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ESCALA DAVIS –

GUIA DE BOLSO

Manual de Identificação de
Notas de Danos Causada por
Lepidópteros que atacam a
Cultura de Milho
PREFÁCIO
O manual de identificação de nível de dano causado por pragas
lepidópteras na cultura do milho de acordo com escala Davis, vem para
auxiliar profissionais da área agronômica que devem ter em mente a
importância em realizar o monitoramento das pragas em uma cultura e
proceder com o Manejo Integrado de Pragas (MIP).

O MIP são medidas preventivas que visam diminuir a evolução de


pragas resistentes em uma população. Dentre essas medidas, que também
são necessárias para manutenção de tecnologias a base de Bt`s, cita-se:

➢ Plantio de área de refúgio

➢ Tratamento de sementes

➢ Monitoramento do nível de dano

➢ Pulverização de inseticidas se necessário


FATORES QUE INTERFEREM NO
APARECIMENTO DE PRAGAS
Dentre inúmeras fatores que determinam o aparecimento de pragas
numa lavoura, algumas devem ser citadas:

➢ Temperatura do ar: Interferem na refrigeração e transpiração do inseto.

➢ Luz: Relação com o desenvolvimento da vegetação, que reflete no


crescimento populacional da praga.

➢ Nutrição da planta: Plantas mal nutridas, podem ser mais susceptíveis as


pragas por estarem enfraquecidas, por outro lado, excesso nutricional
pode favorecer o aparecimento de algumas espécies.

➢ Ciclo de vida com maior incidência: Por exemplo, a Spodoptera


frugiperda tem seu maior aparecimento de outubro a janeiro, e em
períodos de safrinha as condições mais favoráveis são: Baixo índice
pluviométricos, temperaturas diurnas elevadas e noturnas amenas.
FATORES QUE INTERFEREM NA EXPRESSÃO DE
PROTEÍNAS BT
O modo de ação das proteínas Cry1F, Cry1A.105, Cry2Ab2,
Vip3Aa20 no milho POWERCORE ULTRA é semelhante ao efeito de outros
inseticidas a base de Bt. As proteínas são delta-endotoxinas que precisam
ser ingeridas para que ocorra a morte do inseto-alvo.

As proteínas Cry1F, Cry1A.105, Cry2Ab2, Vip3Aa20 são letais,


portanto somente quando ingeridas pelas larvas de insetos lepidópteros, e
suas especificidades de ação são devidas a presença de sítios específicos
de ligação no trato digestivo dos insetos-alvo.
Existem vários tipos de proteínas Bt com diferentes graus de eficácia contra
insetos-alvo que decorrem as existência de ligação especificas dessas
proteínas.

As proteínas são expressas durante todo o ciclo de desenvolvimento


da planta de milho. Alguns déficit hídrico, períodos longos de baixa
luminosidade, deficiência nutricional, injurias e outros, interferem na
fisiologia da planta, podendo prejudicar a expressão em níveis adequados.
ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTOS DO MILHO
ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTOS DO MILHO
ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTOS DO
MILHO X PRAGAS
V4 A V6

Até a quarta folha não e afetada de forma


significativa por perda de área foliar. Mas dessa
fase em diante a manutenção da área foliar é
importantíssimo na definição de seu potencial
produtivo.

(Fancelli, 2007)

V8

Denomina-se fase do cartucho. Pico de


crescimento da planta. Fase que define diâmetro
do colmo. Perda de área foliar nessa fase de
desenvolvimento ocasiona perdas significativas.

(Venturini, 2015)
ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTOS DO
MILHO X PRAGAS

V12 A VT

Fase que define o índice máximo de área


foliar e posteriormente o número e
tamanho de espigas.

Portanto controle de pragas nessas fases criticas no desenvolvimento da cultura


do milho é de importância para que não aja danos econômicos.
PARTICIPAÇÃO DAS FOLHAS NA PRODUÇÃO

Portanto, se a planta atingir seu pico de desenvolvimento foliar sem


danos, principalmente por pragas, maior será seu potencial produtivo.
Spodoptera frugiperda - Lagarta do Cartucho
Spodoptera eridania – Lagarta das Vagens
Hlicoverpa zea – Lagarta da Espiga
Diatraea saccharalis – Broca do Colmo
Elasmopalpus lignosellus – Lagarta Elasmo
PRAGA ALVO – LAGARTA ELASMO
Agrotis ipsilon – Lagarta Rosca
PRAGA ALVO - LAGARTA ROSCA
Spodptera cosmioides – Lagarta das Folhas
PRAGA ALVO LAGARTA DAS FOLHAS

“Y” invertido na fronte


ESCALA DAVIS
O monitoramento da lavoura e pratica fundamental no manejo de
resistência de insetos (MRI). Em áreas com alta pressão das pragas, pode
ser necessário o controle químico.
Através do monitoramento, identifica-se a hora certa da aplicação.
Devem ser levados em consideração os estádios da pragas que esta
causando o dano, o estádio da cultura, as condições ambientais da região
e a pressão de pragas. São essas informações que vão auxiliar na correta
tomada de decisão.

Para auxiliar na tomada de decisão, recomenda-se a utilização da


Escala Davis, sendo o nível de controle definido como 10% de plantas
com nota >=3 de acordo com a Escala Davis para POWERCORE.

Se for observado a porcentagem de 4% das plantas em nivel de


dano >=3 da Escala Davis para Lagarta-do-Cartucho-do-Milho em
POWERCORE ULTRA, entre em contato com o representante comercial
ou o distribuidor da sua região para verificar a necessidade de aplicação
de inseticida.
1 ESCALA DAVIS

1 – Planta com pontuações (mais que uma pontuação por planta).


2 ESCALA DAVIS

1 – Planta com pontuações (1 a 3 lesões circulares pequenas até 1,5cm).


3 ESCALA DAVIS

1 – Planta com 1 a 5 lesões circulares pequenas (1,5cm); mais 1 a 3


lesões alongadas (até 1,5cm).
4 ESCALA DAVIS

1 – Planta com 1 a 5 lesões circulares pequenas (até 1,5cm); mais 1 a 3


lesões alongadas (maiores que 1,5cm e menores que 3,0cm).
5 ESCALA DAVIS

1 – Planta com 1 a 3 lesões alongadas grandes (maiores que 3,0cm) em


1 a 2 folhas; mais 1 a 5 furos ou lesões alongadas até (1,5cm).
6 ESCALA DAVIS

1 – Planta com 1 a 3 lesões alongadas grandes (maiores que 3,0cm) em


2 ou mais folhas; mais 1 a 3 furos grandes (maiores que 1,5cm) em 2 ou
mais folhas.
7 ESCALA DAVIS

1 – Planta com 3 a 5 lesões alongadas grandes (maiores que 3,5cm) em


2 ou mais folhas; mais 1 a 3 furos grandes (maiores que 1,5cm) em 2
mais folhas.
8 ESCALA DAVIS

1 – Planta com muitas lesões alongadas (mais que 5cm) de todos os


tamanhos na maioria das folhas. Muitos furos médios e grandes (mais
que 5) maiores que 3,0cm em muitas folhas.
9 ESCALA DAVIS

1 – Plantas com muitas folhas, na quase totalidade, destruídas.


AVALIAÇÃO
O profissional deve avaliar vários pontos na lavoura de forma aleatório.
Em cada ponto deve-se contar 100 plantas e iniciar a leitura das notas de
danos. Ao terminar o monitoramento, realizar o calculo das plantas atacadas.
Nível de controle definido como 10% de plantas com nota >=3 de acordo
com Escala Davis para POWERCORE, e 4% de plantas com nota >=3 de
acordo com Escala Davis para POWERCORE ULTRA.

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