Você está na página 1de 36

UNIVERSIDADE FEDERAL DO

TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 1/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E


PEDIÁTRICO

Copia eletrônica não controlada


Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 2/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

LISTA DE QUADROS E FIGURAS


Quadro 1 - Roteiro para o exame físico nutricional----------------------------------------------------
Quadro 2 - Plano Terapêutico do paciente em Terapia Nutricional Enteral---------------------
Quadro 3- Complicações metabólicas, mecânicas e gastrointestinais da TNE------------------
Quadro 4 – Tipos de nutrição enteral----------------------------------------------------------------------
Quadro 5 – Tipos de fórmulas infantis---------------------------------------------------------------------
Quadro 6- Horário de entrega da Nutrição Enteral Blocos Adulto e Pediátrico-----------------
Quadro 7 -Recomendações para administração de formas farmacêuticas orais por cateter-----
Quadro 8- Condutas para administração de alguns medicamentos específicos por cateter de
alimentação-----------------------------------------------------------------------------------------------------------
Quadro 9 -Descarte dos resíduos gerados na administração de nutrição enteral--------------
Quadro 10- Indicadores de qualidade da Terapia de Nutrição Enteral do Hospital de
Clínicas------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Figura 1- Notificação de eventos adversos no Vigihosp-----------------------------------------------
Figura 2- Triagem e acompanhamento nutricional-----------------------------------------------------

LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Cálculo da necessidade energética por fórmula de bolso, quilocaloria (kcal) /kg
de peso ---------------------------------------------------------------------------------------------------------
Tabela 2 - Fator Injúria, Fator Atividade e Fator Térmico para cálculo do GET através da
equação de Harris-Benedict------------------------------------------------------------------------------
Tabela 3 - Cálculo da necessidade proteica------------------------------------------------------------
Tabela 4- Recomendações diárias de energia para RNMBP e RNP-------------------------------
Tabela 5- Recomendações diárias de proteína para RNMBP e RNPT----------------------------
Tabela 6- Recomendações diárias de carboidrato a para RNMBP e RNPT----------------------
Tabela 7- Recomendações diárias de lipídeo para RNMBP e RNPT------------------------------
Tabela 8- Recomendações diárias de energia para RNT--------------------------------------------
Tabela 9- Fator estresse a ser utilizado com a Equação de Holliday e Segar-------------------
Tabela 10- Recomendações diárias de energia para RNT-------------------------------------------
Tabela 11- Recomendações diárias de proteína para RNT-----------------------------------------
Tabela 12- Recomendações diárias de carboidrato para RN---------------------------------------
Tabela 13- Recomendações de diária de lipídeo para RNT-----------------------------------------
Tabela 14- Recomendações de energia para crianças e adolescentes -------------------------
Tabela 15- Equações para cálculo do gasto energético basal em crianças e adolescentes
gravemente doentes-----------------------------------------------------------------------------------------
Tabela 16- Fatores de correção do gasto energético basal (GEB) para situação de estresse
Tabela 17- Recomendações de proteína para crianças e adolescentes em terapia
nutricional enteral-------------------------------------------------------------------------------------------
Tabela 18- Recomendações de carboidratos e lipídeos para crianças e adolescentes em
terapia nutricional enteral---------------------------------------------------------------------------------
Tabela 19 - Prevenção das complicações---------------------------------------------------------------

Copia eletrônica não controlada


Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 3/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

SUMÁRIO
1. SIGLAS E CONCEITOS----------------------------------------------------------------------------------- 5
2. OBJETIVOS------------------------------------------------------------------------------------------------ 6
2.1 Objetivo Geral-------------------------------------------------------------------------------------------- 6
2.2 Objetivos Específicos----------------------------------------------------------------------------------- 6
3. JUSTIFICATIVAS------------------------------------------------------------------------------------------ 6
4. PÚBLICO ALVO------------------------------------------------------------------------------------------- 6
5. ÂMBITO DE APLICAÇÃO------------------------------------------------------------------------------- 7
6. AVALIAÇÃO DO RISCO E DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL----------------------------------------- 7
6.1 Conduta--------------------------------------------------------------------------------------------------- 7
7. NUTRIÇÃO ENTERAL NO ADULTO------------------------------------------------------------------- 7
7.1 Indicações-------------------------------------------------------------------------------------------------- 7
7.2 Contraindicações relativas----------------------------------------------------------------------------- 8
7.3 Necessidades nutricionais----------------------------------------------------------------------------- 8
7.3.1 Cálculo das necessidades nutricionais----------------------------------------------------------- 8
7.3.1.1 Fórmula de bolso------------------------------------------------------------------------------------ 8
7.3.1.2 Equação de Harris-Benedict---------------------------------------------------------------------- 8
7.3.2 Recomendações das necessidades nutricionais------------------------------------------------ 9
7.3.2.1 Proteínas---------------------------------------------------------------------------------------------- 9
7.3.2.2 Carboidratos----------------------------------------------------------------------------------------- 9
7.3.2.3 Lipídeos------------------------------------------------------------------------------------------------ 9
7.3.3 Fibras----------------------------------------------------------------------------------------------------- 9
7.3.4 Necessidades hídricas-------------------------------------------------------------------------------- 9
7.4 HISTÓRIA CLÍNICA E EXAME FÍSICO*---------------------------------------------------------------- 9
7.4.1 Anamnese-------------------------------------------------------------------------------------------- 9
7.4.2 Exame Físico----------------------------------------------------------------------------------------- 10
8. TERAPIA DE NUTRIÇÃO ENTERAL EM PEDIATRIA------------------------------------------------ 11
8.1 Indicações------------------------------------------------------------------------------------------------ 11
8.2 Contraindicações---------------------------------------------------------------------------------------- 11
8.3 Necessidades nutricionais------------------------------------------------------------------------ 11
8.3.1 Recém-nascido prematuro------------------------------------------------------------------------ 11
8.3.1.1 Energia------------------------------------------------------------------------------------------------- 11
8.3.1.2 Proteína----------------------------------------------------------------------------------------------- 12
8.3.1.3 Carboidrato------------------------------------------------------------------------------------------ 12
8.3.1.4 Lipídeo------------------------------------------------------------------------------------------------- 12
8.3.2 Recém-nascido a termo--------------------------------------------------------------------------- 12
8.3.2.1 Energia------------------------------------------------------------------------------------------------- 12
8.3.2.2 Proteína----------------------------------------------------------------------------------------------- 12
8.3.2.3 Carboidrato------------------------------------------------------------------------------------------- 13
8.3.2.4 Lipídeo------------------------------------------------------------------------------------------------- 13
8.3.3 Crianças e adolescentes--------------------------------------------------------------------------- 13
8.3.3.1 Energia------------------------------------------------------------------------------------------------ 13
8.3.3.2 Proteína----------------------------------------------------------------------------------------------- 14
8.3.3.3 Carboidratos e lipídeos---------------------------------------------------------------------------- 14
9. EXAMES DIAGNÓSTICOS INDICADOS*------------------------------------------------------------- 14
Copia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 4/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

10. TRATAMENTO INDICADO E PLANO TERAPÊUTICO*-------------------------------------------- 15


11. VIAS DE ACESSO----------------------------------------------------------------------------------------- 16
12. COMPLICAÇÕES DA TNE------------------------------------------------------------------------------- 16
13. PREVENÇÃO DAS COMPLICAÇÕES------------------------------------------------------------------ 16
14. TIPOS DE NUTRIÇÃO ENTERAL PADRONIZADAS NO HC/UFTM E RECOMENDAÇÕES DIÁRIAS 17
INTERNACIONAIS----------------------------------------------------------------------------------
15. CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO-------------------------------------------------------------------------- 20
16. CRITÉRIOS DE MUDANÇA TERAPÊUTICA*--------------------------------------------------------- 20
17. CRITÉRIOS DE ALTA OU TRANSFERÊNCIA*-------------------------------------------------------- 20
18. NORMAS E ROTINAS------------------------------------------------------------------------------------ 20
18.1 Atribuições, Competências, Responsabilidades------------------------------------------------- 20
18.1.1 Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional---------------------------------------------- 20
18.1.2 Médicos------------------------------------------------------------------------------------------------ 21
18.1.3 Nutricionistas----------------------------------------------------------------------------------------- 21
18.1.4 Enfermeiros------------------------------------------------------------------------------------------- 22
18.1.5 Farmacêuticos---------------------------------------------------------------------------------------- 23
18.2 Prescrição da Nutrição Enteral no Sistema AGHU---------------------------------------------- 23
18.3 Dispensação e recebimento da Nutrição Enteral nas Unidade----------------------------- 24
18.4 Horários de entrega da NE nas Unidades Assistenciais divididas por Bloco Adulto e 25
Pediátrico-------------------------------------------------------------------------------------------------------
18.5 Administração da Nutrição Enteral----------------------------------------------------------------- 25
18.6 Dispensação do cateter enteral--------------------------------------------------------------------- 26
18.7 Acessórios para infusão (Segundo PANE) ------------------------------------------------------- 26
19. CUIDADOS NECESSÁRIOS COM A TNE PARA PREVENÇÃO DE EVENTOS------------------- 26
19.1 Cuidados na Dupla-checagem do procedimento----------------------------------------------- 26
19.2 Cuidados na infusão da dieta------------------------------------------------------------------------ 26
19.3 Cuidados com estomas para alimentação (gastrostomia, jejunostomia) ---------------- 27
19.4 Cuidados na administração de medicamentos pelo cateter enteral---------------------- 27
19.5 Recomendações gerais para prevenção de erros na administração de medicamentos em 28
pacientes em uso de NE--------------------------------------------------------------------------------
19.6 Formas farmacêuticas orais e recomendações para administração por cateter------- 28
19.7 Cuidados gerais de pacientes em terapia de nutrição enteral------------------------------ 30
20. SINAIS DE INTOLERÂNCIA À NE---------------------------------------------------------------------- 31
21. DESCARTE DOS RESÍDUOS GERADOS NA ADMINISTRAÇÃO DA NE------------------------- 31
22. NOTIFICAÇÕES DE INCIDENTES RELACIONADOS À TNE---------------------------------------- 31
22.1 Notificação à EMTN ou Unidade de Nutrição Clínica------------------------------------------ 31
22.2 Notificação no Sistema de Notificação de Eventos Adversos e Queixas Técnicas (Vigihosp)-- 32
-----------------------------------------------------------------------------------------------------
23. AUDITORIAS INTERNAS---------------------------------------------------------------------------- 32
24. FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE TRIAGEM E ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL ENTERAL- 33
-------------------------------------------------------------------------------------------------------
25. MONITORAMENTO------------------------------------------------------------------------------------- 33
26. REFERÊNCIAS-------------------------------------------------------------------------------------------------- 34
27. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO...................................................................................... 36

Copia eletrônica não controlada


Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 5/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

1. SIGLAS E CONCEITOS
ABRAN - Associação Brasileira de Nutrologia
AGHU - Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários
AGS - Avaliação Global Subjetiva
Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
AVE – Acidente Vascular encefálico
BIC - Bomba de Infusão Contínua
BPANE - Boas práticas de administração de nutrição enteral
CAD - Cirurgia do Aparelho Digestivo
COFEN- Conselho Federal de Enfermagem
Ebserh – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
EMTN – Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional: Grupo formal e obrigatoriamente
constituído de, pelo menos um profissional médico, farmacêutico, enfermeiro, nutricionista,
habilitados e com treinamento específico para a prática da TN. No Hospital de Clínicas a EMTN é
regulamentada pela Portaria –SEI n. º 73, de 28 de abril de 2020.
GEB – Gasto Energético Basal
GET – Gasto Energético Total
HC-UFTM - Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro
IMC – Índice de Massa Corpórea
Kcal – Kilocaloria
LPP – Lesão por Pressão
NE - Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou
combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso
por sondas ou via oral.
NPM – Núcleo de Protocolos Assistenciais Multiprofissionais
PRT – Protocolo
RDI - Recomendações Diárias Internacionais
RG - Registro Geral Hospitalar
TCE – Trauma cranioencefálico
TCM - Triglicerídios de Cadeia Média
TGI- Trato Gastrointestinal
TN – Terapia Nutricional: Consiste em um conjunto de procedimentos terapêuticos para
manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente, por meio da Nutrição Parenteral
(NP) e/ou Nutrição Enteral (NE).
TNE – Terapia de Nutrição Enteral: conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou
recuperação do estado nutricional do paciente por meio de NE.
TNM – Terapia Nutricional Médica: Termo que engloba a suplementação nutricional oral, Nutrição
Enteral e Nutrição Parenteral.
UH - Unidade Hospitalar
UNUT – Unidade de Nutrição Clínica
Vigihosp - Sistema de Notificação de Eventos Adversos e Queixas Técnicas

Copia eletrônica não controlada


Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 6/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral


A Terapia de Nutrição Enteral (TNE) tem por objetivo fornecer os nutrientes necessários
para a manutenção ou alcance da saúde nutricional dos indivíduos, especialmente formulada e
elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializada, utilizada exclusiva ou parcialmente
para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme
suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar.

2.2 Objetivos Específicos


 Detectar precocemente sinais de desnutrição por meio de avaliação nutricional.
 Implementar terapia nutricional enteral, conforme necessidades individuais do paciente.
 Estabelecer padronizações e controle das intervenções durante o uso de NE.
 Oferecer suporte da Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional (EMTN) e/ou da Unidade
de Nutrição Clínica (UNUT) durante todas as fases do processo.
 Notificar e corrigir incidentes relacionados à terapia.

3. JUSTIFICATIVAS
A TNE faz parte da rotina de tratamento de pacientes impossibilitados de utilizar a via
oral para alimentação, mas que possam utilizar o trato gastrintestinal (TGI). O uso da nutrição
enteral (NE) está associado à redução no número de complicações infecciosas, manutenção da
integridade da barreira mucosa intestinal e redução da translocação bacteriana. A TN fornece
proteínas e calorias para os órgãos e tecidos, aumentando a resistência contra as infecções e
aumentando a capacidade de cicatrização, contribuindo para reduzir a morbimortalidade e tempo
de internação hospitalar.
A NE consiste na administração de soluções nutricionalmente completas, com fórmulas
quimicamente definidas, por infusão direta no estômago ou no intestino delgado, por meio de
sondas (oro/nasoentéricos, gastrostomia, jejunostomia ou ileostomia). É utilizada em pacientes
subnutridos ou em risco de subnutrição que apresentem trato digestório íntegro ou parcialmente
funcionante.
O procedimento é multidisciplinar e envolve a indicação e prescrição médica, prescrição
dietética, preparação, conservação e armazenamento, transporte, administração, controle clínico e
laboratorial e a avaliação final.
Neste contexto, este protocolo visa oferecer informações baseadas em diretrizes
nacionais e internacionais atualizadas, de forma prática e concisa sobre a TNE, com o objetivo de
apoiar a prática clínica.

4. PÚBLICO ALVO
Pacientes adultos (≥ 18 anos), recém-nascidos, crianças e adolescentes que requeiram
a utilização de NE em nível hospitalar.

Copia eletrônica não controlada


Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 7/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

5. ÂMBITO DE APLICAÇÃO
Nas unidades assistenciais do HC-UFTM em uso de NE.

6. AVALIAÇÃO DO RISCO E DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL


No HC-UFTM adotou-se a Avaliação Global Subjetiva (ASG) e o Nutritional Risk Screening
(NRS 2002, como instrumento de triagem nutricional para adultos (maiores de 18 anos) e a Strong
Kids para crianças e adolescentes (0 a 18 anos) de acordo com o Manual de Nutrição Clínica da UNUT
MA.UNC.002, link:
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc-
uftm/documentos/manuais/manual_de_nutricao_clinica-final-1.pdf

6.1 Conduta
 Avaliar todos os pacientes em até 48 horas (h) após admissão ou interconsulta para a EMTN.
 Classificar o nível de assistência nutricional de acordo com o risco e doença de base,
conforme MA.UNC.002.
 Paciente classificado como nível C com impossibilidade de ingesta oral, deve-se iniciar a NE
dentro de 48 horas após o diagnóstico.
 No paciente crítico recomenda-se o início da TNE precoce (24-48 horas), no entanto, devido
à dificuldade para administração da mesma nestes pacientes no estádio inicial, deve-se avaliar a
possibilidade de introdução de pelo menos o volume mínimo de 10 a 30 ml/h.
 Utilizar os protocolos de nutrição enteral da instituição com estratégias específicas para
promover seu fornecimento, bem como os cuidados de enfermagem e de administração de
medicamentos por sonda.

7. NUTRIÇÃO ENTERAL NO ADULTO

7.1 Indicações (VANUCCHI, 2013; ABRAN, 2008)


 Hiporexia/anorexia persistente devido a doenças consumptivas, infecciosas, crônicas e
psiquiátricas.
 Rebaixamento do nível de consciência.
 Estado confusional agudo ou crônico.
 Coma devido a traumatismo crânio encefálico (TCE).
 Acidente vascular encefálico (AVE).
 Disfagia grave por obstrução ou disfunção da orofaringe ou esôfago (megaesôfago
chagásico, neoplasias de orofaringe e esôfago).
 Broncoaspiração recorrente em pacientes com distúrbios de deglutição.
 Náuseas e vômitos, em casos de gastroparesia ou obstrução do trato gastrointestinal
superior.
 Paciente hipermetabólico (aumento das necessidades nutricionais), devido a queimaduras
extensas, traumatismos, fibrose cística, etc.

Copia eletrônica não controlada


Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 8/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

 Doenças que requerem administração de formulações específicas como na pancreatite


aguda, insuficiência hepática, insuficiência renal, doença de Crohn em atividade, fístulas de
intestino delgado ou do cólon.
 Hipotrofia de mucosa intestinal pós-estresse orgânico grave (reação de fase aguda).
 Manutenção da integridade da mucosa intestinal e/ou a prevenção de sua hipotrofia
(pacientes pós-cirúrgicos, pós-trauma, pacientes em jejum prolongado associado a doenças
crônicas).
 Grandes cirurgias gastrointestinais.
 Ingestão alimentar insuficiente e sem previsão de evolução.

7.2 Contraindicações relativas (ABRAN, 2008; ESPEN, 2016)


 Obstrução intestinal;
 Íleo adinâmico;
 Vômitos incoercíveis;
 Necessidade de agentes inotrópicos positivos em doses altas;
 Isquemia intestinal;
 Peritonite difusa;
 Diarreia intratável.

7.3 Necessidades nutricionais

7.3.1 Cálculo das necessidades nutricionais


Existe na literatura várias recomendações para o cálculo das necessidades nutricionais.
Neste protocolo citaremos as fórmulas utilizadas pela EMTN e UNUT, descritas
detalhadamente no MA.UNC.002.

7.3.1.1 Fórmula de bolso


Tabela 1 - Cálculo da necessidade energética por fórmula de bolso, quilocaloria (kcal) /kg de peso
Situação clínica Necessidade energética

Manutenção do peso 25 kcal/kg de peso/dia


Fase aguda 20 a 25 kcal/kg de peso/dia
Ganho de peso 25 a 35 kcal/kg de peso/dia
IMC > 30 kg/m² 11 a 14 kcal/kg de peso atual ou 22 a 25 kcal/kg de peso
ideal
Idosos 30 kcal/kg de peso/dia
Fonte: Coppini et al. (2011); McClave et al. (2016). In: Manual de Nutrição Clínica nº 002, 2021.

7.3.1.2 Equação de Harris-Benedict


Utilizada para calcular o GEB (gasto energético basal), acrescida do fator de estresse para
cálculo do GET (Gasto energético total (Quadro XX).
 Homens: GEB = 66,5 + 13,8 x peso (kg) + 5 x altura (cm) – 6,8 x idade (anos)
Copia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 9/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

 Mulheres: GEB = 655,1 + 9,5 x peso (kg) + 1,8 x altura (cm) – 4,7 x idade (anos).

Tabela 2 - Fator Injúria, Fator Atividade e Fator Térmico para cálculo do GET através da equação de
Harris-Benedict
FATOR DE INJÚRIA
Cirurgia Eletiva/Pacientes Clínicos 1,1 – 1,2
Pós-trauma 1,35-1,5
Fonte: Adaptado de Carvalho et al. (2016). In: MA.UNC.002, 2021.

7.3.2 Recomendações das necessidades nutricionais

7.3.2.1 Proteínas
Cerca de 15 a 20% do GET, mas também pode ser calculada considerando a quantidade
de gramas por quilograma/peso do paciente (Tabela 3).

Tabela 3 - Cálculo da necessidade proteica


Situação Clínica Necessidade proteica
Sem estresse metabólico 0,8 a 1 grama (g)/kg de peso/dia
Com estresse metabólico 1,2 a 2 g/kg de peso/dia
IMC entre 30 e 40 kg/m² Igual ou > que 2 g/kg de peso ideal/dia
IMC > 40 kg/m Igual ou > que 2,5 g/kg de peso ideal/dia
Idosos 1 g/kg de peso/dia*
*Esse valor pode ser alterado conforme a enfermidade e condição atual do paciente idoso.
Fonte: Coppini et al. (2011); McClave et al. (2016); Volkert et al. (2018). In: Manual de Nutrição Clínica nº 002, 2021.

7.3.2.2 Carboidratos
 50 a 60% do GET.

7.3.2.3 Lipídeos
 20 a 35% do GET.

7.3.3 Fibras
 Indivíduos saudáveis: 15 a 30 g/dia.
 Idosos: 25 g de fibras por dia.

7.3.4 Necessidades hídricas


 Adultos: 30 a 40 mL/Kg/dia.
 Idosos: no mínimo 30 mL/Kg/dia.

7.4 História clínica e exame físico*

7.4.1 Anamnese

Copia eletrônica não controlada


Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 10/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

A história clínica deve ser direcionada para a identificação da situação nutricional e de


fatores que interferem direta ou indiretamente no estado nutricional.
 Perda ou ganho de peso recente.
 Sinais de doenças gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarreia.
 Uso de medicamentos que interferem na absorção e utilização dos nutrientes.
 Fatores limitantes na ingestão adequada como anorexia, disfagia, dentição, problemas da
cavidade oral, náuseas, vômitos, aceitação da dieta hospitalar.
 Integridade do trato gastrointestinal.
 Ingesta de água e alimentos (considerar resultado de “Resto-Ingesta” quando possível).
 Intervenções cirúrgicas.
 Fatores psíquicos que podem interferir na ingestão alimentar.

7.4.2 Exame Físico


 Avaliação Antropométrica (peso, circunferência abdominal, altura, índice de massa
corporal (IMC), percentual de gordura e índice de padrão de crescimento).
 Avaliação Global Subjetiva (AGS):
 Bioimpedância Isoelétrica.
 Recordatório de Frequência Alimentar.
 Resto-Ingesta Alimentar.
 Impressão sobre o estado geral do paciente (ânimo, depressão, fraqueza, tipo físico, estado
de consciência, discurso e movimentos corporais).
 Exame Físico Nutricional com observação dos tecidos de proliferação rápida e sua relação
com a deficiência de nutrientes, de acordo com o Quadro 1.
Quadro 1 - Roteiro para o exame físico nutricional
Local Sinal observado Nutriente envolvido
Seca e com falhas de pigmentação Vitamina A e Zinco
Seborreia nasolabial Ácidos Graxos essenciais
Rash psorisiforme Vitamina A e Zinco
Pele
Sangramento fácil Vitaminas K e C
Hiperpigmentação Niacina (B3), Zinco
Hipopigmentação Niacina (B3), Zinco
Cabelos Alopécia, secos, quebradiços Proteína e Biotina (B7)
Unhas Fissuras transversas Proteína, zinco
Cegueira noturna Vitamina A e Zinco
Olhos Fotofobia Vitamina A
Inflamação da conjuntiva Vitamina A e Riboflavina (B2)
Glossite Complexo B, Ácido Fólico (B9) e Ferro
Sangramento gengival Vitamina C e Riboflavina (B2)
Boca
Estomatite angular e queilite Riboflavina (B2), Niacina (B3) e Piroxina (B6)
Paladar Zinco
Face Redução da bola gordurosa de Bichat Deficiência energética grave
Fonte: Vannucchi H, Marchini JS, 2007.

Copia eletrônica não controlada


Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 11/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

8. TERAPIA DE NUTRIÇÃO ENTERAL EM PEDIATRIA

8.1 Indicações (SINGHAL, et al., 2017; CORKINS, 2010)


 Ingestão oral insuficiente: anorexia nervosa, anorexia secundária à uma enfermidade ou
tratamento.
 Disfagia: prematuridade, doença neuromuscular, encefalopatia crônica progressiva ou não
progressiva.
 Como terapia primária: doença metabólica, doença inflamatória intestinal, intolerância ao
jejum.
 Alterações do trato gastrointestinal: malformações congênitas, estenose de esôfago,
pseudo-obstrução intestinal, fístula proximal de alto débito.
 Paciente criticamente enfermo: grande queimado, politrauma, sepse, cirurgia, paciente em
ventilação mecânica.
 Gasto energético aumentado: cardiopatia congênita, fibrose cística, nefropatias, infecção,
broncodisplasia.
 Aumento das perdas gastrointestinais: insuficiência pancreática, síndrome do intestino
curto, doença colestática, atresia de vias biliares, síndromes disabsortivas.

8.2 Contraindicações (BRAEGGER, et al; 2010)


 Absolutas: íleo paralítico ou mecânico, obstrução intestinal, perfuração intestinal,
enterocolite necrosante.
 Relativas: dismotilidade intestinal, megacólon tóxico, peritonite, hemorragia digestiva,
fístula entérica de alto débito, vômitos incoercíveis, diarreia intratável.

8.3 Necessidades nutricionais

8.3.1 Recém-nascido prematuro

8.3.1.1 Energia

Tabela 4 - Recomendações diárias de energia para RNMBP e RNPT


AAP, 2014 ESPGHAN, 2010
Peso <1000g 130 – 150 Kcal/Kg*/dia
110 – 135 Kcal/Kg/dia
Peso 1000 - 1500g 110 – 130 Kcal/Kg/dia
Displasia broncopulmonar e 140 – 150 Kcal/Kg/dia
-
cardiopatia congênita
Fonte: AAP, 2014; ESPGHAN, 2010.

8.3.1.2 Proteína

Tabela 5 - Recomendações diárias de proteína para RNMBP e RNPT


AAP, 2014 ESPGHAN, 2010
Copia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 12/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

Peso <1000g 3,8 – 4,4 g/Kg/dia 4,0 – 4,5 g/Kg/dia


Peso 1000 - 1500g 3,4 – 4,2 g/Kg/dia 3,4 – 4,0 g/Kg/dia
Fonte: AAP, 2014; ESPGHAN, 2010.

8.3.1.3 Carboidrato

Tabela 6- Recomendações diárias de carboidrato a para RNMBP e RNPT


AAP, 2014 ESPGHAN, 2010
Peso <1000g 9 – 20 g/Kg/dia
11,6 – 13,2 g/Kg/dia
Peso 1000 - 1500g 7 – 17 g/Kg/dia
Fonte: AAP, 2014; ESPGHAN, 2010.

8.3.1.4 Lipídeo

Tabela 7- Recomendações diárias de lipídeo para RNMBP e RNPT


AAP, 2014 ESPGHAN, 2010
Peso <1000g 6,2 – 8,4 g/Kg/dia
4,8 – 6,6 g/Kg/dia
Peso 1000 - 1500g 5,3 – 7,2 g/Kg/dia
Fonte: AAP, 2014; ESPGHAN, 2010

8.3.2 Recém-nascido a termo

8.3.2.1 Energia

Tabela 8 - Recomendações diárias de energia para RNT


Equação de Holliday Segar, 1957
Até 10 Kg 100 Kcal/Kg/dia x Fator de estresse
11 – 20 Kg 1000 Kcal + 50 Kcal/Kg acima de 10 Kg X Fator estresse
Acima de 20 Kg 1000 Kcal + 20 Kcal/Kg acima de 20 Kg X Fator estresse
Fonte: Holliday Segar, 1957

Tabela 9 - Fator estresse a ser utilizado com a Equação de Holliday e Segar


Fator estresse
Leve 1,1
Moderado 1,2
Grave 1,3
Fonte: Holliday Segar, 1957

Tabela 10 - Recomendações diárias de energia para RNT


Aspen, 2002
0 – 1 ano 90 – 120 Kcal/Kg/dia
Fonte: Aspen, 2002

8.3.2.2 Proteína
Copia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 13/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

Tabela 11- Recomendações diárias de proteína para RNT


ASPEN, 2002
RNBP 3,0 – 4,0 g/Kg/dia
RNT AIG 2,0 – 3,0 g/Kg/dia
Fonte: Aspen, 2002

8.3.2.3 Carboidrato

Tabela 12- Recomendações diárias de carboidrato para RNT


AAP, 2014 ESPGHAN, 2010
Peso <1000g 9 – 20 g/Kg/dia
11,6 – 13,2 g/Kg/dia
Peso 1000 - 1500g 7 – 17 g/Kg/dia
Fonte: AAP, 2014; ESPGHAN, 2010.

8.3.2.4 Lipídeo

Tabela 13- Recomendações de diária de lipídeo para RNT


AAP, 2014 ESPGHAN, 2010
Peso <1000g 6,2 – 8,4 g/Kg/dia
4,8 – 6,6 g/Kg/dia
Peso 1000 - 1500g 5,3 – 7,2 g/Kg/dia
Fonte: AAP, 2014; Braegger, 2010.

8.3.3 Crianças e adolescentes

8.3.3.1 Energia

Tabela 14 - Recomendações de energia para crianças e adolescentes


Energia
Idade (anos) Kcal/kg
0-1 90 - 120
1-7 75 - 90
7 - 12 60 - 75
12 - 18 30 - 60
Fonte: Aspen, 2002.

Tabela 15 - Equações para cálculo do gasto energético basal em crianças e adolescentes gravemente
doentes
FAO/OMS Schofield
Meninos Meninas Meninos Meninas
< 3 anos 60,9 x peso - 54 61 x peso - 51 (0,167 x peso) + (1517,4 (16,25 x peso) + (1023,2
x estatura) - 617,6 x estatura) - 413,5
3 a 10 anos 22,7 x peso + 495 22,4 x peso + 499 (19,6 x peso) + (130,3 x (16,97 x peso) + (161,8 x
estatura) + 414,9 estatura) + 371,2

Copia eletrônica não controlada


Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 14/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

10 a 18 anos 12,2 x peso + 746 17,5 x peso + 651 (16,25 x peso) + (137,2 x (8,365 x peso) +(465 x
estatura) + 515,5 estatura) + 200
Peso: quilo (Kg); Estatura: metro (m).
Fonte: FAO/WHO/UNU, 1985; Scholfield, 1985.

Tabela 16 - Fatores de correção do gasto energético basal (GEB) para situação de estresse
Doença de base Fator de correção
Ausente 1,0
Pós-operatório 1,1 - 1,3
Sepse 1,3
Trauma 1,2 - 1,6
Queimado 1,2 - 2,0
Fonte: ESPGHAN, 2005.

8.3.3.2 Proteína

Tabela 17- Recomendações de proteína para crianças e adolescentes em terapia nutricional enteral
Proteína
Idade g/kg/dia
Baixo peso ao nascer 3,0 - 4,0
Termo 2,0 - 3,0
1 a 10 anos 1,0 - 1,2
Adolescente masculino 0,9
Adolescente feminino 0,8
Criança/adolescente doente grave 1,5
Fonte: Aspen, 2002.

8.3.3.3 Carboidratos e lipídeos

Tabela 18 - Recomendações de carboidratos e lipídeos para crianças e adolescentes em terapia


nutricional enteral
Idade Carboidratos Lipídeos
7 -6 meses 60g (AI) 31g (AI)
7 – 12 meses 95g (AI) 30g (AI)
1 – 3 anos 45 – 65% VET 30 – 40% VET
4 – 18 anos 45 – 65% VET 25 – 35% VET
Fonte: Coppini, 2011a.

9. EXAMES DIAGNÓSTICOS INDICADOS*


 Raio-X de controle para confirmar o posicionamento correto da sonda enteral;
 Exames laboratoriais (hemograma, eletrólitos, PCR, albumina, vitaminas, etc) serão
realizados de acordo com o acompanhamento e evolução clínica do paciente.

Copia eletrônica não controlada


Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 15/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

10. TRATAMENTO INDICADO E PLANO TERAPÊUTICO*


Após indicação de TNE deve-se inicialmente levar em consideração alguns fatores:
 Necessidade de via de acesso ao Trato Gastrointestinal (TGI) de longa duração (gastrostomia
ou jejunostomia.
 Doença de Base e Comorbidades.
 Presença de Lesões.
 Uso crônico, uso múltiplo (polifarmácia), interações e efeitos colaterais (interações alimento
e medicamento).
 Interações entre medicamentos administrados via sonda enteral.
 Jejum prolongado e necessidade de suporte nutricional precoce.
Quadro 2 - Plano Terapêutico do paciente em Terapia Nutricional Enteral
Passos do Plano Terapêutico Responsável
Passo 1: Prescrever a dieta enteral e solicitar a passagem da Médicos
sonda.
Passo 2: Passagem da sonda conforme Procedimento Enfermeiros
Operacional Padrão (POP) interno “Cateterismo Enteral”,
com exceção dos casos que houver necessidade de guia por
endoscopia.
Passo 3: Solicitar o Raio X para verificação de posicionamento Médicos
da sonda e avaliar o Raio X liberando a infusão da dieta.
Passo 4: Estabelecer as necessidades energéticas do Médicos/Nutricionistas
paciente/dia de acordo com as recomendações nutricionais
e definir o tipo de dieta enteral, de acordo com o diagnóstico
nutricional e critérios de indicação. A TNE deve conter:
 Tipo da dieta (Quadro 3).
 Valor calórico a ser ofertado em quilocalorias por dia
(Kcal/dia).
 Volume de dieta.
 Via de administração e dispositivo de acesso ao TGI.
 Velocidade de fluxo da dieta.
 Possíveis complicações e formas de prevenção e/ou
tratamento
Passo 5: Avalie e monitore diariamente: Equipe multiprofissional (Médicos,
 evolução clínica do paciente; Nutricionistas, Enfermeiros,
 exames laboratoriais para ajustes na prescrição, se Farmacêuticos)
necessário.
 meta calórico-proteica estabelecida.
 progressão da dieta;
 infusão da dieta;
 administração de medicamentos na sonda de alimentação.
Passo 6: Se o paciente evoluir bem, inicie a transição da NE Médicos/Nutricionistas
para a dieta oral
Passo 7: Planeje a alta nutricional do paciente. Equipe multiprofissional
Fonte: Dos autores, 2021.
Copia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 16/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

11. VIAS DE ACESSO


A TNE deverá ser realizada por meio de sondas enterais (em posição gástrica, duodenal ou
jejunal) ou ostomias (gastrostomia, jejunostomia, gastrojejunostomia).
 Longo período: gastrostomia, jejunostomia
 Curto período: sonda gástrica (SG) ou sonda enteral (SE).

12. COMPLICAÇÕES DA TNE

Quadro 3 - Complicações metabólicas, mecânicas e gastrointestinais da TNE


Metabólicas Mecânicas Gastrointestinais
Síndrome de realimentação 
Deslocamento ou saída acidental Constipação intestinal
da sonda enteral
Hipofosfatemia  Mal posicionamento da sonda Diarreia
Hipocalemia  Perda ou migração da sonda Gastroparesia
Hipomagnesemia  Obstrução da sonda enteral Má absorção

Deficiência de tiamina  Broncoaspiração  Hemorragia gastrointestinal

Fonte: Manual da Equipe Multidisprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) do Hospital Universitário da Universidade
de São Paulo – HU/USP, 2014.

13. PREVENÇÃO DAS COMPLICAÇÕES

Tabela 19 - Prevenção das complicações


Complicações Prevenção
1. Náuseas e vômitos:  Progredir a dieta lentamente
 Infusão rápida  Fórmulas isotônicas
 Hiperosmolaridade  Reduzir oferta de volume, posicionamento pós-pilórico
 Estase gástrica  Fórmula isenta de lactose
 Intolerância à lactose  Suspender a infusão, utilizar pró-cinéticos, cabeceira
 Alto resíduo gástrico elevada
2. Diarreia
 Velocidade e método de infusão  Progredir lentamente
 Hiperosmolaridade  Fórmulas isotônicas
 Contaminação da dieta  Higiene rigorosa
 Formulação  Uso de fibra solúvel
3. Complicações metabólicas:
 Desidratação e/ou hiper-hidratação  Oferta hídrica adequada
 Distúrbios de glicemia  Aporte adequado de energia
 Distúrbios eletrolíticos  Acompanhamento dos níveis plasmáticos com reposição e
intervenções medicamentosas conforme necessidade
4. Perda ou migração  Fixação adequada da sonda
 Restrição mecânica do paciente, quando necessário

Copia eletrônica não controlada


Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 17/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

5. Obstrução da sonda  Lavar sonda com água após administração de


medicamento
 Pausa da dieta e teste de posicionamento
6. Broncoaspiração  Administrar dieta com decúbito elevado
 Testar posição da sonda
7. Perfuração  Utilizar sonda de tamanho adequado
 Respeitar a técnica de passagem de sonda
Fonte: Manual da Equipe Multidisprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) do Hospital Universitário da Universidade
de São Paulo – HU/USP, 2014.

14. TIPOS DE NUTRIÇÃO ENTERAL PADRONIZADAS NO HC/UFTM E RECOMENDAÇÕES DIÁRIAS


INTERNACIONAIS

Quadro 4 – Tipos de nutrição enteral


Tipo de dieta Enteral Valor Valor Osmolaridade RDI*
(Características) calórico proteico (mOsm/L) 100%
(Kcal/mL) (g/100mL) (mL/dia)

Dieta enteral polimérica nutricionalmente


4,0 a 4,5g
completa isenta de sacarose, lactose e glúten. 1,0 a 1,2 250 a 360 1400

Dieta enteral líquida, polimérica, hipercalórica e


hiperproteica, isenta de sacarose, lactose e glúten. 1,5 5,6 a 6,5 320 a 630 1000

Dieta enteral líquida especializada para diabéticos,


com baixo índice glicêmico, isenta de sacarose,
190 a 350
lactose e glúten, com fibras. 1,0 4,0 a 4,5 1400

Dieta enteral líquida polimérica para nefropatas,


não dialisados, com restrição hidroeletrolítica, em
tratamento conservador, sem lactose. Distribuição 400 a 500
2,0 3,0 1000
calórica 6% a 7% proteína, 51% a 63% carboidrato,
30% a 43% lipídios.
Dieta enteral líquida, oligomérica semi-elementar,
a base de peptídeos com fonte protéica, 91%
maltodextrina, como fonte de carboidrato, 70% de 550
1,3 a 1,5 5,6 a 6,8 1000
Triglicerídios de Cadeia Média (TCM) com lipídios,
isenta de lactose, sacarose e glúten.
Dieta enteral líquida para crianças a partir de 1 ano
de idade, enriquecimento de fibras (60% fibras
solúveis e 40% fibras insolúveis) e carotenoides,
350 a 400
isenta de sacarose, lactose e glúten 1,5 3,0 a 4,0 1000

Copia eletrônica não controlada


Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 18/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

Dieta enteral líquida semi elementar, para crianças


de 1 a 10 anos, c/ 12 % proteína 55% carboidratos 1,0 3,0 360 1000
33% lipídios. Isenta de lactose e glúten.
*RDI: Recomendações Diárias Internacionais
Fonte: Unidade de Nutrição Clínica do HC/UFTM.

Quadro 5 – Tipos de fórmulas infantis


Tipo de produto Kcal/ml Proteína Carboidrato Lipídeo
(100 ml) (100 ml) (100 ml)
Fórmula nutricional infantil em pó, indicada 8,0 a 8,1 2,3g a 2,5g 7,6g a 9,0g 4,1g a 4,4g
para prematuros e/ou recém-nascidos com
baixo peso. Tendo como fonte proteica: 60% a
70% de proteína do soro do leite e 30% a 40%
de caseína; fonte de carboidrato: 50% a 85% de
lactose e 50% a 15% de maltodextrina ou
polímeros de glicose; com adição DHA/ARA,
ácidos graxos essenciais linoléico, alfa-
linolênico, ferro e vitaminas.
Fórmula nutricional infantil em pó, indicada 6,6 a 6,8 1,2g a 1,4g 7,0g a 7,9g 3,4g a 3,7g
para alimentação de lactentes no 1º semestre
de vida. Isenta de sacarose e glúten, com
adição de prebióticos (GOS/FOS) 4 a 8 g/L.
Composta de proteína animal como fonte
proteica, sendo 60% a 70% proteínas do soro
do leite e 30% a 40% caseína, 95% de lactose
como fonte de carboidrato, com adição de
ferro, vitaminas e DHA/ARA.
Fórmula nutricional infantil semi-elementar 6,6 a 6,7 1,6g a 1,9g 6,8g a 7,3g 3,4g a 3,5g
em pó, isenta de glúten. Composta por
proteínas do soro leite ou caseína
extensamente hidrolisadas, maltodextrina
como fonte de carboidrato, TCM, ácidos graxos
DHA e gama linolênico, enriquecida com ferro
e vitaminas. Fórmula indicada para
alimentação de crianças e lactentes com
diarreia persistente ou doenças de absorção.
Fórmula nutricional infantil elementar em pó, 6,7 a 7,0 1,9g 7,0g a 7,9g 3,4g a 3,6g
isenta de proteína intacta, lactose, galactose,
frutose e sacarose. Composta 100% de
aminoácidos livres como fonte proteica,
carboidratos como maltodextrina, polímeros
de glicose, amido e xarope de milho, 100% de
óleo vegetal como fonte de lipídios. Fórmula
indicada para prematuros com baixo peso,
lactentes, crianças com intolerância/alergia
Copia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 19/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

alimentar e/ou com alteração


digestiva/absortiva que comprometa a
utilização integral dos nutrientes, durante a
fase de transição da nutrição parenteral para a
enteral.
Fórmula nutricional infantil em pó indicada 6,6 a 6,9 1,3g a 1,5g 7,3g a 7,8g 3,5g a 3,6g
para alimentação de crianças e lactantes com
má absorção de lactose. Composta por caseína
como fonte proteica, maltodextrina como
fonte de carboidrato, enriquecida com ferro e
vitaminas.
Fórmula nutricional infantil em pó, indicada 6,7 a 6,8 1,2g a 1,7g 7,5g a 8,1g 3,1g a 3,5g
para crianças com refluxo. Composta de
proteína animal como fonte proteica, sendo
70% a 80% de caseína e 20% a 30% de proteína
do soro de leite, 70% a 80% de lactose como
fonte de carboidrato, com teores
recomendados de ácido linoléico e alfa-
linolênico. Agente espessante: amido pré
gelatinizado.
Fórmula infantil para lactantes e de segmento 1,0 2,6g 10,0g 5,5g
para lactentes e crianças de primeira infância,
polimérica, hipercalórica (1,0 cal/ml), com
adição de LCPUFAS (DHA e ARA), nucleotídeos
e prebióticos, isenta de sacarose e glúten.
Fonte de proteínas 60% soro de leite e 40%
caseína; fonte de carboidratos 54% lactose,
46% maltodextrina.
Fórmula nutricional infantil em pó, indicada 6,7 a 6,8 1,5 a 2,1 7,9 a 8,4 2,9 a 3,1
para alimentação de lactentes no 2º semestre
de vida. Com prebióticos (GOS/FOS) 4 a 8 g/L.
Composta de proteína animal como fonte
proteica, sendo 40% a 50% proteínas do soro
do leite e 50% a 60% caseína, 95% de lactose
como fonte de carboidrato, com adição de
ferro, vitaminas e DHA/ARA.
Fórmula nutricional pediátrica elementar, em 1,0 2,5g 15g 3,5g
pó, a base de aminoácidos, isento de proteína
láctea, lactose, galactose, frutose e sacarose.
Composta 100% de aminoácidos livres como
fonte proteica, 100% de maltodextrina ou, no
mínimo, 90% de polímeros de glicose ou
xarope de glicose como fonte de carboidrato,
óleos vegetais e TCM como fonte de lipídeos.
Deve atender crianças de 1 até 10 anos de
Copia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 20/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

idade com intolerância/alergia alimentar e/ou


com alteração digestiva/absortiva que
comprometa a utilização integral dos
nutrientes, durante a fase de transição da
nutrição parenteral para a enteral.
Fonte: UNUT do HC-UFTM.

15. CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO


Pacientes que necessitam de tratamento com TNE.

16. CRITÉRIOS DE MUDANÇA TERAPÊUTICA*


Antes da interrupção/suspensão da TNE a EMTN/NUTRICIONISTAS deverão considerar:
 A capacidade de atender às necessidades nutricionais programadas.
 Presença de complicações que coloquem em risco o paciente.
 Capacidade de transição da TNE para a dieta oral.

17. CRITÉRIOS DE ALTA OU TRANSFERÊNCIA*


 Antes da finalização da terapia com interrupção da NE, o paciente deverá ser avaliado em
relação a:
 Capacidade de atender às necessidades nutricionais planejadas por meio de alimentação
convencional.
 Alcance dos objetivos propostos, conforme normas médicas e legais.
 Preparo do familiar, paciente ou cuidador para os cuidados domiciliares quando o paciente
necessitar de continuidade da TNE domiciliar. Sendo indispensável o envolvimento de nutricionista
quanto à preparação e administração da dieta e da equipe de enfermagem quanto aos cuidados
referentes aos acessórios utilizados na NE.
 Orientações quanto aos cuidados e riscos inerentes à terapia realizada no domicílio.
 Necessidade de acompanhamento ambulatorial pela EMTN/ UNUT.

18. NORMAS E ROTINAS


Para a execução, supervisão e avaliação permanentes, em todas as etapas da TNE, é
condição formal e obrigatória a constituição de uma equipe multiprofissional. No HC-UFTM a EMTN
é regulamentada pela Portaria-SEI nº 73, de 28 de abril de 2020.

18.1 Atribuições, Competências, Responsabilidades

18.1.1 Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional


 Criar mecanismos para que se desenvolvam as etapas de triagem e vigilância nutricional.
 Atender às solicitações de avaliação do estado nutricional do paciente, indicando,
acompanhando e modificando a TN, quando necessário, e em comum acordo com o
médico responsável pelo paciente, até que sejam atingidos os critérios de reabilitação
nutricional preestabelecidos.
Copia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 21/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

 Assegurar condições adequadas de indicação, prescrição, preparo, conservação, transporte


e administração, controle clínico e laboratorial e avaliação final, da TNE, visando obter os
benefícios máximos do procedimento e evitar riscos.
 Capacitar os profissionais envolvidos, direta ou indiretamente, com a aplicação do
procedimento, por meio de programas de educação continuada, devidamente registrados.
 Documentar todos os resultados do controle e da avaliação da TNE visando a garantia de
sua qualidade
 Estabelecer auditorias periódicas a serem realizadas por um dos membros da equipe
multiprofissional, para verificar o cumprimento e o registro dos controles e avaliação da
TNE.
 Analisar o custo e o benefício no processo de decisão que envolve a indicação, a
manutenção ou a suspensão da TNE.
 Desenvolver, rever e atualizar regularmente as diretrizes e procedimentos relativos aos
pacientes e aos aspectos operacionais da TNE.
 Padronizar os tipos de dietas enterais que serão prescritas no HC-UFTM.

18.1.2 Médicos
 O médico é o responsável pela indicação e prescrição da NE.
 A indicação da NE deve contemplar: situação clínico nutricional, diagnóstico do paciente e
presença de comorbidades.
 Assegurar o acesso ao trato gastrointestinal para a TNE e estabelecer a melhor via,
incluindo estomias de nutrição por via cirúrgica, laparoscópica e endoscópica;
 Orientar os pacientes e os familiares ou o responsável legal, quanto aos riscos e benefícios
do procedimento.
 Participar do desenvolvimento técnico e científico relacionado ao procedimento.
 Garantir os registros da evolução e dos procedimentos médicos.

18.1.3 Nutricionistas
 Realizar a avaliação do estado nutricional do paciente, utilizando indicadores nutricionais
subjetivos e objetivos, com base em protocolo pré-estabelecido, de forma a identificar o
risco ou a deficiência nutricional.
 Elaborar a prescrição dietética com base nas diretrizes estabelecidas na prescrição médica.
 Formular a NE estabelecendo a sua composição qualitativa e quantitativa, seu
fracionamento segundo horários e formas de apresentação.
 Acompanhar a evolução nutricional do paciente em TNE, independente da via de
administração, até alta nutricional estabelecida pela EMTN.
 Adequar a prescrição dietética, em consenso com o médico, com base na evolução
nutricional e tolerância digestiva apresentadas pelo paciente.
 Garantir o registro claro e preciso de todas as informações relacionadas à evolução
nutricional do paciente.

Copia eletrônica não controlada


Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 22/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

 Orientar o paciente, a família ou o responsável legal, quanto à preparação e à utilização da


NE prescrita para o período após a alta hospitalar.
 Utilizar técnicas pré-estabelecidas de preparação da NE que assegurem a manutenção das
características organolépticas e a garantia microbiológica e bromatológica dentro de
padrões recomendados na BPPNE.
 Selecionar, adquirir, armazenar e distribuir, criteriosamente, os insumos necessários ao
preparo da NE, bem como a NE industrializada.
 Qualificar fornecedores e assegurar que a entrega dos insumos e NE industrializada seja
acompanhada do certificado de análise emitido pelo fabricante.
 Assegurar que os rótulos da NE apresentem, de maneira clara e precisa, todos os dizeres
exigidos na Subseção IV - Rotulagem e Embalagem, da Seção V da BPPNE.
 Assegurar a correta amostragem da NE preparada para análise microbiológica, segundo as
BPPNE.
 Atender aos requisitos técnicos na manipulação da NE.
 Participar de estudos para o desenvolvimento de novas formulações de NE.
 Organizar e operacionalizar as áreas e atividades de preparação.
 Participar, promover e registrar as atividades de treinamento operacional e de educação
continuada, garantindo a atualização de seus colaboradores, bem como para todos os
profissionais envolvidos na preparação da NE.
 Fazer o registro, que pode ser informatizado, onde conste, no mínimo:
 data e hora da manipulação da NE;
 nome completo e registro do paciente;
 número sequencial da manipulação;
 número de doses manipuladas por prescrição;
 identificação (nome e registro) do médico e do manipulador; e
 prazo de validade da NE
 Desenvolver e atualizar regularmente as diretrizes e procedimentos relativos aos aspectos
operacionais da preparação da NE.
 Supervisionar e promover autoinspeção nas rotinas operacionais da preparação da NE.

18.1.4 Enfermeiros
 Orientar o paciente, a família ou o responsável legal quanto à utilização e controle da TNE.
 Preparar o paciente, o material e o local para o acesso enteral.
 Prescrever os cuidados de enfermagem na TNE, em nível hospitalar, ambulatorial e
domiciliar.
 Proceder ou assegurar a colocação da sonda oro/nasogástrica ou transpilórica.
 Assegurar a manutenção da via de administração.
 Receber a NE e assegurar a sua conservação até a completa administração.
 Proceder à inspeção visual da NE antes de sua administração.
 Avaliar e assegurar a administração da NE observando as informações contidas no rótulo,
confrontando-as com a prescrição médica.
Copia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 23/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

 Avaliar e assegurar a administração da NE, observando os princípios de assepsia, de acordo


com as BPANE (Capítulo VI).
 Detectar, registrar e comunicar à EMTN e ou o médico responsável pelo paciente, as
intercorrências de qualquer ordem técnica e ou administrativa.
 Garantir o registro claro e preciso de informações relacionadas à administração e à
evolução do paciente quanto ao: peso, sinais vitais, tolerância digestiva e outros que se
fizerem necessários.
 Garantir a troca do curativo e ou fixação da sonda enteral, com base em procedimentos
pré-estabelecidos.
 Participar e promover atividades de treinamento operacional e de educação continuada,
garantindo a atualização de seus colaboradores.
 Elaborar e padronizar os procedimentos de enfermagem relacionadas à TNE.
 Participar do processo de seleção, padronização, licitação e aquisição de equipamentos e
materiais utilizados na administração e controle da TNE.
 Zelar pelo perfeito funcionamento das bombas de infusão.
 Assegurar que qualquer outro fármaco e ou nutriente prescritos, sejam administrados na
mesma via de administração da NE, conforme procedimentos preestabelecidos.

18.1.5 Farmacêuticos/EMTN
 De acordo com os critérios estabelecidos pela EMTN, adquirir, armazenar e distribuir,
criteriosamente, a NE industrializada, quando estas atribuições, por razões técnicas e ou
operacionais, não forem da responsabilidade do nutricionista.
 Participar da qualificação de fornecedores e assegurar que a entrega da NE industrializada
seja acompanhada de certificado de análise emitido pelo fabricante, no caso de
atendimento ao item anterior.
 Participar das atividades do sistema de garantia da qualidade referido na Seção VI -
Garantia da Qualidade, do Capítulo V da BPNE, respeitadas suas atribuições profissionais
legais.
 Participar de estudos para o desenvolvimento de novas formulações para NE.
 Avaliar a formulação das prescrições médicas e dietéticas quanto à compatibilidade físico-
química droga-nutriente e nutriente-nutriente.
 Participar de estudos de farmacovigilância com base em análise de reações adversas e
interações droga-nutriente e nutriente-nutriente, a partir do perfil farmacoterapêutico
registrado.
 Participar, promover e registrar as atividades de treinamento operacional e de educação
continuada, garantindo a atualização dos seus colaboradores.

18.2 Prescrição da Nutrição Enteral no Sistema AGHU


 O médico responsável pelo paciente, deverá prescrever a dieta enteral, eletronicamente,
por meio do acesso ao sistema AGHU, link: http://apps.hctm.ebserh.net/servicos.

Copia eletrônica não controlada


Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 24/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

18.3 Dispensação e recebimento da Nutrição Enteral nas Unidade


 A dieta enteral é dispensada pela UNUT, em horários pré-determinados (Quadro 6).
 O equipo para infusão da dieta (enteral) será dispensado juntamente com o primeiro frasco
da NE dispensado pela manhã.
 O profissional da enfermagem (auxiliar, técnico, enfermeiro) deverá conferir a NE
juntamente com o profissional da UNUT no momento da dispensação. Deverão ser conferidos
obrigatoriamente:
 Prescrição Médica da Dieta Enteral.
 Nome completo do paciente sem abreviaturas.
 RG (número do prontuário).
 Número do Leito e Enfermaria.
 Dados da dieta: tipo de dieta, volume, vazão, via de administração, validade da solução.
 Integridade do frasco de NE.
 Integridade da solução (avaliar presença de precipitados, corpos estranhos, entre outros).
 Os profissionais envolvidos na dispensação deverão assinar o formulário de
dispensação/recebimento da dieta (Anexo 1), como forma de primeira “dupla checagem” de
segurança do processo.
 Se algum dos dados obrigatórios não estiverem em conformidade, a NE não poderá ser
recebida pelo profissional da enfermagem e deverá ser recolhida pelo profissional da UNUT. O
motivo da devolução deverá constar no relatório de dispensação/recebimento.
 A dieta enteral tem validade de 06 horas em temperatura ambiente e de 24 horas sob
refrigeração (2ºC a 8ºC), de acordo com recomendações do fabricante.
 Os frascos de dieta enteral não poderão ficar estocados nas unidades de internação.
 O frasco de dieta sob refrigeração deverá ser mantido, pelo menos, 30 minutos fora da
geladeira para aclimatação, antes de sua infusão.
 Os frascos de dieta enteral deverão ser encaminhados junto ao cliente, em situações de
transferência intra-hospitalar.
 A UNUT deverá ser comunicada pela enfermagem quando o cliente tiver indicação da
interrupção temporária da dieta (exames, perioperatório, vômitos, extubação recente e outros).
 Os frascos de dieta deverão estar identificados com o nome completo do cliente, RG,
volume, período de infusão e tipo de dieta, número do leito, velocidade de infusão, via de acesso,
data e hora da manipulação, prazo de validade, nome e nº conselho de classe do nutricionista
responsável e assinatura do manipulador. A composição qualitativa e quantitativa dos
componentes das dietas ficará disponíveis em pasta própria na Central de Preparo de Nutrição
Enteral. O lote utilizado por paciente ficará disponível em relatório próprio da UNUT para
eventual consulta.
 A NE não pode ser transferida para outro tipo de recipiente sem avaliação da UNUT.
 Quaisquer anormalidades deverão ser comunicadas com a UNUT.
 A conservação da NE após o recebimento na enfermaria é responsabilidade do enfermeiro,
conforme RESOLUÇÃO (RDC) Nº 503, DE 27 DE MAIO DE 2021.

Copia eletrônica não controlada


Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 25/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

18.4 Horários de entrega da NE nas Unidades Assistenciais divididas por Bloco Adulto e
Pediátrico.

Quadro 6- Horário de entrega da Nutrição Enteral Blocos Adulto e Pediátrico


Bloco Intervalo de Infusão Horário de entrega nas Unidades Assistenciais
Adulto 6/6 horas 06/16/24
3/3 horas 09/12/15/18/21/24/03
Pediátrico 2/2 horas 08/10/12/14/16/18/20/22/24/02/04/06
6/6 horas 06/12/18/24
Fonte: UNUT/HC-UFTM.

18.5 Administração da Nutrição Enteral


 A dieta enteral poderá ser administrada de forma gravitacional (administração por
gotejamento) ou de forma contínua com fluxo controlado (bomba de infusão). Os equipos para
infusão deverão ser específicos para tal finalidade.
 A dieta enteral poderá ser infundida através de cateter posicionado no estômago, duodeno
ou jejuno, de acordo com a prescrição médica.
 A indicação e realização da gastrostomia e da jejunostomia são de responsabilidade médica.
 A passagem do cateter enteral deverá ser realizada pelo enfermeiro, conforme
Procedimento Operacional Padrão (POP) institucional Cateterismo Enteral disponível a toda a
equipe de enfermagem, com exceção dos casos que houver necessidade de guia por endoscopia.
 Os pacientes que necessitarem de confecção de estomas para alimentação deverão seguir
as orientações contidas no Protocolo Institucional de Cirurgia Segura disponível em
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc
uftm/documentos/protocolos-assistenciais/ProtocoloNcleodeProtocolosAssistenciais.
 Os pacientes deverão ser encaminhados ao serviço de Radiologia para teste radiológico de
posicionamento do cateter.
 O FIO GUIA deverá ser retirado imediatamente após a passagem do cateter, visto que a
sonda é radiopaca e não necessita da permanência do mesmo durante o exame.
 A permeabilidade do cateter enteral deverá ser avaliada pelo enfermeiro, antes da
instalação de cada frasco de dieta, em um prazo de 6/6 horas (pelo menos 1 vez a cada plantão
ou quando houver necessidade).
 A dieta deverá ser infundida preferencialmente em bombas de infusão (segundo BPANE).
Observar:
 O manuseio deve ser efetuado por profissional devidamente treinado.
 A Unidade Hospitalar (UH) deve garantir a disponibilidade de bombas de infusão adequadas
à administração de NE, em nº suficiente, calibradas e com manutenções periódicas realizadas.
 Rotinas de limpeza e desinfecção conforme normas da Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar.
 Devem existir registros das operações de limpeza, desinfecção, calibração e manutenção das
bombas de infusão.

Copia eletrônica não controlada


Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 26/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

18.6 Dispensação do cateter enteral


 O cateter enteral deverá ser solicitado ao almoxarifado em impresso próprio (solicitação de
materiais) ou por requisição eletrônica de materiais no AGHU.
 Na solicitação manual os seguintes dados deverão estar contemplados: nome do paciente,
registro geral hospitalar (RG), leito e assinatura do enfermeiro da unidade.
 Nos casos onde se fizer necessário a passagem de novo cateter (retirada acidental,
obstrução, reinicio da terapia, etc.), o pedido de material deverá conter justificativa do
enfermeiro quanto à necessidade de novo cateter.

18.7 Acessórios para infusão (Segundo BPANE)


 A UNUT é responsável pela disponibilidade de equipos de infusão específicos para cada caso,
com qualidade assegurada e em quantidade necessária à operacionalização da administração da
NE. O equipo de infusão é dispensado 1 (uma) vez ao dia, no primeiro horário de entrega da
mesma.
 A EMTN não recomenda a reutilização do dispositivo para infusão de nutrição enteral
(equipo), pois tal prática vai de encontro às normas estabelecidas pelas BPANE e ao protocolo do
Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente para troca de dispositivos de infusão.
 A rotina estabelecida para a troca dos equipos na Instituição é de 24 horas. A prática
inadequada pode levar ao risco de ocorrência de Eventos Adversos, comprometendo a segurança
do paciente em terapia nutricional. O Equipo será dispensado juntamente com a primeira dieta
da manhã.

19. CUIDADOS NECESSÁRIOS COM A TNE PARA PREVENÇÃO DE EVENTOS

19.1 Cuidados na Dupla-checagem do procedimento


O procedimento de dupla checagem na instalação da Nutrição Enteral deverá ser
realizado quando:
 O abastecimento de dispositivos de infusão (equipo) estiver comprometido e se fizer
necessário o uso de dispositivos gravitacionais ou equipos parenterais.
 A integridade da sonda enteral estiver comprometida (rachaduras) e até que a mesma seja
trocada.
 O procedimento de instalação de NE estiver sendo realizado pela primeira vez pelo
profissional. Recomenda-se que o mesmo esteja acompanhado por profissional que conheça e
já tenha realizado o procedimento.
 As bombas de infusão forem trocadas (troca de marca ou modelo).
 A Unidade de Nutrição Clínica padronizar nova formulação de Dieta.

19.2 Cuidados na infusão da dieta


 A infusão da dieta enteral deverá ser interrompida durante o transporte intra-hospitalar e
durante a realização de procedimentos que requeiram cabeceira abaixada.

Copia eletrônica não controlada


Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 27/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

 Os cuidados com a infusão de dieta e prevenção de broncoaspiração deverão ser realizados


pela equipe de enfermagem, conforme Rotina Operacional Padrão nº 017, de 30/07/2020 -
Infusão segura de Nutrição Enteral, disponível em https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-
universitarios/regiao-sudeste/hc-uftm/documentos/rotinas-operacionais-padrao/rop-de-017-
infusao-segura-de-nutricao-enteral-versao-5.pdf
 A equipe de enfermagem, ao administrar medicamentos pelo cateter enteral em uso para
dietas, deverá clampar o equipo da dieta durante a administração e lavar o cateter com 20 ml de
água filtrada, antes e após a administração, só após retornar o fluxo da dieta.

19.3 Cuidados com estomas para alimentação (gastrostomia, jejunostomia)


 Os pacientes que precisam de suporte nutricional por via enteral exclusiva, por período
maior que seis (6) semanas, deverão ser avaliados pela equipe da Cirurgia do Aparelho Digestivo
(CAD) para a possibilidade de confecção de um estoma para alimentação.
 A área periestomal deverá ser avaliada diariamente durante o banho e sempre que
necessário. Deverão ser observados:
 Coloração da pele ao redor do estoma;
 Presença de lesões na pele originadas de contato com líquidos gastrointestinais;
 Presenças de lesões na pele originadas do dispositivo coletor (bolsa);
 Presença de secreções, odor e coloração;
 Enchimento do Balonete do cateter (gastrostomia);
 Presença de rachauras, vazamentos, acotovelamentos, que comprometam a integridade do
cateter;
 Permeabilidade do cateter.

19.4 Cuidados na administração de medicamentos pelo cateter enteral


 Quando um medicamento que é habitualmente administrado por via oral precisa ser
administrado por meio de cateter de NE, deve-se avaliar previamente:
 Sítio de absorção e de ação do fármaco.
 Efeitos da NE na absorção do fármaco.
 Tipo de cateter e sua localização no TGI.
 Possibilidade de substituição do medicamento (forma farmacêutica, via de administração ou
fármaco alternativo).
 A administração de medicamentos pela via oral é mais segura e mais econômica do que as
vias alternativas parenterais, mas podem apresentar potencial risco para o desenvolvimento de
eventos adversos, quando administradas pela via enteral. Pode-se citar, como exemplos:
toxicidade medicamentosa, erros de medicação, efeito subterapêutico e obstrução da sonda.
 Interação Medicamento-nutriente – pode provocar obstrução do cateter ou reduzir
biodisponibilidade do fármaco, podendo levar a um efeito subterapêutico. Xaropes ou outros
medicamentos ácidos (especialmente com pH<4), como elixir de sulfato ferroso, apresentam
incompatibilidade física com NE e promovem obstrução do cateter. Outros medicamentos

Copia eletrônica não controlada


Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 28/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

fisicamente incompatíveis com NE são: citrato de lítio, fosfato de sódio monobásico e cloreto de
potássio líquido.

19.5 Recomendações gerais para prevenção de erros na administração de medicamentos em


pacientes em uso de NE
 Verificar a disponibilidade e compatibilidade de forma farmacêutica líquida para
administração via cateter enteral.
 Diluir o medicamento líquido em água para minimizar efeitos adversos no trato
gastrointestinal.
 Verificar se os medicamentos prescritos e dispensados são compatíveis com a trituração e
administração via cateter enteral.
 Triturar os medicamentos separadamente até obter um pó fino e homogêneo.
 No caso de múltiplos medicamentos, triturá-los e solubilizá-los em água separadamente
devido ao risco de incompatibilidades físico-químicas.
 Não adicionar medicamentos nas fórmulas enterais.
 Dois ou mais medicamentos prescritos para o mesmo horário devem ser preparados e
administrados separadamente, sendo necessário lavar o cateter com 15 a 20 mL de água entre
as administrações.
 Antes de administrar o medicamento, interromper a dieta e lavar o cateter com 15 a 20mL
de água. Lavar o cateter novamente após a administração do medicamento, considerando o
balanço hídrico e a idade do paciente.

19.6 Formas farmacêuticas orais e recomendações para administração por cateter

Quadro 7 -Recomendações para administração de formas farmacêuticas orais por cateter


Comprimidos Recomendações
Simples São revestidos com cobertura para mascarar o
sabor. Podem ser triturados até obtenção de pó
fino.
Liberação entérica Não devem ser triturados. O processo de trituração
destrói seu revestimento, que tem como objetivo
proteger o fármaco do ácido gástrico.
Liberação retardada/prolongada/controlada (CR, Não devem ser triturados. O processo de trituração
MR, XR) promove a liberação rápida e imediata do fármaco,
podendo resultar em efeito tóxico e/ou
subdosagem. Também podem obstruir a sonda.
Efervescentes Não devem ser triturados. Devem ser dissolvidos
em água e administrados ao término da
efervescência.
Sublinguais Não devem ser dispersos ou triturados. Não
recomendada administração por sonda. Deve-se
optar por outra forma farmacêutica, preparação de
forma magistral ou troca de princípio ativo.
Copia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 29/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

Cápsulas Recomendações
Gelatinosas duras (contendo pó) Abrir a cápsula e dissolver o conteúdo em água.
Gelatinosas duras (contendo microgrânulos de Não pode ser triturado. As cápsulas podem ser
liberação retardada ou entérica) abertas, mas o microgrânulos não podem ser
triturados. A administração por sonda depende de
fatores como sítio de absorção e/ou diâmetro dos
microgrânulos e o da sonda.
Gelatinosas dura (contendo líquido) Não recomendada administração por sonda. Deve-
se buscar alternativa terapêutica, podendo levar a
subdosagem por retirada incompleta do líquido de
dentro da cápsula ou por aderência do
medicamento às paredes do acesso enteral ou da
seringa.
Fonte: Ribeiro PC et al, 2014.

Quadro 8- Condutas para administração de alguns medicamentos específicos por cateter de alimentação
Medicamento Efeito Condutas
Inibidores da bomba de Inativação pelo ácido Cateter de posição gástrica - misturar com suco
prótons (ex.: omeprazol, gástrico de laranja ou maçã, por serem ácidos, para
lanzoprazol, proteger os grânulos até que estes cheguem ao
pantoprazol) intestino.
Cateter de posição intestinal - preparar
suspensão a partir dos grânulos, com solução de
bicarbonato de sódio a 8,4%.
Obs: Omeprazol - Disponível no mercado
preparação específica para ser dissolvido em
água e administrado via sonda (Ex: Losec
Mups®).
Fenitoína Redução de 50 a 75% da Diluir a fenitoína (disponível em forma líquida)
absorção quando associada com 20 a 60 mL de água, interromper a NE duas
a NE. horas antes da administração e reiniciá-la duas
horas após. Enxaguar o cateter com 60 mL de
água antes e após a administração do
medicamento.
Varfarina Efeito anticoagulante é Recomenda-se interromper a NE uma hora antes
antagonizado pela e reiniciá-la uma hora após a administração da
fitomenadiona (vitamina K), varfarina.
presente em dieta enteral. Pode ser necessário aumentar a dose de
varfarina ou substituí-la por outro
anticoagulante, como heparina.
Obs: Pacientes que recebem NE e varfarina
devem ter o tempo de protrombina
cuidadosamente monitorado.

Copia eletrônica não controlada


Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 30/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

Fluorquinolonas Redução da De forma geral, recomenda-se a administração


biodisponibilidade pela desses medicamentos por via parenteral quando
presença de cátions a via oral não for acessível.
multivalentes, como cálcio, Caso seja extremamente necessária a
magnésio, alumínio e ferro, administração por cateter, pode-se triturar os
presentes em fórmulas de comprimidos e diluir o pó em 20 a 60 mL de água
NE. estéril, imediatamente antes da administração;
Obs: o comportamento das nesse caso, deve-se interromper a NE uma hora
interações varia entre os antes e reiniciá-la duas horas após.
representantes desta classe
de antimicrobianos
Laxantes, como Não podem ser Considerar a adição de fibras à fórmula de NE.
metilcelulose e psyllum administrados por cateter,
pois intumescem e
obstruem a via quando
misturados com fluidos.
Fonte: Ribeiro PC et al, 2014.

19.7 Cuidados gerais de pacientes em terapia de nutrição enteral


 Manter a cabeceira do paciente elevada em 45° para prevenir o risco de broncoaspiração da
dieta. Se contraindicado o posicionamento, verificar com o médico responsável pelo paciente ou
médico da EMTN conduta a ser tomada.
 Em pacientes subnutridos, com necessidade proteico-calórica aumentada, ou de acordo com
avaliação médica, solicitar e avaliar diariamente amostra de sangue para dosagem dos níveis de
eletrólitos, detectando precocemente sinais de síndrome de realimentação.
 Observar sinais de desidratação (mucosas secas, sede, eliminação urinária diminuída (˂
50ml/h) e comunicar médico responsável, assim como ganho de peso ou edema súbitos.
 Instalar uma nova fórmula a cada 3 horas na pediatria e 6 horas nas demais unidades. Na
pediatria poderá haver intervalo menor, a cada 2 horas, conforme prescrição dietética.
 O equipo de infusão de NE deverá ser trocado a cada 24 horas. Identificá-lo com o nome do
profissional responsável pelo paciente assim como data e hora da troca. O local deve ser visível,
então fica padronizado a fixação abaixo da ampola de gotejamento do equipo.
 Quando possível, pesar o paciente 1 vez por semana. Em casos de restrição ao leito solicitar
plataforma de pesagem na nutrologia (agendar previamente com equipe). A pesagem deve ser
feita com auxílio da equipe de enfermagem.
 Tanto o volume da dieta infundida quanto a infusão de água filtrada conforme prescrição
médica, deverão ser anotados em ficha de controles especiais (Balanço Hídrico).
 O controle do débito de estomias, drenos e fístulas digestivas deverão ser controlados
rigidamente e anotados em ficha de controles especiais.
 A frequência das evacuações deverá ser avaliada e anotada. Observar consistência,
quantidade, odor e presença de resíduos alimentares.
 Comunicar à EMTN quaisquer achados anormais referentes ao paciente ou à dieta.

Copia eletrônica não controlada


Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 31/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

 O enfermeiro deve assegurar que todas as ocorrências e dados referentes ao paciente em


TNE sejam registrados de forma correta, garantindo informações necessárias à avaliação diária
do paciente e a avaliação de possíveis inconformidades durante o processo.

20. SINAIS DE INTOLERÂNCIA À NE


 Na ocorrência dos sinais de intolerância à Nutrição Enteral descritos abaixo, o médico
responsável pelo paciente ou o nutricionista da UH deverão ser comunicados imediatamente para
avaliação e replanejamento da terapia.
 Diarreia: ocorrência de três ou mais evacuações líquidas ou semilíquidas em moderada
quantidade em 24 horas ou uma evacuação com volume igual ou maior a 500ml.
 Distensão abdominal
 Náuseas, Vômitos
 Distúrbios Eletrolíticos

21. DESCARTE DOS RESÍDUOS GERADOS NA ADMINISTRAÇÃO DA NE


Os resíduos gerados na administração de NE estão classificados de acordo com o Plano de
Gerenciamento de Resíduos de serviços de saúde do HC/UFTM disponível em
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc-
uftm/documentos/planos-programas/PGRSSverso3final1...pdf.

Quadro 9 -Descarte dos resíduos gerados na administração de nutrição enteral


Material Tipo de resíduo Descarte Destino
Cateteres entéricos e Infectante Sacos brancos, com Recolhidos e encaminhados
gástricos simbologia infectante para tratamento e
destinação final, por
empresa terceirizada,
devidamente autorizada e
licenciada a este fim.
Frasco de dieta enteral Comum Sacos plásticos de cor Recolhidos e encaminhados
preta para destinação final por
empresa terceirizada,
devidamente autorizada e
licenciada para esse fim
Equipos para dieta enteral Comum Sacos plásticos de cor Recolhidos e encaminhados
preta para destinação final por
empresa terceirizada
devidamente autorizada e
licenciada para esse fim.
Fonte: Plano de Gerenciamento de Resíduos de serviços de saúde do HC/UFTM, 2021.

22. NOTIFICAÇÕES DE INCIDENTES RELACIONADOS À TNE

22.1 Notificação à EMTN ou Unidade de Nutrição Clínica


Copia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 32/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

Todas as ocorrências relacionadas à TNE deverão ser comunicadas imediatamente à


EMTN ou Unidade de Nutrição Clínica, via telefone e oficialmente no SEI.
Todos os profissionais de saúde são responsáveis pela notificação (RDC nº 277 do
Conselho Federal de Enfermagem - COFEN, 2003).

22.2 Notificação no Sistema de Notificação de Eventos Adversos e Queixas Técnicas


(Vigihosp)
 As não conformidades que possam acarretar em eventos adversos relacionados à Terapia
Nutricional também deverão ser notificadas no Vigihosp.
 Para acessar a página do Vigihosp acesse o portal de serviços SGPTI disponível em:
http://apps.hctm.ebserh.net/servicos. Selecione o ícone VIGIHOSP. Em seguida será aberta a tela
para notificação de incidente/queixa técnica (Figura 1).

Figura 1 - Notificação de eventos adversos no Vigihosp

23. AUDITORIAS INTERNAS


 As Auditorias Internas serão realizadas periodicamente pela EMTN para avaliar as atividades
de administração da NE e verificar o cumprimento das Boas práticas de administração da nutrição
ENTERAL (BPANE) e suas conclusões serão documentadas e arquivadas.
 Com base nas conclusões das Inspeções Sanitárias, Auditorias Internas da EMTN e Avaliação
da Equipe de Qualidade do HC, devem ser estabelecidas as ações corretivas necessárias para o
aprimoramento da qualidade da TNE.
 As auditorias seguirão o Procedimento Operacional Padrão de Auditorias no Processo de
Terapia Nutricional da EMTN do HC-UFTM.

Copia eletrônica não controlada


Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 33/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

24. FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE TRIAGEM E ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL ENTERAL

Figura 2- Triagem e acompanhamento Nutricional

25. MONITORAMENTO
O monitoramento da TNE será realizado por meio de indicadores de qualidade, que
constituirão o método de avaliação da qualidade da assistência prestada ao paciente.

Quadro 10- Indicadores de qualidade da Terapia de Nutrição Enteral do HC-UFTM


Indicador Objetivo Cálculo Meta Responsável
1. Porcentagem de Averiguar se os Nº de pacientes com 80% Nutricionistas/EMTN
Triagem Nutricional pacientes foram avaliação nutricional x
nas primeiras 48 h triados para 100/ nº total de
de internação ou identificar os pacientes.
interconsulta com a riscos nutricionais
EMTN
2. Frequência de Estabelecer os N° pacientes em TN que 80% Nutricionistas/EMTN
pacientes em TN gastos energético tiveram avaliação dos
que tiveram seus e proteico em gastos energético e
gastos energético e pacientes com proteico x 100/ N° total
proteico estimados, TNE de pacientes em TNE
de acordo com
protocolos da UNUT
3. Frequência de Verificar o nº de Índice de eventos 100% Nutricionistas/EMTN
Eventos eventos relacionados à TNE (nº
ocasionados por ocasionados por de eventos x 100/nº de
falhas no processo falhas no dietas enterais – dia
de nutrição enteral processo de NE

Copia eletrônica não controlada


Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 34/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

4. Índice de adequação Analisar a (volume total de dieta ≥ 80% UNUT/EMTN


do volume infundido adequação do infundida no
em relação ao volume mês/volume total de
prescrito em efetivamente dieta prescrita no mês)
pacientes com TNE administrado em x 100
relação ao
volume prescrito
de pacientes em
TNE

26. REFERÊNCIAS
Barbosa APS et al. Oral drug administration by enteral tube in adults at a tertiary teaching hospital. e-SPEN
Journal, v. 7, p. e241-e244, 2012.
Beth E. Taylor, RD, DCN; Stephen A. McClave, MD; Robert G. Martindale, MD, PhD; Malissa M. Warren, RD;
Debbie R. Johnson, RN, MS; Carol Braunschweig, RD, PhD; Mary S. McCarthy, RN, PhD; Evangelia Davanos,
PharmD; Todd W. Rice, MD, MSc; Gail A. Cresci, RD, PhD; Jane M. Gervasio, PharmD; Gordon S. Sacks,
PharmD; Pamela R. Roberts, MD; Charlene Compher, RD, PhD; and the Society of Critical Care Medicine and
the American Society of Parenteral and Enteral Nutrition. Guidelines for the Provision and Assessment of
Nutrition Support Therapy in the Adult Critically Ill Patient: Society of Critical Care Medicine (SCCM) and
American Society for Parenteral and Enteral Nutrition (A.S.P.E.N.).
BRASIL. Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Resolução nº 277, de 16 de junho de 2003.
BRASIL. Conselho Federal de Nutricão (CFN). Resolução n° 600, de 25 de fevereiro de 2018.
Campos AL et. al. Diretrizes Brasileira de Terapia Nutricional. BRASPEN Journal. Volume 33 (1º Supl).
Diretrizes/2018. p. 46.
CARVALHO, A.P. et al. Protocolo de Atendimento Nutricional do Paciente Hospitalizado: Adulto/Idoso, v. 2.
Goiânia: Gráfica UFG, 2016.
CEBRIM. Conselho Federal de Farmácia: Administração de medicamentos por sonda. Ano XIV, Nº 03 e 04,
mai-ago/2009.
COPPINI, L.Z. et al. Projeto Diretrizes. Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina.
Recomendações nutricionais para adultos em terapia nutricional enteral e parenteral. São Paulo, Brasília:
AMB/CFM; 2011.
Cunha SFC, Cômodo ARO, Silva Filho AA, Tomaz BA, Ribas DF, Marchini JS. Terapia Nutrológica Oral e Enteral
em Pacientes com Risco Nutricional. Autoria: Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). Dezembro, 2008.
Cunha SFC, Cômodo ARO, Silva Filho AA,Tomaz BA, Ribas DF, Marchini JS. Associação Brasileira de Nutrologia.
Terapia Nutrológica Oral e Enteral em Pacientes com Risco Nutricional (ABRAN). Dezembro 2008. Associação
Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina.
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Hospital de Clínicas da Universidade Federal do
Triângulo Mineiro. Divisão de Enfermagem. Rotina Operacional Padrão Infusão segura de Nutrição Enteral.
Uberaba, MG: Hospital de Clínicas, 2020. <Disponível em: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-
universitarios/regiao-sudeste/hc-uftm/documentos/rotinas-operacionais-padrao/rop-de-017-infusao-
segura-de-nutricao-enteral-versao-5.pdf. Acesso em: nov, 2021.>
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Hospital de Clínicas da Universidade Federal do
Triângulo Mineiro. Unidade de Nutrição Clínica. Manual de Nutrição Clínica nº. 002, de 19/03/2021. Uberaba,
MG. p.53. <Disponível em: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc-
uftm/documentos/manuais/manual_de_nutricao_clinica-final-1.pdf. Acesso em: 25/10/2021>.

Copia eletrônica não controlada


Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 35/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Hospital de Clínicas da Universidade Federal do


Triângulo Mineiro. Setor de Hotelaria Hospitalar. Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde.
Uberaba, MG: Hospital de Clínicas, 2021. Disponível em: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-
universitarios/regiao-sudeste/hc-uftm/documentos/planos-e-programas/PGRSSverso3final1...pdf. Acesso
em: out, 2021.
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Hospital de Clínicas da Universidade Federal do
Triângulo Mineiro. Núcleo de Protocolos Multiprofissionais. Cirurgia Segura. Uberaba, MG.: Hospital de
Clínicas, 2019. <Disponível em: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-
sudeste/hc-uftm/documentos/protocolos-assistenciais/ProtocoloNcleodeProtocolosAssistenciais. Acesso
em: out, 2021.>
Ferreira IKC. Terapia nutricional em Unidade de Terapia Intensiva. Rev. bras. ter. intensiva 19 (1): Mar 2007.
P. 90 – 97. doi.org/10.1590/S0103-507X2007000100012.
INSTITUTO PARA PRÁTICAS SEGURAS NO USO DE MEDICAMENTOS. Preparo e administração de
medicamentos via sonda enteral ou ostomias, v. 04, n. 04, dez. 2015.
Lima LC, Reis NT. Interpretação Clínica de exames laboratoriais aplicados à nutrição clínica. Rio de Janeiro:
Editora Rubio, 2012.
McClave SA, Taylor BE, Martindale RG, Warren MM, Johnson DR, Braunschweig C, et al. Guidelines for the
Provision and Assessment of Nutrition Support Therapy in the Adult Critically Ill Patient: Society of Critical
Care Medicine (SCCM) and American Society for Parenteral and Enteral Nutrition (A.S.P.E.N.). Journal of
Parenteral and Enteral Nutrition. 2016; 40 (2). 159-211.
Ministério da Saúde (BR). Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 503, de 27 de maio de
2021. Dispõe sobre os requisitos mínimos exigidos para a Terapia de Nutrição Enteral. Diário Oficial [da]
República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, 31 mai. 2021.
Ribeiro PC et al.: Manual para Administração de Medicamentos por Acessos Enterais. São Paulo. Atheneu,
2014. 76 p.
Shils ME. Modern nutrition in health and disease. 10ª ed. Philadelphia, 2006. p. 1554-1566.
Singer P, Blaser AR, Berger MM, Alhazzani W, Calder PC, Casaer MP, Hiesmayr M, Mayer K, Montejo JC,
Pichard C, Preiser JC, van Zanten ARH, Oczkowski S, Szczeklik W, Bischoff SC. ESPEN guideline on clinical
nutrition in the intensive care unit. Clin Nutr. 2019 Feb;38(1):48-79. doi: 10.1016/j.clnu.2018.08.037. Epub
2018 Sep 29. PMID: 30348463.
Stacciarini TSG, Cunha MHR. Procedimentos operacionais padrão em enfermagem. São Paulo, SP: Editora
Atheneu, 2014.
T. Cederholm, R. Barazzoni, P. Austin, P. Ballmer, G. Biolo, S.C. Bischoff,C, Compher, I. Correia, T. Higashiguchi
, M. Holst, G.L. Jensen, A. Malone,M. Muscaritoli, I. Nyulasi, M. Pirlich, E. Rothenberg , K. Schindler,S.M.
Schneider , M.A.E. de van der Schueren, C. Sieber, L. Valentini , J.C. Yu ,A. Van Gossum, P. Singer. ESPEN
guidelines on definitions and terminology of clinical nutrition.
Toledo D, Castro M. Terapia Nutricional em UTI.. 1ª Ed. – Rio de Janeiro: Editora Rubio, 2015.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. HOSPITAL UNIVERSITÁRIO. Manual da equipe multidisciplinar de terapia
nutricional (EMTN). São Paulo, SP: Hospital Universitário, 2014.
Vannucchi H, Marchini JS. Nutrição Clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
VOLKERT, D. et al. ESPEN guideline on clinical nutrition and hydration in geriatrics. Clinical Nutrition, v. 38, n.
1, p. 10-47, 2018. Disponível em:
<file:///D:/PLANOS%20TRABALHO%20NUTRO/PROTOCOLO%20CL%C3%8DNICO%20SELO%20EBSERH/PROT
OCOLO%20NE/PIIS0261561418302103.pdf. Acesso em: 04/10/ 2020.
Waitzberg, DL. Dieta, Nutrição e Câncer. 1ª ed. São Paulo: Atheneu, 2005. p.461-474.
Waitzberg, DL. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 3ª ed. São Paulo: Atheneu, 2000. P. 865-873.
Copia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do PROTOCOLO ASSISTENCIAL PRT.NPM.028 - Página 36/36
Documento MULTIPROFISSIONAL
Título do TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL ADULTO E Emissão: 27/12/2021 Próxima revisão:
Documento PEDIÁTRICO Versão: 2 27/12/2023

27. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO


VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA AÇÃO/ALTERAÇÃO
2 11/11/2021 Revisão da versão 1 do Protocolo – PRT

Elaboração – versão 1 Data: 5/11/2018


Daniel Ferreira da Cunha, chefe da EMTN e docente da Nutrologia, Aderbal Garcia Bernardes Junior, médico
da EMTN e docente da Nutrologia, André Maltos, médico colaborador da EMTN, Guilherme Rocha Pardi,
médico colaborador da EMTN e docente da Geriatria, Valquíria Cardoso Alves Chaga, chefe da Unidade de
Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente e Membro da EMTN, Fabiana Jorge Bueno Galdino Barsan,
responsável pela Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica e Neonatal, membro da EMTN, Danielli Soares
Barbosa, enfermeira da EMTN e da Disciplina de Nutrologia da UFTM e membro do Conselho Gestor da
Unidade de Nutrição Clínica do HC-UFTM, Célio Santos de Almeida, enfermeiro da EMTN e Disciplina de
Nutrologia, Ana Lúcia Lopes Moreira de Almeida, nutricionista da EMTN e chefe da Unidade de Nutrição
Clínica, presidente da Conselho Gestor da Unidade de Nutrição Clínica, Ana Paula Soares Barbosa,
farmacêutica da Disciplina de Nutrologia e da EMTN, Juliana Gomes de Souza Araujo, nutricionista
responsável pelas Unidades Pediátricas do HC –UFTM e Membro do Conselho Gestor da Unidade de Nutrição
Clínica.
Validação
Daniel Ferreira da Cunha, médico nutrólogo do HC-UFTM
Eduardo Grisólia, médico nutrólogo do Hospital das Forças Armadas – Brasília –DF
Selma Pereira de Souza Ramos, nutricionista do HC-UFTM
Eliene Machado Freitas Felix, chefe da Divisão Médica e coordenadora do Núcleo de Protocolos Assistenciais
Multiprofissionais (NPM)
Registro, análise e revisão
Ana Paula Corrêa Gomes, chefe da Unidade de Planejamento
Aprovação
Colegiado Executivo

Revisão e atualização – elaboração da versão 2 Data: 27/12/2021


Ana Lúcia Lopes Moreira de Almeida, nutricionista EMTN, Ana Paula Soares Barbosa, farmacêutica EMTN,
Danielli Soares Barbosa, enfermeira EMTN, Juliana Gomes de Souza Araújo, nutricionista e chefe da UNUT
Validação
Aderbal Bernardes Garcia Júnior, médico EMTN e professor da Nutrologia
Daniel Ferreira da Cunha, professor da nutrologia e coordenador clínico da EMTN
Fabiana Jorge Bueno Galdino Barsam, pediatra da UTI Neonatal e Pediátrica e membro EMTN
Taciana Fernandes Araujo Ferreira, chefe da Unidade de Clínica Médica
Mara Danielle Felipe P. Rodrigues, chefe da Divisão de Enfermagem
Liliane Barreto Teixeira, chefe da Unidade de Farmácia Clínica
Juliana Gomes de Souza Araujo, chefe da UNUT
Luciana Paiva Romualdo, chefe do Setor de Gestão da Qualidade
Ivonete Helena Rocha, chefe da Divisão de Gestão do Cuidado
Registro, análise e revisão
Maria Aparecida Ferreira, enfermeira da Unidade de Planejamento, Gestão de Riscos e Controles Internos
(UPLAG)
Ana Paula Corrêa Gomes, chefe da UPLAG
Aprovação
Andreia Duarte de Resende, gerente de atenção à saúde

Copia eletrônica não controlada


Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2021, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br

Você também pode gostar