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APOSTILA DE FUNDAMENTOS DE
ENFERMAGEM
Apostila resumida de Fundamentos de Enfermagem, com conteúdo resumido para que os
alunos consigam acompanhar as aulas práticas em laboratório e em sala de aula, facilitando o
processo de ensino aprendizagem.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO-------------------------------------------------------------------------------------------------------5
LABORATÓRIO DE ENFERMAGEM --------------------------------------------------------------------------5
HUMANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO DE ENFERMAGEM----------------------------------------------5
SISTEMA DE PRECAUÇÕES E ISOLAMENTO -----------------------------------------------------------5
Precaução Padrão --------------------------------------------------------------------------------------------------5
Isolamento ------------------------------------------------------------------------------------------------------------5
ANAMNESE ----------------------------------------------------------------------------------------------------------6
EXAME FÍSICO -----------------------------------------------------------------------------------------------------6
Técnicas do exame físico------------------------------------------------------------------------------------------6
Inspeção (visão e olfato) ------------------------------------------------------------------------------------------6
Ausculta (audição)---------------------------------------------------------------------------------------------------6
Palpação (tato) ------------------------------------------------------------------------------------------------------7
Percussão (tato e audição) ---------------------------------------------------------------------------------------7
SINAIS VITAIS-------------------------------------------------------------------------------------------------------7
Temperatura----------------------------------------------------------------------------------------------------------7
Pulso--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------8
Respiração------------------------------------------------------------------------------------------------------------9
Pressão Arterial------------------------------------------------------------------------------------------------------9
Dor---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------10
Medidas antropométricas----------------------------------------------------------------------------------------11
Verificação de glicemia capilar---------------------------------------------------------------------------------12
Verificação de glicosúria e cetonúria--------------------------------------------------------------------------12
TÉCNICAS ASSÉPTICAS---------------------------------------------------------------------------------------13
Lavagem das mãos------------------------------------------------------------------------------------------------13
CALÇAR E RETIRAR LUVAS----------------------------------------------------------------------------------16
Luvas de procedimentos:----------------------------------------------------------------------------------------16
Luvas esterilizadas ou cirúrgicas:------------------------------------------------------------------------------16
Método de retirada das luvas estéreis------------------------------------------------------------------------17
MANUSEIO DE MATERIAIS ESTERILIZADOS;-----------------------------------------------------------17
Critérios para o manuseio do material estéril---------------------------------------------------------------17
Tipos de Materiais Estéreis a serem manuseados--------------------------------------------------------17
ADMINISTRAÇÃO SEGURA DE MEDICAMENTOS-----------------------------------------------------18
Regra dos Treze certos-------------------------------------------------------------------------------------------18
Três leituras certas da medicação-----------------------------------------------------------------------------20
Preparo e administração de medicamentos por via oral (VO)------------------------------------------20
Administração de medicamentos por via sublingual (SL);-----------------------------------------------21
Administração de medicamentos por Sonda Nasogátrica:----------------------------------------------21
Ocular/ oftálmica (colírio e pomada)--------------------------------------------------------------------------22
Otológica/auricular-------------------------------------------------------------------------------------------------23
Nasal------------------------------------------------------------------------------------------------------------------24
Administração por Via Respiratória.---------------------------------------------------------------------------24
Administração de medicação via parenteral----------------------------------------------------------------28
Complicações que podem ocorrer-----------------------------------------------------------------------------28
Preparo do medicamento em ampola-------------------------------------------------------------------------28
Preparo do medicamento em frasco-ampola---------------------------------------------------------------29
Administração de medicamento intra-dérmico (ID)--------------------------------------------------------29
Administração de medicamentos por via Subcutânea (SC)---------------------------------------------30
Cuidados específicos no preparo e administração de insulina (SC)----------------------------------31
Cuidados específicos no preparo e administração de anticoagulantes (SC)-----------------------32
Administração de medicamentos por via Intra muscular (IM)------------------------------------------33
Administração de medicamentos por via Endo venosa (EV)-------------------------------------------37
Punção com cateter intravenoso rígido (SCALP):---------------------------------------------------------38
Administração de medicamentos por via EV em pacientes com venoclise-------------------------38
1. INTRODUÇÃO
Os princípios, conceitos e técnicas enfocados nesse módulo são essenciais ao bom
desenvolvimento das demais disciplinas profissionalizantes, representando uma introdução à
prática da Enfermagem e um de seus alicerces. Seu conteúdo é majoritariamente composto
por conhecimentos técnico-científicos que exigem prática em laboratório e no campo de
estágio, ressaltando a importância da habilidade do saber-fazer em Enfermagem - ação que
sempre e concomitantemente conjuga-se com a competência humana necessária para lidar
com o ser humano, expressa através da comunicação, da ética e do respeito aos seus
direitos e valores.
2. LABORATÓRIO DE ENFERMAGEM
O Laboratório de Práticas do Cuidado de Enfermagem é um espaço capaz de construir
aprendizagem significativa, pois possibilita o desenvolvimento das atividades de enfermagem
em um ambiente mais realístico, a fim de preparar os alunos para atuar de forma segura para
si e para os usuários, nos diversos cenários da saúde.
Os alunos são orientados pelo professor enfermeiro, que o ambiente corresponde a um setor
do hospital com a intenção de desenvolver habilidades contempladas nas disciplinas. Assim,
o aluno, a partir da compreensão dos objetivos da aprendizagem, participa ativamente das
situações apresentadas na cena, no processo de simulação, sendo orientado a ter atitude
respeitosa, postura ética e consideração ao tempo pré-determinado para a prática simulada.
A participação do aluno, a partir da vivência de situações simuladas, ressignifica a
aprendizagem construindo novos saberes.
Precaução Padrão
É o conjunto de técnicas que devem ser adotadas por todos os profissionais de saúde
para atendimento de todos os pacientes, independentemente de seu diagnóstico.
Isolamento
Entende-se por isolamento o estabelecimento de barreiras físicas de modo a reduzir a
transmissão dos microrganismos de um indivíduo para outro.
5. ANAMNESE
Na fase inicial, é realizado o levantamento de dados, mediante entrevista e exame físico do
paciente. Como resultado, são obtidas importantes informações para a elaboração de um
plano assistencial e prescrição de enfermagem, a ser implementada por toda a equipe.
A entrevista é um dos procedimentos iniciais do atendimento, sendo utilizada para a obtenção
dos dados necessários ao tratamento, tais como o motivo que levou o paciente a buscar
ajuda seus hábitos e práticas de saúde, a história da doença atual, de doenças anteriores,
hereditárias, etc. Nesta etapa, as informações consideradas relevantes para a elaboração do
plano assistencial de enfermagem e tratamento devem ser registradas no prontuário,
tomando-se, evidentemente, os cuidados necessários com as informações consideradas
como sigilosas, visando garantir ao paciente o direito da privacidade.
6. EXAME FÍSICO
O exame físico inicial é realizado nos primeiros contatos com o paciente, sendo reavaliado
diariamente e, em algumas situações, até várias vezes ao dia. Como sua parte integrante, há
a avaliação cefalo-caudal (da cabeça para os pés) de forma minuciosa e utilizando-se
técnicas específicas.
Ausculta (audição)
A técnica de ausculta serve para ouvir sons e detectar variações do que é considerado
normal. Isso porque os sons gerados têm timbre, intensidade e tonalidade específicos. As
vibrações que são transmitidas para a superfície podem ser captadas de maneira direta ou
indireta.
Palpação (tato)
Na palpação, o enfermeiro utiliza as mãos para identificar o que não é visível na inspeção. É
com essa técnica que ele consegue identificar massas ou nódulos ao aplicar pressão em
determinadas partes do corpo do paciente.
Essa pressão pode ser feita de maneira superficial ou profunda e além de massas e nódulos,
é possível identificar a temperatura, umidade, textura, formas, posições de estruturas e os
locais sensíveis à dor.
A palpação pode ser realizada em várias formas, desde utilizando uma única mão até ambas
as mãos formando garras ou permitindo o aumento da área examinada. Para isso, é preciso
manter as mãos sempre aquecidas e unhas cortadas.
7. SINAIS VITAIS
As alterações da função corporal geralmente se refletem nos sinais vitais podendo indicar
enfermidade, por essa razão devemos verificar e anotar com precisão.
Materiais necessários:
Esfigmomanômetro, Estetoscópio, Termômetro, Recipiente com gaze, Almotolia com álcool á
70%, Relógio com ponteiros de segundos.
Temperatura
A temperatura corporal pode ser verificada na região axilar, inguinal, bucal ou retal. No
entanto no ambiente hospitalar sua verificação é realizada em região axilar.
O valor normal 37,2ºC.
Terminologias básicas:
- Normotermia: Temperatura corporal normal;
Método:
- Explicar o procedimento ao paciente;
- Realizar a assepsia do termômetro com algodão embebido em álcool á 70%;
- Em casos de termômetros digitais zera-lo; em caso de termômetros de mercúrio sacudi-lo
cuidadosamente até que a coluna de mercúrio desça abaixo de 35ºC;
- Colocar o termômetro com o bulbo em contato direto com a pele na região axilar;
- Pedir ao paciente para comprimir o braço com a mão ao ombro oposto;
- Retirar após 3 a 5 minutos;
- Verificar o valor e registrar;
- Comunicar e registrar alterações;
- Realizar assepsia do termômetro;
Pulso
O pulso é a onda de contração e expansão das artérias, resultante dos batimentos cardíacos.
O valor normal em adultos é de 60 a 100bpm.
Terminologias básicas:
- Pulso normocárdico: batimento cardíaco normal;
- Pulso rítmico: os intervalos entre os batimentos são iguais;
- Pulso arrítmico: intervalos entre os batimentos desiguais;
- Taquisfigmia ou taquicardia: pulso acelerado, acima do valor normal;
- Bradisfigmia ou bradicardia: frequência cardíaca abaixo do valor normal;
- Pulso filiforme: fraco, quase que imperceptível;
Método:
- Explicar o procedimento ao paciente;
- Manter o paciente confortável (deitado ou sentado), com o braço apoiado;
- Colocar os dedos indicador e médio sobre a artéria, fazendo leve pressão (o suficiente para
sentir a pulsação);
- Procurar sentir bem o pulso antes de iniciar a contagem;
- Contar batimentos em período de um minuto;
- Repetir contagem, em casos de dúvidas;
- Anotar o valor e comunicar alterações;
Observações:
- Não usar o polegar para verificação do pulso, pois a própria pulsação pode ser confundida
com a pulsação do paciente;
- Aquecer as mãos;
- Não fazer pressão forte sobre a artéria, pois isso pode impedir de sentir os batimentos;
Respiração
A respiração consiste no ato de inspirar e expirar, promovendo a troca de gases entre o
organismo e o ambiente.
Valor normal 16 a 20 irpm;
Terminologias básicas:
- Eupneia: Respiração normal;
- Taquipnéia: Respiração acelerada;
- Bradipnéia: Diminuição do número de movimentos respiratórios;
- Apneia: Ausência de movimentos respiratórios;
- Dispneia: Dor ou dificuldade ao respirar;
Método:
- Deitar o paciente ou senta-lo;
- Observar os movimentos de abaixamento e elevação do tórax.
- Os dois movimentos (inspiração e expiração) somam um movimento respiratório;
- Colocar a mão no pulso do paciente a fim de disfarçar a observação;
- Contar os movimentos respiratórios durante um minuto;
- Anotar o valor;
- Comunicar e registrar anormalidades;
Observações:
- Não permitir que o paciente fale durante o procedimento;
- Não contar respiração após esforços físicos;
Pressão Arterial
A pressão arterial consiste na pressão do fluxo sanguíneo na parede das artérias. Valor
normal varia de indivíduo para indivíduo, portanto é difícil definir exatamente.
Terminologias Básicas:
- Hipertensão arterial: PA acima da média de 150x90 mmHg;
- Hipotensão arterial: PA abaixo da média de 100x60 mmHg;
- Convergente: quando a sistólica e a diastólica se aproximam. (Exemplo: 120x100 mmHg);
- Divergente: quando a sistólica e a diastólica se afastam. (Exemplo: 120x40mmHg);
Método:
- Explicar o procedimento ao paciente;
- Realizar assepsia das olivas e diafragma do estetoscópio;
- Manter o paciente deitado ou sentado, com o braço apoiado;
- Deixar o braço descoberto, evitando a compressão;
- Colocar o manguito 4 cm acima da prega do cotovelo, prendendo-o sem apertar demasiado,
nem deixar muito frouxo;
- Não deixar as borrachas se cruzarem para não ocorrer alterações;
- Colocar o manômetro de modo que fique bem visível;
Observação:
- Sendo necessário verificar a PA novamente, manter o manguito no braço sem compressão,
em casos de dúvidas repetir verificação (esvaziar completamente o manguito, antes de fazer
nova verificação).
- Qualquer verificação dos SSVV deve ser realizada com o paciente descansado
(aproximadamente 10 minutos) antes da verificação.
Dor
A dor é uma das principais causas de sofrimento humano, comprometendo a qualidade de
vida das pessoas e refletindo no seu estado físico e psicossocial. É sem dúvida uma das mais
íntimas e exclusivas sensações experimentadas pelo ser humano, envolvendo vários
componentes sensoriais, afetivos, cognitivos, sociais e comportamentais.
Classificação da dor
Dor aguda
Tem início súbito, servindo de alerta de algo errado no corpo, está relacionada a afecções
traumáticas, infecciosas ou inflamatórias, porém com expectativa de desaparecimento após a
cura da lesão. Há respostas neurovegetativas associadas como hipertensão, taquicardia,
taquipnéia, ansiedade e agitação psicomotora.
Dor crônica
É uma dor persistente, com duração por um tempo razoável para cura, podendo estar
associada a processos patológicos crônicos, causando dor contínua ou recorrente. É mal
delimitada no tempo e espaço, e tem a ansiedade e depressão como respostas
frequentemente associadas.
Tipos de dor
Dor superficial:
Quando estruturas superficiais são afetadas, por estímulos dolorosos.
Dor profunda:
Origina-se nas estruturas mais profundas como músculos, tendões e articulações.
Dor fantasma:
Dor que aflora pela persistência da sensação dolorosa, ou seja, existe uma permanência da
memória da dor. (Ex.; Amputação de membros).
Medidas antropométricas
É o ato de verificar peso e altura com a finalidade de acompanhar o crescimento pondo-
estatural e detectar variações patológicas do equilíbrio entre peso e altura.
Observação:
Para verificação de peso e estatura de crianças existem balança e régua apropriada, onde a
criança permanece deitada;
Materiais:
Glicômetro, 1 lanceta, lancetador / caneta, luvas de procedimento, algodão umedecido com
álcool á 70 %, fita teste.
Procedimento
- Reunir o material;
- Armar o lancetador e adaptar a lanceta;
- Explicar o procedimento ao paciente;
- Escolher o local mais adequado para a punção (face lateral da polpa digital);
- Conectar a fita no glicômetro;
- Realizar a antissepsia do local e disparar o lancetador;
- Colocar a gota de sangue no local indicado na fita teste;
- Realizar a leitura do resultado;
- Retirar a fita e desprezá-la juntamente com a lanceta;
- Realizar a desinfecção do glicômetro;
- Registrar o resultado no prontuário;
- Checar o procedimento;
- Comunicar alterações;
Materiais:
Luvas de procedimentos e fita reagente
Método:
- Higienizar as mãos.
- Reunir o material
8. TÉCNICAS ASSÉPTICAS
Finalidade
- Eliminar microrganismos, consequentemente evitar propagação de infecções.
- Eliminar da pele substâncias tóxicas e medicamentosas.
- Proteger-se contra agressões do meio.
Materiais
- Sabonete líquido
- Toalhas de papel
Método
- Abrir a torneira e molhar as mãos sem encostar-se a pia.
- Ensaboar as mãos e pulsos, fazendo fricção com sabão por 30 segundos, especialmente
nos espaços interdigitais, unhas, extremidades dos dedos.
- Enxaguar em água corrente. Secar as mãos com toalhas de papel.
- Fechar a torneira utilizando papel toalha.
Observações
- Retirar relógios, joias.
- Ao lavar as mãos NÃO encostar-se a pia ou torneira (se isso ocorrer repetir todo o
procedimento).
- Existem torneiras manuais, com pedais.
- As mãos são as partes mais contaminadas a serem lavadas, por isso a água deve fluir da
área menos contaminada para a mais contaminada (dos pulsos para as periferias).
- Esfregar e friccionar mecanicamente.
- Friccionar os dedos e polegares assegura que todas as superfícies estão sendo limpas.
- Manter unhas cortadas e lixadas.
- Ao secar as mãos deve-se iniciar da área mais limpa (periferia) para a menos limpa
(antebraço) para evitar contaminação.
Luvas de procedimentos:
Utilizada para manipular pacientes, principalmente em possível contato com sangue ou
fluídos corpóreos, assim como, em casos de contato com pele não íntegras ou mucosas. É
recomendada para todas as situações independentemente da presença ou ausência de
doenças transmissíveis comprovadas. Usada também em casos de isolamentos.
Finalidades:
- Reduzir a possibilidade da equipe, entrar em contato com organismos infecciosos. Reduzir a
possibilidade da equipe, transmitir sua flora endógena aos pacientes.
- Reduzir a possibilidade da equipe se tornar transitoriamente colonizada por microrganismos
que possam ser transmitidos a outros pacientes (infecção cruzada);
Pacote Cirúrgico
- Abri-lo, iniciando-se pela extremidade oposta ao manipulador;
- Proteger o material exposto com o campo esterilizado que o envolva;
- Tocar com as mãos somente na parte externa do pacote;
- Não guardar como material esterilizado um pacote aberto anteriormente;
Seringa descartável
- Rasgar os invólucros no local onde se encontra a parte terminal do êmbolo;
- Manter estéril a parte interna do êmbolo, a parte interna do cilindro e a ponta da seringa;
Agulha descartável
- Abrir o invólucro no sentido canhão-bizel ou rasgar lateralmente próximo ao canhão;
- Fixá-la à ponta da seringa através do canhão;
- Manter a agulha protegida até o momento do seu uso;
Luvas Estéril
- Descrição acima – item 10.
Objetivo:
Implementar no Curso Técnico em Enfermagem da ESESP a prática de administração segura
de medicamentos no intuito de prestar uma assistência à saúde dos clientes com qualidade,
eficácia e segurança. Dessa forma esperamos que os nossos alunos e futuros profissionais
saibam preparar e administrar medicamentos de forma segura, evitando ou minimizando
eventos adversos que possam comprometer a saúde e a vida tanto do profissional como a do
cliente.
1. Paciente certo
Deve se perguntar o nome completo do paciente antes de administrar o medicamento e
utilizar dois identificadores a fim de confirmar o paciente correto.
2. Prescrição certa
A prescrição deve ser realizada de forma legível, completa e de fácil interpretação. Além
disso, deve conter as seguintes informações:
Nome completo do paciente
Data de Nascimento
Número do atendimento
Número da prescrição
Data atualizada
3. Medicamento certo
- Conferir se o nome do medicamento que tem em mãos é o mesmo prescrito e somente
administrá-lo após a conferência;
4. Validade certa
É necessário verificar a validade da medicação, para que não haja erros em sua
administração.
6. Compatibilidade certa
No caso de administração simultânea de dois ou mais medicamentos ao mesmo paciente,
é preciso verificar se há a compatibilidade entre eles, uma vez que alguns fármacos não
podem ser administrados juntos por apresentarem interações medicamentosas não
desejáveis.
7. Dose certa
- Conferir atentamente a dose prescrita;
- Doses escritas com ‘zero’, vírgula e ponto devem receber atenção redobrada.
- Certificar-se de que a infusão programada é a prescrita para aquele paciente;
- Verificar a unidade de medida utilizada em caso de dúvidas ou medidas imprecisas,
consultar o prescritor e solicitar uma nova medida;
-Conferir a velocidade de gotejamento, a programação e o gotejamento em bombas de
infusão contínua.
Método:
- Identificar o recipiente com a fita contendo: nome do paciente, número do leito,
medicamento, dose, via e hora;
- Colocar os medicamentos no recipiente identificado;
- Dilui-lo quando necessário;
- Antes de administrar certificar-se do nome certo do paciente;
- Colocar o (s) medicamento (s) na boca do paciente quando ele estiver impossibilitado de
fazer sozinho;
- Dar o copinho em suas mãos quando estiver possibilitado e auxiliá-lo;
- Oferecer-lhe água;
- Verificar se o paciente deglutiu a medicação;
- Checar no prontuário;
Observação:
- NUNCA deixar o medicamento sobre a cabeceira do paciente.
Observação:
- Quando a apresentação do medicamento for em drágeas, com conteúdo líquido, podemos
fura-lo com agulha, utilizando luvas de procedimentos, e espremer sob a língua do paciente;
O protocolo para administração de medicamentos em pacientes com SNG tem como objetivo
diminuir a probabilidade da interação da nutrição enteral com medicamentos em pacientes
sondados deve-se proceder do seguinte modo:
- Lavar a sonda com 50ml de água filtrada ou fervida morna, antes e depois da medicação;
- Preferir fórmulas líquidas do medicamento. Caso não exista, consultar o farmacêutico sobre
outras possibilidades.
- Evitar administrar medicamentos com a nutrição enteral. Se não for possível, observar a
preparação com cuidado para detectar eventuais precipitações, formação de creme ou
floculação;
- Antes de pulverizar os comprimidos ou abrir as cápsulas, consulte a ficha técnica do
medicamento ou farmacêutico;
- Cada medicamento deve ser administrado separadamente. Lavar a sonda com pelo menos
5 ml de água entre cada administração;
- Fármacos hipertônicos ou irritantes da mucosa gástrica devem ser diluídos com, pelo
menos, 30ml de água para evitar diarreia ou irritação.
- Grandes volumes devem ser administrados fracionados;
- Considerar o uso de medicamentos na forma injetável.
Materiais necessários:
- Prescrição;
- Bandeja;
- Gazes;
- Medicamento prescrito;
- Luvas de procedimento;
Descrição do procedimento:
- Orientar o cliente e/ou familiar sobre o procedimento realizado;
- Lavar as mãos com água e sabão;
- Preparar o material necessário;
- Verificar os nove certos da administração de medicamentos;
- Reunir o material na bandeja;
- Posicionar o cliente adequadamente em decúbito dorsal ou sentado;
- Higienizar as mãos;
- Calçar a luva de procedimento;
- Orientar o cliente a inclinar a cabeça para trás e para o lado do olho afetado, se for o caso;
- Aplicar o medicamento.
Colírios
- Abrir o frasco, sem contaminar a sua parte superior.
- Orientar o cliente a olhar para cima e para o lado externo.
- Puxar a pálpebra com a mão não dominante, instilar as gotas prescritas numa distância de 1
a 2 cm;
- Liberar a pálpebra e solicitar ao cliente que feche os olhos delicadamente, sem apertar as
pálpebras;
- Repetir os passos no outro olho (se prescrito);
- Remover o excesso da medicação no canto externo do olho, se houver, utilizando gazes ou
lenços descartáveis;
- Solicitar ao cliente que permaneça com os olhos fechados por 3 minutos;
Pomada oftálmica
- Abrir a bisnaga do medicamento, sem contaminar a ponta.
- Orientar o cliente a olhar para cima.
- Puxar a pálpebra inferior com a mão não dominante.
- Aplicar uma pequena quantidade de pomada ao longo da borda do saco conjuntival, a partir
da comissura palpebral interna.
- Liberar a pálpebra e solicitar ao cliente que feche os olhos delicadamente, sem apertar as
pálpebras.
- Solicitar que o cliente movimente os olhos em círculos com as pálpebras fechadas.
- Repetir os passos no outro olho (se prescrito).
- Remover o excesso da medicação no canto externo do olho, se houver, utilizando gazes ou
lenços descartáveis.
- Reposicionar o cliente confortavelmente.
- Desprezar os resíduos em local próprio.
- Retirar as luvas de procedimento.
- Realizar a higienização das mãos;
- Checar e registrar o procedimento realizado no prontuário do cliente.
Observação:
- Não encostar a ponta do frasco no olho do cliente.
- No caso de o cliente ter que utilizar colírio e pomada no mesmo tratamento, administrar
primeiro o colírio e, após 5 minutos, a pomada. Nunca inverter a ordem, uma vez que a
pomada adere à superfície ocular, promovendo uma barreira que impedirá o contato do colírio
com a área que dever ser tratada.
Otológica/auricular
É a administração de medicamento por via auricular ou otológica, (canal do ouvido), para
tratar inflamações e infecções, amolecer cerume para posterior remoção e produzir anestesia
local.
Implementar técnica padronizada, a fim de evitar ou minimizar erros, obtendo uma resposta
farmacológica adequada.
Materiais necessários:
- Prescrição;
- Bandeja;
- Gazes;
- Medicamento prescrito;
- Luvas de procedimento;
Descrição do procedimento:
- Orientar o cliente e/ou familiar sobre o procedimento realizado;
- Lavar as mãos com água e sabão;
- Preparar o material necessário;
- Verificar os nove certos da administração de medicamentos;
- Reunir o material na bandeja;
- Higienizar as mãos;
- Calçar as luvas de procedimento;
- Colocar o cliente sentado ou deitado com cabeça lateralizada de acordo com o ouvido onde
será instilada a medicação, se for ambos, aplicar em um ouvido e depois no outro;
- Abrir o frasco, sem contaminar a sua parte superior;
- Fazer higiene se necessário;
- Segurar a porção superior do pavilhão auricular e puxar suavemente o lobo para cima e para
fora (em clientes adultos);
- Administrar a medicação conforme prescrição médica, segurando o conta-gotas a 1cm
acima do canal auditivo sem tocar o frasco no cliente.
- Pedir ao cliente que permaneça em decúbito lateral por 3 a 5 minutos.
- Repetir o procedimento no lado contrário, se prescrito.
- Remover o excesso da medicação, se houver, utilizando gazes ou lenços descartáveis.
- Reposicionar o cliente confortavelmente.
- Desprezar os resíduos em local próprio.
- Retirar as luvas de procedimento.
- Realizar a higienização das mãos.
- Checar e registrar o procedimento realizado no prontuário do cliente.
Observação:
- Não encostar a ponta do frasco no canal auditivo do cliente.
Nasal
É a administração de medicamento diretamente na cavidade nasal para obtenção de efeito
local (descongestionante nasal ou medicamento para asma) ou sistêmico (anestesia
inalatória). Podem ser instilados em forma de gotas, spray ou aerossol.
Materiais necessários:
- Prescrição;
- Bandeja;
- Gazes;
- Medicamento prescrito;
- Conta gotas;
- Gaze ou lenço de papel;
- Luvas de procedimento;
Descrição do procedimento:
- Orientar o cliente e/ou familiar sobre o procedimento realizado;
- Lavar as mãos com água e sabão;
- Preparar o material necessário;
- Verificar os nove certos;
- Reunir o material na bandeja;
- Posicionar o cliente adequadamente;
- Higienizar as mãos;
- Calçar as luvas de procedimento;
- Segurar o frasco ou conta-gotas pelo bulbo, evitando que a solução entre neste;
- Colocar o cliente em decúbito dorsal ou sentado com a cabeça inclinada para trás;
- Levantar suavemente a ponta do nariz com a mão não dominante, para abrir bem a narina;
- Instilar diretamente no fundo da cavidade nasal;
- Limpar o excesso de medicamento com gaze;
Observação:
- Realizar higiene nasal antes da instilação da medicação, se necessário;
- A instilação de medicamentos por via nasal está contraindicada em clientes com: obstruções
nasais, traumatismos, epistaxe, rinorragia ou rinorreia, cirurgias de vias respiratórias
superiores e no pós-operatório imediato.
Oxigenoterapia
Consiste na administração de oxigênio numa concentração de pressão superior à encontrada
na atmosfera ambiental para corrigir e atenuar deficiência de oxigênio ou hipóxia, aplicada
tanto em situações clínicas agudas quanto crônicas para a melhora do padrão de respiração e
saturação de oxigênio no sangue.
Materiais necessários:
- Bandeja;
- Cateter nasal simples ou tipo óculos ou máscara facial;
- Fluxômetro de O2;
- Umidificador;
- Frasco de água destilada 250 ml;
- Conexão de látex;
- Conector da macro nebulização;
- Fonte de oxigênio;
- Almotolia com álcool a 70%;
- Oxímetro;
- Luvas de procedimento;
- Esparadrapo;
- Lubrificante hidrossolúvel;
Descrição do procedimento:
- Ler a prescrição do cliente e orientá-lo.
- Posicionar adequadamente o cliente para o procedimento em posição de Fowler ou sentado.
- Realizar higienização das mãos com água e sabão.
- Separar uma bandeja para o procedimento.
- Separar os materiais para o procedimento, colocando-os na bandeja.
- Preparar o umidificador, colocando água destilada entre os níveis mínimo e máximo e
conectar ao fluxômetro na fonte de O2.
- Introduzir as pontas da cânula nas narinas do cliente e ajustar acima e atrás de cada orelha
e abaixo da região mentoniana;
- Abrir a saída de O2 e regular o fluxômetro conforme prescrição médica;
- Higienizar as mãos;
Máscara Facial
- Conectar o circuito de macro nebulização a máscara;
- Calçar as luvas;
- Puxar a faixa elástica para trás da cabeça e do pescoço e ajustá-la na face do cliente;
- Abrir a saída de O2 e regular o fluxômetro de acordo com o volume de O2 prescrito;
- Higienizar as mãos;
Pós – Execução:
- Avaliar as condições gerais do cliente e verificar saturação de O2 com oxímetro e perfusão
periférica, periodicamente;
- Atentar aos sinais e/ou sintomas de hipóxia (cianose de extremidades, retração de fúrcula
esternal intercostal, alteração do nível de consciência) e sensação de melhora da dispneia;
- Desprezar e realizar desinfecção dos materiais utilizados em locais apropriados após o
término do procedimento.
- Higienizar as mãos;
- Realizar higienização da bandeja com álcool a 70%.
- Checar prescrição médica e realizar anotação de enfermagem;
Observação:
- Observar se o dispositivo de liberação de oxigênio está permeável, sem dobras.
Nebulização
É a administração de medicação nas vias aéreas superiores (VAS) para tratamento de
afecções pulmonares por meio de dispositivos associadas ao O² ou ar comprimido que
liberam pequenas partículas de agentes farmacológicos no tecido epitelial mucoso do trato
respiratório.
Objetivo:
- Aliviar processos inflamatórios, congestivos e obstrutivos;
- Umedecer para tratar ou evitar desidratação das mucosas;
- Fluidificar para facilitar a remoção de secreções;
- Administrar mucolíticos para obter atenuação ou resolução de espasmos;
- Administrar corticosteroides com ação anti-inflamatória e anti-exsudativa;
Materiais necessários:
- Bandeja;
- Nebulizador;
- Kit de nebulização;
- Seringa de 10ml ou conta gotas;
- Medicamentos prescritos;
- Soro fisiológico 0,9%;
Descrição do procedimento:
- Ler a prescrição do cliente e orientá-lo.
- Higienizar as mãos.
- Separar o material a ser utilizado na bandeja.
- Preparar a inalação de acordo com a prescrição médica.
- Instruir o cliente a limpar as vias aéreas antes do procedimento.
- Colocar o cliente em posição sentada e confortável.
- Conectar o kit ao nebulizador, ligar e verificar se há saída de névoa.
- Entregar ao cliente a máscara de nebulização.
- Verificar o posicionamento correto da cabeça e da máscara junto à face.
- Orientar o cliente a inspirar profundamente e lentamente pelo nariz e expirar pela boca e
permanecer com os olhos fechados enquanto durar a nebulização;
- Manter o procedimento no tempo indicado;
- Solicitar ao cliente a tossir, para expelir a secreção;
- Higienizar as mãos.
Pós - Execução
- Observar término de todo o líquido nebulizador;
- Avaliar as condições gerais do cliente;
- Desconectar a extensão do nebulizador e recolher o material utilizado;
- Realizar a desinfecção do kit de nebulização;
- Realizar higienização da bandeja e nebulizador com álcool a 70% após o uso.
- Higienizar as mãos.
- Checar prescrição médica e realizar anotação de enfermagem.
Observação:
- Alertar para alergias e não confundir a dose de cada medicamento, pois muitas vezes são
associados na mesma nebulização.
- Manter agulha protegida com o protetor próprio e o êmbolo da seringa em sua própria
embalagem;
- Identificar a seringa e coloca-la na bandeja;
Materiais necessários:
- Prescrição;
- Bandeja;
- Medicamento prescrito e diluente do medicamento;
- Luvas de procedimento;
- Agulha descartável 25 x7 ou 25x8 para preparo;
- Agulha descartável de ponta fixa 13x 4,5 mm;
- Seringa descartável de 1ml;
- Água e sabão e gaze estéril;
Descrição do procedimento:
- Orientar o cliente e/ou familiar sobre o procedimento realizado.
- Lavar as mãos com água e sabão.
- Preparar o material necessário.
- Verificar os nove certos.
- Reunir o material na bandeja.
- Posicionar o cliente adequadamente expondo a área a ser puncionada.
- Higienizar as mãos.
- Escolher o local para aplicação do medicamento adequado (teste de sensibilidade, face
interna do antebraço e região escapular) sempre observando as condições da pele do cliente.
- Calçar as luvas de procedimento.
- Higienizar o local de aplicação com água e sabão.
- Esticar a pele com a mão não dominante, usando o indicador e o polegar.
- Introduzir a agulha paralelamente à pele, com o bisel voltado para cima (com angulação de
10º a 15º graus) com a mão dominante, não realizar aspiração;
- Injetar o líquido, que não deve ultrapassar 0,5ml, empurrando lentamente e suavemente o
êmbolo verificando a formação de pápula (elevação na pele).
- Retirar a agulha na mesma angulação de entrada na pele.
Observação:
- Administrar um volume máximo entre 0,1 a 0,5 ml (a Derme é uma via de absorção muito
lenta, restrita para pequenos volumes de medicamentos).
- Não massagear o local de aplicação do medicamento. Isto pode causar irritação no tecido
subjacente, podendo comprometer o efeito dos testes alérgicos.
- Realizar a aplicação longe de áreas hiperemiadas, com cicatrizes, inflamações, herniações,
feridas operatórias ou escoriações.
- Usar sempre seringas e agulhas apropriadas e descartáveis.
Materiais necessários:
- Prescrição;
- Bandeja;
- Medicamento prescrito e diluente do medicamento;
- Luvas de procedimento;
- Agulha descartável 25x7, 25x8 ou 38x7/8 para preparo;
- Agulha fixa 13x4,5mm para aplicação;
- Seringa descartável de 1ml;
- Algodão/gaze estéril e álcool a 70%
Descrição do procedimento:
- Orientar o cliente e/ou familiar sobre o procedimento realizado;
- Lavar as mãos com água e sabão;
- Preparar o material necessário;
- Verificar os nove certos;
- Reunir o material na bandeja;
- Posicionar o cliente adequadamente expondo a área a ser puncionada;
- Higienizar as mãos;
- Escolher o local de aplicação;
- Calçar as luvas de procedimento;
- Fazer a antissepsia do local da aplicação com álcool a 70% para medicações em geral ou
água e sabão em caso de imunização (vacinas);
- Pinçar com os dedos a pele do local de administração;
- Introduzir a agulha com o bisel lateralizado no tecido subcutâneo com movimento único em
um ângulo de 90º graus;
- Aspirar suavemente o êmbolo com a mão livre e observar a presença de sangue. Caso
houver, retirar a seringa com agulha e reiniciar o procedimento;
- Injetar lentamente o medicamento;
- Retirar a agulha e a seringa em um movimento rápido;
- Aplicar leve compressão ao local com gaze;
- Reposicionar o cliente confortavelmente;
- Desprezar os resíduos em local próprio. Se a agulha não tiver dispositivo de segurança, não
reencapar;
- Retirar a luva de procedimento;
- Higienizar as mãos;
- Checar e registrar o procedimento realizado no prontuário do cliente;
Observação:
- Na aplicação da heparina subcutânea, para evitar traumatismo do tecido, não é
recomendado aspirar (puxar êmbolo) antes de injetar a medicação;
- Realizar rodízio dos locais de aplicação;
- Sempre usar seringas e agulhas próprias para injeções subcutâneas;
- Aplicar injeção seguindo as instruções do laboratório e as orientações específicas;
- Administrar um volume máximo entre 0,5 ml e 1,5 ml (o tecido subcutâneo é extremamente
sensível a soluções irritantes e grandes volumes de medicamento);
- A medicação subcutânea não deve ser administrada em áreas do corpo com cicatrizes,
inflamações, hérnias, feridas cirúrgicas ou feridas de pele (escoriações);
Método:
- Utilizar seringa de insulina com graduação em Unidades (Internacionais);
- Utilizar agulha adequada à via de administração prescrita;
Apostila de Fundamentos de Enfermagem
Elaborada por: Prof. Enf. Luiz Gustavo R. Andrade – Julho de 2022 Página 31
ESESP- Escola de Especialização em Saúde Pública
- Atentar para a aparência da insulina, não administrando nos casos de presença de grumos;
- Não massagear o local, após aplicação da insulina;
- Nos casos de administração por via subcutânea, respeitar o rodízio do local de aplicação;
- Nos casos de administração por via endovenosa, a insulina deverá ser diluída em solução
fisiológica 0,9%;
- Preferencialmente, infundir a solução endovenosa por bomba de infusão;
- Atentar para sinais e sintomas de encefalopatia, redução de nível de consciência e vômitos,
nos casos de administração por via endovenosa.
- Manter o paciente sob contínua monitorização cardíaca, atentando para sinais de arritmias,
nos casos de infusão endovenosa;
- Realizar controle de diurese
- Atentar para sinais e sintomas de hiperglicemia ou hipoglicemia;
Atentar para sinais e sintomas de reações alérgicas e reações locais;
Materiais necessários:
- Prescrição;
- Bandeja;
- Medicamento prescrito e diluente do medicamento;
- Luvas de procedimento;
- Agulha 40x12 ou 30x8mm para preparo da medicação;
- Agulha para administrar a medicação 25x7 mm, 25x8 mm ou 30x7/8mm;
- Seringa descartável de 1 a 5ml e agulha;
- Algodão/gaze estéril e álcool a 70%;
Descrição do procedimento:
- Orientar o cliente e/ou familiar sobre o procedimento realizado;
- Lavar as mãos com água e sabão;
- Preparar o material necessário;
- Verificar os nove certos;
- Reunir o material na bandeja;
- Posicionar o cliente adequadamente expondo a área a ser puncionada;
- Higienizar as mãos;
- Escolher o local de aplicação;
- Calçar as luvas de procedimento;
- Realizar a antissepsia na região delimitada da pele com o algodão/gaze embebido em álcool
a 70%, em movimentos únicos, com a mão dominante e esperar secar espontaneamente.
- Segurar o algodão/gaze com os dedos mínimos e anular da mão não dominante.
- Segurar a seringa, horizontalmente, com os dedos polegar, indicador e médio da mão
dominante.
- Distender a pele com o dedo polegar e o indicador da mão dominante e pinçar o músculo.
- Introduzir a agulha com o bisel lateralizado no músculo com movimento firme e suave, em
ângulo de 90º ou menos em relação à pele, com a mão dominante;
- Soltar o músculo;
Músculo deltoide
- Posicionar o cliente de forma adequada expondo a área a ser puncionada,
preferencialmente sentado, com antebraço flexionado, expondo completamente o braço e o
ombro;
- Face lateral do braço aproximadamente 4 dedos abaixo do ombro, no centro do musculo
deltoide;
- Volume máximo 2 ml.
Observação:
- Injeções de mais de 2 ml não deve ser aplicado no deltoide;
- Volume máximo para injeção IM é de 5ml;
- Volume acima de 5 ml, fracionar e aplicar em locais diferentes;
- Estabelecer rodízio nos locais de aplicação de injeções;
- Na seleção do local deve-se considerar a distância em relação a vasos e nervos
importantes, musculatura suficientemente grande para absorver o medicamento, espessura
do tecido adiposo, idade do cliente, irritabilidade da droga e atividade laboral do cliente;
- O músculo deltoide é contraindicado em clientes com complicações vasculares dos
membros superiores, com parestesia ou paralisia dos braços, e mulheres que sofreram
mastectomia;
- Ao aspirar e visualizar sangue na agulha é recomendado o descarte de todo o conjunto
(seringa, agulha, medicamento);
Objetivos:
- Administrar medicamentos quando se quer um efeito rápido, lento e contínuo;
- Controle rigoroso da dose e/ou volume a ser infundido;
- Restaurar e/ou manter o equilíbrio hidroeletrolítico;
- Administrar medicamentos, especialmente substâncias irritantes que poderiam causar
necrose tecidual se disseminando por outras vias;
Materiais necessários:
- Prescrição do medicamento;
- Bandeja;
- Medicamento prescrito e diluente do medicamento;
- Luvas de procedimento;
- Agulha 40x12 ou 30x8mm para preparo da medicação;
- Seringa descartável de 10 a 20ml, ou conforme volume a ser infundido;
- Algodão/gaze estéril e álcool a 70%;
- Garrote;
- Etiqueta para identificar o medicamento (se necessário);
- Equipo micro ou macrogotas (se necessário);
- Dispositivo de infusão intravenoso adequado para quantidade e velocidade da infusão;
- Esparadrapo, micropore e curativo transparente (se disponível);
Descrição do procedimento:
- Orientar o cliente e/ou familiar sobre o procedimento realizado;
- Lavar as mãos com água e sabão;
- Preparar o material necessário;
- Verificar os nove certos;
- Reunir o material na bandeja;
- Posicionar o cliente adequadamente expondo a área a ser puncionada;
- Higienizar as mãos;
- Selecionar a área ser administrada a medicação verificando as condições das veias:
1ª opção: Dorso das mãos;
2ª opção: Antebraço (prega do cotovelo);
3ª opção: Braço;
- Calçar as luvas de procedimento;
- Garrotear o membro a ser puncionado; sem compressão exagerada aproximadamente 4 cm
do local escolhido);
- Pedir para o paciente abrir e fechar a mão várias vezes a após fecha-la e conserva-la
fechada;
- Realizar antissepsia local com álcool antisséptico a 70%, gaze estéril ou algodão, de forma
ampla de baixo para cima;
- Fixar a veia com o polegar da mão não dominante;
- O bísel da agulha deve estar voltado para cima;
- Evidenciada a presença de sangue pedir para o paciente abrir a mão.
- Soltar o garrote;
Observações:
- Não administrar drogas que contenham precipitados ou flóculos;
- Não misturar medicamentos na mesma seringa;
- Revezar locais de aplicação;
- NUNCA dar “tapinhas’’ para aparecimento das veias (pode lesar o vaso e causar embolias
por presença de coágulos);
- O número de tentativas de punção deve ser de no máximo 3 vezes por profissional, devendo
acionar o Supervisor de Enfermagem caso não consiga pegar o acesso (usar o bom senso);
Observação:
- Optar inicialmente se possível pela punção das extremidades, evitando proximidade as
articulações.
- Após a entrada da medicação na corrente sanguínea, ela começa a agir imediatamente, não
havendo maneira de interromper sua ação.
- Fique atento às possíveis reações durante a administração de medicamentos EV, tais como
reações pirogênicas, anafiláticas ou outras queixas do cliente;
Indicações:
- Antes e após a cada administração de medicamentos;
- Após a administração de sangue e derivados;
- Quando converter de infusão continua para intermitente;
- A cada 12 horas quando o dispositivo não for usado.
Técnica:
- Realizar a higienização das mãos;
Objetivos:
- Reduzir a temperatura corporal;
- Promover anestesia local superficial;
- Evitar/reduzir a formação de hematomas e de edemas, imediatamente após contusões;
- Reduzir sangramentos superficiais pela vasoconstrição;
- Aliviar a dor;
- Desacelerar o processo inflamatório;
Materiais necessários:
- Bolsa de térmica fria ou água gelada ou gelo;
- Toalha limpa;
- Compressas;
- Luvas de procedimento;
Descrição do procedimento:
- Higienizar as mãos;
- Orientar o cliente quanto ao procedimento;
- Posicionar adequadamente o cliente para o procedimento;
- Calçar as luvas de procedimentos;
- Avaliar as condições da pele no local de aplicação da bolsa térmica;
- Colocar gelo ou água gelada na bolsa sem ultrapassar 2/3 da sua capacidade;
- Retirar todo o ar da bolsa;
- Fechar firmemente;
- Verificar se não há vazamento;
- Proteger a bolsa com tecido (toalha, etc.);
- Aplicar na região desejada;
- Verificar após alguns minutos se a região não apresenta intercorrências;
- Retirar a bolsa após o aquecimento ou após o tempo da terapêutica de 20 minutos;
- Retirar as luvas de procedimentos;
- Manter a organização da unidade;
- Esvaziar a bolsa térmica;
- Realizar a desinfecção da bolsa térmica com álcool a 70% e pendurá-la com o gargalo para
baixo até secar;
- Higienizar as mãos;
- Checar e anotar o procedimento no prontuário;
Observação:
- Quando necessário à redução da temperatura corporal, aplicar compressas frias
preferencialmente nas regiões fronto-temporal, axilar e inguinal bilateral procedendo à troca
do local de aplicação a cada 20 minutos;
- Bolsa térmica com gel pode ser usada (nesses casos não há necessidade de preencher
bolsa com água gelada ou gelo, apenas colocar bolsa térmica com gel no congelador para
resfriá-la; a higienização da bolsa com gel é feita com álcool a 70%);
- Compressas úmidas frias podem ser utilizadas para substituir a bolsa térmica fria;
- Devido ao risco de necrose tecidual, não realizar aplicações frias demoradas;
- Vigiar frequentemente as condições da pele no local das aplicações;
- Em clientes hipertensos o uso da crioterapia deve ser cauteloso, devendo a pressão arterial
ser aferida antes e após a aplicação, pois o frio pode causar um aumento transitório da
pressão sistólica e diastólica;
- Evitar a aplicação de frio diretamente sobre uma ferida durante as 2 ou 3 semanas iniciais
(reduzem a circulação do sangue e a cicatrização);
- Evitar o uso da crioterapia em áreas anestesiadas ou com hipoestesia como áreas
denervadas ou com neuropatias;
- Evitar o contato direto do frio sobre os olhos e sobre o trajeto de alguns nervos periféricos
como o ulnar, no cotovelo e o fibular próximo ao joelho;
- O uso da crioterapia é contraindicado em clientes com insuficiência cardíaca aguda ou
crônica, clientes com alterações vasomotoras periféricas, como alcoólatras e diabéticos;
Materiais necessários:
- Bandeja;
- Bolsa térmica;
- Água quente;
- Tecido para cobrir a bolsa (Toalha ou compressa);
- Luvas de procedimento;
Descrição do procedimento:
- Higienizar as mãos;
- Orientar o cliente quanto ao procedimento;
- Posicionar adequadamente o cliente para o procedimento;
- Calçar as luvas de procedimentos;
- Avaliar as condições da pele no local de aplicação da bolsa térmica;
- Colocar a água quente na bolsa sem enchê-la totalmente (1/3 a 2/3);
- Retirar todo o ar da bolsa;
- Fechar firmemente;
Observação:
- Não é recomendável aplicação de calor em clientes com patologias vasculares (exemplo:
isquemia).
- Bolsa térmica com gel pode ser usada (nesses casos não há necessidade de preencher a
bolsa com água quente, apenas seguir as recomendações de aquecimento de acordo com o
fabricante; a higienização da bolsa com gel é feita com álcool a 70%);
- Não aplicar a bolsa diretamente sobre a pele para não causar queimaduras;
- O calor direto deve ser aplicado com cautela em clientes que apresentem comprometimento
de sensibilidade, diabéticos e inconscientes;
- Deve-se ter cautela com as áreas que apresentam maior sensibilidade como tecido
cicatricial e estomas;
- Retirar a bolsa em caso de vermelhidão excessiva, maceração, palidez ou se o cliente
relatar desconforto ou forem observados sinais de queimadura;
13. ENEMAS
Enteróclise e clister/elister
Trata-se da introdução de solução laxativa no intestino, para ativar o funcionamento intestinal
melhorando constipação, preparando o paciente para cirurgias, exames e outros fins
terapêuticos.
Lavagem intestinal ou Enteroclisma: Para casos de introdução de grande quantidade
de líquidos (1000 a 2000 ml), geralmente gota a gota.
Clister ou fleet enema: É introduzido em pequenas quantidades (130 ml), geralmente
introduzido por material industrializado.
Materiais:
- Xylocaína gel;
- Sonda retal (enteroclisma);
- Forro de proteção para o leito;
- Biombo;
- Equipo (enteroclisma);
- Comadre;
- Suporte para o soro (enteroclisma);
- Frasco de fleet enema.
14. OSTOMIAS
A colostomia é um tipo de ostomia que consiste na ligação do intestino grosso diretamente à
parede do abdômen, permitindo a saída de fezes para uma bolsa, quando o intestino não
pode ficar ligado ao ânus. Isto normalmente acontece após cirurgias para tratar problemas no
intestino, como câncer ou diverticulite, por exemplo. Embora a maior parte das colostomias
sejam temporárias, pois geralmente só são utilizadas para facilitar a cicatrização do intestino
após a cirurgia, algumas podem ser mantidas por toda a vida, especialmente quando é
preciso remover uma parte muito grande do intestino, que não permite voltar a ligar ao ânus.
O conteúdo da bolsa suja deve ser colocado no vaso sanitário e depois a bolsa deve ser
jogada no lixo, pois não deve ser reutilizada devido ao risco de desenvolver infecções. Porém,
se a bolsa for reutilizável, deve-se seguir as instruções do fabricante para fazer uma lavagem
correta e garantir que fica desinfectada.
Existem ainda alguns tipos de bolsas de colostomia que têm 2 peças e que facilitam a
remoção das fezes, pois a peça que segura à bolsa na pele permanece sempre colada,
enquanto apenas a bolsa é retirada e substituída. Ainda assim, a peça que fica colada na pele
deve ser substituída pelo menos a cada 2 ou 3 dias.
Exponha a pele ao redor do estoma (sempre que possível) ao sol da manhã, de 15 a 20
minutos por dia. Tenha o cuidado de sempre proteger o estoma com gaze umedecida.
Ordem e Limpeza
Limpeza é a eliminação de todo o material estranho (resíduos, material orgânico, poeiras,
entre outros), com uso de água, detergentes e ação mecânica . A limpeza antecede os
procedimentos de desinfecção e esterilização.
Os hipocloritos são desinfetantes amplamente utilizados, porém podem ser inativados na
presença de sangue ou outra matéria orgânica, daí a necessidade de limpeza anterior.
O Serviço de Limpeza é de grande interesse nos hospitais e demais Serviços de Saúde, não
só porque essa é a primeira impressão do serviço ao paciente, mas também pela importância
no controle de infecções hospitalares. A enfermagem deve participar ativamente na
manutenção da ordem e limpeza, quer atuando diretamente ou orientando o pessoal
responsável por esse trabalho.
Materiais necessários:
- EPIs;
- Álcool a 70% para limpeza de superfícies;
- Álcool em gel;
- Solução com hipoclorito de sódio 1% (para locais com presença de matéria orgânica);
- Compressas ou panos de limpeza, limpos e macios;
- Detergente neutro Papel toalha;
Descrição do procedimento:
- Separar os materiais: EPIs, compressas ou panos, solução de água com detergente neutro
e hipoclorito de sódio 1%, se necessário;
- Retirar os objetos sobre a superfície e do interior dos armários ou equipamentos a serem
limpos. Iniciar por mobiliários e/ou paredes e terminar pelo piso;
- Retirar a poeira do móvel ou equipamento com um pano úmido dobrado, de forma
unidirecional e sem repetir o mesmo lado do pano utilizado em superfícies diferentes;
- Realizar, primeiramente, a limpeza em locais com presença de matéria orgânica, retirar este
com papel toalha e logo após com hipoclorito de sódio 1%, aguardar 10 minutos e remover
com água e sabão. Após secar a superfície, realizar os próximos passos.
- Imergir o pano na solução de água com detergente e realizar limpeza em movimentos
amplos utilizando sentido único, de uma extremidade para outra, do mais alto para o mais
baixo e da parte menos para a mais contaminada no início de cada turno.
- Retirar com pano umedecido em água limpa e enxugar a bancada.
- Friccionar álcool 70% nas superfícies já limpas.
- Organizar o setor e recolher o material, conforme recomendações da unidade;
Observação:
As superfícies referidas neste protocolo compreendem: mobiliários, equipamentos para a
saúde, bancadas, pias, macas, suporte para soro, balança, computadores e outros com os
quais os profissionais terão contato durante o trabalho.
Cama aberta
É aquela que está sendo ocupada por um paciente que pode deambular;
18. POSICIONAMENTO:
Há diferentes posições com a finalidade de proporcionar conforto, realizar exames,
tratamentos e cirurgias. A enfermagem deve conhecer para ajudar o paciente a adotar
posições específicas.
Mudança de decúbito
A mudança de decúbito é definida como a mobilização do paciente no leito realizada com
uma frequência, estabelecendo uma padronização e rotatividade das posições e,
consequentemente, evitando a sobrecarga de pressão em uma determinada área da pele por
um período prolongado. Ao se realizar a mudança de decúbito, há uma descompressão dos
vasos e retorno da circulação sanguínea, mantendo o tecido saudável e impedindo a abertura
de lesões. Essa prática é considerada de baixa complexidade, podendo ser realizada pelo
cuidador e/ou técnico de enfermagem, a partir da instrução do enfermeiro.
Posição de Fowler
Posição em que o paciente fica semi sentado, com apoio sob os joelhos. É indicada para
descanso, para pacientes com dificuldades respiratórias.
Genupeitoral
O paciente se mantem ajoelhado sobre o colchão com o tórax na cama.
Os membros superiores ficam flexionados nos cotovelos, repousam sobre a cama, auxiliando
a amparar o paciente. Esta posição é utilizada para exames vaginais e retais.
Ginecológica
A pessoa fica deitada de costas, com as pernas flexionadas em suportes (perneiras).
Cobre-se a paciente com lençol em diagonal. Esta posição é utilizada para cirurgias por vias
baixas, exames ginecológicos.
Litotômica
É considerada uma modificação da ginecológica.
A paciente é colocada em decúbito dorsal, com ombros e cabeça ligeiramente elevados.
As coxas, bem afastadas uma da outra são flexionadas sobre o abdome.
Essa posição é utilizada para partos normais, cirurgias ou exame do períneo, vagina e bexiga.
Trendelemburg
Posição em que o corpo fica inclinado, com a cabeça em plano mais baixo que o restante do
corpo. É indicada para facilitar drenagem de secreções brônquicas e para melhorar o retorno
venoso.
Observação:
- Se necessário utilizar cadeira de banho
Banho no leito
Materiais:
- Lençóis (de cima e de baixo)
- Cobertor,
- Fronha,
- Toalha de banho,
- Compressas (esfregão)
- Sabão (de preferência líquido)
- Jarro
- Bacia
- Camisola
- Biombo
- Fraldas
- Luvas de procedimentos
Procedimento:
- Explicar o procedimento ao paciente.
- Preparar as roupas de cama em ordem de uso, colocar biombo.
- Oferecer comadre ou papagaio ao paciente.
- Lavar as mãos.
- Abaixar grades laterais, acomodar o paciente em alinhamento corporal adequado.
- Retirar as roupas de cima e coloca-las no hamper, com exceção do lençol.
- Retirar a camisola do paciente.
- Se o paciente estiver com venoclise, retirar primeiramente do membro superior sem punção.
- Cobri-lo, levantar as grades.
- Encher o jarro com a água morna.
- Retirar o travesseiro se permitido.
- Dobrar o esfregão. Molha-lo e torce-lo.
- Lavar os olhos do paciente com água morna. Usar diferentes áreas do esfregão para cada
olho. Lavar os olhos da comissura palpebral externa para a interna.
- Lavar região frontal, face, nariz, pescoço e orelhas.
- Lavar o braço do paciente com água e sabão, fazendo movimentos longos e firmes, partindo
da área distal para a proximal e axila.
- Imergir a mão do paciente na bacia com água e lava-la não esquecendo as unhas.
- Com o esfregão molhado com água e sabão, lavar tórax com movimentos longos e formes,
trocando as áreas do esfregão.
- Em casos de mulheres pode ser necessário erguer as mamas.
- Lavar abdome, dando atenção especial ao umbigo.
- Cobrir peito e abdome.
Expor pernas, cobrindo períneo.
- Flexione as pernas do paciente, imergir pé dentro da bacia com água, lavar do tornozelo ao
joelho e do joelho a coxa.
- Esfregar o pé, as interdigitais, unhas, retirar bacia.
- Lavar períneo (técnicas seguintes).
- Auxiliar o paciente a assumir posição lateral, lavar pescoço, tórax posterior, região lombar,
como movimentos firmes e longos. Por último dobras da pele das nádegas e ânus.
- Trocar o leito de acordo a técnica, colocando roupas sujas no hamper sem balança-las.
Observação:
- Os procedimentos devem ser repetidos do outro lado.
- Trocar água se necessário.
- Cobrir o paciente, não deixa-lo exposto.
- Se necessário realizar higiene dos cabelos (técnica seguinte), que deverá ser realizada
primeiramente logo após lavagem do rosto.
- Cortar unhas se necessário;
Observações:
Após o banho, troca da cama, por último pentear os cabelos a fim de remover emaranhados,
secar bem.
Higiene oral
Materiais:
- Pasta de dente ou antisséptico bucal.
- Escova de dente ou material preparado com abaixador de língua e gazes.
- Copo com água.
- Cuba-rim.
Procedimento:
- Determinar a habilidade do paciente a segurar a escova de dente.
- Explicar o procedimento.
Se o paciente não for debilitado:
- Colocar a pasta de dente na escova, Molhar a escova, Segurar a cuba-rim e copo com água
e auxilia-lo na escovação.
Se o paciente for dependente:
- Colocar antisséptico oral no copo descartável, Molhar o abaixador de língua, Molhar crostas
e placas presentes nos lábios.
- Cuidadosamente higienizar: bochechas internas, palato, língua e lábios,
- Enxugar lábios;
- Trocar os abaixadores de língua quantas vezes forem necessárias.
Observação:
- Retirar placas cuidadosamente para evitar sangramentos.
- Não enxaguar em casos de antissépticos antibacterianos.
Tricotomia
É a retirada dos pêlos de uma determinada área, tendo por finalidade manter uma área limpa
para determinados procedimentos, facilitando o acesso cirúrgico, permitindo a fixação de
curativos, drenos, cateteres e sondas sem tracionar os pelos.
Aspiração oral/nasal
Realização de aspiração de sangue e secreções da boca e nariz, com auxilio de uma sonda
de aspiração conectada ao aspirador.
Materiais:
- Frasco de aspiração;
- Sonda estéril de aspiração;
- Luva esterilizada (traquéia);
- Máscara descartável;
- Óculos protetor;
- Luva de procedimento (nasal e oral);
- Frasco de água destilada;
Procedimento:
- Lavar as mãos;
- Reunir o material;
- Explicar o procedimento ao paciente;
- Conectar o frasco de aspiração ao vácuo;
- Conectar a extensão;
- Abrir a extremidade da embalagem na técnica à extensão;
- Colocar a máscara e o avental de mangas longas e óculos protetor;
- Abrir o vácuo;
- Calçar a luva estéril;
- Retirar a sonda da embalagem sem contaminá-la segurando-a com a mão dominante;
- Desconectar o aparelho de ventilação;
- Introduzir a sonda de aspiração sem ocluir o orifício “y’’.
- Ocluir o orifício “y’’ com o polegar após a introdução da sonda;
- Retirar a sonda sem fazer movimentos rotatórios (pode lesar traquéia) tracionando-a para
fora;
- Repetir quantas vezes forem necessárias;
- Realizar aspiração nasal;
- Realizar aspiração oral;
- Desconectar e desprezar a sonda de aspiração, a luva no lixo infectante.
- Manter o vácuo aberto ao término da aspiração, lavar com a AD até total limpeza do circuito.
- Recolher o material;
- Anotar no prontuário: horário, quantidade, aspecto, odor e consistência da secreção
aspirada, bem como o padrão respiratório do paciente;
- Lavar frasco de aspiração no expurgo;
Sequência de aspiração:
1º traqueostomia ou cânula endotraqueal
2º cavidade nasofaríngea
3º cavidade oral
Materiais:
- 2 rolos de ataduras de crepe;
- Algodão/gaze não estéril;
- Esparadrapo;
- Pinça cheron
- EPI`s (Capote; Máscara; Óculos; Luva).
- Identificações do cadáver (2 identificações: Peito e no saco de cadáver ou cobre-corpo);
Procedimento:
- Reunir o material;
- Explicar o procedimento á família;
- Manter privacidade do local e do corpo;
- Colocar o avental/capote e calçar luvas de procedimento;
- Retirar travesseiros, deixando o corpo em decúbito dorsal;
- Retirar sondas, cateteres, ocluindo os orifícios com gaze;
- Higienizar o corpo;
- Tamponar ouvidos, nariz, orofaringe, região anal e vaginal e garrotear região peniana com
gaze;
- Colocar fralda geriátrica;
- Imobilizar mandíbula, pés, mãos, usando ataduras;
- Colocar as 2 identificações no cadáver: (No peito e no saco de cadáver ou cobre-corpo);
- Colocar o corpo sobre a maca, sem colchão, cobri-lo com lençol;
- Desprezar luvas e avental;
- Higienizar as mãos;
- Transportar o corpo ao necrotério ou informar aos maqueiros quando estiver liberado;
- Anotar no prontuário o procedimento realizado;
Observações:
- Se o paciente fizer uso de próteses colocá-la imediatamente após o óbito;
- Caso não seja possível colocar a prótese informar ao supervisor direto, armazenar
corretamente, identificar e entregar aos familiares junto com outros pertences (solicitando que
assinem o livro de protocolo de recebimento);
- Manter pálpebras fechadas, com a fita adesiva.
- O corpo não deverá ser tamponado quando houver restrição religiosa (judaica) ou se houver
necessidade de necropsia (Mortes violentas ou desconhecidas).
Materiais:
- Sonda gástrica;
- Coletor (caso seja utilizada para sifonagem);
- Lubrificante anestésico (xylocaína gel);
- 1 Flaconete de Água Destilada;
- 1 seringa de 20ml;
- Micropore/esparadrapo;
- Gaze estéril;
- Luvas de procedimentos;
- Tesoura;
- Gaze umedecida com álcool á 70%;
- Toalha de rosto ou papel toalha;
- Estetoscópio;
Método:
- Realizar lavagem das mãos;
- Reunir o material;
- Explicar o procedimento ao paciente;
- Colocar os materiais sobre a mesa de cabeceira;
- Colocar o paciente em decúbito de Fowler;
- Colocar a toalha sobre o tórax do paciente;
- Calçar as luvas;
- Medir a sonda do lóbulo da orelha, este até a ponta do nariz, seguindo–se ao apêndice
xifoide e marcar com um pedaço de esparadrapo discreto;
- Passar a xylocaína na sonda a ser introduzida;
- Fletir a cabeça do paciente para frente com a mão não dominante, a fim de fechar o acesso
da sonda às vias respiratórias;
- Orientar o paciente que ao sentir a sonda em região orofaríngea o mesmo deve deglutir;
- Introduzir a sonda na narina do paciente até o ponto demarcado;
- Testar localização da sonda através da aspiração de conteúdos e/ ou ausculta de ruídos em
região epigástrica injetando 10 ml de ar com a seringa e auscultando com o estetoscópio;
- Fixar a sonda de modo que não atrapalhe o campo visual e não traumatize a narina do
paciente;
- Recolher o material;
- Manter ambiente limpo e organizado;
- Anotar o procedimento realizado, número da sonda, volume e aspecto de secreções
drenadas e intercorrências.
Material:
- Sonda enteral com fio guia (mandril);
- Seringa de 20 ml;
- Copo com água;
- Gaze estéril;
- Clorexidina degermante;
- Toalha de rosto;
- Xylocaína gel;
- Fita adesiva;
- Estetoscópio;
- Biombo;
- Luvas de procedimento;
- Luva estéril;
- Sacos para lixo;
Procedimento:
- Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler 45º);
- Com a cabeça inclinada para frente ou decúbito dorsal horizontal com cabeça lateralizada;
- Proteger o tórax com a toalha e limpar as narinas com gaze;
- Limpar o nariz e a testa com gaze e clorexidina degermante para retirar a oleosidade da
pele;
- Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e até a base do apêndice
(acrescentar mais 10 cm);
- Marcar com adesivo;
- Calçar luvas;
- Injetar água dentro da sonda (ainda com mandril);
- Mergulhar a ponta da sonda em copo com água para lubrificar;
- Introduzir a sonda em uma das narinas pedindo ao paciente que degluta – introduzir até a
marca do adesivo;
- Aguardar a migração da sonda para duodeno, encaminhar ao Raio-X para confirmação do
local da sonda;
- Retirar o fio-guia somente após a confirmação da posição correta (pela análise do RX);
- Observar sinais de cianose, dispneia e tosse;
- Para verificar se a sonda está no local: Injetar 20 ml de ar na sonda e auscultar com
estetoscópio, na base do apêndice xifoide, para ouvir ruídos hidroaéreos;
- Colocar a extremidade exposta da sonda no copo com água – se tiver borbulhamento está
na traquéia, deve ser retirada;
- Toda vez que a sonda for aberta, para algum procedimento, dobrá-la para evitar a entrada
de ar;
- Fechá-la ou conectá-la ao coletor;
- Fixar a sonda não tracionando a narina;
- Colocar o paciente em decúbito lateral direito para que a passagem da sonda até o duodeno
seja facilitada pela peristalse gástrica;
Gastrostomia (GTT)
Consiste na introdução de alimentos líquidos no estômago, por meio de uma sonda nele
colocada através de uma cirurgia na parede abdominal;
Indicações:
- Pacientes inconscientes;
- Pacientes que recusam alimentação;
- Cirurgias em cavidade oral que exigem mucosa oral limpa e em repouso;
- Pacientes debilitados ou com impossibilidade de deglutição;
Materiais:
- Suporte para frasco de alimento;
- Equipo;
- Frasco com o alimento;
- Seringa de 20ml;
- Estetoscópio;
- Luvas de procedimentos;
Observação:
- Quando a dieta for, em quantidade pequena, pode ser introduzida com a seringa sem o
êmbolo.
Método:
- Explicar o procedimento ao paciente;
- Preparar o ambiente, desocupando mesa de cabeceira;
- Lavar as mãos e calçar as luvas;
- Separar e organizar o material, retirando o ar do equipo com a própria dieta;
- Levar o material para o quarto e colocar o frasco de dieta no suporte, protegendo equipo;
- Dobrar a extremidade da sonda, adaptar a seringa, aspirar para verificação de conteúdo
gástrico.
- Se houver conteúdos, comunicar a enfermeira ou médico sobre a quantidade e aspecto;
- Dobrar extremidade da sonda, retirar a seringa e adaptar o equipo da dieta, controlando
gotejamento cautelosamente;
- Terminada a introdução do alimento, introduzir o frasco de água a fim de remover partículas
que ficaram aderidas;
- Fechar a sonda;
- Deixar o paciente confortável, em decúbito de fowler ou decúbito lateral direito;
- Providenciar a ordem e a limpeza do local;
- Anotar o cuidado, descrevendo observações;
Observações:
- Sempre que for conectar ou desconectar seringas ou equipos na sonda do paciente, dobrar
a extremidade a fim de prevenir distensão abdominal e flatulência;
- Se não houver restrição hídrica, hidratar paciente pela sonda;
- A dieta administrada lentamente esfria e deterioriza-se e rapidamente pode ocasionar
diarreias;
- Proceder da mesma forma para administrar medicamentos pela sonda nasogástrica;
Observações:
Evitar interromper a alimentação do paciente para qualquer outro cuidado;
Os alimentos quentes devem ser servidos quentes e frios, servidos frios;
Servir os alimentos em pequenas porções, dando ao paciente oportunidade de repetir
e saborear o alimento;
Adequar os alimentos as condições de mastigação;
Objetivos:
Promover esvaziamento vesical na retenção urinária (neurológicas e pós anestésicas) ou
realizar coleta de amostra de urina para exames;
Materiais:
- Luva estéril;
- Cateter vesical com calibre adequado ao paciente;
- Seringa de 20ml (sexo masculino);
- Xylocaína gel;
- Pacote de cateterismo vesical (contem cuba rim, cúpula, pinça);
- Pacotes de gazes estéreis;
- Almotolia com antisséptico PVPI (Povidine tópico);
- Comadre;
- Biombo;
- Agulha 40x12;
Método
- Lavar as mãos;
- Reunir o material;
- Explicar o procedimento ao paciente;
- Abrir campo estéril entre os MMII do paciente que deve permanecer em decúbito dorsal e
colocar nele as gazes, seringa, agulha, sonda, com cuidado para não contaminar;
- Desprezar uma porção de PVPI no lixo a fim de desinfectar ponta da almotolia;
- Colocar uma porção de PVPI na cúpula;
- Calçar luvas esterilizadas na técnica adequada;
- Realizar antissepsia da região perineal (conforme técnica de higienização perineal
demonstrada em banho no leito masculina ou feminina), com as gazes embebidas na solução
com auxílio da pinça;
- No sexo masculino: colocar 20ml de xylocaína gel na seringa, retirar o ar e introduzir a
xylocaína na uretra;
- No sexo feminino: manter paciente em posição dorsal com os MMII flexionados, lubrificar
com a xylocaína o cateter;
- Introduzir sonda na uretra por aproximadamente 10cm, utilizando mão dominante estéril;
- Observar o retorno da urina;
- Retirar e desprezar o cateter ao término da drenagem;
- Recolher material, deixando local limpo e organizado;
- Registrar o procedimento, calibre do cateter utilizado, aspecto, volume da urina e
intercorrências;
Objetivos;
- Controlar debito urinário;
- Manter pertuito uretral nas obstruções urinárias anatômicas ou funcionais prolongadas;
- Realizar irrigação vesical em casos de cirurgias da próstata;
- Instilar medicamentos na bexiga;
Materiais:
- Luvas estéreis;
- Sonda de Folley 2 vias;
- Seringa de 20ml (sexo masculino);
- Agulha 40x12;
- 1 ampola de AD;
- Xylocaína;
- Pacote de cateterismo vesical;
- Gazes estéreis;
- Almotolia com PVPI;
- Coletor de urina sistema fechado;
- Micropore / esparadrapo;
- Tesoura;
Método:
- Lavar as mãos;
- Reunir o material;
- Explicar o procedimento ao paciente;
- Abrir pacote contendo o coletor sistema fechado e deixa-lo preso no leito;
- Manter paciente em posição dorsal (sexo feminino com MMII flexionados e afastados; sexo
masculino MMII estendidos e afastados);
- Abrir campo entre os MMII e nele colocar todos os materiais estéreis a serem utilizados;
- Desprezar PVPI em lixo e após colocar uma proporção na cúpula;
- Calçar luvas estéreis;
- Testar cuff da sonda;
- Realizar a antissepsia da região com gazes embebidas na solução com auxílio da pinça
utilizando as técnicas anteriores;
- No sexo masculino injetar 20ml de xylocaína conforme técnica anterior;
- Em sexo feminino lubrificar a sonda na xylocaína;
- Introduzir o cateter até a saída da urina, dobrar sonda;
- Retirar a tampa de proteção da extremidade do coletor de urina e conecta-lo a sonda;
- Aspirar 10ml de AD e inflar o cuff;
- Tracionar o cateter até perceber a resistência do balão;
- Fixar a sonda sem traciona-lo;
- Manter local limpo e organizado;
- Registrar o procedimento aspecto e volume da urina e intercorrências;
Irrigação vesical
É a instalação de uma solução para a lavagem contínua da bexiga.
Para isso é necessário que o paciente esteja cateterizado com uma sonda vesical de 3 vias:
1ª via: drenagem da urina;
2ª via: insuflação do balão com água destilada;
3ª via: irrigação contínua;
Retirada da Sonda
A retirada desta sonda pode ser realizada pelo técnico de Enfermagem após analise criteriosa
do enfermeiro.
Materiais:
- 1 seringa de 10 ou 20ml com bico “luer-slip” simples, sem rosca;
- Pacote de gazes;
- 1 par de luvas de procedimento;
- 1 recipiente para lixo;
Técnica:
- Explicar, orientar o usuário sobre o procedimento a ser realizado;
- Preparar o material;
- Higienizar as mãos com água e sabão;
- Calçar as luvas de procedimento;
- Remover a fita de fixação da sonda, cuidadosamente;
Reeducação Vesical
O treinamento vesical, também conhecido como reeducação vesical, consiste em educação
do paciente sobre seus hábitos miccionais associado a regime de micção programada com
aumentos graduais do intervalo entre as micções.
É um tratamento que ajuda o paciente a “segurar mais urina”, de forma que consiga urinar
com menor frequência e com menos episódios de urgência e incontinência. O treinamento
vesical é frequentemente realizado em conjunto aos exercícios da musculatura do assoalho
pélvico (exercícios de Kegel). Esse tratamento é recomendado para mulheres com urgência
miccional associada ou não à incontinência urinária.
Objetivos:
- Corrigir hábito inadequado de micção frequente, se houver;
- Aumentar o controle sobre a urgência miccional;
- Aumentar o intervalo entre as micções;
- Aumentar a capacidade vesical;
- Reduzir os episódios de incontinência urinária, se houver;
- Recuperar a confiança do paciente quanto a sua capacidade de controlar a bexiga;
Após 2 a 7 dias com menos sintomas de urgência e/ou incontinência, aumentar o intervalo
entre as micções.
- Usualmente progredir com 15 a 30 min a mais de intervalo;
- Os intervalos devem ser gradualmente aumentados até que seja atingido intervalo de 2 a 4
horas, com poucos episódios de urgência e/ou incontinência;
O treinamento vesical pode demorar até 6 semanas para provocar melhora no padrão
miccional. É importante ter confiança no tratamento, a despeito da falta de resposta que pode
ocorrer no início.
É responsável pela maior parte do reservatório de gordura do corpo, assim sua espessura
varia muito, dependendo do estado nutricional da pessoa. É variável de indivíduo a indivíduo
e de acordo com sua localização. Funciona como reservatório energético, isolante térmico,
modelador da superfície corporal e protege contra choques mecânicos.
Tipos de Cicatrização
Fatores Sistêmicos:
Estado nutricional;
Perfusão e oxigenação dos tecidos;
Medicamentos e radioterapia;
Idade;
Hiperatividade;
Doenças.
Fatores Locais
Localização da ferida;
Sangramento;
Edema e obstrução linfática;
Infecção;
Existência de corpo estranho.
Causas imediatas
- Pressão tecidual; (em 30 minutos pode ocorrer uma LPP);
- Fricção (rugas e migalhas na roupa de cama, defeitos do colchão);
- Umidade (paciente molhado por suor, urina e fezes);
- Falta de asseio corporal;
- Uso de dispositivos médicos de forma inadequada;
- Aplicação imprópria de aparelhos de gesso ou restrição;
- Excesso de calor e frio;
Cuidados preventivos;
- Usar posicionadores e protetores (coxins, colchão caixa de ovo ou colchão pneumático);
- Sentar o paciente fora do leito, com frequência, sempre que seu estado permitir;
- Incentivar deambulação precoce;
- Reduzir qualquer pressão sobre pontos do corpo, zelando principalmente pelas
proeminências ósseas;
- Mudar constantemente de posição;
- Manter cama limpa, seca, com lençóis bem esticados;
- Zelar pela higiene pessoal;
- Realizar massagem com dersani ou creme hidratante;
- Executar movimentos passivos;
- Incentivar dietas hiperproteícas se não houver restrição;
Curativos
É um meio terapêutico que consiste na limpeza e aplicação de uma cobertura estéril em uma
lesão na pele, de maneira que favoreça o processo de cicatrização da pele e prevenção de
contaminação ou infecção.
Materiais necessários:
- Equipamento de proteção individual (gorro, luva de procedimento, máscara cirúrgica, óculos
de proteção, avental ou capote não estéril);
- Pacote com gaze estéril;
- Bandeja;
- Soro fisiológico a 0,9%;
- Pacote de curativo;
- Agulha 40x12;
- Álcool 70%;
- Recipiente para descarte de lixo infectante;
- Cobertura adequada (quando necessário);
Descrição do procedimento:
- Informar o procedimento ao cliente;
- Posicionar adequadamente o cliente;
- Higienizar as mãos;
- Reunir todo o material em uma bandeja;
- Colocar a bandeja com os materiais em uma mesa de apoio;
- Colocar o descarte de lixo infectante próximo ao cliente;
- Expor apenas a região na qual será realizado o curativo;
- Paramentar-se com os EPIs;
- Abrir o pacote de curativo com técnica asséptica;
- Abrir o pacote com gazes estéril em quantidade suficiente;
- Fazer desinfecção do frasco de soro fisiológico 0,9%, com álcool a 70%;
- Abrir o lacre de soro fisiológico a 0,9% com agulha 40x12;
- Com o uso do soro fisiológico 0,9% irrigar o curativo aderido à pele;
- Remover o curativo e desprezá-lo no lixo infectante;
- Descartar as luvas contaminadas ao término desse procedimento;
- Calçar novas luvas de procedimento ou luvas estéreis (quando necessário);
- Montar uma “trouxinha de gazes”, utilizando a pinça cirúrgica e umedecê-las com SF 0,9%;
- Limpar a ferida em sentido único, do meio menos contaminado para o mais contaminado,
trocando a “trouxinha de gazes” quantas vezes for necessário;
- Secar a borda da ferida;
- Descartar as “trouxinhas com sujidades” em lixo infectante;
- Aplicar cobertura (quando necessário) de acordo com o tecido da ferida;
- Ocluir a lesão com gazes estéreis e fixar o curativo com fita adesiva hipoalergênica ou
ataduras;
- Recolher o material;
- Retirar os EPIs;
- Recompor a unidade e o cliente;
- Colocar o cliente em posição confortável e segura;
- Destinar adequadamente os materiais;
- Higienizar as mãos;
- Realizar as anotações de enfermagem (técnica do curativo, localização, características da
ferida);
Característica:
- Apresenta a formação de um tecido novo, com coloração vermelha, brilhante e de aspecto
granuloso;
Tipos de Tecidos
Granulação
Tecido viável de coloração avermelhada ou
rósea, composto por vasos e fibroblastos,
comumente brilhante.
Necrose de Coagulação
Tecido de cor cinza, preta ou marrom, com
consistência dura e seca. Pode estar solto ou
aderido ao leito da lesão.
Tipos de Coberturas
COBERTURAS AÇÃO INDICAÇÃO CONTRA-INDICAÇÃO
- Angiogênese; - Feridas com baixa a
- Absorve exsudato; moderada exsudação;
- Mantém a umidade; - Com ou sem tecido
Placa - É incompatível com
- Mantém a temperatura necrótico;
de produtos à base de óleo,
em torno de 37º; - Queimaduras de 2º
hidrocolóide petrolato.
- Favorece o grau;
desbridamento autolítico; - Áreas doadoras de
- Alivia a dor; enxertos de pele;
- Promove hemostasia;
- Lesões superficiais com
Alginato - Absorve exsudato;
- Feridas exsudativas; pouca ou nenhuma
de - Mantém a umidade;
- Sangramentos exsudação;
Cálcio - Auxilia a angiogênese e o
- Queimadura;
debridamento autolítico.
- Bactericida;
- Feridas com moderada - Feridas pouco
- Favorece desbridamento
Carvão a intensa exsudação; exsudativas;
autolítico;
ativado - Com ou sem infecção; - Sangramentos;
- Mantém umidade e
com - Com ou sem tecido - Exposição óssea,
temperatura adequada;
prata necrótico; tendinosa e de feixes
- Elimina odores
- Feridas cavitárias. vásculo-nervosos.
desagradáveis.
- Proteção de áreas de
- Impermeável à água; risco de LPP.
- Permeável a gás e vapor; - Protege feridas já
- Permite a vaporização do epitelizadas;
exsudato; - Feridas com pouco - Feridas exsudativas;
Filme - Mantém o meio úmido; exsudato; - Feridas Infectadas;
transparente - Protege contra agressões - Queimaduras de 2º - Presença de fístulas;
externas; grau; - Pele perilesional friável;
- Permite monitorar a - Áreas doadoras de
evolução da ferida sem enxerto de pele,
expô-la. incisões cirúrgicas,
fixação de cateteres.
- Mantém a umidade;
Hidrogel - Manter a umidade do - Feridas excessivamente
- Auxilia o desbridamento
Amorfo leito da ferida. exsudativas.
autolítico;
- Estimula a proliferação
celular, desbridamento
- 2% em granulação.
químico;
Papaína - Acima de 2% tecido - Alérgicos a látex.
- Bacteriostático;
necrótico.
- Bactericida;
- Anti-inflamatório;
- Provoca quimiotaxia;
AGE-ácidos
- Angiogênese; - Em granulação, bordas
graxos - Hipersensibilidade;
- Mantém o meio úmido; e periferias.
essenciais
- Acelera a granulação.
Desbridamento em
Colagenase Desbridamento enzimático - Hipersensibilidade;
tecidos necróticos.
Procedimentos em geral:
- Remover o curativo anterior com luvas de procedimento;
- Umedecer curativo a ser removido se estiver aderido com soro fisiológico 0,9 % morno
(exceto feridas hemorrágicas ou queimaduras);
- Não é recomendável abrir e trocar curativo de ferida limpa ao mesmo tempo em que troca
de ferida contaminada;
- Se houver mais de uma ferida, iniciar pela ferida de aspecto menos contaminada;
- Caso apresente alterações, solicitar avaliação do enfermeiro;
- Usar curativo/cobertura que mantenha o leito da ferida úmido;
- Usar o julgamento clínico para selecionar o tipo de curativo que irá manter a ferida úmida;
- Escolha um curativo que controle exsudato;
- O exsudato excessivo pode atrasar a cicatrização da ferida;
- Evite empacotar demais a ferida, pois o empacotamento exagerado pode aumentar a
pressão e causar danos adicionais à ferida;
- A irrigação auxilia na remoção de tecidos desvitalizados, reduzindo a carga bacteriana,
promovendo a limpeza e melhorando a visualização do leito da ferida;
- Não é recomendável secar o leito da lesão após a irrigação;
- Secar apenas a área perilesional;
- A irrigação deve ser realizada em todas as trocas de curativos;
- A irrigação é realizada com a inserção de agulha 40x12 em frasco de soro fisiológico 0,9%;
- A pressão exercida pelo jato da solução salina apoia na limpeza sem lesionar o leito da
ferida;
- Indica-se o uso de solução fisiológica, preferencialmente aquecida, para não resfriar o leito
da ferida (vasoconstrição);
- O soro fisiológico 0,9 % do frasco utilizado para a limpeza da lesão não deverá ser
reutilizado, visando reduzir a contaminação cruzada;
- A área perilesional deve manter-se intacta e hidratada;
- A preservação das bordas da ferida, evitando a maceração, é importante dentro do processo
cicatricial;
Materiais necessários:
- Equipamento de proteção individual (gorro, luva de procedimento, máscara cirúrgica, óculos
de proteção, avental ou capote não estéril);
- Gaze estéril;
- Frasco de soro fisiológico a 0,9%;
- Agulha 40x12;
- Álcool a 70%;
- Tesoura de Íris ou lâmina de bisturi;
- Luvas de procedimento;
- Descarte de lixo infectante;
Descrição do procedimento;
- Orientar o cliente sobre o procedimento;
- Higienizar as mãos;
Prontuário Médico
É o conjunto de documentos escritos que identificam o paciente, registram a evolução da
doença, os tratamentos prescritos e cuidados de enfermagem executados, bem como
condições de alta, transferências.
Nele deve ser registrado a descrição concisa da história clínica do paciente e da família, seus
hábitos e antecedentes pessoais, sua condição física e estado mental, diagnóstico médico e
de enfermagem e o resultado de exames realizados. O prontuário é útil para o paciente,
equipe médica, equipe da enfermagem e outros profissionais envolvidos no processo de
atendimento.
É documento para fins legais.
Anotação de Enfermagem
Consiste nos registros realizados pela equipe de enfermagem, em impresso próprio, a
respeito dos cuidados prestados ao paciente. A anotação de enfermagem faz parte do
prontuário médico sendo considerado um documento legal, por ser o testemunho escrito da
prática de enfermagem. Todas as informações contidas nele são utilizadas pela equipe de
saúde durante o tratamento.
Finalidade:
- Estabelecer comunicação entre a equipe de enfermagem e demais profissionais;
- Servir de base para elaboração de cuidados;
- Acompanhar evolução do paciente;
- Constituir documento legal para o paciente ou equipe de enfermagem referente à
assistência prestada;
- Contribuir para a auditoria de enfermagem;
- Colaborar para ensino e pesquisa;
O que anotar:
Condições físicas:
- Estado da pele: coloração, presença de lesões, ressecamento, turgor cutâneo;
- Possibilidades de locomoção;
Manifestações emocionais;
- Alegria, tristeza, temor, ansiedade, agitação, lucidez, confusão mental;
O que o paciente mantem:
- Soro, cateteres, sondas;
Procedimentos realizados;
- Banho, curativos, medicamentos;
- Aceitação alimentar (desjejum, almoço, lanche, jantar)
- boa aceitação, recusa, aceitação parcial
Intercorrências;
- Registrar o tipo de intercorrência (algias, êmese, sangramentos, entre outros);
- A quem foi comunicado;
- O horário da comunicação;
Eliminações fisiológicas (diurese e evacuação);
- Aspecto, quantidade, odor, presença de muco, sangue, coloração;
Por ser um documento legal, a anotação de enfermagem deve obedecer a alguns cuidados
para o registro:
- Usar letra legível;
- Escrever com caneta (nunca á lápis) de cor azul ou vermelha de acordo a instituição;
- Registrar horários;
- Anotar todo procedimento prestado;
- Ser claro e objetivo;
- Sem rasura;
- A descrição deve ser concisa (resumida e exata);
- Usar abreviaturas padronizadas;
- Não deixar espaços nem pular linhas;
- Identificar com nomes as pessoas que deram informações. (Ex: SIC-Segundo Informações
colhidas com a mãe);
- Registrar medidas de segurança adotadas para proteger o paciente;
- Fechar com um traço os espaços de linhas, assinar carimbar em caso de funcionário;
- Em caso de alunos assinarem e colocar o nome da escola.
Passagem de plantão
- A passagem de plantão tem como objetivo assegurar o fluxo de informações entre as
equipes de enfermagem, nos diferentes turnos, que se sucedem no período de 24 horas.
- Pode ser considerada um elo no processo de trabalho da enfermagem com o outro turno
subsequente.
- É esta ligação que assegura a continuidade da assistência;
Admissão Hospitalar
- A maneira de receber um paciente depende da rotina de cada hospital. Em caso, porém, o
atendimento deverá ser afável e gentil, sendo realizado por alguém que possa dar todas as
informações necessárias;
Deve-se:
- Mostrar as dependências do setor e aposento, explicando as normas e rotinas sobre horário
de banhos, refeições, visitas médicas, visitas de familiares, repouso, recreação, serviços
religiosos, pertences pessoais necessários.
- Relacionar e guardar roupas seguindo a rotina do local.
- Entregar pertences de valores á família, anotando no prontuário.
- Apresenta-lo á companheiros de quarto.
- Se necessário, encaminha-lo ao banho e vestir roupas apropriadas.
- Preparar o prontuário.
- Comunicar serviço de nutrição e demais serviços interessados.
- Verificar SSVV, peso, altura e anotar.
Alta Hospitalar
A alta do paciente, em decorrência a implicações legais, deve ser dada por escrito e assinada
pelo médico.
Tipos:
Alta hospitalar por melhora:
Aquela dada pelo médico porque houve melhora do estado geral do paciente, sendo que este
apresenta condições de deixar o hospital;
Alta a pedido:
Aquela em que o médico concede a pedido do paciente ou responsável, mesmo sem estar
devidamente tratado.
O paciente ou responsável por ela assina o termo de responsabilidade;
Papel da Enfermagem
- Avisar o paciente após alta registrada em prontuário pelo médico;
- Orientar o paciente e familiares sobre cuidados precisos pós-alta (repouso, dieta,
medicamentos, retorno);
- Providenciar medicamentos (conforme regulamento de cada instituição);
- Reunir pertences do paciente e providenciar suas roupas;
- Auxilia-lo no que for necessário;
- Hora de saída;
- Tipo de alta;
- Condições do paciente;
- Presença ou não de acompanhante;
- Orientações dadas;
- Meio de transporte (ambulâncias, carro próprio);