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Linfedema

Fisioterapia Dermatofuncional
UNIVERSIDADE DE ARARAQUARA - UNIARA
Sistema Linfático:

• Responsável pela drenagem do líquido dos espaços intersticiais,


assim como de outras substâncias, como as proteínas maiores, que
não podem, de forma direta, penetrar no capilar venoso.

• Tudo acontece pela pressão do líquido intersticial e pela bomba


linfática.

• A quebra desta dinâmica propiciará a formação de linfedema.


Classificação dos linfedemas

• Primários: por malformações do sistema linfático (aplasia,


hipoplasia, linfangiectasia e hiperplasia.

• Secundários, por causas adquiridas, podendo ser:


• Não relacionados com malignidade

• Relacionados com malignidade


LINFEDEMAS PRIMÁRIOS

• Congênitos (presente ao nascimento, ou com aparecimento


durante o primeiro ano de vida)
• Por brida amniótica
• Familiar ou doença de Milroy
• Com disgenesia gonodal ou Síndrome de Turner
• Com pé cavo familiar
• Precoce (de aparecimento após o primeiro ano de vida e antes
dos 35 anos
• Tardio (de aparecimento após os 35 anos)
LINFEDEMAS SECUNDÁRIOS

• Pós-filariótico
• Pós-tuberculose
• Pós-linfangítico
• Neoplásico ou tumorigênico
• Pos-traumáticos ou pós-cirúrgicos
• Pós-radioterapia
LINFEDEMAS SECUNDÁRIOS

• Pós-acidentes
• Por refluxo quiloso
• Por enteropatia com perda de proteínas
• Por traumatismo voluntário
• Associado (linfofibredema e/ou verrucose linfostática (elefantíase)
Linfedemas Primários:

• Por brida amniótica – a brida amniótica é um anel de constrição duro


normalmente em região medial de perna, assemelhando-se a um
torniquete;
• Familiar ou Doença de MILROY – é relacionado a um fator genético
autossômico dominante e normalmente as famílias portadoras desta
patologia têm vários membros com linfedema que não é remissivo e
caracteriza-se pela hipoplasia ou aplasia linfática. 
• Com disgenesia gonadal ou Sindrome de Turner – está relacionado com
esta síndrome onde o mais comum é se encontrar o genótipo X0 (20% dos
casos), o linfedema não se restringe aos membros sendo comum também
no pescoço.
Linfedemas Primários:

• Com pé cavo familiar – existem poucos no mundo e caracterizam-


se por “Pés Cavus” e hipoplasia do sistema linfático superficial.

• Precoce – aparece após o nascimento e antes dos 35 anos e é


caracterizado por hipoplasia do sistema linfático superficial por
um desenvolvimento anormal deste. 

• Tardio: aparece após 35 anos e é idem ao anterior.


Linfedema primário por Brida Amniótica
Linfedemas Secundários:

• Pós Filariótico – em nosso meio é causado pela Wulchereria


bancrofti que tem como hospedeiro intermediário o Culex
fatigans. O parasita obstrui os linfáticos, causando o linfedema.

• Pós Tuberculose – é provocado pela invasão dos linfonodos pela


infecção tuberculosa restringindo a drenagem linfática do membro
acometido. 
Linfedemas Secundários:

• Pós Linfangítico – é consequente a inflamação e/ou infecção dos


linfáticos provocando obstrução ou redução do calibre dificultando a
drenagem.
• (A linfangite mais comum é a erisipela)
• Neoplásico ou tumorigênico – é provocado pela invasão dos linfonodos
pelas metástases do câncer restringindo a drenagem linfática do
membro acometido.

• Pós traumáticos: são relacionados a cirurgias muito traumáticas ou


devido à retirada dos linfonodos para tratamento de câncer.
Linfedemas Secundários:

• Pós radioterapia – a radioterapia danifica os vasos linfáticos


regionais referentes à localização do CA, prejudicando a
drenagem.
• Pós acidentes – está relacionado com o trauma que provocou seu
aparecimento mas resume-se em lesão ou obstrução do linfático.
• Por refluxo quiloso-quiledema – é consequência da má formação
linfática intra-abdominal ou intratoráxica que se dilata
restringindo a drenagem e levando ao acúmulo de linfa nos
membros inferiores.
Linfedemas Secundários:

• Por enteropatia com perda de proteínas – a perda de proteínas nos


intestinos faz com que os vasos linfáticos da parede intestinal
fiquem dilatados, dilatando os dutos linfáticos intra-abdominais
restringindo a drenagem dos membros inferiores.

• Voluntário – a pessoa se automutila podendo provocar o linfedema.


Normalmente são pacientes psiquiátricos que introduzem pregos,
pedaços de madeira, etc. entre os dedos ou na pele das pernas e
braços. Há, também, a autoflagelação indígena.
Linfedemas Secundários:

Associado:
• Linfofibroedema – é o linfedema de longa data que provoca um
endurecimento de pele e tecido celular subcutâneo por processos
inflamatórios consecutivos.

• Verrucose Linfostática – é o linfedema de longa duração que leva a


pele a perder seu brilho e seu aspecto liso formando pequenas
elevações que quando múltiplas, dão o aspecto de pele de
elefante. Daí a origem do nome ELEFANTÍASE;
CLÍNICA DO LINFEDEMA
“Benígna’:
• Grau I: sem lesão cutânea com resposta ao tratamento em menos
de 03 meses;
• Grau II: sem lesão cutânea sem resposta ao tratamento e menos de
03 meses;
“Malígna”:
• Grau III: fibredema;
• Grau IV: elefantíase;
“Topográfica”: face, extremidade superior, extremidade inferior,
hemicorpo, genitais.
CLASSIFICAÇÃO DO LINFEDEMA POR
PERIMETRIA

• Perimetria (cirtometria bilateral), detectando diferença


entre os mesmos pontos de referência:
• ≠ De 1cm a 3 cm: linfedema leve
• ≠ De 3 a 5 cm: linfedema moderado
• ≠ Acima de 5 cm: linfedema grave
Estadiamento clínico do linfedema
(Sociedade Internacional de Linfologia)

• Estádio 0: condição latente ou subclínica, em que não há edema


evidente.
• Estádio I: um precoce acúmulo de líquido que regride com
elevação do membro.
• Estádio II: apenas a elevação do membro raramente regride o
edema. Cacifo positivo.
• Estádio III: inclui elefantíase linfostática em que o cacifo está
ausente e alterações tróficas da pele, como acantose, acúmulo de
gorduras e verrucosidades, estão presentes.

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