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- ESTUDO DIRIGIDO –

TURMA: Engenharia Agronômica

DISCIPLINA: Fitopatologia Aplicada

Discente: Anne Cristina Barbosa Pereira

Ler o capítulo 8 e preparar uma tabela (conforme descrito abaixo) para todas as doenças
listadas.

Mosaico comum; Mosaico das nervuras; Vermelhão; Mancha Angular; Murcha de Fusarium;
Murcha de Verticillium; Ramulose; Mancha de Ramulária; Bronzeamento ou murchamento
avermelhado; Mancha alvo do algodoeiro; Mofo branco;Nematoides.

DOENÇA: Mosaico comum

Etiologia: O mosaico comum do algodoeiro é causado


por uma espécie de vírus do Gênero
Begomovirus, da família Geminiviridae.

Sintoma diagnóstico (inserir sintomas e o Apresentam redução no tamanho e podem


link) tornar-se parcial ou totalmente estéreis. As
folhas apresentam mosaico característico de
coloração amarelada. À medida que a planta
fica mais velha, os sintomas são menos
visíveis e, em alguns casos, a coloração do
mosaico torna-se avermelhada.

Sobrevivência Um fungo habitante do solo. O vírus está


presente dentro dos zoóporos e persiste nos
esporos de sobrevivência de P. graminis. Alta
umidade no solo, temperaturas entre 15º e
18ºC e solos de pH neutro ou ligeiramente
alcalino são condições favoráveis a
ocorrência da doença.

Principal forma de disseminação É transmitido na natureza somente pela


mosca branca (Bemisia sp.). Não é
transmitido pela semente, e nem através de
inoculação mecânica.

Medidas de controle Não se justifica medidas especiais de controle


pelos prejuízos que a doença pode causar.
Como medida profilática recomenda-se
eliminar plantas hospedeiras, principalmente
malváceas nativas e controle eficiente da
mosca branca, agente transmissor.

DOENÇA: Mosaico das nervuras

Etiologia: O vírus causador do mosaico das nervuras foi


caracterizado como Cotton leafroll dwarf
vírus (CLRDV) da família Luteoviridae.

Sintoma diagnóstico (inserir sintomas e o O porte das plantas é reduzido devido ao


link) encurtamento dos entrenós. As folhas
apresentam mosaico das nervuras,
rugosidade e curvatura dos bordos.
Observando-se a folha contra a luz nota-se
melhor o mosaico, caracterizado por leve
amarelecimento ou palidez das nervuras. A
estirpe Ribeirão Bonito provoca sintomas
mais acentuados, reduzindo drasticamente o
porte e o desenvolvimento das plantas. Nesse
caso, é difícil que haja a produção razoável.
No caso da virose atípica o complexo de
sintomas é semelhante, porém com
avermelhamento intenso das folhas e
podendo apresentar também epinastia nas
folhas do ponteiro. Levando em consideração
somente os sintomas em condições de
campo não é possível a distinção das duas
viroses.

Sobrevivência Clima seco e elevadas temperaturas alteram


a biologia dos pulgões, diminuindo seu ciclo
de vida. Sendo sua reprodução assexuada,
reproduzem-se por partenogênese telítoca,
ou seja, fêmeas dão origem a novas fêmeas,
que por sua vez já nascem com novas
fêmeas sendo geradas em seus organismos,
fenômeno este denominado de gerações
telescópicas. Cerca de cinco dias após seu
nascimento, os pulgões atingem a idade
reprodutiva e mantêm-se vivos por mais 20
dias, aproximadamente. Estes vírus são
ingeridos pelo inseto, se instalam na
hemolinfa e são levados para as glândulas
salivares, de onde passam para plantas
sadias, infectando-as. As partículas virais não
se multiplicam no organismo do inseto
vetor, permanecendo aí, no entanto, por
longo tempo, sem atividade biológica,
metabólica ou fisiológica, comportando-se
como esporos de resistência.

Principal forma de disseminação É transmitido pelo pulgão do algodoeiro


(Aphis gossypii), sendo a relação vírus-vetor
do tipo persistente e circulativa.

Medidas de controle Como medida preventiva, recomendam-se o


plantio de variedades resistentes e controle
da população do inseto vetor, sobretudo nas
áreas plantadas com variedades resistentes
suscetíveis. Para a doença azul as variedades
com resistência são: BRS 368 RF, BRS 369 RF,
BRS 371 RF, FM 944 GL, e entre outros.

DOENÇA: Vermelhão

Etiologia: O vírus causador do vermelhão é o Cotton


anthocyanosis vírus

Sintoma diagnóstico (inserir sintomas e o O início dos sintomas do vermelhão só pode


link) ser detectado quando as plantas apresentam
pelo menos 4 a 5 folhas definitivas, conforme
estudos realizados em casa de vegetação
mediante inoculação artificial. Os sintomas
mais visíveis consistem em áreas
avermelhadas ou arroxeadas nas folhas
inferiores e parte mediana da planta,
geralmente limitadas pelas nervuras. Antes
de adquirir essa coloração, devido à
incidência da luminosidade, ocorre clorose de
difícil observação. Em algumas folhas pode
ocorrer o avermelhamento por todo o limbo,
exceto ao longo das nervuras principais e
numa faixa estreita paralela a estas. Nos
estádios mais avançados, os sintomas podem
ser observados até em folhas superiores.

Sobrevivência O vírus pode se manter de ano para ano em


plantas hospedeiras nativas como quiabeiro,
kenaf (Hibiscus cannabinus), Sida micranta, S.
rhombifolia e Pavonia sp.

Principal forma de disseminação É transmitido através do pulgão Aphis


gossypii, sendo a relação vírus-vetor do tipo
persistente e não propagativa.

Medidas de controle Realizando-se um bom controle de pulgões e


eliminando-se as plantas hospedeiras
nativas, a doença será bem controlada. O uso
de variedades resistentes também pode ser
utilizado.

DOENÇA: Mancha angular

Etiologia: A mancha-angular é causada pela bactéria


Xanthomonas citri subsp. Malvacearum, que
é muito resistente à dissecação, calor seco e
radiação solar.

Sintoma diagnóstico (inserir sintomas e o A bactéria incide no limbo das folhas, onde
link) são observadas lesões angulosas,
inicialmente de coloração verde e aspecto
oleoso e, posteriormente, de coloração parda
e aparência necrosada. Comumente, ocorre
coalescência das lesões e, com o tempo,
rasgadura do limbo foliar. Lesões angulosas
podem ser frequentemente observadas
também ao longo das nervuras principais, e
se a infestação ocorrer durante a formação
das folhas, estas podem engrunhir. Em
variedades suscetíveis a bactéria pode matar
a célula apical do ponteiro, levando a
ocorrência de 2-3 brotos apicais e lesões
escuras podem ser observados no pecíolo e
no pedúnculo das folhas e haste principal da
planta.

Sobrevivência Pode sobreviver por vários anos na semente,


folha, caule e capulho infectados.

Principal forma de disseminação Os ciclos secundários da doença ocorrem via


respingos de chuva que disseminam o
patógeno em curtas distâncias. Essa doença é
muito destrutiva quando as condições
ambientais são favoráveis à infecção e
disseminação do patógeno (alta umidade
relativa do ar, chuva e vento forte).

Medidas de controle Há possibilidade de controle químico através


de pulverização com fungicidas cúpricos e/ou
antibióticos. O destilamento de sementes
com ácido sulfúrico é uma das medidas de
controle recomendáveis, visto que reduz
consideravelmente o inóculo não só da
bactéria, mas de outros patógenos
associados. Recomenda-se também a
rotação de cultura. O método ideal de
controle é a utilização de variedades
resistentes.

DOENÇA: Murcha de Fusarium

Etiologia: A doença é causada pelo fungo Fusarium


oxysporum f. sp. Vasinfectum.

Sintoma diagnóstico (inserir sintomas e o Apresentam redução no tamanho e podem


link) tornar-se parcial ou totalmente estéreis. As
folhas apresentam mosaico característico de
coloração amarelada. À medida que a planta
fica mais velha, os sintomas são menos
visíveis e, em alguns casos, a coloração do
mosaico torna-se avermelhada.
Sobrevivência Habitante do solo, que sobrevive por vários
anos depois de introduzido, devido à sua
capacidade saprofítica em matéria orgânica,
estruturas de sobrevivência
(clamindosporos) e patogenicidade em
outras plantas hospedeiras

Principal forma de disseminação A disseminação do patógeno a longas


distâncias, também pode se dar pela
semente, externa ou internamente
contaminada, e por partículas da terra
contaminada, arrastadas pelo vento e pela
água.

Medidas de controle Recomenda-se o uso de variedades


resistentes, rotação de culturas com espécies
não hospedeiras. Medidas de assepsia são
importantes para impedir a entrada do fungo
em áreas insentas, como utilização de
sementes sadias, tratamento de semente
com fungicidas, limpeza de implementos
agrícolas, principalmente no transporte entre
fazendas.

DOENÇA: Murcha de Verticillum

Etiologia: Verticillum dahliae é o agente causal desta


enfermidade.

Sintoma diagnóstico (inserir sintomas e o São muitos semelhantes ao murcha do


link) Fusarium sendo necessárias, para uma
diagnose segura, técnica laboratoriais que
permitam o isolamento do patógeno e exame
de sinais. Devido as variedades resistentes os
sintomas desenvolvidos no campo são leves,
manifestando apenas em plantas adultas que
sempre chegam a produzir poucos capulhos.
As estirpes mais severas, que surgiram nos
EUA, podem induzir sintomas de clorose
geral, com leve a extensa descoloração
vascular no caule e epinastia, seguidos de
repentino desfolhamento.

Sobrevivência O patógeno pode permanecer viável no solo


por vários anos, por meio da formação de
microescleródios, mesmo na ausência de
hospedeiros apropriados. Entretanto por ser
fraco competidor, tende a desaparecer
rapidamente do solo.

Principal forma de disseminação Sua disseminação é feita por sementes


contaminadas, vento, água superficial e pelo
próprio solo contaminado, que pode conter
mais de 100 microescleródios/grama.

Medidas de controle O método mais eficiente de controle é o uso


de variedades resistentes.

DOENÇA: Ramulose

Etiologia: A doença é causada por uma variedade


fisiológica do agente causal da antracnose,
que recebeu o nome de Colleotrichum
gossypii var. cephalosporioides.

Sintoma diagnóstico (inserir sintomas e o Os sintomas diretos aparecem nas folhas


link) novas, tanto na haste principal como nas
laterais, na forma de manchas necróticas,
mais ou menos circulares quando situadas no
limbo entre as nervuras, e alongadas, quando
no sentido longitudinal. O tecido necrosado
tende a cair, formando perfurações. No
pecíolo da folha podem ocorrer lesões
enrugadas que provocam ruptura e queda
fácil da folha. As lesões, principalmente das
nervuras acarretam o desenvolvimento
desigual dos tecidos foliares, ocasionando o
enrugamento da superfície do limbo. O fungo
afeta o meristema apical provocando sua
necrose, o que estimula o desenvolvimento
dos brotos laterais que transforma em galhos
extranumerários conferindo á planta aspecto
de envassoramento. Plantas doentes podem
ser então facilmente distinguidas das sadias,
pois estas derrubam as folhas e apresentam
grande número de capulhos abertos, ao
passo que as plantas doentes apresentam
densa massa de folhagem escura e poucos
capulhos.

Sobrevivência O fungo pode sobreviver de um ano para


outro em solo contaminado. Veiculado pela
semente ou presente no solo, o inóculo
primário causa lesões primárias em algumas
plantas que vão servir como fonte de inóculo
secundário.

Principal forma de disseminação A principal via de disseminação do fungo é a


semente, através da qual pode ser veiculado
externamente, na forma de conídios, ou
internamente, na forma de micélio
dormente.

Medidas de controle Não se justifica medidas especiais de controle


pelos prejuízos que a doença pode causar.
Como medida profilática recomenda-se
eliminar plantas hospedeiras, principalmente
malváceas nativas e controle eficiente da
mosca branca, agente transmissor.

DOENÇA: Mancha de Ramularia

Etiologia: Essa doença é causada pelo fungo Ramularia


aréola.

Sintoma diagnóstico (inserir sintomas e o No início as lesões podem ser observadas nas
link) folhas mais velhas. Esses sintomas iniciais são
leves sinais do patógeno, normalmente na
parte inferior das folhas, designado de
mancha azulada. Posteriormente, observam-
se manchas angulosas de 1 a 4 mm, de
coloração branca ou amarelada e aspecto
farináceo pulverulento circunscritas pelas
nervuras. No casso de forte incidência da
doença essas manchas podem ocorrer por
todo limbo foliar e provocar queda das folhas.
Quando as lesões se tornam mais velhas, ou
após a aplicação de fungicidas, elas adquirem
coloração escura. É uma doença que coloniza
as plantas de forma ascendentes.

Sobrevivência Este fungo sobrevive no solo em restos de


cultura além de plantas de algodoeiro
voluntários, constituindo o inóculo inicial da
doença.

Principal forma de disseminação O vento, chuva e a movimentação de


implementos agrícolas promovem a
disseminação dos esporos dentro da lavoura.

Medidas de controle O método de controle mais recomendado é


por meio de variedades resistentes. Quando
da utilização de variedades resistentes com
algum nível de suscetibilidade, o controle
químico se faz necessário para produções
rentáveis. Recomenda-se ainda a utilização
de técnicas culturais, como a aplicação
correta de regulador de crescimento,
visando a diminuição do fechamento da
cultura, e consequentemente da umidade na
formação de microclimas que favoreçam a
doença.

DOENÇA: Bronzeamento ou Murchamento avermelhado

Etiologia: O agente causal desta doença ainda é


desconhecido e várias hipóteses são
formuladas e vem sendo testadas. Embora
haja pesquisadores aventando a
possibilidade de tratar-se da bactéria Xylella
fastidiosa. Outros levantam a possibilidade
de Agrobacterium tumefaciens.
Sintoma diagnóstico (inserir sintomas e o As folhas mostram epinastia e coloração
link) amarelada ou bronzeada, evoluindo para
vermelho. A cor avermelhada pode
manifestar-se também nos pecíolos foliares e
no caule das plantas. É comum também o
murchamneto intenso de algumas ou de
todas as folhas, queda ou seca dos órgãos
reprodutivos e, nos casos mais graves, seca
ou morte completa das plantas, poucos dias
após o aparecimento dos sintomas. Ao
contato manual percebe-se temperatura
mais elevada das folhas afetadas, em relação
às aparentemente normais, na mesma
planta. Em casos mais severos observa-se
forte necrose das raízes, iniciando pelas
pontas. A anormalidade pode ocorrer em
plantas isoladas, em reboleiras ou em toda a
gleba.

Sobrevivência Sobrevive no solo e sementes.

Principal forma de disseminação A transmissão por insetos, a qual se dá de


forma persistente, é considerada o principal
fator da disseminação de X. fastidiosa. Nessa
forma de transmissão, as ninfas e adultos, ao
se alimentar da seiva do xilema de uma
planta infectada tornam-se capazes de
transmitir a bactéria durante toda a vida, a
qual se multiplica e permanece no aparelho
bucal dos insetos. Por outro lado, a
dispersão a longas distâncias e entrada em
novas áreas deve-se ao movimento de
plantas e materiais de propagação
vegetativa, infectados.

Medidas de controle A substituição das variedades mais


suscetíveis (IAC 20, IAC 21 E IAPAR 71-PR3 e
algumas linhagens de outros órgãos de
pesquisa), esse problema está praticamente
resolvido.
DOENÇA: Mancha alvo do Algodoeiro

Etiologia: O agente causal dessa doença é o fungo


Corynespora cassiicola. Altas umidades e
temperatura favorecem o desenvolvimento
da doença.

Sintoma diagnóstico (inserir sintomas e o O fungo pode infectar folha, caule e maças do
link) algodoeiro. Os sintomas são mais comuns em
folhas na região do baixeiro e terço médio,
provocando desfolha prematura. Em casos
severos, há relatos de até 70% de desfolha
precoce causada pela doença. As lesões
iniciam com pontuações pardas evoluindo
para grandes manchas circulares de
coloração castanho claro e castanho escuro.
Geralmente, as manchas apresentam anéis
concêntricos de coloração mais escura no
centro das lesões.

Sobrevivência Sobrevive além da via das sementes, em


restos culturais e hospedeiros alternativos.

Principal forma de disseminação É transmitido via sementes.

Medidas de controle Utilização de variedades resistentes é o


método mais indicado, porém até o
momento não foi encontrada fonte de
resistência em algodoeiro. Tratamento de
sementes, rotação de cultura/sucessão com
espécies não hospedeiras (gramíneas) e
pulverizações com fungicidas são medidas
importantes. Além dessas, eficiente
destruição de soqueira, para eliminar fontes
de sobrevivência do fungo e incorporação de
restos culturais auxiliam na diminuição do
inóculo.
DOENÇA: Mofo Branco

Etiologia: O mofo branco é causado pelo fungo


Sclerotinia sclerotiorum. É um fungo
cosmopolita e inespecífico, podendo infectar
mais de 400 espécies de plantas hospedeiras.

Sintoma diagnóstico (inserir sintomas e o O fungo é capaz de infectar qualquer parte da


link) planta desde folhas, haste e maças.
Inicialmente são lesões aquosas com
abundante micélio. Nas hastes pode ser
observado um crescimento de coloração
branca, aspecto “cotonoso”, tornando-se
ressecadas e quebradiças. Os tecidos
atacados pelo fungo apodrecerem. Quando já
secos, são produzidos os escleródios.
Geralmente, os sintomas concentram no
baixeiro das plantas.

Sobrevivência O fungo produz escleródios bem


desenvolvidos de 2 a 10 mm. Os escleródios
são de coloração negra e desempenham um
papel importante na sobrevivência do fungo
no solo, onde pode permanecer viáveis por
até 11 anos.

Principal forma de disseminação O fungo pode ser disseminado internamente


nas sementes por meio de escleródios
misturados a elas.

Medidas de controle Utilização de sementes sadias deve ser


sempre preconizada. A utilização de
variedades com arquitetura mais ereta, que
não favorecem a formação de um microclima
úmido no baixeiro das plantas, auxilia no
manejo da doença. Rotação de cultura que
favoreça o incremento de microrganismos
antagônicos ao patógeno também pode
auxiliar no manejo da doença. O controle
biológico também se mostra mais eficiente
em condições de campo. Diferentes espécies,
várias pertencentes ao gênero Trichoderma,
se destacam entre os antagonistas mais
eficientes para o controle do mofo branco.
DOENÇA: Nematoides

Etiologia: Os principais nematoides que ocasionam


danos algodoeiro são :nematoide-das-galhas
(Meloidogyne incógnita) nematoide
reniforme (Rotylenchulus reniformis) e
nematoides das lesões radiculares
(Pratylenchus brachyurus). Dentre eles o
primeiro é o mais destrutivo com alta
agressividade para cultura. O segundo é o
mais persistente com eficientes mecanismos
de sobrevivência no campo, enquanto o
terceiro é o mais frequente, distribuído por
todas as regiões de cultivo.

Sintoma diagnóstico (inserir sintomas e o Plantas de algodoeiro infectadas por


link) nematoides, de maneira geral, apresentam-
se menos desenvolvidas, devido as lesões
provocadas no seu sistema radicular. É
comum observar folhas mostrando
mosqueado de coloração amarelada, em
contraste com o verde normal. Esse sintoma
conhecido como “Carijó”. Essa coloração
amarelada em casos particulares pode ser
avermelhada. para correto diagnose
aconselha se associar na nematológica de
amostra (solo e raízes) coletadas,
preferencialmente em pleno
desenvolvimento da cultura aos 60 e 90 dias
após a emergência, com observação de
sintomas reflexivos provocados por
nematoides de acordo com a espécie
conforme descritos a seguir. M. incognita:
presença de reboleiras bem definidas, as
folhas com sintomas de Carijó formação de
galhas no sistema radicular, redução do porte
das plantas e do sistema radicular. R.
reniforms: reboleiras maiores do que as
provocadas pelo nematoide-das-galhas e não
tão definidas, presenças de Carijó somente
em populações elevadas do nematóide no
campo, raízes com aspecto sujo devido a
aderência de partículas do solo nas massas de
ovos produzidas pelo nematoides, redução
do porte das plantas.

P. brachyurus: redução do porte das plantas,


escurecimento do sistema radicular, (possível
observação em condições externas de alta
populaçaõ do nematoide em solos arenosos).

Sobrevivência Sobrevive no solo

Principal forma de disseminação O uso intenso de máquinas agrícolas


favorece sua dispersão no campo.

Medidas de controle O ideal é impedir a entrada dos nematoides


fitoparasitas em áreas insentas através de
controle de tráfego e assepsia de
implementos. Uma vez presente na área, faz-
se necessário, principalmente em plantações
extensivas integrar vários métodos de
controle, tais como genético cultural,
químico e biológico. O mais eficiente e
econômico é o controle genético por meio de
variedades resistentes que favorecem a
redução da população de nematoide, tem
baixo custo e de fácil implementação. No
entanto há variedades tolerantes disponíveis
que podem ser incorporados em um sistema
de manejo de doenças em áreas infestadas.
No controle cultural a utilização de rotação
de culturas com espécies não hospedeira,
deve ser utilizada em um programa de
manejo na área infestada. Atualmente o
controle químico com algum efeito sobre
nematoides na cultura do algodoeiro é
realizado via tratamento de sementes,
basicamente com os ingredientes ativos
Abamectin ou Thiodicarb. Ou através de
aplicações no sulco de plantio, com
Cadusafos ou Carbofuram. Vem crescendo na
cultura do algodoeiro a utilização do controle
biológico de nematoides, mostrando ser
eficiente quando utilizado corretamente e de
forma constante no campo.

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