água captada
numa região industrial terá características muito diferentes de uma
captada numa floresta virgem. Da mesma maneira, uma água de
origem mineral de determinada região, possui diferentes
quantidades e diferentes tipos de contaminação de uma coletada
em outra região. De maneira geral, podemos afirmar que a
composição de uma água dependerá de sua localização geográfica.
Uma das propriedades físicas da água é seu poder de dissolver
outros materiais e, por essa capacidade, é conhecida como
solvente universal. Como consequência deste poder de dissolução,
a água, muito raramente, ocorre na natureza em um estado
quimicamente puro, pois existe uma variedade de materiais
misturados à mesma. Quando retirada de uma fonte natural à água
pode apresentar partículas de materiais dissolvidos e/ou não
dissolvidos. O tamanho e a concentração dessas partículas em
suspensão, dependendo da origem a água, varia de grãos de areia
(algumas vezes presentes em cursos rápidos e turbulentos) até
dispersões submicroscópicas conhecidas como colóides. Incluídas
entre as partículas suspensas podem existir células vivas de
milhares de organismos de diferentes espécies, por exemplo,
bactérias, micro algas e vírus. Quando falamos em qualidade de
água, nosso interesse está dirigido aos materiais

– Determinação de Cloretos - 6 - contidos nela. São as impurezas


que determinam a qualidade de um manancial de água para o uso
humano, os problemas associados com sua utilização, a natureza e
extensão do tratamento requerido. A água, para chegar ao solo,
passa por vários estágios (Figura 01). Ela sai da atmosfera, se
transforma em nuvens, cai no solo sob forma de chuva; deste
estágio ele pode infiltrar-se no solo, gerando lençóis freáticos, ou
então permanecer em rios, lagos, mares, etc.; por evaporação, a
água retorna para atmosfera. Logo, a água para chegar ao solo,
pode demorar tempos diferentes, visto que ela pode entrar (iniciar)
por vários estágios e, dependendo do estágio em que ela começa,
ele demora certo tempo até percorrer todo o ciclo. A este percurso
damos o nome de ciclo hidrológico da água.

Esquematicamente teríamos:

Figura 01 – Esquema dos Estágios do Ciclo da Água P =


Precipitação

A água evaporada dos mananciais terrestres, principalmente rios,


mares, lagos, vegetais e animais ao alcançar camadas mais frias da
atmosfera, condensam-se formando as nuvens que podem ou não
ser deslocadas pelos ventos. Em determinado momento, em função
das condições climáticas da região, esta água precipita-se sobre a
superfície terrestre sob a forma de chuva, neve, etc.

ES = Escoamento Superficial
A chuva ao cair, dependendo de tipo de solo que encontra, escorre
sobre a superfície, formando enxurradas que atingem os rios,
mares, lagos, gerando os mananciais de água superficial.

– Determinação de Cloretos - 7 - I = Infiltração

Parte da chuva infiltra-se na terra até encontrar uma camada


impermeável, formando os lençóis e os poços artesianos.

ESB = Escoamento Subterrâneo

Os mananciais subterrâneos seguem um percurso regular até


atingirem os rios, mares e lagos ou formarem nascente, fontes,
poços, etc.

EV = Evaporação

É a passagem da água novamente para o estado de vapor, através


da ação do sol sobre os mananciais superficiais e também pela
transpiração de animais e vegetais. Assim, o ciclo hidrológico da
água é fechado e, para que a água o complete, demora de 3 a 4
anos. Portanto, podemos afirmar que a quantidade de água
presente na terra não varia, apenas sofre constantes
transformações. Este fato é realmente alarmante, visto que cada
vez mais lançamos detritos nos mananciais de água, o que acarreta
uma queda gradativa de sua qualidade com consequências graves
sobre a vida animal e vegetal.

Estado Físico

A água pode apresentar-se em três estados físicos: sólido que é


gelo, líquido e gasoso que nada mais é do que vapor de água. No
estado sólido, as moléculas estão mais perto uma das outras, ou
seja, o espaço entre elas é menor, e há menos movimentação das
mesmas. Já no estado líquido, as moléculas se encontram um
pouco mais afastadas, o que permite uma pequena movimentação
das mesmas e também a formação de pontes de hidrogênio entre
as moléculas (onde o hidrogênio de uma molécula liga-se ao
oxigênio, de outra formando uma interligação de todas as moléculas
como se fosse uma rede). Enquanto que o estado gasoso ou de
vapor, as moléculas estão muito afastadas.
A transição de estado para outro pode ser efetuadas através da
aplicação ou da retirada de calor, porém isto não pode ser aplicado
a todas as substâncias,

– Determinação de Cloretos - 8 - porque pode não ocasionar só


uma transformação de estado, mas também alterações químicas na
substância.

Água Potável

A água destinada ao consumo humano deve preencher condições


mínimas para que se possa ser ingerida ou utilizada para fins
higiênicos, tais como estar isenta de microorganismos patogênicos
e, com relação a substâncias orgânicas ou inorgânicas, os teores
das mesmas não deverão ser prejudiciais ao ser humano.

O valor do pH da água potável deverá se situar no intervalo de 6,9 a


7,1 e a concentração mínima de cloro residual livre em qualquer
ponto da rede de distribuição deverá ser 0,2 mg/l.

A água potável não deverá apresentar nenhuma quantidade de


cloro benzenos, cloro fenóis, fenóis e sulfeto de hidrogênio, em
teores que lhe confiram odor característico.

Portanto, após receber o tratamento convencional descrito


anteriormente, a água recebe uma maior quantidade de cloro a fim
de torná-la potável.

Após o último contato com o solo, passando pela superfície


terrestre ou por entre as camadas rochosas, ou então entrando em
contato com o ar, a água se torna impura. Isso se dá devido a três
fatores principais: solubilidade dos materiais contatados, intimidade
de contato e tempo de permanência em contato. No caso de
impurezas suspensas, os fatores determinantes são: quantidade do
material finamente dividido, diâmetro das partículas, peso específico
das partículas e velocidade do fluxo de certa quantidade de água.

A quantidade de contaminantes presentes em águas naturais vai


depender principalmente das características do solo onde a água é
encontrada e da poluição que esta água sofre. Águas obtidas de
regiões calcárias terão alta dureza e alcalinidade, águas de chuvas
terão com impurezas apenas gases dissolvidos, águas superficiais
(lagos, rios) apresentarão grande quantidade de oxigênio dissolvido
e baixa dureza.

Efluentes de mineração e certos processos industriais fazem com


que as águas superficiais se tornem muito ácidas, enquanto que
alguns dos minerais de superfície da terra (calcário, carbonato de
magnésio) podem tornar algumas áreas superficiais bastante
alcalinas.

Contaminações de dejetos industriais, óleo e materiais de processo,


também são normalmente adicionados à água. Os contaminantes
presentes na água podem ser divididos em três grupos principais:
sólidos dissolvidos, sólidos em suspensão e gases dissolvidos,
além de outros, que não se encaixem nesta
– Determinação de Cloretos - 9 - classificação. Os principais
contaminantes são:

Sólidos Dissolvidos

São aqueles que formam uma solução homogênea (solução que


apresenta uma única fase – por exemplo: café, chá. Etc. – solução
de duas fases, exemplo: água e óleo), não podendo ser removidos
por filtração.

Sólidos em Suspensão

São aqueles que não formam uma solução homogênea, e por isso,
podem ser removidos por filtração. Eles são originados por
partículas de materiais insolúveis, mecanicamente introduzidos e
levados pela água devido à sua ação turbulenta sobre o solo.
Geralmente são constituídos por argila, areia, lama, matéria
orgânica, sílica coloidal, bactérias e algas. Estes podem ser
removidos através de floculação, decantação e filtração.

Gases Dissolvidos

A água dissolve grande quantidade de ar, que é composto de 21%


de oxigênio, 78% de nitrogênio e 1% de outros gases (incluindo
0,03 a 0,06% de dióxido de carbono).

Sílica Coloidal
Nesta forma, a sílica não está em solução homogênea e sim em
suspensão, finamente dividida em água. Deste modo, pode ser
removida por coagulação e filtração.

Dióxido de Carbono (CO2 ) e Sulfeto de Hidrogênio (H2 S)

A presença destes gases na água é causada pela decomposição de


matéria orgânica (contato com vegetação em decomposição) bem
como pela dissolução do dióxido encontrado na atmosfera, porém, o
sulfeto de hidrogênio é pouco encontrado.

– Determinação de Cloretos - 10 - Metano (CH4 )

Proveniente da decomposição de material biológico, sendo


raramente encontrado.

Apesar do nitrogênio estar dissolvido nas águas naturais, ele é um


elemento inerte e exerce efeito desprezível para o nosso
tratamento.

O oxigênio do ar é solubilizado na água, ou seja, em contato com o


ar, a água dissolve parte do oxigênio nele presente, e este fica
misturado a ela. Em águas poluídas, particularmente por matéria
orgânica, pode estar ausente, o que impedirá a sobrevivência de
espécies animais aeróbicos (que necessitam de oxigênio para
sobreviver), mas não impedirá a sobrevivência de espécies
anaeróbicas (que conseguem sobreviver sem oxigênio), como é o
caso algumas bactérias e certos tipos de peixes.

Alcalinidade

Pode ser entendida como a capacidade da água em neutralizar


ácidos; já a acidez é a capacidade de neutralizar bases. Ela é
interpretada como sendo devido à presença de bicarbonatos,
carbonatos e hidróxidos; no entanto, outros íons como fosfatos e
silicatos contribuem para a alcalinidade.

Cloretos

Estes são extremamente solúveis em água. Podem ser de cálcio,


magnésio, sódio, ferro e outros.
Dureza

A dureza de uma água é proporcional à presença de sais de cálcio


e magnésio. A dureza pode ser temporária quando devida à
presença de bicarbonatos de cálcio e magnésio ou permanente,
quando originada por cloretos, sulfatos e nitratos de cálcio e
magnésio. Estes sais, em ordem decrescente de abundância na
água, são bicarbonatos, sulfatos, cloretos e nitratos. A quantidade
de cálcio é duas vezes maior do que a de magnésio, porém estes
valores variam muito de local para local.

– Determinação de Cloretos - 1 - local. A caracterização da água


quanto à dureza pode ser vista a seguir na Tabela 01:

Tabela 01 – Classificação da Água quanto à Dureza

Ferro
A forma mais comum em que o ferro é encontrado em águas é
como bicarbonato ferroso. Está presente, nesta forma, em águas
subterrâneas profundas, limpas e incolores, que em contato com o
ar, turvam-se sedimentam um depósito amarelo – marrom –
avermelhado (Fe2 O3 ). As etapas envolvidas na reação são:

Sílica (SiO)2
Este é um constituinte de todas as águas naturais, sob a forma de
ácido, salicílio e silicatos solúveis. Águas com baixa dureza e
alcalinidade apresentam elevado teor de sílica.

Encontrado em todas as águas brutas devido à ação solvente da


água sobre os minerais.

Cor

A presença de matéria orgânica, proveniente de matéria vegetal em


decomposição, é quase sempre responsável pelo desenvolvimento
de cor em água. A maioria das águas de superfície apresenta cor,
enquanto que as subterrâneas são

– Determinação de Cloretos - 12 - isentas.

A presença de cor em água é indispensável na maior parte das


aplicações industriais. Em fábricas de papel, por exemplo, cor de
processo tinge as fibras de celulose, alterando sua cor.

A cor pode ser real (verdadeira), a qual se dá com a medida


realizada com o filtrado da amostra de água após ter-se corrigido o
pH para valores entre 7,0 e 7,5, ou aparente, obtida com a amostra
natural e, que sofre interferência de coloidais e suspensas, além de
microorganismos.

Turbidez

É o termo empregado à matéria suspensa, de qualquer natureza,


presente em certa quantidade de água. É necessária uma distinção
entre matéria suspensa, chamada sedimento (que precipita
rapidamente) e a matéria que precipita vagarosamente, provocando
a turbidez.

A turbidez é encontrada em quase todas as águas de superfície em


valores elevados, enquanto que está ausente em águas
subterrâneas.

Águas de lagos, lagoas, açudes possuem turbidez baixa e variável


em função dos ventos, que agitam seus fundos. Águas de rios e
riachos apresentam alta turbidez, devido ao constante movimento
das águas pela correnteza.

Após uma precipitação de chuva, as águas de superfície tendem a


aumentar a turbidez.

Sabor e Odor

São características de difícil avaliação e decorrem de matéria


excretada por algumas espécies de algas e de substâncias
dissolvidas, com gases, fenóis e, em alguns casos, do lançamento
de desejos industriais nos cursos de água.

Óleos, Gorduras, Graxas e Dejetos

Estes resíduos (além de outros como: ácidos, minerais livres,


manganês, cloro, nitratos, nitritos, cromatos, gás sulfídrico,
amoníaco e metais pesados) podem contaminar as fontes de
abastecimento de águas.

Impurezas

As impurezas que “poluem” a água podem ser de vários tipos: sais


(sulfatos, carbonatos, etc.) matéria orgânica, microorganismos
(microalgas,bactérias, vírus), lixo vegetal, gases, dejetos industriais,
óleos, graxas, etc. Abaixo (Tabelas 02/03/04 e 05) aparecem as
principais impurezas e seus efeitos:

Laboratório de Engenharia Química I - 1º Bimestre – Determinação


de Cloretos - 13 -

Impurezas em Suspensão Tabela 02 – Impurezas em Suspensão

Impurezas em Estado Coloidal Tabela 03 – Impurezas em Estado


Coloidal
Impurezas Dissolvidas Tabela 04 – Impurezas Dissolvidas

– Determinação de Cloretos - 14 -

Impurezas Gasosas Tabela 05 – Impurezas Gasosas

3.2 Cloretos
consumo...” e o padrão de consumo para quantidade de íons
cloreto é 250ppm
Os cloretos estão presentes em todas as águas naturais, em
concentrações variáveis. As águas da montanha e de terras altas
têm normalmente baixo teor, enquanto as águas dos rios e
subterrâneas podem possuir quantidades apreciáveis. Os mares e
oceanos possuem teores em cloretos elevados. A portaria a n° 518
do Ministério da Saúde de 25 de março de 2004, diz no Art.16: “A
água potável deve estar em conformidade com o padrão de
aceitação de Segundo o método de Mohr para determinação de
cloretos, o haleto é titulado com uma solução padrão de nitrato de
prata usando-se cromato de potássio como indicador. No ponto
final, quando a precipitação do cloreto for completa, o primeiro
excesso de íons Ag+ reagirá com o indicador ocasionando a
precipitação do cromato de prata, amarelo avermelhado.

2Ag+2(aq) + CrO4-2(aq) → Ag2CrO4(s)

Como esta titulação usa as diferenças nos valores dos produtos de


solubilidade do

AgCl e do Ag2CrO4, é muito importante a concentração do


indicador. Teoricamente o AgCrO4 deveria começar a precipitar no
ponto de equivalência. Neste ponto da titulação foi adicionada uma
quantidade de prata igual à quantidade de cloreto em solução, e
consequentemente, trata-se de uma solução saturada de cloreto de
prata. Na prática, o ponto final ocorre um pouco além do ponto de
equivalência devido a necessidade de se adicionar um excesso de
Ag+ para precipitar o Ag2CrO4 em quantidade suficiente para ser
notado visualmente na solução amarela, que já contem a
suspensão de AgCl. Este método requer que uma titulação em
branco seja

– Determinação de Cloretos - 15 –

feita, para que se possa corrigir o erro cometido na detecção do


ponto final. O valor da prova em branco obtido deve ser subtraído
do valor da titulação propriamente dita.

4. DETERMINAÇÃO DE CLORETOS

O conhecimento do teor de cloretos das águas tem por finalidade


obter informações sobre o seu grau de mineralização ou indícios de
poluição, como esgotos domésticos e resíduos industriais das
águas e por essa razão o sua concentração deve ser conhecida e
controlada.
4.1 - MATERIAIS

O método utilizado para determinação desse experimento, é a


Titulação com Nitrato de Prata e foram utilizados os seguintes
materiais:

• Solução padrão de nitrato de prata 0,0141N;

4.2 - PROCEDIMENTO • Colocar 100 mL de amostra (sem agitar)


em um Erlenmeyer;

• Ajustar pH entre 7 e 10, se necessário, com NaOH ou H2SO4;

amarelo avermelhado que é o ponto final de titulação; (Figura 02);

• Repita o procedimento por 02 vezes para cada amostra;

– Determinação de Cloretos - 16 -

Figura 02 – Ponto de viragem da Solução

4.3 - RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após os experimentos, calculou-se então, os valores de


concentração de cloretos nas amostras.
Cálculos:
mL da amostra
ppm Cl = (A-B) x N x 35,450 Onde :

A = mL do titulante gasto na amostra; B = mL do titulante gasto no


branco; N = Normalidade do titulante.

1ª Amostra – Água Destilada (branco) Valor médio = 1,7 mL


100 mL
ppm Cl = (1,7-1,7) x 0,0141 x 35,450 = 0,0 ppm

2ª Amostra – Água de Caldeiras Valor médio = 1,9 mL

ppm Cl = (1,9-1,7) x 0,0141 x 35,450 = 0,9 ppm 100 mL

– Determinação de Cloretos - 17 -

3ª Amostra – Água da Harmonia (potável) Valor médio = 2,1 mL


100 mL
ppm Cl = (2,1-1,7) x 0,0141 x 35,450 = 2,25 ppm

4ª Amostra – Água da FATEB (poço) Valor médio = 3,0 mL


100 mL
ppm Cl = (3,0-1,7) x 0,0141 x 35,450 = 6,75 ppm

Abaixo, na Tabela 06 estão os valores das leituras realizadas e


resultados e também disposto na forma gráfica, temos os resultados
no gráfico da Figura 03.

Tabela 06 – ppm de Cl
Figura 03 – Gráfico de ppm de Cl

Amostras 1ª Leitura (mL) 2ª Leitura (mL)

Média (mL)

Cloretos (ppm)

Água

Caldeira

Água Harmonia

Água FATEB
(Poço)

Água Destilada

(Branco) ppm

Cloretos (ppm)

– Determinação de Cloretos - 18 -

Caso # 1 – A amostra de água para caldeiras, apresentou uma


concentração de Cloretos (0,9 ppm), onde a Legislação e
Fabricantes permitem um valor máximo de 40 ppm, lembrando que
com valores mais baixos, consegue-se ter um melhor controle de
incrustações e corrosões. Caso # 2 – A amostra de água da
FATEB, proveniente de poços, apresentou a maior concentração
(6,75 ppm), mas também dentro da normalidade para estes tipos de
águas profundas que permite um valor máximo de 250 ppm. Caso #
3 – Com a amostra de água da potável da Harmonia,obtivemos uma
concentração (2,25 ppm) que também se encontra dentro da
normalidade , pois em águas potáveis aceita-se máximo 250 ppm.

– Determinação de Cloretos - 19 -

5. CONCLUSÃO
A partir da análise química da água, concluímos que a
concentração de cloretos, se diferem de acordo com o uso final da
água, onde para alimentação de caldeiras, deve-se ter valores
mínimos para evitar problemas onde se coloca em risco a operação
do equipamento. Quando analisamos águas para uso humano, a
amostra de água subterrânea apresentou valores mais altos, mas
também dentro do limite máximo permitido sem colocar em risco a
vida humana.

Laboratório de Engenharia Química I - 1º Bimestre – Determinação de Cloretos - 20 -

Figura 1 – Esquema dos Estágios do Ciclo da Água; Figura 2 – Ponto de viragem da


Solução; Figura 3 – Gráfico de ppm de Cl;
Tabela 1 – Classificação da Água quanto à Dureza; Tabela 2 – Impurezas em
Suspensão; Tabela 3 – Impurezas em Estado Coloidal; Tabela 4 – Impurezas
Dissolvidas; Tabela 5 – Impurezas Gasosas; Tabela 6 – ppm de Cl;

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

• <http://w.corsan.com.br/sistemas/trat_agua.htm - acessado em 18/03/10; • <http://


w.tratamentodeagua.com.br/r10/biblioteca_detalhe.aspx?codigo=80 4 acessado em
18/03/10;

• <http://w.sanepar.com.br/sanepar/sanare/v21/art01.pdf - acessado em 06/04/10; •


<http://w.agua.bio.br/botao_d_l.htm - acessado em 06/04/10;

• <http://w.enfil.com.br/agua1.asp - acessado em 06/04/10;

• <http://w.cetesb.sp.gov.br/Agua/rios/variaveis.asp - acessado em 20/04/10;

• <http://w.metallum.com.br/17cbecimat/.../17Cbecimat-304-007. pdf - acessado em


20/04/10;

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