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FILARIOSE

A filariose é uma doença parasitária causada por vermes filariais, que são transmitidos para

os seres humanos por meio da picada de mosquitos infectados. Os vermes filariais são

microfilárias, que são larvas do parasita adulto. As duas principais espécies de vermes que

causam a filariose em humanos são Wuchereria bancrofti e Brugia malayi, embora outras

espécies também possam estar envolvidas em casos menos comuns da doença.

A transmissão da filariose ocorre quando um mosquito infectado, geralmente do gênero

Anopheles, Aedes ou Culex, pica uma pessoa e introduz as larvas do parasita na corrente

sanguínea. As larvas se desenvolvem nos vasos linfáticos ou na corrente sanguínea,

amadurecendo até se tornarem vermes adultos, que podem viver por vários anos no corpo

humano.

Os sintomas da filariose podem variar de acordo com a espécie de verme e a área do corpo

afetada. Muitas vezes, a infecção é assintomática durante os estágios iniciais, mas os

sintomas podem incluir febre, dor nas articulações, inflamação dos gânglios linfáticos,

inchaço dos membros (linfedema) e alterações na pele. Em casos mais graves, a filariose

pode levar ao desenvolvimento de elefantíase, uma condição caracterizada pelo aumento

excessivo de partes do corpo, como os membros inferiores, genitais ou mama, devido ao

acúmulo de fluido linfático.

O diagnóstico da filariose geralmente envolve a detecção de microfilárias no sangue, fluido

linfático ou em tecidos afetados, por meio de exames laboratoriais como o exame de gota

espessa, esfregaços de sangue ou biópsias de tecido. Além disso, exames de imagem

como ultrassonografia podem ser utilizados para avaliar o envolvimento dos órgãos

internos.

O tratamento da filariose geralmente envolve o uso de medicamentos antifiláricos, como a

ivermectina, a diethylcarbamazine (DEC) ou a albendazol, que são eficazes na eliminação

das microfilárias e dos vermes adultos. Dependendo da gravidade dos sintomas e

complicações, podem ser necessárias medidas adicionais, como o uso de antibióticos para
tratar infecções secundárias ou o tratamento do linfedema e da elefantíase com terapia de

compressão e fisioterapia.

A prevenção da filariose é baseada principalmente no controle do vetor, ou seja, na redução

da população de mosquitos infectados. Isso pode ser alcançado através do uso de

mosquiteiros tratados com inseticida, aplicação de inseticidas em áreas de alto risco,

drenagem de água parada e educação da população sobre medidas preventivas individuais,

como o uso de repelentes e roupas protetoras.

A filariose continua sendo uma preocupação de saúde pública em muitas regiões tropicais e

subtropicais do mundo, especialmente em áreas onde as condições de vida e saneamento

são precárias e as medidas de controle da doença são limitadas. A colaboração entre

governos, organizações de saúde pública e a comunidade internacional é essencial para o

controle eficaz da filariose e a redução do seu impacto na saúde global.

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