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MANUAL DE ROTINAS
E PROTOCOLOS
UNCP / CTI NEONATAL
ÍNDICE
CLASSIFICAÇÃO DO RN -----------------------------------------------------------------------------------5
ALEITAMENTO MATERNO ------------------------------------------------------------------------------13
USO DE DROGAS E AMAMENTAÇÃO------------------------------------------------------------------20
INTUBAÇÃO TRAQUEAL NO NEONATO --------------------------------------------------------------74
PNEUMOLOGIA
DISPLASIA BRONCOPULMONAR ----------------------------------------------------------------------81
OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA ALTA -------------------------------------------------------------------85
APNÉIA DA PREMATURIDADE-------------------------------------------------------------------------95
SÍNDROME DE ASPIRAÇÃO MECONIAL-------------------------------------------------------------102
TAQUIPNÉIA TRANSITÓRIA DO RN -----------------------------------------------------------------111
DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA / SURFACTANTE PULMONAR ---------------------------115
SUPORTE VENTILATÓRIO CONVENCIONAL EM NEONATOLOGIA ---------------------------122
VENTILAÇÃO NÃO-INVASIVA ------------------------------------------------------------------------ 128
HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE DO RN ----------------------------------------------133
PROTOCOLO DE USO DO ÓXIDO NÍTRICO ---------------------------------------------------------139
BOLETIM DE SILVERMAN-ANDERSON -------------------------------------------------------------143
NEUROLOGIA
SEDAÇÃO E ANALGESIA EM RN ----------------------------------------------------------------------144
SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA ------------------------------------------------------------------------152
SÍNDROME HIPÓXICO ISQUÊMICA ------------------------------------------------------------------161
CONVULSÕES NO RN -----------------------------------------------------------------------------------165
MIELOMENINGOCELE ----------------------------------------------------------------------------------171
HEMORRAGIA PERIINTRAVENTRICULAR ---------------------------------------------------------180
NEFROLOGIA
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM NEONATOLOGIA -------------------------------------------187
EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO NO RN --------------------------------------------------------194
DISTÚRBIOS METABÓLICOS
DISTÚRBIOS DE Na -------------------------------------------------------------------------------------199
DISTÚRBIOS DO K ---------------------------------------------------------------------------------------205
DISTÚRBIOS DO Ca ------------------------------------------------------------------------------------- 212
DISTÚRBIOS DO Mg -------------------------------------------------------------------------------------223
HIPERGLICEMIA NEONATAL -------------------------------------------------------------------------226
HIPOGLICEMIA NEONATAL ---------------------------------------------------------------------------232
DOENÇA METABÓLICA ÓSSEA ----------------------------------------------------------------------- 240
ICTERÍCIA NEONATAL ---------------------------------------------------------------------------------250
INFECTOLOGIA
IMUNIZAÇÃO NO PREMATURO ---------------------------------------------------------------------- 258
HIDROPSIA FETAL --------------------------------------------------------------------------------------265
CITOMEGALOVIROSE CONGÊNITA ------------------------------------------------------------------267
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA ------------------------------------------------------------------------275
SÍFILIS CONGÊNITA ------------------------------------------------------------------------------------ 284
TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV -------------------------------------------------------------------290
HERPES SIMPLES NEONATAL ------------------------------------------------------------------------294
SEPSE NEONATAL PRECOCE ------------------------------------------------------------------------- 300
SEPSE TARDIA ------------------------------------------------------------------------------------------ 305
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CIRURGIA PEDIÁTRICA
ATRESIA DE ESÔFAGO ---------------------------------------------------------------------------------318
ATRESIAS INTESTINAIS ------------------------------------------------------------------------------- 322
DEFEITOS DE PAREDE ABDOMINAL--------------------------------------------------------------- -326
REFLUXO GASTROESOFÁGICO -----------------------------------------------------------------------335
GASTROENTEROLOGIA / NUTRIÇÃO
NUTRIÇÃO ENTERAL EM NEONATOLOGIA ------------------------------------------------------- 341
INFORMAÇÕES NUTRICIONAIS – FÓRMULAS INFANTIS ---------------------------------------350
NUTRIÇÃO PARENTERAL EM NEONATOLOGIA --------------------------------------------------360
COLESTASE NEONATAL -------------------------------------------------------------------------------375
CARDIOLOGIA
AVALIAÇÃO CARDIOLÓGICA BÁSICA EM NEONATOS -------------------------------------------382
FLUXOGRAMA DE INVESTIGAÇÃO DO RN COM SOPRO -----------------------------------------388
CRISE DE HIPÓXIA --------------------------------------------------------------------------------------389
BRADIARRITMIAS -------------------------------------------------------------------------------------- 390
MANEJO PRÁTICO DA TSVT ---------------------------------------------------------------------------392
RN COM BAIXO DÉBITO SISTÊMICO ----------------------------------------------------------------393
RN CIANÓTICO -------------------------------------------------------------------------------------------394
RN COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ---------------------------------------------------------------- 397
HIPERTENSÃO NA INFÂNCIA -------------------------------------------------------------------------401
PCA NO PREMATURO --------------------------------------------------------------------------------- -406
ECG NO RN ------------------------------------------------------------------------------------------------414
CHOQUE / SUPORTE INOTRÓPICO ------------------------------------------------------------------419
HEMATOLOGIA
ANEMIA DA PREMATURIDADE-----------------------------------------------------------------------426
HEMOTERAPIA ------------------------------------------------------------------------------------------ 433
OUTROS
ANOMALIAS DE DIFERENCIAÇÃO SEXUAL ---------------------------------------------- 439
TRANSPORTE NO RN -----------------------------------------------------------------------------------451
POSICIONAMENTO DO CATETER UMBILICAL ----------------------------------------------------461
RETINOPATIA DA PREMATURIDADE ---------------------------------------------------------------466
SCORE DE GRAVIDADE -------------------------------------------------------------------------------- 469
APGAR -----------------------------------------------------------------------------------------------------472
ESQUEMA DE REDUÇÃO LENTA DE CORTICÓIDE APÓS USO PROLONGADO---------------473
FÓRMULAS IMPORTANTES ---------------------------------------------------------------------------474
CRITÉRIOS PARA RN DE RISCO (FOLLOW-UP)----------------------------------------------------476
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CLASSIFICAÇÃO DO RN
Dra Daniela Márcia Carvalho
Dra Maria Cristina Aranha do Nascimento
3. Exame físico do RN
Dubowitz
Ballard
New Ballard
Capurro somático: 204 + pontos = IG em dias
Capurro somatoneurológico: 200 + pontos = IG em dias
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PONTUAÇÃO IDADE EM SEMANAS
-10 20 SEMANAS
-9 20 + 3 d
-8 20 + 6 d
-7 21 + 1 d NEW BALLARD
-6 21 + 4 d
-5 22 SEMANAS
-4 22 + 3 d
-3 22 + 6 d
-2 23 + 1 d
-1 23 + 4 d
0 24 SEMANAS
1 24 + 3 d
2 24 + 6 d
3 25 + 1 d
4 25 + 4 d
5 26 SEMANAS
6 26 + 3 d
7 26 + 6 d
8 27 + 1 d
9 27 + 4 d
10 28 SEMANAS
11 28 + 3 d
12 28 + 6 d
13 29 + 1 d
14 29 + 4 d
15 30 SEMANAS
16 30 + 3 d
17 30 + 6 d
18 31 + 1 d
19 31 + 4 d
20 32 SEMANAS
21 32 + 3 d
22 32 + 6 d
23 33 + 1 d
24 33 + 4 d
25 34 SEMANAS
26 34 + 3 d
27 34 + 6 d
28 35 + 1 d
29 35 + 4 d
30 36 SEMANAS
31 36 + 3 d
32 36 + 6 d
33 37 + 1 d
34 37 + 4 d
35 38 SEMANAS
36 38 + 3 d
37 38 + 6 d
38 39 + 1 d
39 39 + 4 d
40 40 SEMANAS
41 40 + 3 d
42 40 + 6 d
43 41 + 1 d
44 41 + 4 d
45 42 SEMANAS
46 42 + 3 d
47 42 + 6 d
48 43 + 1 d
49 43 + 4 d
50 44 SEMANAS
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CAPURRO SOMÁTICO
TEXTURA DA PELE:
0- muito lisa
5- fina e lisa
10- algo mais grossa com discreta descamação superficial
15- grossa, sulcos superficiais, descamação de pés e mãos
20- grossa, apergaminhada, marcas profundas
FORMA DA ORELHA:
GLANDULA MAMÁRIA:
0- não palpável
5- palpável menor de 5 mm
10- entre 5 e 10 m
15- maior que 10 mm
PREGAS PLANTARES
0- sem pregas
5- marcas mal definidas sobre a parte anterior da planta
10- 10- marcas bem definidas sobre a metade anterior e sulcos no
terço anterior da planta
15- sulcos na metade anterior da planta
20- sulcos em mais da metade anterior da planta
FORMAÇÃO DO MAMILO:
1. apenas visível
5- aréola visível com discreta pigmentação e diâmetro menor do
que 7,5 mm
10- aréola pigmentada com bordo visível não levantado e
diâmetro menor que 7,5 mm
15- aréola pigmentada com bordo levantado e diâmetro maior do
que 7,5 mm
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0 5 10 15
Textura da Fina, Fina e lisa Algo mais Grossa, com
pele gelatinosa grossa, com sulcos
discreta superficiais,
descamação descamação de
mãos e pés
Superficial
15
0 5 10
Forma da Chata, Pavilhão Pavilhão Pavilhão
orelha disforme parcialmente parcialmente totalmente
pavilhão não encurvado na encurvado em toda encurvado
encurvado borda borda superior
0 8 16 24
Tamanho da Ausência de Diâmetro Diâmetro Diâmetro
glândula Tecido < 5 mm 5 mm a 10 mm > 10 mm
mamária mamário
0 5 10 15
Sulcos Ausentes Marcas mal Marcas bem Sulcos na Sulcos em
plantares definidas na definidas na metade mais da
metade metade anterior e anterior da metade
anterior da sulco no terço planta anterior da
planta anterior planta
0 5 10 15 20
Sinal do Xale Na linha axilar Entre a linha Ao nível da linha Entre a linha
(posição do do lado axilar anterior média média e a
cotovelo) oposto do lado linha axilar
oposto e a anterior do
linha média mesmo lado
0 6 12 18
Posição da Totalmente  entre 180º -  = 180º  < 180º
cabeça ao deflexionada 270º
levantar o RN Â = 270º
(ângulo
cérvico- 0 4 8 12
torácico
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CLASSIFICAÇÃO DO RN PELA IG
Definições da Organização Mundial da Saúde desde 1971
CLASSIFICAÇÃO DO RN PELO PN
Definições da Organização Mundial da Saúde
10 – 15 %
2/3 dos RN`s de baixo peso (p 2.500g), apresentam RCIU.
FATORES DE RISCOS:
Fumo
Hipertensão arterial crônica
DHEG
Gestação múltipla
Antecedentes de RCIU
Infecções peri-natais crônicas (rubéola, D.I.C., toxo, sífilis)
Anomalias congênitas
Insuficiente ganho de peso materno
Sangramento persistente no 2º trimestre
Álcool
Desnutrição materna
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De acordo com a época que teve início o insulto perinatal, poderá haver também
comprometimento da estatura e do perímetro cefálico.
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CLASSIFICAÇÃO DO RN ( PN X IG )
Peso para Idade Gestacional
Pequeno para IG (PIG): PN abaixo do percentil 10.
Adequado para IG (AIG): PN entre percentil 10 e 90.
Grande para IG (GIG): PN acima do percentil 90.
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REFERÊNCIAS:
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O H.O.B. apóia a iniciativa Hospital Amigo da Criança, sendo, portanto, papel de todos
os funcionários do hospital, estimular, facilitar, e promover o aleitamento materno sob
livre demanda. Para alcançarmos esse objetivo devemos seguir e repassar as
orientações sobre os dez passos para o aleitamento materno:
NORMAS DO HOB:
Todo neném tem o direito de ficar junto da mãe desde o nascimento. As
primeiras horas depois do parto são muito importantes. Isso ajuda a mãe a
amar e a cuidar melhor do filho e, ainda, amamentá-lo por mais tempo.
Toda mãe deve amamentar seu filho até meia hora após o nascimento. Nesse
período, o neném fica bem acordado e consegue mamar melhor. Essa
amamentação ajuda o útero a voltar ao normal e diminui o sangramento após o
parto.
Toda mãe deve receber ajuda e orientação para colocar seu filho no peito em
posição confortável para facilitar a amamentação: barriga do neném com
barriga da mãe, queixo do neném encostado no peito da mãe e boquinha do
neném pegando toda a aréola e o bico do peito da mãe.
Toda mãe deve ser orientada a oferecer o peito a seu filho sem hora marcada.
A criança deve mamar livremente, na hora e na quantidade que quiser. O leite
do final da mamada tem mais gordura e mais calorias, ajudando a matar a
fome do neném. Quando ele mama livremente, evita que o peito da mãe fique
muito cheio e ―empedrado‖. O neném que mama no peito não precisa de
nenhum outro alimento, água, ou chá. O leite materno é um alimento completo
e tem tudo que ele precisa para crescer com saúde. Crianças que estão sendo
amamentadas ao seio não devem usar bico ou mamadeira. O uso pode fazer
com que o neném rejeite o peito da mãe. Além disso, bicos e mamadeiras são
fontes de contaminação A mamadeira e o bico não devem ser usados, mesmo
se o neném não puder mamar no peito. Nestes casos, a criança deve receber a
alimentação no copinho, evitando o desmame precoce. O leite materno é o
alimento preferencial, mesmo para o neném internado no berçário. Nestes
casos, ele pode, inclusive, tornar a recuperação mais rápida. Se a criança ficar
no berçário e não puder mamar, a mãe deve ser orientada a tirar o leite. Assim,
ela continua produzindo leite sem deixá-lo secar.e quando o neném puder
sugar, a mãe terá boas condições para amamentá-lo.
O pai do neném internado no berçário pode fazer visitas diárias e a mãe
permanecer ao seu lado livremente para acompanhar o tratamento, dar-lhe o
carinho que precisa e aumentar sua ligação afetiva com a família
Toda mãe deve receber orientação para ter sucesso na amamentação. As
informações devem ser passadas durante toda a internação. Dificuldades
devem ser esclarecidas com os profissionais na maternidade, posto de coleta
de leite humano ou ambulatório de aleitamento materno.
Cada mãe deve amamentar somente o próprio filho. O leite que estiver
sobrando pode ser doado para o posto de coleta do H.O.B., onde receberá
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PASSO 4: ―Ajudar as mães a iniciar o aleitamento materno na primeira meia hora após
o nascimento do bebê.‖ Estimular contato pele a pele na sala de parto.
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PASSO 6: ―Não dar ao recém nascido nenhum outro alimento ou bebida além do leite
materno, a não ser que tal procedimento seja indicado pelo médico.‖ Não devem ser
distribuídas amostras grátis de substitutos do leite materno.
HIV
A contaminação via leite materno em mulheres que adquiriram a infecção no
período pós-natal é de em média 29%.
NO BRASIL O MINISTÉRIO DA SAÚDE RECOMENDA QUE MÃES
PORTADORAS DO VÍRUS HIV NÃO AMAMENTEM.
A OMS e o UNICEF recomendam que, em países pobres, onde a diarréia,
pneumonia e desnutrição, contribuem substancialmente para altas taxas de morbi-
mortalidade infantil, o benefício do LM deve ser considerado em relação ao risco de
transmissão do HIV.
Mulheres que recebem terapia anti-retroviral apresentam taxas muito baixas de
transmissão viral pelo LM.
A pasteurização inativa o vírus.
O vírus pode ser excretado pelo LM por até 18 meses.
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HTLV I E II
A quantidade de células infectadas no leite materno é bem superior à quantidade
de células infectadas no sangue periférico, o que explica o risco elevado de
transmissão pelo LM, logo O ALEITAMENTO MATERNO É CONTRA-INDICADO
NAS INFECÇÕES MATERNAS PELO HTLV I E HTLV II.
HEPATITES A, B, C
O vírus da hepatite a pode ser excretado no LM na fase aguda da doença. Quando
o parto ocorre nessa fase da doença a criança deve receber imunoglobulina anti-
hva (0,02 ml/kg). Com essa medida o aleitamento não é contra-indicado.
CITOMEGALOVÍRUS
Pode ser excretado no leite por vários anos após a primo infecção e na reativação
de suas formas latentes.. Parece ser preferível a contaminação precoce da criança
amamentada, pois se a infecção ocorrer em período mais tardio da vida, o risco de
doença sintomática é maior. Esses dados justificam a não contra-indicação da
amamentação no RNT, porém, os PMT podem não ter anticorpos e apresentar
doença sintomática, devendo-se ordenhar e pasteurizar, ou congelar o LM a -
20ºc por 7 dias, antes do consumo pelo RNPT.
Lactentes de mães soronegativas durante a gravidez, com soro conversão
durante a lactação, não devem ser amamentados, pois estas crianças não
possuem anticorpos protetores.
VARICELA:
Mãe que tenha apresentado a doença até 5 dias antes do parto ou 2 dias após o
parto, podem transmitir a doença ao RN na forma grave. Deve-se isolar a mãe na
fase contagiante e o RN deve receber vzig (125u im). Nesse período o LM pode ser
ordenhado e oferecido ao RN.
Se o início da doença materna foi há mais de 5 dias antes do parto ou após o 3º dia
pós-parto, há produção de anticorpos e transferência destes anticorpos por via
transplacentária . O RN poderá desenvolver a doença na forma leve, não estando
indicado isolamento materno, nem profilaxia para o RN. A mãe pode amamentar,
tomando os cuidados especiais de lavagem de mãos, uso de máscaras e oclusão
das lesões.
HERPES SIMPLES
O risco de transmissão pelo LM é muito baixo.
O aleitamento deve ser mantido, exceto quando as lesões ativas estiverem
localizadas na mama. As lesões em outras regiões devem ser cobertas e a mãe
orientada para higiene rigorosa das mãos.
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RUBEOLA
Não há dados que contra-indiquem o aleitamento em nutrizes com a doença
SARAMPO
O vírus não foi isolado no LM e AC específicos são encontrados no leite de mães
imunizadas.
Se confirmada doença na nu triz o bebê deve receber imunoglobulina e ser isolado
da mãe por 72 horas após o início do exantema. O LM pode ser ordenhado e
oferecido à criança
CAXUMBA
MANTER AMAMENTAÇÃO: A exposição já ocorreu 7 dias antes do
desenvolvimento da parotidite e a IgA secretória do LM pode ajudar a minimizar os
sintomas da criança
TUBERCULOSE
De acordo com a OMS, não há necessidade de separar a mãe do RN e, em
circunstância alguma a lactação deve ser impedida. O bacilo excepcionalmente é
excretado no leite.
Mãe com TBC tratada adequadamente por mais de 3 semanas no momento do
parto (não baculíferas) podem amamentar e o RN receber BCG ao nascer.
Nos casos de mãe não tratada, o leite deve ser ordenhado ou a mãe deve usar
máscara para amamentar. O RN deve receber quimioprofilaxia com isoniazida (10
mg/kg/dia).
A administração de drogas tuberculostáticas à mãe não contra-indica
amamentação.
Mãe com TBC multidroga resistente: a separação mãe/RN pode ser necessária e
a amamentação mantida com leite ordenhado
HANSENÍASE
O Bacilo pode ser isolado no LM nos casos de doença não tratada ou com
tratamento inferior a 3 meses com sulfona, ou menor do que 3 semanas com
rifampicina. Lesões de pele na mama podem ser fonte de infecção do RN.
Com tratamento adequado não há contra-indicação ao aleitamento, com cuidados
como lavagem de mãos rigorosa, uso de máscaras e oclusão das lesões.
O RN deve ser tratado o mais precoce possível com as mesmas drogas maternas.
As drogas maternas não contra-indicam a amamentação.
A orientação para mãe contagiante é: evitar contato com o filho, exceto para
amamentar, usando máscaras e lavagem cuidadosa das mãos.
SÍFILIS
não há evidências de transmissão pelo LM. Pode haver infecção da criança se
houver lesões acometendo as mamas. Nesse caso, contra-indicar aleitamento ou
usar leite ordenhado, até o tratamento e regressão das lesões. Com 24 horas de
tratamento a agente infeccioso raramente é encontrado nas lesões
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BRUCELOSE
há relato de isolamento da brucella melitenns no LM bem como casos de doença
em lactentes amamentados ao seio. Deve-se evitar aleitamento na fase aguda da
doença na mãe. O leite pode ser ordenhado e pasteurizado para ser oferecido à
criança.
Após o tratamento a amamentação pode ser reiniciada.
COQUELUCHE
mães com coqueluche iniciada a menos de 7 semanas do parto, devem receber
eritromicina VO, assim como seus RNs. Não suspender amamentação.
OUTROS
na maioria das infecções bacterianas graves na mãe, as limitações à lactação
decorrem mais das condições de saúde materna do que dos riscos de transmissão
do microorganismo pelo leite.
Na fase aguda de bacteremia da doença grave, deve-se ordenhar e pasteurizar o
LM.
MALÁRIA
Manter amamentação se condições clínicas maternas permitirem. A doença não é
transmitida entre humanos.
Para o tratamento materno, evitar sulfonamidas no 1º mês de lactação.
DOENÇA DE CHAGAS
O Tripanossoma cruzzi pode ser isolado no leite materno, mas a doença aguda no
lactente tende a evoluir de forma benigna.
O aleitamento em mulheres com a forma crônica da doença, sem sangramento ou
fissuras mamilares, pode ser mantido.
Em caso de doença aguda ou sangramentos e fissuras mamilares, suspender a
amamentação
A pasteurização do leite previne a transmissão
PARACOCCIDIODOMICOSE
não há contra-indicação para o aleitamento materno.
O cotrimoxazol, comumente usado no tratamento, é excretado no LM e pode causar
efeitos colaterais graves no RN.
CRIPTOCOCOSE
O aleitamento não é contra-indicado..
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ANTICONVULSIVANTES
Orientação geral: são fármacos de uso criterioso quando em doses elevadas ou uso
prolongado.
Podem provocar sedação, sucção fraca e ganho ponderal insuficiente no lactente.
primeira escolha: preferir a carbamazepina ou ácido valpróico, se possível.
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ANTIDEPRESSIVOS
Orientação geral: são fármacos de uso criterioso quando em doses elevadas ou uso
prolongado.
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ANTIPSICÓTICOS
Orientação geral: são drogas de uso criterioso quando em doses elevadas ou uso
prolongado. Agem bloqueando receptores de dopamina, resultando em aumento dos
níveis séricos de prolactina. Podem provocar sonolência e letargia no lactente. Há
evidências de associação entre uso de fenotiazinas e risco de apnéia e síndrome da
morte súbita do lactente.
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ANTIPARKINSONIANOS
Orientação geral: o uso destes fármacos deve ser evitado durante o período da
lactação. Os agonistas dopaminérgicos podem suprimir a lactação. O crescimento do
lactente deve ser rigorosamente monitorizado. O uso dos anticolinérgicos pode
produzir efeitos adversos como boca seca, constipação e retenção urinária.
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HIPNÓTICOS E ANSIOLÍTICOS
Orientação geral: são drogas de uso criterioso quando em doses elevadas ou uso
prolongado.
No lactente podem provocar sedação, sucção fraca, ganho ponderal insuficiente e
letargia.
Primeira escolha: Se possível, preferir midazolam por apresentar efeito de curta
duração.
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Analgésicos opióides
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ANESTÉSICOS
Anestésicos locais
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RELAXANTES MUSCULARES
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ANTI-HISTAMÍNICOS
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ANTIBIÓTICOS
Penicilinas
Cefalosporinas
Orientação geral: oferece pouco risco para o lactente devido à elevada ligação com
proteínas plasmáticas maternas. Apenas uma pequena quantidade da droga passa
para o leite. Há possibilidade de modificação da flora intestinal, efeitos diretos na
criança e interferência na interpretação do resultado de culturas. Observar monilíase e
diarréia no lactente.
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Outros beta-lactâmicos
Aminoglicosídeos
Orientação geral: quando usados pela nutriz por via parenteral, aparecem facilmente
no leite materno; contudo, a absorção no trato gastrintestinal do lactente é
insignificante. Apesar de seguro na amamentação, pode determinar mudanças na flora
intestinal do lactente. Dentre os antibióticos do grupo, preferir os que já são liberados
para uso no recém-nascido.
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Sulfonamidas
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Quinolonas
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Macrolídeos
Outros anti-infecciosos
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Antifúngicos (sistêmicos)
Antivirais
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Anti-helmínticos intestinais
Fármacos antiesquistossomose
Fármacos tuberculostáticos
Orientação geral: o bacilo de Koch não passa para o leite materno. A transmissão
usualmente se faz pela inalação de gotículas produzidas nas vias aéreas superiores.
Em mães bacilíferas (não tratada ou com tratamento inferior a três semanas antes do
nascimento da criança), diminuir o contato íntimo entre mãe e filho até que ela se torne
não contagiante. Amamentar de máscara ou similar. Não há fármacos
tuberculostáticos formalmente contraindicados durante a amamentação.
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Fármacos anti-hanseníase
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DIURÉTICOS
Orientação geral: a maior parte dos diuréticos é ácido fraco, pouco excretado para o
leite materno. Seu uso prolongado e em doses elevadas, especialmente os diuréticos
de alça, pode teoricamente reduzir a produção de leite. O ganho ponderal dos
lactentes deve ser monitorizado.
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VASOPRESSORES
Adrenalina Uso compatível com a amamentação.
Dobutamina Uso compatível com a amamentação.
Dopamina Uso compatível com a amamentação.
Efedrina Uso criterioso durante a amamentação.
Evitar uso regular. Pico de concentração no
plasma materno entre 15 e 60minutos após o
uso. Observar irritabilidade e distúrbio de
sono no lactente.
Midrodina Uso criterioso durante a amamentação.
Não há dados sobre segurança para uso
durante o período da lactação.Excreção para
o leite materno provável pelo seu baixo
peso molecular e alta lipossolubilidade.
Noradrenalina Uso criterioso durante a amamentação.
Não há dados sobre segurança para uso
durante o período da lactação.
ANTIANGINOSOS
ANTIARRÍTMICOS
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ANTI-HIPERLIPÊMICOS
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ANTI-HIPERTENSIVOS
Beta bloqueadores
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Inibidores adrenérgicos
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Vasodilatadores arteriais
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ANTIASMÁTICOS
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CORTICOSTERÓIDES
Orientações gerais: considerado seguro o seu uso em doses habituais e por períodos
curtos durante a amamentação. Não há dados sobre segurança para uso em doses
elevadas e por períodos prolongados.
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ANTIESPASMÓTICOS
ANDROGÊNIOS
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CONTRACEPTIVOS
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ANTAGONISTAS HORMONAIS
OUTROS HORMÔNIOS
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IMUNOSSUPRESSORES
Orientação geral: o uso em nutrizes oferece risco elevado para o lactente. Raros são
os estudos que avaliaram a transferência destes fármacos para o leite materno.
Contudo, para a maioria dos fármacos, as mães podem restabelecer a amamentação
após um período específico em que deve ordenhar e desprezar o leite. A capacidade
de eliminar o fármaco depende de características individuais. Assim, as
recomendações sobre a segurança destes fármacos dependem da função hepática e
renal de cada nutriz.
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ANTINEOPLÁSICOS
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ESCABICIDAS/PEDICULICIDAS
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Orientações Gerais: a carência de estudos faz com que seja recomendado evitar o uso
de alguns medicamentos usados no tratamento da obesidade durante o período da
lactação, até que haja mais informações sobre a transferência para o leite materno e a
segurança para os lactentes. Portanto, a nutriz deve ser orientada a preferir métodos
não farmacológicos como dieta e exercícios físicos aeróbicos. A amamentação exige
um gasto energético que ajuda na perda de peso. Contudo, caso haja real
necessidade, avaliar o uso após o término da lactação.
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REPELENTE
FITOTERÁPICOS
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COSMÉTICOS
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CONTRASTES RADIOLÓGICOS
OUTROS MEDICAMENTOS
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REFERÊNCIAS:
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APÓS INTUBAÇÃO
EM SALA DE PARTO
RN com esforço respiratório, mas que mantém drive respiratório → CPAP facial
montado com Neopuff®/Respirador, a ser disponibilizado no bloco obstétrico.
RN em apnéia ou apresentando gasping, bradicardia, cianose central persistente
→ Ver fluxograma 1.
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INTUBAÇÕES ELETIVAS
RN PREMATUROS
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O risco benefício pode apoiar a intubação sem pré-medicação em crianças com grandes
anomalias das vias aéreas, tais como Pierre Robin. A Seqüência de Intubação do recém-nasci-
dos com graves anomalias das vias aéreas pode ser difícil, e o esforço respiratório da própria
criança pode ser essencial para a manutenção de vias aéreas abertas.( Clinical Report—Preme
dication for NonemergencyEndotracheal Intubation in the NeonatePediatrics, 8 de março de
2010)
RN A TERMO
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Um estudo coorte com 33 bebês intubados, pré-termos e termo, após uma
combinação de atropina, fentanil e um agente paralítico, mostrou que o fentanil não
teve efeitos adversos significativos(1)
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Midazolam não deve ser usado em prematuros, mas pode ser considerado o uso
como parte da pré-medicação na seqüência de intubação eletiva em UTIN(2)
Fentanyl é o opiáceo sintético mais utilizado no recém-nascido , pode ser
preferível à morfina para controle da dor na intubação porque tem um início de
ação mais rápido.(3)
OPIÓIDES
Naloxone (Narcan®) – Antagonista narcótico.
Início de ação em 1-2 min se administrado EV ou aproximadamente 15
min se administrado IM.
Apresentação: 1mg/ml Dose: 0,1mg/kg
Via de administração: EV, pode ser administrado IM se perfusão
tissular adequada.
Efeitos adversos: abstinência/convulsões em filhos de mães que
usaram opióides.
BLOQUEIO NEUROMUSCULAR
Neostigmine: inibidor da ação da acetilcolinesterase na junção neuromuscular.
Dose: 0,04 a 0,08mg/kg EV, associado à atropina 0,02mg/kg (0,1mg).
Apresentação: ampolas de 1ml na concentração de 0,5mg/ml.
Via de administração: EV.
Incompatibilidade de infusão com: heparina, hidrocortisona,
fenobarbital e cloreto de potássio.
Monitorização cardiovascular e respiratória rigorosa.
Efeitos adversos: fraqueza muscular, tremores, bradicardia, hipotensão,
depressão respiratória, broncoespasmo, diarréia e salivação excessiva.
Contra-indicações: obstrução urinária ou intestinal, bradicardia,
hipotensão. Usar com cautela nos pacientes com arritmia cardíaca ou
broncoespasmo.
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REFERÊNCIAS:
4- Van Mater LJ, Pryor CC. Tratamento da Dor e do Estresse na UTIN. In Cloherty JP.
Manual de Neonatologia, 5ª Ed 2004; 603-614.
5- Stork JE. Anesthesia in the Neonate. In Martin RJ, Fanaroff AA. Fanaroff and
Martin’s Neonatal-Perinatal Medicine, 8ª Ed 2006; 627-642.
6- Vitali SH, Camerota AJ, Arnold JH. Anesthesia and Analgesia in the Neonate. In
MacDonald MG, Seshia MMK, Mullet MD. Avery’s Neonatology, 6ª Ed 2005; 1558-
1561.
7- Attardi DM, Paul DA, Turttle DJ, et al. Premadication for intubation in neonates. Arch
Dis Child Fetal Neonatal, 2000; 83(2):F161.
8- Anand KJS, Dphil MBBS, Neil MBBS, et al. Analgesia and Sedation in Preterm
Neonates Who Require Ventilatory Support. Arch Pediatr Adolesc Med, 1999, (153)
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9- Anand KJS, Dphil MBBS, Neil MBBS, et al. Consensus Statement for the Prevention
and Management of Pain in Newborn. Arch Pediatr Adolesc Med, 2001, (155) 173-180.
10- Anand KJS, Hall RW. Pharmacological Therapy for Analgesia and Sedation in the
Newborn. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed, 2006, (91) 448-453.
11- Khammash HM, O’Brien K, Dunn MS, et al. Blunting of hypertensive response to
endotracheal intubation in neonates by premedication. Paediatr Res 1993; 33(4):218A.
12- Roberts KD, Leone TA, Edwards WH, et al:Premedication for nonemergent
neonatal intubations. A randomized, controlled trial comparing antropine and fentanyl
to atropine, fentanyl, and mivacrium. Pediatrics 2006; 118:1583-1591
13- Amantéa SL, Zanella MI, Piva JP, et al. Acesso à Via Aérea: Seqüência Rápida de
Intubação e Técnicas Especiais de Intubação. In Piva JP, Garcia PCR. Medicina
Intensiva Pediátrica, 2005; 15-41.
15- Machado PMG, Barbosa FR, Silva YP. A Dor em Neonatologia. In Silva YP, Silva
JF. Dor em Pediatria, 1ª Ed 2006; 105-115.
79
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16- Aly H, Massaro NA, Patel K, et al. Is it safer to intubate premature infants in the
delivery room? Pediatrics 2005; 115:1660-1665.
17- Oei J, Hari R, Butha T, et al. Facilitation of neonatal nasotracheal intubation with
premedication: A randomized controlled trial. J Paeditr. Child Health 2002; 38:146-150.
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DISPLASIA BRONCOPULMONAR
Dra Alexandra Silva Veloso
INTRODUÇÃO
INCIDÊNCIA:
FATORES DE RISCO:
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ASPECTOS CLÍNICOS :
Pulmonares: Taquipnéia, respiração superficial, retrações intercostais, e
subcostais, tosse, respiração paradoxal. Ausculta com MV diminuído ou ruídos
adventícios, episódios agudos de broncoespasmo. Na gasometria observa-se
hipoxemia, hipercarbia, acidose respiratória. NA NOVA DISPLASIA : Edema
pulmonar, atelectasia associada a quadros de infecção.
Outros: Febre de etiologia não definida. Dificuldade para dormir. Irritabilidade.
Desenvolvimento: Baixo ganho ponderal (com adequado aporte calórico), atraso
de desenvolvimento.
Cardiovascular: HP e hipertrofia de VD. No ecocardiograma pode-se observar
sinais de sobrecarga ventricular D, hipertensão pulmonar. INCOMUS NA NOVA
DISPLASIA.
Alterações radiológicas:
Inespecífico na NOVA DISPLASIA.
Na definição clássica:
Estágio I- Padrão retículo granular difuso.
Estágio II- Opacificação difusa com volume pulmonar entre normal e baixo.
Estágio III- Densidades estriadas, transparências bolhosas e hiperinsuflação
precoce.
Estágio IV- Hiperinsuflação , áreas de hipertransparência maiores entremeadas
com densidades estriadas mais espesssas.
PREVENÇÃO / TRATAMENTO
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Vitamina A: 5000U IM 3X semana, nos RNPT < 1000g e/ou < 28 sem, do 4º ao
28º dia de vida.
Restrição hídrica: Tentar limitar a 160ml/Kg/dia de fluídos com intuito de prevenir o
edema.
Nutrição:
Taxa calórica de120 a140 cal/Kg para ganho de peso entre 10 a 30 g/dia.
Associar triglicérides de cadeia média para elevar taxa calórica.
Não usar TIG muito alta, pois pode aumentar o consumo de O2.
Manter taxa hídrica até 160. (Mas não restringir na fase tardia da doença).
Correção da anemia
Prevenção e controle das infecções
Tratamento precoce e agressivo do PCA
Tratamento da dor
Drogas:
Tratamento da apnéia:
Cafeína (citrato1mg/gota): DA 20 mg/Kg. DM 5mg/Kg VO 24/24h.
Aminofilina (24mg/ml): DA 4mg/Kg. DM 1,3mg/Kg EV 8/8h.
fazer profilaticamente na extubação de RNPT </= 1000 g e/ou 28 sem.
Diuréticos:
Furosemida (10mg/ml): 0,5 a 2 mg/Kg/dose VO/EV de 2 a 4 x dia
Hidroclorotiazida (5mg/ml): 0,5 a 2 mg/kg/dose VO 2 X dia
Espironolactona (5mg/ml): 0,5 a 2mg/Kg/dose VO 2 X dia
Tentar retirar diurético antes da retirada do O2.
Corticoterapia:
Indicação: Dependência prolongada de VM. Usar em idade > que 10 dias e em VM.
Dexametasona (4mg/ml).
Esquema longo:
1º e 2º dia: 0,1 mg/kg/dose de 12/12 h
Se não houver resposta com 48-72 h desta dose, interromper
tratamento
3º e 4º dia: 0,075 mg/kg/dose de 12/12 h
5º, 6º e 7º dia: 0,05 MG/KG/dose de 12/12 h
8º dia: não fazer
9º dia: o,05 mg/kg/dose de12/12 h
10º dia: suspender
Esquema curto:
1º dia: 0,1 mg/Kg x 2
2º dia: 0,075 mg/Kg x 2
3º dia: 0,05 mg/kg x 2
Pode ser repetido semanalmente
Broncodilatadores:
Apenas na vigência de broncoespasmo
ALTA HOSPITALAR
Ganho de peso adequado (pouco ganho de peso pode mostrar hipoxemia
intermitente).
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REFERÊNCIAS:
1. Nascimento SD. Doença Pulmonar Crônica. In; Alves Filho e Trindade , Clínica
de Perinatologia, ed. Medsi, 2001: 297-317
2. Parad RB, Berger TM. Doença Pulmonar Crônica.In: Cloherty JP, Stark AR,
Manual de Neonatologia, ed. Medsi, 2000:398-408
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CONCEITO
Obstrução total ou parcial de qualquer localização anatômica, desde as narinas
até a traquéia.
FISIOPATOLOGIA
Língua
Relativamente grande em relação as demais estruturas da orofaringe.
Contribui significativamente para obstrução.
Cordas Vocais
Inserção anterior é mais inferior, produzindo uma angulação ântero-caudal.
Região infraglótica
É a parte mais estreita da via aérea superior da criança.
Envolvida pela cartilagem cricóide, não elástica.
Permite que processos inflamatórios obstruam a região com facilidade.
Região occipital
Mais protuberante.
Excessiva flexão do pescoço.
Facilita a obstrução.
Traquéia
Mais curta e macia.
Propensa ao colapso.
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Infecções e acidentes
Devido a imaturidade do sistema imunológico, as crianças têm maior
propensão ao desenvolvimento de processos infecciosos.
Maior chance de episódios de aspiração de corpo estranho.
V=p x r4 x P
8xnxL
SINTOMAS
Estridor
Sinal característico.
Secundário a fluxo turbulento e ruidoso.
Inspiratório nas obstruções supraglóticas.
Bifásico abaixo das cordas vocais.
Expiratório na região intratorácica da traquéia.
Voz
Modificação na tonalidade quando acomete as cordas vocais.
Abafamento quando compromete estruturas acima da glote.
Se acontece abaixo da glote, não altera a voz.
Dor
Supraglótica: sintomatologia dolorosa
Infraglótica: sintomatologia mínima.
Posição Preferencial
Supraglótica:
Protusão da região mentoniana.
Hiperextensão cervical.
Abertura da cavidade oral para aumentar o diâmetro local.
Infraglótica:
Postura não eficaz
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Retrações
Com a progressão da obstrução há menor entrada de ar para os alvéolos
ocorrendo:
Maior esforço inspiratório.
Diminuição da pressão intratorácica.
Retração das estruturas frouxas na cavidade torácica nas regiões supra-
esternal, supraclavicular e intercostal.
HIPOVENTILAÇÃO
CAUSAS
Causas Congênitas
Laringomalácia
Anormalidade congênita mais comum da via aérea.
70% dos casos.
Caracteriza pela flacidez da cartilagem da laringe.
Colapso das pregas ariepiglóticas sobre a glote durante a inspiração.
Sintomas podem estar presentes desde o nascimento (1°s duas semanas ).
Intensidade do estridor aumenta gradativamente até 6°mês de vida.
Estridor é usualmente inspiratório, agudo e posicional.
Com frequência é intermitente.
Piora na posição supina, com agitação, choro ou alimentação.
Melhora na posição prona e hiperextensão do pescoço.
Não há mudança na qualidade da voz e a tosse é praticamente ausente.
Maioria melhora antes dos 18- 24 meses.
Diagnóstico de certeza é a laringoscopia.
Conduta expectante.
Indicação de cirurgia é rara: Interferindo no ganho ponderal e desenvolvimento.
Casos graves: traqueotomia ou laringoplastia.
Infecção viral: Piora! Colapso da via aérea, edema inflamatório e dificuldade
eliminar secreção.
Tratamento:
Micronebulização com adrenalina e corticóide.
Evitar broncodilatador que pode relaxar mais a musculatura brônquica e
piorar o quadro.
Traqueobronquiomalácia primária:
Associado à ausência ou malformação dos anéis cartilaginosos. (estrutura de
suporte da traquéia).
Colapso traqueal, estenose e obstrução.
Rara e benígna.
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Traqueobronquiomalácia secundária:
Produzida por compressão extrínseca da via aérea por estruturas adjacentes
anormais ou tumores.
Mais comum: anéis vasculares (aorta ou a. pulmonar comprimindo a traquéia )
e dilatação cardíaca ( átrio E e a. pulmonar ) associada a certas cardiopatias.
Diagnóstico:
Exagero na redução do calibre na expiração, e até na inspiração se caso
severo.
Estridor, tosse, sibilância, dispnéia, taquipnéia e cianose.
Opistótomo em casos severos.
Sintomas exagerados na presença de infecção, secreção e agitação.
Rx Tx inspiração: hiperinsuflação
Rx Tx lateral expiração: pode mostrar a traquéia achatada se a malácia é
intensa.
Difícil nessa faixa etária.
Broncoscopia confirma o diagnóstico.
Primária: observa anomalias difusas de longos segmentos
laringotraqueomalácea)
Secundária: áreas localizadas de compressão extrínseca.
Se estrutura é vascular: pulsação local.
Tratamento
Controle de infecção, umidificação e tentativa terapêutica com
micronebulização com adrenalina.
Conservador se não compressivo ( até que a rigidez traqueal se estabeleça,
geralmente < 2 anos ).
Tratamento cirúrgico indicado nos casos graves com compressão (anéis
vasculares e atresia de esôfago).
Traqueostomia se caso severo.
Estenose subglótica
12% casos obstrução congênita.
Mais frequente em meninos.
Obstrução geralmente encontrada 2 a 3 mm abaixo das pregas vocais
verdadeiras.
Redução do calibre da via aérea entre cordas vocais e cricóide.
Espessamento dos tecidos moles da traquéia subglótica.
Tecido fibroso e espessado se forma em razão de provável isquemia intra-
uterina.
Diagnóstico
Estridor se apresenta nas 1°s semanas de vida ou por ocasião da 1° infecção
via aérea.
Dispnéia, tiragem intercostal e estridor bifásico.
Mudança de decúbito não alivia sintomas.
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Tratamento
Inicialmente tentar dilatações broncoscópicas sequenciais ( segmento curto ).
Tratamento cirúrgico se falha da dilatação ou segmento afetado longo.
Anastomose término terminal e interposição cartilagem costal mais
realizados.
Traqueostomia se caso grave.
Estenose Traqueal
Rara e quando existe é quase sempre fatal e verificada durante autópsia.
Três tipos básicos:
Estenose segmentar ( qualquer ponto da traquéia ).
Estenose em funil (inicia no terço médio e vai até a carina principal ).
Hipoplasia generalizada ( pode estender até brônquios, levando à agenesia
pulmonar unilateral ).
Diagnóstico
Sintomas desde o nascimento em 50% casos e 2/3 delas após 30 dias.
Desconforto respiratório de várias intensidades, acompanhado de estridor.
Esforço inspiratório, expiração prolongada e sibilos.
Pequena quantidade de secreção pode causar obstrução.
Caráter urgência são intubadas ( TET menores e pressões altas Risco de
pneumotórax ).
TC ( mostrar diâmetro da traquéia e dos brônquios em vários níveis ).
Broncoscopia.
Tratamento
Cirúrgico.
Área envolvida é rígida, não pode ser dilatada.
Se curta, deve ser ressecada e anastomosada.
Hemangioma subglótico
Malformação vascular benígna.
Mais frequente nos primeiros 5 a 6 meses de vida.
50% apresentam hemangiomas cutâneos associados.
Estridor inicialmente inspiratório, evoluindo para bifásico com o crescimento do
hemangioma.
Sintoma piora no final do 1° semestre e com infecções das vias aéreas.
Diagnóstico confirmado pela laringoscopia.
Maioria melhora espontaneamente.
Crescimento da lesão diminui antes de 1 ano de vida.
1/3 das lesões responde à corticoterapia ( casos moderados a graves ).
Algumas necessitam de tratamento cirúrgico.
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Fístula Traqueoesofágica
Existe 5 tipos de fístula.
Associada a atresia de esôfago em cerca de 90% casos.
Geralmente sintoma aparece desde o nascimento.
Suspeitar de fístula:
Polidrâmnio materno.
Não progressão de SOG após o nascimento.
Presença de secreção oral em excesso.
Ocorrência da engasgos.
Cianose ou tosse à tentativa de alimentação.
Crepitações, sibílos e apnéia.
Pneumonite recorrente sem causa aparente.
Diagnóstico
Exame radiológico com imagem de SOG enrolada na bolsa esofágica superior.
A presença de ar no estômago indica a presença de fístula.
Exame contrastado do esôfago visualiza a fístula.
Tratamento cirúrgico.
Após correção pode continuar com sintoma obstrução por traqueomalácia,
broncomalácia, estenose traqueal, estenose esofágica, RGE, fístula residual
Malformações Vasculares
Envolve o arco aórtico e suas ramificações.
Compressão extrínseca da via aérea ( anel vascular ).
Sintomas desde o nascimento.
Pioram com quadros infecciosos respiratórios e com flexão do pescoço e
choro.
Estridor persistente, tosse, tiragem subcostal, taquipnéia e vômito.
Apnéia ou cianose precipitadas por dieta.
Rx simples de tórax e pescoço: desvio traqueal sugerindo arco aórtico a
direita. Estreitamento de traquéia e aeração anormal do pulmão.
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Esofagograma.
Ecocardiografia:observar anatomia do anel e afastar cardiopatias.
Broncoscopia: delinear a anomalia traqueal.
Importante realização de angiografia e tomografia para avaliar melhor o efeito
da lesão e escolher a melhor opção terapêutica.
Tratamento cirúrgico.
Causas Adquiridas
Fatores sinérgicos
Movimentação do TET pela má fixação ou pela ação de pistão do respirador.
Intubação prolongada.
Reintubação.
Uso de tubos que não são de silicone ou polivinil.
Reesterilização de tubos que perdem sua elasticidade e retêm resíduos de
esterilização, agravando as lesões.
Infecção bacteriana secundária que aumenta a resposta inflamatória e a
formação de tecido cicatricial.
Presença de RGE.
Episódios de hipotensão e cianose ( hipoperfusão ).
Desnutrição e tendência individual a estenose.
Diagnóstico
Antecedente de trauma.
Sinais e sintomas aparecem de 2 a 6 semanas pós trauma.
Geralmente é assintomática até o aparecimento de quadro infeccioso
respiratório que provoca agravamento do estreitamento das vias aéreas.
Principais sintomas são alterações respiratórias e da voz, dispnéia progressiva,
estridor bifásico, esforço respiratório com retração supra-esternal, intercostal e
diafragmática, choro anormal, afonia e roncos.
Radiológico ( Rx simples da cervical, tórax e TC ).
Confirmação por laringoscopia direta Caracteriza a espessura e extensão da
lesão, avalia a mobilidade das cordas vocais e a presença de outras
malformações.
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Se houver escape, passa TET maior, até que, sob pressão de 10 a 15, ainda
tenha escape.
Esse tamanho de TET é comparado ao tamanho ideal.
Tratamento:
Período Neonatal:
Lesão leve, com edema, menos de 30% de desepitelização da subglote ou
presença de tecido de granulação
Uso de corticóide por 24 a 72h.
Micronebulização com adrenalina.
Retirada do tecido de granulação com pinça ou laser de CO2.
Micronebulização Adrenalina
Vasoconstrição tópica.
Edema é um componente importante do quadro!
Micronebulização: ACM
SF 0,9% ------------------------ 3 ml
Desaparece em 2h
Corticóide
Ação antiinflamatória.
Potencial de reduzir edema.
Apresentação EV ( 4mg/ml )
Apresentação VO ( 0,5mg/5ml )
Máximo 10 mg
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Lesões acentuadas
Dilatação endoscópica.
Realização de fissura cricóide anterior, aumentando o espaço subglótico e
evitado traqueostomia.
Traqueostomia.
Cirurgia.
Avaliado individualmente
Gravidade do quadro justifica abordagem agressiva.
Risco de mortalidade da traqueostomia 24%.
Traqueostomia indicada acima do grau I de obstrução.
Endoscopia
Dilatação está indicada:
Estenoses de grau I em que a morfologia da cricóide está preservada
Fibroses submucosas
Reconstruções Larinotraqueais
Boa reserva pulmonar, > 8Kg, > 1 ano, RGE )
Estenose subglótica fibrosa sem perda suporte cartilaginoso Colocação de
cartilagem costal na parede anterior do orgão.
Estenose subglótica e glótica com dano importante incisão na parede
anterior e posterior da cricóide e colocação de 2 fragmentos de cartilagem
costal.
Cricóide muito deformada ou cirurgia anterior sem sucesso divisão em 4
quadrantes e manutenção de molde.
Estenose porção inferior da cricóide e superior da traqueia ressecção da
cricóide com anastomose .
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Diagnóstico
História clínica
Exame físico
Estudo endoscópico
TC usada ocasionalmente quando não é possível ver porções distais ao
segmento estenosado pelo estudo endoscópico.
Tratamento
Dilatação com balão ou os dilatadores rígidos com intervalos de 2 a 3
semanas.
Uso de ressectoscópico para a retirada de tecido de granulação.
Se método endoscópico falha:
Traqueoplastia com colocação de cartilagem costal seguida de molde por
período variável.
Ressecção do segmento estenosado com anastomose término-terminal.
REFERÊNCIAS:
1. Duarte MCMB, Pessoa ZFC, Amorim AMR, Mello MJG, Lins MM. Terapia
Intensiva em Pediatria IMIP 2008. Obstrução das Vias aéreas Superiores,
Capitulo 11, pg 119-128.
4. Pereira RM, Silva ACS, Pinheiro PFM. Cirurgia Pediátrica 2005. Procedimentos
Cervicotorácicos, Parte A, Capítulo 17, pg 178 a 174.
5. Pereira RM, Silva ACS, Pinheiro PFM. Cirurgia Pediátrica 2005. Procedimentos
Cervicotorácicos, Parte A, Capítulo 17, pg 178 a 174.
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APNÉIA DA PREMATURIDADE
Dra. Daniela Carvalho
INTRODUÇÃO
No recém nascido pré termo, os diversos mecanismos do controle da
respiração ainda não estão completamente desenvolvidos, o que os torna
susceptíveis aos distúrbios desse controle, entre eles a respiração periódica e
a apnéia da prematuridade.
Os distúrbios do controle da respiração acometem os RN pré termo, sobretudo
aqueles com idade gestacional inferior a 34 semanas.
CONCEITOS
A apnéia do período neonatal é definida como uma pausa respiratória com
duração superior a 20 segundos ou de menor duração, se acompanhada de
bradicardia e/ou cianose.
Respiração periódica é o padrão respiratório típico do RN pré termo
caracterizado pela presença de movimentos respiratórios de dez a quinze
segundos, intercalados com pausas respiratórias de três a dez segundos. Esse
padrão respiratório não se acompanha de bradicardia e/ou cianose, sendo
considerado um ritmo normal do prematuro.
INCIDÊNCIA
A incidência da apnéia no período neonatal é bastante variável em decorrência
da dificuldade do seu diagnóstico.
Devido a relação com o desenvolvimento do controle respiratório, sua
incidência é inversamente proporcional à idade gestacional.
Estima-se que pelo menos 50% dos prematuros com peso de nascimento
inferior a 1500 gramas apresentam um ou mais episódios de apnéia que
necessitam de intervenção terapêutica.
Os episódios de apnéia da prematuridade ocorrem preferencialmente na
primeira semana de vida (apenas 3% após a primeira semana).
A respiração periódica é observada em 78% dos RN nas duas primeiras
semanas de vida.
Esse distúrbio é mais comum nos prematuros de menor idade gestacional e
pode persistir por seis semanas a três meses.
FISIOPATOLOGIA
A apnéia da prematuridade e a respiração periódica representam um mesmo
espectro de distúrbio no controle da respiração, sendo a apnéia apenas uma
apresentação mais grave do mesmo quadro.
Ambas decorrem de alterações nos diversos mecanismos do controle
respiratório.
95
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CENTRO RESPIRATÓRIO
O sistema nervoso do RN prematuro encontra-se imaturo ao nascimento,
apresentando:
Menor número de sinapses entre os neurônios
Arborização dendrítica escassa
Mielinização incompleta
Essas características dificultam a despolarização dos neurônios e retardam a
propagação dos impulsos nervosos.
A menor velocidade de propagação desses impulsos contribui para o
desencadeamento da apnéia do prematuro.
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CAIXA TORÁCICA
As características da caixa torácica do prematuro tornam a mecânica
ventilatória pouco eficiente.
Formato circular dos arcos costais e sua inserção perpendicular à coluna
vertebral determinam menor incremento do volume pulmonar durante a inspiração.
O maior conteúdo cartilaginoso aumenta a complacência da caixa torácica,
tornando-a mais susceptível ao colapso durante a inspiração e aumentando o
trabalho respiratório.
O colapso também é favorecido pelo menor tônus dos músculos intercostais.
Na inspiração, a inserção perpendicular das fibras do diafragma nos arcos
costais faz com que ocorra retração dos arcos, distorsão da caixa torácica e com
isso, aumento do trabalho respiratório para manter o volume corrente.
Fibras musculares do recém nascido são predominantemente do tipo IIA,
sensíveis a fadiga. Durante situações de aumento do trabalho respiratório podem
contribuir para episódios de apnéia.
INFLUÊNCIA DO SONO
O prematuro dorme durante a maior parte do dia ( 80% ) com predomínio do
sono REM caracterizado por:
Irregularidade na frequência respiratória
Irregularidade no volume corrente
Diminuição da capacidade residual funcional pulmonar
97
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MEDIADORES INFLAMATÓRIOS
Também participam do controle respiratório alguns neuromoduladores e
neurotransmissores, parecendo haver, no prematuro, uma alteração entre os
mediadores excitatórios e inibitórios, com predomínio dos inibitórios. A
influência desses mediadores é maior no RN devido a menor organização
neuronal.
Adenosina: Neuromodulador inibitório com efeito depressor do centro
respiratório. A adenosina encontra-se elevada em situações de hipóxia,
acreditando-se que ela seja responsável pela segunda fase da resposta a
hipóxia.
Dopamina: A liberação de dopamina endógena acarreta diminuição da
atividade dos quimiorreceptores centrais e periféricos.
Endorfinas: Inibem o estimulo respiratório nos primeiros dias de vida.
Serotonina: Apesar de exercer atividade excitatório do centro respiratório, ela
diminui a atividade inspiratória do músculo tireoglosso podendo desencadear
apnéia do tipo obstrutiva.
CLASSIFICAÇÃO
A apnéia é classificada de acordo com a presença ou não de fluxo gasoso nas
vias aéreas.
Apnéia central (10 a 25% dos casos) caracterizada pela interrupção simultânea
dos movimentos respiratórios e do fluxo gasoso nas vias aéreas sem obstrução
destas vias.
Apnéia obstrutiva (12 a 20% dos casos) caracterizada pela interrupção do fluxo
gasoso por obstrução das vias aéreas, com persistência dos movimentos
respiratórios.
Apnéia mista (53 a 71% dos casos) com presença dos dois componentes.
MONITORIZAÇÃO DIAGNÓSTICA
Pacientes com menos de 34 semanas de idade gestacional e peso de
nascimento menor que 1500 gramas devem ser monitorizados até
ultrapassarem esses limites ou por um período mínimo de sete dias após o
último episódio de apnéia.
Oxímetro de pulso
Monitor de frequência cardíaca
Monitor de apnéia
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Existem diversas causas de apnéia no período neonatal que devem ser
descartadas antes de firmar o diagnóstico de apnéia da prematuridade.
Doenças que levam a hipóxia como DMH, PCA, anemia, choque, DBP, PNM e
cardiopatia congênita.
Doenças infecciosas como sepse, meningite, NEC.
Distúrbios metabólicos como hipoglicemia, hipocalcemia, hipomagnesemia,
hipotermia, hipertermia e encefalopatia bilirrubinica.
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INVESTIGAÇÃO DIAGNÓSTICA
A presença de dois ou mais episódios de apnéia no prematuro em um período
de 24 horas deve ser investigada. Já no RNT, qualquer episódio deve ser
investigado.
História materna
História fetal
História neonatal
Alterações no exame físico
Posição do RN no momento da apnéia
Hemograma completo com reticulócitos
Hemocultura
Glicemia, cálcio e magnésio
USTF/LCR
Gasometria, Raio X de tórax, ECG
PREVENÇÃO
Decúbito ventral
Controle térmico
Aspiração das vias aéreas superiores
Nutrição adequada para evitar fadiga muscular
TRATAMENTO
Estimulação propioceptiva
Oxigênio inalatório
CPAP
Ventilação Mecânica
Tratamento farmacológico
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TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
É empregado em conjunto com o suporte ventilatório, objetivando a
regularização do padrão respiratório através do estímulo do centro respiratório
e dos receptores centrais e periféricos.
Metilxantinas
São os fármacos de escolha.
Vários estudos com seu uso mostram redução no número de episódios de
apnéia e na necessidade de ventilação mecânica.
O tratamento deve ser mantido até que o RN complete 34 semanas de idade
gestacional corrigida e por sete dias após o último episódio de apnéia.
Cafeína
DA 10 mg/k VO ( 20 mg/k citrato cafeína)
DM 2,5 a 4 mg/k/dia 24/24h ( 5 a 8 mg/k se citrato cafeína)
Nível sérico 5 a 25 mcg/ml (após 48 a 72h de inicio e semanalmente)
Aumentar 25% se subterapêutico
Nível tóxico 40 a 50 mcg/ml
Aminofilina
DA 4 a 6 mg/k EV em 20 a 30 minutos
DM 1,5 a 3 mg/k/dose 8/8h
Nível sérico 7 a 12 mcg/ml (após 48 a 72h de inicio e semanalmente)
Aumentar 25% se subterapêutico
Nível tóxico > 20 mcg/ml
Vantagens da cafeína
Maior efeito estimulante do centro respiratório
Menor efeito colateral
Maior limiar entre nível tóxico e terapêutico
Maior facilidade de administração
Trocar aminofilina por cafeína assim que o RN apresentar boa tolerância a
dieta.
100
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Cafeína profilática
Deve ser administrada em todos os RNPT com PN menor 1250 gramas
independente da presença de apnéia e/ou do uso de VM.
ALTA HOSPITALAR
Os episódios de apnéia podem persistir por várias semanas, sendo esse
período inversamente proporcional à idade gestacional.
Para indicação da alta hospitalar, recomenda-se:
um período mínimo de 7 dias sem apnéia,
5 a 7 dias sem metilxantinas,
RN clinicamente estável, ganhando peso e mantendo sua temperatura
corpórea.
PROGNÓSTICO
Em neonatos pré termos que apresentaram, no período neonatal, episódios de
apnéia com duração maior de 20 segundos, quando comparados a prematuros
que não apresentaram apnéia, observou-se maior incidência de HPIV,
hidrocefalia, LPV, suporte ventilatório por tempo prolongado, alteração do
DNPM no 1° ano de vida.
È fundamental, portanto, acompanhamento neurológico e reabilitação precoce,
quando indicada, de qualquer paciente que tenha apresentado apnéia da
prematuridade.
REFERÊNCIA:
1. Barros MCM, Costa HPF. Apnéia do recém Nascido. In: PRORN 2004; Ciclo 1;
Módulo 4:103-148.
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VASOCONSTRÇÃO AUMENTO DO
HIPÓXIA
MESENTÉRICA PERISTALTISMO
LIBERAÇÃO DE RELAXAMENTO
MECÔNIO ESFINCTER ANAL
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EFEITO OBSTRUTIVO
1)
103
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2)
SHUNT
OBSTRUÇÃO MÚLTIPLAS
INTRAPULMONAR E
PEQUENAS VIAS ATELECTASIAS
HIPOXEMIA
AÉREAS
PADRÃO VALVULAR
HIPERINSUFLAÇÃO
AUMENTO CAPACIDADE
RESIDUAL FUNCIONAL
ESCAPE DE AR
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EFEITOS QUÍMICOS
SUBSTÂNCIAS
PRESENTES NO MECÔNIO INSTABILIDADE
ALTERAM FUNÇÃO DO ALVEOLAR
SURFACTANTE
DIMINUIÇÃO DA
ATELECTASIA
COMPLASCÊNCIA
DIMINUIÇÃO DA
CAPACIDADE RESIDUAL AUMENTO DO SHUNT
FUNCIONAL INTRAPULMONAR
ALTERAÇÃO DA TROCA
GASOSA
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EFEITO INFLAMATÓRIO
HIPERTENSÃO PULMONAR
QUADRO CLÍNICO
106
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RADIOLÓGICO:
LABORATÓRIO
HEMATOLÓGICO
Hemograma completo com 24HV
Acompanhamento da série vermelha é fundamental para monitorizar a
capacidade de transporte de O2 em recém nascidos com desconforto
respiratório
Alterações da série branca podem indicar processo infeccioso.
Plaquetopenia, nas primeiras 36h vida, pode relacionar-se à hipertensão
pulmonar.
GASOMETRIA:
pH e pO2 arteriais diminuídos, aumento do pCO2 e da diferença
alveolar/arterial de O2.
O acompanhamento gasométrico determina a intervenção terapêutica
necessária: conservadora até VM.
Corrigir hipóxia e acidose é fundamental para prognóstico.
Comparação dos gases pré e pós ductal ajuda no diagnóstico de HP.
Monitorização não invasiva ( oximetria de pulso ) não substitui as coletas
periódicas de gasometria de acordo com o quadro clínico.
CULTURA
Coleta da hemocultura durante o cateterismo umbilical ou no primeiro
screening infeccioso com 24HV.
O diagnóstico e tratamento precoce de processos infecciosos são de extremo
valor para a boa evolução clínica do neonato.
107
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METABÓLICO
Glicemia, ions e Bilirrubinas de acordo com o quadro clínico.
O tratamento e a prevenção dos distúrbios metabólicos associados à SAM e à
asfixia perinatal são fundamentais para o sucesso da intervenção terapêutica.
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO E PREVENÇÃO
RN VIGOROSO
AVALIAR
ASPIRAÇÃO
BCR SECAR
SONDA 12 RESPIRAÇÃO
OU 14 FC
COR
108
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CUIDADOS GERAIS
O distúrbio respiratório é apenas um dos problemas associados á asfixia
perinatal.
TERAPÊUTICA ANTIMICROBIANA
Tema controverso na literatura.
Iniciar tratamento para sepse precoce nos recém nascidos sintomáticos com
insuficiência respiratória que necessitem de suporte ventilatório.
Nos recém nascidos assintomáticos ou oligoassintomáticos apenas com
alteração radiológica não é recomendado o uso imediato de antibióticos. O
acompanhamento clínico e laboratorial indicará ou não a necessidade de
terapêutica antimicrobiana
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PROGNÓSTICO
perinatal.
nascidos.
REFERÊNCIAS:
3. Eichnwald EC. Aspiração do Mecônio. In: Cloherty JP, Stark AR, Manual de
Neonatologia, ed. Medsi, 2000: 408-412.
4. Casanova LD, Roseli CAM. Síndrome da aspiração de Mecônio. In: Segre CAM.
Perinatologia Fundamentos e Prática, ed Sarvier, 2002: 533-537.
110
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TAQUIPNÉIA TRANSITÓRIA DO RN
Dra. Daniela Márcia Carvalho
INTRODUÇÃO
FISIOPATOLOGIA
A patogenia ainda não está bem esclarecida, sendo a teoria mais bem aceita a
da reabsorção retardada do liquido pulmonar fetal pelo sistema linfático
pulmonar resultando em edema pulmonar transitório. Além disso, pode resultar
de qualquer condição que aumente a pressão venosa central com resultante
atraso na depuração do líquido pulmonar fetal pelo ducto torácico.
A composição do líquido pulmonar fetal (LPF) é diferente da composição do
líquido amniótico e do plasma.
O LPF contém uma grande quantidade de cloreto, relativamente pequena
quantidade de bicarbonato e praticamente nenhuma de proteína.
Próximo ao termo a concentração de potássio, que era semelhante a do
plasma, aumenta em resposta a secreção de surfactante pelas células tipo II.
Ele é secretado graças ao transporte ativo de cloreto plasmático, produzindo
um gradiente eletroquímico através do epitélio pulmonar. Esse diferencial
causa fluxo de liquido da microcirculação pulmonar para o interstício e daí para
os sacos terminais do pulmão fetal.
Na transição da vida intra para a extra uterina é necessário que o LPF seja
reabsorvido rapidamente tão logo ocorra o nascimento. Provavelmente, com o
início do trabalho de parto (TP), a secreção ativa de cloreto cessa, assim como
a formação do LPF. 2/3 do LPF são reabsorvidos durante o TP.
Como o LPF não tem proteína, a pressão oncótica direciona o fluxo de água
dos espaços aéreos para o interstício e daí para o compartimento vascular.
Com a expansão pulmonar após o nascimento, o LPF residual é deslocado
rapidamente das unidades respiratórias para os espaços intersticiais sendo
gradativamente removidos pelos vasos linfáticos e pulmonares.
No parto vaginal uma pequena quantidade de liquido é eliminado pelas vias
aéreas superiores pela compressão do tórax exercida pelo canal do parto ao
nascer. Com isso conceituou-se que RNs de parto cesária, por não sofrerem
essa compressão, estariam mais sujeitos a apresentar TTRN.
Estudos realizados com ratos mostraram que instalado o TP, tanto os nascidos
por via vaginal quanto operatória tinham menores quantidades de liquido no
pulmão do que aqueles nascidos por parto cesária sem TP. Concluindo que a
diferença de LP observada é resultado do TP e não do modo como o parto
ocorreu.
111
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FATORES DE RISCO
INCIDÊNCIA
QUADRO CLÍNICO
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GASOMETRIA
Acidose respiratória que geralmente resolve com +/- 24H de vida.
Hipoxemia branda que geralmente necessita de FiO2 < 40% e não requer O2
suplementar por mais de 24H.
Solicitar se RN necessitar de suporte ventilatório mais avançado.
HEMOGRAMA
Diferenciar processo infeccioso. Solicitar se mãe apresentar contexto
infeccioso ou se o RN apresentar outros sinais de sepse ou se quadro clínico
mais arrastado.
RAIOX TÓRAX
(1ªs 6H vida) Imagens características de ―edema de pulmão‖
1. Hiperinsuflação pulmonar
Oclusão de ar associada a colapso bronquiolar caracterizado por depressão
diafragmática e hiperaeração.
2. Discreta cardiomegalia.
3. Borramento das imagens vasculares.
Condensações perihilares proeminentes que resultam da obstrução do linfático
periarterial e acúmulo de liquido intersticial ao longo dos espaços
broncovasculares.
4. Edema alveolar (infiltrados alveolares).
Densidades leves e grosseiras que são alvéolos cheios de liquido que limpam
em +/- 24h, diferente da aspiração de mecônio e PNM.
5. Edema septos interlobares.
6. Mínimo derrame pleural no seio costofrênico e nas cisuras lobares.
TESTE DE HIPERÓXIA
Para afastar cardiopatia congênita cianótica (CCC) em RN com hipoxemia
persistente.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
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CONDUTAS GERAIS
OXIGENAÇÃO:
O2 suplementar para manter SATO2>90% e PaO2>50mmHg (CN,
HOOD, CPAP).
Uma FiO2 < 40% é típicamente suficiente para suportar o RN enquanto
a absorção do LP ocorre através do linfático.
Se o RN necessita de FiO2 > 60% e VPP para alcançar oxigenação
adequada reconsidere o diagnóstico.
MONITORIZAÇÃO:
Frequência cardíaca e respiratória.
Saturimetria contínua
ALIMENTAÇÃO:
Se FR<60irpm: VO
Se FR 60-80irpm: SOG
Se FR>80irpm ou BSA>4: Soro venoso
PROGNÓSTICO
REFERÊNCIAS:
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INTRODUÇÃO
A doença da membrana hialina ou síndrome do desconforto respiratório do recém-
nascido (SDR) é o maior problema pulmonar no período neonatal, principalmente
nos prematuros.
Sua manifestação decorre principalmente da deficiência quantitativa e qualitativa
de surfactante e da imaturidade estrutural e funcional dos pulmões.
QUADRO CLÍNICO
A SDR "clássica" apresenta uma evolução clínica típica. Os sinais e sintomas
indicando insuficiência respiratória ( taquipnéia, gemido expiratório, batimento de
asa do nariz, retração da caixa torácica e cianose) iniciam-se precocemente,
aparecendo em geral logo após o nascimento.
Nas horas seguintes, observa-se uma piora progressiva do desconforto
respiratório, atingindo o pico por volta de 36 a 48 horas.
A evolução do desconforto respiratório pode ser quantificada pelo boletim de
Silverman-Andersen (BSA), sendo BSA>5 uma dificuldade repiratória significativa.
Caso não ocorram complicações, os sinais e sintomas regridem gradativamente
após 72 horas.
Nos casos de má evolução os sinais clínicos se acentuam com crises de apnéia e
deterioração do estado hemodinâmico e metabólico.
QUADRO RADIOLÓGICO
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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Pneumonias congênitas ( estreptococo β-hemólitico do grupo B)
TTRN
Cardiopatias congênitas
Malformações pulmonares
Síndrome de aspiração meconial
PREVENÇÃO
TRATAMENTO DA SDR
Estabilização inicial ( reanimação adequada em sala de parto) – evitar
baro/volutrauma.
Evitar a hipotermia
Na sala de parto:
usar campos previamentes aquecidos
após estabilização envolver o corpo do RN em filme de PVC . Transporte em
incubadora aquecida.
Na unidade neonatal:
Utilizar incubadora de parede dupla, umidificada.
Manter temperatura de 36,5°C na superfície abdominal
116
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Equilíbrio hidroeletrolítico:
evitar hipovolemia e choque
evitar excesso de líquido
Tratamento de infecção
pela possibilidade da pneumonia ou sepse por Streptococo grupo B ter sinais
clínicos e radiológicos semelhantes à SDR, colhe-se HC, hemograma e PCR e
avalia-se tratamento para sepse precoce (seguir protocolo de sepse).
Oxigenioterapia:
Suficiente para manter uma saturação oxigênio entre 88 a 95%
Se RN com PN < 1250g : manter SatO2 entre 85 a 92% (maior risco de DBP
e ROP)
CPAP nasal:
Muito utilizada no tratamento da SDR.
CPAP precoce ajuda a prevenir atelectasias, minimiza injúria pulmonar e
preserva as propriedades funcionais do surfactante.
Efeito benéfico durante a retirada da VM, facilitando a extubação traqueal,
diminuindo a ocorrência de atelectasia, apnéia, necessidade de reintubação.
Geralmente usa-se CPAP através de pronga nasal ou tubo nasofaríngeo.
Iniciar com pressão de 5 a 6 cm H2O (máximo de 8 cm H2O)
Fluxo de 5- 10 L/min
Usar sonda nasogástrica (p/ descompressão gástrica)
CPAP ―em bolhas‖ tem mesma eficácia da CPAP de fluxo contínuo no
ventilador.
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Ventilação Mecânica
Indicações :
É influenciada pela decisão de administrar surfactante.
SIMV x assitido/controlado:
não houve diferença no tempo de VM e na incidência de DBP.
Estratégia ventilatória:
Utilizar os parâmetros ventilatórios mais baixos possíveis que permitam uma
oxigenação adequada, evitando injúria pulmonar ( secundária baro/volutrauma
e hiperóxia).
Parâmetros iniciais:
PI: 20 a 25 cm H2O / PEEP: 4 a 6 cm H2O
FR: 25 a 40 irpm / TI: 0,3 a 0,4 seg.
Fluxo: 5 a 10 L/min
Na SDR precoce como há uma constante de tempo pulmonar curta (a
complascência pulmonar é reduzida) pode-se utilizar uma frequência
respiratória mais alta (40-60 irpm), com TI mais curto (0,2 a 0,3 seg.)
Após a administração do surfactante : a constante de tempo aumenta (melhora
da complascência pulmonar) deve-se:
ajustar os parâmetros ventilatórios.
monitorização adequada: SatO2, gasometria arterial
avaliar a elevação da caixa torácica ao nível do esterno ( manter 0,25 a
0,5cm de elevação), avaliar esforço respiratório, cor, ausculta
respiratória.
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Oxído Nítrico:
Indicado p/ neonatos > 34 semanas com SDR grave associada a hipertensão
pulmonar ( IO>25 )
Posologia:
Survanta (macerado de pulmão bovino): 100mg/Kg (4ml/Kg)
- 95%)
ão à medida que
ocorra melhora na complascência pulmonar ( manter cerca de 0,5cm de elevação da
caixa torácica ao nível do esterno). Não reduzir os níveis de PEEP para abaixo de 3
cmH2O.
119
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corrência de
auto-PEEP com a melhora da complacência pulmonar.
– 55mmHg.
RX Toráx:
Na 1ª hora de vida
Cerca de 6 horas após administração do surfactante (antes disso se complicações).
Utilização do surfactante em outras patologias
pulmonar.
Pneumonia grave
Quando o RN necessita de parâmetros ventilatórios altos, avaliar a necessidade de
surfactante exógeno.
Está associada a inativação do surfactante.
120
MANUAL DE ROTINAS E PROTOCOLOS
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BIBLIOGRAFIA:
1. Engle WA, MD, and the Committee on Fetus and Newborn. Surfactant –
Replacement Therapy for Respiratory Distress in the Preterm and Term
Neonate. Pediatrics 2008; 121: 419-429.
121
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Absolutas:
Apnéia prolongada ou 2 ou mais episódios de apnéias/ hora com VPP
PaO2 < 50 mmHg, Sat O2 <89% ou FiO2 > 0,6 H2O sem cardiopatia congênita
cianótica.
PaCO2 > 65 mmHg com acidemia persistente (pH,7,2) por mais de 2 a 4 horas -
metabólica ou respiratória – ou aumento PaCO2 acima de 10mmHg.
Anestesia geral
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AJUSTE INICIAL DE VM
Monitorização da ventilação
Avaliação contínua da mecânica pulmonar (VC entre 4 a 6ml/Kg)
Verificação umidificação e aquecimento do gás
RX de tórax:
Avaliar ponta cânula traqueal entre 1ª e 3ª vértebra torácica
Ajuste volume pulmonar (entre 8ª e 9ª costela posterior ao nível linha
hemiclavicular
Verificar a presença de complicações (extravasamento de ar, atelectasias)
Monitorização da oxigenação:
Oximetria de pulso: tolerar entre 89 a 95%
123
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Gasometria arterial:
colher em sítios pré e pós ductais - porém ajustar VM de acordo com valores pré
ductais
1ª 6 horas tolerar pH > 7,20 e após , pH >7,25
Tolerar PaCO2 40 a 60 mmHg
PaO2 50 a 70mmHg / Sat O2 de 89 a 95%
4º) Piora súbita com queda de Sat. O2, palidez, agitação, cianose
Fazer VPP com O2 a 100%
Checar permeabilidade de VAS
Avaliar movimentos respiratórios e quadro hemodinâmico
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ÍNDICE DE OXIGENAÇÃO
TERAPIAS AUXILIARES
REFERÊNCIAS:
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DEFINIÇÃO:
VNI-BIPAP é o acréscimo ao CPAP de insuflações sobrepostas, com pico de
pressão definido.
OBJETIVOS:
Promover um suporte ventilatório menos invasivo que a ventilação mecânica
para os RN`s.
Prevenir falha na extubação em prematuros de peso abaixo de 1500 gramas.
Evitar a intubação endotraqueal (quando a necessidade desta ainda não for
formalmente indicada) provendo suporte ventilatório adicional como terapia de
resgate em determinados casos de insucesso com CPAP.
Reduzir taxa de doença pulmonar crônica??? (resultados favorecendo VNI-
BIPAP, mas sem alcançar significância estatística).
MECANISMO DE AÇÃO:
Os efeitos fisiológicos do CPAP nasal em RN prematuros com distúrbios
respiratórios estão bem descritos, mas o mecanismo de ação da VNI-BIPAP
nasal permanece incerto.
As hipóteses incluem:
aumento da extensão faríngea
aumento do drive respiratório
indução do reflexo paradoxal de Head
aumento da pressão média da via aérea permitindo recrutamento de
alvéolos
aumento da capacidade residual funcional (CRF)
aumento do volume corrente e volume minuto
redução do assincronismo toracoabdominal
INDICAÇÕES:
Após extubação de RN pré-termo com peso ao nascer < 1500 gramas (para
redução da taxa de re-intubação/ efeito comprovado).
Tratamento da apnéia (resultados favoráveis com tendência à redução do nº de
episódios de apnéia com VNI-BIPAP, porém ainda sem significância
estatística).
VNI-BIPAP como primeiro modo de ventilação ao nascimento: faltam estudos
randomizados.
CONTRA-INDICAÇÕES POTENCIAIS:
Anomalias congênitas na via aérea e pulmão
128
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MATERIAL:
circuito de CPAP
pronga nasal, touca, fitas adesivas
respirador ciclado a tempo, limitado à pressão.
Parâmetros iniciais:
PEEP: 6cmH2O
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DESMAME DA VNI-BIPAP:
Com base em critérios clínicos e, se necessário gasométricos e radiográficos,
diminuir parâmetros vagarosamente (PPI, PEEP e FR).
Deixar 48 horas em VNI-BIPAP e depois colocar em CPAP convencional.
Em RN com peso de nascimento > 1250 g o tempo de permanência na VNI-
BIPAP poderá ser menor, dependendo da evolução do quadro respiratório.
CRITÉRIOS DE FALÊNCIA:
Assim como não há uma boa evidência a respeito do que constitui falha do
CPAP, também não há critérios bem estabelecidos para a VNI-BIPAP, sendo
necessário associar o julgamento clínico aos gases sanguíneos, a FiO 2 e
episódios de apnéia.
pH<7,25; FiO2> 60%; PaCO2 > 60mmHg;
mais de 6 episódios de apnéia que precisem de estimulo táctil ou mais de um
episódio que precise de ventilação com máscara, estando em uso de
aminofilina. Certificar-se do bom funcionamento da VNI-BIPAP e da perviedade
de vias aeras superiores no momento dos episódios. O insucesso na VNI-
BIPAP não indica que não possa se tentar de novo posteriormente.
130
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VNI-BIPAP
PEEP: 6
FR: 20 – 30 irpm
Fluxo de 8 – 10 lpm
FiO2: a mesma da VM
Insucesso Sucesso
+ de 6 episódios de
apnéia que requeiram Insucesso Sucesso
estimulo táctil
Retornar Progredir
+ de 1 episódio que VNI-BIPAP suspensão do CPAP
requeira VPP com
máscara
sucesso
CPAP
Manter VNI-
Intubação traqueal BIPAP por
mais 24 horas
*O tempo de VNI-BIPAP nos RN com PN >1250 g poderá ser menor que 48 horas, de
acordo com evolução do quadro respiratório.
131
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REFERÊNCIAS:
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CONCEITO
Síndrome clínica caracterizada pelo aumento da resistência vascular pulmonar
(RVP) com redução do fluxo sanguíneo pulmonar, associada a um shunt
extrapulmonar pelo forame oval (FO) e/ou ducto arterioso (DA), resultando em
desequilíbrio da relação ventilação-perfusão com hipoxemia grave e refratária.
CIRCULAÇÃO FETAL
Do volume de sangue que chega ao átrio direito (AD), parte vai para o
ventrículo direito (VD) e posteriormente para o pulmão, pela artéria pulmonar
(AP). Porém, a maior parte do sangue que deveria ir para o pulmão é
redirecionada, através do DA, para circulação sistêmica devido à RVP. A outra
parte do sangue que chega no AD dirige-se para o átrio esquerdo (AE) pelo
FO ganhando a circulação sistêmica através da artéria aorta (Ao).
ETIOPATOGENIA
A HPPRN, pode ser classificada em 3 grupos de acordo com as alterações
estruturais existentes nos vasos pulmonares:
133
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Ex. Recém nascido (RN) com hipoplasia pulmonar primária, como na hérnia
diafragmática, sequência de oligoâmnio, displasia alveolocapilar congênita e hidropsia
fetal;
2) Má adaptação: caracterizada por artérias pulmonares normais em número e em
sua muscularização. Nestes casos, logo após o nascimento, não ocorre a queda
habitual da RVP, geralmente em decorrência de um insulto agudo. É a categoria mais
frequente, estando associada a:
Ex. Asfixia, sepse, SAM, SDRRN, policitemia, acidose, hipoglicemia e pneumonias
congênitas;
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
Geralmente são RN termo ou pós termo;
Gravidade do quadro clínico depende da doença de base associada;
Sintomas iniciam nas primeiras horas de vida e são de caráter progressivo;
Caracterizam por desconforto respiratório em geral desproporcional ao grau de
hipoxemia apresentada pelo RN;
A deficiente oxigenação alveolar e tecidual apresenta-se clinicamente como
uma cianose persistente mesmo com uso de altas concentrações de O2 ou
suporte ventilatório agressivo;
Apresentam extrema labilidade para reduzir a saturação, demorando para
retornar aos níveis anteriores;
À ausculta cardíaca, podem apresentar a segunda bulha desdobrada e um
sopro contínuo em borda esternal esquerda (BEE) secundário a regurgitação
tricúspide;
É fundamental o diagnóstico diferencial com cardiopatia congênita;
134
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EXAMES COMPLEMENTARES
Avaliação da oxigenação pré e pós ductal obtida por meio da coleta simultânea
da gasometria pré-ductal (artéria radial direita) e pós ductal (artéria umbilical ou
tibial);
A PaO2 pré ductal superior a pós ductal, com uma diferença maior que 20
mmHg, sugere shunt D/E extra pulmonar pelo DA;
A diferença de saturação de O2 pré e pós ductal de pelo menos 5 a 10%
também sugere shunt D/E;
Um teste negativo não exclui HPPRN porque se o shunt só estiver presente no
FO, não haverá esta diferença, uma vez que este shunt não produz gradiente
ductal;
Raio X de Tórax
Discreta cardiomegalia com fluxo pulmonar reduzido;
Hipotransparência pulmonar difusa secundária a edema pulmonar é frequente;
Presença de doença pulmonar ou cardiopatia de base;
ECG
Útil na avaliação da HPPRN no que diz respeito a função do VD;
Os achados mais típico são sinais de hipertrofia VD;
Se disfunção ventricular, pode mostrar sinais de isquemia com alterações do
segmento ST ou da onda T;
Ecocardiograma com Doppler
É indispensável no diagnóstico de HPPRN porque além de afastar cardiopatia
congênita estrutural, diagnostica cardiopatias nas quais o NO está formalmente
contra indicado. Os achados são:
TRATAMENTO
Cuidados gerais
Manuseio mínimo dos RN: os RN são extremamente lábeis e a menor
manipulação ou estímulo ambiental agrava a hipoxemia;
Uso de analgésicos ou sedativos;
Corrigir distúrbios metabólicos;
Monitoramento contínuo: oximetria de pulso, FC, PAS, diurese e gasometria;
Acesso venoso central e cateterismo de artéria umbilical para coleta de
gasometrias seriadas;
Suporte hemodinâmico
Expansores de volume; drogas vasoativas para manter débito cardíaco e PA;
Ação direta inotrópica beta;
Cuidado com efeito alfa (VC pulmonar e piora da HP)
Hemoderivados: Manter o hematócrito > 40% para obtenção de melhor
oxigenação tecidual;
135
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Assistência Ventilatória
Individualizar a estratégia ventilatória de acordo com a gravidade de cada caso
e com a doença de base;
Objetivo manter um pH > 7.30, PaO2 de 60 a 70 mmHg, saturação de O2 entre
90 e 92% e PaCO2 de 45 a 65 mmHg;
Hood, CPAP ou VM convencional com estratégia protetora visando minimizar
lesões pulmonares;
Ventilação de alta frequencia ou ECMO se falha da VM convencional;
Dose do NO:
Inicia com 20 partes por milhão (ppm)
Alguns pacientes necessitam de doses de até 40 ppm por um curto
período de tempo;
Outros agentes:
136
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Vasopressina:
A vasopressina age a nível de receptores V1,V2 e V3 e não só leva a VC
sistêmica como também a vasodilatação pulmonar através de estimulação do
NO;
Esse efeito de VC sistêmica levaria a uma melhora do retorno venoso e
melhora de fluxo sangüíneo a nível de coronária que levaria a uma melhora da
contratilidade do VD e VE.
Na literatura adulta essa é uma droga considerada de grande valor;
Nos RN a grande discussão é se esses receptores V1 são tão maduros quanto
aos do adulto;
Inibidores da Rho-kinase:
Droga promissora que tem sido bastante estudada;
Existe outra forma de causar a VC que é a inibição do relaxamento muscular
que é feita através do composto Rho-kinase;
A presença deste composto pode explicar a razão da não resposta aos
vasodilatadores;
Estudos em animais usando uma droga que inibe a Rho-Kinase levou a
importante redução da RVP sem efeitos colaterais, como hipotensão arterial
sistêmica.
CONCLUSÃO
A hipertensão pulmonar tem uma etiologia multifatorial sendo importante levar
em conta a patogenia da vasoconstricção, remodelação e inibição da
angiogênese. A terapia tem muito a ver com o tipo de patogenia envolvida na
hipertensão pulmonar.
A terapia convencional ainda é o NO inalatório, e essas novas formas de
terapias: inibidores de fosfodiesterases 3 e 5 e vasopressina e os inibidores da
Rho-kinase talvez tenham benefícios para o RN, mas ainda são
experimentais, sendo necessários mais dados para provar os seu benefícios
terapêuticos.
REFERÊNCIAS:
1. Adams JM. Stark AR. Persistent pulmonary hypertension of newborn. In: Last
literature review version 18.1: Janeiro 2010. UpToDate.
137
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INDICAÇÕES
RN 34 semanas com insuficiência respiratória grave e hipóxia.
CONTRA INDICAÇÕES
1. Cardiopatia congênita canal dependente com shunt D/E.
2. Distúrbios hemorrágicos ( sangramento ativo grave ).
COMO ADMINISTRAR ?
139
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DOSE
Inicia com 20 partes por milhão ( ppm ). Alguns pacientes necessitam de doses de até
40 ppm por um curto período de tempo.
MONITORIZAÇÃO DA RESPOSTA
RESPOSTA POSITIVA
Redução NO
1. Manter a dose de NO por 12 a 24 horas
2. Reduzir quando FiO2 60%.
3. Reduzir NO gradualmente.
Suspender NO
1. PO2 60 mmHg.
2. FiO2 60%.
3. Ausência de efeito rebote ( Aumento FiO2 15% ).
Efeito rebote ocorre principalmente se houve uso de dose elevada por tempo
prolongado.
RESPOSTA NEGATIVA
1. Aumento de metahemoglobina.
2. Aumento de NO2.
3. PO2 50 mmHg ( sem resposta ).
Suspender NO gradativamente.
140
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- ramo com encaixe branco: ramo com encaixe branco: no ramo inspiratório entre a
traquéia proximal ao paciente e o copo coletor de água ( cerca de 30 cm do
paciente).
C) Cálculos e administração
-Apertar a tecla 4
-Abrir o fluxômetro até o valor de fluxo requerido calculado pelo monitor, utilizar
como referência a escala da parte lateral do fluxômetro e a esfera preta.
- Estabelecer os alarmes
141
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Observações
A troca das células deve ser feita com 1 ano e seis meses de uso.
A calibração é feita periodicamente apenas pela empresa autorizada.
Antes de cada uso é recomendado fazer o zero do monitor, conforme especificado
acima.
É recomendado que o aparelho fique conectado à rede elétrica pelo menos por uma
semana a cada 3 meses para carregar a bateria interna.
REFERÊNCIAS:
1. Aula de ventilação mecânica neonatal realizada na Maternidade Odete
Valadares em 2009 pelo Dr. Milton Harumi Miyoshi.
142
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Fonte: www.paulomargotto.com.br
143
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A dor é definida pela Associação internacional, para o estudo da dor, como uma
sensação e uma experiência emocional desagradável relacionadas à lesão real ou
potencial, ou descritas em termos de tal lesão.
A Dor é Subjetiva, e é modelada através de experiências dolorosas ao longo da
vida. Este conceito valoriza o aspecto pessoal e individual da sensação dolorosa,
e nos provoca a um desafio constante de aprendermos a prevenir, reconhecer,
quantificar e tratar da dor no recém nascido.
Tratar da dor de indivíduos que não podem verbalizá-la implica em última análise
em dar voz e em torna-los cidadãos.
Admite-se que o RN prematuro sente mais dor que crianças mais velhas,
principalmente quando submetidos a procedimentos dolorosos e ou
desagradáveis repetidadamente. No entanto, a resposta ao stress do RN pre-
termo é menos competente do que a do RN termo, e os sinais clássicos do stress
(taquicardia, hipertensão, agitação), não são indicadores confiáveis de estímulos
dolorosos.
Embora o alívio da dor seja um dos princípios cardinais da medicina, na prática,
muitas vezes este aspecto é ignorado, especialmente em Neonatologia.
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MANIPULAÇÃO MÍNIMA
De tal modo que os cuidados apropriados sejam realizados, mas que se preservem
períodos livres para o sono; Ficou estabelecido, horários para o toque mínimo (RN’s <
1250 gr, graves, em VM, CPAP e baixo peso):
7 às 10 horas:
1º = avaliação médica de rotina
2º = enfermagem
3º = fisioterapeuta (ou vice-versa- 3º e 2º- conforme necessidade)
4º = fonoaudióloga
BANHO
RN’s com peso < que 1.250 gramas e < que 32 semanas:
Na 1ª semana: não dar banho.
Após 1ª semana: banho de leito* 3ª, 5ª e Domingo.
RN’s em condições especiais (HIV, corioamnionite, etc): banho conforme
prescrição médica.
RN’s com peso > que 1.250 gramas: banho 3ª, 5ª e Domingo.
PESO
RN’s com peso < que 1.250 gramas e < que 32 semanas:
Na 1ª semana: Pesar conforme prescrição médica.
Após 1ª semana: pesar 3ª, 5ª e Domingo.
RN’s com peso > que 1.250 gramas: pesar 3ª, 5ª e Domingo.
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AVALIAÇÃO DA DOR
Estudo avaliando 30 RN’s que foram submetidos a uma punção capilar, dentre os
quais 15 ficaram em contato pele-pele antes, durante o procedimento e 3 minutos
após e os outros 15, coleta padrão com o RN no berço:
os RN do grupo 1 (pele-pele), choraram menos durante a coleta e tiveram
menos expressão facial de dor durante a punção e após o procedimento
Este achado parece ser explicado pela liberação de opióides endógenos
levando a uma ação analgésica.
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O Método Canguru pode ter uma grande vantagem para evitar a dor
neonatal, além das outras vantagens sabidamente conhecidas.
TRATAMENTO NÃO-FARMACOLÓGICO
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
ANALGÉSICOS NÃO-OPIÓIDES
Paracetamol: (via oral)
10-15 mg/kg - RN a termo (cada 6-8hs)
10 mg/kg - RN prematuro (cada 8-12hs)
Dipirona: não deve ser usada no período neonatal (faltam estudos farmacológicos
e clínicos), porém, alguns autores admitem seu uso devido a grande experiência com
seu uso em nosso país na dose de 10 a 15 mg/dose de 6/6 hs.
ANALGÉSICOS OPIÓIDES
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ANESTÉSICOS LOCAIS
Lidocaína a 0,5% sem adrenalina:
Dose: infiltrar 5 mg/kg subcutâneo (o efeito dura 30 a 60 minutos).
SEDAÇÃO NO RECÉM-NASCIDO
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HIDRATO DE CLORAL
Não recomendado para uso em neonatologia devido risco de hiperbilirrubinemia e
acidose metabólica.
MIDAZOLAM
2 a 4 vezes mais potente que o diazepam
Dependência física após 48 h, havendo necessidade de retirada gradual.
O uso precoce e contínuo de midazolam em RN prematuros esteve associado
a maior ocorrência de prognóstico neurológico desfavorável, caracterizado por
hemorragia peri/intraventricular graus III e IV, leucomalácia periventricular e/ou
óbito no período neonatal
Metanálise recente não evidenciou nenhuma vantagem do uso deste
medicamento de forma rotineira nas UTI neonatais. A sua efetividade e
segurança necessitam de comprovação.Vários autores tem recomendado
evitar o uso do midazolam venoso continuo.
Dose: 1-6 mcg/kg/min.
Não fazer a dose de ataque.
Pode ser usado via nasal (mesma preparação EV): 0.2-0.3 mg/kg.
(início de ação 5-10 minutos, durante 1-2 h). O uso do Midazolam nasal
tem sido desencorajado com o argumento de risco de toxicidade no
SNC ao ser absorvido e entrar em contato direto com o nervo olfatório
via placa crivosa
Antídoto: Flumazenil, indicado nos casos de excitação paradoxal, depressão
respiratória, hipotensão e coma.
Dose: 0,01 mg/kg/dose podendo ser repetido a cada 2 minutos até 1 mg
(dose total).
Os efeitos colaterais são revertidos em 1-3 minutos e a duração do
efeito do flumazenil é de 45 a 60 minutos após o uso da droga
Apresentação comercial: Lanexat (ampolas de 5 ml: 0,1 mg/ml)
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ASPIRAÇÃO TRAQUEAL
Fentanil 2 a 3 microgramas/Kg EV (exceto quando a extubação é eminente)
CATETERISMO UMBILICAL
Enrolamento ou contenção. Se necessário glicose a 25% - 1 ml no RN termo e ½ ml no
RNPT, VO 2 minutos antes.
CIRURGIA À LASER
Paracetamol 15 mg/kg no RN termo e 10 mg/kg no RNPT, 2h antes. Fentanil 2 a 3
mcg/Kg EV durante o procedimento, com o RN intubado.
CPAP
Posicionamento. Se necessário, Glicose a 25% 1 ml no RN termo e ½ ml no RNPT. Se
necessário, Paracetamol 15 mg/kg no RN termo e 10 mg/kg no RNPT. Se necessário,
Fentanil 0,25 à 0,5 mcg/kg em infusão lenta (3 minutos).
DRENO TORÁCICO
Inserção: Lidocaína 0,5% SC, e fentanil 2 a 5 mg/kg EV.
RETIRADA DE CURATIVO
Enrolamento ou contenção. Glicose 25 % 1 ml 2 minutos antes e durante o
procedimento (gase embebida na solução colocada na boca da criança).
VACINAÇÃO
Enrolamento ou contenção. Avaliar contato pele a pele com a mãe. Glicose 25 % 1 ml 2
minutos antes e durante o procedimento (gase embebida na solução colocada na boca
da criança).
150
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REFERÊNCIAS:
1- Van Mater LJ, Pryor CC. Tratamento da Dor e do Estresse na UTIN. In Cloherty JP.
Manual de Neonatologia, 5ª Ed 2004; 603-614.
2- Stork JE. Anesthesia in the Neonate. In Martin RJ, Fanaroff AA. Fanaroff and
Martin’s. Neonatal-Perinatal Medicine, 8ª Ed 2006; 627-642.
3- Vitali SH, Camerota AJ, Arnold JH. Anesthesia and Analgesia in the Neonate. In
MacDonald MG, Seshia MMK, Mullet MD. Avery’s Neonatology, 6ª Ed 2005; 1558-
1561.
4- Anand KJS, Dphil MBBS, Neil MBBS, et al. Analgesia and Sedation in Preterm
Neonates Who Require Ventilatory Support. Arch Pediatr Adolesc Med, 1999, (153)
331-338.
5- Anand KJS, Dphil MBBS, Neil MBBS, et al. Consensus Statement for the Prevention
and Management of Pain in Newborn. Arch Pediatr Adolesc Med, 2001, (155) 173-180.
6- Amantéa SL, Zanella MI, Piva JP, et al. Acesso à Via Aérea: Seqüência Rápida de
Intubação e Técnicas Especiais de Intubação. In Piva JP, Garcia PCR. Medicina
Intensiva Pediátrica, 2005; 15-41.
7- Machado PMG, Barbosa FR, Silva YP. A Dor em Neonatologia. In Silva YP, Silva
JF.Dor em Pediatria, 1ª Ed 2006; 105-115.
151
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SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA
Resumo de texto original de Siura A. Borges Silva
TESTE LIMITAÇÕES/CONSIDERAÇÕES
Screening da urina ( mãe e recém nascido) -Elevado índice de falso-negativo
-Identifica exposições recentes
Análise do mecônio (radioimunoensaio) -Possibilidade de falso-negativo
-Mais confiável do que o exame da urina
-Custo elevado
Análise do cabelo do RN -Pode revelar o uso da droga pela mãe nos 3
meses prévios
-Pode não detectar exposição recente
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- 50% dos recém nascidos são -Incidência aumentada de - A dependência por heroína serve
de baixo peso ao nascer. morte súbita nos primeiros como protótipo para o estudo da
Destes 45 a 70% são PIG e meses de vida em relação dependência pelos demais narcóticos
muitos apresentam um aos demais RN e para outras drogas neuroativas
perímetro cefálico abaixo do - Baixo desenvolvimento - Incidência da síndrome de
percentil 25 para idade intelectual, difícil ajuste abstinência: 60 a 90%
gestacional. social, desordens de - O início dos sintomas é usualmente
- Predominam os sintomas do comportamento e precoce (65% no primeiro dia, 20 % no
SNC. Os mais característicos aprendizado e hiperatividade segundo dia e o restante no 3o e 4o
são os tremores, rítmicos e podem ser observados em dias), exceto os gastrointestinais que
grosseiros acompanhados de crianças que apresentaram aparecem mais tardiamente.
NARCÓTICOS/ agitação. São induzidos por dependência passiva por - A associação com complicações
OPIÖIDES estímulos e tendem a ceder narcóticos ano PNN. Não há pode ocorrer e ser responsável por
com a flexão ou contensão do uma relação causal aumento da mortalidade, que
membro.Chama atenção a conclusiva entre os possíveis usualmente é baixa (menor que 5%).
- Heroína sucção excessiva e compulsiva efeitos comportamentais e - 20 a 40% dos pacientes apresentam
de dedos e punho. O bebê é neurológicos e o efeito dos Apgar < 6 no 1o e/ou 5o minutos
agitado, hiperativo e narcóticos propriamente - O tratamento é abordado no item 4,
hipertônico. ditos sobre o cérebro.Tais sendo a metadona a principal droga
- Os sintomas gastrointestinais distúrbios parecem utilizada
acompanham os neurológicos relacionar-se mais a fatores
em freqüência, porém são mais ambientais e ao contexto
tardios (em geral do 4o. ao 6o. social, incluindo as
dia) e apesar da sucção condições de pré-natal,
excessiva descrita acima, o RN nutrição materna,
apresenta severa dificuldade coexistência de infecções,
para alimentar-se entre outros, do que
- Em freqüência seguem-se diretamente à ação da droga
espirros, taquipnéia, febre e sobre o cérebro
sudorese. A convulsões têm
caracteristicamente uma
incidência baixa (1 a 2 %) e a
sua presença na dependência
por heroína aumenta a
possibilidade de complicações
associadas (EHI e distúrbios
metabólicos)
153
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Em relação a metadona
Tremores, distúrbios - Semelhante ao descrito para A metadona é a principal alternativa para
alimentares, irritabilidade e heroína o tratamento de dependência por morfina
agitação, sucção incoordenada, e heroína na grávida e a droga mais
vômitos, diarréia, desidratação, importante para a dependência passiva
NARCÓTICOS/ hiperreflexia, hipertonicidade, do RN atualmente
sinais autonômicos, baixo ganho Incidência de abstinência: 75 a 90%
OPIÓIDES ponderal, convulsões, choro Incidência de BP ao nascer: 10 a 35%,
- Metadona agudo e alto, sudorese, distúrbio dos quais 10 a 40 % são PIG
- Propoxifeno de sono, obstrução nasal, Incidência de convulsões: maior do que
- Pentazocina bocejos e espirros freqüentes, com a heroína (geralmente tardias: em
mosqueamento de pele, torno do 10º dia)
- Codeína instabilidade da temperatura Promove severo comprometimento da
corporal sucção e conseqüente grande perda
ponderal
Menor incidência de sintomas, menor
severidade e duração da abstinência se
dose materna < 20mg/dia
Início dos sintomas*: a maioria no 2º dia
de vida. 10 a 15%, após o 3º dia, sendo
possível o aparecimento 2 a 4 semanas
após o parto
Em relação aos demais:
A codeína, pentazocina e propoxifeno são
freqüentemente usados como
analgésicos ou antitussígenos e estão
presentes em associações de
medicamentos. Podem causar sintomas
nas primeiras 24 horas de vida e a
recuperação varia de 3 a 15 dias.
154
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-Retardo de crescimento
intra-uterino -Dependente do contexto - 50% dos RN que exibem a
- Início dos sintomas ocorre ambiental e social síndrome de abstinência apresentam
ÁLCOOL nas primeiras 24 horas de também sinais da síndrome fetal
vida, geralmente 6 a 12 alcoólica
horas após o nascimento. - Em muitos casos, as mães de RN
Caracterizam-se por que desenvolveram sinais de
tremores, hipertonia, abstinência encontravam-se
hipersensibilidade a alcoolizadas no momento do parto 4
estímulos sensoriais, ou com sinais de uso recente do
principalmente sonoros, mesmo.
distúrbios do sono.
Convulsões generalizadas
são comuns e segue-se ao
início dos tremores.
A síndrome desaparece em
uma semana ou
menos
TRATAMENTO
O tratamento da síndrome de abstinência visa reduzir a irritabilidade do recém
nascido, reduzir ou abolir vômitos ou diarréia, permitir que o recém nascido possa se
alimentar e dormir entre as refeições, sem que para isso seja necessária uma sedação
excessiva.
TRATAMENTO DE SUPORTE
As medidas não medicamentosas são muito importantes, pois podem evitar ou reduzir
a necessidade de medicamentos. Entre elas ressalta-se:
155
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TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
Pode não ser necessário em 40 % dos casos.
A decisão do uso de agentes farmacológicos é baseada na ausência de
resposta às medidas de suporte, na severidade dos sintomas de abstinência e
na avaliação criteriosa dos riscos e benefícios da terapia medicamentosa..
O efeito benéfico e imediato do tratamento farmacológico é o alívio dos
sintomas. Os efeitos, a longo prazo, sobre a morbidade do recém nascido com
síndrome de abstinência são desconhecidos.
Entre os sintomas indicativos de terapêutica estão as convulsões, alimentação
insuficiente, diarréia e vômitos que resultem em excessiva perda de peso e
desidratação, incapacidade para dormir e febre não relacionada à infecção.
Antes da instituição da terapêutica, é essencial afastar outras possíveis causas
para a sintomatologia apresentada.
Há poucas evidências quanto à eficácia dos diferentes regimes terapêuticos,
não havendo consenso sobre o melhor tratamento para a síndrome de
abstinência.
Como regra geral, seleciona-se uma droga do mesmo grupo daquela que está
causando a abstinência.
As únicas drogas aprovadas para o tratamento da abstinência pelo FDA são os
benzodiazepínicos para o álcool e a metadona para os opióides. Entretanto,
experiências favoráveis têm sido descritas com outros agentes ainda não
aprovados pelo FDA, como o paregórico, tintura de ópio, morfina, clonidina,
fenobarbital e clorpromazina1.
Sol neonatal de X
morfina 0,4mg/ml
Sol ópio Neonatal X X
(tintura de ópio
diluída em água
estéril 1:25)
Paregórico X X X
Metadona X X
Morfina X
1
Fenobarbital X X X X X X X X X X
Diazepan/lorazep X X X X X X
an
Clorpromazina X X
Clomipramine X
Clonidina X X
156
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Paregórico
Foi um dos primeiros agentes usados no tratamento da abstinência por
narcóticos.
A solução a 0,4% equivale a morfina 0,4 mg/ml.
Estudos comparativos evidenciam melhores resultados com o Paregórico
(eficiência no controle dos sintomas, melhor padrão de sucção, melhor ganho
de peso) em relação ao fenobarbital e ao decepam
Como os efeitos de muitos dos seus ingredientes são desconhecidos sobre os
recém nascidos (ácido benzóico, cânfora, glicerina, álcool) seu uso tem
diminuído.
OBS.:
157
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B. Metadona
opióide sintético, aprovado pelo FDA para tratamento da abstinência
decorrente do uso materno de narcóticos, inclusive a heroína.
boa eficácia por via oral e a meia vida prolongada
A dose inicial preconizada1 é de 0,05 a 0,1 mg/ kg a cada 6 horas, com
aumentos de 0,05mg/ kg até 0,5 a 1,0 mg/Kg ou controle dos sintomas.
Após o controle dos sintomas a dose pode ser reduzida em 10% diariamente e
espaçada para cada 12 ou 24 horas.
A descontinuação pode ser tentada quando a dose diária for de 0,05
mg/Kg/dia.
C. Fenobarbital
tratamento de escolha para abstinência por drogas não narcóticas e para
aquela causada por múltiplas drogas.
Pode-se ou não fazer um ataque de 10 a 20 mg/Kg/dia e a manutenção na
maioria dos casos é de 3 a 5 mg/Kg/ dia.
Na abstinência específica pelos narcóticos, prefere-se associá-lo aos derivados
do ópio, como descrito no item 3.2.1.A, `a usá-lo sozinho.
Além de provocar sedação e sucção débil, o fenobarbital é ineficiente para
melhorar os sintomas gastro-intestinais.
158
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D. Diazepan
Produz supressão rápida dos sintomas de abstinência, porém seu uso é
problemático no recém-nascido, sendo por essa razão pouco recomendado.
A dose é 0,1 a 0,3 mg/Kg intra-muscular a cada 8 horas até controle dos
sintomas.
E. Lorazepan
Usado para sedação isoladamente ou associado às soluções derivadas do
ópio, quando permite o uso de menores doses destes medicamentos.
A dose é 0,05 a 0,1 mg/Kg/dose EV.
Os estudos em recém nascidos são escassos.
1. Clordiazepóxido
benzodiazepínico bastante usado.
Síndrome de abstinência foi descrita em gemelares, cuja mãe foi usuária de
doses terapêuticas da droga durante a gravidez.
Observou-se tremores e irritabilidade em ambos os gêmeos em torno de 21
dias de vida que persistiram por 5 dias apesar da terapia com fenobarbital.
O uso do decepam causou acentuada melhora da sintomatologia
2. Eticlorvinol
Agente hipnótico sedativo envolvido na dependência passiva de recém
nascidos cujas mães receberam a dose recomendada da droga por pelo
menos três meses na gravidez.
A síndrome, caracterizada por tremores e irritabilidade, ocorreu nas primeiras
24 horas de vida, desaparecendo após o 4º dia de vida
3. Antidepressivos tricíclicos
amplamente usadas no tratamento de doenças depressivas.
Síndrome de abstinência tem sido descrita em recém nascidos cujas mães
usaram a droga na gravidez.
Os sintomas incluem tremores, irritabilidade, hipertonicidade e convulsões nas
primeiras 12 horas de vida.
A resposta ao fenobarbital não foi satisfatória.
159
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CONCEITO
DIAGNÓSTICO
2.1- Asfixia ao nascer ( Academia Americana de Pediatria)
2.2- Condições importantes para considerar que a asfixia intraparto seja causa de
lesão cerebral
EXAMES COMPLEMENTARES
Colher durante cateterismo umbilical:
Ionograma
Glicemia
Gasometria
Hemograma
Colher nas primeiras 48 horas de vida:
CPK, CKMB
De acordo com a rotina de sepse:
LCR
Na 1ª semana:
USTF
Considerar urgente quando identificado tocotraumatismo:
TC
Casos indicados pela neurologia:
EEG
RNM
161
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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
162
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MANEJO CLÍNICO
Atentar que a maior parte da morte neuronal que se segue ao insulto hipóxico-
isquêmico ocorre após o término do insulto.
Prevenir a asfixia intrauterina (identificar a gravidez de risco, monitorizarão fetal
e intervenção apropriada)
Na sala de parto: profissional treinado
No transporte: condições adequadas
Na unidade neonatal:
Manipulação mínima
Controle da temperatura (temperatura neutra a hipotermia leve / berço
aquecido desligado)
Suporte respiratório: manter normoxemia e normocapnia
Suporte hemodinâmico: manter perfusão adequada evitando hipotensão,
hipertensão e hiperviscosidade.
Manter níveis de glicemia entre 75 e 100mg/dl.
Suporte nutricional (jejum de 48 a 72 horas)
163
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PROGNÓSTICO
idade gestacional
APGAR
Síndrome neurológica neonatal (gravidade , crises convulsivas, duração das
anormalidades)
Resultados das técnicas de neuro diagnóstico
164
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CONVULSÕES NO RECÉM-NASCIDO
Dra. Karina Soares Loutfi
INCIDÊNCIA:
Freqüência de 2,5/1000 RN vivos. Nos RN abaixo de 1500g a freqüência de
convulsões chega a 57,5/1000 nascidos vivos.
MORTALIDADE:
Ao redor de 40% e 1/3 dos RN sobreviventes apresentam seqüelas (a
mortalidade por convulsões nos RN com síndrome hipóxico - isquêmica
permanece acima de 50%).
FISIOPATOLOGIA:
A crise convulsiva decorre de uma despolarização excessiva e síncrona dos
neurônios.
No neonato, as crises diferem das que ocorrem nas crianças mais velhas e as dos
pré-termos diferem das convulsões que ocorrem nos RN a termo.
Os RNs raramente apresentam convulsões tônico-clônicas generalizadas. Os RN
pré-temos apresentam convulsão ainda menos organizadas do que os RN a
termo.
Isso se deve a:
Rápido crescimento do SNC do RN é mais suscetível a insultos
Predomínio de sistemas excitatórios em relação aos inibitórios e > K+
extracelular ( hiperexcitabilidade )
Neurotransmissores com atividade inibitória no SNC maduro tem atividade
excitatória no SNC imaturo
Propagação de atividade epileptogênica facilitada e ausência de fatores
inibitórios
Estruturas subcorticais funcionam como atividade ―epileptogênica‖ no SNC
imaturo
CLASSIFICAÇÃO: (VOLPE)
Sutil - É a forma mais comum de manifestação das convulsões, tanto de RN a
termo como em pré-temos. São exemplos: a) fenômenos oculares: desvio conjugado
dos olhos, olhos abertos com olhar fixo, movimentos repetitivos de piscar ou tremular
de pálpebras. b) movimentos de boca: movimentos mastigatórios, de sucção e
bocejar. c) movimentos de extremidades: ''nadar'' e ''pedalar'', postura tônica de um
membro. d) alterações vaso-motoras: mudança de cor na pele. e) apnéias: geralmente
são precedidas por outras manifestações convulsivas e não estão associadas a
bradicardia.
165
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ETIOLOGIA:
ENCEFALOPATIA HIPÓXICO-ISQUÊMICA :
30 a 60% dos casos ocorrem nas primeiras 24 horas de vida ,sendo que 60%,
ocorrem dentro das primeiras 12 horas.
HEMORRAGIA SUBARACNÓIDE:
convulsão geralmente no segundo dia; RN a termo, bebê bem nos períodos
intercrises.
HEMORRAGIA SUBDURAL:
50% desenvolvem convulsão nas primeiras 48 horas.
HEMATOMA INTRACEREBRAL
INFARTO CEREBRAL:
RN a termo
convulsões motoras focais.
DISTÚRBIOS METABÓLICOS:
hipocalcemia, hiponatremia e hipoglicemia são os mais comuns
INTOXICAÇÃO POR ANESTÉSICO LOCAL:
RN com asfixia, flacidez e apnéia, bradicardia e hipotonia nas primeiras 6 - 8
horas de vida.
INFECÇÃO INTRACRANIANA:
12% dos casos de convulsão (meningite bacteriana).
Avaliar a possibilidade infecções do grupo TORCHS
MALFORMAÇÕES DO SNC:
Ex: Lisencefalia, Paquigiria, Polimicrogiria.
SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA :
166
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DIAGNÓSTICO
Anamnese e exame físico:
Exames complementares:
Laboratóriais: Glicemia, íons, Hemograma, PCR.
Líquor
Neuroimagem: USTF, TC, RNM
Neurofisiológico: EEG, Poligrafia, video-EEG.
Demais exames conforme suspeita clínica
Amônia, lactato, cromatografia de aa e carboidratos em sangue e
urina, para pesquisa de doenças metabólicas,
Sorologias específicas na suspeita de infecções congênitas do grupo
TORCHS.
Cariótipo na suspeita de síndromes genéticas, etc.
167
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TRATAMENTO
Se o paciente em crise:
Fazer bolus de midazolam (preferível) ou diazepam, por serem drogas de
ação rápida.
Pode-se repetir até 3 vezes com intervalo de 5 minutos. (Fazer também
glicemia capilar)
Em seguida, usa-se Fenobarbital.
MIDAZOLAM:
Dose: 0.1-0.2 mg/kg/dose EV, IM, Bucal ou intranasal
Apresentação: Dormonid® (5mg/5ml) ou (15 mg/5ml) ou (50mg/10ml)
Crises refratárias:
MIDAZOLAM CONTÍNUO:
Bolus: 0.1-0.2mg/kg
Infusão contínua: 1mcg/kg/min, até máximo de 18 mcg/kg/min
TIOPENTAL:
Ataque: 1-2mg/kg
Manutenção 1-10mg/kg/h
Apresentação: Tiopental® (FA 500 ou 1000 mg)
168
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PROGNÓSTICO
Depende da etiologia, do tempo que levou para controlar as crises e do EEG (este
reflete a extensão e a gravidade do insulto cerebral)
Além do valor diagnóstico, o EEG tem também valor prognóstico para as
convulsões no período neonatal:
Um traçado com atividade de base normal e adequado para a idade
gestacional é fator decisivo de bom prognóstico.
As alterações discretas na atividade de base, principalmente as que
desaparecem duas semanas após a fase aguda, também são relacionadas
com bom prognóstico.
Ao contrário, a atividade de base muito lenta, com baixa amplitude de onda,
relaciona-se com prognóstico mais reservado.
As principais alterações eletroencefalográficas nas convulsões neonatais são
as descargas focais de ondas agudas ou pontas, repetitivas e localizadas.
O padrão surto-supressão é grave e característico da criança com
encefalopatia.
RN com exame neurológico, USTF e EEG normais à alta, poderão suspender o
uso de anticonvulsivantes. Nos demais, manter a medicação à alta com
reavaliação no ambulatório de Neuropediatria.
REFERÊNCIAS
1. Volpe JJ. Neonatal seisures In: Volpe Neurology of the newborn. 3º ed. Philadelphia,
W B Saunders Co, pg 172, 1995.
169
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5. Vanden Anker JN, Sauer PJJ. The use of midazolan in the premature neonate. Eur J
Pediatr 151: 152, 1992.
7. Kumar A, Bleck TP. Intravenous midazolan for the treatment of refractory status
epileptics. Crit Care Med 20: 483, 1992
9. Scher M S. Seizures in the newborn infant (diagnosis, treatment, and outcome) Clin
Perinatol 24: 735, 1997
10. Koul LR, Aithala GR, Chacko A, Joshi R, Elbnaly MS. Continuous midazolan
infusion as treatment of status epileptics. Arch Dis Child 76: 445, 1997.
11. Hall RT, Hall FK, Daily D. High-dose phenobarbital therapy in term newborn infants
with severe perinatal asphyxia: a randomized, prospective study with three-year follow-
up. J Pediatr 132:345, 1998.
12. Kandall, SR. Treatment strategies for drug-exposed neonates. Clin Perinatol
26:231, 1999.
14. GHERPELLI; J.L. et al. Phenobarbital in newborns with neonatal seizures. A study
of plasma levels after intravenous administration. Brain Dev. 1993 Jul-Aug;15(4):258-
62
170
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MIELOMENINGOCELE
Dr Marcos Evangelista
INCIDÊNCIA
0,2 a 4,3:1000 nascidos vivos, dependendo da população estudada.
USO DE ANTIBIÓTICOS
Iniciar antibióticos independente da lesão estar rota ou não (ampicilina +
gentamicina com dose de cobertura de SNC)
tratar por 7 a 10 dias se LCR normal e 21 dias se LCR alterado
AVALIAÇÃO DA NEUROCIRURGIA
Programar tratamento neurocirúrgico para as primeiras 24 horas de vida, a
menos que exista contra–indicação absoluta para a cirurgia ( tentar cirurgia
antes de 72 horas de vida nos casos de RN instáveis clinicamente)
A cirurgia deve ser realizada, independente de tratar-se de mielomeningocele
rota ou integra.
Solicitar exames pré operatórios
Glicemia
Hemograma
coagulograma
Fazer reserva de sangue para o ato cirúrgico
Esperam-se 72 horas após a correção da mielomeningocele para proceder ao
tratamento neurocirúrgico da hidrocefalia associada, tempo necessário para
obter exame de imagem, cultura de líquor.
Na dúvida sobre hidrocefalia compensada, aguarda-se definição pelo
acompanhamento do PC e USTF (medir PC diariamente e USTF semanal até
definição da necessidade de DVP).
O tratamento da fístula cutânea é a DVP.
171
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EXAME NEUROLÓGICO:
ITENS RELACIONADOS A LESÃO MEDULAR:
AVALIAÇÃO DO NEONATOLOGISTA
Diagnóstico de outras anomalias associadas
Detecção de condições clínicas que contra indiquem a cirurgia
Acompanhamento diário
172
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AVALIAÇÃO DA NEFROLOGIA
A lesão renal e a doença renal crônica estão entre as complicações mais
severas
A lesão renal se inicia nos primeiros 6 meses pós-natais e 20% das crianças
acometidas falecem por complicações da doença renal crônica, ainda no
primeiro ano de vida.
Ao nascimento, a maioria dos pacientes portadores de mielomeningocele e de
bexiga neurogênica possui trato urinário normal.
Sem tratamento, as infecções urinárias, a elevação da pressão vesical e as
alterações secundárias da parede da bexiga podem causar a deterioração da
função renal, no período de 3 anos, em até 58% dos pacientes.
A principal causa de morte nesse grupo de pacientes, em todas as idades, é a
doença renal.
Com o objetivo de prevenir a lesão renal, o tratamento nefro-urológico deve se
iniciar imediatamente após o nascimento visando minimizar os danos vesicais e
ao trato urinário superior secundários a disfunção vesical neurogênica.
Quimioprofilaxia
Todo paciente que apresentar alterações ao US ou evidências de
resíduo pós-miccional, deverá receber quimioprofilaxia com cefalexina,
na dose de 12,5mg/kg/dia, em dose única diária.
Exames a serem solicitados:
Urina rotina, urocultura e gram-de-gota,
Uréia e creatinina, a partir de 72 horas de vida,
US renal e de vias urinárias, no quinto a sétimo dia pós-natais
Uretrocistografia miccional, sob avaliação,
Se disponível, exame urodinâmico.
Procedimentos:
Após a análise dos exames e após a correção cirúrgica da
mielomeningocele, deverá ser realizada a pesquisa de resíduo
miccional , através de cateterismo vesical após micção.
Caso o primeiro cateterismo vesical seja normal, será suficiente repetir o
procedimento semanalmente antes da alta.
Caso ocorra resíduo pós miccional significativo (ver acima) deverá ser
instituído cateterismo vesical intermitente, 6 vezes por dia e deverá ser
planejado o treinamento da família para a realização ambulatorial do
procedimento
175
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Uso de G Muscarinicos
Após a realização dos exames descritos, será discutido o uso de
oxibutinina naquelas crianças com hiperatividade detrusora, com bexiga
de alta pressão e baixa capacidade.
A dose da oxibutinina é de 0,3-0,6mg/kg/dia, divididas em 2 a 3
tomadas. Pode ser realizada aplicação intra-vesical, especialmente nos
casos de intolerância à medicação.
.
AVALIAÇÃO ORTOPÉDICA
Obter radiografias de coluna em AP perfil e RX do quadril
Detecção de escoliose, cifose, pé torto congênito
FISIOTERAPIA
O desenvolvimento da criança tende a ser prejudicado pelo tempo que ela é
obrigada a permanecer no ambiente hospitalar. Seu ambiente e seus
movimentos serão limitados e escassos em estímulos. Porém, a criança com
mielomeningocele, assim como as demais, precisa de estímulos para o
desenvolvimento de sua percepção e motricidade.
Promover e orientar posicionamento adequado no leito de forma a não permitir
o contato da lesão placa neural com qualquer superfície, a não ser a compressa
embebida no soro fisiológico. Estimular o uso do decúbito ventral. Atenção
especial aos membros inferiores que devem ser mantidos em posição simétrica,
com leve abdução.
Orientar mudança regular de decúbito para prevenir as úlceras que são
favorecidas pela ausência de sensibilidade.
Melhorar o desequilíbrio neuromuscular dos membros inferiores paralisados e
prevenir deformidades.
Diminuir a aderência cicatricial, quando houver.
Adequar tônus muscular
Promover o posicionamento funcional.
Estimular o desenvolvimento neuropsicomotor. .
Estimular a auto-organização sensório motora.
Favorecer o desenvolvimento de capacidades funcionais e proporcionar
experiências que auxiliem a criança a desenvolver habilidades apropriadas.
Inibir padrões e desvios patológicos.
ASPECTOS PSICOSSOCIAIS
Um diagnóstico de malformação fetal provoca, inevitavelmente, uma grande
desilusão e descrença para os pais que o vivenciam, os quais se vêem
obrigados a fazer o luto do bebê imaginário.
Processo de luto - única saída da depressão
a) Choque
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PROCEDIMENTOS:
Informação e orientação aos pais acerca da condição do bebê,
envolvendo-os no estudo diagnóstico e esclarecendo as dúvidas que
surgirem
Respeito e acolhimento da forma com que cada pai reage à situação,
considerando o processo singular de cada um e as dificuldades que
surgem diante da situação
Escuta ao que a família entende e consegue dizer a respeito do
diagnóstico e prognóstico
Orientação aos pais quanto ao prognóstico, informando sobre os
prováveis limites, mas também sobre as possibilidades da criança
Orientação aos pais quanto à influência que exercem em relação ao filho
e seu desenvolvimento, dependendo da forma como o recebem
Acompanhamento psicológico aos pais no período de internação
Encaminhamento ao serviço de psicologia da rede, de preferência no
mesmo local em que será realizado o acompanhamento ambulatorial
dos especialistas
Acompanhamento do Serviço Social durante a internação e realização
dos encaminhamentos necessários por esse serviço.
PÓS ALTA
Próximo á alta ligar HSK
33792901 (marcar consulta)
33792920(fax)
Enquanto se aguarda a consulta encaminhar para os profissionais do HOB:
Neuro, Nefro,Ortopedia,Fisioterapia, Pediatria
Cartilha de orientação aos pais sobre o Cateterismo Intermitente Limpo (CIL)
177
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REFERÊNCIAS:
1. Lewis PR. How Amyotrophic Lateral Sclerosis Got Its Name: The Clinical Pathologic
Genius of Jean-Martin Charcot. Arch Neurol. 2001; 58:512-15.
3. Bryan JT, Mary BC. Clinical Features of Amyotrophic Lateral Sclerosis According to
the El Escorial and Airlie House Diagnostic Criteria: A Population-Based Study Arch
Neurol. 2000; 57:1171-76.
5. Lewis PR. Management of patients with amyotrophic lateral sclerosis. Swiss Med
Wkly. 2005;135:626-9.
178
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14. FREUD, Sigmund. Luto e melancolia (1917[1915]). In: Edição Standart Brasileira
das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago,
1996. V.
15. FREUD, Sigmund. Sobre o narcisismo: uma introdução (1914). In: Edição Standart
Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de
Janeiro: Imago, 1996. V.14.
16. GARDNER, Mary. O Psicólogo e a criança com paralisia cerebral. In: FINNIE,
Nancie R.; BAVIN, Jack; MUELLER, Helen; GARDNER, Mary. O manuseio em
casa da criança com paralisia cerebral. 2. ed. São Paulo: Manole, 1980. 351p.
Cap. 15. p.233-246
17. KUBLER-ROSS, Elisabeth. Sobre a morte e o morrer. São Paulo: Martins Fontes,
1998.
18. LIMA, Nádia Laguárdia de. A psicanálise e sua função social no campo da
deficiência mental. In: GUERRA, A. M. C.; LIMA, N. L. A Clínica de Crianças com
transtorno de Desenvolvimento: Uma contribuição no campo da psicanálise e da
Saúde Mental. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. p.127-139
19. SANTOS, Rosângela da Silva; DIAS, Iêda Maria Vargas Dias. Refletindo sobre a
malformação congênita. Revista Brasileira de Enfermagem. v.58 n.5 Brasília
set./out. 2005..
179
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HEMORRAGIA PERIINTRAVENTRICULAR
Dra Jaqueline Rodrigues
FISIOPATOLOGIA:
Fonte: PRO RN
180
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Fonte: PRO RN
CLASSIFICAÇÃO:
1. CLASSIFICAÇÃO DE PAPILE
2. CLASSIFICAÇÃO DE VOLPE
LESÕES ASSOCIADAS:
HEMORRAGIA INTRAPARENQUIMATOSA
Secundária a obstrução da drenagem venosa na região da veia terminal
levando a infarto hemorragico na substância branca, proximo a matriz
subependimária
A reabsorção do infarto hemorrágico leva ao aparecimento dos cistos
porencefálicos
LEUCOMALACEA PERIVENTRICULAR
Necrose da substância branca adjacente aos angulos externos dos ventriculos
laterais
Lesão isquemica bilateral que pode evoluir com multiplos cistos cerebrais
181
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HIDROCEFALIA
dirige-se ao espaço
subaracnoide por meio de
aberturas no 4º ventriculo
granulações da aracnóide
perfuram a dura-mater e
terminam nos seios venosos
182
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PATOGÊNESE
Fonte: PRO RN
183
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Fonte: PRO RN
QUADRO CLÍNICO
CATASTRÓFICA: evolução de minutos a horas com quadro neurológico e
sistêmico importantes ( estupor, coma, convulsões, pupilas fixas,
descerebração, abaulamento de fontanela, choque, distúrbios metabólicos). É
a forma mais rara.
SALTATÓRIA: evolução de horas a dias, com períodos de melhora e piora
SILENCIOSA: assintomática. Geralmente percebe-se apenas anemia e queda
do HTC. Forma mais comum.
DIAGNÓSTICO
Exame de escolha: USTF
Esta indicado USTF de rotina em todo PMT </= 34 sem e </= 1500g, e acima
disto se houver fator de risco para o desenvolvimento de HPIV ( choque,
VM, anemia, distúrbios hemorrágicos, SFA, plaquetopenia, etc).
184
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PREVENÇÃO
Fonte: PRO RN
MANEJO DA HIDROCEFALIA
35% dos pacientes com HPIV desenvolvem hidrocefalia
65%: resolução espontânea da hidrocefalia
5%: dilatação rapidamente progressiva e necessidade de DVP
30%: dilatação lentamente progressiva
20%: resolução espontânea
10%: DVP
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PROGNÓSTICO
Os casos mais graves evoluem com seqüelas importantes, mas mesmo nos
casos mais leves pode haver comprometimento neurológico e os pacientes
devem ser acompanhados a longo prazo pela neurologia e equipe
multidisciplinar
Sequelas motoras: hemiparesia espástica principalmente em MMII
Sequelas cognitivas: comprometimento das aferências visuais, auditivas e
somestésicas
Sequelas globais: desenvolvimento cortical anormal
REFERÊNCIA:
186
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DIAGNÓSTICO DE IRA
Verificar:
Antecedentes gestacionais (oligohidrâmnio, asfixia pré-natal, uso de drogas
nefrotóxicas pela gestante)
Asfixia Peri parto, choque, nefrotóxicos
Presença de lesões obstrutivas (USVU, doppler de VU, cintilografia)
Avaliar sobrecarga circulatória (edema, HAS,ICC, ganho de peso)
Balanço hídrico de 6/6hs ou 12/12hs.
Avaliação laboratorial: gasometria, íons (Na, K, Ca, Mg, P) ,creatinina e uréia
plasmáticas e urina rotina com dosagem de Na, K , creatinina e uréia urinárias.
OSMOLALIDADE PLASMÁTICA
= × + +
187
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Onde: NaU = sódio urinário Cru = creatinina urinária NaPl = sódio plasmático CrPl =
creatinina plasmática Índices válidos só se ausência do uso de diuréticos e dosagens
séricas e urinárias concomitantes.
MANEJO DA IRA
Manter perfusão renal normal: com débito cardíaco adequado, volume intravascular,
oxigenação tecidual, evitando uso de agentes nefrotóxicos. Lembrar-se: a perfusão
tecidual é a diferença entre a pressão arterial média e a pressão venosa de cada local.
Avaliar, portanto do que se tem maior necessidade: Volume? Diurético? Vasopressor?
Afastar causas obstrutivas que exigem alívio imediato por cateterismo ou cirurgia.
MEDIDAS GERAIS
Balanço hídrico rigoroso 6/6h ou 12/12h.
Medida rigorosa volume urinário- na fase aguda- uso de sondagem vesical.
Monitorização rigorosa: FC e ECG
Coleta: Na, K, Cl, P, Ca iônico, gasometria arterial, uréia, creatinina, glicemia e
proteínas totais
Se diurese presente: análise dos sedimentos e dosagens de Na, K, Cl, uréia e
creatinina.
Suporte nutricional adequado para minimizar o estado hipercatabólico.
Monitorização hídrica e eletrolítica rigorosas.
Prevenção das infecções.
TRATAMENTO
DIURÉTICOS
Não há prova definitiva de sua eficácia em aumentar a produção de urina ou em
reduzir a duração e a mortalidade nos casos de IRA.
Assegurar adequado volume intravascular para o seu uso.
Furosemida (diurético de alça - uso na oligúria): dose 0,3 a 1mg/k podendo
chegar a dose 10mg/k.
Uso contínuo 0,1 a 0,5 mg/k/h, induz a menor oscilação na volemia.
Se não houver resposta suspender, pois piora a lesão renal e tem ototoxicidade.
188
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DROGAS VASOATIVAS
Não há fundamentos para o uso de dopamina em ―dose renal‖ de 0,5 a 3,5 a 5,0
mcg/k/min.
BALANÇO HÍDRICO
Restrição hídrica
Perdas insensíveis + perdas fluidos externos (urina, sondas, drenos)
Perdas insensíveis = 300ml/m2/dia – corresponde no RN a 30ml/k/dia
Correção anemia: 5 a 10ml/k de hemácias frescas ,associado a diálise
preferencialmente.
Correção se pH < 7,2 ou bic < 12mEq , se esta contribuir para a hipercalemia, ou
se a capacidade de compensação respiratória estiver alterada.
Correção lenta de metade do déficit, para evitar complicações neurológicas e risco
de convulsões associados a hipocalcemia.
189
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SUPORTE NUTRICIONAL
Se VO intacta e funcionante, iniciar dietas com fórmulas o mais precocemente
possível.
Preferir sempre a nutrição à restrição.
= ×
Estatura em cm
CrPl em mg/dl
Onde:
K→ 0,30 em RNPT
K→ 0,45 em RNT
K→ 0,55 em crianças
K→ 0,70 em adolescentes
DIÁLISE PERITONEAL:
Colocação cateter (SVD/ cateter rígido ou TencKhoff- de demora): inserção no
terço superior e médio, entre o umbigo e a sínfise púbica com lateralização para as
fossas inguinais. (Ideal: tunelização)
Trocas:
30 a 50ml/k. Em RNPTs 20 a 30ml/k por banho.
Ajuste volume de acordo com a distensão abdominal e restrição respiratória.
Aquecer a solução a temperatura corporal.
190
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191
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FONTE: PRO RN
REFERÊNCIAS:
1. Medicina Intensiva em Pediatria – Piva e Celiny – Editora Revinter,2005 – Cap.
33. Insuficiência renal aguda
192
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193
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COMPOSIÇÃO CORPÓREA
A composição da água corporal varia de acordo com a idade gestacional e
pós-natal:
Corpo do adulto:
5% intravascular
60% VEC
40% VEC
194
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PERDAS FISIOLÓGICAS
A diminuição do volume total se faz, principalmente por contração do VEC, do
qual uma parte migra para dentro da célula aumentando o VIC, e outra é
eliminada para o exterior.
195
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MANEJO HIDROELETROLÍTICO
196
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PERDAS INSENSÍVEIS
É a perda de água livre de eletrólitos, por evaporação passiva, sem controle.
Ocorre pela pele e pelos pulmões.
Os RN apresentam uma relação entre a área da superfície e massa corpórea de 3 a 6
vezes maior do que as crianças e adultos, e é inversamente proporcional à idade
gestacional.
A maior interface da pele com o ambiente resulta em um aumento da área capaz de
dissipar calor e de difusão de água.
Nos prematuros extremos, a pele imatura e não cornificada causa uma grande perda
transepidérmica de água livre nos primeiros dias de vida.
Após o nascimento ocorre uma rápida cornificação da pele, sendo que ao final da 1ª
semana de vida há uma redução importante das perdas insensíveis, e a maturação da
pele se completa (nesses prematuros) em torno do 28° dia de vida.
PERDAS INSENSÍVEIS NO RN
Peso (gramas) < 7 dias > 7 dias
500 a 750 100 ml/Kg 80 ml/Kg
751 a 1000 65 ml/Kg 60 ml/Kg
1001 a 1250 55 ml/Kg 50 ml/Kg
1251 a 1500 40 ml/Kg 40 ml/Kg
1501 a 1750 30 ml/Kg 20 ml/Kg
1751 a 2000 30 ml/Kg 20 ml/Kg
> 2000 20 ml/Kg 20 ml/Kg
197
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REFERÊNCIAS:
5. Manual of Neonatal Care - Fifth Edition - Cloherty and col. – 2004 – Cap. 9 Fluid
and Electrolyte Management.
198
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DISTÚRBIOS DO SÓDIO
Uma diminuição do Na+ sérico ocorre em até 65% dos PMBP, geralmente
após a 1ª semana de vida, secundária a uma fração de excreção de sódio
renal (FENa) muito elevada nesses pacientes.
O quadro clínico mais freqüente é o de um prematuro com baixo ganho
ponderal, apesar da ingesta proteicocalórica adequada.
O risco de hiponatremia permanece até a 34ªsemana de IGC, quando a FENa
diminui significativamente.
Na vigência de hiponatremia nunca deixar de considerar a hiponatremia factícia
(pseudohiponatremia) devido a hiperlipidemia ou hiperproteinemia.
Considerar a hiponatemia hiperosmolar – secundária a infusão de manitol,
hiperglicemia.
Diagnóstico:
Perda de peso, turgor da pele diminuído, taquicardia, acidose metabólica,
aumento do nitrogênio uréico são frequentemente observados.
Se boa função renal pode ocorrer diminuição da diurese, aumento da densidade
urinária e redução da FENa.
199
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Diagnóstico:
Na síndrome de secreção inapropiada do hormônio antidiurético (SSIADH)
ocorre aumento de peso, geralmente sem edema; diminuição da diurese e
aumento da osmolaridade urinária.
O diagnóstico de SSIADH presume ausência de débito cardíaco diminuído e
de disfunções renais, adrenal ou da função tireoidiana (fatores que
estimulariam a secreção de HAD).
Diagnóstico:
Ganho de peso com edema, diminuição da diurese, aumento da densidade
urinária e nitrogênio uréico, com baixa FENa são observados em RNs com
boa função renal.
QUADRO CLÍNICO
Baixo ganho de peso
Hipoatividade
Letargia
Hipotermia
Hiporreflexia
náuseas, vômitos
alterações neurológicas ( desde agitação até convulsão e coma).
200
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TRATAMENTO
Paciente hidratado (VEC normal ou ↑) e Na > 120mEq/L:
apenas restrição hídrica (60 a 75% do aporte hídrico recomendado ou
800ml/m²/dia).
Hiponatremia moderada no RN:
aumentar o aporte para 6 a 8 mEq/Kg/dia
Hiponatremia tardia (após 6ª semana DV):
associada ao uso de diuréticos ou ao baixo aporte Na no LM/Fórmulas:
suplementação oral de 2 a 4mEq/Kg/dia de Na+
Distúrbio agudo, paciente sintomático ou Na < 120mEq/L:
corrigir Na para 125mEq/L numa velocidade de 0,5 mEq/Kg/hora.
Não exceder ao aumento de 10mEq/l em 24h.
PACIENTE
SE SINAIS DE PACIENTES NORMO
DESIDRATADO, SEM
CHOQUE OU HIPERVOLÊMICOS
SINAIS DE CHOQUE
• reposição com SF • SF 0,9% ou sol 1:1 • restrição hídrica
0,9% (10 a 20 ml/kg (SF + SGI 5%), em • furosemida
a cada 20 min) infusões lentas de • reposição de Na
10 ml/Kg com sol salina
hipertônica (NaCl
3%)
HIPONATREMIA
HIPONATREMIA CRÔNICA
HIPERAGUDA
(> 48 horas)
( < 12 horas)
• elevar Na até 125 numa • elevar Na até 125 uma
velocidade de até velocidade inferior a 0,5
1Meq/Kg/h Meq/Kg/H
• utilizar NaCl 3% • utilizar NaCl 3%
• correção rápida→risco de
mielinólise pontina cerebral
201
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Volume em mEq a administrar:
(Na desejado - Na atual) x peso x 0,6
Volume em ml de NaCl 3% a administrar:
(Na desejado - Na atual) x peso x 1,2
CONCENTRAÇÃO MÁXIMA PERMITIDA:
50mEq/100ml em acesso central e 15mEq/100ml em acesso periférico
VELOCIDADE MÁXIMA DE CORREÇÃO:
0,5 a 1mEq/Kg/h de Na nos agudos
SOLUÇÕES DE NACL 3%
15ml de NaCl a 20% + 85ml de ABD = 100ml de NaCl a 3%
1 parte de NaCl a 20% e 5,6 partes de ABD = NaCl a 3%
1 parte de NaCl a 10% e 2,3 partes de ABD = NaCl a 3%
202
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Quadro clínico
Etiologia
Déficit de água :
Perda de água livre : sudorese, vômitos, queimaduras, febre, hiperventilação,
perdas insensíveis elevadas.
A hipernatremia no RNPT MBP, nos primeiros dias, geralmente deve-se a perdas
insensíveis aumentadas.
Baixo aporte de água : privação de água, hipogalactia nos amamentados ao seio
Perda renal de água por diabetes insípido: central ou deficiência do HAD, diabetes
insípido renal.
203
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Tratamento da hipernatremia
Paciente desidratado (priorizar sua correção):
Com sinais de choque → SF 0,9% 10ml/Kg em 20min, repetindo-se até correção
do choque .
Se não há sinais de choque → SF 0,9% + SGI 5% (1:1) mais lentamente, entre 8
a 10ml/Kg/h (em cerca de 4 a 6 horas).
Paciente normovolêmico → SF 0,9% + SGI 5% (1:1) a 4-6 ml/Kg/h até que o
sódio caia abaixo de 160.
Esta correção deve ser lenta, com tempo de infusão variando de 6 a 24 h.
Hipernatremia crônica (>24h de instalação):
a correção deve ser lenta. A queda na natremia deve ser no máximo
0,5 mEq/l/hora ou 10 a 15mEq/l/24h.
A correção rápida pode levar a edema cerebral, pois na hipernatremia ocorre a
formação de osmóis idiogênicos que equiparam a osmolaridade do intracelular ao
extracelular, evitando a desidratação intracelular (principalmente no SNC).
Uma redução abrupta da osmolaridade do extracelular (durante a correção
rápida) pode levar ao edema cerebral.
Hipernatremia hiperaguda (<12h):
sintomática ou com Na serico >180mEq/L: deve ser tratada rapidamente.
Usar SGI5% num volume capaz de reduzir o sódio até 170mEq/L.
Se insuficiência renal associada → opta-se pelo método dialítico.
204
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DISTÚRBIOS DO POTÁSSIO
Quadro Clínico:
Alterações neuromusculares: fraqueza muscular, hipotonia, hiporreflexia, apnéia,
paralisias, rabdomiólise
205
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Exames complementares :
EUR
Avaliação do pH e densidade urinária
Determinações das frações excretadas de K e Na.
FEK : K urina x creatinina plasmática x 100
K plasma x creatinina urina
Gases
Íons
Uréia, creatinina
Função hepática
Osmolaridade sérica e urinária.
206
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Tratamento da hipopotassemia:
207
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HIPERPOTASSEMIA OU HIPERCALEMIA
K+ sérico > 5,5 mEq/L na criança maior e > 6 mEq/L nos RNT e lactentes. Nos
prematuros de MBP > 6,5 mEq/L.
Etiologia:
Pseudohipercalemia: leucocitose, trombocitose, hemólise in vitro, técnica imprópria
para coleta de sangue.
Carga de K+ aumentada:
exógena: sangue estocado, uso excessivo de potássio EV, drogas que
contém K+ ( penicilina G potássica).
endógena: catabolismo celular aumentado.
Desvio do potássio do IC para o EC: acidose, deficiência de insulina,
hiperosmolaridade, superdosagem de digital.
Diminuição da capacidade renal de excreção do K+ ( causa mais comum):
IRA ou IRC
deficiência de mineralocorticóide (doença de Addison, acidose tubular renal)
uso de diuréticos poupadores de K+
Quadro clínico:
Em geral assintomático até que os níveis de K+ atinjam 7 mEq/l
No ECG: fazer um ECG e manter monitorizado todo paciente com K+ >6,5mEq/l
(prematuros se > 7mEq/l)
208
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Exames complementares :
Eletrólitos séricos
Glicemia
Gases
Função renal
EUR
FENa e FEK
ECG
209
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Tratamento da hiperpotassemia:
REFERÊNCIAS:
211
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DISTÚRBIOS DO CÁLCIO NO RN
Dra Jaqueline Rodrigues
CONSIDERAÇÕES GERAIS
O cálcio corpóreo encontra-se distribuído no organismo nos ossos (99%) e no espaço
celular e intracelular (1%). Em condições fisiológicas, o cálcio sérico distribui-se da
seguinte forma:
Coagulação sanguinea
Excitabilidade neuromuscular
Condução de impulsos nervosos
Integridade e função das membranas celulares
Atividades enzimáticas
Atividade de glândulas secretória
PTH
• ↓Cai
• ↑PTH
• ↑Mobilização óssea
• ↑Reabsorção óssea ↑Produção de Vit D do rim
• ↑Reabsorção de Ca no rim ↑ Mobilização de P ósseo e fosfatúria
• Ca sérico normal
• P sérico normal ou diminuído
212
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VIT D
• Fígado → 25(OH) D3
CALCITONINA
Secretada pelas células C da tireóide.
Apresenta efeito anti-hipercalcêmico por inibir a reabsorção óssea.
NÍVEIS SÉRICOS DE Mg
Mg é necessário para a liberação e ação do PTH
HIPOCALCEMIA
FISIOPATOLOGIA
No feto há uma concentração alta de cálcio sérico, devido a transporte ativo a nível
da placenta, conseqüentemente ocorre diminuição dos nívies de PTH e aumento
da calcitonina na vida intra-uterina.
Após o nascimento, ocorre queda progressiva dos níveis de cálcio nas primeiras
24 – 48 horas de vida, atingindo um nadir de 7,5 – 8,5.
A paratireóide mantem-se refratária neste período de adaptação, não havendo
aumento compensatório dos níveis de PTH com a diminução do cálcio sérico após
o nascimento.
Esta refratariedade é mais intensa e prolongada nos seguintes pacientes:
PMT / CIUR / PIG
FMD
SFA / SFC
RN doente e/ou com acidose metabólica
213
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RN em fototerapia
Mãe em uso de anticonvulsivantes (aumenta catabolismo da vit D)
RN nascidos na primavera ou de mães com deficiência de Vit D
RN com hipomagnesemia
ETIOLOGIA
DEFICIÊNCIA DE VIT D
Secundária a deficiência materna
Má absorção
Uso de anticonvulsivantes pela mãe (aumenta o catabolismo da vit D)
Insuficiência renal (diminuição da produção de 1,25 (OH)2D3)
Doença hepatobiliar (diminuição da produção de 25 (OH) D3)
Resistência às ações da vit D
MISCELÂNEA
Síndrome do osso faminto: excessiva deposição mineral esquelética que pode
ocorrer em RN PIG, RN com raquitismo ou com hipoparatireoidismo que recebem
altas doses de VIT D para tratamento.
Hiperfosfatemia (pode estar associada com dieta rica em fosfato, insuficiência
renal, asfixia, hipervitaminose D, hipoparatireoidismo e rabdomiólise)
Hipoalbuminemia: Há diminuição do cálcio total, mas o cálcio iônico é normal
Alcalose e terapia com bicarbonato
Infusão rápida de sangue citratado (quelante de cálcio)
Infusão de lipídeos (aumenta a ligação do cálcio com a albumina, causando
diminuição do cálcio iônico)
Furosemida (aumenta calciúria)
Sepsis, choque
214
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Hipotireodismo
Infusão rápida de albumina
Fototerapia (diminui secreção de melatonina e aumenta a captação óssea de
cálcio)
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
ALTERAÇÕES LABORATORIAS
Cálcio sérico:
< 8,5 na criança maior
< 8 RNT
< 7 RNPT
215
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Outros exames:
Fósforo:
Pode estar normal, aumentado ou diminuído, dependendo da etiologia
ECG:
Aumento do QTc (> 0,4 seg)
Aumento do segmento ST
Anormalidades da onda T
RX:
Ausência de timo (Síndrome de Di George)
Sinais de raquitismo
Dosagem do PTH:
Indicado nos casos de hipocalcemia tardia ou persistente, na presença de Mg
normal e P normal ou aumentado
Valores altos sugerem anormalidades de vit D ou pseudohipoparatireoidismo, e
valores baixos sugerem hipoparatireoidismo.
TRATAMENTO
RNPT ou FMD saudáveis e com alimentação plena precoce, sem sintomas
sugestivos de hipocalcemia: não necessitam tratamento. Geralmente há resolução
espontânea após o 3º dia de vida.
Se Ca < ou = 6,5 tratar com Ca oral 45 mg/kg/dia (Max = 75 mg/Kg/dia).
Após normalização dos níveis séricos, reduzir 50% da dose a cada 24 horas até
suspensão.
RN doente, mas sem sinais clínicos de hipocalcemia: Ca IV para manter nível
sérico entre 7 – 8 mg/dl. Iniciar com 45 mg/kg/dia (Max = 75 mg/Kg/dia)
RN com convulsões ou tetania (geralmente Ca < 5):
Gluconato de cálcio 10%: 1 – 2 ml/kg IV em 5 min (monitorizar FC)
Repetir infusão em 10 min se não houver melhora
Após bolus iniciar manutenção de 50 - 75mg/kg/dia IV, até normalização do nível
sérico
Após normalização dos níveis séricos diminuir lentamente a infusão venosa para
evitar rebote: 75 - 35 - 18 mg/kg/dia
216
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Associada com hiperfosfatemia:
dieta com fórmula com pouco P ou LM
ajustar relação Ca/P da dieta para 4:1 utilizando suplemento de Ca, vizando a
diminuição da absorção intestinal de fósforo
suspender gradualmente a suplementação de Ca
Hipoparatireoidismo (RN com hipocalcemia e hiperfosfatemia):
dieta pobre em P + suplemento de Ca
corrigir deficiência de vit D, se presente
Deficiência de Vit D:
Vit D2 5000u/dia. Diminuir lentamente com normalização dos níveis
Vit D3 nos casos indicados ou não responsivos a vit D2
Infusão rápida de cálcio leva ao aumento súbito dos níveis de cálcio sérico e
bradicardia e outras arritmias.
PREVENÇÃO
PROGNÓSTICO
217
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HIPERCALCEMIA
Caracterizada por Ca sérico total > 11 mg/dl ou Ca i > 5 mg/d.
Pode ser assintomática e descoberta acidentalmente em exame de rotina.
Hipercalcemia severa (> 14 ) pode ser dramática e requer tratamento de urgência.
Geralmente é assintomática, mas pode causar sintomas com níveis > 12 e certamente
com níveis >14 mg/dl.
Níveis acima de 17 podem levar ao coma e parada cardíaca.
ETIOLOGIA
A inibição do PTH e da síntese de 1,25 (OH)2 D3 são mecanismos fisiológicos que
previnem a hipercalcemia pelas seguintes ações:
Aumento da mobilização óssea
Diminuição da absorção intestinal
Diminuição do clearance renal
Ocorrerá hipercalcemia quando distúrbios ocasionarem aumento do efluxo de
cálcio para o espaço extracelular de algum dos 3 pools (ósseo, intestinal ou renal)
1.1- Hiperparatireoidismo:
1.2- Hipertireoidismo :
1.3- Hipervitaminose A:
1.4- Hipofosfatemia:
Ocorre estímulo do PTH e aumento da vit (1,25 OH2 D3) e conseqüente aumento
da mobilização óssea de Ca e P
1.6- Hipofosfatasia
218
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2.1- Hipervitaminose D:
4) MECANISMOS INCERTOS
Síndrome de Willians:
hipercalcemia, estenose aórtica valvar, retardo psicomotor, fácies de
duende.
O mecanismo proposto, mas ainda não comprovado, é o aumento da
sensibilidade a vit D, com aumento da absorção de cálcio, e aumento da
secreção de calcitonina
pode aparecer na fase oligúrica devido a aumento do PTH que é estimulado pele
hipofosfatemia presente nestes pacientes
crianças tratadas com calcitriol podem desenvolver hipercalcemia leve
219
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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Geralmente é assintomática, mas pode causar sintomas com níveis > 12 e certamente
com níveis >14 mg/dl. Níveis acima de 17 podem levar ao coma e parada cardíaca
dificuldades na alimentação
diminuição do crescimento linear
hipotonia
fraqueza muscular
hiporreflexia
letargia ou irritabilidade
convulsões
hipertensão / bradicardia
desconforto respiratório secundário a hipotonia ou deformidades da caixa torácica
sucção débil, vômitos, constipação
poliúria (diabetes insipidus nefrogênico) / insuficiência renal
hepatoesplenomegalia
anemia
calcificações extra esqueléticas (nefrocalcinose, pancreatite, conjuntivite, prurido)
pode haver fraturas expontâneas quando associado com hipofosfatúria
220
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DIAGNÓSTICO
HISTÓRIA:
EXAME FÍSICO:
ALTERAÇÕES LABORATORIAIS:
Cálcio sérico:
≥ 14 sugere hiperparatireoidismo primário ou depleção de P em RNMBP.
Hipofosfatemia:
pode estar presente na depleção de P, hiperparatireoidismo ou hipercalcemia
hipercalciúrica familiar.
Fosfatase alcalina:
diminuída na hiopofosfatasia e aumentada na deficiência de P
RX:
Desmineralização hiperparatireodismo
Reabsorção subperiostea
Rarefação submetafisária: hipervitaminose D
221
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TRATAMENTO DA HIPERCALCEMIA
Fosfato inorgânico:
pode ser usado em pacientes hipofosfatêmicos
promove acréscimo mineral ósseo e inibe reabsorção óssea
administração venosa deve ser evitado em pacientes com hipercalcemia severa,
a menos que haja hipofosfatemia grave (< 1,5), pois pode ocorrer calcificações extra
esqueléticas. Dar preferência para uso VO.
Glicocorticóides
efeito nos casos de hipervitaminose D e A e na necrose gordurosa SC (inibe
reabsorção óssea e absorção intestinal de Ca)
Ineficaz no hiperparatireoisdismo
hidrocortisona 10 mg/kg/dia ou metilprednisolona 2 mg/kg/dia
Diálise peritoneal: principalmente em pacientes com insuficiência renal
Outros tratamentos:
Dieta pobre em Ca e pobre em vit D
Hipervitaminose A ou D
Necrose gordurosa sc
Sindr Willians
Calcitonina: pouca experiência em RN.
Paratireoidectomia cirúrgica com reimplante de pequena amostra do tecido em
sítio ectópico mais acessível (geralmente antebraço).
222
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DISTÚRBIOS DO MAGNÉSIO
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Cerca de 1/3 é ligado a proteína. A fração livre é a fração ativa (atualmente não há
métodos disponíveis para dosagem da fração iônica).
Absorvido no íleo e cólon: absorve 40% do Mg da dieta.
Eliminação renal: ocorre aumento considerável com Mg > 2,5.
Reabsorvido na alça de Henle.
Fatores que levam a diminuição da reabsorção: expansão volumétrica,
hipercalcemia, diuréticos (alça, tiazidicos, osmóticos).
ETIOLOGIA
Aporte excessivo que supera capacidade de excreção renal
Tratamento materno com sulfato de Mg para pré-eclampsia ou TPP
Administração de antiácidos contendo Mg
Excesso de Mg em NPT
Uso de enemas com Mg (contra-indiciados em RN)
Asfixia e PMT: diminuição da excreção renal
TRATAMENTO
Remover fonte exógena: geralmente é suficiente.
Hidratação adequada para garantir bom fluxo renal.
Se sintomas severos infundir Ca IV para reversão dos sintomas (Ca é
antagonista).
Exsanguineotransfusão / diálise peritoneal / hemodiálise: raramente necessárias
223
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ETIOLOGIA
QUADRO CLÍNICO
Sinais clínicos geralmente aparecem com Mg < 1,2 mg/dl Sinais de hiperexcitabilidade
neuromuscular
Sintomas precoces
Náuseas
Vômitos
Letargia
224
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DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
TRATAMENTO
REFERÊNCIAS:
1. Wilker R, Metabolic problems, in Cloherty J.P., Manual of neonatal care, 5ª ed, 529-588
225
MANUAL DE ROTINAS E PROTOCOLOS
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HIPERGLICEMIA NEONATAL
Dra Flávia Cardoso Rodrigues
INTRODUÇÃO
A hiperglicemia é um problema comumente encontrado nos recém-nascidos
prematuros de muito baixo peso (RNPT-MBP) em uso de glicose venosa, nos que
apresentam diabetes mellitus neonatal e naqueles que têm sepse.
Geralmente os sintomas são inespecíficos e os principais problemas associados
com a hiperglicemia são a hiperosmolaridade (> 300mOsm/L) e diurese osmótica.
Conseqüentemente a desidratação pode ocorrer facilmente nos RNPT-MBP que
possuem as perdas insensíveis de água aumentadas.
O estado hiperosmolar e níveis de glicose > 450mg/dl a 720mg/dl, podem
deslocar a água do compartimento intracelular para o extracelular. A diminuição
do volume intracelular no cérebro pode ser causa de hemorragia intra-craniana
nesses prematuros.
A incidência de hiperglicemia em neonatos muito prematuros tem sido relatada na
faixa de 20 a 86%.
DEFINIÇÃO
A hiperglicemia geralmente é definida como níveis de glicose no sangue total
>180mg/dl e no plasma >150mg/dl.
A maioria dos neonatologistas se preocupa com a hiperglicemia quando os níveis
de glicose ultrapassam 180mg/dl a 200mg/dl.
A glicosúria (excreção urinária de glicose) nos recém-nascidos hiperglicêmicos é
determinada pelo grau da hiperglicemia e pela capacidade tubular renal de
reabsorção de glicose. Essa capacidade reabsortiva é variável nos neonatos e
particulamente reduzida nos recém-nascidos doentes e/ou prematuros
(imaturidade dos túbulos proximais). Logo, a glicosúria isolada não é um bom
marcador de hiperglicemia, pois pode ocorrer com níveis séricos de glicose
normais.
ETIOPATOGENIA
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TRATAMENTO
DX > 140mg/dl
Glicemia em fluoreto
Linha vermelha
Repetir Glicemia e
fazer Glicosúria
Iniciar insulina
Manter TIG em
uso (mínimo de 6)
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INFUSÃO DE INSULINA
Tem sido utilizada quando valores de glicose sérica ultrapassam 200-250mg/dl,
apesar da tentativa de redução, ou quando a restrição prolongada de glicose
administrada por via parenteral diminui o aporte calórico dos RNPT-MMBP,
prejudicando o seu crescimento e desenvolvimento.
Diminuir os níveis de glicose gradualmente para evitar alterações no equilíbrio
célula-soro.
Infusão contínua de insulina:
diluição padrão: 50 UI de insulina regular em 500ml de SGI 5%, SG
10% ou SF0,9% (0,1UI/ml):
0,2 ml/h =0,02 UI/Kg/h
Lavar o equipo com 25ml de solução de insulina para saturar os sítios
de ligação.
A taxa de infusão usualmente utilizada é de 0,01 -0,2 UI/Kg/h.
Dose inicial de 0,02UI/Kg/h.
Checar os níveis de glicose a cada hora até estabilização da taxa de
infusão.
Se os níveis persistirem acima de 180mg/dl, fazer aumentos de
0,02UI/Kg/h.
Caso ocorra hipoglicemia, interromper a infusão contínua e administrar
bolus de glicose a 10%, 2ml/kg.
Infusão de insulina em bolus: dose de 0,05-0,1UI/Kg a cada 4-6h.
Insulina subcutânea: dose de 0,1-0,2UI/kg a cada 6h.
Monitorizar o nível de glicose em 1,2 e 4h e o nível de potássio a cada
6h, inicialmente. Raramente usada, exceto no diabetes neonatal.
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Reduzir insulina
0,02 UI/Kg/h por vez
Manter Dx 4/4 h
Até 0,02 UI/Kg/h e
suspender insulina
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REFERÊNCIAS
1. Wilker RE. Hypoglycemia and hyperglycemia. In: Cloherty JP, Eichenwald EC, Stark
AR, eds. Manual of neonatal Care. Wolters kluwer/ Lippincott Williams & Wilkins 6th
ed.2008:540-549.
2. Ogata ES. Homeostase dos Carboidratos. In: Avery et al, 6ª edição, 2007:806-819.
3. Louik C, Mitchell AA, Epstein MF, Shapiro S. Risk factors for neonatal
hyperglycemia associated with 10% dextrose infusion. Am J Dis Child. 1995;139-783.
231
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HIPOGLICEMIA NEONATAL
Dra Flávia Cardoso Rodrigues
INTRODUÇÃO
DEFINIÇÃO
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ETIOPATOGENIA
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DIAGNÓSTICO
Fitas reagents: medem a glicose total do sangue, que é 15% inferior aos níveis do
plasma. Se revelar uma concentração de glicose < 45mg/dl, o tratamento não deve ser
postergado enquanto se aguarda confirmação de hipoglicemia pela análise
laboratorial.
Estão sujeitas a resultados falso-positivos e falso-negativos.
Checar o código das fitas com o aparelho.
Ver sugestão de monitoramento para os recém- nascidos de risco.
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RNPT ≤ 36s e 6 dias BP ≤ 2500g PIG GIG* 2, 6, 12, 24, 48h RNMD 1, 2, 4, 6, 12,
RNMD CIUR Eritroblastose fetal RN de 24, 48, 72h conforme necessidade
mães que receberam terbutalina,
propranolol e hipoglicemiantes orais
Recém-nascido em uso de nutrição < 72h 2, 6, 12, 24, 48, 72h > 72h 1
parenteral vez por dia
RN assintomático com glicose entre 20- 1 h após alimentação e a cada 6 h até 24h,
40mg/dl no screening se glicose >50mg/dl
RN assintomático com glicose < 20mg/dl 1 h após bolus e início do soro; e a cada
hora (após todo aumento da TIG de
2mg/kg/min) se glicose <50mg/dl
RN assintomático com glicose < 40mg/dl Instituir tratamento e a cada hora até
1 h após alimentação glicose >50mg/dl Após, a cada 6h por 24-48
h
RN sintomático Imediatamente
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TRATAMENTO
HIPOGLICEMIA REFRATÁRIA:
Falha na manutenção dos níveis de glicose normais, apesar da infusão contínua
a uma taxa de 12 a 15mg/kg/min, ou quando a eu glicemia não é alcançada com
7 dias de vida.
Colher amostras de sangue (glicemia, insulina, cortisol, hormônio do crescimento,
lactato, amônia, screening metabólico) e urina (substâncias redutoras,
aminoacidograma) para investigar a causa, antes da administração das seguintes
drogas:
Hidrocortisona: 5 mg/kg/dose de 12/12h EV ou Prednisona 2mg/kg/dia VO.
Glucagon: 0.2 - 0.3 mg/kg IM, ou SC (máximo 1mg).
Não deve ser utilizado nos recém-nascidos PIG.
Os efeitos colaterais incluem vômitos, diarréia e hipocalemia e em altas
doses pode estimular a liberação de insulina.
Diazóxido: 2 - 5 mg/kg/dose de 8/8h VO. Inibe a liberação de insulina.
Adrenalina, hormônio de crescimento: raramente utilizados.
Octreotide: 20-50 mcg SC a cada 6 a 8h.
O tratamento cirúrgico (pancreatectomia parcial) pode ser necessário nos casos
de tumores secretantes de insulina.
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Hipoglicemia
Glicemia < 40mg/dl
Assintomática Sintomática
DX 1h após
DX > 50mg/dl DX < 50mg/dl
> 40mg/dl < 40mg/dl
↑ TIG ( 2mg/kg/min
Manter infusão
por vez) até
Dieta por 24h
euglicemia
(LM ou DX > 50mg/dl por
fórmul duas vezes
as) consecutivas, no
TIG > 12mg/kg/min
monitoramento
2/2h Reduzir TIG
2mg/kg/min a
DX a Colher
cada 6h
cada Sangue:
Aumentar
6h por - Insulina / Cortisol
ingesta oral
24-48h - Hormônio de
DX a cada 6h crescimento
Interromper infusão - Lactato/Amônia
Assegurar Urina:
de glicose EV com
dieta - substâncias redutoras
TIG de 4mg/kg/min
adequada - aminoacidograma
e RN estável
Hidrocortisona
Interromper
Diazóxido } não PIG
monitoramento após 2
Glucagon} não PIG
valores DX > 50mg/dl e
Octreotide
dieta plena.
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REFERÊNCIAS:
6. Wilker RE. Hypoglycemia and hyperglycemia. In: Cloherty JP, Eichenwald EC,
Stark AR, eds. Manual of neonatal Care. Wolters kluwer/ Lippincott Williams &
Wilkins 6th ed.2008:540-549.
7. Ogata ES. Homeostase dos Carboidratos. In: Avery et al, 6ª edição, 2007:806-
819.
239
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INTRODUÇÃO
INCIDÊNCIA
CÁLCIO
Alto no cordão umbilical
Queda progressiva dos valores até 48 horas de vida
Valores voltam a aumentar e mantêm-se mais altos que na vida adulta durante
toda a infância
Reabsorção
Túbulo proximal
Apenas 1 a 2% do Ca filtrado é excretado
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FÓSFORO
Aumenta nas primeiras 48 horas
Independe da absorção intestinal
Provavelmente por redução da excreção renal
Níveis séricos mantêm-se elevados durante toda a infância
Absorção
Ocorre no duodeno e jejuno
Concentração intestinal oferecida
Transporte ativo dependente de Vit D
Reabsorção
80% no túbulo proximal
10% no túbulo distal
10% é excretado na urina
LEITE MATERNO
Oferecido numa taxa de 200 ml/kg/dia
Absorção que corresponde a 60 mg/kg/dia de Ca e 30 mg/kg/dia de P
Absorção muito abaixo do necessário
Leite materno deve ser complementado
FATORES DE RISCO
PN < 1500 g, principalmente < 1000 g / IG < 32 sem
NPT por tempo prolongado / Retardo do início de nutrição enteral
Baixa oferta mineral da dieta: LM sem complemento ou fórmulas para RNT
Imobilização: maior perda de massa óssea
DBP
Uso de medicamentos que aumentam perda renal de cálcio:
Diuréticos
AFT
Cafeína
Aminofilina
Corticóides
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FISIOPATOLOGIA
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ALTERAÇÕES URINÁRIAS
São as alterações mais precoces
Devem ser dosados em urina de 6 horas
Utilizar saco coletor nos meninos e sonda uretral nas meninas
ALTERAÇÕES SÉRICAS
FOSFATASE ALCALINA: valores 4 a 6 x maior que o limite superior do método
FÓSFORO < 4
CÁLCIO N OU aumentado
VIT D normal
VIT D2 normal ou aumentada
PTH diminuído
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ALTERAÇÕES RADIOLÓGICAS
Geralmente detectadas por volta da 6ª sem de vida.
Presentes quando há diminuição de 30 a 40% do CMO.
Escore de Koo:
Grau 1: rarefação óssea
Grau 2: alterações metafisárias, imagem em taça
Grau 3: fraturas espontâneas
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
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TRATAMENTO
Se detectado deficiência mineral
Adequar oferta para 200 - 250 mg/kg/dia de cálcio e 100 - 125 mg/kg/dia de
fósforo
Fosfato tricálcico
Ca = 51,76 mg/ml
P = 24,07 mg/ml
OH = 4,4 mg/dl
PO4 = 73,84 mg/dl
Suplementar dieta até 40 sem IGC pelo menos. Caso os exames permaneçam
alterados com IGC de 40 sem, o tratamento pode ser prolongado e controles
mensais dos exames devem ser realizados até suspensão do tratamento.
Vit D 400 UI/dia
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METABOLISMO DA VITAMINA D
DIETA / SUPLEMENTOS
7- DEHIDROCOLESTEROL
COLECALCIFEROL ERGOCALCIFEROL
LUZ UV (PELE) (VIT D3) (VIT D2)
FÍGADO
CALCIDIOL
(25-HIDOXIVITAMINA D)
RIM
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REFERÊNCIAS:
8. Faerck, J et al. Diet and bone mineral content at term in premature infants.
International pediatrics research foundation, inc.2000, vol 41(1), january 200,
p148
9. Pereda L., Ashneade T., Zaritt J., Carver J.D. The use of quantitative
ultrasound in assessing bone status in newborn preterm infants. Journal of
perinatology 2003: 23:655-659.
10. Pohlandt F., Mihatsch W. A. Reference values for urinary calcium and
phosphorus to prevent osteopenia of prematurity. Pediatr Nephrol 2004;
19:1192-1193
11. Trindade, CE. Importância dos minerais na alimentação do pré termo extremo.
J pediatr (Rio J).2005; 81 (1 supl): S43-S51
14. Rigo J.,Pieltain C., Salle B., Senterre J. Enteral calcium, phosphate and vitamin
D requirements and bone mineralization in preterm infants. Acta Pediatrica,
2007, pp. 969-97
248
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ICTERÍCIA NEONATAL
Dr. Cristiano José Bento
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FOTOTERAPIA
Recomendações da academia americana de pediatria para o tratamento da
hiperbilirrubinemia em recém-nascidos saudáveis a termo
Nível sérico de bilirrubina total, mg/dL
Idade (h) Considere Fototerapia Exsangüineotran Exsangüineotran
fototerapia a sfusão se a sfusão e
fototerapia fototerapia
intensiva falhar b intensiva
<24 c - - - -
25-48 ≥12 ≥15 ≥20 ≥25
49-72 ≥15 ≥18 ≥25 ≥30
>72 ≥17 ≥20 ≥25 ≥30
AA fototerapia é uma opção, dependendo do julgamento clinico.
BA fototerapia intensiva deve resultar em queda de 1 a 2 mg/dL dentro de 4 a 6 horas
nos níveis de bilirrubina total. Se não ocorrer, é considerado falha da fototerapia.
C Recém-nascidos a termo com icterícia clinica em < 24 horas de vida não são
considerados saudáveis, requerendo investigação.
Modificada de American Academy of Pediatrics: Management of hyperbilirubinemia in the
healthy term newborn. Pediatrics 1994: 94:558; American Academy of Pediatrics: Management
of hyperbilirubinemia in the healthy term newborn. Pediatrics 1995; 95:458
Indica-se FT com:
BT >10 mg/dl com 12 h de vida
BT > 12 mg/dl com 18 h de vida
BT > 14 mg/dl com 24 h de vida
BT >15 a qualquer hora
Indica-se Exsanguineotransfusão:
BT > 20 mg/dl
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Utilizar tabela abaixo para avaliar alta e necessidade e reavaliação após a alta:
Fonte PRO RN
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EXSANGUÍNEOTRANSFUSÃO
Indicações para exsanguíneotransfusão:
Níveis potencialmente tóxicos persistentes, apesar de fototerapia intensa;
Sinais clínicos de encefalopatia aguda;
Corrigir anemia e ICC em RNs hidrópicos;
Remover anticorpos circulantes e parar a hemólise em incompatibilidades
sanguíneas, com aumentos progressivos da Bilirrubina, apesar de tratamento
adequado;
Bilirrubina de sangue de cordão > 5 e Hb < 11 em RN com sensibilização Rh.
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IMUNIZAÇÃO NO PREMATURO
Dra. Jaqueline Rodrigues
I. IMUNIZAÇÃO ATIVA
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1. DTP acelular:
Qualquer RN que permaneça internado na unidade neonatal por
ocasião da idade da vacinação
Doença pulmonar ou cardíaca crônica com risco de descompensação
por febre
Doenças neurológicas crônicas incapacitantes
Doença convulsiva crônica
RNPT < 31 s ou PN < 1000g
Reações graves com DTP
3. HiB
Nas indicações de substituição de tetravalente por DTP acelular + Hib
Transplantados de medula óssea e órgãos sólidos.
Nos menores de 19 anos e não-vacinados, nas seguintes situações:
HIV/aids
imunodeficiência congênita isolada de tipo humoral ou deficiência de
complemento;
imunodepressão terapêutica ou devido a câncer
asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas
diabetes mellitus
nefropatia crônica/hemodiálise/síndrome nefrótica
Trissomias/ cardiopatia crônica/ pneumopatia crônica
asma persistente moderada ou grave/fibrose cística
fístula liquórica/ doenças de depósito.
Disponível nos postos de saúde na forma de vacina tetravalente (DTP
+ HIB).
4. Meningococica c
asplenia
Imunodefiências congênitas
Doenças de depósito
< 13 anos com HIV +
5. Influenzae
Doenças pulmonares ou cv crônicas
Nefropatas / hepatopatas
Asplenia
HIV + / imunodeprimidos
Trissomias / doenças de depósito
Doenças neurológicas incapacitantes
Comunicantes domiciliares de pacientes
imunodeprimidos ou com os fatores de risco acima
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Fibrose cística
Profissionais de saúde
6. Varicela
Asplenia
Doenças dermatológicas crônicas
HIV + oligo ou assintomático e susceptível
Imunodeprimidos com imunidade celular preservada
Familiares susceptíveis de pacientes imunodeprimidos
Nefropatia crônica
trissomias
Profissionais de saúde susceptíveis
7. Hepatite A
Coagulopatias
Doenças de depósito
Fibrose cística
Hemoglobinopatias
Hepatopatias crônicas
Portadores de hepatite B ou C
Imunodepressão
trissomias
RECOMENDAÇÕES GERAIS
Rotavírus: por ser uma vacina de VVA deve ser adiada no RN internado.
Vacinar após a alta se idade à alta < 3 m e uma sem ( 14 sem): idade
máxima para administração da 1ª dose.
Dar intervalo de 15 dias após uso de DTPa em PMT < 31 sem e/ou < 1000g
Resposta diminuída nestes pacientes quando aplicação simultânea na 1ª
dose.
Vacinar cuidadores, familiares e equipe profissional de acordo com indicações:
Varicela
Influenzae
Hepatite b
Gripe suína
Febre amarela
DT adulto
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SITUAÇÕES ESPECIAIS:
Ig hep B 3 meses
Ig standart 5 meses
Ig varicela-zoster 5 meses
Sangue total 6 meses
Conc hem 5 meses
Plasma ou plaq 7 meses
USO DE CORTICOIDES:
NÃO CONTRA-INDICAM A VACINAÇÃO NORMAL:
Uso tópico ou aerossol
Doses fisiológicas (< 2 mg/kg/dia de prednisona)
IMUNODEPRIMIDOS:
Não vacinar com
BCG
Rotavírus
VOP
SCR
febre amarela
varicela (se deficiência de imunidade celular)
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PACIENTES RECOMENDADOS:
PMT, 29 a 32 sem, sem DPC, com menos de 12 meses
PMT 33 a 35 sem que apresentem 2 ou mais fatores de risco:
Ambiente de creche
Irmão em idade escolar
Exposição a poluentes domiciliares (fumo)
Anomalias congênitas de VAS
Doenças neuromusculares
2. HEPATITE A:
Indicado para RN cuja mãe apresentou a doença aguda duas semanas antes e
até uma semana após o parto
Dose única: O,5 ml, IM
3. VARICELA ZOSTER:
Indicação:
RN cujas mães apresentaram a doença cinco dias antes e até dois dias após
o parto
RNPT > 28 sem que foi exposto e cuja mãe seja susceptível a varicela
RNPT < /= 28 sem ou PN </= 1000 g expostos, independente da condição
materna em relação a varicela
Dose única: 1,25 ml , IM
REFERÊNCIAS:
2. Tavares EC, Ribeiro JG, Oliveira LA. Imunização ativa e passiva no prematuro
extremo. J Peditr(Rio J), 2005; 81 (supl 1): S89-94
263
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17. Department of microbilogy and /Clinic Microbiology and Blood Bank of Medical
Faculty, University of Mersin. False positive HBSAG result in blood donors due
to administration of three different recombinant DNA hepatitis B Vaccines,
Vaccine, 2203 sep; 21(25-26):3734-7.
18. BC Dow et al. Hepatitis B vaccines may be mistaken for confirmed Hepatitis B
surface antigen-positive blood donors, Vox Sang, 2002 jan; 82(1):15-7.
264
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HIDROPSIA FETAL
Dra Marina Rabelo Bemfica
INTRODUÇÃO:
Doença relativamente rara e complexa
Investigação e tratamento coordenado com equipe multiprofissional
Artigo: protocolo usado no Hospital Universitário de Nottingham
CLASSIFICAÇÃO
Imune: atualmente rara; menos de 1:10000 nascimentos, resultado da melhora
da intervenção antenatal. Anemia resulta da isoimunização por grupo RH ou
outros grupos menores
Não-imune: atualmente a maioria dos casos
Estudos: 50% dos casos sem diagnóstico
Estudo mais recente: diagnóstico em 85% dos casos se avaliação completa pré
e pós-natal. Aproximadamente 40% com alguma anormalidade congênita
ASSOCIAÇÕES
ACV: Taquicardia supraventricular, Hipoplasia do coração esquerdo, Defeitos
de septo, Atresia pulmonar, Malformação AV grande, Truncus arteriosus
AGI: Atresia jejunal, Fibrose hepática, Malformação vascular hepática
AGU: Síndrome nefrótica congênita, Rins policísticos, Obstrução de veia renal
Hematológico: Isoimunização RH, Alfatalassemia, G6PD
Respiratório: Hérnia diafragmática, Fístula traqueo-esofágica
Neurológico: Encefalocele, /agenesia de corpo caloso, Artrogripose
Infecção: Parvovírus, CMV, Sífilis, Toxoplasmose, Leptospirose, Doença de
Chagas, Hepatite congênita
Cromossômica: Trissomia do 21, Triploidias, Síndrome de Turner (45X)
CONSIDERAÇÕES OBSTETRICAS
Maior risco: gestações prévias de hidrópicos, natimortos, gestações gemelares
(monocoriônica, polidrâmnio)
Diagnóstico antenal: US (crescimento, estrutura cardíaca, freqüência e ritmo
cardíacos, anormalidades anatômicas, características que indicam
anormalidades anatômicas)
Se algum achado indique hidropisia ao US (ascite, derrames pleural e
pericárdico, edema de pele): investigação materna
Concentração de Hg
ABO, RH, grupos menores (B, C, Kell)
Investigação de DST
TORCHS e Parvovírus
Anticorpos maternos, anti-cardiolipina, anti-Ro
Αlfafetoproteína
Eletroforese de Hg
Anticoagulante lúpico
G6PD
Investigações invasivas:
Cariótipo: cordocentese, amniocentese, biópsia placentária
Estudos virais, concentração de Hg, eletroforese de Hg, grupos
sangüíneos: cordocentese
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TRATAMENTO INICIAL
Intubação
VM inicialmente alta (PIP30 / PEEP 4-8)
Cateterismo umbilical
Derrame pleural e ascite drenados em sala de parto: severos ou obstrução
respiratória
Derrame pericárdico drenado: tamponamento cardíaco
Suporte hemodinâmico
Correção de distúrbios metabólicos
Uso de albumina questionável
INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL
Sangue:
Função renal, íons
Proteína total, albumina, eletroforese de proteína
Função hepática
Bilirrubinas
Osmolaridade
Hemograma
Grupo sangüíneo
Eletroforese de Hg
TORCHS + Parvovírus
Cariótipo
Urina: albumina para excluir síndrome nefrótica
Líquido pleural / ascítico
Rx de tórax
ECG
US: USTF, Ecocardiograma, US renal
PROGNÓSTICO
Hidropisia diagnosticada no 1º e 2º trimestres: resolução espontânea no termo
50% dos casos sem diagnóstico
Mortalidade: 50 a 95% dos casos, dependendo da gravidade da hidropisia, sua
causa e concentração de proteína sérica ao nascimento
Mortalidade menor na taquicardia supraventricular tratada com digoxina
REFERÊNCIA:
266
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CITOMEGALOVIROSE CONGÊNITA
Dra Daniela Márcia Carvalho
FORMAS DE INFECÇÃO
Contato sexual;
Contato próximo;
Transmissão vertical;
Transplante de órgãos;
Transfusão sanguínea;
RASTREAMENTO SOROLOGICO
•IGG NEGATIVA
•IGM NEGATIVA
•AUSENCIA DE IMUNIDADE
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•IGG POSITIVA
•IGM POSITIVA
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PROPEDÊUTICA FETAL
Gestante com infecção aguda ou presença de anomalias ao US sugestivas
infecção pelo CMV.
Fazer amniocentese após 21 semanas de gestação:
FETO
INFECTADO
US ALTERADO = US NORMAL =
PROGNÓSTICO PROPOR
RESERVADO CORDOCENTESE
CITOMEGALOVIROSE CONGÊNITA
Pode ser transmitida em qualquer período gestação ( mais grave na primeira
metade ).
Infecção primária:
acometimento fetal em 35 a 50% dos casos.
15% evoluem para aborto espontâneo.
Infecção secundária: acometimento fetal em 0,5 a 1% casos.
CLÍNICA
Se apresenta sob a forma de um amplo espectro clínico, desde o
acometimento grave até a forma limitada à eliminação viral assintomática.
269
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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Toxoplasmose
Rubéola
Sífilis
Herpes simples
Parvovírus B19
Enterovírus
Sepse
Doença hemolítica por incompatibilidade sanguínea
EIM
Anemias hemolíticas
DIAGNÓSTICO
A doença congênita por CMV é definida pela presença simultânea dos 3
critérios a seguir:
Sífilis congênita
Toxoplasmose congênita
Infecções congênitas por outros vírus
270
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Observações:
3. Detecção após 4ª semana de vida indica que a infecção viral pode ter sido
adquirida no período peri ou pós-natal.
MÉTODOS SOROLÓGICOS
Detecção de IgM e IgG específicos contra CMV pode ser feita por diversos
métodos: Imunofluorescência Indireta, Elisa, Radioimunoensaio.
Detecção de IgM é altamente sugestiva de infecção congênita por CMV.
Recomendável confirmar pela detecção vírus.
Ausência IgM não afasta infecção congênita por CMV.
Apenas 30 a 70% das crianças infectadas intra-útero apresentarão IgM
específico ao nascimento.
Testes seriados IgG podem demonstrar aumento dos títulos, mas não
permitem diferenciar infecção congênita de infecção perinatal.
MÉTODOS VIROLÓGICOS
Isolamento viral em cultura de fibroblasto humano:
Método convencional para isolamento do CMV.
Urina e saliva são as amostras clínicas mais utilizadas por conterem
grande quantidade de vírus.
Sangue, LCR, materiais de biópsia também podem ser usados.
271
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AVALIAÇÃO CLÍNICA
Determinação da infecção viral em vários órgãos
Medir perímetro cefálico
Observar presença de hepatoesplenomegalia e petéquias
Avaliação auditiva
Fundo de olho
Hemograma completo com plaquetas, TGO, TGP, Bbs
USTF, TC crânio e PL
RX Crânio
RX Crânio e
e USTF baixa
USTF baixa sensibilidade
sensibilidade para
para calcificações
calcificações intracranianas.
intracranianas.
TC Crânio
TC Crânio deve
deve ser
ser realizado
realizado em
em todas
todas as
as crianças
crianças com
com a
a doença,
doença, inclusive
inclusive as
as
assintomáticas.
assintomáticas.
Punção Lombar
Punção Lombar deve
deve ser
ser realizado
realizado em
em todas
todas crianças
crianças sintomáticas
sintomáticas (( Observar
Observar
presença de
presença de proteinorraquia
proteinorraquia ).
).
TRATAMENTO
O objetivo do tratamento específico da infecção congênita por CMV é diminuir
a frequência e gravidade das sequelas neurológicas.
Tratamento de casos selecionados
Criança sintomática.
Infecção confirmada.
Idade < 1 mês na ocasião do diagnóstico.
Evidências de envolvimento do SNC, coriorretinite e/ou alteração
auditiva
272
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Exclusão * Rn assintomático
* Rn sintomático s/ alteração SNC, exceto PI.
* Creatinina sérica > 2 mg/dl.
TOXICIDADE DO GANCICLOVIR
Neutropenia ( 500 células/mm3 ) e plaquetopenia ( 50.000/mm3 ) reduzir
a dose do ganciclovir para 4 a 6mg/k/dia.
Se as alterações persistirem por mais de 1 semana ou piorarem, o fármaco
deverá ser suspenso até a normalização dos exames.
273
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REFERÊNCIAS:
274
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TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
Dra Daniela Márcia Carvalho
A Toxoplasmose é uma infecção parasitária causada pelo Toxoplasma gondii, que tem
como hospedeiros definitivos o gato e outros felinos, como hospedeiros intermediários
o homem e outros mamíferos e as aves e outros animais domésticos como
reservatório.
A Toxoplasmose congênita é um grave problema de saúde pública, por ser uma
importante causa de deficiência visual, audiiva e/ou neurológica.
AGENTE ETIOLÓGICO
TRANSMISSÃO TOXOPLASMOSE
IMUNIDADE
275
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RESPOSTA IMUNE
REATIVAÇÃO
A resposta imunológica após infecção aguda leva a controle da infecção com
parada da replicação dos taquizoítos e formação de cistos teciduais (cérebro, pulmão
e retina).
Os cistos se encontram em equilíbrio imunológico com o hospedeiro e induzem
pouca ou nenhuma resposta inflamatória no hospedeiro imunocompetente.
276
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Gestante Imunocompetente
Apenas reativação de um foco ocular pode levar a sintoma clínico.
Quadro autolimitado.
Gestante com alterações visuais sem comprometimento sistêmico.
Pode-se observar aumento de IGG.
Deve-se tratar para evitar danos visuais.
Não há necessidade de propedêutica fetal (sem parasitemia).
Gestante Imunocomprometida
Mais comum em pacientes com AIDS.
Doença normalmente restrita ao SNC.
Diagnóstico sorológico difícil (Comprometimento da síntese de ac pela doença e
pela gestação).
Pode levar a infecção congênita.
Risco de transmissão fetal é desconhecido. Provavelmente relacionado ao grau de
imunossupressão.
Terapia profilática se CD4<200 para reduzir risco de infecção congênita.
REINFECÇÃO
Existe a possibilidade de reinfecção por outras cepas de toxoplasma sem
imunidade cruzada com a cepa anterior.
São limitados os conhecimentos a respeito das manifestações clínicas e resposta
sorológica.
Parece que cursa co aumento de IGM e IGA.
Relatos de possibilidade de transmissão para o feto com manifestações graves.
Mais estudos são necessários.
277
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IGM – E IGG –
Gestante Susceptível
Controle sorológico trimestral
Orientações para prevenção primária.
Orientações higienodietéticas
IGM – E IGG +
Pode ocorrer reativação e reinfecção
Gestante imunocompetente: não é necessário controle sorológico. Orientar
medidas profiláticas.
Gestante imunodeprimida: Solicitar CD4 trimestral.
IGM + E IGG –
Quadro inicial no qual os ac IGG ainda não puderam ser detectados ou Falso
positivo (testes atuais são extremamente sensíveis).
Repetir sorologia em 2 semanas.
Se IGG positivo: Infecção aguda.
Se IGG negativo: IGM falso positiva.
IGM + E IGG +
Deve-se diferenciar infecção aguda de ac IGM residual.
Solicitar teste de avidez da IGG
A medida que a infecção amadurece, os ac IGG vão apresentando avidez cada
vez maior.
278
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PROTOCOLO HOB
Sorologia desconhecida
Solicitar sorologia no dia do parto
IGG > 300 no parto sem sorologia prévia e RN com sorologia < materna
Acompanhamento posto de saúde.
279
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TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
Alterações US
Dilatação ventricular
Calcificação intracraniana
Espessamento placentário
Calcificação hepática
Hepatomegalia
Poliidrâmnio
Derrame pericárdico
Esplenomegalia
CIUR
TRANSMISSÃO FETAL
280
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QUADRO CLÍNICO
SINAIS E SINTOMAS
Estrabismo
Hepatomegalia
Esplenomegalia
Linfadenopatia
Icterícia
Microcefalia
Hidrocefalia
Calcificações cerebrais
Convulsões
Febre
Vômitos
Coriorretinite
Catarata
Anemia
Sangramentos
Prematuridade
Pneumonite intersticial
Miocardite
Surdez
Alteração LCR
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Diagnóstico pré natal: PCR no líquido amniótico/ US gestacional
Diagnóstico etiológico: isolamento do parasita/ag no sangue ou líquidos corporais,
demonstração de cistos na placenta ou tecidos do feto ou RN, demonstração dos ac
através dos testes sorológicos
281
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TESTES SOROLÓGICOS:
IGM: a presença de IGM positiva após o 5ºDV confirma a infecção congênita.
(Elisa 25% Falso negativo; RIF Positiva em 25% dos casos)
IGG materna: torna-se praticamente ausente no lactente entre os 6 e 12 meses
de vida.
EXAMES COMPLEMENTARES:
Sorologia do RN
Hemograma
Fundoscopia
Punção liquórica (indicada para pacientes com sintomas ou alterações nos
exames de imagem)
Exames de imagem (RX simples de crânio/ TC crânio / USTF)
TRATAMENTO
Pirimetamina:
Dose: 1mg/k/dia por 6 meses, seguido da mesma dosagem 3x/sem até 1 ano.
Apresentação: 5mg/ml
Sulfadiazina:
Dose: 100 mg/k/dia dividida em 2 doses por 1 ano.
Apresentação: 50mg/ml
Ac. Folínico:
Dose: 5-10 mg 3x/sem para prevenir ou minimizar os efeitos colaterais das drogas.
Apresentação: 15mg/ml
EFEITO COLATERAL
Pirimetamina: depressão da medula óssea, geralmente gradual e reversível,
intolerância TGI e teratogênese.
Neutropenia é o mais frequente.
Se < 1000/mm3: aumentar ác. folínico para 10mg diariamente
Se < 500/mm3: interromper pirimetamina até normalizar o quadro
OFTALMOLÓGICO
Exame oftalmológico ao diagnóstico e de 3/3meses no primeiro ano de vida.
Após de 6/6meses até ela ser capaz de relatar déficits isolados de visão (período
escolar).
A partir desse período, anual ou a qualquer momento se algum sintoma ocular.
282
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TRIAGEM AUDITIVA
BIBLIOGRAFIA:
1. Couto JCF, Andrade GMQ, Tonlli E. Infecções perinatais 2006; Toxoplasmose,
capítulo 26, pg 445-492.
283
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SÍFILIS CONGÊNITA
Dra. Alessandra Freire Costa
ETIOPATOGENIA
SÍFILIS CONGÊNITA
INCIDÊNCIA
QUADRO CLÍNICO
Prematuridade
Baixo peso ao nascer
Hepatomegalia (com ou sem esplenomegalia)
Lesões cutâneas (pênfigo palmo - plantar, condiloma plano, roséola)
Periostite, osteíte ou osteocondrite podendo levar à imobilidade antálgica
(pseudoparalisia de Parrot)
284
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DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO
Desvantagens
Resultados falso-positivos: reação cruzada com outras infecções treponêmicas e
outras dçs (lupus, artrite reumatóide, hanseníase)
Resultados falso-negativos: pelo excesso de anticorpos (efeito prozona) → fazer
diluição prévia
FTA-ABS/ ELISA
Vantagens
Elevada especificidade (exclusão dos falso-positivos): 94 a 100%
285
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Criança: para seguimento após 18m de vida (anticorpos da mãe não são mais
detectados)
Desvantagens
Baixa sensibilidade
Não são úteis para monitoramento (permanece elevada)
Todo tratamento realizado com qualquer medicamento que não seja penicilina
Tratamento incompleto, mesmo sendo com penicilina
Tratamento inadequado para a fase clínica da doença
Instituição de tratamento dentro do prazo dos 30 dias anteriores ao parto
Ausência de queda dos títulos (VDRL) após tratamento adequado
Parceiro não tratado ou tratado inadequadamente ou quando não se tem
informação disponível sobre o seu tratamento.
286
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SEGUIMENTO
287
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FLUXOGRAMA
REFERÊNCIAS:
2. Manual of Neonatal Care - Sifth Edition - Cloherty and col. – 2007 – Cap. 23D
Syphilis .
288
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289
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290
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291
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DURANTE A GESTAÇÃO:
292
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Fonte: PRO RN
293
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EPIDEMIOLOGIA
HSV 1:
único reservatório é o homem, em especial aqueles com doença labial
recorrente.
Pode causar doença genital.
A aquisição ocorre geralmente durante a infância, na maioria das vezes
assintomática, algumas vezes relacionado a gengivoestomatite
HSV 2:
apresenta relação direta com doença genital, sua soroprevalência correlaciona
com início da atividade sexual e a transmissão primária ocorre por contato
genital-sexual para HSV 2 e oral –sexual para HSV 1 nas infecções genitais.
Estudo realizado nos EUA (CDC): mostraram que 35% das crianças negras e
18% das brancas foram infectadas pelo HSV 1 até 5 anos.
Em maiores de 12 anos: 27,1% (não possuiam Ac para HSV 1 e 2)/ 51% para
HSV 1/ 5,3% para HSV 2/ 16,6% para ambos.
Sexo feminino, número de parceiros,nível educacional, raça negra,idade
adulta, representam a parcela da população com maior risco de aquisição do
HSV 2.
Os anticorpos IgM podem ser identificados após 10 dias do início da infecção,
a concentração aumenta progressivamente 2 a 3 meses, atingindo platô,
podendo permanecer positivo por até um ano.
Anticorpos IgG são identificados a partir da segunda semana, e o aumento de
sua titulação em duas vezes, diante de sintomatologia materna, sugere
infecção HSV.
INFECÇÃO MATERNA
Geralmente é assintomática.
As gestantes com infecção genital primária tem maior chance de transmitir o
vírus para seus filhos, porém a infecção genital recorrente é a forma de
transmissão mais frequente para o concepto.
294
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Para que ocorra transmissão no período perinatal a gestante tem que estar
eliminando o vírus no momento do parto.
Na infecção primária a replicação viral é alta e o tempo de excreção dura em
torno de 3 semanas.
Na infecção recorrente, o tempo de excreção viral dura cerca de 2 a 5 dias, se
recorrência sintomática, e a quantidade de vírus é menor. Na recorrência
assintomática a excreção viral dura de 24-48 horas.
Tentativa de classificar a infecção é impossível
HERPES E GESTAÇÃO
295
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IMUNIDADE NEONATAL
HSV- PERINATAL
As infecções perinatais por HSV são sempre graves, com alta morbidade e
mortalidade, com alto índice de sequelas, especialmente nas formas
disseminadas ou com envolvimento do SNC
O acompanhamento de crianças sobreviventes ao herpes neonatal mostra
retardo mental importante em várias delas.
ASPECTOS CLÍNICOS:
296
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Manifestações clínicas:
Diagnóstico diferencial
Sepse bacteriana
Infecções por enterovírus
CMV
Rubéola
Vírus varicela-zoster
Exames Complementares:
297
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Tratamento
Morbimortalidade:
PREVENÇÃO:
MANEJO DA GESTANTE:
Pacientes com Herpes recorrente: risco de infecção viral é menor que 1:2000
partos.
Realizar exame genital antes do parto
Pacientes com lesão ativa no momento do parto:
Parto por cesariana
O tempo de bolsa rota interfere no risco de transmissão do vírus.
Pacientes sem lesões ativas:
Parto de acordo com indicações obstétricas
A terapia antiviral está indicada para a gestante em duas situações;
Infecção disseminada, onde a mortalidade materno-fetal é elevada
Presença de lesões genitais no final da gestação.
298
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REFERÊNCIAS:
1. Couto, Julio César eT all. Infecções perinatais; 10: 143-168.
299
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SEPSE NEONATAL
Dr. Cesar Passamani / Dr. Marcos Evangelista Abreu
SEPSE PRECOCE
FLORA
Materna:
Streptococcus do grupo B;
Escherichia coli;
Listeria monocytogenes;
Enterococcus spp.
MAIORES :
Rotura de membranas ≥ 18 horas
História de mãe portadora de estreptococo B
Corioamnionite
Febre materna (>38ºC) mais pelo menos dois dos seguintes:
Dor uterina
Útero amolecido
Fisiometria
Taquicardia fetal (>170bpm)
Taquicardia materna
Leucocitose materna (GL>13.000)
MENORES:
Febre materna de origem desconhecida
ITU não tratada ou tratada < 72 horas
Prematuridade sem causa determinada
Parto domiciliar
Leucorréia materna
Rotura de membranas fora de trabalho de parto
Ausência de pré-natal
Sepse materna de qualquer origem
300
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QUADRO CLÍNICO
Variável
Multissistêmico
Assintomático
1. Instabilidade térmica (Tax < 35,5ºC ou > 38,0ºC por mais de 30 min)
5. Hipotonia, convulsões
6. Letargia, irritabilidade
8. CIVD
EXAMES LABORATORIAIS
Hemocultura
Coleta única de 1ml = sensibilidade 30 – 40%
Proteína C reativa (PCR)
> 10mg/l OU 1mg/dl
Aumenta com até 24 horas
Pico 2 – 3 dias
Normaliza em 5 – 10 dias
Influenciado por outros fatores
IL-6, IL-8, citocinas, TNF.
Hemograma
Leucocitose:
Leucócitos > 25.000/mm³ ao nascimento
Leucócitos > 30.000/mm³ entre 12-24 horas
Leucócitos > 21.000/mm³ ≥ 48 horas
Leucopenia: leucócitos < 5.000/mm³
301
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Líquor :
302
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RN SINTOMÁTICO
INDEPENDENTE DA IG
Avaliar
manutenção de Suspender
antibióticos por 7 Antibióticos
dias
303
304
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No RN assintomático, com IG ≤ 34 sem, com 1 fator de risco menor ou sem fatores de risco, considerar rastreamento infeccioso ao nascimento e/ou com 24-48h de vida.
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SEPSE TARDIA
FLORA
Staphylococcus coagulase negativo
E. coli
Klebsiella pneumoniae
Enterococcus sp.
S. aureus
Cândida (crescimento tardio)
EXAMES LABORATORIAIS
Todos os RN devem ser submetidos à propedêutica completa:
Hemograma, PCR, hemocultura com pesquisa para fungos, EAS, urocultura, líquor
e RX de tórax.
TERAPÊUTICA
TEMPO DE TRATAMENTO
305
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306
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≤29 0 – 28 48 Ataque : 15
>28 24 Manutenção: 7,5
30 - 36 0 – 14 24 Ataque : 15
> 14 12 Manutenção: 7,5
37 – 44 0–7 24 Ataque : 15
>7 Manutenção: 7,5
≥45 TODOS 8 Ataque : 15
Manutenção: 7,5
≤29 0 – 28 12 Usual: 25
>28 Meningite: 50
30 – 36 0 – 14 12 Usual: 25
> 14 8 Meningite: 50
37 – 44 0–7 12 Usual: 25
>7 8 Meningite: 50
≥45 TODOS 6 Usual: 25
Meningite: 50
307
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REFERÊNCIAS:
2. Haque KN, et al. Definitions of bloodstream infection in the newborn. Pediatr Crit
Care Med 2005 Vol. 6, No. 3. S45-9.
4. Reese H, Bloom BT, Spitzer AR, Gerstmann DR. Empiric use of ampicillin and
cefotaxime, compared with ampicillin and gentamicin, for neonates at risk for sepsis is
associated with an increased risk of neonatal death. Pediatrics 2006;117;67-74.]
5. Mishra UK, Jacobs SE, Boyle LW, Garland SM. Newer approaches to the diagnosis
of early onset neonatal sepsis. Arch. Dis. Child. Fetal Neonatal Ed. 2006;91;208-212.
7. Rodwell RL, Leslie AL, Tudehope DT. Early diagnosis of neonatal sepsis using a
hematologic scoring system. J Pediatr, 1988; 112:761-7
8. Costa ML, Neves FAC, Diniz ALN, et al. Sepse Neonatal – COPIHMI. 2ª ed. Agosto
/ 2008.
9. Contopoulos-Ioannidis, Despina G., Giotis, Nikos D., Baliatsa, Dimitra V., Ioannidis,
John P. A. Extended-Interval Aminoglycoside Administration for Children: A Meta-
analysis Pediatrics 2004 114: e111-e118.
10. Bomela HN, Ballot DA, Cory BJ, Cooper PA. Use of C-reactive protein to guide
duration of empiric antibiotic therapy in suspected early neonatal sepsis. Pediatr Infect
Dis J, 2000;19:531–5.
11. Schelonka RL, Freij BJ, McCracken Jr, GH. Bacterial and fungal infections, in
MacDonald MG, Seshia MMK, Mullett MD, Avery’s Neonatology. Lippincott Williams &
Wilkins. 6ª Ed. 2005, 1235-75.
12. Edwards MS. Postnatal bacterial infections. In Martin RJ, Fanaroff AA. Fanaroff
and Martin’s Neonatal-Perinatal Medicine, 8ª Ed 2006; 791-804.
13. Puopolo KM. Bacterial and fungal infections. In Cloherty JP. Manual of Neonatal
Care, 6ª Ed 2008; 274-300.
14. Leone CR, Sadeck LSR. Sepse Neonatal. In Andrade GMQ, Toneli E.
Infecções Perinatais. Guanabara Koogan. 2006. 375-93.
308
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SEPSE FÚNGICA
Dr Marcos Evangelista
CONCEITO
MORTALIDADE
Varia de 30 a 75%
ETIOLOGIA
A maioria das infecções fungicas no período neonatal são causadas pela Cândida
albicans (60 a 70%) e pela Cândida parapsilosis (25 a 30%).
COLONIZAÇÃO
QUADRO CLINICO
309
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bradicardia
distensão abdominal
INVESTIGAÇÃO
310
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ENDOCARDITE
A anfotericina B em dose máxima deve ser empregada por um período mínimo de
6 semanas.
A endocardite por Cândida tem propensão a recidiva e requer seguimento
cuidadoso por período prolongado (> 1ano).
O fluconazol tem sido empregado como terapêutica de longo curso apos o
tratamento inicial.
O tratamento clinico exclusivo, sem cirurgia, tem se mostrado efetivo em recém-
nascidos de baixo peso.
ENDOFTALMITE
A terapia dever ser continuada até a completa resolução da doença ou
estabilização. Geralmente, cursos de 6 a 12 semanas são necessários.
O fluconazol pode ser usado para completar tempo de tratamento se o perfil de
sensibilidade permitir.
OSTEOMIELITE
O debridamento cirúrgico e a utilização inicial de anfotericina B por 2 a 3
semanas, seguida de fluconazol por um período de 6 a 12 meses, parecem ser a
conduta apropriada.
Drenagem articular e cursos prolongados de terapia são necessários para o
tratamento de artrite.
Não existe indicação para o uso de medicação intra-articular.
PROFILAXIA
A profilaxia deve ser abordada de uma forma ampla, e estratégias que diminuam
a incidência de colonização, conseqüentemente, de doença invasiva têm sido
buscadas.
É importante enfatizar alguns pontos que podem ser considerados como boas
práticas no manuseio do RN de muito baixo peso ao nascer e estão relacionadas na
Tabela abaixo.
Entre os antifúngicos disponíveis, o fluconazol é a droga mais estudada para uso
profilático e embora existam evidencias de que o uso do fluconazol profilático possa
contribuir para diminuição da mortalidade por infecção fungica sistêmica,
conseqüências em longo prazo da intervenção ainda precisam ser determinadas.
Também não existe até o momento evidencia suficiente que suporte o uso de
nistatina oral na prevenção da doença fungica sistêmica nas unidades de terapia
intensiva.
311
MANUAL DE ROTINAS E PROTOCOLOS
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312
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REFERÊNCIAS :
4. Benjamin DK Jr, Ross K, McKinney RE Jr, Benjamin DK, Auten R, Fisher RG. When
to suspect fungal infections in neonates: a clinical comparison of Candida albicans and
Candida parapsilosis fungemia with coagulase-negative staphylococcal bacteremia.
Pediatrics. 2000;106:712-18.
5. Benjamin Jr DK, DeLong ER, Steinbach WJ, Cotton CM, Walsh TJ, Clark RH.
Empirical therapy for neonatal candidemia in very low birth weight infants. Pediatrics.
2003;112:543-547.
313
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Conceito
síndrome de necrose de coagulação do TGI de etiologia multifatorial:
prematuridade, lesão hipóxico-isquêmica, substrato no lume intestinal,
colonização bacteriana e mediadores inflamatórios.
Caracteriza-se clinicamente por distensão abdominal, intolerância à dieta,
sangramento digestivo ou comprometimento sistêmico inespecífico: vômitos,
letargia, apnéia, instabilidade térmica, podendo evoluir com quadro de choque
e perfuração intestinal, sendo patognomônico o achado radiológico de
pneumatose intestinal.
Laboratorialmente pode ocorrer leucocitose ou leucopenia (mais comum) ,
aumento do tempo de protrombina e tromboplastina parcial , plaquetopenia ,
hemoculturas positivas em 1/3 dos casos com gram negativos como agentes
mais isolados.
O estudo radiológico é útil tanto para diagnóstico ,como para seguimento
evolutivo.
Epidemiologia:
Prematuridade é o fator isolado de maior risco.
A idade gestacional média é de 30 a 32 semanas, e o peso de nascimento
destes recém-nascidos geralmente é apropriado para a idade gestacional.
A idade pós-natal média de início da doença é de 12 dias, e ocorre mais
precocemente em RNT, por volta de 3 dias.
Mais de 90% dos RN que desenvolvem a doença foram alimentados
precocemente, o que sugere que a imaturidade do trato gastrintestinal talvez
seja o maior fator de risco para a doença.
Patogênese:
Resulta de uma interação complexa entre fatores de agressão à mucosa do
trato gastrintestinal e de fenômenos vasculares:
asfixia perinatal e alteração hemodinâmica: vasoconstrição esplâncnica
e redução do fluxo mesentérico resultantes de hipóxia e choque não
314
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PROPEDÊUTICA
Propedêutica básica para sepse
Rx simples de abdômen em ortostatismo ou decúbito dorsal e decúbito lateral
esquerdo com raios horizontais
de 6/6h nas primeiras 72 h após início dos sinais e então de 12/12 horas
(grau I ) até sinais de melhora radiológica, ou a qualquer momento em caso
de piora clínica.
Análise das fezes: coprocultura
Pesquisa de substâncias redutoras
Paracentese nos casos duvidosos, com pesquisa de fezes, bile ou bactérias.
US abdominal: em todos os casos suspeitos ou inconclusivos
TRATAMENTO:
Medidas gerais:
Jejum
Descompressão gástrica
Reposição hidroeletrolítica e controle do choque
Suporte ventilatório,se necessário
Acompanhamento cirúrgico:
a partir da suspeita clínica, a fim de definir melhor tempo de abordagem
cirúrgica: casos de perfuração ou necrose maciça do TGI.
Antibioticoterapia:
Tempo de tratamento :14 dias
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PROGNÓSTICO
Mortalidade elevada nos estágios IIB e III : entre 20-40%
Complicações: Bridas podem ocorrer em 25 a 35% dos casos de enterocolite
necrosante com ou sem intervenção cirúrgica. Estenose é a complicação tardia
mais freqüente.
Síndrome do intestino curto pode ocorrer em 10 a 20% dos casos submetidos a
cirurgia
Enterocolite necrosante recorrente pode ocorrer com uma incidência de 4%
Enema opaco deve ser realizado em todas as crianças com enterocolite necrosante
grau II e III, em 2 a 4 semanas após a resolução do quadro
PREVENÇÃO:
REFERÊNCIAS:
317
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ATRESIA DE ESÔFAGO
Dr. Paulo Pinheiro / Dra Regina Maria Pereira
ANOMALIAS ASSOCIADAS
As anomalias concomitantes podem estar presentes em mais de 50% dos
casos.
A malformação associada mais comum foi do sistema cardiovascular em 23%
dos casos.
Outras malformações associadas:
músculo-esqueléticas em 18%
anorretais e intestinais em 16%
genito-urinárias em 15%
anomalias da cabeça e pescoço em 10%
malformações mediastinais em 8%
anomalias cromossômicas em 5.5%. não relacionadas a distúrbio genético
VATER (Vertebral, Anorretal, Traqueal, Esofágica e Radial)
VACTERRL (Vertebral, Anorretal, Cardíaca, Traqueal, Esofágica, Radial,
Renal e dos Membros).
agenesia renal bilateral (síndrome de Potter)
hipoplasia cerebral
Cromossomopatias: trissomia do 13, do 14 e do 18.
318
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PRIMEIRAS 24HORAS
Medidas de suporte clínico:
Estabilização do padrão respiratório
Aspiração do coto esofágico com sonda repogle
Cabeceira elevada em berço aquecido
Excluir anomalias associadas
Comunicar o caso ao cirurgião pediátrico de plantão
Confirmar o diagnóstico
HISTÓRICO
Presença de poliidrâmino na ultrassonografia pré-natal?
Diagnóstico de atresia de esôfago pré-natal? (presença de bolsa esofágica em
fundo cego)
EXAME FÍSICO
Salivação excessiva?
Ausência de progressão da sonda nasogástrica?
Desconforto respiratório ou cianose?
Intolerância a dieta com vômitos?
progressão do guia
radiopaco no fundo cego do
esôfago proximal
(presença de ar em alças
intestinais)
Broncoscopia (exceto no Única
tipo C)
proximal?
Ecocardiograma Única
aórtico e anomalias
cardíacas
Exames laboratoriais De acordo com a
-operatórios necessidade
-
operatórias
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TRATAMENTO
TRATAMENTO DE SUPORTE
Estabilização do padrão respiratório
Aspiração do coto esofágico com sonda repogle
Cabeceira elevada em berço aquecido
Iniciar antibioticoterapia para sepse primária
Providenciar acesso venoso central
Cardiologista pediátrico e endoscopia pediátrica
TRATAMENTO ESPECÍFICO
Anastomose primária dos cotos proximal e distal do esôfago e ligadura da fístula
traqueoesofágica quando presente.
Na atresia de esôfago sem fístula, realiza-se gastrostomia e medida dos cotos
esofágicos proximal e distal, espera-se o crescimento dos cotos (avaliação mensal
por 3 meses) e programa-se a anastomose esofágica término-terminal tardia.
TRATAMENTO PÓS-OPERTÓRIO
Manipulação mínima
Cuidados rigorosos para que não ocorra extubação acidental
Manter a criança em berço aquecido com pescoço levemente fletido
Não estender o pescoço
Não passar sonda gástrica
Sedação por 7 dias
Curarização contínua de acordo com a orientação do cirurgião
Esofagograma no 7o dia pós-operatório
REFERÊNCIAS:
1. Baginski GNF e Pereira RM. Atresias intestinais. In: Pereira RM. Simões e Silva
AC, Pinheiro PFM, eds. Cirurgia Pediátrica: condutas clínicas e cirúrgicas. Rio de
Janeiro: MEDSI-Guanabara Koogan, 2005: 329-334.
2. Dalla Vecchia LK, Grosfeld JL, West KW, Rescorla FJ, Scherer LR, Engum AS.
Intestinal atresia and stenosis: a 25-year experience with 277 cases. Arch Surg
1998; 133: 490-497.
3. Grosfeld JL. Jejunoileal atresia and stenosis. In: O’Neil JA, Rowe MI, Grosfeld JL,
Fonkalsrud EW, Coran AG, eds. Pediatric Surgery. Saint Louis: Mosby,1998:
1145-1158.
320
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4. Hou D, Zhang J. 40 years’ review of intestinal atresia. Chin Med J 1999; 12: 583-
585.
5. Maksoud JG. Atresia intestinal. In: Maksoud JG, eds. Cirurgia Pediátrica. Rio de
Janeiro: Revinter, 2003: 770-775.
321
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ATRESIAS INTESTINAIS
Dr. Paulo Pinheiro / Dra Regina Maria Pereira
ANOMALIAS ASSOCIADAS
Defeitos da parede abdominal (onfalocele e, principalmente, gastrosquise)
má-rotação intestinal
peritonite meconial, íleo meconial
duplicações intestinais
vôlvulos
Raramente: aganglionose colônica.
A trissomia do 21 é comum em pacientes com atresia
PRIMEIRAS 24HORAS
Medidas de suporte clínico:
Estabilização do recém-nascido
322
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HISTÓRICO
Presença de poliidrâmino na ultrassonografia pré-natal?
EXAME FÍSICO
Distensão abdominal progressiva, iniciada 18 a 24 horas após o nascimento
(maior quanto mais baixa a obstrução)
Peristaltismo visível na parede abdominal
Elevação do diafragma com desconforto respiratório
Vômitos biliosos ou de secreção biliosa após sondagem nasogástrica
Icterícia
Ausência de eliminação de mecônio (em alguns casos)
TRATAMENTO
TRATAMENTO DE SUPORTE
323
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TRATAMENTO ESPECÍFICO
Laparotomia transversa supra-umbilical direita ampla permite uma ótima
exposição do trato gastrintestinal.
A verificação do tipo e da localização da atresia é realizada durante o ato
operatório.
injetar solução salina através da punção do fundo cego distal para diagnosticar
outras possíveis zonas atrésicas no intestino delgado e cólon.
Nos casos de intestino curto, todo o esforço deve ser feito para preservar o
máximo de tecido possível.
TRATAMENTO PÓS-OPERTÓRIO
Manter a criança em berço aquecido
Sonda nasogástrica aberta e nutrição parenteral até que haja melhora da
distensão abdominal, redução e clareamento da secreção gástrica, e presença de
ruídos peristálticos adequados ao exame físico ou de evacuações
Acompanhamento radiográfico mostra passagem de ar, progressivamente maior,
para as alças distais
REFERÊNCIAS:
1. Baginski GNF e Pereira RM. Atresias intestinais. In: Pereira RM. Simões e Silva AC,
Pinheiro PFM, eds. Cirurgia Pediátrica: condutas clínicas e cirúrgicas. Rio de Janeiro:
MEDSI-Guanabara Koogan, 2005: 329-334.
2. Dalla Vecchia LK, Grosfeld JL, West KW, Rescorla FJ, Scherer LR, Engum AS.
Intestinal atresia and stenosis: a 25-year experience with 277 cases. Arch Surg 1998;
133: 490-497.
3. Grosfeld JL. Jejunoileal atresia and stenosis. In: O’Neil JA, Rowe MI, Grosfeld JL,
Fonkalsrud EW, Coran AG, eds. Pediatric Surgery. Saint Louis: Mosby,1998: 1145-
1158.
324
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4. Hou D, Zhang J. 40 years’ review of intestinal atresia. Chin Med J 1999; 12: 583-
585.
5. Maksoud JG. Atresia intestinal. In: Maksoud JG, eds. Cirurgia Pediátrica. Rio de
Janeiro: Revinter, 2003: 770-775.
325
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GASTROSQUISE
Conceito
é uma anomalia que ocorre provavelmente devido a um defeito no sítio de
involução da veia umbilical direita.
Essa condição é caracterizada pela evisceração antenatal dos intestinos,
através de um pequeno defeito da parede abdominal anterior localizado
lateralmente ao cordão umbilical intacto.
Esse defeito é usualmente à direita e, em alguns casos, é separado do umbigo
por uma ponte de pele.
Não existe nenhuma membrana recobrindo os intestinos herniados.
As alças intestinais são aparentemente encurtadas devido ao espessamento
da parede e a uma camada de exudato inflamatório e fibrina que a recobrem.
Esses achados estão associados ao efeito irritante do líquido amniótico
(pH=7.0) sobre a serosa intestinal, resultando em uma peritonite química.
A cavidade abdominal é pouco desenvolvida e a má rotação intestinal é um
achado universal.
A presença de herniação do fígado é raramente observada.
326
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Epidemiologia:
Os pacientes com gastrosquise são mais comumente pré-termos, pequenos
para idade gestacional e filhos de mães jovens (< 20 anos - 11x), tabagistas
(4x) e usuárias de drogas (principalmente no primeiro trimestre) e álcool.
A gastrosquise é menos freqüente que a onfalocele, incidindo em 1 : 10000
nascidos vivos.
A associação com outras anomalias e síndromes cromossômicas é incomum,
embora a atresia intestinal pode ser encontrada em 10 a 15 % dos casos.
A criptorquia é também mais freqüente do que na população pediátrica normal.
Diagnóstico:
O diagnóstico pré-natal através da ultrassonografia é importante para definir o
encaminhamento da gestante para um serviço onde há UTI neonatal e
cirurgião pediátrico disponíveis.
O diagnóstico do defeito da parede abdominal não é indicação absoluta para
interrupção da gestação e nem de parto cesáreo, pois evidências sugerem de
que essas condutas não alteram a sobrevida dos pacientes.
Tanto a onfalocele quanto a gastroquise podem estar associadas com o
aumento dos níveis séricos maternos de fetoproteína.
Ao nascimento, o diagnóstico é óbvio, mas é importante diferenciar a
onfalocele rota e a gastrosquise, pois estas entidades se assemelham muito
em suas características anatômicas. A dúvida diagnóstica se deve
principalmente pelo fato de não existir a membrana que recobre as vísceras na
onfalocele rota. A diferenciação dessas entidades deve ser realizada
sobretudo através da detecção do cordão umbilical de localização anatômica
na gastrosquise.
TRATAMENTO:
Tratamento inicial:
Prevenção da hipotermia, hipovolemia e sepse, através de adequado suporte clínico:
proteção das alças intestinais com compressas estéreis úmidas e mornas com
solução salina (Cuidado! não torcer as alças intestinais evisceradas);
colocação do neonato em incubadora;
introdução de uma sonda orogástrica (8 – 10 Fr);
oxigenioterapia se necessário;
reposição de fluidos;
monitoração do equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico (acidose metabólica);
327
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antibióticos
solicitação de exames complementares para avaliação de anomalias
associadas, incluindo radiografias (tórax, coluna vertebral e pelve),
ecocardiograma, ultrassonografia renal e análise cromossômica;
enemas pré-operatórios podem ser úteis para descomprimir o cólon
FECHAMENTO PRIMÁRIO:
FECHAMENTO ESTADIADO:
328
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COMPLICAÇÕES
vólvulo ou de isquemia pelo estrangulamento do mesentério (intestino curto);
processos infecciosos (pneumonia aspirativa, celulite da parede abdominal,
enterocolite necrosante –17% e sepse);
infecção e deiscência da aponeurose com desenvolvimento de fístula
enterocutânea;
obstrução ou necrose intestinal isquêmica pós-operatória (intestino curto);
insuficiência respiratória aguda e progressiva;
intolerância prolongada a dieta enteral (NPT por longo tempo colestase e
insuficiência hepática);
complicações sistêmicas (aumento da pressão intra abdominal insuficiência
renal);
oclusão da veia cava inferior e da veia mesentérica;
ONFALOCELE:
Conceito
A onfalocele representa uma falha do fechamento do anel umbilical e dos dois
folhetos embrionários da parede abdominal.
329
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Epidemiologia:
Bebês grandes, a termo e filhos de mãe menos jovens que na gastrosquise
2 : 10000 nascidos vivos, sendo mais comum no sexo masculino.
Anomalias congênitas associadas (80%):
trato gastrointestinal;
cardiovascular (20% - tetralogia de Fallot, comunicação interatrial e
comunicação interventricular);
genitourinário;
musculoesquelético;
sistema nervoso;
tumores malignos: tumor de Wilms, neuroblastoma e tumores
adrenocorticais;
síndromes.
SÍNDROMES:
Pentalogia de Cantrell (defeito no folheto embrionário cefálico) ? onfalocele
de localização epigástrica
onfalocele na linha média superior
hérnia diafragmática anterior
fenda esternal
330
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ectopia cardíaca
defeitos intracardíacos
Síndrome de Beckwith-Weidemann
gigantismo
macroglossia
onfalocele ou hérnia umbilical
hipoglicemia por hiperinsulinismo
Síndromes trissômicas
trissomia 13 – 15
trissomia 16 – 18
trissomia 21
DIAGNÓSTICO:
O diagnóstico é pré-natal através da ultrassonografia, que pode sugerir o
prognóstico pelo tamanho do defeito e pela presença de anomalias associadas.
O tamanho da onfalocele estimado pela ultrassonografia pode indicar também
o tipo de parto.
TRATAMENTO:
TRATAMENTO INICIAL:
331
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TRATAMENTO CIRÚRGICO:
Diagnótico diferencial
Gastrosquise x Onfalocele
332
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SOBREVIDA:
Gastroquise: superior a 90%
Onfalocele: 71 a 93%
As taxas de morbidade e de mortalidade estão intimamente ligadas à
prematuridade, ao tamanho do defeito e às anomalias associadas.
Finalmente é importante ressaltar que em crianças com defeitos da parede
abdominal, que sobrevivem à cirurgia neonatal e atingem adequados níveis de
nutrição oral e crescimento, o tempo de sobrevida dependerá exclusivamente
da presença de outras anomalias associadas
REFERÊNCIAS:
1. Pereira RM. Defeitos da parede intestinal. In: Pereira RM. Simões e Silva AC,
Pinheiro PFM, eds. Cirurgia Pediátrica: condutas clínicas e cirúrgicas. Rio de
Janeiro: MEDSI-Guanabara Koogan, 2005: .
2. Coney DR. Defects of abdominal wall. In: O’Neill Jr JA, Rowe MI, Grosfeld JL,
Fonkalsrud EW, Coran AG, eds. Pediatric Surgery. Saint Louis: Mosby, 1998:
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3. Lockridge T, Caldwell AD, Jason P. Neonatal surgical emergencies: stabilization
and management. JOGNN 2002; 31: 328-339.
4. Pereira RM, Tatsuo ES, Simões e Silva AC, Guimarães JT, Paixão RM, Lanna
JCB, Miranda ME. New method of surgical delayed closure of giant omphaloceles:
Lazaro da Silva’s technique. J Pediatr Surg 2004; 39 (7): 1111-1115.
5. Reynolds M: Abdominal wall defects in infants with very low birth weight. Semin
Pediatr Surg 2000; 9 (2): 88-90.
6. Schlattar M, Norris K, Ultvlugt N, DeCou J, Connors R. Improved outcomes in the
treatment of gastrochisis using a preformed silo and delayed repair approach. J
Pediatr Surg 2003; 38: 458-464.
7. Sydorak RM, Nijagal A, Sbragia L, Hirose S, Tsao K, Phibbs RH, Schmitt SK, Lee
H, Farmer DL, Harrison MR, Albanese CT. Gastroschisis: small hole, big cost. J
Pediatr Surg 2002; 37 (12): 1669-1672.
8. Tsakayannis DE, Zurakowski D, Lillehei CW: Respiratory insuficiency at birth: a
predictor of mortality for infants with omphalocele. J Pediatr Surg 1996; 31 (8):
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9. Wakhlu A & Wakhlu AK: The management of exomphalos. J Pediatr Surg 2000;
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MANUAL DE ROTINAS E PROTOCOLOS
UNCP / CTI NEONATAL / HMOB
10. Weir E. Congenital abdominal wall defects. Can Med Assoc J 2003; 169 (8): 809-
810.
11. Snyder CL, Miller KA, Sharp RJ, Murphy JP, Andrew WA, Holcomb III GW, Gittes
GK, Ashcraft KW. Management of intestinal atresia in patients with gastroschisis.
J Pediatr Surg 2001; 36 (10): 1542-1545.
334
MANUAL DE ROTINAS E PROTOCOLOS
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DEFINIÇÃO
Passagem involuntária do conteúdo gástrico para o esôfago.
O conteúdo refluído pode conter alimentos e líquidos ingeridos, além de, saliva,
secreções gástricas, pancreáticas e biliares.
A regurgitação ocorre quando o contéudo gástrico refluído atinge a cavidade oral e
os vômitos se referem à expulsão deste conteúdo para fora da boca.
A doença do refluxo gástrico esofágico (DRGE) caracteriza-se pela ocorrência de
manifestações clínicas ou complicações do RGE.
FISIOPATOLOGIA
Multifatorial e complexa, envolvendo fatores genéticos, ambientais, anatômicos,
hormonais e neurogênicos.
Falha dos mecanismos que atuam como barreira anti-refluxo:
ESFINCTER ESOFÁGICO
INFERIOR (EEI)
• REGULAM A FREQUENCIA E O VOLUME DO
HIATO DIAFRAGMÁTICO CONTEUDO GASTRICO REFLUIDO
ANGULO DE HIS
RESISTÊNCIA TECIDUAL DA
MUCOSA ESOFÁGICA
335
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DIAGNÓSTICO
Muitas vezes clínico , em virtude da menor disponibilidade de exames mais
sensíveis e específicos na maioria das unidades neonatais.
Manifestações clínicas regurgitações, vômitos, principalmente pós prandiais,
crises de cianose, apnéias, ganho de peso insuficiente, irritabilidade, choro
excessivo e estridor laríngeo. A coexistência desses achados, por si só, não
configura relação causal com RGE.
A pHmetria de 24h e a impedanciometria intraluminal esofágicas são os
métodos considerados padrão-ouro para o diagnóstico de DRGE em neonatos.
Limitações da pHmetria no período neonatal inexistência de valores de
referência para esta faixa etária e aspectos que interferem na sensibilidade do
exame (tipo e volume de dieta, freqüência da alimentação e via de administração).
Também não detecta os refluxos não ácidos, que são predominantes nos recém-
nascidos.
A radiografia contrastada do esôfago, estômago e duodeno (REED) tem utilidade
mínima para o diagnóstico de RGE. Sua principal utilidade é a detecção de
malformações anatômicas do trato gastrointestinal.
TRATAMENTO
336
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TRATAMENTO
A efetividade do uso oral dos sais de eritromicina tem sido observada em
prematuros com intolerância alimentar por dismotilidade.
A dose de eritromicina recomendada para estimular a motilidade gástrica varia
de 1-3mg/kg/dose, dividida em três a quatro tomadas. A dose para o tratamento da
DRGE não é estabelecida.
Doses habituais de ranitidina são ineficazes no tratamento da esofagite erosiva ou
ulcerada, sendo indicados os inibidores de bomba de prótons (IBP).
O omeprazol é comercializado como uma cápsula de revestimento entérico e na
formulação MUPS (multiple unit pellet system).
A cápsula de liberação entérica contém grânulos que não devem ser
mastigados ou triturados, porque são ácidos-lábeis.
Quando se prescreve cápsulas para os recém-nascidos, as mesmas são
abertas e os grânulos misturados a meios ácidos, de preferência semi-
líquidos (sucos cítricos ou iogurtes), administrados por via oral. Estes
podem obstruir as sondas entéricas, dificultando a sua administração para
os prematuros.
O omeprazol-MUPS contém grânulos envolvidos individualmente por uma
cobertura entérica que o protege da degradação intraluminal e pode ser
dissolvido em água, favorecendo a sua administração em recém-nascidos
com uso de sondas. Existe nas apresentações de 10mg, 20mg e 40mg.
A administração do omeprazol deve ser feita pela manhã, trinta minutos
antes da primeira dieta, visto que a droga inibe apenas bombas de
prótons ativas (expostas na superfície canalicular) e a exposição máxima
destas enzimas é estimulada pela refeição.
A dose pode ser dividida, sendo a segunda administrada meia hora antes
da primeira dieta noturna, dependendo da gravidade da esofagite e do perfil
da exposição ácida à pHmetria esofágica
O omeprazol é a droga com maior experiência acumulada em pediatria,
apesar de não ser aprovado em menores de 1 ano pela Food and Drug
Administration (FDA). Seu uso em menores de 1 ano deve ser restrito aos
casos de esofagite erosiva comprovada por EDA com biópsia.
337
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RGE
DRGE suspeita
Phmetria
normal Alterada
ou
Impossibilidade de
Considerar realização do exame
outras causas
ou episódios Baixo ganho ponderal
de RGE não- Vômitos recorrentes
ácidos Recusa alimentar
Irritabilidade extrema
Arqueamento do tronco
Apnéia/Bradicardia
Outras manifestações atípicas
338
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REFERÊNCIAS:
5. Rudolph CD, Mazur LJ, Liptak GS, Baker RD, Boyle JT, Colletti RB, et al.
Guidelines for evaluation and treatment of gastroesophageal reflux in infants
and children: recommendations of the North American Society for Pediatric
Gastroenterology and Nutrition. J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2001;32 Suppl
2:S1-31.
6. Rodrigues FC, Carvalho SD, Norton RC, Penna FJ. Manifestações atípicas da
doença do refluxo gastroesofágico em crianças e adolescentes. Rev Med
Minas Gerais.2005;15 (1 Supl. 1): S7-S14.
11. Omari T. Gastroesophageal reflux disease in infants and children: new insights,
developments and old chestnuts. J Pediatr Gastroenterol Nutr.2005;41(Suppl.
1):S21-S23.
339
MANUAL DE ROTINAS E PROTOCOLOS
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13. Peter CS, Sprodowski N, Silny J, Poets CF. Gastroesophageal reflux and
apnea of prematurity. No temporal relationship. Pediatrics. 2002;109:8-11.
14. Mezzacappa MAMS, Goulart LM, Brunelli MMC. Influência dos decúbitos dorsal
e ventral na monitorização do pH esofágico em recém-nascidos de muito baixo
peso. Arq Gastroenterol.2004;41:42-8.
18. Omari TJ, Haslam RR, Lundborg P, Davidson GP. Effect of omeprazole on acid
gastroesophageal reflux and gastric acidity in preterm infants with pathological
acid reflux. J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2007;44(1):41-4.
19. Birch JL and Newell SJ. Gastroesophageal reflux disease in preterm infants:
current management and diagnostic dilemmas. Arch Dis Child Fetal Neonatal.
2009;94;F397-F383.
340
MANUAL DE ROTINAS E PROTOCOLOS
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INTRODUÇÃO
O maior desafio à administração de nutrição por via enteral a recém-nascidos
pré-termo (RNPT) é a sua imaturidade fisiológica, que afeta todos os órgãos e
sistemas, suas necessidades energéticas mais elevadas em comparação às
dos recém-nascidos termo (RNT) e sua suscetibilidade a doenças que afetam
adversamente a ingestão de nutrientes.
341
MANUAL DE ROTINAS E PROTOCOLOS
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o início da nutrição por via enteral. Lembrar que alguns desses sinais podem
ser afetados pela prematuridade extrema.
Indicada para todos os RNT saudáveis. Utilizar leite materno através de sucção
ao seio, em livre demanda, e na impossibilidade, fórmula infatil para o 1º
semestre, conforme padronização do hospital. Ver apêndice deste protocolo.
Não utilizar mamadeiras e bicos, exceto por indicação da fonoaudiologia (ex:
doenças neurológicas, anomalias faciais).
RNPT apresentam coordenação dos mecanismos de sucção, deglutição e
respiração por volta de 32-34 semanas de gestação. Durante este período
devem receber avaliação da fonoaudiologia para a indicação da via oral.
É primordial que todos os membros da equipe multiprofissional (neonatologista,
fonoaudióloga, fisioterapeuta, nutricionista, enfermeira e auxiliares) participem
da indicação da via oral, de modo que cada um contribua com informações
específicas2.
A idade gestacional não pode ser considerada isoladamente para essa
indicação. É necessário avaliar cada RN e determinar condutas
individualizadas3.
342
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Indicações:
RNPT ≤ 34 semanas de idade gestacional,
RNPT ≤ 1500 g,
RNPT hospitalizado, em aleitamento materno exclusivo e mantendo o
peso abaixo do percentil 10 para a idade gestacional corrigida
correspondente,
RNPT com necessidade de restrição hídrica ( aumentar aporte
calórico),
Volume de dieta > 100 ml/kg/dia.
Precauções:
Risco de sensibilização à proteína do leite de vaca, apesar de
extensamente hidrolisado,
Aumento da osmolaridade,
Não pode ser oferecido isoladamente do leite humano, pois não é um
alimento completo,
Quando o volume de dieta for superior a 35 ml por tomada, deve-se
manter a mesma dose do FM 85 (1,5 g), evitando assim, o risco de
hipercalcemia.
345
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Atualmente não existem evidências que mostrem efeitos adversos com o uso
da nutrição enteral mínima19.
346
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PROGRESSÃO DA DIETA
As taxas de aumento diário das dietas devem ser ajustadas com base na
tolerância individual. Ver monitoramento da tolerância a seguir:
RNPT ≤ 1000 g:
RNPT ≥ 1500 g:
MONITORAMENTO DA TOLERÂNCIA
347
MANUAL DE ROTINAS E PROTOCOLOS
UNCP / CTI NEONATAL / HMOB
REFERÊNCIAS:
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MANUAL DE ROTINAS E PROTOCOLOS
UNCP / CTI NEONATAL / HMOB
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(eds): Manual of Neonatal Care, Lippincott Willians & Wilkins, 2008, pp 114-
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349
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PRE NAN
350
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ALFARÉ
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PREGOMIM
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NEOCATE
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FM 85 + LEITE MATERNO
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APTAMIL 1
100g de pó 100 ml 100 kcal
Valor energético kcal/kJ 476/1994 66/275 100/419
Proteínas g 10,9 1,5 2,3
Carboidratos g 54,4 7,5 11,4
Prebióticos
Galactooligossacarídeo (GOS) g 5,2 0,72 1,1
Frutooligossacarídeo (FOS) g 0,6 0,08 0,1
Lipídios g 23,9 3,3 5
Ácido linoléico g 4,5 0,62 0,94
Ácido alfa-linolênico g 0,56 0,07 0,11
Relação Ácido Linoléico/ 8,1 8,1 8,1
α-Linolênico
Cálcio mg 406 56 85,3
Fósforo mg 204 28 43
Relação Cálcio:Fósforo 2 2 2
Ferro mg 5,8 0,8 1,2
Sódio mg 130 18 27
Potássio mg 441 61 92,6
Cloreto mg 289 40 60,7
Magnésio mg 36,5 5 7,7
Zinco mg 3,7 0,5 0,78
Cobre mcg 304 42 64
Manganês mg 0,05 0,007 0,011
Iodo mcg 73 10 15
Vitamina A mcg / UI 553 / 1840 76 / 254 116 / 386
Vitamina D mcg / UI 8,3 / 333 1,1 / 46 1,75 / 70
Vitamina E mg / UI 6,5 / 9,7 0,87 / 1,3 1,37 / 2,0
Vitamina K mcg 37 5 7,7
Vitamina B1 mg 0,3 0,04 0,06
Vitamina B2 mg 0,75 0,1 0,16
Niacina mg 5,5 0,8 1,16
Ácido Pantotênico mg 2,1 0,29 0,4
Vitamina B6 mg 0,3 0,04 0,06
Ácido Fólico mcg 75,3 10 15,8
Vitamina B12 mcg 1,48 0,2 0,3
Biotina mcg 11,6 1,6 2,4
Vitamina C mg 56,5 7,8 12
Colina mg 62 8,6 13
Inositol mg 21,8 3,0 4,6
L- Carnitina mg 13,1 1,8 2,8
Taurina mg 33,3 4,6 7,0
Selênio mcg 10,9 1,5 2,3
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NAN 1
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NESTOGENO 1
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LEITE MATERNO
S = quantidade significante T = traços (a) Allen et al, 1991 (b) Holland et al, 1992 (c) Lawrence
& Lawrence, 1999 Referência: Moura E.C. Nutrição.In: Carvalho M.R., Tamez R.N.
Amamentação bases científicas para a prática funcional, 2002, p.62
359
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INTRODUÇÃO:
Os objetivos da nutrição parenteral total (NPT) no período neonatal são prover
as necessidades metabólicas imediatas dos recém-nascidos, prevenindo uma
falha de crescimento inicial e otimizando o desenvolvimento.
Experimentos animais e estudos de observação em seres humanos mostraram
que a subnutrição prolongada durante períodos críticos do desenvolvimento
(entre 22-40 semanas de idade pós-concepção) afeta adversamente o
crescimento, o neurodesenvolvimento e a evolução cognitiva a longo prazo.
Os recém-nascidos prematuros ( RNPT) possuem um trato gastrointestinal
anatômica e funcionalmente imaturo, o que limita a introdução imediata e o
avanço rápido da alimentação enteral, logo, dependem da nutrição parenteral
imediata extra-uterina para a sua sobrevivência.
As necessidades nutricionais não se alteram após o nascimento. Desta forma,
um atraso no início da nutrição parenteral logo após o nascimento, faz com que
os neonatos, principalmente prematuros extremos, entrem em catabolismo,
contribuindo para o crescimento e desenvolvimento anormais.
A nutrição parenteral deve ser iniciada imediatamente após o nascimento,
conforme indicações a seguir.
INDICAÇÕES:
RN com peso de nascimento (PN) ≤ 1500 g. Iniciar nutrição enteral trófica
assim que possível e aumentar progressivamente, conforme protocolo de
nutrição enteral.
RN com PN ≥ 1501 g sem perspectiva de receberem nutrição enteral por mais
de 3 dias.
Qualquer patologia digestiva ou extradigestiva, aguda ou crônica, sem
perspectiva de nutrição enteral para cobertura das necessidades nutricionais.
(Ex: Síndrome do intestino curto, gastrosquise, enterocolite necrozante, etc.).
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
As vias de acesso venoso para administração da NPT podem ser periféricas ou
centrais.
A escolha dependerá do tempo previsto de tratamento, das necessidades
nutricionais , da doença de base, do estado nutricional do paciente e dos
acessos vasculares disponíveis.
360
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NECESSIDADES HIDROELETROLÍTICAS
O imediato processo de adaptação após o nascimento afeta o metabolismo da
água e eletrólitos como resultado da interrupção das trocas placentárias e
início de considerável perdas insensíveis de água e termoregulação.
O processo de adaptação inclui a regulação autonômica renal dos fluidos e
eletrólitos, a oferta hídrica e de outros nutrientes. Pode ser dividido em três
principais fases:
- Fase I → fase de transição. Fase pós natal imediata.É caracterizada por
relativa oligúria seguida de diurese, na qual o fluido corporal é rearranjado por
contração isotônica ou hipertônica ( isto é hipernatrêmica e hiperclorêmica).
Duração de horas a dias. Essas mudanças são decorrentes da perda de água
pela pele imatura e por contínua natriurese. A fase I termina quando ocorre
perda de peso máxima (perda de água até 10% do peso corporal).
- Fase II → fase intermediária. Diminuição das perdas insensíveis de água
com o aumento da cornificação da epiderme, queda no débito urinário para <
1-2 ml/kg/h e baixa excreção de sódio.
- Fase III → fase de crescimento estável. Contínuo ganho de peso com
balanço positivo de água e sódio.
361
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362
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NECESSIDADES CALÓRICAS:
O suprimento energético envolve calorias protéicas (aminoácidos) e não
protéicas (carboidratos e lipídios). Recomenda-se 150-200 calorias não
protéicas para cada grama de nitrogênio ( 1 g de aminoácidos ≈ 0,15 g de
nitrogênio).
As necessidades calóricas são menores durante a NPT em comparação à
nutrição enteral, pois as calorias não são utilizadas para efeito térmico da
alimentação e nem são mal absorvidas pelo intestino.
Gasto em repouso 50 50
Atividade física (1) 20 18
Estresse pelo frio(2) 10 10
Efeito térmico da 8 8
alimentação(3) 7 12
Perdas fecais(1),(2) 15 25
Crescimento(1)
Total 110 Kcal/Kg/dia 120 Kcal/kg/dia
Modificado da AAP, Comitê de Nutrição5.
(1) Diferenças significativas entre RNT e RNPT.
(2) Aumentado se fora do ambiente térmico neutro.
(3) Não necessário durante a nutrição parenteral.
AMINOÁCIDOS:
A nutrição IV com aminoácidos deve ser iniciada no primeiro dia de vida pós-
natal. Taxas de infusão de 1,5 g/kg/dia previnem o catabolismo e são bem
toleradas pela maioria dos neonatos; mas para se obter um ganho efetivo de
proteínas nos primeiros dias de vida, as taxas de infusão devem ser de pelo
menos 3,0 g/kg/dia6.
Nos RNPT extremos essas taxas devem ser aumentadas para
3,5 g/kg/dia no segundo dia de vida, para se atingir as taxas de deposição
efetivas de proteínas do período intra-uterino. Por volta do terceiro dia de vida,
os RNPTE devem estar com 3,5-4,0 g/kg/dia de aminoácidos6.
Não há evidências apoiando a prática de aumentos mais lentos na taxa de
infusão de aminoácidos. Hiperamonemia, azotemia e acidose metabólica não
têm sido identificadas como complicações específicas das atuais soluções
cristalinas de aminoácidos, mesmo com taxas de infusões mais elevadas7.
Uma mistura de aminoácidos que seja relativamente mais rica em aminoácidos
essenciais vs. os não essenciais é preferível
( ex: TrophAmine® B. Braum).
A solução de aminoácidos disponível no HOB é o Aminoped® a 10%
(Fresenius-Kabi). Ver composição do Aminoped® a 10% no apêndice deste
protocolo.
363
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CARBOIDRATOS
A glicose, principal carboidrato utilizado como substrado energético durante a
vida fetal e pós natal, armazena-se na forma de glicogênio. Este
armazenamento é relativamente limitado em RNPT, pois o feto não produz
glicogênio até o terceiro trimestre da gestação.
A maior parte do glicogênio corpóreo está nos miócitos dos músculos
esqueléticos, sendo o restante armazenado no fígado. A produção de glicose
pelo fígado dura apenas enquanto o glicogênio hepático estiver disponível,
talvez por um período tão curto quanto 12-24 h. Com isso, os RNPT
necessitam de um suprimento grande e contínuo de glicose exógena para o
metabolismo calórico.
A concentração plasmática de glicose deve permanecer ≥ 45 mg/dl nas
primeiras 24 h de vida e ≥ 50 mg/dl após. Os limites superiores da
concentração plasmática de glicose em neonatos não estão bem
estabelecidos, mas valores inferiores a 125 mg/dl, são em geral considerados
como dentro dos limites normais.
364
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Fonte: Nutrição do RNPT, Gilberto R. Pereira6, Medbook Editora Científica, 2008 pág149.
LIPÍDIOS
Recomenda-se o uso de emulsões lipídicas a 20%, em vez de a 10%, a fim de
reduzir o conteúdo de fosfolipídios mais alto nas emulsões a 10%. Este alto
teor de fosfolipídios limita a depuração plasmática de triglicérides, ácidos
graxos e colesterol, ocasionando concentrações mais elevadas.
A emulsão lipídica disponível no HOB contém óleo de soja com triglicerídeo de
cadeia longa (TCL) e triglicerídeo de cadeia média (TCM), Lipovenos®
TCM/TCL 20% (Fresenius-Kabi). Ver composição do Lipovenos® a 20% no
apêndice deste protocolo.
A exposição das emulsões lipídicas à luz ambiente e fototerapia, leva à
formação de hidroperóxidos que são prejudiciais aos recém-nascidos. Desta
365
MANUAL DE ROTINAS E PROTOCOLOS
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366
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VITAMINAS
As vitaminas devem ser administradas desde o primeiro dia de prescrição da
NPT. As recomendações para os RNPT estão na tabela 5.
A solução de polivitamínicos disponível no HOB é o Cerne 12® (Baxter
Hospitalar), formulação para adultos. A dose recomendada para crianças é
1,2 ml/kg, máximo de 3ml . Ver composição do Cerne 12® no apêndice deste
protocolo.
A vitamina K deve ser fornecida semanalmente via intramuscular (IM) na dose
de 1 a 3 mg, uma vez que, a solução de polivitamínicos disponível no HOB não
possui a mesma. A vitamina K (fitomenadiona) está disponível em ampolas de
1ml com 10mg (uso exclusivo IM), Kavit® ou ampolas de 0,2ml com 2mg de
micelas múltiplas, KanaKion MM®.
A exposição de preparações multivitamínicas à luz acarreta a perda rápida do
ácido ascórbico e a geração de peróxidos orgânicos, possivelmente prejudiciais
aos neonatos. O uso de equipos fotoprotetores é necessário para se evitar tais
problemas, assim como, a foto-oxidação de vitaminas sensíveis à luz.
OLIGOELEMENTOS
O zinco e o selênio são os únicos oligoelementos que devem ser administrados
desde o primeiro dia de prescrição da NPT14,15. Os demais podem ser
adicionados após 2 semanas de vida. A solução de oligoelementos disponível
no HOB é o Ped element® (Darrow). Ver composição no apêndice deste
protocolo.
A suplementação de ferro não se faz necessária em NPT de curta duração (< 3
semanas), por isso não é feita rotineiramente.
367
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(mcg/kg/dia)
Fe 100 100
Zn 400 250 < 3 meses
100 > 3meses
Cu 20 20
Se 2 2
Cr 0,2 0,2
Mn 1 1
Mo 0,25 0,25
I 1 1
Fonte: Nutr Hosp. 2007;22(6):710-71916.
É importante lembrar que o crescimento ósseo dos RNPT não vão ocorrer sem
esses elementos, logo devem ser adicionados às soluções de NPT desde o
primeiro dia.
Para se conseguir uma melhor retenção cálcio-fósforo recomenda-se uma
relação Ca/P de 1,7:1 por peso molecular, e de 1,3:1 por relação molar14.
Fósforo
(mg) 40-70 30-45
(mM) 1,3-2,25 1-1,5
(mEq) 2,6-4 2-3
Magnésio
(mg) 3-7 3-6
(mM) 0,12-0,3 0,12-0,25
(mEq) 0,25-0,6 0,25-0,5
16
Fonte: Nutr Hosp. 2007;22(6):710-19 .
368
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MONITORIZAÇÃO LABORATORIAL
A monitorização laboratorial deve ser feita no início da NPT e posteriormente,
com uma frequência variável, conforme situação clínica do recém-nascido
Recomendamos a monitorização semanalmente.
Quando a NPT se prolonga durante meses há de se monitorar também os
oligoelementos, vitaminas, minerais, idade óssea e fatores de coagulação.
A- Controle clínico
- Balanço hídrico diário
- Antropometria (peso, estatura e perímetro cefálico)
B- Controle laboratorial
- Hemograma completo c/ plaquetas
+ + - ++
- Eletrólitos ( Na , K , Cl , Mg )
- Uréia, creatinina
- Gasometria arterial
- Cálcio, Fósforo
- Proteínas totais e frações (Albumina)
- Enzimas hepáticas (TGO,TGP e GGT)
- Bilirrubinas total e frações
- Fosfatase alcalina
- Colesterol total e triglicérides
- Glicose, eletrólitos e corpos cetônicos na urina
COMPLICAÇÕES
1)- Relacionadas ao cateter:
sepse ( S.epidermidis, Enterobacter sp, Escherichia coli, Klebsiella
pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, Enterococcus
e Cândida albicans), por contaminação direta pela agulha e torneiras dos
equipos,
erosões vasculares, perfurações, oclusões trombóticas e embolias,
extravasamentos locais de soluções para o tecido subcutâneo, necrose
tecidual, abscessos.
3)- Metabólicas:
derivadas do déficit ou excesso de alguns dos componentes individuais da
NPT.
369
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Energia
(Kcal/kg/dia)
Taxa inicial 25-30 25-35 25-35 25-35 25-35
Taxa máxima 60-70 60-70 60-70 60-70 60-70
Aminoácidos
(g/kg/dia)
Taxa inicial 3 3 3 2-3 2-3
Aumento/dia 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5
Taxa máxima 4 3,5-4 3,0-3,5 3,0-3,5 3
Glicose
(mg/kg/min)
Taxa inicial 4-7 4-7 4-7 4-7 3-5
Aumento/dia 1-2 1-2 1-2 1-2 1-2
Taxa máxima 10-11 10-11 10-11 10-11 9-10
Lipídios
(g/kg/dia)
Taxa inicial 0,5-1,0 1,0-1,5 1,0-2,0 1,0-2,0 1,0-2,0
Aumento/dia 0,5-1,0 0,5-1,0 0,5-1,0 0,5-1,0 0,5-1,0
Taxa máxima 3 3 3 3 3
Vitaminas
(ml/kg/dia)
dose 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2
dose máxima 3ml/dia 3ml/dia 3ml/dia 3ml/dia 3ml/dia
Oligoelementos
(mcg/kg/dia)
Cobre 20 20 20 20 20
Zinco 350-400 350-400 350-400 350-400 250
Selênio 2-3 2-3 2-3 2-3 2-3
Minerais (Kg/dia)
Cálcio (mg)
Fósforo (mg) 40-90 40-90 40-90 40-90 40-60
Magnésio (mEq) 20-70 20-70 20-70 20-70 20-45
0,25-0,6 0,25-0,6 0,25-0,6 0,25-0,6 0,25-o,5
Tabela 1- Necessidades hídricas (ml/kg/dia)
370
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Apêndice
Lista dos produtos
Solução de aminoácidos
Aminoped 10%®
Laboratório: Fresenius-kabi
Apresentação: solução a 10% em frascos de 250ml
Composição: 1L
L-Isoleucina 6,40 g
L-Leucina 10,75 g
L-Lisina 7,09 g
L-Metionina 4,62 g
L-Cisteína 0,38 g
L-Fenilalanina 4,57 g
L-Treonina 5,15 g
L-Triptofano 1,83 g
L-Valina 7,09 g
L-Arginina 6,40 g
L-Histidina 4,14 g
Ácido Aminoacético 4,14 g
L-Alanina 7,16 g
L-Serina 9,03 g
L-Prolina 16,19 g
L-Tirosina 5,49 g
L-Ácido Málico 4,83 g
Teor Total de Nitrogênio 14,43 g
Osmolaridade teórica 848 mosm/l
PH 5,7-6,3
9- Solução de lipídios
Lipovenos 20%® - TCM/TCL( óleo de soja, glicerol e lecitina de ovo)
Laboratório: Fresenius-kabi
Apresentação: emulsão a 20% em frascos de 500ml
Composição: 1L
Óleo de soja purificado (g/l) 200
Glicerol (g/l) 25
Fosfolipídeo de ovo (g/l) 12
Oleato de sódio (g/l) 0,3
Água injetável q.s.p (ml) 1000
Conteúdo energético KJ/l 8.400 (2000)
(Kcal/l)
PH 7-8,5
Osmolaridade (mOsm/l) 273
371
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11- Vitaminas
Cerne 12®
Laboratório: Baxter-Hospitalar
Apresentação: ampolas de 5 ml
Composição:
REFERÊNCIAS:
1. Shah P. Shah V. Continuous haparin infusion to prevent thrombosis and
catheter acclusion in neonates with peripherally placed percutaneos central
venous catheters. Cochrane Database Syst Rev 2001;CD002772.
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372
MANUAL DE ROTINAS E PROTOCOLOS
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MANUAL DE ROTINAS E PROTOCOLOS
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374
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COLESTASE NEONATAL
Dra Flávia Cardoso Rodrigues
Atenção especial deve ser dada a todo recém-nascido com icterícia que se
prolongue por mais de 14 dias de vida, pois raramente a icterícia fisiológica persiste
além da terceira semana de vida no neonato, exceto no prematuro, e naqueles recém-
nascidos com icterícia por leite materno.
Dosar bilirrubinas.
Verificar a presença de colúria e a coloração das fezes (hipocolia ou acolia
fecal suspender temporariamente polivitamínicos e sulfato ferroso).
A icterícia não é sinal clínico indispensável para a caracterização da colestase.
A hiperbilirrubinemia direta é caracterizada por dosagem sérica de bilirrubina
direta ou conjugada com nível superior a 20% da bilirrubina total ou bilirrubina
direta maior ou igual a 2mg/dl.
A constatação de hiperbilirrubinemia direta, sempre patológica, ou evidência
clínica de colestase são suficientes para determinar o início de propedêutica
específica e imediata
Kanakion 5mg (0,5ml), intramuscular ou endovenosa, dose única (prevenção de
hemorragia intra-craniana).
375
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CAUSAS DE COLESTASE
Intra-hepáticas
Idiopáticas:
Atresia biliar Hepatite neonatal idiopática
Hipoplasia de ductos biliares sindromática (Síndrome de Alagille)
Hipoplasia de ductos biliares não-sindromática Doença dos Byler
Anatômicas:
Fibrose hepática congênita / doença policística infantil
Doença de Caroli (dilatação cística dos ductos intra-hepáticos)
Metabólicas:
Tirosinemia / Galactosemia
Intolerância hereditária à frutose
Deficiência de alfa-1-antitripsina
Fibrose cística
Hipopituitarismo idiopático
Hipotireoidismo Lipidoses: doença de Gaucher, doença de Niemann-Pick,
doença de Wolman
Doenças infecciosas:
Citomegalovírus / Herpes,
Rubéola / Coxsackie,
Echovírus
HIV,
Hepatite B,
Toxoplasmose,
Sífilis,
Tuberculose,
Listeriose
Tóxicas:
Nutrição parenteral,
Sepse,
infecção do trato urinário
Miscelânea:
Choque
Obstrução intestinal
Histiocitose
Genético/cromossômica:
Trissomia
Síndrome de Down
Extra-hepáticas
Atresia biliar
Estenose do ducto biliar
Perfuração espontânea do ducto biliar
Cisto de colédoco
Tampão mucoso ou barro biliar
376
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DIAGNÓSTICO
Miocardite Coxsackie
Raquitismo Tirosinemia
377
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EXAMES COMPLEMENTARES
378
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Hemograma
Coagulograma
Plaquetas
tempo de protrombina
tempo de tromboplastina parcial ativado
Bioquímica (sangue):
Bilirrubinas
Aminotransferases (AST, ALT), fosfatase alcalina, gama-glutamiltransferase
Albumina
Glicemia
Uréia e creatinina
Triglicérides e colesterol total
Cálcio e fósforo
Eletroforese de proteínas
Urina
urina rotina
urocultura
pesquisa de substâncias redutoras - Clinitest®
Triagem de erros inatos do metabolismo no sangue e urina
Alfa-1-antitripsina: dosagem e fenotipagem (eletrofocalização isoelétrica)
Sorologias:
VDRL
HBsAg e anti-HBc total
Toxoplasmose: imunofluorescência e Elisa IgM
Citomegalovírus: Elisa IgM
Rubéola: Elisa IgM
HIV: Elisa IgM, Western Blot e PCR
Imagem:
Radiografia simples de tórax, crânio, coluna e ossos longos
Ultra-som abdominal
Cintilografia hepatobiliar com 99m Tc-DISIDA
Colangiografia pré-operatória (trans-hepatobiliar ou endoscópica) ou operatória
Biópsia hepática
Outros:
Tubagem duodenal
Sódio e cloreto no suor
Alfa-fetoproteína
Dosagem de succinil-acetona na urina
Galactosemia (cromatografia urinária de hidratos de carbono, Teste de Bleuter-
Baluda, atividade da galactose 1-fosfato-uridil-transferase, GALT, em hemácias ou
fibroblastos cultivados)
T3,T4 e TSH séricos
Hemocultura
Mielograma
Exame oftalmológico:
pesquisa de coriorretinite,
mancha vermelho-cereja (doença de Niemann-Pick),
catarata e embriotoxon posterior (por lâmpada de fenda e por gonioscópio)
379
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380
MANUAL DE ROTINAS E PROTOCOLOS
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REFERÊNCIAS:
1- Roquete MLV, Ottoni CMC. Colestase neonatal. In: Leão E, Corrêa EJ, Mota
JAC, Viana MB. Pediatria ambulatorial - 4a edição. Belo Horizonte: COOPMED,
2005:429-439.
3- Ferreira AR, Fagundes EDT, Roquete MLV, Penna FJ. Colestase neonatal.
Revista Médica de Minas Gerais. 2005;15(Suppl 1):14-20.
4- Bezerra JA. Colestase neonatal. In: Ferreira CT, Carvalho E, Silva LR.
Gastroenterologia e Hepatologia em Pediatria. Diagnóstico e tratamento. Rio
de Janeiro: MEDSI, 2003:581-597.
5- Suchy. Approach to the infant with cholestasis. In: Suchy FJ, Sokol RJ,
Balistreri WF. Liver disease in children - 2a edição. Philadelphia: LIPPINCOTT
WILLIAMS & WILKINS, 2001:187-193.
381
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Cardiopatia % Cardiopatia %
382
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ANÁLISE DE B2
DVPA total
S. hipoplasia isolada de VD
Valva única
383
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todo sopro que não preencher todos estes critérios deverá ser encaminhado para
propedêutica especializada.
SISTÓLICOS
384
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SOPROS CONTÍNUOS
SOPROS PATOLÓGICOS
São aqueles acompanhados de sintomatologia cardiovascular ou que apresentem
características semiológicas patológicas: grau III ou maior, tipo regurgitativo, frêmito,
ruídos acessórios, ampla irradiação, muito rude ou desvio de ictus, arritmias,
alterações de bulhas.
Ruflar ...........................EM, ET
Agenesia v. pulmonar
Truncus
CONTÍNUOS PCA
Janela Ao /pulmonar
Fístulas AV
Colaterais sistêmico-pulmonares
385
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Assistência ventilatória.
Cirurgia
aminas se necessário
Fístula AV
cirurgia
Cirurgia
Idem anterior
Atresia valva tricúspide
PGE 1 obrigatória
Atresia pulmonar sem CIV
Cirurgia
Tetralogia de Fallot
386
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CIV ampla
387
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OBSERVAR.
RN assintomático , não 1.Se sopro desaparecer alta para
sindrômico,com sopro controle com pediatra
sistólico grau I ou II, 2.Se sopro persistir inalterado no
ejetivo, pouca ou nenhuma momento da alta ECG e Rx de tórax
irradiação, bulhas normais, Se normais amb-cardio-HOB .
pulsos normais, ictus 3. Se sopro alterar características ou RN
normal. ficar sintomático ou ECG ou Rx alterados
avaliação cardio com RN internado
ATENÇÃO:
388
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CRISE DE HIPÓXIA
Episódio de queda abrupta da concentração de 02 arterial , com fluxo arterial
pulmonar e do shunt direita-esquerda.
Quadro clínico de piora da cianose, irritabilidade, hipotonia muscular, taquicardia e
taquipnéia.
Mais freqüentes na faixa etária de 3 a 30 meses e nas crianças com Fallot.
TRATAMENTO:
2- Sedação
3- Tratamento da acidose
5- Betabloqueadores
Propanolol: 0,05-0,1 mg/Kg, EV, até 3x com intervalo de 5 min
6- Vasopressores:
Fenilefrina: 5 a 20 mcg/Kg em bolus ou 0,05-5 microg/Kg/min, EV, contínuo
Esmolol: 0,5 mg/Kg em bolus ou 0,1 a 0,3 mg/Kg/min
IMPORTANTE:
Hb ideal: 38 – sat. O2/4
Htc ideal: 38 – (sat.O2/4) x 3
Volume a retirar por flebotomia: Htc paciente – Htc ideal x 100 x peso (kg)
(máx: 500 ml) Htc paciente
389
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BRADIARRITMIAS
BRADIARRITMIAS
ESTAVEL INSTAVEL
ABC
OBSERVAÇÃO ATROPINA
CLINICA
ISOPROTERENOL
MARCA-PASSO
TEMPORARIO
BAV 1º GRAU:
Intervalo PR maior que o limite superior para a idade ( 0,16 no 1º dia de vida e
0,14 s no decorrer do período neonatal)
Não necessita tratamento
BAV 2º GRAU:
MOBITZ TIPO I:
Prolongamento gradual do intervalo PR até uma falha de condução
Não requer tratamento se não houver sintomas
MOBITZ TIPO II:
Não há aumento gradual do PR antes da perda de um batimento
Indicado marcapasso
Pode evoluir para BAV total
390
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Atropina:
Dose: 0,01 – 0,02 mg/Kg/dose, EV
Indicação: bradicardia sinusal
Isoproterenol
0,05 – 2 mcg/Kg/min, EV
Indicação: BAV, bradicardia sinusal
391
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M A N E J O P R Á T IC O D A T S V T
Fátima Derlene –
HOB - 2004
À a d m issã o :
1 – D e fin ir ritm o: F C > 2 2 0 e m R N e > 1 8 0 e m c r ia n ç a s
T raçar E C G e O n d a s P a u se n te s o u a n o r m ais o u n ã o d e finid a s
m o n ito riz a r Q R S e s t r e it o ( < o u = 0 ,0 8 s e g 2 )
A C E S S O V E N O S O P R E S E N T E E C R IA N Ç A E S T Á V E L ?
S IM NÃO
A d e n o s i n a = A d e n o c a r d ( 6 m g / 2 m l)
1 ª d o s e = 0 ,1 m g / K g “in b o lu s” rá p id o C V sin c r o niz a d a
2 ª d o s e = 0 ,1 m g / K g + “ fl u s h ” S F – 3 m l 0 ,5 a 1 J / K g
3 ª d o s e = 0 ,2 m g / K g 2 J/K g s e in efic az
D o s e m á x : 6 m g / d o s e p a r a c ri a n ç a
1 2 m g / d o s e p a r a a d u lt o
R IT M O S IN U S A L ?
S IM NÃO a c a d a tro ca d e d ro g a
r e p e ti r C V - S N
M ANUTENÇÃO
1 – D i g i t á li c o s ( e x c e t o s e W P W )- C e d i l a n i d e ( 0 ,2 m g /m l )
D ig o x in a – 1 0 m icro g /K g /d ia D o se : 1 0 a 2 0 m g /K g – E V
A m io d aro n a – 3 -5 m g /K g /d ia 2 - A m i o d a r o n a – A n c o r o n ( 1 5 0 m g / 3 m l)
P ro p afen o n a - 8 -1 5 m g /K g /d ia D o se : 5 m g /K g e m 1 h o ra e 1 5 m g/k g em 2 3 h o ra s
P ro cain am id a-5 0 -1 0 0 m g /K g /d ia (E V c o n tín u o )
F a z e r d e 5 e m 5 m g /K g /dia a c a d a 5-7 d ias.
3 - P r o p a f e n o n a - R i tm o n o rm ( 7 0 m g / 2 0 m l )
D o se : a ta q u e = 1 -2 m g /K g , E V , le n to em 3 -5 m in
E s q u e m a s d e a ss o c ia çã o : (r e p e t i r a p ó s 9 0 m i n S N )
1 + 2 M a n t e r E V c o n tí n u o = 4 - 7 m ic r o g / K g /m i n
4 - P r o c a in a m id a - P ro c am id e (5 0 0 m g/5 m l)
2 + 3 D o se : 5 -1 5 m g /K g – E V - 4 /4 o u 6/6 h s
392
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R N C O M “ B A IX O D É B IT O S IS T Ê M IC O ”
CAUSAS:
1 – S ín d ro m e d o c o ra ç ã o e s q u e rd o h ip o p lá s ic o
2 - E s te n o s e a ó rtic a v a lv a r c rític a
3 – C o a r c t a ç ã o d e A o s e v e ra
4 – In te rru p ç ã o d o a rc o a ó rtic o
Q U A D R O C L ÍN IC O :
R N n a s c e b e m , m a s a p ó s fe c h a m e n t o d o C A , a p r e s e n t a
d e t e r io r iz a ç ã o p r o g r e s s iv a : le t a rg ia , s u c ç ã o d é b il, t a q u id is p n é ia ,
t a q u i c a r d i a , p u l s o s f i n o s , p e r f u s ã o c a p i l a r le n t a , p e l e a c i n z e n t a d a .
E x a m e F ís ic o : im p u ls ã o d e V D fo rte + p u ls o s fra c o s + h ip o te n s ã o +
so p ro s p o d e m e sta r a u se n te s.
R x d e t ó r a x : c a r d i o m e g a l ia , f l u x o p u l m o n a r , c o n g e s t ã o
E C G : d e s v io e ix o p a ra D ire ita , S A D ,S V D .
E C O D O P L L E R C A R D IO G R A M A : d e fin e d ia g n ó s tic o a n a tô m ic o .
C A T : a p e n a s p a r a c o n d iç õ e s e s p e c i a i s .
TRATAM ENTO:
1 – T ra ta r d is tú rb io s á c id o -b á s ic o s e e le tro lític o s .
2 – V e n tila ç ã o m e c â n ic a – to le ra r S a t. 0 2 d e 8 0 -8 5 % .
3 – H e m o tra n sfu sã o p a ra m an te r H tc > 4 5 .
4 – T ra ta r IC C : fu ro s e m id a , d o b u ta m in a .
5 – P r o s t a g l a n d in a E 1 : P r o s t in ( 5 0 m ic r o g / m l = r e d il u iç ã o d o H O B ).
I n i c i a r c o m 0 , 0 5 m i c r o g / K g / m in e a t é 0 , 1 m ic r o g / K g / m i n s e
n e c e s s á rio .
6 – A b o r d a g e m c i r ú r g i c a , a p ó s e s t a b i l i z a ç ã o c l ín i c a .
O B S : In ic ia r t r a t a m e n t o im e d ia t a m e n t e , n ã o p re c is a a g u a r d a r e c o
p a r a i n i c ia r t r a t a m e n t o .
393
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RN CIANÓTICO
GRUPO I : BARREIRA + COMUNICAÇÃO Prostaglandina
Fallot B2 única + SS em BEE alta
EP + CIA OU CIV Rx: hipofluxo pulmonar
ECG: SVD
394
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TESTE DE (uso de O2 a
100% por 10 –
HIPEROXIA 15 min)
P02(SAT) P02(SAT)
70(95%) >200(100%) 40
D. Cardíaca:
(85 - 93%)
395
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PROSTAGLANDINA
APRESENTAÇÃO:
ampola de 500 mcg/ml
no HOB disponível FA 50 mcg/ml
DILUIÇÃO PADRONIZADA:
Iniciar com dose de 0,05 mcg/Kg/min a 0,1 mcg/Kg/min.
A dose pode ser elevada até 0,4µg/kg/min até o efeito ser alcançado
(ocorre em 15’ a 2h).
Após 2-3hs, de acordo com a resposta ir diminuindo a dose lentamente
se melhora da IC/cianose » reduzir até 0,005µg/kg/min.
1. ATÉ 1,5 Kg
ABD --------------------------------- 9 ml
2. > 1,5 Kg
3. Gotejamento:
396
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RECONHECIMENTO CLÍNICO:
Taquipnéia ....................................................100 %
Crepitações.....................................................60
Tosse...............................................................40
Cianose...........................................................20
Cardiomegalia...............................................90%
Taquicardia....................................................90
Sudorese........................................................70
Galope...........................................................50
Pulsos finos...................................................30
Hepatomegalia..............................................85%
Edema...........................................................20
EXAMES COMPLEMENTARES
397
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ETIOLOGIA:
ANORMALIDADES ESTRUTURAIS
PCA
Síndrome da hipoplasia do VE (ICC grave quando fecha o canal arterial por
volta do 2 º ou 3 º dia de vida, com choque cardiogênico, sem sopro
característico, com SVD ao ECG).
Estenose aórtica crítica (sopro rude em BEE alta, SVE ao ECG).
Drenagem venosa pulmonar anômala total obstrutiva (cianose pouco
importante, com congestão intensa, área cardíaca normal, SVD ao ECG)
Estenose pulmonar crítica com septo íntegro (SS rude em BEE alta, cianose,
SVD ao ECG).
ANORMALIDADES CONTRÁTEIS
Sepse
Hipóxia por SFA
Hipoglicemia
Hipocalcemia
processos infecciosos ou inflamatórios do miocárdio.
ARRITMIAS
Taquiarritmias
Bradiarritmias
ANORMALIDADES ESTRUTURAIS
Coarctação aórtica grave
Interrupção do arco aórtico
CARDIOPATIAS DE ―SHUNTS‖
PCA
CIV
DOENÇAS MIOCÁRDICAS
Fibroelastose endocárdica
Miocardites agudas (TORCHS e virais)
Doenças de depósito do glicogênio
Origem anômala da coronária esquerda
398
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TRATAMENTO
MEDIDAS GERAIS
399
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400
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TRATAMENTO CIRÚRGICO
HIPERTENSÃO NA INFÂNCIA
EPIDEMIOLOGIA: Acomete 15 a 20% da população adulta e cerca de 1% da
população infantil.
TÉCNICA DE MEDIDA:
manguito deve cobrir cerca de 2/3 do braço, deixando livre a fossa cubital
(cerca de 2 cm acima da prega do cotovelo) e a bolsa deve envolver toda
circunferência do braço.
Fases do som de Korotkoff: o K1(surgimento dos sons) é a pressão sistólica e
o K5 (desaparecimento) é a pressão diastólica. Em crianças pequenas às
vezes usa-se a fase K4 (diminuição).
Usar a posição sentada, sendo que em RN e lactentes pode-se usar a posição
supina.
A convenção pede usar braço direito e ao nível do precórdio.
Inflar até 20 mmHg após desaparecimento do pulso radial.
Medir pelo menos 2 vezes em cada exame e usar a média das medidas.
Afastar situações de ansiedade e estresse.
Observar o ritmo circadiano: o nadir da PA é nas primeiras horas da manhã e o
pico à tarde.
DEFINIÇÃO DE HIPERTENSÃO:
CLASSIFICAÇÃO:
401
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FONTE: PRO RN
402
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ETIOLOGIA:
INVESTIGAÇÃO CLÍNICA:
INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL:
403
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TRATAMENTO:
HIPERTENSÃO CRÔNICA:
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
CONCEITO:
MANEJO:
404
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405
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MANIFESTAÇÕES
SEMIOLOGIA
SOPRO
Geralmente proto-meso sistólico, ejetivo e rude, grau I-II/VI (apenas em 15% é
III), panfocal, mais intenso em BEE alta e irradiando para dorso e axilas.
Á medida que cai pressão pulmonar torna-se mais suave e tendendo a ser
holossistólico.
O sopro contínuo e em maquinaria não é comum no RN, e é próprio das
crianças maiores.
Canais arteriais amplos podem apresentar estalidos (―eddie sound‖).
PULSOS
Variando desde facilmente palpáveis até muito amplos, de acordo com o
tamanho do canal.
Lembrar que no RNPT de muito pouco peso os pulsos podem ser mais
facilmente palpáveis pelo pouco subcutâneo, do mesmo modo nos casos de
anemia.
PRECÓRDIO
Hiperdinâmico nos casos de canal arterial grande.
PRESSÃO ARTERIAL
Divergente nos casos de repercussão hemodinâmica.
406
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COMPLICAÇÕES
TRATAMENTO CLÍNICO
407
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408
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409
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INDICAÇÂO
Para fechamento de canal arterial patente em RNPT como alternativa à
indometacina oral.
DOSE
Ataque de 10 mg/Kg, seguidos de duas doses de 5 mg/Kg, com intervalos de
24 horas. Total de 3 doses.
APRESENTAÇÃO
Frasco com 5 mg (pó) – fracionado pela farmácia – HOB
DILUIÇÃO
Diluir cada frasco em 1 ml de ABD = 5 mg/ml, calcular a dose de cada
aplicação e rediluir em mais 5 ml de ABD, para fazer EV lento em 30 minutos.
Exemplo: Ibuprofeno (5 mg) – diluir 1 frasco em 1 ml de ABD e fazer ---- ml
com 5 ml de ABD, EV lento em 30 minutos.
VIDA MÉDIA
30,5 +/- 4,2 h
CONTRA-INDICAÇÕES
Creatinina sérica > 1,7 mg/dl
Uréia sérica > 60 mg%
Níveis de bilirrubinas de risco para ET
Diurese < 1 ml/Kg/h nas 24 horas precedentes
Sinais clínicos e/ou radiológicos de ECN
Hemorragia gastrointestinal presente ou recente
Distúrbios de coagulação sangüínea ou tendência a sangramentos (tubo traqueal,
fezes, locais de punção, aspirado gástrico, hematúria).
Hemorragia intracraniana grau III ou IV (Papile et all) ou menor porém recente.
Sepse não controlada.
Instabilidade hemodinâmica.
Hipertensão pulmonar com repercussão clínica.
Plaquetopenia (< 70.000)
OBSERVAÇÕES:
A droga de escolha para fechamento de canal arterial recomendada pela Academia
Americana de Pediatria continua sendo a Indometacina endovenosa, com as mesmas
contra-indicações acima. Esta apresentação não está disponível em nosso meio. A
apresentação oral que é a disponível tem absorção errática, comprometendo os
objetivos do tratamento. Quanto à eficácia, tanto o ibuprofeno EV quanto a
indometacina EV parecem ser semelhantes, mas este último em alguns estudos
mostrou apresentar menores efeitos renais e no SNC. O ibuprofeno endovenoso tem
sido usado como alternativa segura, em substituição à indometacina endovenosa, com
respaldo em literatura científica nacional e internacional.
410
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USO DE INDOMETACINA
APRESENTAÇÃO
INDOCID ® Cáp. 25 e 50 mg Amp. 25 mg/5 ml
DOSAGEM
3 doses = 0,25 mg/Kg com intervalos de 12 horas
VIA
Preferencial: EV Opcional: VO Manter dieta suspensa durante
administração e até 12 horas depois.
EXAMES PRÉ
Uréia, creatinina, Na, K, glicose, bilirrubina (se ictérico), hemograma,
plaquetas, USTF.
EFEITOS COLATERAIS
Oligúria, hiponatremia (dilucional), hiperpotassemia, hemorragia TGI,
enterocolite, HIV, disfunção diastólica transitória.
CONTRA-INDICAÇÕES
Plaquetas < 60.000
Creatinina > ou = 2,0 (ou uréia > 30)
Evidências clínicas de sangramento ou distúrbios de coagulação
Oligúria ( Vu < 0,6 ml/Kg/h)
Sepse não controlada
ECN ou hemorragia digestiva
Isquemia miocárdica
HIV em evolução (ou USTF com HIV > II)
Instabilidade hemodinâmica
MEIA – VIDA
30 horas (15 a 50 horas)
INFUSÃO
Lento em 30 min (há redução do fluxo cerebral se infusão < 5 min).
DILUIÇÃO
Diluir em ABD ou SF ou SGI 5% (0,1 mg/ 0,1 ml). Deve ser usada
imediatamente após a reconstituição.
INCOMPATILIDADE
Não infundir com gluconato de cálcio, aminas, gentamicina.
INDICAÇÃO
Vide fluxograma anexo.
411
MANUAL DE ROTINAS E PROTOCOLOS
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A = FETAL B = TRANSICIONAL
C = NEONATAL
412
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REFERÊNCIAS:
413
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RITMO
FREQUÊNCIA CARDÍACA
ONDA P
DIREÇÃO:
Positiva em: Dl, Dll e aVF, e nas precordiais de V1 a V6. Negativa em: aVR Variável
em: D3 e aVL
AMPLITUDE:
2,0 a 2,5 mm
DURAÇÃO:
Em torno de 0,04 s
EIXO:
Entre 30 0 a 60 0 (média: 40 0 - 450)
INTERVALO PR
Tem valores ligeiramente mais longos nas primeiras horas de vida, reduzindo-se com
o passar dos dias.
Valores normais: 0,08 a 0,10s Valores < 0,08s pensar em síndromes de pré-
excitação e valores > 0,14s pensar em distúrbios da condução AV.
414
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COMPLEXO QRS
DURAÇÃO
Em torno de 0,04 - 0,05s na primeira hora, com aumento progressivo com o passar
dos dias devido ao aumento do coração, porém mantendo-se inalterado no 1º mês.
ONDAS Q
Podem aparecer em qualquer derivação, desde que sua amplitude não seja superior a
0,5mv. Cerca de 2,5% a 5% dos traçados normais apresentam ondas Q.
ONDAS R
Apresentam amplitude aumentada na primeira hora até o final do primeiro dia,
especialmente nas derivações direitas e seus valores tendem a diminuir no final da
primeira semana.
ONDAS S
Mais profundas nas precordiais esquerdas, seguindo o mesmo comportamento da
onda R
EIXO
Até cerca de 1m apresenta desvio para direita, com eixo entre 90 - 1700 (média: 130°).
MORFOLOGIA
Positivo em todas periféricas, exceto aVR. Em V1 pode ter os padrões: Rs
(mais comum), R puro, RS, rSR (menos comum).
Indica predomínio da massa ventricular direita.
Em V5 - V6, os padrões mais comuns são: Rs, RS e qRs e menos comuns são:
rS, qR, qrs e rs.
SEGMENTO ST
Geralmente isoelétrico.
ONDAS T
Normalmente assimétricas, com componente ascendente mais longo.
Inicialmente positivas em precordiais direitas, tornando-se negativas até as 6
primeiras semanas e depois novamente positivas quando em torno de 8 - 10
anos de idade.
A explicação para isto é atribuída a uma sobrecarga sistólica inicial do VD, à
qual se segue outra, igual e imediatamente transitória do VE, devido ao
fechamento do PCA.
É considerado variante do normal o achado de T negativa em V5 ou padrões
que alternam negatividade e positividade, com baixa voltagem.
PARTICULARIDADES DO PREMATUROS
FC mais elevadas do que RNT, podendo chegar até média de 200 bpm.
Ondas P apiculadas, assemelhando a SAD, que são devido a FC mais altas.
Eixo do QRS mais voltado para direita, podendo ser até 180°.
Complexos QRS com durações menores (< 0,04s).
415
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FREQÜÊNCIA CARDÍACA EM RN
Acordado 85 – 205 média=140
Dormindo 85 - 160 média=142
Taquicardia:
É a resposta fisiológica típica à diminuição do DC; em neonatos, entretanto,
isquemia ou hipóxia podem causar uma bradicardia paradoxal
É um sinal de choque, mas é também resposta comum a vários tipos de
estresse: dor, hipóxia, febre, entre outros.
Bradicardia: É sinal clínico de mau prognóstico
419
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PRESSÃO ARTERIAL
PERFUSÃO SISTÊMICA
420
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CÉREBRO
Os sinais clínicos de hipoperfusão do cérebro são determinados pela intensidade e
duração da isquemia;
Se o processo é gradual, os sintomas são mais insidiosos: letargia, irritabilidade;
Se o processo é súbito, podem ocorrer perda de tônus muscular, convulsões,
dilatação pupilar.
RINS
A produção urinária é diretamente proporcional ao fluxo sangüíneo renal e à
velocidade de filtração glomerular;
O fluxo de urina menor que 1 ml/kg/h é sinal de má perfusão renal ou hipovolemia
FREQÜÊNCIA CARDÍACA
Rápida (> 200 bpm) ou lenta (< 60 bpm)
PERFUSÃO SISTÊMICA
Pulso palpável periférica e centralmente
Discrepância entre amplitude de pulsos centrais e periféricos
Pulsos distais filiformes ou ausentes
Pulsos distais amplos
Pulsos centrais de baixa amplitude
Temperatura da pele, cor e enchimento capilar alterados
Estado de consciência: alerta, irritado, letárgico
Volume urinário < 1 ml/kg/h
421
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PRESSÃO ARTERIAL
Avaliar PAS e PAD e calcular a pressão de pulso.
acima permitem a identificação do choque e a sua
classificação,de acordo com o estado fisiológico ou etiologia.
CHOQUE COMPENSADO
(sinais precoces)
Taquicardia;
Perfusão sistêmica inadequada:
pulsos periféricos finos ou ausentes;
enchimento capilar > 2 seg;
pele marchetada, palidez;
volume urinário < 1 ml/kg/h
CHOQUE DESCOMPENSADO
(sinais tardios)
Pulsos centrais finos;
Alteração do nível de consciência;
Hipotensão sistólica.
422
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423
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DOBUTAMINA:
Dose:
5 a 15 mcg/kg/min; efeito inotrópico (efeito beta).
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Prescrição: (dose=10)
Dobutamina--------5,7 ml
ABD----------------24,3 ml
Infundir 12 ml da Solução á 0,5 ml/h
ADRENALINA / NOREPINEFRINA:
Dose:
Prescrição; (dose=0,5)
Adrenalina--------3,5 ml
Soro Fisiológico---26,5ml
Infundir 12 ml da Solução á 0,5 ml/hora
425
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CONCEITO DE ANEMIA
Presença de níveis de hemoglobina (Hb) e/ou hematócrito (Ht) situados a dois ou mais
desvios-padrão abaixo da média para a idade.
ETIOLOGIA
Hemólise
Ht baixo e reticulócito alto;
Aumento de bilirrubina;
426
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ANEMIA FISIOLÓGICA
A anemia fisiológica do RN corresponde a redução dos níveis de Hb, Ht, Rt e
eritropoetina (EPO) observada ao longo do período pós natal, atingindo limites
mínimos entre 8 e 12 semanas no RNT (Nível mínimo 11.4 0.9 g/dl) e 6 a 8
semanas no RN prematuro (PT) (Nível mínimo 7-10 g/dl inversamente proporcional
idade gestacional), que ocorre em função dos processos de adaptação perinatal.
Fatores responsáveis
Concentração de Hb e Ht ao nascimento, indicadores da massa globular inicial,
que dependem da idade gestacional (IG), peso de nascimento (PN) e condições
intra uterinas de hipóxia;
Menor vida média dos eritrócitos (Adulto 90 a 120 dias, RN termo 60 a 70 dias,
RNPT 35 a 50 dias);
Maior eritropoese inefetiva nessa fase;
Curva de dissociação da Hb-O2 deslocada para direita;
Menor atividade medular de produção hematopoética, devido a diminuição da
atividade de EPO decorrente da maior oferta de O2 ao nascimento;
427
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ANEMIA DO PREMATURO
Os RNPT apresentam maior risco de desenvolver anemia, sobretudo quando
estão internados em unidades de cuidados intensivos (UCI). Inúmeros fatores
contribuem para o desenvolvimento da anemia no RNPT, destacando-se, pela sua
importância clínica:
Espoliação sanguínea
Hemodiluição
Menor vida média das hemácias
Produção inadequada de eritropoetina
Deficiência de ferro
Espoliação Sanguínea
A anemia por espoliação sanguínea ocorre, em geral nas primeiras duas semanas
de vida quando o prematuro encontra-se internado em unidades de cuidados
intensivos, com necessidade de suporte respiratório e hemodinâmico e submetido
a múltiplos exames laboratoriais.
Os exames laboratoriais mostram diminuição da taxa de Hb e Ht. Os Rt
encontram-se, em geral, diminuídos, porque, nessa fase, o PT ainda não
apresenta eritropoese efetiva devido à produção inadequada de EPO.
Deficiência de Eritropoetina
Ocorre por deficiência da produção de EPO e aparece entre a 3 e a 12 semana
de vida, antes de completar 40 semanas de IG corrigida, durante o período de
estabilidade clínica onde ocorre o crescimento rápido do PT ( ganho de peso
aumenta o volume sanguíneo, ocorrendo a hemodiluição ).
Além disso a menor vida média das hemácias acentua essa hemodiluição,
atingindo níveis de 7 a 8 g/dl, que pode perdurar até 12 semanas no PT extremo.
Esse grau de anemia deveria estimular a produção renal de EPO, que é o
principal hormônio que estimula a eritropoese. Entretanto, o PT apresenta
deficiência da produção de EPO que perdura até aproximadamente 40 semanas
de IG corrigida.
A essa anemia dá-se o nome de anemia da prematuridade, que é tanto mais
intensa e precoce quanto menor for a IG do RN e decorre da incapacidade do rim
do PT de produzir EPO diante de um estímulo de hipóxia tecidual.
A quantidade de ferro não guarda relação com a anemia da prematuridade. Ele
pode estar normal , diminuído ou aumentado. A administração do ferro, mesmo
em doses terapêuticas, não corrige a anemia por deficiência de EPO. Caso a
reserva esteja diminuída, isto indica apenas o estado natural do PT nesse
momento e mostra que há necessidade de aumentar a reserva, utilizando-se ferro
em doses profiláticas.
Os exames laboratoriais mostram Hb, Ht e reticulócitos diminuidos ( produção de
eritropoetina insuficiente nesse período ).
428
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Deficiência de Ferro
A reserva de ferro no feto ocorre durante o terceiro trimestre da gestação, através
da passagem de ferro da gestante para o feto por via transplacentária.
No RNPT, a deficiência de ferro pode ocorrer já ao nascimento, mas a anemia
ferropriva ocorre após 40 semanas de IG corrigida, quando os rins iniciam a
produção de EPO e ocorre estímulo para a eritropoese. Se a reserva de ferro for
adequada, há estímulo a eritropoese com aumento do Rt. Se a reserva de ferro
não for adequada, o RN pode desenvolver anemia ferropriva.
Os exames laboratoriais são compatíveis com anemia hipocrômica e microcítica
com diminuição Hb, Ht, Rt e da reserva de ferro.
Segundo a OMS, considera-se deficiência de ferro em crianças abaixo de 5 anos
quando:
os valores de ferritina sérica (Reserva de ferro) são inferiores a 12 mcg/L
e, quando a proteína C for superior a 1mg/L ( considera-se valor de corte
da ferritina de 30mcg/L).
Saturação da transferrina inferior a 16% é considerada como baixa
disponibilidade de ferro para síntese de Hb.
Teste terapêutico: administra ferro e observa a resposta (Aumento Rt em 3
a 5 dias, Ht em 2 semanas e Hb em 6 semanas).
429
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3. Ht < 30%
VM, MAP 8cmH2O;
HOOD ou CPAP com FiO2 35%;
Cirurgia de pequeno e médio porte;
Fonte: Mimica AF, dos Santos AM, da Cunha DH, Guinsburg R, Bordin JO, Chiba A, ET al. A
very strict guideline reduces the number of erythrocyte in preterm infants. Vox Sanginis.
2008;95:106-11.
430
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Doses:
PN < 1000gr: 4 mg/k/dia
PN 1000 a 1500gr: 3mg/k/dia
PN 1500 a 2000gr 2mg/k/dia
REFERÊNCIAS:
1. dos Santos AMN. Transfusões de Hemocomponentes no período Neonatal:
indicações e conseqüências. In: PRORN. Ciclo 7. Módulo 2. Pg. 67-115.
431
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5. Leone CR. Anemia no Recém Nascido Pré-Termo Extremo. In: PRORN. Ciclo
1. Módulo 4. Pg.79-101.
6. Robin Ohls, MD. Red blood cell transfusions in the newborn. Last literature
review version 17.2: maio 2009.
432
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HEMOTERAPIA
Dr. Paulo do Val Rezende
EXSANGUINEOTRANSFUSÃO
Doença hemolítica do RN (incompatibilidade materno-fetal contra antígenos
eritrocitários)
Eritro-enzimopatias hereditárias
Defeitos estruturais de membrana eritrocitária
Trombocitopenia aloimune neonatal
Volume: 160 ml/Kg
Retirada máxima de 10% da volemia por alíquota
Velocidade de 5 ml/Kg/3 min
Concentrado de hemácias (CHM)
Volume: 270 ml + 30 ml plasma
Ht: 70-80 %
Conservação: 1o a 6o C
Validade: 35 a 42 dias
Dose: 10 a 15 ml/kg (máximo 300 ml)
Solicitar fracionamento da bolsa para alíquotas de transfusão (validade 24 horas)
PLAQUETAS
MECANISMOS:
Falta de produção
Destruição aumentada
INDICAÇÕES:
Plaquetopenia
aguda
crônica
Disfunção plaquetária
adquirida
hereditária
433
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RN E LACTENTES JOVENS:
< 30.000:
Estáveis com falência de produção
< 50.000:
Peso < 1000g e < 1 semana de vida
Instabilidade hemodinâmica ou respiratória (VM)
Sangramento significativo anterior (pulmonar ou intraventricular grau 3-4)
Evidência atual de ―sangramento menor‖ (petéquias, hematomas, sangramento
excessivo por locais de punção, sangramento endotraqueal recorrente)
Coagulopatia de consumo
Previamente a procedimentos invasivos
Trombocitopenia por transfusão maciça (dilucional)
Trombocitopenia neonatal aloimune
< 100.000:
ECMO
Previamente a procedimentos neurocirúrgicos, bypass cardíaco, cirurgia
oftalmológica
Características:
Contém todos os fatores da coagulação
Validade de 12 ou 24 meses se armazenado a temperaturas inferiores a – 20 ou –
30ºC, respectivamente
Volume 200ml
Após descongelamento 4 horas
Dose 10 - 20 ml / Kg (dose máxima: 600 ml)
Frequência: variável, conforme patologia de base
Indicações:
Reposição da deficiência de um único fator (se não houver concentrado
específico disponível ) *
Coagulação intravascular disseminada *
Doença hemorrágica do recém nascido *
434
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Contra-indicações:
Reposição de proteínas ou suporte nutricional
Melhora de cicatrização de feridas
Melhora da função imunológica
Coagulopatias congênitas
Expansor volêmico
CRIOPRECIPITADO
Características:
Fator von Willebrand, fator VIII, fibrinogênio, fator XIII
Volume 15 ml
Validade 12 meses à temperatura de – 20ºC
Após descongelamento 4 horas
Dose
Fibrinogênio: 1U / 5 kg
Von Willebrand: 1U / 10 kg
RN: 5 ml / Kg
ATO TRANSFUSIONAL
Duração
CHM: máximo 4 horas
PFC, CP, CRIO: EV livre
435
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PROCEDIMENTOS ESPECIAIS:
Leucodepletadas (deleucotizada)
Lavadas
Irradiadas
Fenotipadas
Triada para Hb S
MÉTODOS DE LEUCODEPLEÇÃO
Filtração beira do leito: 99-99.9%
Filtração pré-estocagem: 99.7-99.9%
PRODUTOS LEUCORREDUZIDOS
INDICAÇÕES:
Tx intrauterina
Recém-nascido e lactentes até 6 meses
Anemias hemolíticas hereditárias
Hemoglobinopatias
Candidato a transplante com doador e transplantado
Anemia aplástica com doador
Pacientes onco-hematológicos com doador
Síndromes de imunodeficiências congênitas
Criança com sorologia negativa para CMV
Paciente com recorrência de reação febril não hemolítica
PRODUTOS IRRADIADOS
INDICAÇÕES:
Exsanguineotransfusão e transfusão intra-uterina
Prematuridade e baixo peso
436
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PRODUTOS LAVADOS
INDICAÇÕES:
Muito pouco utilizado na prática clínica atual
Pacientes que desenvolveram anticorpos a proteínas plasmáticas e deficientes em
IgA
Pacientes com reação alérgica recorrente ou antecedente de reação alérgica
grave
INCIDENTES TRANSFUSIONAIS
IMEDIATOS
Ocorrem durante a transfusão ou em até 24 horas após
TARDIOS
Ocorrem após 24 horas da transfusão
437
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438
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ANAMNESE
Na anamnese, devem ser avaliados:
Os antecedentes gestacionais, com especial atenção ao uso de
medicamentos. São drogas potencialmente virilizantes (andrógenos,
progesterona) ou feminizantes (ciproterona, progestágenos) em período
crítico da embriogênese, ou seja, entre 8 e 12 semanas de gestação )
Sinais de virilização materna
Antecedentes familiais, como consangüinidade entre os pais, casos
semelhantes, história familial de atraso ou avanço puberal, infertilidade,
hipertensão arterial na infância ou mortes inexplicadas nos primeiros
meses de vida, entre outros.
440
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EXAME FÍSICO :
Deve-se observar características sugestivas de associação com síndromes
malformativas, grau de hidratação, desnutrição , pressão arterial e realizar o
exame genital (sempre diante dos pais).
A classificação dos graus de virilização da genitália externa de 1 a 5 proposta por
Prader para meninas virilizadas com hiperplasia adrenal congênita também é de
grande utilidade para descrição de outras ADS:
CLASSIFICAÇÃO DE PRADER
( AMBIGUIDADE GENITAL EXTERNA)
I II III
IV V
I- Hipertrofia de clitóris;
II- Hipertrofia de clitóris com fusão posterior dos grandes lábios,
permanecendo os orifícios uretral e vaginal distintos;
III- Hipertrofia de clitóris com fusão quase completa envolvendo o seio
urogenital;
IV- Falus mais ou menos desenvolvido com orifício urogenital único na sua
base, dando aspecto de hipospádia perineal e bolsa escrotal hipoplásica;
IV- Genitália de aspecto masculino com saco escrotal achatado e vazio.
441
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Sub-masculinização em homem XY
Ovotesticular DSD
442
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AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA:
O foco primário é o estabelecimento da causa, pois a situação é extremamente
estressante para os pais e cria-se uma necessidade social urgente de
estabelecimento do gênero de criação.
A investigação diagnóstica é dispendiosa e difícil e, em alguns casos, mesmo
após a realização de vários exames, não se chega ao diagnóstico etiológico
preciso. As apresentações clínicas das ADS sofrem grande variação, de forma
que nenhuma apresentação clínica é patognomônica deste ou daquele
diagnóstico.
443
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EXAMES COMPLEMENTARES:
Eletrólitos, glicemia, gasometria – pacientes com HCSR podem apresentar
hiponatemia, hiperpotassemia, acidose metabólica e hipoglicemia).
Cariótipo – definição do sexo genético
Dosagens hormonais: Desde o período nenonatal até os 4 meses de idade o
eixo hipotálamo – hipófise – gônadas encontra-se ativado como acontece no
período puberal, possibilitando a avaliação com dosagens hormonais basais.
LH, FSH – avaliação da função hipofisária e gonadal
Testosterona Total (T) – avaliação da função gonadal
Dihidrotestosterona (DHT) – avaliação da função gonadal – Calcula-se a
relação T/DHT.
precursores adrenais da testosterona – 17 hidroxiprogesterona,
dehidroepiandrosterona (DHEA), 11 desoxicortisol (composto S) e
androstnediona – avaliação de defeitos de síntese de T e HCSR.
Exames de imagem – A avaliação por imagem é necessária, embora nem
sempre conclusiva, para a definição da genitália interna (útero, gônadas,
próstata), para investigar a presença de seio urogenital, associação com
malformações do trato urinário e para oferecer ao cirurgião elementos para o
planejamento cirúrgico. Mais utilizado é a ultrassonografia em associação à
genitografia ( ou uretrocistrofia miccional retrógrada) e, menos frequentemente,
a tomografia computadorizada ou a ressonância nuclear magnética da região
pélvica. A cistoscopia intra-operatória deve ser realizada sempre que possível,
pois também tem oferecido informações importantes a respeito da presença ou
não de seio urogenital.
A avaliação in vitro da ligação do andrógeno ao seu receptor e da atividade de
enzima 5 α redutase tipo 2 são auxiliares no diagnóstico das insensibilidades
aos andrógenos e da deficiência de 5 α redutase tipo 2, que serão confirmadas
pelo estudo molecular do gene específico. Trata-se, porém, de procedimentos
complexos e raramente utilizados em serviços de rotina. O estudo molecular é
necessário, em alguns casos, para a elucidação diagnóstica e, em outros, é
fundamental para a conduta terapêutica, especialmente na indicação de
gonadectomia.
444
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POSSIBILIDADES DIAGNÓSTICAS:
46,XX + gônadas palpáveis
ADS ovotesticular
ADS 46 XX testicular (Homem XX).
46,XX + gônadas não palpáveis + história de virilização materna durante
a gestação
Uso de medicamentos virilizantes na gestação.
Tumor virilizante materno.
HCSR clássica ou tardia materna mal controlada.
Deficiência de aromatase placentária.
46,XX + gônadas não palpáveis + ausência de virilização materna durante
a gestação
HCSR.
ADS ovotesticular.
idiopático.
Aberrações numéricas ou estruturais de cromossomos sexuais (com ou
sem mosaicismo ou quimerismo)
ADS ovotesticular.
ADS disgenético.
46,XY + presença de útero
ADS ovotesticular.
DG parcial;
Persistência dos ductos de Muller
Aberrações de autossomos + quadro dismórfico
ADS sindrômico
46,XY + ausência de uso de medicamentos na gestação que possam
interferir na biossíntese de testosterona
Idiopático
DG parcial
ADS ovotesticular
HCSR/defeito de síntese de T
hipogonadismo hipogonadotróficoinsensibilidade LH/hCG
deficiência de 5 a-redutase 2
insensibilidade androgênica
445
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17 OH
PROGESTERONA
Alta Normal
HCSR
Deficiência de Biópsia gonadal
21 hidroxilase
Ovário+testícul
os = ADS Normal
ovotesticular
HCSR Resistência
Deficiência 11 glicocorticóide
hidroxilase
446
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Testosterona
Normal Baixa
ou
elevada
LH
Relação Relação
T/DHT T/DHT Normal/Alto
T/DHT < 15
15 - 30
> 30
Deficiência 17 OHP
Insensibilidade Biópsia
de 5α gonadal/es DHEA ,
redutase Androgênica? androstenediona,
tudo
Idiopático? molecular pregnenolona
dos genes
Avaliação do recptor Elevados
molecular de
da andrógenos
ENZIMA Avaliação
molecular do e da enzima Defeito de síntese de T
receptor de 5α redutase
andrógenos HCSR Deficiência de 3 β
Hidroxiesteróidedesidroge
Deficiência
nase
de 5α
redutase
HCSR Deficiência de CYP 17
I
insensibilida HCSR Deficiência de CYP 11 A
de
androgênica
Deficência de 17- cetoesteóide
ADS ovotes desidrogenase
ticular
Normais
Idiopático
LH Baixo LH alto
Hipogonadismo Hipogonadismo
hipogonadotrófico Hipergonadotrófico
FSH
elevado
Estudo da Gõnada
(Biópsia)
Insensib LH/HCG
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Cariótipo
46, XX Mosaicismos
Biópsia Outros
46, XY/45, X mosaicismos
gonadal
Disgenesia Biópsia
Homem XX
gonadal mista gonadal
ADS
ovotesticular
448
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REFERÊNCIAS
6. Lee PA, Houk CP, Ahmed SF, Hughes IA; International Consensus
Conference on Intersex organized by the Lawson Wilkins Pediatric
Endocrine Society and the European Society for Paediatric Endocrinology.
Consensus statement on management of intersex disorders. International
Consensus Conference on Intersex. Pediatrics. 2006;118:e488-500.
449
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Oficial da União; Poder Executivo, Brasília, DF, n. 90, 13 maio 2003. Seção
1, p. 101-2
8. Houk CP, Hughes IA, Ahmed SF, Lee PA and Writing Committee for the
International Intersexus Consensus Conference Participants. Summary of
Consensus Statement on Intersex Disorders and Their Management.
Pediatrics 2006; 118: 753-757.
450
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TRANSPORTE DO RECÉM-NASCIDO
Dra Neliana Temponi G. Dias
INTRODUÇÃO
É consenso que o transporte mais eficaz, com menor risco para o concepto e
melhores resultados para o binômio mãe-filho é o transporte intra-útero.
Toda instituição deve estar preparada para o transporte intra-hospitalar e
inter-institucional, com uma equipe capacitada, equipamentos adequados e
uma rede de referências previamente identificada.
O transporte do recém-nascido no meio intra-hospitalar ocorre mais
freqüentemente entre a sala de parto e a unidade neonatal de cuidados
intermediários ou intensivos, assim como entre a unidade neonatal e o centro de
diagnóstico e/ou cirúrgico.
O transporte inter-institucional ou inter-hospitalar acontece usualmente de
instituições menos para as mais especializadas, respeitando a lógica dos sistemas
regionalizados e hierarquizados de atendimento neonatal, sendo iniciado após a
adequada estabilização do paciente no hospital de origem e após ter discutido e
estar em comum acordo com a equipe do hospital de destino e com vaga
assegurada.
O objetivo do transporte é melhorar a sobrevida e qualidade de vida do
paciente.
451
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Terrestre ideal para distâncias até 150 km, cobertos em tempo inferior a duas
horas;
menor custo;
transporte demorado e dependente das condições de tráfego;
453
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2. Estabilização Respiratória
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4. Suporte cardiovascular
5. Suporte metabólico
6. Suporte infeccioso
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7. Situações especiais
Hérnia diafragmática:
intubar o RN ;
mantê-lo com sonda gástrica para descompressão;
transportar em decúbito lateral, do mesmo lado da hérnia, para melhorar a
ventilação do pulmão contralateral.
Obstrução intestinal:
é fundamental a descompressão digestiva, através de sonda gástrica
(tamanho nº 8) que deve ficar aberta e ser aspirada freqüentemente.
457
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Cardiopatias Congênitas:
evitar o uso de oxigênio na suspeita de cardiopatias ductus-dependentes;
sempre que iniciar o infusão de prostaglandina E1, administrá-la por meio de
bomba de infusão e ficar atento a apnéia, um dos efeitos colaterais desta
medicação.
Relatório médico
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Variáveis Pontuação
De 36,5 a 37,5 0
> 40 0
Ativo, chorando 0
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CHEGADA AO LOCAL
A equipe de transporte deve repassar todas as informações necessárias para o
cuidado daquele paciente.
Em seguida, deve recolher e verificar todo o material utilizado no transporte.
A responsabilidade do transporte termina somente quando a equipe do serviço
receptor assume os cuidados do paciente.
Considerações
Qualquer necessidade de descolamento do RN mesmo que seja para
realização de exames em outros setores dentro de uma mesma
unidade deve ser considerado como um transporte e o mesmo deve
ser realizado de acordo com os critérios acima descritos.
REFERÊNCIAS:
460
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Fonte: www.paulomargotto.com.br
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CATETER ARTERIAL
Fonte: www.paulomargotto.com.br
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CATETER VENOSO
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RETINOPATIA DA PREMATURIDADE
Dr. Alexandre Pianetti
Estágios
*Estágio 1: linha de demarcação: linha fina e branca, entre a retina central
vascularizada e a retina periférica avascular. Os vasos que atingem esta linha
terminam em ramificações anormais.
Zonas:
* Zona I: pólo posterior ou zona interna, que corresponde a um círculo cujo raio mede
duas vezes a distância do centro do disco óptico ao centro da mácula.
*Zona II: zona média, que se estende da margem externa da zona I para um ponto
tangencial à ora serratia nasal.
*Zona III: zona externa, localiza-se mais anteriormente à zona 2 e está presente na
região temporal inferior e superior.
Outras definições:
Doença pré – limiar (Prethreshold Disease): ROP na zona I, em qualquer estágio; na
zona III em estágio 2 e estágio 3 sem doença ―plus‖.
Doença limiar (Threshold Disease): acometimento de pelo menos cinco ou mais
setores de 30º contínuas, ou oito setores de 30º cumulativos de ROP em estágio 3 na
zona I ou II, expressando um estágio de gravidade.
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Controles:
Prognóstico:
Estágio 3: 50% regride espontaneamente, com crio e laser este nº cresce para
75%
ROP Zonas I e II: prognóstico muito ruim com ou sem tratamento
Estágio 5: função visual pobre. A maioria evolui para cegueira
Complicações tardias:
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SCORE DE GRAVIDADE
VARIÁVEL PONTUAÇÃO
Peso de nascimento (g)
>1350 0
851-1350 1
701-850 4
≤ 700 7
Idade gestacional (semanas)
> 24 0
≤ 24 1
Malformação congênita
Ausente 0
Sem risco de vida imediato 1
Com risco de vida imediato 3
BE máximo nas primeiras 12h de
vida(mmol/l)
> -7,0 0
-7,0 a -9,9 1
10,0 a -14,9 2
≤ -15,0 3
FiO2 mínima apropriada nas primeiras
12h de vida
≤ 0,40 0
0,41-0,60 2
0,61-0,90 3
0,91-1,00 4
FiO2 máxima apropriada nas primeiras
12h de vida
≤ 0,40 0
0,41-0,80 1
0,81-0,90 3
0,91-1,00 5
O CRIB avalia seis fatores nas primeiras 12 horas de vida, mas é apropriado
somente para recém-nascidos com menos de 31 semanas de idade
gestacional e/ou com peso de nascimento de até 1.500 g.
após obter os valores somados desses itens, os pacientes são classificados
em 4 graus:
grau 1 para escores de 0 a 5
grau 2 de 6 a 10
grau 3 de 11 a 15
grau 4 para pontuações maiores do que 15.
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SNAP II E SNAP-PE II
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APGAR
0 1 2
Freqüência ausente <100 bpm >100 bpm
cardíaca
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reduzir 25% da dose a cada 3 dias até atingir a dose fisiológica (10–15 mg)
4º) Se a dose corresponde à dose de stress grave, o paciente deve receber alta
com carta de uso prolongado de corticóide e está sob risco de insuficiência adrenal.
Em situações de stress, deverá receber corticóide:
EQUIVALENCIA DE DOSES
HIDROCORTISONA 1
CORTISONA 0,8
PREDNISONA 4
METILPEDINISOLONA 5
9 FLUORCORTISOL 5
BETAMETASONA 25 - 30
DEXAMETASONA 25
TRIANCINOLONA 5
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FÓRMULAS IMPORTANTES:
10. FATOR DE CORREÇÃO:
Vol da medicação
4. SUPERFÍCIE CORPORAL:
(PX4)+7
P + 90
5. OSMOLARIDADE SERICA:
2 X Na + 10 ou 2 x Na x glicose + uréia
18 2,8
PAM - PIC
Adultos: 70 mm Hg
> 8 a: 70 mmHg
3 - 8 a: 50 – 60 mmHg
</= 2 a: 40 mmHg
RN: 30 – 40 mmHg
HIC SIGNIFICATIVA:
20 – 24 por 10 min
25 – 29 por 10 min
. 30 por 1 min
HIC leve: 15 – 25 / HIC moderada: 25 – 40 / HIC grave: > 40
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VALORES NORMAIS:
PMT < 30 SEM E < 48 HS DE VIDA = IDADE GESTACIONAL
PMT < 30 SEM E >/= 48 HORAS = 30
PMT > 30 SEM = IDADE GESTACIONAL
>/= 37 SEM = 45
HTC paciente
SE RN ASSINTOMÁTICO:
9. CORREÇÃO DE HEMOGLOBINA:
38 - SAT
PCO2 DESEJADA
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