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Curso Online:

Introdução à Agronomia
Qualidade microbiológica da água....................................................................2

Introdução à microbiologia da água..................................................................7

Indicadores de poluição....................................................................................14

Coliformes totais...............................................................................................18

Coliformes fecais...............................................................................................21

Métodos convencionais de análise microbiológica da água.............................23

Principais doenças vinculadas pela água.........................................................25

História dos microrganismos.............................................................................27

Referências Bibliográficas.................................................................................30

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QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA

A água constitui, atualmente, uma das principais preocupações mundiais no


que diz respeito aos seus usos preponderantes e à sua manutenção como um
bem de todos, em quantidade e qualidade adequadas.

A atenção das autoridades sanitárias para com os sistemas públicos de


abastecimento de água, destino de dejetos, tratamento de esgoto, coleta e
disposição de resíduos sólidos gerados, principalmente nos grandes centros
urbanos, está tradicionalmente direcionada para as conseqüências que os
problemas desse contexto são capazes de causar ao meio ambiente e à Saúde
Pública. Já é realidade, em nosso país, a instalação da vigilância da qualidade
da água destinada ao consumo humano sob a responsabilidade dos três níveis
de governo, como parte integrante da vigilância ambiental em saúde. Para essa
postura preventiva, a definição de indicadores é fundamental.

Entre as principais causas de contaminação e degradação dos ecossistemas


aquáticos superficiais e subterrâneos, podemos destacar a progressiva e
desordenada urbanização das cidades, que resulta na ocupação de áreas
inadequadas para moradia, sem infra-estrutura mínima e saneamento básico
necessários. Conseqüentemente, acumulam-se os problemas relacionados a
esse quadro, o que contribui, de diversas formas, para a degradação da
qualidade dos recursos hídricos disponíveis, para o altíssimo índice de doenças
provocadas pelos baixos índices de salubridade, assim como para o
agravamento da degradação ambiental em geral.

A ausência ou a precária proteção dos recursos hídricos, particularmente das


excretas humanas ou de animais, pode introduzir uma série de organismos
patogênicos, tais como vírus, bactérias, protozoários ou helmintos de origem
intestinal, tornando a água um veículo de transmissão de doenças.

As condições gerais de saneamento observadas, constatadamente deficientes,


sobretudo nos países do mundo em desenvolvimento, são claramente
refletidas nos dados disponíveis sobre mortalidade por doenças de veiculação
hídrica. No Brasil, mais especificamente na Região Norte, foram confirmados,
nos últimos 20 anos, cerca de 11.613 casos de cólera, 6.653 casos de febre
tifóide e 7.219 casos de leptospirose.4 Dentro dos preceitos básicos sobre a
melhoria da qualidade de vida de uma população, encontra-se implícita a
necessidade de cobertura mais ampla dos serviços de abastecimento de água
potável e de esgotamento sanitário, bem como do seu controle de qualidade.

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A classificação ambiental das infecções relacionadas com a água, introduzida
por White, Bradley & White5 e adaptada por Cairncross,6 destaca pelo menos
quatro categorias:

1) aquelas de transmissão hídrica ou relacionadas com a higiene, da categoria


feco-oral, onde podemos assinalar as diarréias e disenterias, febres entéricas,
poliomielite, hepatite A, leptospirose, ascaridíase e tricuríase;

2) a transmissão relacionada com a higiene propriamente dita, como as


infecções dos olhos e pele;

3) aquela baseada na água, quando o organismo patogênico desenvolve parte


do seu ciclo vital em um animal aquático, como no caso da esquistossomose,
por exemplo; e

4) a transmissão por um inseto vetor que procria na água ou cuja picada ocorre
próximo a ela – nesta categoria, destacam-se a malária, a filariose e as
arboviroses (dengue e febre amarela).

A qualidade da água é uma questão de saúde pública e a segurança dos


consumidores deve ser garantida através das especificações que determinam
as condições favoráveis para consumo.

Água (fórmula: H2O) é uma substância química cujas moléculas são formadas
por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. É abundante no Universo,
inclusive na Terra, onde cobre grande parte de sua superfície e é o maior
constituinte dos fluidos dos seres vivos. As temperaturas do planeta permitem a
ocorrência da água em seus três estados físicos principais.

A água líquida, que em pequenas quantidades parece incolor, mas manifesta


sua coloração azulada em grandes volumes, constitui
os oceanos, rios e lagos que cobrem quase três quartos da superfície do
planeta. Nas regiões polares, concentram-se as massas de gelo
e vapor constitui parte da atmosfera terrestre. Mais especificamente, a água

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líquida tem duas fases líquida com grandes diferenças de estrutura e
densidade.

A água possui uma série de características peculiares, como sua dilatação


anômala, o alto calor específico e a capacidade de dissolver um grande
número de substâncias. De fato estas peculiaridades foram favoráveis para o
surgimento da vida nos oceanos primitivos da Terra, bem como propiciaram
sua evolução. Atualmente, todos os seres vivos existentes precisam da água
para sua sobrevivência.

A água é uma substância química cujas moléculas são formadas por


dois átomos de hidrogênio covalentemente ligados a um átomo de oxigênio,
sendo sua fórmula química dada por H2O. A geometria de equilíbrio para uma
molécula isolada possui dimensões de 0,0958 nanômetros nas ligações O-H, e
um ângulo H-O-H de 104°27'.

Estas moléculas interagem entre si sobretudo através da formação de pontes


ou ligações de hidrogênio (que ocorrem quando átomos de hidrogênio são
atraídos por átomos de oxigênio, mais eletronegativamente carregados), o que
faz com que as moléculas, no estado líquido, fiquem 15% mais próximas entre
si do que se agissem somente sob forças de Van der Waals, embora estas
ligações também restrinjam o número de moléculas vizinhas para tipicamente
quatro.

A eletrólise da água permite a quebra das ligações atômicas, separando o


hidrogênio e o oxigênio com a passagem de uma corrente elétrica.

A água manifesta-se em seu estado líquido sob temperaturas entre 0 °C e


100 °C e pressão de uma atmosfera. As características físicas da água
apresentam diversas anomalias quando comparadas com as propriedades
típicas de outros líquidos. Alguns exemplos são o ponto de fusão, a densidade,
a capacidade de calor e no total, existem mais de 70 propriedades da água que
diferem da maioria dos líquidos. Uma propriedade notável é que a água pode
existir como dois líquidos diferentes a baixas temperaturas onde a cristalização
do gelo é lenta.

Outra propriedade, uma das mais notáveis é a sua dilatação anômala, sendo
que a sua densidade máxima ocorre a aproximadamente 4 °C, expandindo-
se tanto com o aumento quanto com a diminuição da temperatura. Este fato
deve-se à quantidade de ligações de hidrogênio que formam-se conforme a
temperatura diminui, sendo que o máximo número de ligações em cada
molécula (seis) ocorre a 4 °C, quando as moléculas estão mais próximas
ocorrendo, portanto, a maior densidade. Os pontos de fusão e ebulição da

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água são muito maiores do que seria predito baseado em modelos que levam
em conta seu massa molecular, como em comparação com substâncias
como sulfeto de hidrogênio (H2S) e seleneto de hidrogênio (H2Se).

Na fase líquida, a água é uma substância inodora, insípida e transparente. Em


pequenas quantidades, é incolor, assim como o gelo. Em grandes quantidades,
no entanto, tanto na água líquida como sólida torna-se evidente sua coloração
intrínseca azulada. Vapor de água é um gás transparente.

Dentre outras anomalias da água, destacam-se seu alto calor latente de


vaporização, sua elevada capacidade térmica, além da considerável mudança
de propriedades entre água líquida a baixas e altas temperaturas. Conforme
água resfriada é aquecida, a velocidade do som através de si cresce, seu
volume diminui, seu índice de refração aumenta, a solubilidade de gases se
torna maior e a condutividade térmica passa a crescer. Contudo, se água
quente é aquecida, ocorre exatamente o oposto.

A água possui, ainda, uma alta tensão superficial, menor somente que a tensão
superficial do mercúrio dentre os líquidos comuns. Muitas destas propriedades
são também atribuídas às ligações de hidrogênio entre as moléculas.

Pelo fato de a molécula de água não ser linear e a eletronegatividade do


oxigênio ser maior do que a do hidrogênio, ocorre o aparecimento de regiões
positivas e negativas na própria molécula sendo, portanto, uma molécula polar
(dipolo). Por este motivo, a água é um ótimo solvente para substâncias iônicas,
como sais, ácidos e bases.

As ligações de hidrogênio contribuem para solubilidade de outros compostos


que possuem hidrogênio ou oxigênio em sua composição. Pelo mesmo motivo,
proteínas e partículas minúsculas podem ser mantidas em suspensão na água,
formando um coloide. A água é, ainda, um bom solvente para alguns gases e
substâncias orgânicas. Entretanto, graxas e óleos não se dissolvem em água.

Em uma reação química, as moléculas de água podem doar um próton (H+),


formando uma hidroxila, OH-, ou receber um próton, formando o hidroxônio,
H3O+. De fato as moléculas de água doam e recebem prótons entre si, o que é
chamado de autoionização da água. Embora ocorra em pequena extensão,
este fenômeno é determinante, pois permite que a água aja
como ácido ou base em uma dada reação. Pela presença desses íons, a água
possui uma pequena condutividade elétrica.

A água em sua fase sólida forma o gelo. Em geral a estrutura cristalina é


formada por uma rede de moléculas orientadas conforme as pontes de
hidrogênio. Entretanto, este arranjo pode se dar de diversas formas, sendo
conhecidas pelo menos 17 formas cristalinas diferentes para o gelo, cada uma

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formada sob diferentes condições de temperatura e pressão. Nas condições
comumente encontradas na Terra, forma-se o gelo Ih, no qual as moléculas se
arranjam em estruturas hexagonais. Em 2016, uma equipe de pesquisa previu
uma nova forma molecular de gelo com uma baixa densidade recorde. Se o
gelo puder ser sintetizado, se tornaria a 18a forma cristalina conhecida de
água. A densidade do gelo é menor do que a da água líquida, e portanto, flutua
na mesma.

O ponto triplo da água, ou seja, as condições na qual a água pode coexistir


tanto em estado físico, sólido ou gasoso, são à temperatura de 0,01 °C e
pressão de 612 Pa. A ebulição da água sob as condições ambiente de pressão
(1 atm) ocorre a 100 °C, dando origem ao vapor de água. A 373,9 °C e pressão
de 22,064 MPa, ocorre o ponto crítico, além do qual não há a distinção entre as
fases líquida e gasosa caracterizando, portanto, um fluido supercrítico. As
propriedades da água sob tais condições são fortemente alteradas, ocorrendo
mudanças tal como o aumento de sua reatividade química e de
sua autodissociação.

A água pode apresentar em sua composição isótopos dos elementos


hidrogênio e oxigênio. A água pesada é formada por dois átomos de deutério,
estáveis e não radioativos, e um de oxigênio, sendo que existe
aproximadamente um átomo de deutério em cada 6.700 átomos de hidrogênio
na água do mar. Recebe esta denominação pelo fato de que os átomos de
deutério possuem maior massa resultando, assim, na maior densidade da água
o que ocasiona, também, algumas pequenas diferenças a nível molecular. Uma
proporção diminuta é ainda formada pela ligação entre hidrogênio e trítio,
radioativo que decai com uma meia vida de aproximadamente doze anos.
Essas variedades de água pesada são utilizados principalmente
em usinas de fissão nuclear e na fabricação de bombas de hidrogênio,
respectivamente.

Dada sua importância, a água é utilizada como padrão para a definição de


diversas grandezas físicas. Uma das definições de massa atribui a
um quilograma a massa correspondente a um cubo com dez centímetros de
lado (volume equivalente a um litro) de água pura a 4 °C. Devido aos diferentes
isótopos presentes na água, definiu-se, ainda, o teor médio de isótopos, de
acordo com o teor comumente encontrado nos oceanos. A escala Celsius é
uma escala de temperatura definida na qual 0 °C representa o ponto de fusão
do gelo e 100 °C a temperatura de ebulição da água à pressão atmosférica do
nível do mar, razão pela qual esta escala também recebe o nome de
centígrada. A caloria, por sua vez, é definida como a quantidade
de energia necessária para aumentar a temperatura de um grama de água
pura de 14,5 °C para 15,5 °C a pressão atmosférica padrão.

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INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA DA ÁGUA

Microbiologia é o ramo e especialidade da biologia que estuda os micro-


organismos, incluindo eucariontes unicelulares e procariontes, como
as bactérias, fungos e vírus.

Atualmente, a maioria dos trabalhos em microbiologia é feita com métodos


de bioquímica, biologia molecular e genética. Também é relacionada com
a patologia, já que muitos organismos são patogênicos.

Micróbios possuem características básicas do fundo dos organismos


basicromáticos que os tornam os modelos de organismos ideais. Foi
descoberta a origem das bactérias, tendo sido anterior à origem de outros
corpos, tais como protozoários, eucariontes e vírus. Dentre os citados, o último
a se desenvolver foram os protozoários, por tratar-se de seres com uma
complexidade maior:

 São muito pequenos, então eles não consomem muitos recursos


 Eles podem-se reproduzir por divisão mitótica, permitindo a propagação
de clones idênticos em populações
 Eles podem ser congelados por longos períodos de tempo. Mesmo se
90% das células são mortas pelo processo de congelamento, há milhões
de células em um mililitro da cultura líquida.

Estes traços permitiram que Joshua Lederberg e sua mulher Esther


Lederberg pudessem dirigir um elegante experimento em 1951 demonstrando
que adaptações evolutivas surgem melhor da preadaptação do que
da mutação dirigida. Para isto, eles inventaram a replicação em placa, que
permitiu que eles transferissem numerosas colônias de bactérias para locais
específicos de uma placa de petri preenchida com Ágar-ágar para regiões
análogas em diversas outras placas de petri.

Após a replicação de uma placa com E. coli, eles expuseram cada uma das
placas a fagos. Eles observaram que colônias resistentes aos fagos estavam
presentes em partes análogas de cada placa, possibilitando-os concluir que os
traços de resistência aos fagos existiam na colonia original, que nunca havia
sido exposta aos fagos, ao invés de surgirem após as bactérias terem sido
expostas aos vírus.

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A extensiva caracterização dos micróbios tem nos permitido o uso deles como
ferramentas em outras linhas da biologia:

Bactérias (especialmente Escherichia coli) podem ser usadas para


reduplicar DNA na forma de um plasmídeo. Este DNA é frequentemente
modificado quimicamente in vitro e, então, inserido em bactérias para
selecionar traços desejados e isolar o produto desejado de derivados da
reação. Após o crescimento da bactéria e, deste modo, a replicação do DNA, o
DNA pode ser, adicionalmente, modificado e inserido em outros organismos.

Bactérias podem também ser usadas para a produção de grandes quantidades


de proteínas usando genes codificados em um plasmídeo.

Genes bacteriais tem sido inseridos em outros organismos como genes


repórteres.

O sistema de hibridação em levedura combina genes de bactérias com genes


de outros organismos já estudados e os insere em uma célula de levedura para
estudar interações proteicas em um ambiente celular.

Imagem: Riccio (wikipedia)

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Em química, substância ou substância pura é uma forma constante
de matéria caracterizada por suas entidades específicas,
como átomos de elementos tais em proporções próprias e moléculas. Cada
substância possui um conjunto definido de propriedades e uma composição
química.

As substâncias podem ser formadas de formas variadas, como formadas por


átomos, moléculas ou aglomerados iônicos. A água é um exemplo de
substância formada por molécula, de fórmula H2O, e o Óxido de Cálcio, a cal, é
uma substância formada por aglomerado iônico, de formula unitária CaO.

A análise de água é essencial para a população, para a indústria e para


a agricultura. Existem padrões de exigências de qualidade da água tanto para o
consumo humano, quanto para outras áreas, como recreação e indústria.

Os componentes na água, as suas concentrações e outros parâmetros


infl

de tratamento e análise da água devem ser adaptados de acordo com seu uso.

A principal preocupação quanto à qualidade da água está certamente


relacionada ao consumo humano. Um dos maiores riscos para a nossa saúde é
a contaminação fecal. É por essa razão que a análise microbiológica da água é
tão importante.

A água potável é apropriada para o consumo humano e utilizada para beber,


cozinhar e lavar alimentos, além da higiene pessoal. No entanto, a água possui
uma grande variedade de constituintes que podem provocar doenças e tem
uma capacidade única de transmitir rapidamente enfermidades para um grande
número de pessoas.

contaminada com um agente patogênico, até milhares de pessoas podem ser


infectadas.

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A análise da água pode ser definida em 3 categorias:

Testes físicos: indicam propriedades detectáveis pelos sentidos.

Testes químicos: determinam as quantidades de substâncias minerais e


orgânicas que afetam a qualidade da água.

Testes microbiológicos: mostram a presença de bactérias e outros


microrganismos, características da contaminação fecal.

ANÁLISE FÍSICA

Cor, turbidez, sólidos totais, sólidos dissolvidos, sólidos suspensos, odor e


sabor são registrados.

Cor

Pode ser causada pela presença de minerais como ferro e manganês ou por
substâncias de origem vegetal, como algas. Os testes de cor indicam a eficácia
do sistema de tratamento de água.

Turbidez

Geralmente é causada por sólidos e partículas. Pode ser devido ao solo e


também ao crescimento de microrganismos, como bactérias. A alta turbidez
torna a filtragem cara. Se os sólidos do esgoto estiverem presentes, os
patógenos podem ser envoltos nas partículas e escapar da ação do cloro
durante a desinfecção.

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Odor e sabor

Estão associados à presença de organismos microscópicos, matéria orgânica


em decomposição, algas ou resíduos industriais contendo amônia, fenóis,
halogênios, hidrocarbonetos.

Embora a cloração dilua o odor e o sabor causados por alguns contaminantes,


ela gera um odor desagradável quando adicionada a águas poluídas com
detergentes, algas e outros resíduos.

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA

A análise microbiológica da água é, sem dúvida, a mais importante de todas,


pois identifica a presença de microrganismos patogênicos.

A presença de bactérias pode indicar a contaminação fecal, seja por fezes de


humanos ou animais. Muitas vezes é um indício de contaminação por esgoto.

A grande preocupação é que podem causar diversas doenças, como diarreia,


febre tifoide e infecção intestinal, levando inclusive à morte. O consumo de
água contaminada ou seu uso na preparação de alimentos pode resultar em
novos casos de infecção.

A Portaria nº 2.914/2011 do Ministério da Saúde (Portaria de Potabilidade)


estabelece que seja verificada, na água para consumo humano para garantir
sua potabilidade, a ausência de coliformes totais e Escherichia coli e
determinada a contagem de bactérias heterotróficas.

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ANÁLISE QUÍMICA

A análise química da água corresponde ao pH, a dureza, produtos químicos


tóxicos e metais. Avalia a presença de um grupo selecionado de parâmetros
químicos.

pH

É um indicador de acidez ou alcalinidade da água. O valor do pH varia de 0 a


14, a água com pH 7 é neutra. Valores baixos de pH ajudam na cloração
efetiva, mas podem causar problemas com a corrosão e também de saúde.

O Ministério da Saúde recomenda que a água potável tenha um pH entre 6,0 e


9,5.

Dureza

A água contendo níveis excessivos geralmente de cálcio e magnésio, mas


â ― ‖

Pode trazer um sabor desagradável, além de causar acúmulo e incrustação


nas tubulações e tanques.

Alcalinidade

A medida da alcalinidade é de fundamental importância durante o processo de


tratamento de água, pois é em função do seu teor que se estabelece a
dosagem dos produtos químicos utilizados.

Oxigênio dissolvido

Denota a quantidade de oxigênio presente, necessária aos microrganismos


para estabilização da matéria orgânica decomposta em condições aeróbicas.
Pode indicar a falta de oxigênio para suportar a vida e também poluição
orgânica, provocando desequilíbrio ecológico.

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Nitrato e Fosfato

A presença desses nutrientes é um bom indicador de vida vegetal. Contudo, a


adição de nitratos e fosfatos artificiais através de detergentes, fertilizantes ou
esgotos pode ser prejudicial e resultar em proliferação de algas indesejadas.

Metais

Verifica a presença de metais, principalmente os de alta toxicidade e que


podem prejudicar a saúde humana. O Chumbo, por exemplo, pode causar
envenenamento crônico, atingindo o sistema nervoso central com
consequências graves.

Pesticidas e outros componentes inorgânicos

Além de contaminar o ambiente pode ser tóxico para as pessoas. Podem estar
presentes na água através de atividades agrícolas, de garimpo e mineração,
além dos despejos industriais.

Obs.: Testes regulares da água são indispensáveis para monitorar quaisquer


mudanças na qualidade.

O objetivo do exame microbiológico da água é fornecer subsídio a respeito da


sua potabilidade, isto é, ausência de risco de ingestão de micro-organismos
causadores de doenças, geralmente provenientes da contaminação pelas fezes
humanas e outros animais de sangue quente.

Vale ressaltar que os micro-organismos presentes nas águas naturais são, em


sua maioria, inofensivos à saúde humana. Porém, na contaminação por esgoto
sanitário estão presentes micro- -organismos que poderão ser prejudiciais à
saúde humana.

Os micro-organismos patogênicos incluem vírus, bactérias, protozoários


e helmintos.

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INDICADORES DE POLUIÇÃO

A água potável não deve conter micro-organismos patogênicos e deve estar


livre de bactérias indicadoras de contaminação fecal. Como indicadores de
contaminação fecal, são eleitas como bactérias de referência as do grupo
coliforme. O principal representante desse grupo de bactérias chama-se
Escherichia coli.

Poluição da água é a degradação da qualidade da água a ponto de:

 prejudicar a saúde, a segurança e o bem-estar da população;


 criar condições adversas às atividades sociais e económicas;
 afetar desfavoravelmente a biota( conjunto de todos seres vivos de um
determinado ambiente ou de um determinado período.);
 afetar desfavoravelmente as condições estéticas ou sanitárias do meio
ambiente;
 lançar matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais

Contaminação é um caso particular de poluição. A contaminação refere-se à


introdução, no meio ambiente, de qualquer produto ou organismo,
em concentrações nocivas à vida animal e vegetal. Isto significa que um
ambiente contaminado é um ambiente poluído, mas a recíproca não é
necessariamente verdadeira.

Exemplo: Pode poluir mananciais, com o lançamento de água salobra, e pode-


se contaminar mananciais, com lançamento de esgotos domésticos.

A Portaria nº 2.914/2011 do Ministério da Saúde (Portaria de Potabilidade)


estabelece que seja verificada, na água para consumo humano para garantir
sua potabilidade, a ausência de coliformes totais e Escherichia coli e
determinada a contagem de bactérias heterotróficas.

A mesma portaria determina que a contagem de bactérias heterotróficas deva


ser realizada como um dos parâmetros para avaliar a integridade do sistema de
distribuição (reservatório e rede), devendo ser feita em 20% das amostras

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mensais de coliformes totais nos sistemas de distribuição, recomendando que
não deva exceder a 500 Unidades Formadoras de Colônias por 1 mililitro de
amostra (500 UFC/mL). Para a conformidade do padrão microbiológico de
potabilidade é obrigatório a ausência de coliformes totais em 100 mL de
amostra na saída do tratamento.

No entanto, conforme Anexo I da Portaria MS nº 2.914/2011, admite-se a


presença de coliformes totais em apenas 1 amostra mensal para sistemas ou
soluções coletivas que abastecem menos de 20.000 habitantes e em 5% das
amostras mensais em sistemas ou soluções coletivas que abastecem mais de
20.000 habitantes. Ressalta-se que em ambas as situações não é permitida a
presença de Escherichia coli na água para consumo humano.

Coliformes totais (bactérias do grupo coliforme) - bacilos gram-negativos,


aeróbios ou anaeróbios facultativos, não formadores de esporos, oxidase-
negativos, capazes de desenvolver na presença de sais biliares ou agentes
tensoativos que fermentam a lactose com produção de ácido, gás e aldeído a
35,0 ± 0,5o C em 24-48 horas, e que podem apresentar atividade da enzima ß -
galactosidase. A maioria das bactérias do grupo coliforme pertence aos
gêneros Escherichia, Citrobacter, Klebsiella e Enterobacter, embora vários
outros gêneros e espécies pertençam ao grupo.

Coliformes termotolerantes - subgrupo das bactérias do grupo coliforme que


fermentam a lactose a 44,5 ± 0,2o C em 24 horas; tendo como principal
representante a Escherichia coli, de origem exclusivamente fecal.

Escherichia coli - bactéria do grupo coliforme que fermenta a lactose e manitol,


com produção de ácido e gás a 44,5 ± 0,2o C em 24 horas, produz indol a
partir do triptofano, oxidase negativa, não hidroliza a ureia e apresenta
atividade das enzimas ß galactosidase e ß glucoronidase, sendo considerado o
mais específico indicador de contaminação fecal recente e de eventual
presença de organismos patogênicos.

A origem fecal da E. coli é inquestionável e sua natureza ubíqua pouco


provável, o que valida seu papel mais preciso de organismo indicador de
contaminação tanto em águas naturais quanto tratadas.

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A Contagem Padrão de Bactérias é muito importante durante o processo de
tratamento da água, visto que permite avaliar a eficiência das várias etapas do
tratamento. É importante, também, conhecer a densidade de bactérias, tendo
em vista que um aumento considerável da população bacteriana pode
comprometer a detecção de organismos coliformes. Embora a maioria dessas
bactérias não seja patogênica, pode representar riscos à saúde, como também
deteriorar a qualidade da água, provocando odores e sabores desagradáveis.

Quanto à origem da emissão, a poluição pode ser pontual ou difusa.

Ocorre poluição pontual quando o foco de poluição é facilmente identificável


como emissor de poluentes, como no caso de águas residuais, industriais,
mistas ou de minas.

Ocorre poluição difusa quando não existe propriamente um foco definido de


poluição, tal como acontece nas drenagens agrícolas, águas pluviais
e chorume de aterros sanitários.

Os poluentes ou contaminantes podem ser classificados como:

Agentes químicos

Orgânicos (biodegradáveis ou persistentes):Proteínas, gorduras, hidratos de


carbono, Ceras, solventes entre outros.

Inorgânicos: Ácidos, álcoois, tóxicos, sais solúveis ou inertes.

Agentes físicos

Lixo.

Radioatividade, Calor, Modificação do sistema terrestre, através de


movimentação de terras ou similares.

Agentes biológicos

As coliformes são um bioindicador normalmente utilizado na análise da


qualidade microbiológica da água, embora não seja uma real causa de
doenças.

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Outras vezes microrganismos encontrados nas águas de superfície, que têm
causado problemas para a saúde humana incluem:

Microscópicos, como Vírus, Bactérias, Protozoários, Helmintos (platelmintos e


nematelmintos), Algas

Macroscópicos, como animais e plantas não pertencentes ao habitat natural em


sobre-exploração.

A introdução de substâncias poluentes nos corpos aquáticos, ao modificar as


características do meio, altera a relação entre produtores e consumidores.Se
diminuir o oxigénio dissolvido, as espécies que realizam fotossíntese têm
tendência a proliferar, enquanto as que necessitam do oxigénio na respiração,
podendo resultar numa situação de Hipóxia.

Esta alteração da relação entre produtores e consumidores pode levar


igualmente à proliferação de algas e organismos produtores de
produtos tóxicos. A inserção de compostos tóxicos pode ser absorvida pelos
organismos, ocorrendo bioacumulação, compostos que entrando na cadeia
alimentar pode causar sérios danos ao ser humano.

Pelo menos dois milhões de pessoas, principalmente crianças com menos de 5


anos de idade, morrem por ano, no mundo, em consequência da ingestão de
água contaminada, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A água poluída pode causar diversos efeitos prejudiciais à saúde humana, tais
como: febre tifoide, cólera, disenteria, meningite e hepatites A e B.

Pode ser igualmente por vectores de contaminação por doenças transportadas


por mosquitos, como paludismo, dengue, malária, doença do sono, febre
amarela.

Pode conter parasitas como verminoses, enquanto a escassez da água pode


gerar ou potenciar doenças como a lepra, tuberculose, tétano e difteria.

As águas poluídas por efluentes líquidos industriais podem causar


contaminação por metais pesados que geram tumores hepáticos e de tiróide,
alterações neurológicas, dermatoses, rinites alérgicas, disfunções
gastrointestinais, pulmonares e hepáticas. No caso de contaminação
por mercúrio, podem ocorrer anúria e diarreia sanguinolenta.

A dengue é uma doença que se propagam somente na água. Porém, essa


água tem que estar parada e limpa para a criação do inseto.
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COLIFORMES TOTAIS

Coliformes são grupos de bactérias indicadoras de contaminação e são


formados pelos gêneros Escherichia, Citrobacter, Enterobacter e Klebsiella.

As bactérias do grupo coliforme habitam o intestino de animais mamíferos,


como o homem, e são largamente utilizadas na avaliação da qualidade das
águas, servindo de parâmetro microbiológico básico às leis de consumo
criadas pelos governos e empresas fornecedoras que se utilizam desse
número para garantir a qualidade da água para o consumo humano.

Há os coliformes totais, que são grupos de bactérias gram-negativas, que


podem ou não necessitar de Oxigênio - Aeróbias ou Anaeróbias, que não
formam esporos, e são associadas à decomposição de matéria orgânica em
geral. Há também os Coliformes Fecais, também chamados de Coliformes
Termotolerantes pois toleram temperaturas acima de 40ºC e reproduzem-se
nessa temperatura em menos de 24 horas. Este grupo é associado às fezes de
animais de endotérmicos.

Pelo estudo da concentração dos Coliformes nas águas pode-se estabelecer


um parâmetro indicador da existência de possíveis microorganismos
patogênicos que são responsáveis pela transmissão de doenças pelo uso ou
ingestão da água, tais como a febre tifóide, febre paratifóide, disenteria bacilar
e cólera.

Coliformes totais Método dos tubos múltiplos (TM) Material necessário:

a) tubo de ensaio;

b) estante para tubo de ensaio;

c) tubo de Durhan;

d) pipeta graduada de 10 mL;

e) pipeta graduada de 1 mL;

f) bico de Bunsen ou lamparina a álcool;

g) caldo Lactosado de concentração dupla;

h) caldo Lactosado de concentração simples;

18
i) caldo Lactosado Verde Brilhante Bile a 2%;

j) água de diluição;

k) alça de platina com cabo de Kolle;

l) estufa bacteriológica.

Art. 4º Para os fins a que se destina esta Norma, são adotadas as seguintes
definições:

I. água potável — água para consumo humano cujos parâmetros


microbiológicos, físicos, químicos e radioativos atendam ao padrão de
potabilidade e que não ofereça riscos à saúde;

II. sistema de abastecimento de água para consumo humano— instalação


composta por conjunto de obras civis, materiais e equipamentos, destinada à
produção e à distribuição canalizada de água potável para populações, sob a
responsabilidade do poder público, mesmo que administrada em regime de
concessão ou permissão;

III. solução alternativa de abastecimento de água para consumo humano —


toda modalidade de abastecimento coletivo de água distinta do sistema de
abastecimento de água, incluindo, entre outras, fonte, poço comunitário,
distribuição por veículo transportador, instalações condominiais horizontal e
vertical;

IV. controle da qualidade da água para consumo humano — conjunto de


atividades, exercidas de forma contínua pelo(s) responsável(is) pela operação
de sistema ou solução alternativa de abastecimento de água, destinadas a
verificar se a água fornecida à população é potável, assegurando a
manutenção desta condição;

V. vigilância da qualidade da água para consumo humano — conjunto de ações


adotadas continuamente pela autoridade de saúde pública para verificar se a
água consumida pela população atende à esta Norma e para avaliar os riscos
que os sistemas e as soluções alternativas de abastecimento de água
representam para a saúde humana;

VI. coliformes totais (bactérias do grupo coliforrne) - bacilos gratn-negativos,


aeróbios ou anaeróbios facultativos, não formadores de esporos, oxidase-
negativos, capazes de desenvolver na presença de sais bilrares ou agentes
tensoativos que fermentam a lactose com produção de ácido, gás e aldeído a
35,0 ± 0,5 "C em 24-48 horas, e que podem apresentar atividade da enzima ti -

19
galactosidase. A maioria das bactérias do grupo coliforme pertence aos
gêneros Escherichia, Citrobacter, Klebsiella e Enterobacter, embora vários
outros gêneros e espécies pertençam ao grupo;

VII. conformes termotolerantes - subgrupo das bactérias do grupo coliforme


que fermentam a lactose a 44,5 ± 0,2°C em 24 horas; tendo como principal
representante a Escherichia coli, de origem exclusivamente fecal;

VIII. Escherichia Coli - bactéria do grupo coliforme que fermenta a lactose e


manitol, com produção de ácido e gás a 44,5 ± 0,2°C em 24 horas, produz indol
a partir do triptofano, oxidase negativa, não hidroliza a uréia e apresenta
atividade das enzimas 13 galactosidase e li glucoronidase, sendo considerada
o mais específico indicador de contaminação fecal recente e de eventual
presença de organismos patogênicos;

IX. contagem de bactérias heterotróficas - determinação da densidade de


bactérias que são capazes de produzir unidades formadoras de colônias
(UFC), na presença de compostos orgânicos contidos em meio de cultura
apropriada, sob condições pré-estabelecidas de incubação: 35,0, ± 0,5°C por
48 horas;

X.cianobactérias - microorganismos procarióticos autotróficos, também


denominados como cianofíceas (algas azuis), capazes de ocorrer em qualquer
manancial superficial especialmente naqueles com elevados níveis de
nutrientes (nitrogênio e fósforo), podendo produzir toxinas com efeitos adversos
à saúde; e

XI. cianotoxinas - toxinas produzidas por cianobactérias que apresentam


efeitos adversos à saúde por ingestão oral, incluindo:

a)microcistinas - hepatotoxinas heptapeptídicas cíclicas produzidas por


cianobactérias, com efeito potente de inibição de proteínas Osfatases dos tipos
1 e 2A e promotoras de tumores;

b)cilindrospermopsina - alcalóide guanidínico cíclico produzido por


cianobactérias, inibidor de síntese protéica, predominantemente hepatotóxico,
apresentando também efeitos citotóxicos nos rins, baço, coração e outros
órgãos, e

c)saxitoxinas - grupo de a, alóides carbamatos neurotóxicos produzido por


cianobactérias, não sulfatados (saxitoxinas) ou sulfatados (goniautoxinas e C-
toxinas) e derivados decarbamil, apresentando efeitos de inibição da condução
nervosa por bloqueio dos
canais de sódio.

20
COLIFORMES FECAIS

Coliformes fecais, atualmente chamado de coliformes termotolerantes, são


bactérias que estão presentes em grandes quantidades no intestino do homem
e animais de sangue quente.

Os coliformes fecais (termotolerantes) podem contaminar a água através


das fezes que chegam até a água por meio de despejo do esgoto que não foi
adequadamente tratado.

As bactérias coliformes fecais reproduzem-se ativamente à temperatura de


44,5 °C, temperatura suficiente que lhes permite também fermentar o açúcar e
a lactose, com produção de ácidos e gases.

São muitas vezes usadas como indicadores da qualidade sanitária da água, e


não representam por si só um perigo para a saúde, servindo antes como
indicadores da presença de outros organismos causadores de problemas para
a saúde.

Os coliformes fecais (termotolerantes) inclui três


gêneros, Escherichia, Enterobacter e Klebsiella, sendo a cepas de
Enterobacter e Klebsiella de origem não fecal. A E. coli tem seu habitat no trato
gastrintestinal sendo indicadora de contaminação fecal. Pode desintegrar com
um tipo de formol. Pode desaparecer com ranger, sua principal função é fazer
com que as pessoas fiquem com o intestino regularizado.

Coliformes fecais são bactérias encontradas em abundância no intestino do ser


humano e de animais de sangue quente, mas também pode aparecer em
menor quantidade na terra não contaminada por fezes. Quando falamos da
qualidade de uma determinada fonte de água, costumamos ouvir sobre a
contagem de coliformes fecais. A quantidade de coliformes fecais é importante
porque a presença deles em alta quantidade é um alto indicativo que a água
está contaminada por fezes e esgoto doméstico, podendo carregar outros
microrganismos causadores de doenças.

A análise da água de caixas d'água, reservatórios e poços artesianos é um


passo importante para aqueles que desejam garantir a segurança no uso e
consumo da água em condomínios. A medida é essencial para manter a
qualidade da água e evitar a proliferação de doenças gastrointestinais e
também de dengue, leptospirose, esquistossomose e hepatite A.

21
A água, apesar de ser tratada pelas Companhias de Saneamento conforme
padrões estabelecidos pelo Ministério da Saúde, pode sofrer algum tipo de
ã x ’
muitas vezes ficam longos períodos sem limpeza ou possuem rachaduras e
tampas danificadas.

O trabalho desenvolvido pelos pesquisadores da Escola Nacional de Saúde


Pública (Ensp/Fiocruz), Antonio Duarte e Valmir Laurentino, amplia as
possibilidades de análise com a pesquisa de parasitos na água. Desenvolvido
nos municípios de Angra dos Reis e Paraty, nas tribos indígenas guarani, a
pesquisa complementa a vigilância da qualidade da água convencionalmente
estabelecida por meio da análise físicoquímica e microbiológica. A ideia é
expandir a metodologia e aplicá-la na análise da água para consumo humano
em diversas regiões.

A análise de água de rio, também chamada de análise de água superficial, é


um procedimento técnico adotado por laboratórios, que visa verificar as
condições físico-químicas de rios, como forma de estabelecer um parâmetro
sobre a qualidade da água para a preservação do meio ambiente. O
procedimento é regido pelo Artigo 11 do Decreto 8.468/76 de 08 de setembro
de 1976, que zela sobre o atendimento de padrões ambientais de conservação
do meio ambiente, conforme normas da CETESB – Companhia Estadual de
Tecnologia e Saneamento, bem como a resolução do CONAMA 357, de 17 de
março de 2005 sobre a análise de água de rio e água salina.

A análise de água de rio é responsável pelo monitoramento ambiental da


qualidade natural dos mananciais, a partir da avaliação de sistemas e produtos
que são utilizados na estação de tratamento. O procedimento envolve o uso de
equipamentos laboratoriais de precisão, que fornecem informações sobre as
cargas dos efluentes industriais, assim como de efluentes sanitários públicos e
como eles estão afetando a qualidade dos corpos de água receptores.

Dessa forma, é possível ter dados sobre as condições da água e apontar quais
são as medidas adotadas para a melhoria da preservação dos recursos da
natureza. Em caso de resultados positivos durante a análise de água de rio, é
possível renovar licenças de funcionamento industrial ou público. Entre as
principais formas de avaliação, encontram-se:

 Análise do enquadramento e classificação dos corpos de água;


 Análise do ambiente aquático, suas comunidades e organismos vivos;
 Classificação do corpo hídrico.

22
MÉTODOS CONVENCIONAIS DE ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA

O exame da água, principalmente daquela destinada ao consumo humano, é


de fundamental importância. Por ele pode-se ter certeza de que a água
distribuída é de confiança, se está isenta de microorganismos ou substâncias
químicas que podem ser prejudiciais à saúde das pessoas.

O ensaio de coagulação é um procedimento de rotina em estações de


tratamento de água para determinar a dosagem dos produtos químicos
utilizados no tratamento. Podemos dizer, que é uma simulação do que ocorre
na ETA. Para realizar este ensaio, é necessário que se conheça previamente
as seguintes características da água bruta: cor, turbidez, alcalinidade, pH e
temperatura; além de parâmetros hidráulicos da estação de tratamento, tais
como: vazão, tempo de detenção no floculador, velocidade de sedimentação no
decantador, etc. O ensaio de coagulação não é uma operação muito simples,
pois devem ser consideradas algumas variáveis do processo, como a cor e
turbidez da água bruta; se a alcalinidade natural da água é suficiente, se o pH
está dentro da faixa ótima de floculação, o tipo de coagulante empregado, etc.

A correção do pH da água tratada é um procedimento utilizado nas ETAs com


a finalidade de prevenir o processo de corrosão das estruturas metálicas do
sistema de distribuição que é provocado pela acidez da água, conseqüência da
presença de gás carbônico dissolvido.

As águas superficiais possuem gás carbônico dissolvido. Esse gás carbônico


pode ser proveniente da atmosfera, da respiração dos seres aquáticos e até da
reação do sulfato de alumínio quando este reage com a alcalinidade natural da
água. A correção do pH significa elevar o pH da água tratada até o pH de
saturação que é o ponto onde não acontece mais o processo de corrosão.
Esse pH não é igual para todas as águas e sua determinação pode ser feita no
laboratório.

Cálculo:

23
Onde:

A = ml de tiossulfato gasto na titulação da amostra;

B = ml de tiossulfato gasto no branco;

N = Normalidade do tiossulfato;

P = Peso ou volume do produto.

Dependendo da concentração da solução a ser analisada usar um peso ou


volume que não gaste mais do que a capacidade da bureta utilizada, de
tiossulfato de sódio 0,1 N. Fazer um branco com água destilada.

Tiossulfato de sódio 0,1 N – Dissolver 25 gramas de tiossulfato de sódio Na2


S2 O3 .5H2 O em 1 litro de água destilada fervida recentemente. Armazenar
durante duas semanas e padronizar com Dicromato de potássio K2 Cr2 O7 0,1
N.

1. Usar água destilada fervida na preparação do tiossulfato

2. Adicionar alguns mililitros de clorofórmio (±5 ml) para minimizar a


decomposição bacteriana da solução de tiossulfato.

Dicromato de potássio 0,1 N – Pesar 4,904 gramas de dicromato de potássio


(K2 Cr2 O7 .) e dissolver em um pouco de água destilada e em seguida diluir
para 1 litro. Armazenar em frasco de vidro com tampa de vidro.

Solução indicadora de amido – Pesar 5,0 gramas de amido. Adicionar um


pouco de água destilada até formar uma pasta. Em seguida dissolver essa
pasta em um litro de água destilada fervente. Deixar em repouso durante uma
noite. Usar o líquido sobrenadante preservando-o pela adição de 1,25 gramas
de ácido salicílico.

Solução de tiossulfato de sódio 0,1 N Pesar exatamente 25,0 gramas de Na2


S2 O3 .5H2 O e dissolver em um pouco de água destilada e completar o
volume para 1000 ml em balão volumétrico.

24
PRINCIPAIS DOENÇAS VINCULADAS PELA ÁGUA

Mais de um milhão de bactérias, fungos e microorganismo nocivos ao corpo


humano podem viver em ambiente aquático e podem chegar ao nosso corpo
de diversas formas. Não é para se assustar, mas até mesmo no banho
podemos contrair doenças com água suja. A seguir, cinco doenças que talvez
você conheça.

Hepatite: A hepatite é uma inflamação do fígado com diversas causas


infecciosas e não infecciosas. Ela está na lista de doenças que pode ser
causada por água contaminada, bem como a ingestão de alimentos lavados
com água contaminada. Os vírus da Hepatite A e E são transmitidos por fezes
frequentemente quando se usa água contaminada. A hepatite A é mais comum
em locais onde a água não é bem sanitarizada.

Leptospirose: esta é uma das doenças mais temidas pela água por conta dos
sintomas que deixa no homem. Ela é uma infecção bacteriana, vinda da urina
dos ratos. Quando um local não tem saneamento básico, os ratos podem
deixar a bactéria no esgoto. O que pouca gente sabe é que não é apenas o
rato o causador da doença, mas muitos outros podem urinar e causar o
problema. Ingerir a água contaminada, lavar os alimentos com ela ou mesmo
ter contato com a pele pode causar a infecção por esta bactéria do gênero
Leptospira. Os sintomas da doença mais comuns são febre intensa e alta,
cefaleia intensa, dores musculares e vômito. Como são confundidos com uma
virosa, é importante fazer um exame médico mais detalhado.

Esquistossomose: Também conhecida como ’


que deixou de ser um problema em diversas cidades devido ao uso de água
tratada, mas muito frequente no Brasil ainda em regiões pobres e onde as
pessoas depende de água de poço, lagos e rios. É uma verminose causada
pelo esquistossomo, que penetra pela pele quando se há contato com água
sem tratamento.

Os principais sintomas são inchaço na barriga e seu aumento de volume


’ H
diarreia constante e diversos problemas generalizados no organismo.

25
Amebíase: Pouca gente leva em consideração a amebíase quando se
alimenta em locais não seguros e os quais não sabe a procedência do
alimento. Esta doença, bem comum em todas as partes do mundo, é causada
por contaminação por material fecal. A amebíase é causada por uma ameba
que está presente em material fecal. Ou seja: para ter a doença, você pode
estar ingerindo água contaminada por fezes de animais ou humanos. Ela ataca
diretamente o sistema digestivo, causando diversos problemas. É tratável, mas
deixa seus transtornos.

Ciguatera: Das doenças causadas por água suja, com certeza você não
esperaria que uma das causas fosse o peixe, não é mesmo? Mas temos sim. A
ciguatera é uma intoxicação causada por quem come peixes e outros alimentos
marinhos contaminados por uma espécime de plâncton. Infelizmente não há
como controlar: peixes comem este plâncton e nós comemos o peixe. O que
pode ser feito é tentar tratar muito bem os peixes e não usar água do mar na
fervura. Para quem se alimenta de pratos produzidos a beira mar, não espere
todo este trato, então bastante cuidado. É uma doença de peixes de média
profundidade, então cuidado com os pescados.

A maioria das doenças transmitidas pela água são causadas por micro-
organismos presentes em reservatórios de água doce, habitualmente após
contaminação dos mesmos por fezes humanas ou de animais.

A transmissão do agente infeccioso através da água pode ocorrer pelo contato


com a pele durante o banho, pela ingestão ou pela aspiração de germes
presentes na água.

A forma mais comum de contaminação é através da ingestão, seja diretamente


bebendo água contaminada ou pelo consumo de alimentos lavados com água
infectada.

Nas regiões onde não há saneamento básico (falta de água tratada ou rede de
esgoto), as doenças infecciosas podem ocorrer devido à contaminação da
água de rios, lagos, córregos e, em alguns casos, até mesmo do mar por
dejetos humanos e de animais. O modo mais comum de contaminação das
águas é através do despejo de esgoto não tratado.

26
HISTÓRIA DOS MICRORGANISMOS

Micro-organismos (pré-AO 1990:


microorganismos), microrganismos ou micróbios são organismos que só
podem ser vistos ao microscópio. Incluem os vírus, as bactérias,
os protozoários, as algas unicelulares, fungos (as leveduras unicelulares assim
como os demais fungos pluricelulares) e os ácaros.

Diferente do que muitos pensam, seres microscópicos não são


necessariamente seres unicelulares, um exemplo disso são os próprios ácaros.

Esta designação não tem valor taxonômico, uma vez que engloba organismos
de diferentes reinos, mas é utilizada na ciência e na tecnologia (como na
fabricação de alimentos fermentados). A disciplina que estuda os micro-
organismos é a microbiologia.

Muitos microrganismos são agentes patogênicos, mas muitos são benefícos


para outras espécies, vivendo como simbiontes, ou para o meio ambiente,
como as bactérias que decompõem a matéria orgânica dentro do ciclo
biogeoquímico. Podem encontrar-se microorganismos em todos os habitats,
tolerando os ambientes mais extremos, desde o fundo dos oceanos, passando
pelo solo terrestre, e até na atmosfera.

As bactérias são organismos unicelulares que não possuem carioteca (um


núcleo celular organizado);são procariontes. Podem encontrar-se no fundo dos
oceanos, no solo, no sistema digestivo de muitos seres vivos como animais, o
ser humano e no sistema radicular de várias espécies de plantas.

Estes micro-organismos têm uma grande importância para a biosfera, pois são
os principais responsáveis pela reciclagem de nutrientes, em especial
do nitrogênio e do enxofre.[7] Para além disso, muitas espécies de animais e
vegetais dependem das bactérias para a sua sobrevivência: os mamíferos
ruminantes e outros animais só podem alimentar-se exclusivamente de
vegetais graças a bactérias simbiontes nos seus tubos digestivos. O ser
humano alberga no intestino várias espécies de bactérias, umas comensais,
outras simbióticas, como os lactobacilos que produzem a enzima beta
galactase que facilita a digestão da lactose do leite e as

bifidobactérias, que podem inibir a atividade de outras bactérias deletérias para


o organismo.

27
Entre as plantas, deve salientar-se a simbiose entre as leguminosas e
o Rhizobium, bactéria fixadora do nitrogênio do ar, que o transforma
em nitratos e nitritos, importantes nutrientes para essas plantas.

Algumas bactérias podem ser beneficiais aos seres vivos, auxiliando na


decomposição de animais e vegetais e na produção de alguns alimentos.

Muitas espécies de bactérias são utilizadas industrialmente, por exemplo na


produção de insulina, iogurte e vinagre.

O conhecimento dos microrganismos, suas atividades e correlações em águas


doces, águas marinhas e estuarínas deve ser encarado como primordial para
quem queira desenvolver qualquer atividade dentro da aqüicultura ou mesmo
da hidrobiologia aquática.

Para efeito prático, podemos dividir as águas utilizadas quanto a sua origem e
diversidade microbiana em: águas da atmosfera; águas superficiais; águas
subterrâneas.

Águas da atmosfera: a população microbiana é procedente do ar, o qual é


"lavado" pela água, carregando partículas e microrganismos, sendo removidos
do ar pelas precipitações (chuvas). Estas águas geralmente, salvo incidentes,
são pobres em bactérias e raramente são encontradas as patogênicas.

Águas superficiais: são contidas nos lagos, rios, nascentes superficiais,


sendo as mais susceptíveis a presença de organismos provenientes da
atmosfera, do solo ou de qualquer tipo de dejetos nelas lançados, variando de
número e em diversidade de acordo com a fonte hídrica, com os nutrientes
presentes e pelas condições geográficas, biológicas e climáticas. As chamadas
nascentes superficiais são colonizadas quase que exclusivamente por algas e
bactérias, dependendo da composição física e química (temperatura, pH, por
exemplo). Já as águas dos rios, lagos e mar, podem apresentar grande
diversidade, incluindo fungos, bactérias, fito-zooplancton, plantas e animais
superiores.

Águas subterrâneas: originárias da precipitação atmosférica, dos rios, lagos,


etc., são resultantes da absorção pelo solo e pelas infiltrações nele existentes.
Geralmente as águas subterrâneas são pobres em nutrientes ou com
predominância de um tipo de nutriente, isto devido ao efeito de filtração e
adsorsão pelas camadas do solo, caracterizando-as de maneira toda especial

28
(sulfurosas, calcárias, etc.), com baixa densidade bacteriana e de outros
organismos como as algas, etc.

Sua pureza vai depender do grau de filtração que sofreu, por exemplo, as
águas de solo arenoso apresentam mínima presença de bactérias, sendo
capaz de filtrar mais de 90% dos dissolvidos orgânicos num espaço, extensão
ou profundidade de 4 metros. Já o solo calcário, onde se pode encontrar
fendas de até quilômetros de extensão, a filtração é praticamente nula. Porém,
tanto as águas de poços rasos como as de poços profundos podem receber
facilmente contribuição de organismos diversos provenientes da superfície ou
do solo, quando o poço ou nascente não estiverem protegidos.

Como se pode ver, a diversidade das espécies varia de acordo com os


diferentes tipos de água e profundidade, assim em águas subterrâneas
predominam os bacilos gram negativos não esporulados, particularmente os
pertencentes ao gênero Achromobacter e Flavobacterium, embora também
seja encontrada baixa densidade de bacilos gram positivos e algumas espécies
do gênero Micrococcus, Nocardia e Cytophaga.

Em fontes ou nascentes de solo rico em ferro, além das bactérias já


mencionadas, podem ser encontradas com alguma freqüência as bactéria dos
gêneros Gallionella, Leptothris e Crenotthrix, Em águas sulfurosas
encontramos as do ciclo do enxofre, (Thiobacillus sp, por exemplo), as não
pigmentadas e as chamadas púrpuras. Nas fontes termais as espécies
encontradas são aquelas mais tolerantes ao calor (termofílicas), como a
Sulfolobius acidocaldarius e Leptothrix thermalis.

Nas chamadas fontes superficiais a flora bacteriana é muito mais diversificada


do que as de águas subterrâneas e sua diversidade depende acima de tudo do
suprimento de nutrientes. Em rios, com baixa concentração de nutrientes,
os bacilos gram negativos não esporulados predominam e as várias espécies
de bactérias gemulantes e/ou apendiculadas como o Hyphomicrobium,
Caulobacter e Gallionella.

29
Referências Bibliográficas

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