A filaríase linfática é uma infecção do sistema linfático causada por
uma das três espécies de nematódeos. FILARIOSE
A filaríase linfática é uma infecção por filária que é uma causa
comum de incapacidade permanente no mundo todo. Cerca de 120 milhões de pessoas estão infectadas e 40 milhões ficaram deformadas pela doença. No ano 2000, a Organização Mundial da Saúde lançou seu Programa global para eliminação da filaríase linfática. Como consequência, foi feito um progresso substancial para deter a disseminação da infecção por meio de tratamento anual, em larga escala, de pessoas elegíveis em áreas onde a infecção está presente. A filaríase linfática é causada por
Wuchereria bancrofti: em áreas tropicais e subtropicais da África,
Ásia, do Pacífico e nas Américas, incluindo o Haiti. Brugia malayi ou Brugia timori: no sul e sudeste da Ásia. TRANSMISSÃO
filaríase linfática é transmitida quando um mosquito infectado pica
uma pessoa e deposita larvas do verme na pele. As larvas se deslocam para o sistema linfático onde amadurecem. Os vermes adultos podem ter de 4 a 10 cm de comprimento. Os adultos produzem milhões de larvas de vermes (chamadas microfilárias) que circulam na corrente sanguínea e no sistema linfático. A infecção é disseminada quando um mosquito pica uma pessoa infectada e depois pica outra pessoa. Mosquitos: Culex, Mansonia ou Ae des , Anopheles. SINTOMAS DA FILARÍASE LINFÁTICA
Os sintomas de filaríase linfática são causados por vermes adultos.
As microfilárias não causam sintomas e desaparecem aos poucos da corrente sanguínea depois que as pessoas deixam a área afetada. Infecção (aguda) inicial
No início da infecção, as pessoas podem manifestar sintomas por
quatro a sete dias. Elas podem apresentar febre, linfonodos inchados nas axilas e na virilha e dor nos membros e na virilha. Pode haver acúmulo de pus em uma perna e drenar para a superfície da pele, resultando em uma cicatriz. A pele e os tecidos sob a pele ficam mais suscetíveis a infecções bacterianas porque os vermes bloqueiam os vasos linfáticos tornando o sistema imunológico menos capaz de defender a pele e os tecidos adjacentes contra bactérias. Muitas vezes, os sintomas desaparecem e depois retornam. Eles são mais graves quando as pessoas são expostas à infecção pela primeira vez. INFECÇÃO CRÔNICA
Depois de muitos anos de infecção, os vasos linfáticos se dilatam. A
maioria das pessoas não apresenta sintomas. Mas, em algumas pessoas, o inchaço aos poucos se torna permanente (crônico). As pernas são mais frequentemente afetadas, mas os braços, as mamas e os genitais também podem ser. Este inchaço (chamado linfedema) se desenvolve porque Os vermes adultos vivem no sistema linfático e reduzem o fluxo de líquido linfático dos tecidos, fazendo o líquido voltar aos vasos linfáticos. Os vermes desencadeiam uma resposta do sistema imunológico que produz inflamação e inchaço. O inchaço torna a pele esponjosa. Ao pressionar a pele forma-se um sulco que não desaparece imediatamente (chamado marca na pele). O inchaço crônico pode tornar a pele dura e grossa (chamado elefantíase). Nos homens, o escroto pode inchar. As infecções bacterianas e fúngicas da pele são comuns em pessoas com filaríase linfática. Essas infecções contribuem para o desenvolvimento da elefantíase das pernas e, ocasionalmente, dos braços e às vezes para o inchaço intenso do escroto. Algumas pessoas têm leve dor articular e sangue na urina. Menos comumente, os pulmões são afetados pelas microfilárias na corrente sanguínea, resultando em um distúrbio chamado eosinofilia pulmonar tropical. As pessoas podem ter febre baixa, sentir falta de ar, tossir ou emitir chiados. Se a infecção persistir, pode-se formar tecido cicatricial (fibrose) nos pulmões.