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MINISTÉRIO DA SAÚDE

CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

AÇÕES DE CUIDADO PARA A


AMPLIAÇÃO DO ESCOPO DE
PRÁTICAS DOS (AS) ACS NA
PREVENÇÃO E CONTROLE
DAS DOENÇAS E AGRAVOS
PROGRAMA SAÚDE COM AGENTE
E-BOOK 26

Brasília – DF
2023
MINISTÉRIO DA SAÚDE
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

AÇÕES DE CUIDADO PARA A


AMPLIAÇÃO DO ESCOPO DE
PRÁTICAS DOS (AS) ACS NA
PREVENÇÃO E CONTROLE
DAS DOENÇAS E AGRAVOS
PROGRAMA SAÚDE COM AGENTE
E-BOOK 26

Brasília – DF
2023
2023 Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial –
Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra,
desde que citada a fonte.
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http://bvsms.saude.gov.br

Tiragem: 1ª edição – 2023 – versão eletrônica

Elaboração, distribuição e informações: Coordenação –Geral: Designer educacional:


MINISTÉRIO DA SAÚDE Célia Regina Rodrigues Gil – MS Alexandra Gusmão – Conasems
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Saúde Leandro Raizer – UFRGS
Coordenação–Geral de Ações Estratégicas Lívia Milena Barbosa de Deus e Méllo – MS Colaboração:
de Educação na Saúde Luciana Barcellos Teixeira – UFRGS Fabiana Schneider Pires – UFRGS
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Secretaria de Atenção Primária à Saúde Rosângela Treichel Saenz Surita –
Departamento de Saúde da Família Coordenação técnica e pedagógica: Conasems
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Tel.: (61) 3315.3874 Revisão técnica: Bárbara Napoleão – Conasems
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CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS Camila Mello dos Santos – UFRGS
MUNICIPAIS DE SAÚDE Carmen Lúcia Mottin Duro – UFRGS Fotografias e ilustrações:
Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Anexo B, Diogo Pilger – UFRGS Banco de Imagens do Conasems
Sala 144 Jéssica Rodrigues Machado – SAPS/MS Freepik
Zona Cívico–Administrativo José Braz Damas Padilha – SVS/MS
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Tel.: (61) 3022-8900 Michelle Leite da Silva – SAPS/MS Camila Miranda Evangelista
Patrícia da Silva Campos – Conasems
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Wendy Payane F. dos Santos – SAPS/MS Normalização:
Av. Paulo Gama, 110 – Bairro Farroupilha Luciana Cerqueira Brito – Editora MS/CGDI
CEP: 90040-060 – Porto Alegre/RS Valéria Gameleira da Mota – Editora
Tel.: (51) 3308-6000 MS/CGDI

Ficha Catalográfica

Brasil. Ministério da Saúde.


Título do ebook [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretarias Municipais de
Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. – Brasília: Ministério da Saúde, 2023.
xx p. : il. – (Programa Saúde com Agente; E-book x)

Modo de acesso: World Wide Web: xxx


ISBN xxx-xx-xxxx-xxx-x.

1. Agentes comunitários de saúde. 2. Agentes de combate às endemias. 3. Atenção básica em saúde. I. Conselho Nacional de Secretarias
Municipais de Saúde. II. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. III. Título.

CDU 614

Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2023/0xxx

Título para indexação:


Healthcare agent workers' Fundamentals
OLÁ, AGENTE!
Este é o seu e-book da disciplina Ações de Cuidado para a Ampliação do
Escopo de Práticas dos (as) Agentes Comunitários de Saúde(ACS) na
Prevenção e Controle das Doenças e Agravos. Nele, vamos refletir sobre as
novas atribuições do ACS previstas na Política Nacional de Atenção Básica
(PNAB), 2017 e na Lei nº 13.595/2018.

Abordaremos sobre a importância da aferição de pressão arterial para


promover saúde e prevenir doenças e agravos; da medição da glicemia
capilar, inclusive no domicílio, para o acompanhamento dos casos
diagnosticados de diabetes mellitus e segundo projeto terapêutico prescrito
pelas equipes que atuam na Atenção Básica à Saúde (ABS); da aferição da
temperatura axilar, da verificação dos dados antropométricos e como estas
atribuições estão fundamentadas na assistência multiprofissional em saúde
da família, no modelo de atenção.

Vamos entender também como o (a) ACS pode orientar e apoiar as pessoas,
em domicílio, para a correta administração de medicamentos de paciente
em situação de vulnerabilidade.

Estude este material com atenção e consulte-o sempre que necessário!


Acompanhe também a Teleaula, a aula interativa, os textos complementares
e realize as atividades propostas para assimilar as informações
apresentadas.

Bons estudos!
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Aparelho de pressão - esfigmomanômetro não automático
ou auscultatório
Figura 2: Medidor de Pressão Arterial Automático de braço
Figura 3: Medidor de Pressão Arterial Automático de pulso
Figura 4: Considerações no momento da medida da pressão arterial
Figura 5: Localização do ponto médio entre o acrômio e o olecrano.
Figura 6: Medida da circunferência do braço realizada com trena
métrica.
Figura 7: Identificação da circunferência do braço na braçadeira
Figura 8: índice da braçadeira
Figura 9: Região da fossa cubital, onde deve ser palpada a artéria
braquial e posicionado o diafragma ou campânula do estetoscópio
Figura 10: verificação do pulso radial
Figura 11: Localização da artéria braquial
Figura 12: Simulação da artéria braquial com pressão no Manguito >120
mmHg
Figura 13: Simulação da artéria braquial com pressão no Manguito
entre 80 e 120 mmHg
Figura 14: Simulação da artéria braquial com pressão no Manguito <80
mmHg
Figura 15: Modelo do termômetro de mercúrio
Figura 16: Modelo de termômetro digital
LISTA DE FIGURAS
Figura 17: Posição do termômetro no oco axilar
Figura 18: Balança pediátrica digital
Figura 19: Balança plataforma mecânica
Figura 20: Balança plataforma digital
Figura 21: Balança infantil suspensa, tipo mola ou pêndulo
Figura 22: Balança plataforma portátil
Figura 23: Antropômetro infantil
Figura 24: Antropômetro vertical
Figura 25 - Aferição de peso de adultos em balança mecânica de
plataforma
Figura 26: Aferição de peso de crianças menores de 2 anos em
balança pediátrica mecânica
Figura 27: Aferição de peso de crianças menores de 2 anos em
balança pediátrica eletrônica
Figura 28: Técnica de aferição de altura segundo Plano de Frankfurt
Figura 29: Aferição da altura de crianças maiores de 2 anos,
adolescentes e adultos
Figura 30: Técnica de aferição do comprimento segundo Plano de
Frankfurt
LISTA DE SIGLAS E
ABREVIATURAS
ACE - Agente de Combate às Endemias
ACS - Agente Comunitário de Saúde
Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária
DCNT - Doenças Crônicas Não Transmissíveis
DCV - Doença Cardiovascular
DM - Diabetes Mellitus
ESF - Equipe da Estratégia Saúde da Família
HAS - Hipertensão Arterial Sistêmica
MEV - Mudança no Estilo de Vida
PA - Pressão Arterial
PAD - Pressão Arterial Diastólica
PNAB - Política Nacional de Atenção Básica
PAS - Pressão Arterial Sistólica
UBS - Unidade Básica de Saúde
PACS - Programa de Agentes Comunitários de Saúde
SUMÁRIO

8 AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL

27 VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA
AXILAR

35 VERIFICAÇÃO DOS DADOS


ANTROPOMÉTRICOS

52 VERIFICAÇÃO DA GLICEMIA
CAPILAR

ORIENTAÇÃO E APOIO, EM DOMICÍLIO,


58 PARA A CORRETA ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS

65 RETROSPECTIVA

67 REFERÊNCIAS
AFERIÇÃO DA
PRESSÃO ARTERIAL
Você já deve ter ouvido falar na
expressão “pressão alta”
(hipertensão) e “pressão
baixa” (hipotensão), mas você
sabe o que significam essas
expressões?

Quando falamos em Pressão Arterial (PA), estamos nos referindo à


força ou pressão que o sangue faz sobre as paredes internas das
artérias, ao ser bombeado do coração para todo o organismo. A PA é
um dos sinais vitais importantes, porque indica se o sangue está
circulando pelos tecidos do corpo.

A PA está dividida em pressão sistólica e diastólica. A Pressão Arterial


Sistólica (PAS) é a pressão arterial máxima exercida sobre as paredes
das artérias durante a sístole (contração) dos ventrículos
(compartimentos do coração). Vimos sobre isso na disciplina de
Noções Básicas de Anatomia, Fisiologia Humana e Noções de
Primeiros Socorros.

A sístole consiste no período em que ocorre a expulsão do sangue do


coração para as artérias e vasos sanguíneos. A Pressão Arterial
Diastólica (PAD) é a pressão arterial mínima registrada durante a
diástole (relaxamento) do músculo cardíaco. A diástole é o período
em que ocorre o enchimento de sangue nos ventrículos, novamente.
(PERIN et al, 1997).

9
A medida precisa da pressão arterial é condição essencial para o
diagnóstico da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Uma medida de
pressão arterial elevada é, normalmente, o primeiro sinal da doença.

A pressão alta, ou Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é


caracterizada por níveis elevados e mantidos da PA. É uma
condição clínica multifatorial, ou seja, envolve vários fatores e está
associada, frequentemente, a alterações funcionais e/ou estruturais
no coração, no cérebro, nos rins e vasos sanguíneos, além de
alterações metabólicas que aumentam o risco de problemas
cardiovasculares.

A PA está diretamente relacionada com hábitos de vida e a


algumas características, como excesso de peso, consumo
exagerado de sal, açúcar e gorduras, consumo de bebidas
alcoólicas e sedentarismo.

A prevenção primária, com mudanças nos hábitos de vida, e a


detecção precoce são as formas mais efetivas de evitar as doenças
e complicações associadas ao quadro de pressão alta.

Saber se existe caso de hipertensão nas


famílias é muito importante, assim como
conhecer como é o estilo de alimentação. A
HAS é uma doença hereditária, mas também
acontece devido ao hábito de comer
alimentos que podem fazer mal à saúde,
além do consumo de bebidas alcoólicas e
tabaco.

10
Você sabe como interpretar o resultado
do exame de sua pressão arterial?

Existem várias unidades para se designar pressão. Usamos “mmHg”


para indicar quantos milímetros o mercúrio sobe no medidor do
aparelho. Quando lhe dizem que sua pressão está “doze por oito”, por
exemplo, significa a medida de 120 x 80 mmHg, onde 120 é a pressão
nos vasos quando o coração se contrai (pressão sistólica/máxima), e
80 é a pressão nos vasos quando o coração relaxa (pressão
diastólica/ mínima) (PERIN et al, 1997).

Quadro 1: Classificação da Pressão Arterial

Classificação PAS (mHg) PAD (mmHg)


PA ótima <120 e <80
PA normal 120-129 e/ou 80-84
Pré-hipertensão 130-139 e/ou 85-89
HA Estágio 1 140-159 e/ou 90-99
HA Estágio 2 160-179 e/ou 100-109
HA Estágio 3 >= 180 e/ou >=110

Legenda: HA = Hipertensão Arterial. PA = Pressão Arterial. PAS = Pressão Arterial


Sistólica. PAD = pressão arterial diastólica. < menor que. > maior que. >= maior ou
igual a.

Fonte: Barroso et al, 2020.

11
O que você, ACS, deve
fazer? Qual a conduta
a seguir?

Pessoas saudáveis com uma PA ótima (menor que 120/80 mmHg), ou


com PA normal (120-129/80-84 mmHg), devem ter a PA medida
novamente pelo menos anualmente e nas consultas de rotina
(Barroso et al, 2021).

Pacientes com pré-hipertensão (130-139/85-89 mmHg) devem ter a


PA medida anualmente ou, preferencialmente, a cada 6 meses, pois
possuem um risco aumentado de Hipertensão Arterial. Deverão fazer
avaliação com a equipe de saúde para identificar a presença de
outros fatores de risco para Doença Cardiovascular (DCV) – fatores
de risco (FR), como sobrecarga na ingestão de sal, excesso de
gordura (especialmente na cintura abdominal), abuso de álcool,
entre outros.

Esses pacientes devem ser estimulados pela equipe de saúde a


adotarem hábitos saudáveis de vida (redução do peso, alimentação
saudável, prática de atividade física e moderação no consumo de
álcool).

Os pacientes com PA elevada


(PAS>140 e/ou PAD>90) devem
IMPORTANTE ser encaminhados para
avaliação na Unidade Básica
de Saúde (UBS).

12
Todos os resultados das
aferições de pressão arterial
realizadas pelo (a) ACS
devem ser encaminhados
para discussão de condutas
com os membros da equipe
de trabalho.

Caso o paciente já tenha o diagnóstico médico de HAS, é importante


verificar se o paciente está fazendo uso de medicamento e se está
usando de forma correta. Além disso, é importante verificar os
cuidados não medicamentosos, como por exemplo: alimentação
saudável, consumo controlado de sódio (sal) e bebidas alcoólicas,
combate ao sedentarismo e ao tabagismo.

A promoção de mudança no estilo de vida tem como objetivo


diminuir os fatores de risco para DCV e reduzir a PA. Deve-se iniciar
um processo de educação em saúde no qual a pessoa é motivada a
adotar comportamentos que favoreçam a redução da pressão
arterial (BRASIL, 2014).

Importante frisar que o diagnóstico de HAS deve ser realizado


pelo profissional da medicina e não deve se basear,
exclusivamente, na medida da PA. Além disso, é muito difícil um
profissional de saúde tirar muitas conclusões se a PA foi aferida
apenas uma vez. Como discutido, a PA de uma pessoa pode
variar bastante, em diferentes momentos do dia. Portanto, o (a)
ACS não poderá fazer diagnóstico de hipertensão arterial. O (a)
ACS tem como atribuição orientar a adoção de hábitos saudáveis
de vida e encaminhar o usuário, ou usuária, para avaliação da
equipe de saúde na UBS de referência.

13
A aferição da pressão arterial é um procedimento simples e fácil de
ser realizado, porém, se não forem atendidos determinados princípios
para sua realização, estará sujeito a vários fatores de erro com sérias
consequências práticas.

A aferição da pressão arterial é um procedimento simples e fácil de


ser realizado, porém, se não forem atendidos determinados princípios
para sua realização, estará sujeito a vários fatores de erro com sérias
consequências práticas.

Agora, vamos compreender


todo o processo necessário
para a realização desse
procedimento.

Aparelho de pressão (Esfigmomanômetro)

Há dois tipos de esfigmomanômetro. O primeiro tipo é chamado de


esfigmomanômetro não automático ou auscultatório (manual) e se
trata daqueles medidores que são utilizados junto com um
equipamento chamado estetoscópio.

Os esfigmomanômetros não automáticos, ou auscultatórios


(manuais), são os mais utilizados na prática clínica. O cuidado maior
no manuseio desses tipos de aparelhos é evitar queda e garantir que
o ponteiro esteja sempre no ponto zero da escala graduada, no início
de qualquer medida.

14
Além disso, devem ter a calibração verificada a cada seis meses, ou
de acordo com as orientações do Inmetro/Ipem (BRASIL, 2016).

Figura 1: Aparelho de pressão - esfigmomanômetro não automático


ou auscultatório

Fonte: Fonseca; Afonso et al, 2020.

O segundo tipo é chamado de esfigmomanômetro automático ou


oscilométrico (digital) e se refere àqueles medidores no qual a
pessoa coloca o instrumento no corpo, pressiona um botão e lê o
valor da PA na tela do instrumento. Esse tipo de medidor não requer
treinamento (desde que as instruções do manual sejam seguidas),
sendo, por esta razão, o mais utilizado pelos próprios pacientes em
suas casas.

Os esfigmomanômetros podem ser instalados no braço, no punho ou


na coxa. Eles podem funcionar com pilhas, bateria ou conectados à
tomada.

15
Alguns têm memória interna para armazenar as medições e outros
conseguem enviá-las para algum aplicativo via internet.

Figura 2: Medidor de Pressão Arterial Automático de braço

Fonte: Marcos Santos/USP Imagens, s.d.

Dentre os esfigmomanômetros digitais, os que aferem a pressão


arterial no braço tendem a ser mais precisos do que os que aferem no
pulso, desde que observadas as devidas precauções com relação ao
tamanho do manguito.

Figura 3: Medidor de Pressão Arterial Automático de pulso

Independentemente das características do esfigmomanômetro, é


importante verificar se o mesmo possui a Marca de Aprovação de
Modelo do Inmetro. Além disso, devem ter a calibração verificada
anualmente ou de acordo com as orientações do Inmetro/Ipem.

16
Vamos ver as condições
e posicionamento do
paciente para aferição
da PA?
A pressão arterial não é estática, ou seja, ela está sempre mudando! É
normal que ela seja mais alta, enquanto estamos praticando
exercícios físicos do que enquanto dormimos, por exemplo. Além
disso, também é normal que ocorra um ligeiro aumento da média da
pressão arterial, com o passar dos anos de cada indivíduo. O que
fazer inicialmente?

● Deixar o paciente descansar por 5 a 10 minutos antes de aferir a


pressão arterial.
● Certificar-se de que ele não está com a bexiga cheia.
● Certificar-se de que o paciente não praticou atividade física há
pelo menos 60 minutos, não fumou, não se alimentou, não
ingeriu bebida alcoólica nem café há pelo menos 30 minutos.
● O ambiente deve ser tranquilo.
● O paciente deve ser orientado a não conversar durante o
procedimento de medida.

A medida da PA deve ser realizada com o paciente sentado, com o


braço despido, apoiado sobre uma superfície firme e na altura do
coração, com a palma da mão voltada para cima. As pernas devem
estar descruzadas, os pés apoiados no chão e as costas apoiadas no
encosto da cadeira. O paciente deve estar relaxado.

A medida pode ser realizada nos dois braços, porém recomenda-se


que as medidas posteriores sejam feitas sempre no mesmo braço se
os valores da PA da pessoa apresentarem-se mais elevados
(BARROSO et al, 2021).

17
Figura 4: Considerações no momento da medida da pressão arterial

Veja a seguir as
recomendações sobre a
largura do manguito e
verificação da
circunferência do braço.

18
Para se verificar a circunferência do braço, inicialmente você deve se
posicionar por trás do indivíduo para localizar e marcar o ponto médio
entre o acrômio e o olécrano no braço direito, devendo o indivíduo
flexionar o cotovelo em 90º com a palma da mão virada para o
tronco, como apresentado na figura 4.

Largura do manguito

Devem ser utilizados manguitos com câmara inflável (cuff) adequada


para a circunferência do braço de cada pessoa, ou seja, a largura
deve ser de pelo menos 40% do comprimento do braço (distância
entre o olécrano e o acrômio) e o comprimento, de pelo menos 80%
de sua circunferência (BRASIL, 2006).

Quadro 1: Dimensões do manguito de acordo com a circunferência do


braço

Circunferência Largura do Comprimento do


Manguito
do braço (cm) manguito (cm) manguito (cm)
<= 6 Recém-nascido 3 6
6-15 Criança 5 15
16-21 Infantil 8 21
22-26 Adulto pequeno 10 24
27-34 Aduto 13 30
35-44 Adulto grande 16 38

Fonte: Barroso et al, 2020.

Após a localização do ponto médio, o indivíduo deve voltar o braço ao


longo do corpo, mantendo a palma da mão voltada para a coxa. O
(a) avaliador (a) deve estar ao lado do indivíduo e então posicionar a
trena sobre o ponto médio encontrado. A trena deve se ajustar
firmemente em torno do braço, sem enrugar e nem comprimir a pele
(Figura 5).

19
Figura 5: Localização do ponto médio entre o acrômio e o olecrano

Fonte: UFMS, 2020.

Figura 6: Medida da circunferência do braço realizada com trena


métrica

Fonte: UFMS, 2020.

Assim, para o braço de um adulto não obeso, com musculatura usual


e estatura mediana, a câmara ideal tem 23cm de comprimento (para
30cm de circunferência) e 12cm de largura (para 30cm de
comprimento do braço).

Essas são as dimensões do manguito regular, o único disponível para


a aferição de pressão arterial na maioria dos serviços de saúde
brasileiros e também internacionais (BRASIL, 2014). Portanto, observe a
faixa de circunferência inscrita na braçadeira para confirmar que ela
é adequada ao tamanho do braço do (a) paciente .

20
Figura 7: Identificação da circunferência do braço na braçadeira

Fonte: INMETRO, 2020.

Nas braçadeiras aplicadas ao braço, há ainda a faixa de alcance.


Observe, ao fechá-la em torno do braço ou coxa, se a seta “Índice” se
encontra dentro da faixa de alcance. Caso isso não aconteça,
significa que a braçadeira não é adequada para o seu uso (Figura 7).

Figura 8: índice da braçadeira

Fonte: INMETRO, 2020.

21
Vamos detalhar o passo a
passo para realizar a
medida adequada da
pressão arterial.

Etapas utilizadas na técnica auscultatória com o esfigmomanômetro


manual:

● Determinar a circunferência do braço no ponto médio entre o


acrômio e o olécrano (procedimento detalhado no material
complementar).
● Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço (rever
o quadro 1).
● Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da
fossa cubital (Figura 8).
● Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a
artéria braquial.
● Estimar o nível da PAS pela palpação do pulso radial: com uma
mão segure a pera (bombinha para inflar) e com a outra
pressione a artéria radial, infle até que não possa sentir mais os
batimentos.

Figura 9: Região da fossa cubital, onde deve ser palpada a artéria


braquial e posicionado o diafragma do estetoscópio

Fonte: Freepik

22
Figura 10: verificação do pulso radial

Fonte: banco de imagens.

● Colocar o estetoscópio nos ouvidos, com a curvatura voltada


para frente, palpar a artéria braquial (Figura 11) na fossa cubital
e colocar a campânula, ou o diafragma do estetoscópio, sem
compressão excessiva.

Figura 11: Localização da artéria braquial

Fonte: GTI/SEDUC-RO, s.d.

● Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível


estimado da PAS obtido pela palpação do pulso radial. A
pressão da braçadeira será tão grande que ocluirá o vaso
sanguíneo não permitindo que passe mais sangue algum
(Figura 12).

23
Figura 12: Simulação da artéria braquial com pressão no Manguito
>120 mmHg

Fonte: GTI/SEDUC-RO, s.d.

● Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 a 4 mmHg


por segundo). Com cautela, vá abrindo a válvula, desinflando
aos poucos a braçadeira;
● Determinar a Pressão Arterial Sistólica pela ausculta do
primeiro som (fase I de Korotkoff) e, depois, aumentar
ligeiramente a velocidade de deflação. Assim que a força de
contração do coração vencer a pressão da braçadeira, você
escutará um barulho conhecido como som de Korotkoff,
gerado pelo fluxo sanguíneo pulsátil na artéria comprimida, ao
escutar esse primeiro som, olhe no relógio do manômetro e
grave onde o ponteiro estava. O primeiro som escutado será a
Pressão Arterial Sistólica.

Figura 13: Simulação da artéria braquial com pressão no Manguito


entre 80 e 120 mmHg

Fonte: GTI/SEDUC-RO, s.d.

24
● Determinar a Pressão Arterial Diastólica no desaparecimento
dos sons (fase V de Korotkoff). Continue desinflando devagar
sempre prestando atenção no som e no ponteiro do aferidor,
haverá um momento onde você escutará um último som e
depois não escutará mais nada. O último som será a Pressão
Arterial Diastólica.

Figura 14: Simulação da artéria braquial com pressão no Manguito <80


mmHg

Fonte: GTI/SEDUC-RO, s.d.

● Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para


confirmar seu desaparecimento e, depois proceder, à deflação
rápida e completa.
● Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a
Pressão Arterial Diastólica no abafamento dos sons (fase IV de
Korotkoff).

Para aprender mais, clique aqui e


assista ao vídeo “Como aferir
corretamente a pressão arterial”.

25
Etapas utilizadas na técnica oscilométrica com
o esfigmomanômetro digital:
1. Para equipamentos automáticos e semi-automáticos, siga as
instruções de uso do fabricante.
2. Aperte o botão “start” para começar a leitura. O aparelho irá
insuflar sozinho, realizar a leitura e se esvaziar, deixando os
resultados exibidos na tela do aparelho.
3. Realize pelo menos duas medições, com intervalo em torno de
um minuto. Medições adicionais deverão ser realizadas se as
duas primeiras tiverem 5mmHg ou mais de diferença.
4. Considere a média das duas últimas medidas.
5. Informe o valor de PA obtido para o (a) paciente.
6. Anote os valores exatos sem “arredondamentos”, do braço em
que a PA foi medida.

Vamos pesquisar mais sobre o


Aparelho de pressão (Esfigmomanômetro)
assunto para compartilharmos
com o restante da equipe e
também para nossa atividade
prática no território.

A Técnica de aferição da PA está descrita


detalhadamente no portal do Ministério da
Saúde. Clique aqui para acessar esta
informação, ou, se estiver lendo este
material no formato impresso, escaneie o QR
para fazer download.

26
VERIFICAÇÃO DA
TEMPERATURA
AXILAR
A medida da temperatura
axilar também está posta
como uma nova
atribuição. Vamos ver
como esta ação deve ser
realizada!

A temperatura corporal passou a ser utilizada como um método


de estimativa da temperatura central. A temperatura corporal de
um indivíduo pode sofrer variações durante as 24 horas do dia
devido a vários fatores, tais como:

influência da

1 alterações
emocionais; 2 temperatura
ambiente;

3 atividade física; 4 roupas


inadequadas;

5 infecções e/ou
inflamações, e; 6 ritmo circadiano.

No entanto, independentemente da temperatura do ambiente, a


temperatura corporal central de uma pessoa saudável é mantida
dentro de uma pequena variação (TAYLOR, 2007).

A Temperatura axilar varia entre 35,5 a 37,0°C, com média de 36,0


a 36,5°C (afebril). Temperaturas abaixo de 35,5°C correspondem
a hipotermia.

28
Segundo PORTO (2019), acima da normalidade, correspondem a
estados de febre (hipertermia), podendo ser classificadas como:

Febre leve ou febrícula: até 37,5°C.

Febre moderada: de 37,6° a 38,5°C.

Febre alta: acima de 38,6°C.

Nesse sentido, saber avaliar a temperatura é importante para a


prestação dos primeiros socorros. O controle da temperatura
corporal é realizado mediante a utilização do termômetro. As
medidas da temperatura sofrem variações, de acordo com o local
de verificação. Sendo assim, a temperatura corporal pode ser
verificada pelos seguintes métodos:

● Oral (boca) - o termômetro de uso oral deve ser individual e


possuir bulbo alongado e achatado, o qual deve estar
posicionado sob a língua e mantido firme com os lábios
fechados, por 3 minutos. Esse método é contra-indicado em
crianças, idosos, doentes graves, inconscientes, com distúrbios
mentais, portadores de lesões na boca. Também não deve ser
usado após o ato de fumar ou ingerir alimentos quentes ou
frios;
● Retal (reto/ânus) - o termômetro retal é de uso individual e
possui bulbo arredondado e proeminente. Deve ser lubrificado
e colocado no paciente em decúbito lateral (deitado de lado),
inserido cerca de 3,5cm, em indivíduo adulto, permanecendo
por 3 minutos. É contra-indicada em pacientes submetidos a
cirurgias do reto (ânus) e/ou que apresentem processos
inflamatórios locais;

29
● Região temporal - é um método ágil e preciso, onde é utilizado
um leitor infravermelho que captura a temperatura do sangue
da artéria temporal. Esse leitor é colocado na região frontal e
temporal do crânio (região da testa), fornecendo a leitura da
temperatura em cerca de 5 segundos.
● Axilar (sob a axila) - é a verificação mais frequente no nosso
meio. O termômetro deve permanecer por 5 a 7 minutos (no
máximo, 7 minutos). As vantagens da temperatura axilar são a
facilidade de uso; método não invasivo; menor potencial para
disseminação de microrganismos.

Nesta disciplina, abordaremos apenas a temperatura axilar por ser o


método especificado em Lei como nova atribuição do (a) ACS.

No território onde estou atendendo, há


muitas famílias que verificam se as
crianças estão com febre apenas
colocando a mão na testa, ou no pescoço.
Essa verificação de forma errada influencia
muito no controle da temperatura corporal.

Tipos de Termômetro para verificação


da temperatura axilar:

● Termômetro de Mercúrio: Desde 1º de janeiro de 2019, está


proibida a fabricação, importação e comercialização dos
termômetros que utilizam coluna de mercúrio para
diagnóstico em saúde.

30
A medida também inclui a proibição de uso destes equipamentos
em serviços de saúde. Para pessoas que já possuem o equipamento,
o uso doméstico dos termômetros de mercúrio não está proibido
pela Resolução Nº 145/2017.

Os usuários residenciais poderão


continuar utilizando
normalmente os termômetros de
mercúrio, com o devido cuidado
no armazenamento e na
manipulação, para que não
ocorra a quebra do invólucro de
vidro. Se o termômetro estiver em
boas condições, íntegro, não há
problema para a saúde.

Figura 15: Modelo do termômetro de mercúrio

Fonte: banco de imagens.

31
● Termômetro Digital: É feito com corpo de material plástico, o
que facilita a higienização do mesmo. Possui um visor
eletrônico que aponta a temperatura que é medida através de
um sensor localizado na extremidade inferior do corpo do
equipamento, quando o bulbo metálico, que está na ponta
inferior, entra em contato com o corpo do paciente. O seu
funcionamento é por meio de bateria que é inserida no
equipamento. Quando o equilíbrio térmico ocorre, um alarme é
acionado avisando que a medição foi realizada. São rápidos e
eficientes, porém, se sofrerem quedas ou se a bateria estiver
fraca, podem desestabilizar o sensor, e tornam-se imprecisos.

Figura 16: Modelo de termômetro digital

Fonte: banco de imagens.

Aparelho de pressão (Esfigmomanômetro)


A partir de agora, iremos
detalhar o passo a passo para
a verificação da temperatura
na região axilar.

● Higienizar as mãos;
● Explicar o procedimento ao paciente e/ou acompanhante;
● Fazer a limpeza do termômetro utilizando algodão embebido
em álcool a 70% com três fricções;

32
● Secar a axila do paciente com um papel toalha ou toalha de
pano;
● Ligar o termômetro pressionando o botão Liga/Desliga;
● Posicionar o bulbo do termômetro no oco axilar (ponto central
da axila, que deve estar seca), e solicitar ao paciente que
posicione o braço sobre o peito, com a mão em direção ao
ombro oposto (Figura 17).

Figura 17: Posição do termômetro no oco axilar

Fonte: banco de imagens.

● Aguardar o tempo de espera que será indicado pelo alarme


sonoro do próprio termômetro;
● Efetuar a leitura da temperatura no visor;
● Desligar o termômetro;
● Repetir o procedimento de limpeza com álcool 70% .

Viu porque é importante


colocar o termômetro bem no
centro da axila. Assim iremos
garantir uma verificação de
temperatura correta!

33
MANEJO APÓS AFERIÇÃO, O QUE FAZER?
Em casos de Hipertermia (estados de febre):

● Orientar que o paciente aumente a ingesta líquida, se não


houver contraindicação;
● Providenciar banho morno e repouso - o banho morno
provoca menos tremores e desconforto que o frio;
● Nos casos de febre muito alta, aplicar compressas frias de
água sobre o tronco e membros (evite o uso de compressas
de álcool);
● Orientar sobre o uso do medicamento antitérmico, de acordo
com a prescrição médica;
● Orientar o paciente que faça o controle da temperatura com
maior frequência até sua estabilização;
● Encaminhar o paciente, quando necessário, para a unidade de
saúde de referência.

Em casos de Hipotermia (baixa temperatura):

● Aquecer o paciente com agasalhos e cobertores;


● Manter o ambiente aquecido;
● Proporcionar repouso e ingestão de alimentos quentes;
● Orientar o paciente que faça o controle da temperatura com
maior frequência até sua estabilização.

Para mais informações,


relembre o passo a passo.
Clique aqui e assista ao vídeo
“Saúde começa em casa:
termômetro”.

34
VERIFICAÇÃO
DOS DADOS
ANTROPOMÉTRICOS
Agora veremos mais uma
atribuição do (a) ACS: a
verificação dos dados
antropométricos.

A antropometria é um método que permite a avaliação do peso, da


estatura e de outras medidas do corpo humano. Tem a vantagem de
ser simples, barata, não invasiva e de fácil aplicação em todas as
fases da vida (infância, adolescência, fase adulta e velhice). A
antropometria possibilita a identificação do diagnóstico
antropométrico e contribui para a avaliação do estado nutricional.

Principais dados antropométricos:

● O peso refere-se à quantidade de matéria presente num corpo


(massa corporal). O peso deve ser medido por meio de uma
balança e ser registrado em quilos (kg).
● A estatura refere-se à dimensão linear de uma pessoa. Quando a
criança é medida deitada (crianças menores de dois anos),
usa-se o termo comprimento. Quando a criança é medida em pé
(crianças com dois anos ou mais), usa-se o termo altura. O termo
estatura pode ser usado tanto para substituir o termo
comprimento quanto o termo altura. A estatura das crianças deve
ser medida com um antropômetro e deve ser registrada em
centímetros (cm).

Quais são os equipamentos mais


utilizados na aferição do peso e da
estatura?

36
BALANÇA

A balança é o equipamento utilizado para medir o peso. Ela deve ter a


precisão necessária para informar o peso de um indivíduo da forma mais
exata possível. A precisão da escala numérica das balanças varia
conforme o tipo (mecânica ou eletrônica/digital) e/ou fabricante.

Veja a seguir os tipos de balança:

A balança pediátrica ou “tipo-bebê” é utilizada para crianças menores de


dois anos ou com até 16 kg. Pode ser mecânica (Figura 16) ou
eletrônica/digital (Figura 18). Recomenda-se que tenha precisão mínima
de dez gramas (10g).

Figura 18: Balança pediátrica digital

Fonte: ENANI, 2019.

A balança tipo plataforma é utilizada para crianças maiores de dois anos,


adolescentes, adultos, idosos e gestantes. Pode ser mecânica (Figura 19) ou
eletrônica/digital (Figura 20). Recomenda-se que tenha precisão mínima
de cem gramas (100g).

37
Figura 19: Balança Figura 20: Balança
plataforma mecânica plataforma digital

Fonte:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publica Fonte:https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoe
coes/orientacoes_coleta_analise_dado s/orientacoes_coleta_analise_dados_antropometr
s_antropometricos.pdf icos.pdf

A balança suspensa ou tipo pêndulo é assim denominada porque é


portátil e foi idealizada para utilização em atividades externas ao
serviço de saúde. Pode ser mecânica ou eletrônica/digital (Figura 21).

Figura 21: Balança infantil suspensa, tipo mola ou pêndulo

Fonte: UNICEF, s.d.

Também é conhecida como balança de campo tipo eletrônica


(digital) ou balança “de banheiro” para uso doméstico. Esta
balança é portátil, apropriada para o trabalho de campo.

38
Figura 22: Balança plataforma portátil

Fonte: BRASIL, Ministério da Saúde, 2012.

ANTROPÔMETROS

O antropômetro horizontal ou infantômetro é o equipamento


utilizado para medir o comprimento de crianças menores de dois
anos. Também pode ser denominado antropômetro infantil, régua
antropométrica ou pedômetro.

Figura 23: Antropômetro infantil

Fonte: BRASIL, Ministério da Saúde, 2011.

O antropômetro vertical ou estadiômetro é o equipamento utilizado


para medir a altura de crianças com dois anos ou mais,
adolescentes, adultos, idosos e gestantes.

39
Figura 24: Antropômetro vertical

Fonte: BRASIL, Ministério da Saúde, 2011.

A fita métrica pode ser uma alternativa em


situações em que não se tem disponível o
infantômetro nem o estadiômetro.
Lembre-se, no entanto, que ela não é o
instrumento mais adequado para a mensuração
da estatura das crianças. Por isso, sua utilização
deve ser feita com muito cuidado, prestando
atenção se ela está adequadamente presa (reta)
na parede ou na superfície plana.
De preferência, utilize uma fita métrica de
material resistente, inelástica (que não estique
com o tempo) e flexível, com precisão de 0,1 cm. A
fita comum, como a de costura, não deve ser
utilizada, pois tende a esgarçar com o tempo,
alterando assim a medida.

40
Clique aqui e veja no material
complementar (p. 2) quais equipamentos
o (a) ACS deve ter acesso para aferir o
peso e a estatura de crianças. Se estiver
lendo este material no formato impresso,
escaneie o QR para fazer download.

Quais as técnicas utilizadas


para a verificação dos dados
antropométricos?

Para que as medidas antropométricas sejam realizadas com maior


precisão, é necessário que o medidor domine as técnicas de
medidas e conheça os instrumentos utilizados. A maioria das
medidas é realizada com o indivíduo em posição anatômica, ou
seja, em posição ereta, com a face voltada para frente, em direção
ao Plano Horizontal de Frankfurt (olhar para o horizonte), com os
braços estendidos ao longo do corpo e com as palmas das mãos
voltadas para frente (SAMPAIO et al., 2012).

PESO

Peso (Em pé)

Para aferir o peso, utiliza-se uma balança devidamente calibrada,


de plataforma ou eletrônica. O ideal é que esta medida seja
aferida antes das refeições. O indivíduo deverá estar descalço e
utilizar o mínimo de acessórios e roupas possíveis, de preferência
leves, para então ser posicionado em pé no centro da balança,
com o peso distribuído igualmente em ambos os pés.

41
O medidor deverá se posicionar em frente à escala e a medida deverá
ser aferida e registrada com exatidão. O instrumento não deve ser
posicionado sobre tapete, carpete ou piso irregular.

Se for utilizar a balança mecânica de plataforma veja o passo a passo:

1º Passo: Destravar a balança.


2º Passo: Verificar se a balança está calibrada (a agulha do braço e o
fiel devem estar na mesma linha horizontal). Caso contrário, calibrá-la,
girando lentamente o calibrador.
3º Passo: Esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados.
4º Passo: Após a calibração da balança, ela deve ser travada, e só
então a criança, adolescente ou adulto deve subir na plataforma para
ser pesado.
5º Passo: Posicionar o indivíduo de costas para a balança, descalço,
com o mínimo de roupa possível, no centro do equipamento, ereto, com
os pés juntos e os braços estendidos ao longo do corpo. Mantê-lo
parado nessa posição.
6º Passo: Destravar a balança.
7º Passo: Mover o cursor maior sobre a escala numérica, para marcar
os quilos.
8º Passo: Depois mover o cursor menor para marcar os gramas.
9º Passo: Esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados.
10º Passo: Travar a balança, evitando, assim que sua mola desgaste,
assegurando o bom funcionamento do equipamento.
11º Passo: Realizar a leitura de frente para o equipamento, para
visualizar melhor os valores apontados pelos cursores.
12º Passo: Anotar o peso no formulário específico para o registro e no
prontuário.
13º Passo: Retirar a criança, adolescente ou adulto.
14º Passo: Retornar os cursores ao zero na escala numérica.
15º Passo: Marcar o peso das crianças na Caderneta de Saúde da
Criança.

42
Figura 25 - Aferição de peso de adultos em balança mecânica de
plataforma

Fonte: BRASIL, Ministério da Saúde, 2011.

Se for utilizar balança eletrônica/digital, siga as orientações:

1º Passo: A balança deve estar ligada antes do indivíduo posicionar-se


sobre o equipamento. Esperar que a balança chegue ao zero.
2º Passo: Colocar a criança, adolescente ou adulto no centro do
equipamento, com o mínimo de roupa possível, descalço, ereto, com os
pés juntos e os braços estendidos ao longo do corpo. Mantê-lo parado
nessa posição.
3º Passo: Realizar a leitura após o valor de o peso estar fixado no visor.
4º Passo: Anotar o peso no formulário específico para o registro e no
prontuário. Retirar a criança, adolescente ou adulto da balança.
5º Passo: Para crianças, anotar o peso na Caderneta de Saúde da
Criança.

43
Peso (deitado) – crianças

O medidor deve seguir as recomendações quanto à calibração,


refeições e posicionamento para a leitura, especificadas para a
medição em pé. A criança deverá ser posicionada deitada ou
sentada na balança pediátrica com o mínimo de roupa possível,
de preferência nua. Caso use fraldas, recomenda-se que seja
retirada, a fim de não alterar o peso. A balança deve ser
posicionada sobre superfície plana em piso regular.

A presença da mãe ou do responsável é necessária, tanto para


ajudar na retirada da roupa, como também para segurar e
acalmar a criança.

Procedimentos e passos recomendados para a


verificação do peso deitado (crianças).

1º Passo: Destravar a balança.


2º Passo: Verificar se a balança está calibrada (a agulha do
braço e o fiel devem estar na mesma linha horizontal). Caso
contrário, calibrá-la, girando lentamente o calibrador.
3º Passo: Esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam
nivelados.
4º Passo: Após constatar que a balança está calibrada, ela deve
ser travada.
5º Passo: Despir a criança com o auxílio da mãe ou responsável.
6º Passo: Colocar a criança sentada ou deitada no centro do
prato, de modo a distribuir o peso igualmente. Destravar a
balança, mantendo a criança parada o máximo possível nessa
posição. Orientar a mãe ou responsável a manter-se próximo,
sem tocar na criança, nem no equipamento.
7º Passo: Mover o cursor maior sobre a escala numérica para
marcar os quilos.

44
8º Passo: Depois, mover o cursor menor para marcar os gramas.
9º Passo: Esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam
nivelados.
10º Passo: Travar a balança, evitando, assim, que sua mola desgaste,
assegurando o bom funcionamento do equipamento.
11º Passo: Realizar a leitura de frente para o equipamento com os
olhos no mesmo nível da escala para visualizar melhor os valores
apontados pelos cursores.
12º Passo: Anotar o peso no formulário específico para o registro e no
prontuário.
13º Passo: Retirar a criança e retornar os cursores ao zero na escala
numérica.
14º Passo: Marcar o peso na Caderneta de Saúde da Criança.

Figura 26: Aferição de peso de crianças menores de 2 anos em balança


pediátrica mecânica

Fonte: BRASIL, Ministério da Saúde, 2011.

45
Se for utilizar balança pediátrica eletrônica/digital (Figura 31):

1º Passo: A balança deve estar ligada antes de a criança ser colocada


sobre o equipamento. Esperar que a balança chegue ao zero.
2º Passo: Despir totalmente a criança com o auxílio da
mãe/responsável.
3º Passo: Colocar a criança despida no centro do prato da balança,
sentada ou deitada, de modo que o peso fique distribuído. Manter a
criança parada (o máximo possível) nessa posição. Orientar a
mãe/responsável a manter-se próximo, sem tocar na criança, nem no
equipamento.
4º Passo: Aguardar que o valor do peso esteja fixado no visor e realizar a
leitura.
5º Passo: Anotar o peso no formulário específico para o registro e no
prontuário. Retirar a criança.
6º Passo: Marcar o peso na Caderneta de Saúde da Criança.

Figura 27: Aferição de peso de crianças menores de 2 anos em balança


pediátrica eletrônica

Fonte: BRASIL, Ministério da Saúde, 2011.

46
Para mais informações, clique aqui e
assista ao vídeo “Aferição de peso de
crianças menores de 2 anos em balança
pediátrica eletrônica e relembre todo o
passo a passo”.

Cuidados importantes:

• Nunca deixe uma criança sem vigilância em


cima ou perto da balança.
• Assegure-se de que a balança está bem
segura sobre uma base plana e firme.
• Não deixe a balança cair, nem deixe que ela
sofra choques violentos.
• Cuidado para não deixar cair água ou qualquer
outro líquido na balança.

Se for utilizar balança suspensa “tipo pêndulo” (esse tipo de


balança é mais comum na rotina do (a) ACS nas visitas
domiciliares), as orientações descritas acima podem ser
adaptadas. Alguns cuidados especiais devem ser observados: a
balança deve ser pendurada em local seguro e em altura que
permita uma boa visualização da escala.

Caso você só tenha à sua disposição a balança


plataforma portátil ou a balança de “banheiro”, os
procedimentos devem ser os seguintes:
● A balança deve estar ligada antes de a criança
posicionar-se sobre o equipamento.
● Esperar que a balança chegue ao valor zero.
● Pesar a mãe ou o responsável pela criança.
● Realizar a leitura depois que o valor do peso estiver fixado
no visor.

47
● Anotar o peso (peso 1). Pedir para mãe ou responsável subir
na balança segurando a criança no colo.
● A mãe ou o responsável deve carregar a criança e
posicioná-la em frente ao seu corpo, na posição vertical (em
pé).
● Realizar a leitura depois que o valor do peso estiver fixado no
visor. Anotar o novo peso (peso 2).
● Subtrair (diminuir) o peso 2 (peso da mãe ou do responsável
+ peso da criança) do peso 1 (peso da mãe ou do
responsável). O valor encontrado será o peso da criança.
Peso da criança = Peso 2 (peso da mãe ou do responsável +
peso da criança) – Peso 1 (peso da mãe ou do responsável).

ESTATURA

● Estatura (Em pé)

O indivíduo deverá estar descalço ou usando meias finas e roupas


leves, de forma a visualizar a posição do corpo, e sem nenhum
adereço na cabeça que possibilite alteração da medida. Deverá
permanecer em posição anatômica com panturrilha, glúteos,
ombros e cabeça tocando a parede ou superfície vertical do
dispositivo de medida, sempre que possível. Com a face voltada
para frente, no Plano de Frankfurt, o suporte deverá ser
posicionado sobre a cabeça, de tal forma que pressione apenas o
cabelo (SAMPAIO et al., 2012).

48
Figura 28: Técnica de aferição de altura segundo Plano de Frankfurt

Fonte: BRASIL, Ministério da Saúde, 2011.

O medidor deverá estar em frente à escala e a medida ser


aferida cuidadosamente no centímetro mais próximo. Caso a
parede seja utilizada como suporte de medida, esta deve ser
lisa e não possuir rodapés. O instrumento não deve ser
posicionado sobre tapete, carpete ou piso irregular.

Procedimentos e passos recomendados para a verificação da


estatura em pé (Figura 29):

1º Passo: Posicionar a criança, adolescente ou adulto descalço e


com a cabeça livre de adereços, no centro do equipamento.
Mantê-lo de pé, ereto, com os braços estendidos ao longo do
corpo, com a cabeça erguida, olhando para um ponto fixo na
altura dos olhos.
2º Passo: A cabeça do indivíduo deve ser posicionada no plano
de Frankfurt (Figura 28).

49
3º Passo: As pernas devem estar paralelas, mas não é necessário
que as partes internas das mesmas estejam encostadas. Os pés
devem formar um ângulo reto com as pernas.
4º Passo: Abaixar a parte móvel do equipamento, fixando-a contra
a cabeça, com pressão suficiente para comprimir o cabelo. Retirar
o indivíduo, quando tiver certeza de que a parte do equipamento
não se moveu.
5º Passo: Realizar a leitura da estatura, sem soltar a parte móvel do
equipamento.
6º Passo: Anotar o resultado no formulário específico para o
registro e no prontuário. Para crianças, marcar a altura na
Caderneta de Saúde da Criança.

Figura 29: Aferição da altura de crianças maiores de 2 anos,


adolescentes e adultos

Fonte: BRASIL, Ministério da Saúde, 2011.

50
Comprimento (Deitado) – Crianças menores de 24 meses

A criança deverá estar deitada em uma mesa com superfície plana


posicionada em piso regular com a face voltada para cima, no Plano
de Frankfurt, e a cabeça encostada na parte fixa do infantômetro.
Com os joelhos retos e as pernas encostadas sobre a superfície da
mesa, a parte móvel do infantômetro deverá ser deslocada e
pressionada sobre a região plantar. É necessário segurar os joelhos,
pressionando-os firmemente sobre a mesa de medida, para
mantê-la na posição adequada. Registra-se o comprimento no
milímetro mais próximo.

Figura 30: Técnica de aferição do comprimento segundo Plano de


Frankfurt

Fonte: BRASIL, Ministério da Saúde, 2011.

Para não ficar nenhuma dúvida, clique aqui e


assista ao vídeo “Aferição de comprimento de
crianças menores de 2 anos” relembre todo o
passo a passo.

51
VERIFICAÇÃO DA
GLICEMIA CAPILAR
Você sabe o que é
glicemia capilar?

A glicemia capilar é um exame sanguíneo, que oferece resultado


imediato acerca da concentração de glicose nos vasos capilares da
polpa digital, por meio do aparelho denominado glicosímetro.

O glicosímetro é um dispositivo, que tem por finalidade apontar a


medição aproximada da concentração de glicose no sangue. Porém,
para uma medição adequada, o paciente deve fazer uso de tiras de
teste e lancetas descartáveis compatíveis com o modelo de
equipamento que possui, além de seguir estritamente suas
instruções de uso. Os equipamentos, tiras de teste e lancetas,
atualmente, comercializados no Brasil são, em sua totalidade,
importados e devem ser registrados na Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa).

Figura 31 - Verificação de glicemia capilar.

Fonte: Marcos Santos/USP Imagens, s.d.

53
É recomendada a monitorização da glicemia capilar três, ou mais,
vezes ao dia, a todas as pessoas com DM Tipo 1 ou Tipo 2, em uso de
Insulina em doses múltiplas (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2013).
Em pessoas com DM Tipo 2, em uso de antidiabéticos orais, a
monitorização da glicemia capilar não é recomendada
rotineiramente (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2013).

● Em casos de Hipoglicemia - A hipoglicemia significa a


diminuição dos níveis glicêmicos – com ou sem sintomas –,
para valores abaixo de 70 mg/dL (AMERICAN DIABETES
ASSOCIATION, 2013).

Geralmente, a queda da glicemia leva a sintomas como fome,


tontura, fraqueza, dor de cabeça, confusão, coma, convulsões, além
de sudorese, taquicardia, apreensão, tremor. Fatores de risco para
hipoglicemia, isto é, aqueles fatores que podem desencadear a
hipoglicemia em pacientes com Diabetes Mellitus, incluem: a idade
avançada, a desnutrição, a insuficiência renal, o atraso ou a omissão
de refeições, o exercício vigoroso, o consumo excessivo de bebidas
alcoólicas e, também, erros na dose ou na administração da insulina
ou dos comprimidos.

A hipoglicemia também pode acontecer como efeito adverso dos


medicamentos, mesmo na dose prescrita. Nesses casos, é
importante fazer uma avaliação no Serviço de Saúde para ver se há
a necessidade de ajustes no tratamento.

54
A grande maioria das hipoglicemias é leve, isto é, são facilmente
tratáveis pelo próprio paciente. A detecção precoce da hipoglicemia
evita seu agravamento. Para tanto, é necessário identificar os sinais
precoces, como sudorese, cefaleia, palpitações, tremores ou uma
sensação desagradável de apreensão. Quando isso não ocorre, a
cooperação da família, amigos e colegas é fundamental - eles
podem alertar para um sinal de hipoglicemia quando essa ainda
não foi percebida pelo paciente.

O tratamento precisa ser imediato, com uma pequena dose de


carboidrato simples (10 g a 20g), repetindo-a em 15 minutos, se
necessário. Em geral, 10 g de carboidrato simples estão presentes
em duas colheres de chá de açúcar, ou três torrões de açúcar, ou
100 ml de suco de laranja, duas balas, ou dois sachês de mel
(Quadro 02).

Quadro 2 -Instruções para o manejo da hipoglicemia pelo paciente,


amigo ou familiar.

Fonte: Ministério da Saúde, 2013.

● Nos casos de hiperglicemia - controle glicêmico insatisfatório:


é necessário um encaminhamento para avaliação da equipe
de saúde, com a finalidade de se fazer uma abordagem mais
específica na alimentação, principalmente, quanto à ingestão
de carboidratos, e uma investigação mais rigorosa quanto aos
horários, qualidade e quantidade das refeições relacionadas
com os horários do medicamento e/ou utilização de insulina.
Encaminhar o paciente para avaliação da equipe de saúde.

55
Verifique a prescrição do seu paciente!
Investigue se o paciente está seguindo a
prescrição medicamentosa corretamente,
bem como seguindo as recomendações não
medicamentosas (MEV).

Etapas para a realização da glicemia capilar:

● Certificar-se de que a fita reagente está na validade;


● Orientar o paciente sobre o procedimento;
● Realizar a higienização das mãos;
● Calçar as luvas de procedimento (é importante usar as luvas,
pois evita o contato da pele, com o sangue do paciente);
● Ligar o aparelho e posicionar a fita e o glicosímetro, de modo a
facilitar a deposição da gota de sangue no local adequado;
● Segurar a lanceta (espécie de agulha utilizada para furar o
dedo) sem tampa e fazer uma leve pressão na ponta do dedo
escolhido, de modo a favorecer o seu enchimento capilar;
● Com a outra mão, limpar a área com algodão embebido em
álcool a 70%, após secar o local com algodão limpo e seco;
● Com a lanceta ou agulha estéril fazer uma punção na ponta
do dedo escolhido, preferencialmente na lateral do dedo, onde
a dor é minimizada;

Figura 31: Modelo de lanceta para punção digital (furar o dedo)

Fonte:https://create.vista.com/pt/unlimited/stock-photos/228246002/stock-photo-cropped
-view-woman-gloves-testing/

56
● Lancetar o dedo e obter uma gota suficiente para preencher o
campo reagente;
● Pressionar o local da punção com algodão até hemostasia;
● Informar-lhe o resultado obtido ao paciente;
● Desprezar a fita reagente e a lanceta na caixa específica para
material perfurocortante;
● Limpar o glicosímetro com algodão embebido levemente com
água e sabão ou álcool 70%;
● Retirar as luvas.

Figura 33: Preencher o campo reagente da fita com uma gota de


sangue

Fonte: Jornal da USP, 2022.

57
ORIENTAÇÃO E
APOIO, EM
DOMICÍLIO, PARA A
CORRETA
ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS
Nas visitas domiciliares
sempre faço orientação
quanto ao uso das
medicações,
principalmente para os
idosos, hipertensos,
diabéticos e para as
pessoas em tratamento de
câncer também. E você?

Uma questão importante para a segurança do paciente em


domicílio é em relação aos medicamentos. O uso, os procedimentos
envolvidos na sua administração e as respostas orgânicas
decorrentes do tratamento envolvem riscos potenciais capazes de
provocar danos ao usuário. Portanto, é fundamental que tanto os
profissionais, incluindo os ACS, quanto os usuários e cuidadores
compartilhem responsabilidades relacionadas a essa questão.

Em pessoas idosas, que muitas vezes consomem diversos


medicamentos e que podem ter problemas de visão e/ou de
memória, por exemplo, são frequentes as confusões com
medicamentos, principalmente os que têm forma ou aspecto
semelhante e embalagens parecidas. Crianças e idosos devem ter
cuidados especiais com os seus medicamentos (BRASIL, 2015).

Parabéns, Gerusa! Acompanho uma


idosa, no meu território, que faz
tratamento para hipertensão e diabetes.
Ela confunde qual medicação deve
tomar em cada horário.

59
Nesse sentido, alguns cuidados precisam ser tomados. Quando
tratamos sobre o assunto dos medicamentos, precisamos saber que
existem alguns cuidados gerais que chamamos de “nove certos”
para a administração de medicamentos (BRASIL, 2016):

1. Usuário (a) certo: certificar-se de que o medicamento será


administrado ao usuário para quem é prescrito.
2. Medicamento certo: certificar-se de que o medicamento a ser
administrado é o correto. Se houver dúvida em relação ao
nome ou achar que é um medicamento errado, não se deve
administrá-lo antes de verificar com o médico prescritor.
3. Via certa: certificar-se de que a via de administração atende
às especificidades do usuário e do medicamento em questão.
4. Hora certa: garantir que o medicamento será administrado no
tempo correto para garantir os níveis para garantir que os
níveis do medicamento na circulação conforme desejado.
5. Dose certa: certificar-se de que a dose a ser administrada
confere com a dose prescrita.
6. Registro certo: registrar todas as ocorrências relacionadas aos
medicamentos, tais como horários de administração,
adiamentos, cancelamentos, desabastecimento, recusa do
paciente e eventos adversos.

60
7. Orientação certa: orientar sobre motivos do uso, efeitos
esperados, forma de uso adequado, os cuidados e os possíveis
problemas relacionados ao medicamento, como, por exemplo,
interação com outro(s) medicamento(s).
8. Compatibilidade medicamentosa: assegurar que os
medicamentos a serem administrados podem ser misturados, sem
que precipitem ou formem pequenos cristais ou partículas na
solução.
9. Direito a recusar o medicamento: o usuário tem o direito de
recusar-se a receber o tratamento.

Vocês, ACS, podem auxiliar na


identificação e no armazenamento do
medicamento por parte do (a) paciente,
cuidador ou familiar, para assegurar que
o (a) usuário receba o medicamento e
dose corretos em cada momento.

Algumas estratégias podem ser facilitadoras nessa identificação e


diminuição de erros por parte dos cuidadores ou familiares, como,
por exemplo:

● A contagem da quantidade dos medicamentos a cada visita


domiciliar para ajudar na correta administração dos
medicamentos. Contando a quantidade, pode-se perceber se
o paciente está esquecendo de tomar ou não os seus
medicamentos. Esquecer de tomar os medicamentos é muito
comum e é sempre necessário alertar para que não ocorra
essa falha na administração dos medicamentos.

61
● Separar os medicamentos que devem ser utilizados em cada
período do dia com figuras, cores, tabelas ou outro método.
Pode-se, por exemplo, colocar em diferentes potes ou
recipientes para os que são tomados de manhã e os do resto
do dia.
● Verificar se há medicamentos vencidos ou que não estão mais
sendo usados no domicílio e auxiliar no descarte adequado
(descubra como funciona o descarte de medicamentos no
seu município).

É fundamental que o cuidador ou familiar e o usuário entendam o


motivo daquele medicamento ser administrado, assim como
reconheçam os sinais de alerta clínicos, os eventos adversos e
saibam quais são as providências a serem tomadas.

Acompanho diabéticos que


usam insulina. Sempre me
perguntam se estão
Aparelho defazendo a aplicação de
pressão (Esfigmomanômetro)

forma correta. Como


orientar essas pessoas que
fazem uso de insulina? Veja:
Sobre a aplicação da insulina, seja com seringa ou caneta, é
importante orientar que o paciente observe o nome da insulina a ser
aplicada (por exemplo, se é do tipo NPH ou regular) e o horário das
aplicações, conforme prescrito pelo médico.

Além disso, é importante lembrar que os locais escolhidos para


aplicação da insulina devem estar limpos e secos no momento da
aplicação. As regiões do corpo que são recomendadas para
aplicação são os braços, nádegas, coxas ou abdômen, conforme
Figura 34.

62
Figura 34: Regiões do corpo recomendadas para aplicação
subcutânea de insulina

Fonte: BRASIL, Ministério da Saúde, s.d.

É importante orientar, também, sobre o rodízio de aplicação da


insulina (Figura 35):

● Dividir cada local de aplicação recomendado em pequenos


quadrantes/metades: as aplicações, nesses quadrantes,
devem ser espaçadas em pelo menos 1 cm entre elas,
seguindo em sentido horário.
● Recomenda-se usar um pequeno quadrante a cada 14 dias,
tempo necessário de cicatrização, prevenindo a
lipo-hipertrofia (acúmulo anormal de gordura na pele).

Figura 35: Rodízio sequencial de aplicações da insulina

Fonte: BRASIL, Ministério da Saúde, s.d.

63
Clique aqui, assista ao vídeo Websérie Glica
– Episódio 3 e reforce seus conhecimentos
sobre o preparo da insulina, aplicação com
seringa e caneta e o rodízio dos locais da
aplicação.

Interessante!Agora, durante as visitas


domiciliares, vou começar a observar a
autoaplicação da insulina pelos (as)
pacientes e verificar se estão seguindo os
cuidados necessários e o rodízio de
aplicação. Vou também relatar essas
informações para a minha equipe de saúde.

É importante também que, durante as visitas domiciliares você, ACS,


observe o local de armazenamento, luminosidade e condições
higiênicas onde os medicamentos estão armazenados, se há
medicamentos vencidos no domicílio e, auxiliar no descarte
adequado. Oriente ao usuário, cuidador/familiar que sempre
verifique a validade e o estado de conservação dos medicamentos
antes de administrá-los (BRASIL, 2016).

Nunca jogue medicamentos no vaso sanitário, na pia, em lixo


comum ou em terrenos baldios. Os medicamentos devem ser
descartados corretamente. Pergunte na sua UBS de referência
como funciona o descarte de medicamentos vencidos, ou que não
são mais usados.

Não deixe de acessar os materiais


complementares e de assistir a
teleaula para mais informações
sobre o tema estudado.

64
RETROSPECTIVA
Chegamos ao final desta disciplina. Neste estudo, foram abordados
assuntos como a apresentação da ampliação do escopo de práticas do
(a) ACS na prevenção e controle de doenças e agravos dispostas na PNAB
2017 e na Lei nº 13.595 de 2018. Vimos também a técnica para a correta
aferição da pressão arterial, e, como realizar a medição da glicemia
capilar, para o acompanhamento dos casos diagnosticados de diabetes
mellitus.

Vimos passo a passo da técnica para a aferição da temperatura axilar,


durante a visita domiciliar e da verificação dos dados antropométricos.
Refletimos sobre quais orientações e apoio devem ser dados pelo (a) ACS
para a correta administração de medicamentos aos pacientes em
situação de vulnerabilidade.

Esperamos que você tenha compreendido o conteúdo apresentado e


esteja pronto (a) para aplicar esses conhecimentos em sua prática
profissional, contribuindo para a melhoria dos serviços de saúde e da
qualidade de vida da população em seu município.

Com este estudo, chegamos ao final do curso Técnico Agente Comunitário


de Saúde (ACS). Esperamos que você consiga aplicar todas as informações
apresentadas nesta jornada do conhecimento para fazer a diferença na
qualidade de vida das pessoas que você assiste.

Sucesso em sua carreira profissional e parabéns pela conquista!

66
REFERÊNCIAS
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Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde
bvsms.saude.gov.br

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