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TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 1/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Cálculo da necessidade energética por fórmula de bolso, quilocaloria (kcal) /kg
de peso ---------------------------------------------------------------------------------------------------------
Tabela 2 - Fator Injúria, Fator Atividade e Fator Térmico para cálculo do GET através da
equação de Harris-Benedict------------------------------------------------------------------------------
Tabela 3 - Cálculo da necessidade proteica------------------------------------------------------------
Tabela 4- Recomendações diárias de energia para RNMBP e RNP-------------------------------
Tabela 5- Recomendações diárias de proteína para RNMBP e RNPT----------------------------
Tabela 6- Recomendações diárias de carboidrato a para RNMBP e RNPT----------------------
Tabela 7- Recomendações diárias de lipídeo para RNMBP e RNPT------------------------------
Tabela 8- Recomendações diárias de energia para RNT--------------------------------------------
Tabela 9- Fator estresse a ser utilizado com a Equação de Holliday e Segar-------------------
Tabela 10- Recomendações diárias de energia para RNT-------------------------------------------
Tabela 11- Recomendações diárias de proteína para RNT-----------------------------------------
Tabela 12- Recomendações diárias de carboidrato para RN---------------------------------------
Tabela 13- Recomendações de diária de lipídeo para RNT-----------------------------------------
Tabela 14- Recomendações de energia para crianças e adolescentes -------------------------
Tabela 15- Equações para cálculo do gasto energético basal em crianças e adolescentes
gravemente doentes-----------------------------------------------------------------------------------------
Tabela 16- Fatores de correção do gasto energético basal (GEB) para situação de estresse
Tabela 17- Recomendações de proteína para crianças e adolescentes em terapia
nutricional enteral-------------------------------------------------------------------------------------------
Tabela 18- Recomendações de carboidratos e lipídeos para crianças e adolescentes em
terapia nutricional enteral---------------------------------------------------------------------------------
Tabela 19 - Prevenção das complicações---------------------------------------------------------------
SUMÁRIO
1. SIGLAS E CONCEITOS----------------------------------------------------------------------------------- 5
2. OBJETIVOS------------------------------------------------------------------------------------------------ 6
2.1 Objetivo Geral-------------------------------------------------------------------------------------------- 6
2.2 Objetivos Específicos----------------------------------------------------------------------------------- 6
3. JUSTIFICATIVAS------------------------------------------------------------------------------------------ 6
4. PÚBLICO ALVO------------------------------------------------------------------------------------------- 6
5. ÂMBITO DE APLICAÇÃO------------------------------------------------------------------------------- 7
6. AVALIAÇÃO DO RISCO E DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL----------------------------------------- 7
6.1 Conduta--------------------------------------------------------------------------------------------------- 7
7. NUTRIÇÃO ENTERAL NO ADULTO------------------------------------------------------------------- 7
7.1 Indicações-------------------------------------------------------------------------------------------------- 7
7.2 Contraindicações relativas----------------------------------------------------------------------------- 8
7.3 Necessidades nutricionais----------------------------------------------------------------------------- 8
7.3.1 Cálculo das necessidades nutricionais----------------------------------------------------------- 8
7.3.1.1 Fórmula de bolso------------------------------------------------------------------------------------ 8
7.3.1.2 Equação de Harris-Benedict---------------------------------------------------------------------- 8
7.3.2 Recomendações das necessidades nutricionais------------------------------------------------ 9
7.3.2.1 Proteínas---------------------------------------------------------------------------------------------- 9
7.3.2.2 Carboidratos----------------------------------------------------------------------------------------- 9
7.3.2.3 Lipídeos------------------------------------------------------------------------------------------------ 9
7.3.3 Fibras----------------------------------------------------------------------------------------------------- 9
7.3.4 Necessidades hídricas-------------------------------------------------------------------------------- 9
7.4 HISTÓRIA CLÍNICA E EXAME FÍSICO*---------------------------------------------------------------- 9
7.4.1 Anamnese-------------------------------------------------------------------------------------------- 9
7.4.2 Exame Físico----------------------------------------------------------------------------------------- 10
8. TERAPIA DE NUTRIÇÃO ENTERAL EM PEDIATRIA------------------------------------------------ 11
8.1 Indicações------------------------------------------------------------------------------------------------ 11
8.2 Contraindicações---------------------------------------------------------------------------------------- 11
8.3 Necessidades nutricionais------------------------------------------------------------------------ 11
8.3.1 Recém-nascido prematuro------------------------------------------------------------------------ 11
8.3.1.1 Energia------------------------------------------------------------------------------------------------- 11
8.3.1.2 Proteína----------------------------------------------------------------------------------------------- 12
8.3.1.3 Carboidrato------------------------------------------------------------------------------------------ 12
8.3.1.4 Lipídeo------------------------------------------------------------------------------------------------- 12
8.3.2 Recém-nascido a termo--------------------------------------------------------------------------- 12
8.3.2.1 Energia------------------------------------------------------------------------------------------------- 12
8.3.2.2 Proteína----------------------------------------------------------------------------------------------- 12
8.3.2.3 Carboidrato------------------------------------------------------------------------------------------- 13
8.3.2.4 Lipídeo------------------------------------------------------------------------------------------------- 13
8.3.3 Crianças e adolescentes--------------------------------------------------------------------------- 13
8.3.3.1 Energia------------------------------------------------------------------------------------------------ 13
8.3.3.2 Proteína----------------------------------------------------------------------------------------------- 14
8.3.3.3 Carboidratos e lipídeos---------------------------------------------------------------------------- 14
9. EXAMES DIAGNÓSTICOS INDICADOS*------------------------------------------------------------- 14
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1. SIGLAS E CONCEITOS
ABRAN - Associação Brasileira de Nutrologia
AGHU - Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários
AGS - Avaliação Global Subjetiva
Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
AVE – Acidente Vascular encefálico
BIC - Bomba de Infusão Contínua
BPANE - Boas práticas de administração de nutrição enteral
CAD - Cirurgia do Aparelho Digestivo
COFEN- Conselho Federal de Enfermagem
Ebserh – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
EMTN – Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional: Grupo formal e obrigatoriamente
constituído de, pelo menos um profissional médico, farmacêutico, enfermeiro, nutricionista,
habilitados e com treinamento específico para a prática da TN. No Hospital de Clínicas a EMTN é
regulamentada pela Portaria –SEI n. º 73, de 28 de abril de 2020.
GEB – Gasto Energético Basal
GET – Gasto Energético Total
HC-UFTM - Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro
IMC – Índice de Massa Corpórea
Kcal – Kilocaloria
LPP – Lesão por Pressão
NE - Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou
combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso
por sondas ou via oral.
NPM – Núcleo de Protocolos Assistenciais Multiprofissionais
PRT – Protocolo
RDI - Recomendações Diárias Internacionais
RG - Registro Geral Hospitalar
TCE – Trauma cranioencefálico
TCM - Triglicerídios de Cadeia Média
TGI- Trato Gastrointestinal
TN – Terapia Nutricional: Consiste em um conjunto de procedimentos terapêuticos para
manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente, por meio da Nutrição Parenteral
(NP) e/ou Nutrição Enteral (NE).
TNE – Terapia de Nutrição Enteral: conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou
recuperação do estado nutricional do paciente por meio de NE.
TNM – Terapia Nutricional Médica: Termo que engloba a suplementação nutricional oral, Nutrição
Enteral e Nutrição Parenteral.
UH - Unidade Hospitalar
UNUT – Unidade de Nutrição Clínica
Vigihosp - Sistema de Notificação de Eventos Adversos e Queixas Técnicas
2. OBJETIVOS
3. JUSTIFICATIVAS
A TNE faz parte da rotina de tratamento de pacientes impossibilitados de utilizar a via
oral para alimentação, mas que possam utilizar o trato gastrintestinal (TGI). O uso da nutrição
enteral (NE) está associado à redução no número de complicações infecciosas, manutenção da
integridade da barreira mucosa intestinal e redução da translocação bacteriana. A TN fornece
proteínas e calorias para os órgãos e tecidos, aumentando a resistência contra as infecções e
aumentando a capacidade de cicatrização, contribuindo para reduzir a morbimortalidade e tempo
de internação hospitalar.
A NE consiste na administração de soluções nutricionalmente completas, com fórmulas
quimicamente definidas, por infusão direta no estômago ou no intestino delgado, por meio de
sondas (oro/nasoentéricos, gastrostomia, jejunostomia ou ileostomia). É utilizada em pacientes
subnutridos ou em risco de subnutrição que apresentem trato digestório íntegro ou parcialmente
funcionante.
O procedimento é multidisciplinar e envolve a indicação e prescrição médica, prescrição
dietética, preparação, conservação e armazenamento, transporte, administração, controle clínico e
laboratorial e a avaliação final.
Neste contexto, este protocolo visa oferecer informações baseadas em diretrizes
nacionais e internacionais atualizadas, de forma prática e concisa sobre a TNE, com o objetivo de
apoiar a prática clínica.
4. PÚBLICO ALVO
Pacientes adultos (≥ 18 anos), recém-nascidos, crianças e adolescentes que requeiram
a utilização de NE em nível hospitalar.
5. ÂMBITO DE APLICAÇÃO
Nas unidades assistenciais do HC-UFTM em uso de NE.
6.1 Conduta
Avaliar todos os pacientes em até 48 horas (h) após admissão ou interconsulta para a EMTN.
Classificar o nível de assistência nutricional de acordo com o risco e doença de base,
conforme MA.UNC.002.
Paciente classificado como nível C com impossibilidade de ingesta oral, deve-se iniciar a NE
dentro de 48 horas após o diagnóstico.
No paciente crítico recomenda-se o início da TNE precoce (24-48 horas), no entanto, devido
à dificuldade para administração da mesma nestes pacientes no estádio inicial, deve-se avaliar a
possibilidade de introdução de pelo menos o volume mínimo de 10 a 30 ml/h.
Utilizar os protocolos de nutrição enteral da instituição com estratégias específicas para
promover seu fornecimento, bem como os cuidados de enfermagem e de administração de
medicamentos por sonda.
Mulheres: GEB = 655,1 + 9,5 x peso (kg) + 1,8 x altura (cm) – 4,7 x idade (anos).
Tabela 2 - Fator Injúria, Fator Atividade e Fator Térmico para cálculo do GET através da equação de
Harris-Benedict
FATOR DE INJÚRIA
Cirurgia Eletiva/Pacientes Clínicos 1,1 – 1,2
Pós-trauma 1,35-1,5
Fonte: Adaptado de Carvalho et al. (2016). In: MA.UNC.002, 2021.
7.3.2.1 Proteínas
Cerca de 15 a 20% do GET, mas também pode ser calculada considerando a quantidade
de gramas por quilograma/peso do paciente (Tabela 3).
7.3.2.2 Carboidratos
50 a 60% do GET.
7.3.2.3 Lipídeos
20 a 35% do GET.
7.3.3 Fibras
Indivíduos saudáveis: 15 a 30 g/dia.
Idosos: 25 g de fibras por dia.
7.4.1 Anamnese
8.3.1.1 Energia
8.3.1.2 Proteína
8.3.1.3 Carboidrato
8.3.1.4 Lipídeo
8.3.2.1 Energia
8.3.2.2 Proteína
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8.3.2.3 Carboidrato
8.3.2.4 Lipídeo
8.3.3.1 Energia
Tabela 15 - Equações para cálculo do gasto energético basal em crianças e adolescentes gravemente
doentes
FAO/OMS Schofield
Meninos Meninas Meninos Meninas
< 3 anos 60,9 x peso - 54 61 x peso - 51 (0,167 x peso) + (1517,4 (16,25 x peso) + (1023,2
x estatura) - 617,6 x estatura) - 413,5
3 a 10 anos 22,7 x peso + 495 22,4 x peso + 499 (19,6 x peso) + (130,3 x (16,97 x peso) + (161,8 x
estatura) + 414,9 estatura) + 371,2
10 a 18 anos 12,2 x peso + 746 17,5 x peso + 651 (16,25 x peso) + (137,2 x (8,365 x peso) +(465 x
estatura) + 515,5 estatura) + 200
Peso: quilo (Kg); Estatura: metro (m).
Fonte: FAO/WHO/UNU, 1985; Scholfield, 1985.
Tabela 16 - Fatores de correção do gasto energético basal (GEB) para situação de estresse
Doença de base Fator de correção
Ausente 1,0
Pós-operatório 1,1 - 1,3
Sepse 1,3
Trauma 1,2 - 1,6
Queimado 1,2 - 2,0
Fonte: ESPGHAN, 2005.
8.3.3.2 Proteína
Tabela 17- Recomendações de proteína para crianças e adolescentes em terapia nutricional enteral
Proteína
Idade g/kg/dia
Baixo peso ao nascer 3,0 - 4,0
Termo 2,0 - 3,0
1 a 10 anos 1,0 - 1,2
Adolescente masculino 0,9
Adolescente feminino 0,8
Criança/adolescente doente grave 1,5
Fonte: Aspen, 2002.
Fonte: Manual da Equipe Multidisprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) do Hospital Universitário da Universidade
de São Paulo – HU/USP, 2014.
18.1.2 Médicos
O médico é o responsável pela indicação e prescrição da NE.
A indicação da NE deve contemplar: situação clínico nutricional, diagnóstico do paciente e
presença de comorbidades.
Assegurar o acesso ao trato gastrointestinal para a TNE e estabelecer a melhor via,
incluindo estomias de nutrição por via cirúrgica, laparoscópica e endoscópica;
Orientar os pacientes e os familiares ou o responsável legal, quanto aos riscos e benefícios
do procedimento.
Participar do desenvolvimento técnico e científico relacionado ao procedimento.
Garantir os registros da evolução e dos procedimentos médicos.
18.1.3 Nutricionistas
Realizar a avaliação do estado nutricional do paciente, utilizando indicadores nutricionais
subjetivos e objetivos, com base em protocolo pré-estabelecido, de forma a identificar o
risco ou a deficiência nutricional.
Elaborar a prescrição dietética com base nas diretrizes estabelecidas na prescrição médica.
Formular a NE estabelecendo a sua composição qualitativa e quantitativa, seu
fracionamento segundo horários e formas de apresentação.
Acompanhar a evolução nutricional do paciente em TNE, independente da via de
administração, até alta nutricional estabelecida pela EMTN.
Adequar a prescrição dietética, em consenso com o médico, com base na evolução
nutricional e tolerância digestiva apresentadas pelo paciente.
Garantir o registro claro e preciso de todas as informações relacionadas à evolução
nutricional do paciente.
18.1.4 Enfermeiros
Orientar o paciente, a família ou o responsável legal quanto à utilização e controle da TNE.
Preparar o paciente, o material e o local para o acesso enteral.
Prescrever os cuidados de enfermagem na TNE, em nível hospitalar, ambulatorial e
domiciliar.
Proceder ou assegurar a colocação da sonda oro/nasogástrica ou transpilórica.
Assegurar a manutenção da via de administração.
Receber a NE e assegurar a sua conservação até a completa administração.
Proceder à inspeção visual da NE antes de sua administração.
Avaliar e assegurar a administração da NE observando as informações contidas no rótulo,
confrontando-as com a prescrição médica.
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18.1.5 Farmacêuticos/EMTN
De acordo com os critérios estabelecidos pela EMTN, adquirir, armazenar e distribuir,
criteriosamente, a NE industrializada, quando estas atribuições, por razões técnicas e ou
operacionais, não forem da responsabilidade do nutricionista.
Participar da qualificação de fornecedores e assegurar que a entrega da NE industrializada
seja acompanhada de certificado de análise emitido pelo fabricante, no caso de
atendimento ao item anterior.
Participar das atividades do sistema de garantia da qualidade referido na Seção VI -
Garantia da Qualidade, do Capítulo V da BPNE, respeitadas suas atribuições profissionais
legais.
Participar de estudos para o desenvolvimento de novas formulações para NE.
Avaliar a formulação das prescrições médicas e dietéticas quanto à compatibilidade físico-
química droga-nutriente e nutriente-nutriente.
Participar de estudos de farmacovigilância com base em análise de reações adversas e
interações droga-nutriente e nutriente-nutriente, a partir do perfil farmacoterapêutico
registrado.
Participar, promover e registrar as atividades de treinamento operacional e de educação
continuada, garantindo a atualização dos seus colaboradores.
18.4 Horários de entrega da NE nas Unidades Assistenciais divididas por Bloco Adulto e
Pediátrico.
fisicamente incompatíveis com NE são: citrato de lítio, fosfato de sódio monobásico e cloreto de
potássio líquido.
Cápsulas Recomendações
Gelatinosas duras (contendo pó) Abrir a cápsula e dissolver o conteúdo em água.
Gelatinosas duras (contendo microgrânulos de Não pode ser triturado. As cápsulas podem ser
liberação retardada ou entérica) abertas, mas o microgrânulos não podem ser
triturados. A administração por sonda depende de
fatores como sítio de absorção e/ou diâmetro dos
microgrânulos e o da sonda.
Gelatinosas dura (contendo líquido) Não recomendada administração por sonda. Deve-
se buscar alternativa terapêutica, podendo levar a
subdosagem por retirada incompleta do líquido de
dentro da cápsula ou por aderência do
medicamento às paredes do acesso enteral ou da
seringa.
Fonte: Ribeiro PC et al, 2014.
Quadro 8- Condutas para administração de alguns medicamentos específicos por cateter de alimentação
Medicamento Efeito Condutas
Inibidores da bomba de Inativação pelo ácido Cateter de posição gástrica - misturar com suco
prótons (ex.: omeprazol, gástrico de laranja ou maçã, por serem ácidos, para
lanzoprazol, proteger os grânulos até que estes cheguem ao
pantoprazol) intestino.
Cateter de posição intestinal - preparar
suspensão a partir dos grânulos, com solução de
bicarbonato de sódio a 8,4%.
Obs: Omeprazol - Disponível no mercado
preparação específica para ser dissolvido em
água e administrado via sonda (Ex: Losec
Mups®).
Fenitoína Redução de 50 a 75% da Diluir a fenitoína (disponível em forma líquida)
absorção quando associada com 20 a 60 mL de água, interromper a NE duas
a NE. horas antes da administração e reiniciá-la duas
horas após. Enxaguar o cateter com 60 mL de
água antes e após a administração do
medicamento.
Varfarina Efeito anticoagulante é Recomenda-se interromper a NE uma hora antes
antagonizado pela e reiniciá-la uma hora após a administração da
fitomenadiona (vitamina K), varfarina.
presente em dieta enteral. Pode ser necessário aumentar a dose de
varfarina ou substituí-la por outro
anticoagulante, como heparina.
Obs: Pacientes que recebem NE e varfarina
devem ter o tempo de protrombina
cuidadosamente monitorado.
25. MONITORAMENTO
O monitoramento da TNE será realizado por meio de indicadores de qualidade, que
constituirão o método de avaliação da qualidade da assistência prestada ao paciente.
26. REFERÊNCIAS
Barbosa APS et al. Oral drug administration by enteral tube in adults at a tertiary teaching hospital. e-SPEN
Journal, v. 7, p. e241-e244, 2012.
Beth E. Taylor, RD, DCN; Stephen A. McClave, MD; Robert G. Martindale, MD, PhD; Malissa M. Warren, RD;
Debbie R. Johnson, RN, MS; Carol Braunschweig, RD, PhD; Mary S. McCarthy, RN, PhD; Evangelia Davanos,
PharmD; Todd W. Rice, MD, MSc; Gail A. Cresci, RD, PhD; Jane M. Gervasio, PharmD; Gordon S. Sacks,
PharmD; Pamela R. Roberts, MD; Charlene Compher, RD, PhD; and the Society of Critical Care Medicine and
the American Society of Parenteral and Enteral Nutrition. Guidelines for the Provision and Assessment of
Nutrition Support Therapy in the Adult Critically Ill Patient: Society of Critical Care Medicine (SCCM) and
American Society for Parenteral and Enteral Nutrition (A.S.P.E.N.).
BRASIL. Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Resolução nº 277, de 16 de junho de 2003.
BRASIL. Conselho Federal de Nutricão (CFN). Resolução n° 600, de 25 de fevereiro de 2018.
Campos AL et. al. Diretrizes Brasileira de Terapia Nutricional. BRASPEN Journal. Volume 33 (1º Supl).
Diretrizes/2018. p. 46.
CARVALHO, A.P. et al. Protocolo de Atendimento Nutricional do Paciente Hospitalizado: Adulto/Idoso, v. 2.
Goiânia: Gráfica UFG, 2016.
CEBRIM. Conselho Federal de Farmácia: Administração de medicamentos por sonda. Ano XIV, Nº 03 e 04,
mai-ago/2009.
COPPINI, L.Z. et al. Projeto Diretrizes. Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina.
Recomendações nutricionais para adultos em terapia nutricional enteral e parenteral. São Paulo, Brasília:
AMB/CFM; 2011.
Cunha SFC, Cômodo ARO, Silva Filho AA, Tomaz BA, Ribas DF, Marchini JS. Terapia Nutrológica Oral e Enteral
em Pacientes com Risco Nutricional. Autoria: Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). Dezembro, 2008.
Cunha SFC, Cômodo ARO, Silva Filho AA,Tomaz BA, Ribas DF, Marchini JS. Associação Brasileira de Nutrologia.
Terapia Nutrológica Oral e Enteral em Pacientes com Risco Nutricional (ABRAN). Dezembro 2008. Associação
Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina.
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Hospital de Clínicas da Universidade Federal do
Triângulo Mineiro. Divisão de Enfermagem. Rotina Operacional Padrão Infusão segura de Nutrição Enteral.
Uberaba, MG: Hospital de Clínicas, 2020. <Disponível em: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-
universitarios/regiao-sudeste/hc-uftm/documentos/rotinas-operacionais-padrao/rop-de-017-infusao-
segura-de-nutricao-enteral-versao-5.pdf. Acesso em: nov, 2021.>
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Hospital de Clínicas da Universidade Federal do
Triângulo Mineiro. Unidade de Nutrição Clínica. Manual de Nutrição Clínica nº. 002, de 19/03/2021. Uberaba,
MG. p.53. <Disponível em: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc-
uftm/documentos/manuais/manual_de_nutricao_clinica-final-1.pdf. Acesso em: 25/10/2021>.