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MINISTÉRIO DA SAÚDE

CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

NOÇÕES DE
MICROBIOLOGIA E
PARASITOLOGIA
PROGRAMA SAÚDE COM AGENTE
E-BOOK 15

Brasília – DF
2022  
MINISTÉRIO DA SAÚDE
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

NOÇÕES DE
MICROBIOLOGIA E
PARASITOLOGIA
PROGRAMA SAÚDE COM AGENTE
E-BOOK 15

Brasília – DF
2022  
2022 Ministério da Saúde.
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial –
Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra,
desde que citada a fonte.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde:
bvsms.saude.gov.br

Tiragem: 1ª edição – 2022 – versão eletrônica

Elaboração, distribuição e informações: Coordenação-geral: Designer educacional:


MINISTÉRIO DA SAÚDE Cristiane Martins Pantaleão – Conasems Alexandra Gusmão – Conasems
Secretaria de Gestão do Trabalho e da Hélio Angotti Neto – MS Juliana Fortunato – Conasems
Educação na Saúde Hishan Mohamad Hamida – Conasems Pollyanna Lucarelli – Conasems
Departamento de Gestão da Educação na Leandro Raizer – UFRGS Priscila Rondas – Conasems
Saúde
Luciana Barcellos Teixeira – UFRGS
Coordenação-Geral de Ações Educacionais
Marcelo A. C. Queiroga Lopes – MS Colaboração:
SRTVN 701, Via W5 Norte, lote D,
Musa Denaise de Sousa Morais – MS Antonio Jorge de Souza Marques –
Edifício PO 700, 4º andar Conasems
Roberta Shirley A. de Oliveira – MS
CEP: 70719-040 – Brasília/DF Josefa Maria de Jesus – SGTES/MS
Tel.: (61) 3315-3394 Katia Wanessa Silva – SGTES/MS
Direção técnica:
E-mail: sgtes@saude.gov.br Marcela Alvarenga de Moraes – Conasems
Hélio Angotti Neto
Marcia Cristina Marques Pinheiro –
Secretaria de Atenção Primária à Saúde: Conasems
Organização:
Departamento de Saúde da Família Rejane Teles Bastos – SGTES/MS
Núcleo Pedagógico do Conasems
Esplanada dos Ministérios Bloco G, Roberta Shirley A. de Oliveira– SGTES/MS
7º andar Rosângela Treichel – Conasems
Supervisão-geral:
CEP: 70058-90 – Brasília/DF Suellen da Silva Ferreira– SGTES/MS
Rubensmidt Ramos Riani
Tel.: (61) 3315-9044/9096
E-mail: aps@saude.gov.br Assessoria executiva:
Coordenação técnica e pedagógica:
Cristina Fatima dos Santos Crespo Conexões Consultoria em Saúde LTDA
Secretaria de Vigilância em Saúde: Valdívia França Marçal Antonio Jorge de Souza Marques
SRTVN 701, Via W5 Norte, lote D,
Edifício PO 700, 7º andar Elaboração de texto: Coordenação de desenvolvimento gráfico:
CEP: 70719-040 – Brasília/DF Ana Amelia Nascimento da Silva Bones Cristina Perrone – Conasems
Tel.: (61) 3315.3874 Lina Naomi Hashizume
E-mail: svs@saude.gov.br Diagramação e projeto gráfico:
Revisão técnica: Aidan Bruno – Conasems
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS Andréa Fachel Leal– UFRGS Alexandre Itabayana – Conasems
MUNICIPAIS DE SAÚDE – Conasems
Diogo Pilger – UFRGS Bárbara Napoleão – Conasems
Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Anexo B,
Érika Rodrigues De Almeida – SAPS/MS Lucas Mendonça – Conasems
Sala 144
Fabiana Schneider Pires – UFRGS Ygor Baeta Lourenço – Conasems
Zona Cívico-Administrativo, Brasília/DF
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CEP: 70058-900
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Núcleo Pedagógico do Conasems
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Rua Professor Antônio Aleixo, 756
Rubensmidt Ramos Riani – SGTES/MS Imagens:
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Tel: (31) 2534-2640

Revisão ortográfica:
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Camila Miranda Evangelista
Av. Paulo Gama, 110 - Bairro Farroupilha - Gehilde Reis Paula de Moura
Porto Alegre - Rio Grande do Sul Keylla Manfili Fioravante
CEP: 90040-060
Tel: (51) 3308-6000 Normalização:
Ficha Catalográfica XXX – Editora MS/CGDI

Brasil. Ministério da Saúde.


Noções de microbiologia e parasitologia [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Brasília : Ministério da Saúde, 2022.
xx p. : il. – (Programa Saúde com Agente; E-book 15)

Modo de acesso: World Wide Web: xxx


ISBN xxx-xx-xxx-xxxx-x

1. Agentes Comunitários de Saúde. 2. Introdução à Microbiologia. 3. Introdução à Parasitologia. I. Conselho Nacional de Secretarias
Municipais de Saúde. II. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. III. Título.
CDU 614

Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2022/0xxx


Título para indexação:
Introduction to Microbiology and Parasitology
BEM-VINDA (0)!
Este é o seu e-book da disciplina Noções de Microbiologia e Parasitologia.

Neste material, você compreenderá melhor como as doenças infecciosas e


parasitárias ocorrem.

Você terá oportunidade de diferenciar diagnóstico, principais sintomas,


tratamento e prevenção das infecções e parasitoses mais prevalentes no
Brasil.

Por meio deste estudo, você será capaz de associar as questões práticas do
cotidiano de trabalho no seu território. Além disso, irá perceber a
importância do seu papel no controle das doenças infecciosas e parasitárias
e na orientação da comunidade.

Estude este material com atenção e consulte-o sempre que necessário!


Acompanhe também a aula interativa e realize as atividades propostas para
assimilar as informações apresentadas.

Bons estudos!
LISTA DE SIGLAS E
ABREVIATURAS
AAS | Ácido Acetilsalicílico ou Aspirina
ACE | Agente de Combate às Endemias
ACS | Agente Comunitário de Saúde
AIDS | Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
APS | Atenção Primária à Saúde
COVID-19 | Doença Transmitida por Coronavírus 2019
DTA | Doenças Transmitidas por Alimentos
HIV | Vírus da Imunodeficiência Humana
HPV | Papilomavírus Humano
SUS | Sistema Único de Saúde
UBS | Unidade Básica de Saúde
UPA | Unidade de Pronto Atendimento
LISTA DE FIGURAS
10 | Figura 1 – Classificação das bactérias
10 | Figura 2 – Classificação dos fungos
11 | Figura 3 - Vírus da gripe do subtipo H5N1 (a amarelo) em
crescimento numa cultura celular (a verde)
17 | Figura 4 - Membranas branco-acinzentadas e firmes na
garganta são o principal sinal de difteria
29 | Figura 5 - Entamoeba histolytica
30 | Figura 6 - Ancylostoma caninum
31 | Figura 7 - Ascaris lumbricoides - Fêmea adulta
32 | Figura 8 – Taenia saginata
33 | Figura 9 – Schistosoma mansoni
37 | Figura 10 - Anopheles stephensi
45 | Figura 11 - Escherichia coli
SUMÁRIO

01
8 Microbiologia

28
Parasitologia

48
Retrospectiva

50 Bibliografia

52 Bibliografia Complementar
MICROBIOLOGIA
O que é Microbiologia?

Tenho observado o adoecimento de


pessoas na minha comunidade e não
sei exatamente a causa destas
doenças.

Que tal ajudar a nossa colega Gerusa a compreender sobre


essas possíveis causas?

Pois bem, é importante ressaltar que muitas das doenças observadas


na população são infecções causadas por micro-organismos. Portanto,
conhecer mais sobre estes seres vivos é muito importante para o seu
trabalho, dentro do seu território, com objetivo de fazermos o controle e
a prevenção das doenças infecciosas.

Microbiologia Os micro-organismos são muito importantes


É a ciência que estuda
para o meio ambiente e eles estão amplamente
os micro-organismos,
sua distribuição no distribuídos na natureza. A aplicação dos
meio ambiente e suas conhecimentos de pesquisas na área de
relações benéficas ou microbiologia ocorre em diferentes situações,
prejudiciais com como na produção e controle de alimentos,
outros seres vivos.
controle e tratamento de doenças infecciosas,
produção de medicamentos, soluções para
despoluição do meio ambiente, entre outras.

8
Você sabia que existem diferentes
tipos de micro-organismos?
Vamos conhecer os principais tipos microbianos:

Bactérias

São invisíveis a olho nu, só podem ser observadas com auxílio de um


microscópio. Elas se apresentam de formatos variados, como:

Figura 1 – Classificação das bactérias.

Cocos Bacilos Formas espiraladas


(bactérias esféricas) (forma de bastão) (bastões torcidos)
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/bacterias.htm

A reprodução das bactérias ocorre de forma assexuada, ou seja,


uma célula bacteriana se divide e dá origem a duas outras células
iguais à de origem.

9
Fungos
Os fungos são organismos com formatos variados, podendo ser
classificados em leveduras, bolores e cogumelos.
Figura 2 – Classificação dos Fungos.

Leveduras Bolores Cogumelos


Fonte: Wikipédia – A Enciclopédia Livre

Alguns são microscópicos, outros são maiores (como os cogumelos).


Os fungos têm importância econômica na indústria alimentícia, pois
são utilizados na fabricação de pães, queijos, cervejas e vinhos.
Também estão envolvidos na produção de antibióticos, vitaminas e
enzimas.

Vírus
Eles diferem dos outros seres vivos, pois não tem metabolismo próprio,
são inertes no meio ambiente fora da célula e replicam-se apenas no
interior de células vivas (parasitas genéticos).

10
Figura 3 – Vírus da gripe do subtipo H5N1 (a amarela) em crescimento numa cultura
celular (a verde).

Alguns são microscópicos, outros


são maiores (como os
cogumelos). Os fungos têm
importância econômica na
indústria alimentícia, pois são
utilizados na fabricação de pães,
queijos, cervejas e vinhos.
Também estão envolvidos na
produção de antibióticos,
vitaminas e enzimas.

Fonte: Wikipédia – A Enciclopédia Livre

Doenças infecciosas

Então a presença de
micro-organismos é que leva ao
aparecimento de doenças
infecciosas? Eles são sempre
prejudiciais à saúde ou podem causar
algum benefício para as pessoas?

11
O ser humano possui cerca de 100 trilhões de
micro-organismos distribuídos em diferentes partes do
seu corpo, como na superfície da pele, cabelos, boca,
Hospedeiro dentes e intestino. As relações existentes entre os
É o organismo micro-organismos e as pessoas podem ser benéficas ou
que aloja ou prejudiciais, dependendo do tipo e da quantidade de
mantém o
micro-organismos. Muitos deles não causam doenças na
micro-organism
o dentro de si. pessoa, que é chamada de “hospedeiro”, como as
leveduras utilizadas na fabricação de pães
(Saccharomyces cerevisae). No entanto, existem
micro-organismos que se aproveitam quando as defesas
do organismo estão enfraquecidas e podem causar
doenças. Por isso, essas doenças são chamadas de
oportunistas. Existem também os micro-organismos que
são patogênicos, nesse caso sua presença no hospedeiro
leva ao desenvolvimento de uma doença, como a
Nesseria gonorrhoeae, causadora da gonorréia no ser
humano.

Você sabia que os micro-organismos estão mais presentes em


nosso dia a dia do que a gente imagina? Assista ao vídeo para
entender mais sobre isto:

Para assistir ao vídeo


clique aqui
ou aponte a câmera
de seu celular e
escaneie o código QR..

Ah entendi! Então as doenças causadas por


micro-organismos são chamadas de
doenças infecciosas. E quais são as
Ah principais doenças infecciosas, aquelas que
são as mais prevalentes, na população
brasileira?

CURSO TÉCNICO ACE E ACS 12


E além de saber quais são as principais doenças
infecciosas, é importante conhecermos também
os seus sintomas, as formas de diagnóstico, de
tratamento e as medidas de prevenção para
orientarmos adequadamente a população.
Portanto, vamos abordar cada uma delas.

Tuberculose
Devido ao número de casos e de mortes decorrentes desta doença, a
tuberculose é considerada um problema de saúde prioritário no Brasil.
Qualquer pessoa pode ter a doença, mas a sua transmissão é
favorecida em situações de maior vulnerabilidade social e na presença
de problemas de saúde como desnutrição, alcoolismo, tabagismo, uso
de drogas ilícitas, doenças psiquiátricas, diabetes, HIV/AIDS, doenças
renais crônicas e câncer, entre outras.

Sintomas: A tosse é um dos principais sintomas da tuberculose.

Diagnóstico: Pode ser feito através dos sintomas do paciente, de


exames em amostras de escarro, para encontrar o bacilo da
tuberculose, e através de radiografias (abreugrafia) para observar
lesões pulmonares.

Medidas de controle: Podemos procurar por casos de tuberculose na


comunidade. Como o principal sintoma é a tosse, recomenda-se que
todo indivíduo que apresente tosse por três ou mais semanas seja
investigado. A vacina BCG protege contra as formas mais graves da
tuberculose e deve ser tomada em dose única até as primeiras 12 horas
de vida. A tuberculose tem cura e o tratamento é disponibilizado pelo
Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente em serviços de Atenção
Primária à Saúde (APS).

13
A tuberculose requer um tratamento prolongado de,
no mínimo, 6 meses. Para a cura, são receitados
medicamentos anti-tuberculose que devem ser
tomados diariamente. O abandono do tratamento
leva o doente a continuar transmitindo a
tuberculose e pode causar resistência da bactéria
aos medicamentos, levando a casos mais graves e
até a morte.

Os agentes têm papel na procura pelos casos de


tuberculose, na orientação dos pacientes para que
não abandonem o tratamento até a sua cura
completa, na busca pelos pacientes que faltam às
consultas e no acompanhamento da família do
doente e outros contatos.

Para saber mais, acesse a Cartilha para o Agente


Comunitário de Saúde – Tuberculose. Clique aqui.

COVID-19
É uma doença de distribuição mundial e altamente transmissível. O
período de incubação é entre 1 a 14 dias.

Sintomas: Podemos observar tosse, dor de garganta, coriza, perda do


paladar e olfato, diarreia, febre, cansaço e dor de cabeça. Muitos
infectados podem ser assintomáticos (ter a doença sem apresentar
sintomas). Embora a maioria das pessoas com COVID-19 apresente
apenas sintomas leves, uma parcela pode desenvolver sintomas
respiratórios graves e necessitar de internação em hospital.

Diagnóstico: Existem os testes laboratoriais de biologia molecular (PCR),


de sorologia e os testes rápidos.

14
Medidas de prevenção: As medidas propostas pelo Ministério da Saúde
são: distanciamento social, lavagem das mãos, uso de máscaras,
desinfecção dos ambientes, isolamento de casos suspeitos e
quarentena dos casos confirmados de COVID-19. Além disso,
recomenda-se a vacinação de acordo com o Plano Nacional de
Vacinação contra a COVID-19.

Tratamento: Depende dos sintomas apresentados, variando desde


repouso em casa até atendimento médico no hospital.

Compete aos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e


aos Agentes de Combate às Endemias (ACE):

• Orientar a população sobre a doença, medidas de prevenção, sinais


e sintomas.
• Auxiliar a equipe de saúde na identificação de casos suspeitos e no
monitoramento de casos confirmados.
• Durante as visitas domiciliares, orientar crianças com menos de 5
anos e pessoas com 60 anos ou mais com sinais e sintomas
respiratórios a entrar em contato com a unidade de saúde.
• Realizar busca ativa de novos casos suspeitos na comunidade e
principalmente de pessoas que pertencem aos grupos de risco como
gestantes, pessoas com doenças crônicas, puérperas e idosos.
• Auxiliar na campanha de vacinação contra a COVID-19.
• Realizar atividades educativas nas unidades de saúde.

Clique nos links:

● Confira o resumo da live Hubcovid: o Papel do ACS e ACE no


enfrentamento a Covid-19.

● Recomendações para adequação das ações dos Agentes


Comunitários de saúde frente à atual situação epidemiológica
referente ao COVID-19

15
Garantir uma boa ventilação nos
ambientes fechados e evitar
aglomerações de pessoas também é
recomendado para prevenir a
transmissão de COVID-19 e da
tuberculose.

Hanseníase
Apesar da tendência de estabilização de novos casos no Brasil, a
hanseníase ainda é detectada em patamares altos nas regiões Norte,
Centro-oeste e Nordeste.

Diagnóstico: É clínico e epidemiológico, realizado por uma


investigação do histórico e das condições de vida do paciente, além
do exame para identificar lesões e áreas de pele com alteração de
sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos.

Tratamento: Identificar e tratar os casos novos precocemente é muito


importante para interromper a transmissão e prevenir as
incapacidades físicas de todos os contatos de casos de Hanseníase. A
hanseníase é uma doença de notificação compulsória e investigação
obrigatória em todo Brasil. A doença tem cura e seu tratamento é feito
com o uso de antibióticos e está disponível no Sistema Único de
Saúde. A única vacina disponível para hanseníase é a BCG (a mesma
utilizada na tuberculose).

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Tétano acidental
A doença está relacionada às atividades que apresentem risco de
ferimento e pode acometer pacientes de todas as idades.

Sintomas: O paciente com tétano apresenta febre baixa e rigidez


muscular progressiva levando a dificuldade de engolir e respirar,
podendo evoluir para contraturas generalizadas. Podem ocorrer
complicações mais sérias como: parada respiratória e/ou cardíaca,
disfunção respiratória e infecções secundárias.

Medidas de prevenção e controle: A principal forma de prevenção


do tétano acidental é por meio da vacina pentavalente. O tétano
acidental não tem cura e seu tratamento é feito com uso de
antibióticos, cuidados médicos para controlar as complicações da
doença.

Difteria Figura 4 – Membranas


branco-acinzentadas e firmes na
garganta são o principal sinal de difteria.
Diagnóstico: Ocorre pela presença de
placas pseudomembranosas
branco-acinzentadas aderidas nas
amígdalas. O paciente apresenta dor
de garganta discreta, febre baixa
(37,5C a 38,5°C), prostração e palidez.
Em casos graves, o paciente apresenta
aumento do pescoço (pescoço
taurino), por inchaço dos gânglios
linfáticos dessa área. Em casos de
asfixia mecânica aguda, causada pela
formação de placas muito grandes,
exige-se imediata traqueostomia para
evitar a morte do paciente.
Fonte: Wikipédia – A Enciclopédia Livre

17
Medidas de controle: A difteria é mais comum em áreas com baixas
condições sanitárias e baixa cobertura vacinal. A doença tem cura e o
tratamento é feito com antibióticos e medicamentos para reduzir o efeito
das toxinas liberadas pela bactéria.

Como se previne
a difteria?

O principal meio de controle e prevenção da difteria é a vacina


Pentavalente que também previne contra outras doenças como tétano,
coqueluche, hepatite B e influenza tipo B. Portanto é necessário orientar
a população para manter o esquema vacinal sempre atualizado.

Leptospirose
A aglomeração de população de baixa renda, a falta de saneamento
básico e a infestação de roedores infectados favorece a ocorrência
desta doença nas capitais e centros urbanos.

Sintomas: Os principais sintomas são: febre, dor de cabeça, perda de


apetite, dor muscular nas panturrilhas, náuseas e vômitos. A doença
pode evoluir e levar a sintomas mais graves com necessidade de
internação hospitalar.

Diagnóstico: É feito através do exame de sangue para verificar a presença da


bactéria ou de anticorpos.

18
Medidas de controle: Controle da proliferação de roedores que
transmitem a doença, melhoria das condições de trabalho dos
trabalhadores que são expostos à água contaminada e do saneamento
básico da população. Como durante as enchentes é comum a
interrupção do abastecimento de água, garantir a água potável
(filtrada, fervida ou clorada) para consumo humano é fundamental para
prevenir a doença. A leptospirose tem cura e o tratamento é feito com o
uso de antibióticos. Não existe ainda uma vacina contra esta doença
para uso em humanos.

Como complemento, assista ao


vídeo do Ministério da Saúde sobre
a leptospirose. Clique aqui
ou aponte a câmera de seu celular
e escaneie o código QR.

Doenças infecciosas transmitidas pela


picada de mosquito

Na comunidade onde atuamos existe uma


infestação muito grande de mosquitos. Quais
são as principais doenças que eles podem
transmitir?

Arboviroses
Dentre as principais doenças
Doenças
causadas por arboviroses, temos a Dengue,
vírus. São Chikungunya, Zika vírus e Febre
transmitidas por amarela. Vamos estudar sobre
meio da picada elas?
de mosquitos.

19
Dengue
A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada pelo vírus da
dengue, que é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

Sintomas: o infectado pode apresentar febre, dor de cabeça, dores pelo


corpo ou até mesmo nenhum sintoma. Caso o doente apresente
manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz e gengivas), dor
abdominal intensa e vômitos persistentes, pode ser indicativo de dengue
hemorrágica. Neste caso, o doente necessita de cuidados médicos
imediatos, pois pode levar à morte. Como a transmissão da doença
ocorre apenas pela picada do mosquito, ela não pode ser transmitida do
doente para outra pessoa saudável.

Forma de tratamento: Os sintomas da doença são tratados com


analgésicos, mas não podem ser utilizados medicamentos à base de
ácido acetil salicílico (aspirina e AAS), pois pode aumentar o risco de
hemorragia. Já existe uma vacina contra a dengue, porém ela só é
indicada para pessoas que já foram expostas ao vírus e é usada para
prevenção da dengue hemorrágica. Esta vacina não está disponível nos
serviços públicos, apenas em clínicas privadas.

20
Chikungunya
É uma doença infecciosa febril, causada pelo vírus Chikungunya, que pode
ser transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

Sintomas: A pessoa doente apresenta febre repentina acima de 38,5°C,


dores nas articulações das mãos e dos pés (dedos, pulsos e tornozelos).
Também pode ocorrer dor de cabeça e nos músculos, além de manchas
vermelhas na pele.

Forma de tratamento: A doença tem cura e o tratamento é apenas dos


sintomas da doença, com medicamentos para dor e febre. Em geral, após
10 dias os sintomas desaparecem. Ainda não temos disponível uma vacina
contra a Chikungunya.

Zika vírus
É uma doença causada pelo vírus Zika transmitido por meio da picada do
mosquito Aedes aegypti, que também transmite a dengue e chikungunya
no Brasil.

Sintomas: A maioria das infecções pelo vírus Zika não apresentam


sintomas, ou apenas febre muito parecida com as da Chikungunya e
dengue. Gestantes infectadas podem transmitir o vírus para o feto e
resultar em abortos espontâneos, morte do feto ou microcefalia. Outra
complicação grave causada pelo Zika vírus é a Síndrome de Guillan-Barré,
que afeta o sistema neurológico da pessoa infectada.

Diagnóstico: é feito por médico e confirmado por exames laboratoriais de


sorologia e biologia molecular disponíveis no SUS.

Forma de tratamento: Até o momento não existe um medicamento


específico para o Zika vírus, sendo o tratamento apenas dos sintomas do
doente. Gestantes com suspeita de Zika devem ser acompanhadas no
pré-natal de acordo com os protocolos estabelecidos pelo Ministério da
Saúde do Brasil. Ainda não há cura ou vacina para prevenir a infecção pelo
Zika vírus.

21
Febre amarela
A febre amarela é uma doença infecciosa grave causada por vírus e
transmitida por mosquitos - Aedes aegypti, em áreas urbanas, ou
Haemagogus, em áreas silvestres.

Sintomas: No momento da infecção pelo vírus, a pessoa não apresenta


sintomas ou são muito fracos. Entretanto, depois aparecem repentinamente:
febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e
vômitos por aproximadamente 3 dias. Após um período de cerca de 2 dias
de melhora, pode aparecer a forma mais grave da doença, com problemas
no fígado e rins, icterícia (olhos e pele amarelados), hemorragias e cansaço.

Diagnóstico: É feito por médico e confirmado por exames laboratoriais de


sorologia e biologia molecular disponíveis no Sistema Único de Saúde.

22
Medidas de prevenção: A vacinação contra a febre amarela é uma medida
de proteção individual, especialmente para aquelas pessoas que moram ou
vão viajar para áreas endêmicas. O uso de repelentes e o ato de cobrir
áreas do corpo contra as picadas do mosquito também previnem a
doença.

Forma de tratamento: Não existe um tratamento específico para a febre


amarela, mas recomenda-se que o doente fique em repouso e hidratado.
Para controlar os sintomas pode ser feito o uso de medicamentos para
aliviar a dor e a febre. Não é indicado o uso de ácido acetilsalicílico (AAS ou
aspirina) pois pode causar hemorragias.

Atenção agente!!
Para combater a Dengue,
Chikungunya, Zika vírus e Febre
amarela, seu papel é fundamental
nas medidas de prevenção, que
incluem:
• Controle da infestação do
mosquito transmissor através de
eliminação de seus criadouros
(água parada);
• Orientação da população sobre as
medidas de proteção individual
como o uso de repelentes e
proteção de áreas do corpo para
evitar as picadas do mosquito
transmissor.

23
Infecções sexualmente transmissíveis

Uma preocupação entre as mulheres da minha


comunidade é com as infecções sexualmente
transmissíveis. Estas doenças também são
causadas por micro-organismos?

Sim, Gerusa! Essas doenças também


são causadas por micro-organismos,
como bactérias ou vírus.

São consideradas infecções sexualmente transmissíveis aquelas


doenças que são transmitidas através do contato sexual de uma pessoa
infectada com outra saudável sem proteção. As principais infecções
sexualmente transmissíveis são:

HIV/AIDS
O HIV é a sigla para a doença pelo vírus da imunodeficiência humana,
causador da AIDS que ataca o sistema imunológico do indivíduo,
responsável por defender o organismo das doenças. Ter o HIV não
significa ter AIDS, pois muitas pessoas soropositivas podem viver anos
sem nunca apresentar sintomas e nem desenvolver a doença.
Entretanto, estas pessoas podem transmitir o vírus para outras pessoas
não infectadas.

24
Além de ser transmitida através do sexo sem camisinha, outras formas de
transmissão do HIV são de uma mãe infectada para seu filho (durante a
gravidez, parto ou na amamentação), pela transfusão de sangue, pelo uso
de seringas compartilhadas e por ferimentos com instrumentos cortantes
não esterilizados.

No Brasil, o diagnóstico do HIV é feito através de exames laboratoriais (de


sangue ou saliva) e dos testes rápidos que podem ser realizados
gratuitamente pelo SUS e de forma anônima. Os primeiros sintomas da
doença são muito parecidos com os de uma gripe (febre e mal-estar),
podendo passar despercebido pela pessoa que foi infectada. Após a
infecção, ocorre uma fase assintomática que pode durar anos. Quando o
sistema de defesa está bastante comprometido pelo HIV, aparecem os
sintomas como febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento. Como o
infectado tem baixa imunidade, começam a aparecer outras doenças que
se aproveitam da fraqueza do organismo. No estágio mais avançado, o
doente pode apresentar hepatite, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e
até câncer.

Todas as pessoas com HIV O problema está


têm o direito de começar justamente quando a
imediatamente o pessoa não toma o
tratamento com coquetel, pois daí o vírus
medicamentos se replica, e diminui a
anti-retrovirais (coquetel) imunidade, levando à
para evitar que o vírus se AIDS. Estes
replique. medicamentos estão
disponíveis no Sistema
Único de Saúde.

Atenção, agente! É importante


informar a população que a infecção
por HIV ou a AIDS ainda não tem cura
e nem existe vacina disponível.

25
Sífilis
É uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria
Treponema pallidum. Ela é uma doença exclusiva do ser humano e
pode se apresentar clinicamente de diferentes formas e estágios,
como a sífilis primária, secundária, latente e terciária. Ela é transmitida
por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada, ou da
mãe infectada para o bebê durante a gestação ou parto (sífilis
congênita). O risco de transmissão da sífilis é maior nos estágios
primário e secundário. Na sua fase mais grave (sífilis terciária), a
doença causa lesões na pele, ossos, cardiovasculares e neurológicas,
que podem levar o doente à morte se não houver tratamento
adequado.

A principal forma de diagnóstico é o teste rápido que está disponível


nos serviços de saúde do SUS. Este teste é de fácil execução e o
resultado é obtido em 30 minutos. A sífilis tem cura e seu tratamento é
o uso da penicilina benzatina (benzetacil), que combate a bactéria
causadora da sífilis. Não existe vacina contra a sífilis, e mesmo que a
pessoa já tenha sido infectada antes, ela pode se contaminar
novamente a cada vez que tiver contato com a bactéria.

Como medida mais importante para a prevenção da


doença deve-se orientar quanto ao uso correto e
regular da camisinha (tanto a de uso interno, vaginal,
quanto a de uso externo, peniana), pois se trata de
uma infecção sexualmente transmissível. Como os
sinais da doença podem aparecer e desaparecer
durante os diferentes estágios da sífilis, muitas pessoas
podem não saber que estão doentes. É necessário
orientar as pessoas a se prevenirem, realizarem o teste
e, se houver infecção, a se tratarem da maneira
correta.

26
HPV
A infecção pelo HPV (papilomavírus humano) é uma infecção
sexualmente transmissível. Este vírus infecta a pele e mucosas da
boca, ânus e genitália. A infecção provoca o aparecimento de verrugas
na região genital e do ânus e pode evoluir para o câncer. Muitas
pessoas infectadas pelo HPV não apresentam nenhum sinal ou
sintoma, mas podem transmitir o vírus para outras pessoas saudáveis.
A infecção por HPV pode causar o câncer de colo do útero, por isso é
importante orientar as mulheres a realizarem periodicamente o exame
ginecológico preventivo do câncer de colo de útero, conhecido como
Papanicolau. A vacina contra o HPV é a medida mais eficaz de se
prevenir contra a infecção. É indicada para meninas de 9 a 14 anos e
meninos de 11 a 14 anos e é gratuita pelo SUS. Outra forma de
prevenção é a utilização de preservativos durante as relações sexuais.

Como papel dos agentes nas medidas de prevenção contra as


infecções sexualmente transmissíveis é importante identificar e
recomendar o tratamento, o mais cedo possível, às pessoas
infectadas e seus parceiros, além de orientar a população em geral
para a prática sexual segura com o uso de camisinha. O agente tem
também um papel fundamental em estimular as pessoas a fazerem
os testes para saber se têm uma infecção sexualmente
transmissível. Lembre-se que os testes rápidos para HIV, Sífilis e
Hepatites virais (B e C) estão disponíveis nas unidades básicas de
saúde.
Saiba mais. Clique no link:

Cartilha infecções sexualmente transmissíveis (IST)

Assista a uma entrevista com o médico sanitarista


Dráuzio Varela falando sobre as infecções
sexualmente transmissíveis. Clique aqui 28
ou aponte a câmera de seu celular e escaneie o
código QR.

27
PARASITOLOGIA
E AGORA? O QUE É
PARASITOLOGIA?

Bia, na minha localidade, tenho escutado


muitos relatos de mães que encontram
larvas e vermes nas fezes de seus filhos e
não sabem o que fazer. Acho que estas
crianças devem ter vermes na barriga.
Tenho interesse em saber mais sobre este
problema.

Verminose
Sim, Júlio! Possivelmente estas Também
crianças devem ter verminose. Os chamada de
vermes são parasitas e a ciência parasitose, é
que estuda o parasitismo entre os uma infecção
seres vivos se chama parasitologia. causada por um
parasita (verme)
que prejudica o
hospedeiro. Isso
acontece porque
E quais são as principais é o hospedeiro
verminoses encontradas na quem fornece o
alimento e
população?
abrigo ao
parasita e acaba
não tendo
nenhum
benefício nesta
relação.
Existem vários tipos de verminoses
em seres humanos, mas as
principais e que mais ocorrem aqui
no Brasil são as seguintes:

29
Principais verminoses

Amebíase
É uma infecção causada pelo protozoário Entamoeba hystolytica.

Sintomas: Variam desde uma leve dor de barriga até uma diarreia
com sangue, acompanhada de febre e calafrios. Nas formas mais
graves o verme vai pra corrente sanguínea e provoca danos no fígado,
pulmões ou cérebro. Se não for diagnosticada e tratada pode levar o
paciente à morte.
Figura 5 – Entamoeba histolytica.
Transmissão: Pode ocorrer,
embora mais rara, a
transmissão sexual devido a
contato boca-ânus. O
diagnóstico é geralmente feito
pelo exame parasitológico onde
se procura os cistos do verme
nas fezes. O tratamento é feito
com o uso de vermífugos e
antibióticos, prescritos pelo
Fonte: Wikipédia – A Enciclopédia Livre
médico. Não existe vacina para
a amebíase.

Então como podemos orientar a população para


prevenir e controlar a amebíase?
Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e os Agentes de Combate
às Endemias (ACE) precisam orientar as pessoas a:

• Lavar as mãos após urinar ou defecar.


• Lavar e desinfetar bem os vegetais, legumes e frutas antes de
comer para eliminar os cistos.
• Orientar as pessoas infectadas a não prepararem os alimentos
para outras pessoas.

30
Ancilostomíase
A ancilostomíase é uma infecção intestinal causada por vermes da
família Ancylostomidae.

Transmissão: A transmissão ocorre Figura 6 – Ancylostoma caninum.


através das larvas do verme que
permanecem no solo durante várias
semanas. O indivíduo contaminado
defeca no solo e elimina os ovos
através das fezes. As larvas se
desenvolvem e infectam a pessoa
penetrando pela pele dos pés. Estas
larvas passam para o sangue e
chegam até os pulmões, traquéia,
faringe e finalmente ao intestino onde Fonte: Wikipédia – A Enciclopédia Livre

se fixam e passam a produzir milhares


de ovos por dia.
Diagnóstico: O diagnóstico laboratorial é feito encontrando ovos do
verme no exame parasitológico de fezes.

Forma de tratamento: A doença tem cura e o tratamento é feito com


o uso de vermífugos, como albendazol ou mebendazol, receitados
pelo médico. Não existe vacina para a ancilostomíase.

Como medidas de controle para esta doença, é papel dos


agentes:

• Identificar e tratar logo as pessoas infectadas, para


evitar complicações.
• Desenvolver atividades de educação em saúde,
explicando a importância de lavar as mãos antes das
refeições e depois de urinar e defecar.
• Orientar as pessoas a não andar descalças.
• Orientar as pessoas a não defecar diretamente no solo.

31
Ascaridíase
É uma infecção parasitária causada pelo Figura 7 – Ascaris lumbricoides
- Fêmea adulta.
helminto (verme) Ascaris lumbricoides,
popularmente conhecido como lombriga.

Sintoma: Pode causar dor de barriga, diarreia,


náuseas e perda de peso. Mas em alguns
casos a pessoa não sente nada. Quando a
infestação é grande, pelo grande número de
lombrigas, pode ocorrer entupimento do
intestino.
Fonte: Wikipédia – A Enciclopédia
Livre
Diagnóstico: O diagnóstico é realizado pelo
exame parasitológico de fezes com a presença
de ovos do verme.
É importante encaminhar as
pessoas infectadas para
Forma de tratamento: A infecção por lombriga fazer o tratamento e evitar
tem cura e o tratamento é feito com o uso de maiores complicações, até
vermífugos, como albendazol ou mebendazol, porque a mesma pessoa
pode ser infectada
receitados pelo médico. Não existe vacina novamente pelo verme.
para a infecção por lombrigas.

Que tipo de orientação os agentes


devem dar à população para prevenir a
infecção por lombrigas?

• Lavar bem e desinfetar verduras,


legumes e frutas antes de comer crus.
• Lavar as mãos depois de urinar ou
defecar.
• Lavar as mãos antes de comer ou
preparar os alimentos.

32
Teníase e cisticercose
A teníase e a cisticercose são duas doenças causadas por um mesmo
verme em ciclos de vida diferentes. A teníase é uma verminose causada
pela presença do verme (Taenia solium ou Taenia saginata) na fase
adulta dentro do intestino da pessoa, conhecida também como solitária.

Sintoma: Ela pode causar dor de barriga, náuseas, fraqueza, diarreia ou


prisão de ventre. Em crianças pode causar retardo no crescimento.

Diagnóstico: É feito com o exame parasitológico de fezes, onde se


procura pela presença de segmentos e ovos do verme.

Forma de tratamento: é feito com o uso de vermífugos.

Já a cisticercose é a doença provocada pela larva do verme (Taenia


solium) nos tecidos do homem. É popularmente conhecida por lombriga
do cérebro, pois pode afetar o cérebro ou medula espinhal causando
dores de cabeça e convulsões. É transmitida pelas fezes humanas
infectadas com o verme, através de alimentos contaminados, água e
mãos sujas. O diagnóstico é realizado por meio de exames de sangue, do
líquido da medula e de radiografias. Estas duas verminoses têm cura e o
tratamento é realizado com medicamentos, receitados pelo médico,
para combater o verme. Não existe vacina contra a solitária e
cisticercose.

Figura 8 – Taenia saginata.


Que tipo de orientação nós, agentes,
devemos dar à população para
evitar a solitária e a cisticercose?

• Comer somente carnes e


embutidos bem cozidos, fritos ou
assados.
• Lavar muito bem e desinfetar
frutas, verduras e legumes antes de
comer crus.
• Lavar as mãos antes das refeições Fonte: Wikipédia – A
Enciclopédia Livre
e depois de urinar ou defecar.
• Beber somente água fervida,
filtrada ou tratada.

33
Esquistossomose
A esquistossomose, conhecida popularmente por xistose, barriga d'água
ou doença do caramujo, é uma doença parasitária causada pelo
Schistosoma mansoni. A transmissão é realizada pelas fezes de pessoas
contaminadas com os ovos do verme.

Sintoma: Variam de acordo com a quantidade de vermes e as fases da


doença. Na fase aguda, pode ter febre, dor de cabeça, calafrios, perda
de apetite, diarreia e fraqueza. Na fase crônica, o doente apresenta
sangue nas fezes, tonturas, aumento do fígado e perda de peso. É
conhecida como barriga d’água, pois o doente tem acúmulo de líquido
na barriga. Se não for tratada corretamente, a pessoa pode piorar e ter
problemas no pulmão, sangramentos e até morrer.

Figura 9 – Schistosoma mansoni Diagnóstico: O exame de fezes permite


observar a presença de ovos do verme
confirmando o diagnóstico de
esquistossomose.
Forma de tratamento: A doença tem
cura e o tratamento é feito com
medicamentos contra o verme,
receitados pelo médico. Ainda não
existe uma vacina contra a
Fonte: Wikipédia – A Enciclopédia Livre esquistossomose.

Como uma das principais medidas de prevenção de doenças como


verminoses, doenças respiratórias, diarreias e até mesmo infecções de
pele, temos a lavagem correta das mãos. Portanto é importante
sabermos qual é a melhor forma de lavar as mãos para orientarmos a
população.

Para saber mais,


acesse o Cartaz da
ANVISA “Higienize as
Mãos: Salve Vidas”.
Clique aqui.

34
Por isso agente, é importante orientar
a população de sempre:

• Usar água limpa e sabão para lavar


as mãos;
• Lavar as mãos sempre antes das
refeições e antes de preparar os
alimentos;
• Lavar as mãos após urinar ou
defecar.

Outra medida importante para prevenir as verminoses e


outras doenças é lavar e desinfetar bem os alimentos crus
antes de comer. Para desinfetar frutas, verduras e legumes,
devemos orientar a população a deixar os alimentos de molho
em água sanitária, (também conhecida como água de javelle,
quiboa, clorofina, cândida) antes de preparar ou comer
alimentos crus!

Para saber mais, acesse o Cartaz do


Ministério da Saúde sobre: “Como higienizar
os alimentos”. Clique aqui .

35
Outra questão importantíssima é que o
saneamento básico e a saúde andam
juntos. Sabia que com o saneamento básico
na comunidade é possível evitar muitas
doenças e ainda ter impacto na economia
da população?

Clique no link:

Impacto do saneamento básico na saúde e economia das cidades

Para prevenir as verminoses na população, a educação


em saúde e o saneamento básico são essenciais.
Portanto é papel dos agentes:

• Atuar nas comunidades, junto aos domicílios, escolas,


creches e associações explicando às pessoas como
ocorrem estas verminoses, como preveni-las e o que
fazer;
• Caso uma pessoa relatar que percebeu larvas ou
vermes em suas fezes, ou de alguém da família, orientar
a procurar atendimento na Unidade de Saúde mais
próxima de sua casa;
• Caso não exista saneamento básico na comunidade,
orientar a população de que este direito é assegurado a
todo cidadão brasileiro pela Constituição;
• Caso não exista saneamento básico na comunidade, a
equipe pode colaborar na mobilização da comunidade
para fazer esta reivindicação.

36
Quer saber mais sobre
as parasitoses?
Recomendamos que assista este vídeo da Fiocruz sobre Parasitoses
intestinais clicando na imagem acima ou clicando aqui.

Muitas pessoas ainda


contraem a malária. Vamos
conhecer mais sobre essa
doença?

37
Malária
É uma doença infecciosa causada por um protozoário do gênero
Plasmodium. A transmissão desta doença ocorre pela picada do
mosquito Anopheles. Após a picada os parasitos irão invadir as
células do fígado e, depois de multiplicarem-se, caem na corrente
sanguínea dando início aos sintomas da malária.

Figura 10 –  Anopheles stephensi


Sintomas: Durante as crises, o
doente apresenta febre alta
(40°C ou mais), dor muscular
em todo o corpo, fraqueza,
cansaço, dor de cabeça, pele e
olhos amarelados.

Diagnóstico: É feito através do


teste rápido ou de exames de
sangue, nos quais se procura
Fonte: Wikipédia – A Enciclopédia Livre
pela presença do protozoário.

A malária tem cura e o tratamento faz parte de uma Política Nacional


do Ministério da Saúde que orienta o uso e fornece gratuitamente os
medicamentos anti-malária em todo o Brasil pelo SUS. Ainda não
existe no país uma vacina contra a malária.

Então, caso uma pessoa apresentar os


sintomas da malária, os agentes devem
orientá-la a procurar logo a unidade de
saúde mais próxima de sua casa. Isso
porque o quanto antes os doentes forem
identificados e tratados, mais rápido os
casos mais graves e as mortes por
malária vão diminuir.

38
Portanto, para as medidas de prevenção, é papel dos agentes:

• Eliminar os criadouros do mosquito transmissor;


• Orientar as pessoas a se protegerem da picada do mosquito com:
o uso de mosquiteiros para dormir, proteção de pernas e braços,
uso de telas em portas e janelas e o uso de repelentes.

Malária Plano Nacional de Eliminação da


Malária do Ministério da Saúde

Clique aqui e leia a publicação do Ministério da Saúde para saber


mais sobre como os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e
Agentes de Combate às Endemias (ACE) podem atuar nas ações de
controle de endemias como a Malária.

Percebi que em algumas regiões mineiras,


como o Vale do Jequitinhonha, a
população ainda sofre com a Doença de
Chagas. Gostaria de saber mais sobre esta
doença e o que os Agentes de Combate às
Endemias podem fazer para ajudar a
população.

39
Doença de Chagas
É uma doença causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi que é
transmitido pelas fezes de um inseto conhecido como barbeiro. O
vale do Jequitinhonha e o nordeste da Bahia são áreas onde o
barbeiro existe com maior frequência e onde ocorre a maioria dos
casos da doença. Este inseto tem hábitos noturnos e vive nas
frestas das casas de pau-a-pique, ninhos de pássaros, tocas de
animais, cascas de troncos de árvores e embaixo de pedras.

Transmissão: Ocorre quando a pessoa coça o local da picada e


as fezes do barbeiro penetram por ali. Pode ocorrer também a
transmissão por transfusão de sangue contaminado e durante a
gravidez, da mãe para o bebê.
Sintomas: Geralmente são febre,
mal-estar, inflamação e dor nos
gânglios, vermelhidão, inchaço nos
olhos, no fígado e no baço. Como a
febre desaparece após alguns dias, a
pessoa não percebe o que
aconteceu e pode descobrir a
doença somente 20 a 30 anos depois
de ser infectada. Se não for tratada
pode causar problemas graves no
coração.

Diagnóstico: O diagnóstico da
doença é feito através de um exame
de sangue parasitológico.

Formas de tratamento: A doença de Chagas tem cura e o


tratamento é realizado com acompanhamento médico, utilizando
medicamentos específicos por, no mínimo, um mês. Os
medicamentos são fornecidos gratuitamente pelo SUS. Pessoas
infectadas, mesmo sem apresentar os sintomas, não podem doar
sangue. Até o momento, não existe vacina contra a doença de
Chagas.

40
Entendi a explicação. Então a melhor
forma de se prevenir a Doença de Chagas
é combatendo o barbeiro que transmite a
doença.

Por isso, é papel dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS):

• orientar as pessoas a aplicar inseticidas;


• usar telas em portas e janelas;
• usar repelentes e roupas de manga comprida ao fazer atividades em
áreas de mata durante a noite.

Melhorar as condições de moradia das pessoas também previne a


doença.

Agentes de
saúde
encontram
barbeiros da
doença de
Chagas

Guia
Doenças Infecciosas e Vigilância
Parasitárias em Saúde

41
Quando a pessoa tem suspeita de doença
infecciosa, muitas vezes é necessário fazer um
exame para confirmar. Caso eu precise ajudar a
coletar o material para estes exames, quais são
os cuidados que devo tomar?

Para realizar o diagnóstico de uma doença infecciosa, geralmente é


necessário obter uma amostra de material para fazer um exame ou teste
laboratorial. Caso você precise auxiliar na coleta de material para análise
em pessoa com suspeita de doença infecciosa, tem que seguir algumas
orientações.

As coletas devem ser realizadas cuidadosamente, de maneira


que não haja contaminação. Cuidados a serem seguidos:

• Usar sempre luvas, máscaras, óculos de proteção e aventais


durante coletas ou para tocar em sangue, escarro, saliva, urina
ou fezes da pessoa.
• Usar luvas também para tocar em pele com ferida ou outros
locais do corpo do paciente ou em outros materiais
contaminados com sangue, escarro, saliva, urina ou fezes.
• Trocar sempre as luvas após cada paciente.
• Lavar as mãos imediatamente após retirar as luvas.

Colocar o nome do paciente, data e hora da coleta no frasco com o


material que será examinado. As amostras devem ser transportadas, de
acordo com o protocolo estabelecido para cada tipo de amostra, o
mais rápido possível para o laboratório ou local onde serão feitas as
análises. O descarte de amostras do material deve ser realizado de
acordo com as normas ambientais e locais vigentes.

42
Doenças que são causadas por alimentos

Foi realizada uma festa típica em minha


comunidade. O dia estava muito quente, havia
muitos vendedores ambulantes e
barraquinhas vendendo comidas típicas para
todos. Após a festa, a Unidade de Saúde da
região recebeu muitas pessoas reclamando de
dor de barriga, diarreia e mal estar. A causa
pode ter sido algo que comeram na festa?

Doenças que
Transmitidas por
Alimentos (DTA)
São causadas pelo
consumo de Pois é Júlio, existem as
alimentos Doenças Transmitidas por
contaminados por
Alimentos (DTA).
micro-organismos
(fungos, bactérias
e vírus) ou por suas
toxinas.
Geralmente a pessoa apresenta os seguintes
sintomas: dor de barriga, diarreia, náuseas,
vômitos e até febre. Estas doenças podem ser
classificadas em:

Intoxicação alimentar
Quando se come um alimento contendo a toxina produzida por
um micro-organismo.

43
Infecção alimentar
Quando se come um alimento contendo grande quantidade de
micro-organismos.

Toxinfecção
Quando se come um alimento contaminado por micro-organismos que
produzirão toxinas no estômago e no intestino da pessoa.

Mas nestes casos, como devemos


orientar a pessoa que está passando
mal?

Bem Júlio, se a pessoa estiver com um quadro


de diarreia severa, você deve orientá-la a
procurar imediatamente atendimento na
Unidade Básica de Saúde (UBS) ou na Unidade
de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima de
sua casa. Pois se nada for feito, ela pode ter
uma desidratação grave.

Assista ao vídeo para mais informações


sobre as Doenças que são Transmitidas
por Alimentos (DTA). Clique aqui
ou aponte a câmera de seu celular e
escaneie o código QR.

44
Como os alimentos contaminados são os responsáveis pelas Doenças
que são Transmitidas por Alimentos, é muito importante orientar a
população a ficar atenta na hora da compra, do transporte, do
armazenamento e do preparo dos alimentos. E também tomar cuidado
com as condições de higiene dos locais onde se compram estes
alimentos.

Clique aqui
ou aponte a câmera de seu
celular e escaneie o código QR
para ler uma reportagem sobre
intoxicação alimentar.

Mas ainda tenho uma dúvida. Como


posso saber se um alimento ou a
água estão contaminados?

Júlio, você deve entrar em contato com o setor


de Vigilância Sanitária (VS) do seu município e
pedir que seja feita uma análise laboratorial
deste alimento, ou água, com suspeita de
contaminação.

45
No laboratório, eles irão procurar pela presença de
micro-organismos indicadores que mostram contaminação fecal
ou deterioração. Os principais micro-organismos indicadores são:

Figura 11 –  Escherichia coli

Escherichia
coli
Esta bactéria indica a
contaminação de origem fecal e
o nível de higiene em que foi
preparado um alimento. Ela é
responsável pela intoxicação
alimentar.
Fonte: Wikipédia – A Enciclopédia Livre

Coliformes fecais
É um grupo de bactérias encontradas nas fezes de animais, vegetais
e no solo. A análise de coliformes fecais nos alimentos mostra
informações sobre as condições higiênicas destes produtos e
quando encontrados em grande quantidade na água indicam
contaminação. Então em caso de suspeita de contaminação, é
necessário comunicar o setor de Vigilância Sanitária de seu
município para fazer a análise laboratorial do alimento ou da água.

Por isso, Júlio, é muito importante orientar a


população a tomar somente água potável e
comer alimentos preparados e armazenados
em locais limpos e com higiene.

46
Grupos de risco para as doenças infecciosas e parasitoses

Aprendemos nesta disciplina que


existem muitas doenças infecciosas e
parasitárias que podem ocorrer na
população. Será que existem pessoas
com maior risco a contrair estas
doenças do que outras?

Sim, Gerusa. Existem situações


em que as pessoas podem ter
maior risco às infecções.

Casos como desnutrição, anemia, tratamento com quimioterapia,


obesidade mórbida e outras doenças crônicas como a diabetes e
pressão alta podem aumentar o risco de contrair doenças
infecciosas. Por isso, é importante que o ACS e o ACE estejam sempre
atentos às pessoas, dentro da comunidade, que tenham estas
condições de saúde. É importante lembrar que pessoas idosas,
gestantes e crianças com menos de 5 anos também devem ter
uma atenção especial.

47
RETROSPECTIVA
Nesta disciplina, você viu que os conhecimentos sobre Microbiologia e
Parasitologia são muito importantes no trabalho dos Agentes
Comunitários de Saúde (ACS) e dos Agentes de Combate às Endemias
(ACE), pois a maioria das doenças que surgem nas populações é
infecciosa ou parasitária.

A compreensão de como ocorrem estas doenças, sua transmissão,


sintomas, formas de tratamento e medidas de prevenção são
fundamentais no cotidiano do ACS e ACE. É papel dos agentes o
combate às causas das doenças através dos seus agentes
transmissores, e principalmente a orientação correta da população para
contribuir para a melhoria das condições de saúde nas comunidades
assistidas.

Busque informações sobre essa temática para recordar, refletir e ampliar


seus conhecimentos.

Agora participe das atividades propostas, exercite o seu protagonismo.

No nosso próximo encontro, daremos início aos estudos da disciplina:


“Compreendendo o processo saúde doença”, tema interessante para
sua atuação profissional, não é mesmo?

Até breve!
49
BIBLIOGRAFIA
AMATO NETO, V. et al. Parasitologia - uma abordagem clínica. 1ª edição
Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

BERENGUER, J. G. Manual de Parasitologia: Morfologia e Biologia dos


Parasitos de Interesse Sanitário. Tradução: Maria Assunta Busato; Hilda
Beatriz Dmitruk. Chapecó: Argos Editora da Unochapecó, 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da


Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na
Saúde. Programa de Qualificação de Agentes Indígenas de Saúde
(AIS) e Agentes Indígenas de Saneamento (AISAN). Ministério da
Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde,
Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Brasília: Ministério
da Saúde, 2016.16 v.: il. (Área temática III – AIS: Ações de prevenção a
agravos e doenças e de recuperação da saúde dos povos indígenas).
Disponível em:
http://www.matogrossodosul.fiocruz.br/pesquisa/saude-dos-povos-i
ndigenas/projeto-de-estruturacao-do-curso-de-qualificacao-e-cap
acitacao-para-agentes-indigenas-de-saude-ais-e-agentes-indigen
as-de-saneamento-aisan

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.


Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em
Serviços. Guia de Vigilância em Saúde: volume único. 4. ed. Brasília:
Ministério da Saúde, 2019. E-book. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_
4ed.pdf

BURTON, G. R. W.; ENGELKIRK, P. G. Microbiologia para as Ciências da


Saúde. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

NEVES, D. P. et al. Parasitologia humana. 13ª ed. São Paulo: Editora


Atheneu, 2016.

TRABULSI, L.R.; ALTERTHUM, F.A. Microbiologia. 5ª Edição. São Paulo:


Atheneu, 2008.p.780.

51
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

Cartilha Infecções sexualmente transmissíveis - UFPi. Disponível em:


https://ufpi.br/arquivos_download/arquivos/prex/publicacoes-da-
extensao/Cartilha_Infeccoes_Sexualmente_Transmissiveis_IST_co
mpressed20200610132403.pdf

Doenças infectocontagiosas na atenção básica à saúde. Nescon,


UFMG. Disponível em:
https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/3703/1/Doencas-Infe
cto-Contagiosas-2016.pdf

Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso/Ministério da


Saúde.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas
_parasitaria_guia_bolso.pdf

Guia de Vigilância em Saúde: volume único [recurso eletrônico],


https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saud
e_3ed.pdf

Manual para agentes comunitários de saúde e agentes de controle


de endemias. Ações de controle de endemias. Ministério da Saúde.
Funasa: Malária.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/malaria.pdf

Vídeo com reportagem sobre intoxicação alimentar:


https://g1.globo.com/bemestar/noticia/sintomas-da-intoxicacao-a
limentar-leve-tendem-a-desaparecer-sozinhos.ghtml

Vídeo de animação sobre a malária da Fiocruz.


https://www.youtube.com/watch?v=42fuPtrsJWY

Vídeo INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS, entrevista com


Drauzio Varella. https://www.youtube.com/watch?v=G_-TtdoSmZY

Vídeo Pesquisa Fapesp Microrganismos estão por todos os lados (e


isso não é um problema). FAPESP.
https://www.youtube.com/watch?v=MMtAQsOt4Og

Vídeo sobre as ações de controle a malária. Ministério da Saúde.


https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/malaria.pdf

52
Vídeo sobre as Doenças que são Transmitidas por Alimentos (DTA).
https://www.youtube.com/watch?v=l-8wW93gVjE

Vídeo sobre Leptospirose. Ministério da Saúde


https://www.youtube.com/watch?v=TRd1Zch9gMk

Vídeo sobre o lançamento do Plano Nacional de Eliminação da


Malária. https://www.youtube.com/watch?v=i-qEziYqofY

Vídeo sobre o trabalho do ACE no combate ao barbeiro.


https://www.youtube.com/watch?v=OLA5pE5M8S4

Vídeo sobre Parasitoses Intestinais. Fiocruz.


https://www.canalsaude.fiocruz.br/canal/videoAberto/Parasitoses-I
ntestinais-LES-1786

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e responda à pesquisa.

53
Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde
bvsms.saude.gov.br

55

Você também pode gostar