Você está na página 1de 33

Funções Biológicas - Microbiologia

Virologia
• Organismos acelulares, simples e pequenos.
Parasitas intracelulares obrigatórios (não possuem metabolismo próprio).
.
Não são capazes de se reproduzir sozinhos.
Vi Capsídeo ácido nucleico, pode ser DNA ou RNA.

Reprodução

Os vírus se reproduzem dentro da célula hospedeira

O ciclo pode ser


Lítico: a célula infectada se rompe liberando as estruturas virais, causando a sua
morte (célula infectada).
Lisogênico: o material genético é integrado ao material genético da célula infectada e
a transmissão ocorre a medida que ela produz células filhas

Tratamento

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


INFLUENZA A, B e C

•Influenza A: Dividido em subtipos baseado na variedade das glicoproteínas de


superfície: Hemaglutinina (HA) e Neuraminidase (NA)
•Influenza B: infecta o homem, com surtos localizados
•Influenza C: doenças respiratórias leves
r.mn?r.m
Inibidores da
Neuroaminidase
Zanamivir (Relenza®) e
oseltamivir (Tamiflu®)
ZANAMIVIR
• Inibe a replicação dos vírus Influenza A eB
• Trata complicações pouco graves
• Via administração: pó inalado oralmente, intravenosa

OSELTAMIVIR (TAMIFLU)
• O carboxilato de oseltamivir reduz a proliferação dos dois vírus (influenza A e B)
pela inibição da liberação de vírus infecciosos das células infectadas;
• Biodisponibilidadeoral–Fáciladministração;

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


Retrovírus – HIV
• Envelopados
duas cópias de fita simples de RNA (+)
Transcriptase reversa – produzem um intermediário
de DNA
• DNA viral se integra ao DNA do hospedeiro

HIV – vírus da imunodeficiência humana


HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids,
ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células
mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz
cópias de si mesmo.

Herpes

· São DNA vírus grandes e complexos envelopados


·São capazes de causar infecções agudas, latentes e recorrentes
· Estabelecem uma infecção latente em neurônios
· Aguda: intensa sintomatologia, tudo está exacerbado, é o que manifesta com mais intensidade,
é de curto tempo
· Crônico: é algo longo, que se estende, leva anos, a sintomatologia é mais leve
· Alguns herpesvírus são oncogênicos, causa câncer de pele

· Herpesvírus simples

- Tipo 1: HSV-1 da cintura para cima


- Tipo 2: HSV-2 da cintura para baixo, as infecções por esse tipo é mais intensa, mais dolorosa e
severa e acomete a via vertical
·Vírus da Varicela Zoster: na primeira infecção causa catapora e a partir da segunda o herpes zoster
· Citomegalovírus (CMV): causa infecções respiratórias, possui DNA e RNA
· Herpesvírus humano 6 (HHV-6): causa infecções de pele
· Herpesvírus humano 7 (HHV-7): causa infecções de pele
· Herpesvírus humano 8 (HHV-8): Sarcoma de Kaposi
· Epstein-barr (EBV): mononucleose infecciosa, linfoma de células B

Beatriz Buttini - Medicina FAMP



Micologia

Introdução - Fungos
Características Gerais:
Ubíquos: encontrados disseminados no solo, ar ou água;
Quimioheterotróficos: compostos orgânicos (C+H);
Aeróbios ou Anaeróbios Facultativos;

ii.
Saprófitas
Os fungos saprófitos atuam como
recicladores de nutrientes. Eles agem no
processo de decomposição do substrato
(local onde vivem), favorecendo o
aproveitamento das substâncias por
outros organismos. Este processo também
favorece a fertilização do solo.

Simbiontes

Líquens: combinação de alga verde


(cianobactéria) com um fungo;

Micorrizas: auxiliam as raízes das plantas a


absorverem minerais e água do solo.
\

Parasitas

Pode ser:
Candidíase
Fungos Endofíticos: plantas e animais
Fungo Entomopatogênico: Insetos

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


Fungos Filamentosos

÷

Bolores
Hifas: Estruturas tubulares e ramificadas

Conjunto de Hifas: Massas filamentosas


enoveladas - micélio

Micélio
Micélio vegetativo (composto pelas hifas
vegetativas) é a parte correspondente a
sustentação e absorção de nutrientes, se
desenvolvendo no interior ou sobre o substrato;

O micélio que se projeta na superfície e


cresce acima do meio de cultivo é o Micélio
aéreo, composto pelas hifas reprodutivas ou
aéreas;

Quando o micélio aéreo se diferencia para


sustentar os propágulos de reprodução ou os
corpos de frutificação, constitui o Micélio
reprodutivo.

Leveduras

As leveduras são tipos de fungos unicelulares. Se


reproduzem por brotamento, e algumas
espécies podem formar pseudohifas, que são
cadeias de células formadas pelo brotamento
sem que essa se solte da célula que a originou.

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


Fungos Filamentosos - Micromorfologia
Hifas aéreas:
Estruturas reprodutivas que produzem esporos,

Rifa Coenoátiaa
reprodução assexuada.

Hifas vegetativas:
São como “raízes”, penetram no substrato em busca
de nutrientes.

Hifas cenocíticas ou contínuas:


Sem divisões entre as células.

Hifas Septadas:
Este tipo é dividida por septos, ou seja,
pequenas paredes transversais que
atravessam a estrutura. Neste caso,
então, a circulação do citoplasma
ocorre através do fluxo entre os poros
dos filamentos.
E

Função das Hifas:


Uma das funções mais importantes das hifas
é a liberação das enzimas, que vão permitir
a nutrição do fungo.

A função das hifas é garantir a alimentação, crescimento e


reprodução dos fungos através de seus filamentos. As hifas são
formações celulares muito parecidas com as raízes das plantas,
assim, elas permitem o crescimento do seres que compõem o
reino fungi. Estas estruturas, então, são classificadas de acordo
com a sua formação e coloração.

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


Estrutura Fúngica
- Função de estabilidade, proteção, formato e permeabilidade
seletiva
- Particularidade: constituição química
- Constituída 90% por polissacarídeos → alfa e beta glucanas,
mananas e quitina (em menor quantidade)
Estimulam as respostas imunológicas do hospedeiro
(fazem a ligação do fungo aos sítios alvo da célula do
hospedeiro)
A ação probiótica vem das glucana pois são elas que
melhoram as respostas imunológicas frente a alguns
patógenos
- 10% por proteínas e glicoproteínas → dão a função de
permeabilidade (transporte de substâncias)

Antimetabólitos (Flucitosina): interfere com a


síntese de
DNA e RNA e consequentemente com a síntese
proteica; a
flucitosina é captada pelas células fúngicas através
da
enzima citosina permease e esse fármaco,
intracelularmente,
é transformado em uma molécula que compete
com a uracila

→ não se forma RNA na célula fúngica → sem


síntese proteica pois não tem RNAm e RNAt →
sem síntese de DNA

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


Estrutura Fúngica

Beatriz Buttini - Medicina FAMP



Fisiologia dos Fungos
Se nutrem por absorção → produzem enzimas que degradam
o substrato e absorvem o substrato por transporte ativo ou
passivo

Os fungos são pouco exigentes nutricionalmente: precisam


de macroelemento → fonte de carboidratos (carbono
orgânico, nitrogênio orgânico e inorgânico, fósforo, magnésio,
potássio…) e de microelementos → zinco, ferro molibdênio,
cobre…

Armazenam glicogênio como substância de reserva assim


como as células dos seres humanos

Fungos Dimórficos
É uma interferência da temperatura sobre o crescimento
fúngico; nem todos os fungos fazem dimorfismo, porém os
que fazem são patógenos

- Característica influenciada pela temperatura, onde quando o


fungo que tem a capacidade de fazer dimorfismo está a
25°C ele é um fungo que se encontra na sua forma
filamentosa (pluricelular)

- Vantagem: na forma de levedura ele consegue se estabelecer


melhor no hospedeiro, se multiplica mais rápido, tem menor
tamanho e consegue ter mecanismos de escape da defesa do
hospedeiro mais eficientes → vantagem em termos de
patogenicidade

Reprodução Assexuada

- Produzem determinadas estruturas que possibilitam saber se


está na forma assexuada (estruturas morfológicas que são
indicativas da forma assexuada)

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


Micoses DA

• Micoses Superficiais: Acometem as


camadas superficiais da pele, pêlos e unhas;

• Micoses Cutâneas: Acometem a epiderme


mais profunda e invadem pêlos e unhas;
Ao

• Micoses Subcutâneas: Acometem a


derme, tecido subcutâneo, músculos e
fáscias;

•←

a.

• Micoses Sistêmicas: Acometem


órgãos e sistemas internos;

Ao

• Micoses Oportunistas:
Acometem indivíduos debilitados.

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


Ceratofitose
São micoses exclusivamente superficiais, cujos fungos
se localizam na queratina epidérmica e nos pêlos, sem
qualquer fenômeno de hipersensibilidade. São
também conhecidas por micoses superficiais
saprofitárias.

Pitiríase versicolor
• É uma levedura saprofítica lipofílica (nutrição ácidos graxos).
• Dimórfico
• Patogênica na forma filamentosa (pseudo-hifa)
• Também é conhecida popularmente como “pano branco”.
• Fungo produtor de ácido azeláico que tem atividade Pitiríase versicolor
antitirosinase, interferindo na síntese de melanina.
• A tirozina é um aminoácido essencial, que sobre ação da enzima
tirosinase para a síntese da melanina

Diagnóstico
• O diagnóstico laboratorial da pitiríase versicolor é obtido pelo exame micológico
direto (KOH 10% - clarificação).
Condições:
- Descamação de lesões de pele, pelos e unhas
- Não estar em uso de antifúngicos de uso tópico ou oral no momento da coleta;
- Presença de leveduras em forma de cachos de uva e fragmentos de hifas.

Tratamento
• A terapia sistêmica é primeiramente indicada para
lesões extensas, para as resistentes ao tratamento tópico e
nas recidivas. O tratamento oral é feito com azólicos e
inclui cetoconazol, itraconazol ou fluconazol.

• O cetoconazol oral é eficaz na dose de 200 mg/dia,


durante 10 dias.
• O itraconazol, 200 mg/dia, por cinco dias e
• O fluconazol, 150 mg/semana, por três semanas
-

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


Tinea Nigra
• Dermatomicose superficial, crônica, assintomática e de
aparecimento esporádico que compromete o estrato córneo
da epiderme.
• Infecção fúngica da camada córnea superficial,
assintomática. Afeta em geral a pele das regiões palmares,
ocasionalmente plantares, manifestando-se por máculas não
escamativas, de coloração que varia do castanho ao negro.
• É considerada dermatose rara, sendo mais comum em
regiões tropicais e subtropicais.
• Acomete crianças, adultos jovens e mulheres com maior
frequência. É inoculado por trauma de camadas superficiais
da pele

Diagnóstico
• O exame direto do raspado das lesões, entre
lâmina e lamínula, com KOH entre 10% a
20%, revela imediatamente hifas mais ou
menos escuras, septadas.
• Isolamento fúngico em meio de ágar-
Sabouraud simples

Tratamento

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


Tricomicoses Nodulares
• É uma infecção fúngica de caráter
assintomático, a qual resulta na formação
de nódulos variando da cor branca, bege e
preta, de diferentes consistências ao longo
de pelos ou cabelo.
• Relacionadas a falta de higiene
• É uma micose superficial e limitada a
porção extrafolicular do pelo, onde na
maioria das vezes, não ocasiona resposta
inflamatória no hospedeiro.

Pietra Petra • A piedra preta é uma micose superficial


causada por fungos demáceos que apresentam
a capacidade de infectar a porção
extrafolicular dos fios de cabelo, formando
nódulos.
• É uma micose considerada inócua, no
entanto interfere nas questões estéticas e,
consequentemente, na autoestima.
• Agente etiológico: Piedraia hortae,
ascomiceto
• É um fungo filamentoso e melanizado, cuja
característica primordial é a formação de
nódulos enrijecidos.
Pietra Branca
• É uma infecção fúngica crônica da cutícula
do pelo em regiões inguinal e axilar (rara).
Caracteriza – se pela presença de nódulos
irregulares e macios aderidos ao pelo e visíveis
a olho nu. Relacionada a falta de higiene
• Levedura do filo basidiomiceto
• Agente etiológico: gênero Trichosporon.
-

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


Micoses cutâneas - DERMATOFITOSES
• Padrão das lesões: ringworm
• Anel de descamação inflamatória com redução
da inflamação em direção ao
centro
• Regiões com pelo, machas elevadas com
alopecia, eritema e descamação ou com pápulas
e pústulas
• Unhas tornam-se grossas, descoloridas,
elevadas e deformadas

Tratamento
• Infecções localizadas que não afetam pelos e unhas – azólicos tópicos
• Agentes antifúngicos orais: azólicos e terbinafinas

Micoses subcutâneas

- Os agentes etiológicos são mais comumente


encontrados no solo ou na vegetação em
deterioração.
- Inoculação transcutânea de propágulos fúngicos
(fragmentos de hifas e conídios).
- Uma vez instalados no tecido, o fungo adere-se as
células epiteliais e se diferencia em estruturas
parasitárias - células muriformes (células que se
dividem por septação em mais de um plano).
- Curso clínico – crônico e insidioso, refratário,
refratária a maioria dos tratamentos.

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


Cromomicose ou Cromoblastomicose
•Doença micótica profunda crônica de
progressão lenta, afetando toda a
espessura cutânea.
•Causado por fungos dematiáceos
(pigmentados) principalmente Fonsecae
pedrosoi (90% dos casos) e Clasdoporium
carrioni.
• Sexo masculino mais acometido
• Maior contato dos homens com o solo e
vegetais, especialmente através do seu
trabalho na agricultura, que os torna
mais susceptíveis a acidentes laborais no
seu dia a dia.

Etiologia
• Fungo dimórfico, demáceo (pigmentado), que
vive na natureza como saprófita;
• Conídios (seta branca), hifas ou micélios e
corpos escleróticos ou células muriformes (E);
• Cor castanha – presença de melanina

Aspecto Clínico

• Clinicamente é caracterizada pelo desenvolvimento lento de lesões


polimórficas.
• Essas lesões se iniciam como erupções papulosas, nódulos ou lesões verrucosas,
formada nos pontos de inoculação do fungo
• Aspectos clínicos:
- Lesões unilaterais
- Eritematosa – escamosas planas - Verrucosa;
- Hiperqueratósicas;
- Granulomatosas nodulares
-

Beatriz Buttini - Medicina FAMP



Tratamento ➡
• As opções mais recorrentes de
quimioterápicos abrangem o itraconazol e a
terbinafina.
Itraconazol (100 - 400 mg, por dia);
Terbinafina (250 - 500 mg, por dia)
• Em pacientes não responsivos ao
itraconazol e/ou terbinafina, pode ser
experimentada a anfotericina B, 1mg/kg/dia,
até uma dose acumulativa de 2 a 2,5 mg

Esporotricose

• Fungo saprófito dimórfico – Forma


miceliana (ambiente) e leveduriformes (forma
parasitária).
• Implantação traumática do fungo na pele;
• Jardineiro, fazendeiro, horticultor. Fungo
comum em materiais em decomposição,
troncos e folhas.
• Gatos Homem (arranhadura ou
mordedura)

Manifestações clínicas - Cutâneo-linfática


Lesão inicial no local de traumatismo, evolui surgindo nódulo ou lesão ulcerada
no local da inoculação do fungo na pele e segue o trajeto linfático com nódulos
indolores , ao longo dos vasos linfáticos podendo estender-se para regiões bem
distantes da lesão primária.

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


Cutânea localizada
• Lesão única, não acompanhada de nódulos no
trajeto linfático;
• Tipos de lesões: pápulas, placas achatadas, lesões
eritematosa.

Cutânea disseminada e Extracutânea


• São formas menos frequentes;
• Esta associada a algum tipo de
imunodepressão ou doenças associadas;
• Idade avançada, alcoolismo, diabetes,
corticoterapia prolongada, AIDS;
•Extracutânea – pode envolver algum
tecido ou órgão; resultantes da
disseminação hematogênica. Depois da
pele, o tecido mais frequentemente
envolvido é o ósseo.

Diagnóstico laboratorial

• Exame micológico direto com clarificação (KOH 10 a 20%);


• Cultura
• Exame microscópico - leveduras gemulantes globosas ou em forma de
charuto, alongados e fusiformes.

Tratamento

• Iodeto de potássio (VO) – infecções cutâneas não complicadas


• Itraconazol
= Formas cutânea disseminada e extracutânea
• Anfotericina B .

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


Candidíase
Levedura: São fungos ovalados que se reproduzem por brotamento
▪ A Candida é classificada como fungo gram positivo, dimorfo, saprófita
▪ Comumente associada a áreas ocluídas e úmidas
▪ Nem sempre o encontro simples da C. albicans leva ao diagnóstico da
infecção
▪ Aspectos que devem estar presentes:
1. Encontro de pseudo-hifas (formações invasivas:
maior virulência)
2. Quantificação do número de colônias na cultura
3. Aspecto clínico com reação inflamatória local

Candidíase Oral
▪ Forma mais comum é a pseudomembranosa aguda
(“sapinho”)
▪ Formas menos frequentes: forma crônica hiperplásica
(placas verrucosas na língua) e a queilite angular
▪ Mais comum em RNs e imunossuprimidos

Candidíase Esofagiana
▪ A colonização progride para infecção quando as
defesas locais e/ou sistêmicas são inadequadas para
prevenir a invasão do epitélio.
▪ A aderência mucosa é a pré-condição para a
colonização e a invasão.

Candidíase Vulvovaginal
▪ A candidíase vulvovaginal como uma infecção vaginal e da vulva

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


Candidíase Cutânea
• Intertrigo (localizado nas dobras da pele como
axilas, virilha, sulco interglúteo, prega submamária,
e em pessoas obesas na prega suprapúbica)
produzindo intenso eritema, edema, exudato
purulento e pústulas;
• Erosão interdigital;
• Foliculite (infecção do folículo piloso);
• Onicomicose e paroníquia.

Diagnóstico laboratorial

• Exame Micológico Direto


Amostras de biópsias e raspagem lesões;
Esfregaços de material tratado com KOH 10%-20% em lâminas coradas para
identificação de células leveduriformes e filamentos de hifas.
• Cultura
Meio Ágar Sabouraud; colônias branco-cremosas CHROMagar – enzimas
específicas liberam compostos de cores diferentes

Tratamento

• Cremes e Pomadas fúngicas a base de azólicos


• Terapia oral com fluconazol ou itraconazol
• Candidemia: Fluconazol intravenoso para pacientes não-neutropênicos
• A remoção de cateteres durante o tratamento são fundamentais – reduzem a
eficiência do tratamento

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


Micoses Sistêmicas por Fungos Dimórficos


A instalação no organismo se dá através da inalação de propágulos
fúngicos. Por isso, a lesão é primariamente pulmonar e possui tendência à
regressão espontânea;
Se houver disseminação do fungo através da corrente sanguínea, ocorrem
lesões extrapulmonares;

CLASSIFICAÇÃO FORMAS CLÍNICAS

DOENÇA:
◦ Forma subclínica
◦ Forma aguda (Juvenil)
◦ Forma crônica (Adultos)
Paracoccidioidomicose residual
Característico
brotamento múltiplo em
'cabeça de Mickey'.

NARIZ, BOCA, OROFARINGE E LARINGE

BOCA E OROFARINGE - A lesão típica é


uma exulceração rasa, com contorno e bordas
irregulares, tendo o fundo granuloso e com
pequenos pontos avermelhados.

Brotamento múltiplo
em 'roda de leme' Lesão laríngea
com destruição
da epiglote.
Afetando cordas
vocais e
Lesão do vestíbulo estruturas
nasal, menos frequente, vizinhas.
pode causar obstrução
ou perfuração do septo
nasal

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


GÂNGLIOS LINFÁTICOS
• As cadeias cervicais são afetadas mais intensamente, havendo enfartamento
ganglionar bilateral;
• Os linfonodos aumentam em número e tamanho e, em alguns casos, tornam-
se amolecidos e evoluem para fistulização, eliminando material purulento.

LESÕES CUTÂNEAS

• Inicia como pequenas pápulas eritematosas, transformam em nódulos, evoluem


com ulceração central, recoberta de crosta.

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


Diagnóstico laboratorial
Diagnóstico micológico
Busca às formas sugestivas de P. brasiliensis em escarro, raspados e biópsias de
úlceras

Isolamento em cultura
O isolamento na forma de micélio pode ser obtido em 15 a 60 dias com o cultivo em
meio ágar Sabouraud;
Teste sorológico para demonstrar a existência de anticorpo – útil para avaliar a
resposta ao tratamento.

Tratamento
Cetoconazol; Sulfametoxazol; Itraconazol; Rifampicina

Coccidioidomicose
Forma leveduriforme (hospedeiro) e forma filamentosa (cultura e ambiente);
Via de infecção – respiratória (lesão primaria nos pulmões);

1- Hifas;
2- Artroconídios;
3- Dispersão aérea;
4- Inalação (pulmões);
5- Mudança morfológica (Esférulas);
6- Divisão interna por clivagem progressiva - Endosporos;
7- Ruptura da Esférulas
8- Endosporos (continuidade do ciclo)

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


Histoplasmose
Alto teor de nitrogênio nas excretas favorecem a proliferação de H. capsulatum –
fonte de nitrogênio;

Diagnóstico laboratorial
Diagnóstico micológico
• Isolamento do fungo H. capsulatum em meios de
cultura específicos ou a visualização de formas
leveduriformes do fungo em materiais biológicos -
escarro, medula óssea, sangue periférico e tecido;

Diagnóstico sorológico
• Identificação do antígeno e do anticorpo – ELISA
e Radioimunoensaio.

Tratamento
O Histoplasma capsulatum é sensível a diversos antifúngicos, tais como anfotericina
B, cetoconazol, itraconazol e fluconazol;

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


Funções Biológicas - Parasitologia

Teníase
A teníase é uma parasitose intestinal ocasionada pela
presença das formas adultas de Taenia solium ou Taenia
saginata. É transmitida através da ingestão de carnes
cruas ou mal cozidas de porco ( T. solium) ou boi (T.
saginata) contaminadas com larvas ou cisticercose. Pode
ser caracterizada por dores abdominais, nauseas,
debilidade, perda de peso.

Ciclo Biológico

Tratamento
Podem ser usadas outras drogas
alter nativas, como diclorofeno,
mebendazol, etc.

Profilaxia
A profilaxia consiste na educação
sanitária, em cozinhar bem as carnes
e na fiscalização da carne e seus
derivados (linguiça, salame, chouriço,
etc.).

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


Cisticercose
O complexo teníase/ cisticercose é causado pela mesma espécie
de cestódio, em fases diferentes do seu ciclo. A doença é
causada pela forma larval do Taenia solium conhecido como
Cysticercus cellulosae onde sua principal manifestação é a
formação de lesões musculares. Os animais adquirem esses
ovos através de alimentos contaminados com fezes humanas,
que são os hospedeiros definitivos, sendo que os humanos
também adquirem a infecção ao consumir alimentos
contaminados.
Portanto, a cisticercose está associada principalmente com as
condições precárias de higiene sanitária.

Ciclo Biológico

Tratamento
As drogas mais recomendadas para o
tratamento da teníase por Taenia
solium ou por T. saginata são a
niclosamida ou o praziquantel .

Profilaxia
A prevenção da cisticercose inclui
medidas básicas de higiene, como lavar
sempre as mãos bem como as frutas e
verduras antes do consumo. É importante
também beber apenas água filtrada,
fervida ou tratada, não utilizar fezes
humanas como adubo e utilizar água de
qualidade para irrigação de hortas.

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


Filariose
Filariose linfática humana é causada por helmintos
nematodas das espécies: Wuchereria bancrofti,Brugia malayi e B.
timori.

A filariose linfática no continente americano é causada


exclusivamente pela
W. bancrofti. Conhecida também como elefantíase- por causa
de uma de suas manifestações na fase crônica

Ciclo Biológico

Tratamento
O tratamento é feito com a
dietilcarbamazina, que elimina as
microfilárias da corrente sanguínea.
Entretanto, deve-se evitar medicar
crianças menores de 12 anos, gestantes
e mulheres em período de lactação.
Para mais, também se faz necessário
evitar utilizar o medicamento em
portadores de doenças crônicas.

Profilaxia
Deve-se evitar o contato com o mosquito transmissor da
doença, através do uso de mosquiteiros e repelentes,
instalação de telas em portas e janelas das casas e evitar a
exposição prolongada em áreas de risco de contaminação.
O tratamento das pessoas doentes também é fundamental
para evitar novas transmissões, interrompendo o ciclo de
transmissão da doença.
-

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


Esquistossomose
• Schistosoma mansoni
• Helminto
• Classe Trematoda e filo Platelmintos
• Parasitam os vasos sanguíneos dos seres humanos
• Possuem duas ventosas (anterior e ventral), capazes
de fixar o parasita na parede do vaso
• O macho e a fêmea são en contrados
frequentemente juntos, em posição de
acasalamento. O macho, mais volumoso e de menor
comprimento, porta um canal ginecóforo, por onde se
dispõe a fêmea, delgada e comprida
• Hospedeiro definitivo: ser humano Tratamento
• Hospedeiro intermediário: caramujo do
gênero Biomphalaria É em dose única e
supervisionado feito por meio do
medicamento Praziquantel.
Ciclo Biológico

Profilaxia
A prevenção da esquistossomose
consiste em evitar o contato com
águas onde existam os caramujos
hospedeiros intermediários
infectados, implementação de
medidas de saneamento básico,
educação em saúde.

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


Funções Biológicas - Imunologia

Hipersensibilidade
As respostas imunes exageradas são capazes de lesionar tecidos. Esse
distúrbio causados pelas respostas imunológicas são conhecidos como doenças
de hipersensibilidade.
As doenças de hipersensibilidade são geralmente classificadas de acordo o
tipo de resposta imune e o mecanismo ejetor responsável pela lesão celular e
tecidual. Esse mecanismo de hipersensibilidade é dividido em 4 classificações
distintas: hipersensibilidade tipo I, hipersensibilidade tipo II, hipersensibilidade
tipo III e hipersensibilidade tipo IV.
Hipersensibilidade tipo I

Autoimunidade: reação contra


autoantígenos. Isso significa que
quando há falhas nos
mecanismos de autotolerância,
resultará em reações das células
T e B contra os próprios tecidos,
o resultado desta falha serão
chamadas de autoimunidade.

Hipersensibilidade tipo I

É causada por anticorpos IgE


específicas para antígenos
ambientais (fatores ambientais;
externos), e é o tipo mais
prevalente de doença de
hipersensibilidade. Também
conhecida como hipersensibilidade
imediata. O IgE se liga ao antígeno
e aos seus receptores específicos nos
mastócitos, eosinófilos, e basófilos
ativando-os. -

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


Hipersensibilidade tipo II
Também conhecida como hipersensibilidade mediada por anticorpos IgG e IgM,
que são específicos para antígenos da superfície celular ou da matriz extracelular
podem causar lesão tecidual ativando o sistema complemento, e assim, recrutando
células inflamatórias que intervirão nas respostas normais. Exemplo: transfusão
sanguínea; ou anemia hemolítica.

O mecanismo da lesão se dá
pela opsonização e fagocitose
de células pelo recrutamento e
ativação de leucócitos por
anticorpos presos no tecido ou
ativação do complemento,
opsonização da célula e
fagocitose da mesma.
A célula alvo entra em contato
com os anticorpos e é
opsonizada por eles. A partir
daí ela pode tomar três
direções:

a) ser fagocitada
imediatamente;
b) ativar o sistema
complemento e sofrer
formação de poros por
complexos de ataque a
membrana e sofrer lise;
c)ativar o sistema
complemento, ser opsonizada
pela molécula C3b e sofrer
fagocitose.

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


Hipersensibilidade tipo III
São mediadas por imunocomplexos, isso quer dizer que os anticorpos (IgM e IgG)
específicos para antígenos solúveis no sangue formam complexos com antígenos, e
assim, esse imunocomplexo pode se depositar nas paredes dos vasos sanguíneos em
vários tecidos, causando inflamação, trombose e lesão tecidual.

Os anticorpos IgG e IgM que se prendem a células endoteliais ou outro tecido, recrutam e
ativam leucócitos mediados por completo receptor Fc. Ocorre comumente após infecções
persistentes. A inflamação mediada por imunocomplexo depende do tecido onde ele está
formado e ocorre porque os anticorpos ligados ao antígeno são numerosos. Em situações em
que a depuração sanguínea é insuficiente, mesmo depois de parte deles ser eliminada ainda
resta quantidade suficiente para exercer atração sobre numerosos neutrófilos que degranulam e
causam lesões pró-inflamatórias. O imunocomplexo circula no vaso ou fixa em um tecido e é
opsonizado pelo C3b do complemento. Quando a hemácia o encontra, ela captura o
complemento e apresenta ao macrófago.

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


Hipersensibilidade tipo IV

É mediada por linfócitos T, com resposta sempre tardia. Nesse distúrbio, a lesão
tecidual induz a inflamação, ou até matam a própria célula alvo. Em muitas dessas
doenças, o mecanismo principal envolve as células T auxiliares CD4+, as quais
secretam citocinas, que promovem inflamação e ativam leucócitos, principalmente
neutrófilos e macrófagos. Até mesmo os linfócitos T citotóxicos contribuem para
lesão tecidual em algumas doenças.

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


Lembretes
Citocinas são proteínas que têm a função de sinalização, mediando funções celulares.
Heparina é um anticoagulante
A histamina é um mensageiro químico gerado principalmente nos mastócitos. Por meio vários
receptores, ela medeia respostas celulares, incluindo as:

• reações alérgicas e inflamatórias


• a secreção de ácido gástrico
• a neurotransmissão em algumas regiões do cérebro.

IgG (Imunoglobulina G): muito importante nos processo inflamatórios pois neutraliza as toxinas
lançadas pelos agentes externos. O IgG está presente na linfa e no sangue e dividi-se em
subclasses: IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4. Note que a Imunoglobulina G é a única que atravessa a
placenta.

IgE (Imunoglobulina E): importante isotipo de anticorpo que atua nos processos alérgicos, nas
verminoses e protozooses. Presente no soro sanguíneo, o IgE é encontrado na superfície dos
basófilos e mastócitos.

IgD (Imunoglobulina D): tem como função a ativação de células que protegem o organismo. O
IgD é encontrado no sangue e ainda suas funções estão sendo definidas e estudadas por diversos
pesquisadores.

IgM (Imunoglobulina M): encontrada no meio intravascular, esse tipo de anticorpo funciona
como receptor dos antígenos. Assim, quando o corpo apresenta níveis altos de IgM, isso indica
uma infecção recente. Por ser grande, esse tipo não atravessa a placenta.

IgA (Imunoglobulina A): presente nas secreções do corpo (saliva, suor, lágrimas, suco gástrico,
etc.), a IgA tem como função proteger o corpo através das mucosas. Ou seja, ela evita que o
agente invasor penetre no epitélio. Esse tipo está subdivido em duas classes: IgA1 e IgA2.

Beatriz Buttini - Medicina FAMP


Em geral….

Distúrbios causados por respostas imunológicas anormais são chamados de hipersensibilidade.

As doenças de hipersensibilidade podem resultar de anticorpos que se ligam a células ou


tecidos (tipo II), imunocomplexos depositados nos tecidos (tipo III), ou de linfócitos T reativos aos
antígenos teciduais (tipo IV). As reações de hipersensibilidade imediata (tipo I) são a causa das
doenças alérgicas.

Os mecanismos efetor e da lesão tecidual mediada por anticorpo são a ativado do complemento
é a inflamação mediada pelo receptor Fc. Alguns anticorpos causam doença por opsonizar células
do hospedeiro para fagocitose ou por interferir nas funco e celulares normais, sem produzir lesão
tecidual.

Os mecanismos ejetores da lesão tecidual mediada pelas células T são as respostas inflamatórias
induzidas por citocinas secretadas principalmente por células CD4+. A reação clássica mediada
pela célula T é a hipersensibilidade tardia, induzida pela ativação de células T previamente
primadas e pela produção de citocinas que recrutam vários leucócitos.

O tratamento atual das doenças autoimunes objetiva reduzir a ativação imune, e as


consequências nocivas da reação autoimunidade. Os agentes incluem aqueles que bloqueiam a
inflamação, tais como anticorpos contra citocinas e integrinas, e aqueles que bloqueiam a ativação
de linfócitos.

Beatriz Buttini - Medicina FAMP

Você também pode gostar