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Brasília – DF
2023
MINISTÉRIO DA SAÚDE
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Brasília – DF
2023
2023 Ministério da Saúde.
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial –
Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra,
desde que citada a fonte.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde:
bvsms.saude.gov.br
Ficha Catalográfica
1. Agentes Comunitários de Saúde. 2. Ação Educativa em Saúde 3. Vigilância, prevenção e controle das doenças e agravos transmissíveis.
I. Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. II. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. III. Título.
CDU 614
Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2023/0xxx
Título para indexação:
ACS educational action in the prevention and control of diseases and injuries with a focus on communicable diseases
OLÁ, AGENTE!
Bons estudos!
LISTA DE SIGLAS E
ABREVIATURAS
ACE - Agente de Combate às Endemias
SG - Síndrome Gripal
SR - Sintomático respiratório
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VIGILÂNCIA, PREVENÇÃO E
CONTROLE DAS DOENÇAS E
AGRAVOS TRANSMISSÍVEIS
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AÇÃO EDUCATIVA EM SAÚDE COM
ÊNFASE NAS DOENÇAS
TRANSMISSÍVEIS
29 PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO EM
SAÚDE
38 RETROSPECTIVA
40 REFERÊNCIAS
VIGILÂNCIA,
PREVENÇÃO E
CONTROLE DAS
DOENÇAS E AGRAVOS
TRANSMISSÍVEIS
Vamos relembrar as
definições sobre infecção,
doenças transmissíveis,
doenças contagiosas,
doenças e agravos, e outros
conceitos importantes?
7
INFECÇÃO
DOENÇA CONTAGIOSA
Agente infeccioso é transmitido diretamente de outros
humanos ou animais infectados. Portanto, é aquela com
transmissão direta.
8
E qual a diferença
entre Doença e
Agravo?
9
Bia, na sua área tem
casos de doenças
transmissíveis?
10
CASO 1 –
VIGILÂNCIA E
CONTROLE DA
TUBERCULOSE
11
E qual a diferença entre Doença e Agravo?
12
Figura 1 - Cadeia de Transmissão da Tuberculose
Agente
Bactéria Mycobacterium tuberculosis também
(micro-organismo que pode
chamado de bacilo de Koch.
causar a doença)
Porta de saída
(via pela qual os
micro-organismos saem da
Secreções respiratórias.
fonte humana para atingir
uma fonte ambiental ou um
hospedeiro suscetível)
Porta de entrada
(via pela qual um agente
Trato respiratório.
infeccioso sai do seu
hospedeiro)
Ser humano.
Grupos de risco: pessoas que convivem com o
doente, principalmente na mesma residência.
Hospedeiro suscetível
População carcerária (presídios), população
(indivíduo ou animal vivo, que
em situação de rua, população indígena,
em circunstâncias naturais
pessoas infectadas pelo HIV e
permite a sobrevivência e o
imunossuprimidos estão mais suscetíveis à
alojamento de um agente
doença. Os determinantes sociais, tais como
infeccioso)
renda, habitação, educação, estilo de vida e
uso abusivo de álcool, tabaco ou outras drogas
também influenciam na vulnerabilidade.
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A tuberculose tem cura e seu tratamento é
disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Para o sucesso do tratamento, é importante que o
paciente tome os medicamentos de forma regular
(todos os dias, em doses adequadas) e pelo tempo
previsto (mínimo de 06 meses).
14
Bia, vamos
entender o
conceito!
15
Princípios para
realização do
TDO:
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Outra forma de prevenção da tuberculose é a vacina BCG, ofertada no
E qual a diferença entre Doença e Agravo?
SUS. A vacina BCG protege a criança das formas mais graves da
doença, como a tuberculose miliar e a tuberculose meníngea. A vacina
está disponível nas salas de vacinação das unidades de saúde e em
algumas maternidades.
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A busca ativa de Sintomático Respiratório (SR) é uma importante
estratégia para o controle da tuberculose, uma vez que possibilita a
detecção precoce das formas pulmonares. No entanto, o diagnóstico é
mais amplo do que a busca ativa e deve considerar vários aspectos.
A busca ativa em domicílio deve ser registrada pelo (a) ACS na Ficha de
Visita Domiciliar (Anexo A) ou no aplicativo e-SUS Território. Os SRs
devem ser registrados em um livro de registro no serviço de saúde
(Anexo B) e encaminhados para exame de escarro. Assim, a busca ativa
dos SRs deve ser uma estratégia priorizada pelo (a) ACS.
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E qual a diferença entre Doença e Agravo?
E sobre o número de casos novos da
tuberculose no Brasil e como ela se
distribui, você sabe? Eu só sei em relação
a minha área e ao meu município.
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VOCÊ SABE O QUE É
CONTROLE?
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Destacam-se
como atribuições
do (a) ACS:
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● Possibilitar, conforme a rede do município, que a primeira amostra
de escarro seja coletada no momento da suspeita de tuberculose.
E qual a diferença entre Doença e Agravo?
Isso permite a diminuição da transmissão e a consequente queda
no número de casos, uma vez que o principal exame diagnóstico é
o exame do escarro.
● Informar que o tratamento para tuberculose está disponível no
SUS, dura no mínimo seis meses e deve ser feito até o final para
promover a cura.
● Realizar busca ativa dos pacientes em tratamento e dos contatos
que não comparecerem ao serviço de saúde quando agendados.
● Estar atento para os efeitos adversos do tratamento para
tuberculose e, caso seja identificado algum, o paciente deve ser
orientado e/ou encaminhado ao serviço de saúde para avaliação.
● Informar às pacientes em idade fértil que a medicação para
tuberculose diminui o efeito do anticoncepcional e orientá-las
para o uso de métodos contraceptivos de barreira, como
camisinha feminina ou masculina, DIU e diafragma.
● Planejar a realização do TDO, a partir do estabelecimento de
vínculo e diálogo com o usuário, o que é importante para evitar o
abandono do tratamento.
● Orientar e encaminhar os contatos ao serviço de saúde para
avaliação clínica e possível diagnóstico e tratamento. Realizar
busca ativa dos contatos, caso estes não compareçam à UBS.
● Acompanhar a situação vacinal das crianças do território e
encaminhar ao serviço de saúde as menores de 5 anos que não
tenham registro da BCG no cartão, ou não tenham cicatriz vacinal
do braço direito.
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● Manter o território informado sobre a doença, trabalhando com
parceiros da comunidade para o controle e redução de estigma
Ee qual a diferença
preconceito entre Doença
que afetam e Agravo?
as pessoas com tuberculose.
● Utilizar ferramentas de coleta de informações e
acompanhamento do paciente como estratégia de
monitoramento e avaliação (BRASIL, 2017).
25
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AÇÃO EDUCATIVA EM
SAÚDE COM ÊNFASE
NAS DOENÇAS
TRANSMISSÍVEIS
A educação está presente no
nosso dia a dia. Ela acontece nas
escolas, nas universidades, nos
espaços formais de educação,
mas também em casa, nas
praças, nos serviços de saúde,
entre outros locais.
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Para ajudar você a refletir sobre o
processo de ensino-aprendizagem e
os elementos importantes envolvidos
nele, te convidamos a assistir à
animação “O oleiro”.
Sinopse
27
Para o desenvolvimento de ações de comunicação e educação em
saúde, apontamos, portanto, alguns dispositivos possíveis: rádio local,
jornais locais, murais de escolas e associação comunitária, espaços
públicos, entre outros.
PARA SE
INSPIRAR:
Algumas equipes de saúde
criaram grupos de WhatsApp
com os moradores do território
e estão produzindo “Rádio ZAP
da UBS”. Toda semana a
equipe divulga programa com
informações e dicas de saúde.
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PRÁTICAS DE
EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Bia, pensando nas pessoas acometidas por
doenças transmissíveis nos nossos
territórios, fiquei pensando:
Que ações educativas podemos
desenvolver? Como podemos envolver a
comunidade nessas ações?
Grupos de diálogo
● Pensar em grupos diversos e não em grupos de doentes, para romper
com discriminações, preconceitos e estigmas;
● Formação de coletivos para troca de experiências, vivências e saberes
sobre determinados assuntos;
● Ao formar um grupo, convide os familiares das pessoas com doenças
transmissíveis (hanseníase, tuberculose, etc) para quebrar o
preconceito e discriminação e reduzir o estigma coletivo, a fim de trocar
experiências e criar vínculos; convide também pessoas formadoras de
opinião da comunidade.
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Salas de espera
● Funciona como um dispositivo produtivo para ocupar o tempo
ocioso nas instituições, transformando o tempo de espera pelo
atendimento em um momento educacional.
● Por ser usado com álbum seriado, vídeos, cartazes, jogos, e outras
estratégias (UNASUS, 2022).
GRUPO DE AUTOCUIDADO
AUTOCUIDADO APOIADO
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Apoio social às pessoas acometidas por doenças transmissíveis e
seus familiares é um processo dinâmico e complexo, que permite
estabelecer interação entre os serviços de saúde e a comunidade,
E qual a diferença entre Doença e Agravo?
articulando as redes sociais, satisfazendo necessidades de ordem
emocional, instrumental e material e compartilhando recursos,
experiências que facilitem o cuidado integral (REIS, 2014).
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1. Dialogicidade;
2. Amorosidade;
E qual a diferença entre Doença e Agravo?
3. Respeito aos saberes populares;
4. Uso de linguagem adequada a cada público;
5. Envolvimento da equipe de saúde da UBS;
6. Reconhecimento e utilização dos equipamentos sociais da
comunidade.
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SUGESTÕES DE LEITURA
Você pode ler mais sobre esta estratégia nos seguintes artigos:
E sobre o monitoramento e
a avaliação das ações
educativas com foco nas
doenças transmissíveis?
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O ato de avaliar está inserido em
nosso dia a dia. Nós avaliamos e
somos avaliados constantemente.
De fato, o ato de avaliar está inserido
nas nossas vidas mais do que
normalmente julgamos e é
importante que saibamos fazê-lo.
O que significa avaliar?
Em uma busca rápida, recorremos ao dicionário da língua portuguesa e
encontramos que “Avaliação” significa: "ato de avaliar, prática de
averiguar, verificar, comparar determinado objeto para lhe conferir
determinado valor". Pode, também, ser sinônimo de estimativa ou
apreciação.
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Propor uma roda de conversa com os participantes a partir das
perguntas norteadoras:
● E qual a diferença
monitoramos entre Doença
e avaliamos e Agravo? de nossas ações
o desenvolvimento
com foco na prevenção das doenças transmissíveis no nosso
território?
● Quais estratégias desenvolvemos com e para as pessoas com
doenças transmissíveis?
● Consideramos como as ações desenvolvidas impactam
positivamente na qualidade de vida das pessoas com
doenças transmissíveis?
● Como estamos planejando nossas ações educativas?
Roda de conversa é um
espaço dialógico capaz de
proporcionar integração,
comunicação, partilha de
opiniões e sentimentos,
favorecendo a construção e o
compartilhamento de ideias.
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Para refletir
E qual criticamente
a diferença sobre
entre a Avaliação
Doença e Agravo?da Aprendizagem
nos processos educativos, assista à animação:
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RETROSPECTIVA
Chegamos ao fim desta disciplina! Após esta jornada, esperamos que
você tenha compreendido a relevância do papel do ACS na vigilância e
no monitoramento das doenças transmissíveis, bem como na vigilância
dos casos suspeitos, e dos fatores de risco e transmissibilidade das
doenças.
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REFERÊNCIAS
ANDRADE, et al. Módulo Teórico 2: Território e Determinantes Sociais em
Saúde. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Curso de Atualização para
Análise de Situação de Saúde do Trabalhador -ASST aplicada aos
serviços de saúde. Brasília, 2021.
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. O trabalho do agente comunitário
de saúde. Brasília, 2009.
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MOROSINI, M. V.; FONSECA, A. F.; PEREIRA, I. B. Educação em saúde –
Dicionário de educação profissional em saúde. 2 ed. – revisada e
ampliada. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2009.
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MATERIAL COMPLEMENTAR
SUGESTÃO DE VÍDEOS
LEITURA OBRIGATÓRIA
Sífilis congênita
https://bitily.me/ZoOeM
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Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde
bvsms.saude.gov.br
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