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ANÁLISE DE SEMENTES

Elisa Serra Negra Vieira


HISTÓRICO - Mundo
1816: trevo + areia → 1as análises

1869 - Alemanha: 1o Laboratório de Análise de


Sementes (LAS)

1876: 1o manual e 1o LAS Estados Unidos

1921: ISTA – International Seed Testing Association


→ Europa

1939: AOSA – Association of Seed Analisys


→ Estados Unidos
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Brasil:
 1956: 1o manual

 1963: atualização do manual

 1965: “Primeira Lei de Sementes”: fiscalização

 1977: “Segunda Lei de Sementes”: > fiscalização

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Finalidade da análise de sementes:

 Determinar a qualidade do lote


 Determinar o valor das sementes para semeadura

 Estabelecer bases fiscalização


 Estabelecer bases para armazenamento, distribuição
e descarte de sementes
 Avaliar o beneficiamento e secagem
 Avaliar trabalhos de pesquisa

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LOTE = quantidade específica
de sementes, da qual um
certificado de análise é
emitido

AMOSTRAGEM

- Regras para Análise


de Sementes (RAS)
- Manuais da ISTA

LAS
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AMOSTRAGEM

 OBJETIVO: retirar uma amostra representativa do


lote de sementes, a qual será enviada para o LAS e
analisada

 Realizada de acordo com as recomendações da RAS

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Tipos de amostras

 Amostra simples: pequena porção tomada de um


ponto do lote

 Amostra composta: mistura de amostras simples

 Amostra média: amostra enviada para LAS e peso


deve estar de acordo com RAS. Ex: soja – 1Kg

 Amostra de trabalho: amostra tomada da amostra


média para execução dos testes. Ex: soja – 500g

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ANÁLISE DE SEMENTES – RAS E ISTA
 Análise de pureza
 Determinação do número de outras sementes
 Verificação de espécies e de cultivares
 Determinação do grau de umidade
 Determinação do peso de sementes
 Teste de sementes revestidas
 Teste de raio-X
 Determinações adicionais
 Teste de germinação
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Análise de pureza

 Separação de:
● semente pura: semente da espécie
● outras sementes
● material inerte

 Verificação

 Pesagem das partes encontradas

 Resultado em percentagem

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Determinação do número de outras sementes

 Determinação do número de outras espécies na


amostra de trabalho.

 Contagem

 Resultado: número de sementes encontradas e


nome científico

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Verificação de espécies e de cultivares

 Verificar se amostra média está de acordo com a


espécie ou cultivar indicada

 Avaliações: sementes e plântulas


● características morfológicas: cor do hilo, forma da
semente, pigmento roxo no hipocótilo de plântulas
● características químicas: reação a peroxidase em
soja
● eletroforese de proteínas e isoenzimas
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Teste de peroxidase

 Soja
 METODOLOGIA:
● tegumento + solução guaiacol 1% por 10 min.
● 1 gota água oxigenada 40 volumes

 RESULTADO:
● cultivar com peroxidase positiva → solução rosa
● cultivar com peroxidase negativa → solução incolor

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Determinação do grau de umidade
 Determinação do teor de água nas sementes

 Método mais utilizado:


● estufa a 105oC por 24 horas

 Resultado: % de umidade
U = 100 (Peso úmido – Peso seco) / Peso inicial - tara

Determinação do peso de sementes

 Peso de 1000 sementes


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Testes de sementes revestidas

1)Pureza:
● semente revestida, não revestida, material inerte
● certificar se semente é da cultivar em questão

2) Número de outras sementes

3) Teste de germinação

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Teste de raio X

 OBJETIVO: prover maneira rápida de indentificar


sementes cheias, vazias, danificadas por insetos e/ou
dano mecânico.

 Equipamentos:
● Máquina de raio X
● Sistema de revelação

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 PRINCÍPIO: diferentes tecidos absorvem raios X em
diferentes quantidades dependendo da espessura e/ou
densidade. Filme fotográfico receberá diferentes
intensidades de luz e de sombra.

 Metodologia:
● 100 sementes entre uma fonte de energia e um
Filme de raio X
● Exposição por tempo e voltagem específicos
● Revelação
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 Resultado:
● Filme de raio X:
- pontos claros, > passagem de luz → semente
vazia
- aparecimento de rachaduras internas

● % de sementes vazias, cheias, com danos de


Inseto e com dano mecânico

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Exemplos de teste de raio X:
1) Milho
2) Canafístula

AI, BI e CI = sementes
visualmente intactas
AIII – plântula normal
BIII – plântula anomal
CIII – semente morta
Determinações adicionais

1)Exame de sementes infestadas: caruncho, traça

2) Peso volumétrico: peso de determinado volume


Volume = 1L → peso hectolítrico

3) Número de sementes “sem casca”

4) Número de sementes “com casca”

5) Classificação de peneiras

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Teste de germinação

 OBJETIVO: determinar o potencial máximo de


germinação de um lote de sementes

 Desenvolvido em condições ótimas

 Avaliações das estruturas essenciais da plântula

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Estruturas de uma plântula de dicotiledônea:
Plúmula
Cotilédone

Epicótilo
Hipocótilo

Raízes laterais Raiz primária

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Estruturas de uma plântula de monocotiledônea:

Plúmula

Coleóptilo
Mesocótilo

Raízes
seminais Raiz primária

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 Metodologia:
● TPG : 400 sementes
Pesquisa: 100 sementes
● Colocação sementes em substrato ( papel, areia)
● Colocação das sementes no substrato em
Condições ideais de T e recomendadas pela RAS
● Leitura após número de dias recomendados pelas
RAS
● Contagem de plântulas normais, anormais,
Sementes mortas, duras e dormentes
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 Resultados - % de:
● plântulas normais:
- plântula intacta: com todas as estruturas
essenciais intactas
- plântulas com pequenos defeitos (50% do
cotilédone, estruturas essenciais com danos limitados)
- plântulas com infecções secundárias

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● plântula anormal:
- deformada - deteriorada
- quebrada - fina e fraca

● sementes não germinadas


- dura: não embebe água
- dormente: embebe água mas germinação bloqueada
- mortas - vazias
- sem embrião - danificadas por inseto

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TESTES DE VIGOR

 Vigor - definições:
● AOSA: propriedades da semente que determinam o
potencial para uma emergência rápida e uniforme e
para o desenvolvimento de plântulas normais sob
uma ampla faixa de condições ambientais

● Capacidade de uma semente gerar plântulas


normais mesmo em condições desfavoráveis

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Classificação dos testes de vigor:

 Testes de crescimento e avaliação de plântulas


● índice de velocidade de germinação e
emergência

 Testes de estresse
● envelhecimento acelerado
● teste frio

 Testes bioquímicos
● tetrazólio
● condutividade elétrica Elisa Serra Negra Vieira
1) Velocidade de germinação
 Aproveita o teste de germinação

 Contagem diária das plântulas normais a partir do dia


em que as primeiras surgem.

 Índice de velocidade de germinação:


IVG = G1/N1 + G2/N2 + ... + Gn/Nn,, onde:
G1 = número de plântulas normais no 1o dia
N1 = número de dias da semeadura a cada contagem

 Germinação em canteiro → índice de velocidade


de emergência Elisa Serra Negra Vieira
2) Envelhecimento acelerado
 Princípio: sementes são submetidas a elevada
temperatura e umidade. Aquelas com maior vigor ainda
são capazes de gerar plântulas normais.
 Prediz potencial de armazenamento

 Metodologia: método de gerbox


● gerbox: semente em ambiente com alta umidade
● câmara tipo BOD a 40oC
● período: horas de acordo com espécie
● teste de germinação
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3) Teste frio
 Avalia a germinação em condições de umidade e
baixa temperatura e a eficiência de fungicidas
 Metodologia:
● caixas com mistura de terra (de barranco ou
cultivada com a cultura em questão) e areia
● semeadura
● irrigação e cobertura com plástico
● câmara fria (10oC) / 7 dias
● 25oC / 5 ou 7 dias
● contagem plântulas normais Elisa Serra Negra Vieira
4) Tetrazólio

 Rápido e eficiente

 Completo para a identificação de danos


fisiológicos

 Princípio do teste:
desidrogenases
Sal de tetrazólio Formazan

Incolor Vermelho

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 Metodologia:
• 100 sementes
• pré-condicionamento 20 - 30oC por 14 -16 horas
• coloração: solução de tetrazólio 0,075 – 0,1% por
2 – 4 horas
• lavagem e avaliação

Vermelho: tecido vivo e vigoroso


Vermelho forte: tecido em deterioração
Branco leitoso: tecido morto

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 Localização e intensidade da coloração →
classes de qualidade:

• semente viável e vigorosa: alto vigor (75%)

• semente viável: médio vigor (60 – 74%)

• semente não viável: baixo vigor (49 –59%)

 Danos observados: mecânico, inseto, umidade

 Algodão, amendoim, feijão, milho e soja

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Algodão:

Milho:

Vigorosa Viável Não viável


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Soja:
Sementes vigorosas:

Semente não viável:


Semente morta:

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Anotação dos resultados:

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5) Condutividade elétrica

 Avalia a integridade das membranas celulares.

Semente deteriorada → membranas danificadas


→ > perda de lixiviados → > condutividade elétrica
→ < qualidade
 Metodologia:
● pesar 4 repetições de 50 sementes por lote
● sementes em copos plásticos + 75 mL água
● 25oC por 24 horas
● leitura da condutividade
● condutividade / peso Elisa Serra Negra Vieira

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