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UNIVERSIDADE LÚRIO

Faculdade de Ciências de Saúde


Departamento de Saúde da Comunidade
Licenciatura em Farmácia; 4o Ano; Semestre I
Cadeira de Saúde da Comunidade VII (SCVII)

BOAS PRÁCTICAS DE MANIPULAÇÃO DE MEDICAMENTOS: ASSEGURANDO


A SEGURANÇA E EFICÁCIA NA ADMINISTRAÇÃO DE SUSPENSÕES NAS
FAMÍLIAS ABRANGIDOS PELO PROGRAMA UM ESTUDANTE, UMA FAMÍLIA
NA COMUNIDADE DE MOCOPOA-2023

Proponentes:
Turma de Farmácia (4⁰ ano)
Docentes:
Cecília Boaventura (Nutricionista)
Ossufo Age
Priscila Pedro Francisco (Enfermeira)
Regina Manteiga (Farmacêutica)
Sualé Francisco Puchar (Optometrista)
Zulmira Emaga Mussa (M. Dentista)

Nampula, Maio de 2023


Proponentes:
Turma de Farmácia (4⁰ ano)

BOAS PRÁCTICAS DE MANIPULAÇÃO DE MEDICAMENTOS: ASSEGURANDO


A SEGURANÇA E EFICÁCIA NA ADMINISTRAÇÃO DE SUSPENSÕES NAS
FAMÍLIAS ABRANGIDOS PELO PROGRAMA UM ESTUDANTE, UMA FAMÍLIA
NA COMUNIDADE DE MOCOPOA-2023

Docentes:

-----------------------------------------------
Cecília Boaventura (Nutricionista)

-----------------------------------------------
Ossufo Age

-----------------------------------------------
Priscila Pedro Francisco (Enfermeira)

-----------------------------------------------
Regina Manteiga (Farmacêutica)

-----------------------------------------------
Sualé Francisco Puchar (Optometrista)

-----------------------------------------------
Zulmira Emaga Mussa (M. Dentista)
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Lista de Quadros
Quadro 1. Inventariação dos recursos operacionais e logísticos ______________________ 18
Quadro 2. Cronograma das atividades prevista para aplicacao do plano de acção ________ 19
Quadro 3. Distribuição de tarefas para responsável pela acção do plano________________ 20
SUMÁRIO

Pág.

I. Introdução ____________________________________________________________ 1

1.1. Apresentação do tema de pesquisa ____________________________________ 1

1.2. Definição ________________________________________________________ 1


1.2.1. Segurança _____________________________________________________ 1
1.2.2. Eficácia _______________________________________________________ 2

1.3. Suspensões _______________________________________________________ 2


1.3.1. Vantagens _____________________________________________________ 3
1.3.2. Desvantagens ___________________________________________________ 4

1.4. Boas prácticas de manipulação de medicamentos _________________________ 4


1.4.1. Reconstituição __________________________________________________ 5

1.5. Importância ______________________________________________________ 7

1.6. Conhecimento _______________________________________________________ 7


1.6.1. Mundo ________________________________________________________ 8
1.6.2. Em África _____________________________________________________ 9
1.6.2.1. Em Moçambique______________________________________________ 9
1.6.2.2. Em Nampula _________________________________________________ 9

1.7. Consequências da ma práctica de preparações farmacêuticas _________________ 10

1.8. Medidas Preventivas (Prevenção) ____________________________________ 11

1.9. Formas de descarte adequado _______________________________________ 12

II. Metodologia _________________________________________________________ 13

2.1. Tipo de estudo______________________________________________________ 13

2.2. Método _________________________________________________________ 13

2.3. Descrição do local do estudo ________________________________________ 13

2.4. Critérios de seleção __________________________________________________ 14

2.5. Questões bioética ___________________________________________________ 14


5

III. Plano de Acão ________________________________________________________ 15

3.1. Problema _______________________________________________________ 15

3.2. Objectivo geral _____________________________________________________ 16


3.2.1. Objectivos específicos ___________________________________________ 16

3.3. Metas __________________________________________________________ 16

3.4. Indicadores para todos os objectivos __________________________________ 17

3.5. Ações __________________________________________________________ 17

3.6. Recursos ________________________________________________________ 18

3.7. Cronograma _______________________________________________________ 18

3.8. Envolvidos ______________________________________________________ 19

3.9. Resultados esperados ______________________________________________ 19

3.10. Responsável pela acção ____________________________________________ 19

IV. Referências Bibliográficas ______________________________________________ 21

V. Anexos ______________________________________________________________ 23

VI. Apêndices ___________________________________________________________ 25


1

I. INTRODUÇÃO

1.1.Apresentação do tema de pesquisa

De antemão a escolha do tema é o assunto que se deseja estudar e pesquisar, de acordo com
as inclinações, as possibilidades e aptidões de um trabalho científico, e o que se deseja explorar.
O assunto escolhido deve ser exequível adequado aos factores externos e internos (tempo,
interesse, utilização) (1).
Logo se tem como tema:
Boas prácticas de manipulação de medicamentos: assegurando a segurança e eficácia na
administração de suspensões nas famílias abrangidos pelo programa um estudante, uma família
na comunidade de Mocopoa-2023.

1.2.Definição

De acordo com a RDC ne 67/2007 Anvisa (2007), manipulação é "um conjunto de


operações farmacotécnicas, com a finalidade de elaborar preparações magistrais e oficinais e
fracionar especialidades farmacêuticas para uso humano", e Boas Práticas de Manipulação em
Farmácia (BPMF), um "conjunto de medidas que visam assegurar que os produtos manipulados
sejam consistentemente manipulados e controlados, com padrões de qualidade apropriados para
o uso pretendido e requerido na prescrição" (2).

A manipulação de medicamentos é uma atividade que permite aos profissionais da área


farmacêutica desempenhar um importante papel na sociedade, aproximando-se dos pacientes,
já que as prescrições são individualizadas, de acordo com as necessidades terapêuticas (2).

1.2.1. Segurança

A segurança da farmacoterapia está relacionada à prevenção de eventos adversos


relacionados ao uso de medicamentos. Para garantir a segurança do paciente, é fundamental
que o profissional de saúde faça uma avaliação minuciosa dos riscos e benefícios da terapia
medicamentosa e monitorize regularmente a resposta do paciente ao tratamento (3).
2

Um estudo publicado na revista Annals of Internal Medicine demonstrou que a


monitorização regular da farmacoterapia pode reduzir a incidência de eventos adversos
relacionados aos medicamentos (4). Além disso, é importante que o paciente seja instruído
sobre a utilização adequada do medicamento, incluindo a dosagem correta, horário de
administração e possíveis efeitos colaterais. Um estudo publicado na revista Pharmacy Practice
demonstrou que a educação do paciente sobre o uso correto dos medicamentos pode reduzir a
incidência de eventos adversos relacionados à medicação (5).

1.2.2. Eficácia

A eficácia da farmacoterapia está diretamente relacionada à escolha do medicamento certo


para o paciente em questão. Para isso, é importante que sejam considerados fatores como idade,
peso, comorbidades, interações medicamentosas e possíveis efeitos colaterais (6).

Um estudo publicado no British Journal of Clinical Pharmacology demonstrou que a


avaliação individualizada dos pacientes e a escolha adequada dos medicamentos aumentam a
eficácia da terapia, além de reduzir o risco de eventos adversos relacionados à medicação (7).

A eficácia e segurança farmacoterapêutica são fundamentais para o sucesso do tratamento


do paciente. A individualização da terapia, a escolha adequada do medicamento, a dosagem
correta, a monitorização regular do paciente e a educação do paciente sobre o uso correto do
medicamento são elementos essenciais para garantir a eficácia e segurança da
farmacoterapia.

1.3.Suspensões

Com frequência é necessário administrar fármacos sólidos por via oral na forma líquida
para pacientes que não podem engolir comprimidos ou cápsulas. Esses pacientes incluem
adultos que não podem engolir formas farmacêuticas sólidas, bebês ou crianças que não
aprenderam ainda como engolir comprimidos ou cápsulas inteiras, indivíduos internados com
tubos mesogástricos e pacientes geriátricos que não são mais capazes de engolir formas
farmacêuticas sólidas orais (8).
3

As preparações líquidas podem ser manipuladas na forma de soluções, suspensões ou


emulsões, dependendo do estado físico e da solubilidade dos ingredientes ativos (9).
Urna suspensão é preparada quando é necessário obter uma preparação líquida contendo
um fármaco insolúvel. Em alguns casos, uma forma insolúvel do fármaco é obtida
intencionalmente, seja porque o fármaco na forma solúvel exibe baixa estabilidade química,
seja porque ele apresenta sabor desagradável (10).

São formas farmacêuticas líquidas constituídas de duas fases: uma interna sólida
(descontinua ou dispersa) e outra externa, líquida (contínua ou dispersante) .

A suspensão é um sistema heterogêneo que contêm duas fases. A fase


externa, também chamada de fase contínua ou meio de dispersão, é
geralmente um líquido ou semissólido. A fase interna ou fase dispersa
é composta por partículas sólidas praticamente insolúveis na fase
externa A fase dispersa é insolúvel na fase líquida, mas, através de
agitação podem ser facilmente suspensas (11).

Um detalhe importante é que a fase interna não atravessa o papel de filtro, e por este motivo
as suspensões não podem ser filtradas, como ocorre nas soluções. Destinam-se as vias oral,
tópica e parenteral, sendo que, as partículas da via parenteral são menores que as vias orais e
tópicas (cerca de 100nm) (10).

Algumas suspensões orais já vêm prontas para o uso, ou seja, já estão devidamente
dispersas num veículo líquido com ou sem estabilizantes e outros aditivos farmacêuticos.
Outras preparações estão disponíveis para o uso na forma de pó seco, destinado a ser misturado
com veículos líquidos. Este tipo de produto geralmente é uma mistura de pós que contem
fármacos, agentes suspensores e conservantes. Esta mistura ao ser diluído e agitada com uma
quantidade especifica de veículo (geralmente água purificada), forma uma suspensão
apropriada para a administração, chamada de suspensão extemporânea. Esta forma em pó é
ideal para veicular fármacos instáveis em meio líquido (ex.: antibióticos betalactâmicos). Deve
ter a seguinte palavra: AGITE ANTES DE USAR (10).

1.3.1. Vantagens

 Ideal para pacientes que não conseguem deglutir comprimidos e/ou cápsulas;
 Realça menos o odor e sabor de certos fármacos;
4

 Aumento de estabilidade química quando comparadas às soluções. Por estar dispersa e


não solubilizada, o fármaco está mais protegido da rápida degradação ocasionada pela
presença da água (10).

1.3.2. Desvantagens

 Baixa estabilidade física;


 Menor uniformidade da dose;
 Menor velocidade de absorção, se comparada às soluções;
 É termodinamicamente instável, isto é, as partículas dispersas em razão de sua grande
área de superfície possuem grande energia livre, e por isso tendem a agrupar-se de modo
a formar flocos, dificultando a absorção (10).

1.4.Boas prácticas de manipulação de medicamentos

As Boas Práticas de Manipulação (Good Manufacturing Practices - GMP) constituem a


garantia da qualidade, assegurando que os medicamentos sejam produzidos e controlados com
altos padrões de qualidade (12).

As boas práticas de manipulação de medicamentos são essenciais para garantir a qualidade,


segurança e eficácia dos medicamentos. Essas práticas são regulamentadas por diversos órgãos
nacionais e internacionais, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (13) e a
Organização Mundial da Saúde (14), e devem ser seguidas por todos os profissionais envolvidos
na manipulação de medicamentos. Algumas boas práticas que devem ser seguidas durante a
manipulação de medicamentos incluem:

1. Uso de equipamentos e utensílios adequados: é importante utilizar equipamentos e


utensílios apropriados para cada etapa da manipulação do medicamento, como balanças
de precisão, pistilos, espátulas, entre outros. Esses equipamentos devem ser calibrados
regularmente e higienizados adequadamente antes e após o uso (13).
2. Utilização de EPIs: é fundamental o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
durante a manipulação de medicamentos, como luvas, óculos de proteção, jalecos e
máscaras, pois eles protegem o manipulador de substâncias tóxicas e garantem a
qualidade do medicamento (13).
5

3. Higienização das mãos: a lavagem das mãos é um dos principais meios de prevenção de
contaminações e infecções nos ambientes de saúde. O manipulador deve lavar bem as
mãos antes e depois da manipulação de medicamentos e utilizar antissépticos para a
desinfecção (13).
4. Armazenamento adequado dos medicamentos: durante o processo de manipulação, é
necessário armazenar os medicamentos em local adequado, protegidos da luz, do calor
e da umidade. Também é importante rotular os medicamentos com informações claras
e precisas de fabricação e validade, além da prescrição médica (13).
5. Monitorização da qualidade: durante a manipulação dos medicamentos, é importante
realizar controle de qualidade para garantir que todas as etapas foram realizadas
corretamente e os medicamentos estão dentro das especificações. Para isso, podem ser
realizados testes físico-químicos e microbiológicos (13).

É importante ressaltar que essas boas práticas devem ser seguidas durante todo o processo
de manipulação de medicamentos, desde a recepção das matérias-primas até a entrega do
produto final ao usuário final. Dessa forma, é possível garantir a qualidade, segurança e eficácia
dos medicamentos manipulados (14).

1.4.1. Reconstituição

EM LABORATÓRIOS DE MANIPULAÇÃO MAGISTRAL


A preparação de suspensões de pó extemporâneas envolve uma série de etapas que garantem
a eficácia e segurança do medicamento. Seguem os passos e detalhes recomendados para a
preparação deste tipo de suspensão:

Pesar o pó com precisão: O primeiro passo é pesar o pó com precisão, utilizando uma
balança analítica. É importante notar que a massa do pó corresponde à massa líquida final que
será obtida após a reconstituição. Para garantir uma dosagem correta e uniforme, é importante
que o pó seja pesado com precisão (15).
Escolher o veículo: O veículo é a substância líquida utilizada para reconstituir o pó e formar
a suspensão. A escolha do veículo depende das características do medicamento e das
necessidades do paciente. Os veículos mais comuns incluem água, soluções glicerinadas e
soluções hidrossolúveis (15).
6

Adicionar o veículo: O veículo deve ser adicionado cuidadosamente ao pó, utilizando um


funil ou um dispositivo semelhante de forma que não haja perda do pó. É importante misturar
bem o pó e o veículo, agitando vigorosamente até que o pó esteja completamente disperso na
solução (15).
Rotular e armazenar: Finalmente, a suspensão deve ser rotulada com informações claras
e precisas, incluindo a dosagem, a data de preparação e o prazo de validade. A suspensão deve
ser armazenada na geladeira ou em local fresco e escuro para garantir sua estabilidade (15).
Utilizar preferencialmente água potável (água recentemente obtida do sistema de abastecimento
público e adequada para beber) previamente fervida.

AO DOMICÍLIO
1. Lavar as mãos antes começar a manipular os medicamentos;
2. Estabelecer uma mesa limpa e suficiente para facilitar todas as actividades;
3. Leitura da bula com cautela. Cada medicamento pode requisitar um tipo especial;
4. Agitação do frasco antes de adicionar a água;
5. Não pode ser utilizada água quente, portanto, se for fervida, esperar que atinja a
temperatura ambiente. Se não for possível utilizar água potável, a água mineral poderá
ser utilizada;
6. Adicionar a água (temperatura ambiente) no frasco até a marca indicada no próprio
frasco do medicamento;
7. Agitar vigorosamente. Possivelmente haverá a formação de bolhas de ar, devido à
agitação;
8. Logo, deve-se esperar as bolhas desaparecerem (alguns minutos) e completar o frasco
com água até a marca indicada;
9. Cada vez que o medicamento for utilizado, deverá ser previamente agitado;
10. Após reconstituição, a suspensão oral deve ser preferentemente mantida sob
refrigeração (entre 2 e 8°C), mas também é estável em temperatura ambiente.

No entanto, é importante ler as orientações do fabricante do produto na bula do


medicamento. Descartar 14 dias após a reconstituição, ou antes, após término do tratamento. O
descarte não deve ser feito na pia ou vaso. O profissional de saúde pode orientar o usuário
quanto ao descarte correto do medicamento.
7

1.5.Importância

Os medicamentos na forma de suspensões em pó extemporâneas para administração oral


são comumente prescritos para pacientes de todas as idades, especialmente para crianças e
idosos que têm dificuldade em engolir comprimidos (16). A reconstituição adequada destes
medicamentos é essencial para garantir a eficácia e segurança do medicamento .
Durante a reconstituição, a solubilidade do pó se transforma em suspensão líquida e, neste
cenário, a velocidade de dissolução, solubilidade e outros parâmetros são cruciais para a
eficácia do medicamento (17).

A reconstituição bem-sucedida de medicamentos em pó extemporâneos é importante por


vários motivos:
Garante a precisão da dosagem: a reconstituição adequada assegura que o paciente receba
a dosagem correta do medicamento prescrito pelo médico (18).
Evita reações adversas: a reconstituição correta e precisa garante que o medicamento seja
diluído na medida ideal, evitando reações adversas que possam surgir devido a uma dosagem
elevada (18).
Melhora a adesão do paciente: medicamentos reconstituídos de forma adequada podem
melhorar a aceitação e adesão do paciente (18).
Potencializa a eficácia do medicamento: a velocidade com que o medicamento se
transforma em formato líquido pode afetar a ação do medicamento, bem como sua absorção
pelo organismo (18).

O procedimento de reconstituição de medicamentos na forma de suspensões em pó


extemporâneas pode variar de acordo com o medicamento e a indicação, mas geralmente
envolve diluição com água estéril ou outro diluente recomendado pelo fabricante. É essencial
seguir as instruções de dosagem e agitação fornecidas no rótulo do medicamento e pela
prescrição média (18).

1.6.Conhecimento

Certificar-se de que os medicamentos são preparados adequadamente é de extrema


importância para garantir a segurança do paciente e evitar erros de administração. Algumas
pesquisas relevantes na área incluem:
8

1.6.1. Mundo

Em 2006, um artigo publicado na revista JAMA (Journal of American Medical Association)


relatou que os erros de medicação eram responsáveis por cerca de 7.000 mortes nos Estados
Unidos a cada ano. Uma das principais causas desses erros era a preparação inadequada de
medicamentos.
Um estudo realizado na França revelou que a adesão às boas práticas de preparação de
medicamentos foi associada à redução de 37% no número de incidentes relacionados à
medicação em um hospital universitário.

Em um estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, foram


identificados casos de meningite fúngica relacionados à administração inadequada de
medicamentos em clínicas de dor ambulatoriais, destacando a importância de garantir que os
medicamentos sejam preparados e administrados corretamente.
Uma revisão sistemática de estudos realizados em países de baixa e média renda concluiu
que a falta de aderência às boas práticas de preparação de medicamentos é comum em hospitais
nesses locais, aumentando o risco de erros de medicação.

Em 2013, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um relatório intitulado


"Assistência segura à medicação: programas nacionais para a segurança do paciente", no qual
destacou a importância da padronização da preparação de medicamentos em hospitais e outros
locais de saúde. O relatório enfatizou que a padronização dos processos de preparação de
medicamentos poderia ajudar a reduzir drasticamente o número de erros de medicação.
Estudo realizado nos Estados Unidos da América demonstrou que a implementação de
protocolos de preparação segura de medicamentos reduziu significativamente os erros de
medicação em hospitais (19).
Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca a importância das boas práticas
de preparação de medicamentos para garantir a segurança do paciente e evitar erros de
medicação (20).
9

1.6.2. Em África

Em um estudo na África do Sul, foi identificado que a falta de padronização dos


procedimentos de preparação de medicamentos em hospitais aumenta o risco de erros de
medicação (21).

1.6.2.1.Em Moçambique

Em Moçambique, uma pesquisa realizada em um hospital de Maputo identificou a falta de


protocolos claros de preparação de medicamentos como um dos principais fatores que
contribuem para erros de medicação (22).

Em Moçambique, foi realizada uma pesquisa em 2018 sobre os desafios enfrentados pelos
farmacêuticos em hospitais públicos no país. O estudo revelou que a carga de trabalho excessiva
e a falta de equipamentos adequados eram fatores que tornavam difícil a preparação segura de
medicamentos e aumentavam o risco de erros de administração.
No âmbito de Moçambique, um estudo realizado em um hospital em Maputo mostrou que
a aderência às boas práticas de preparação de medicamentos foi associada a uma redução
significativa na incidência de eventos adversos relacionados à medicação.

1.6.2.2.Em Nampula

Um caso trágico ocorreu em 2015, quando mais de 70 pacientes em um hospital foram


infectados por HIV devido ao uso de seringas contaminadas. A causa do problema foi a
reutilização de seringas incorretamente para a administração de medicamentos, o que evidencia
a importância de práticas seguras na preparação e administração de medicamentos (23).
Em Nampula, foram relatados casos de intoxicação medicamentosa em pacientes que
receberam medicamentos preparados de forma inadequada em hospitais e clínicas da região,
destacando a importância de garantir que os medicamentos sejam preparados por profissionais
qualificados e seguindo as boas práticas recomendadas pelas autoridades de saúde (24).
Um estudo realizado em um hospital de Nampula, em Moçambique, evidenciou a
importância da capacitação de profissionais de saúde em relação às boas práticas de preparação
de medicamentos para reduzir erros de medicação (25). Esses estudos e casos destacam a
10

importância crítica da padronização e da adoção de boas práticas na preparação e administração


de medicamentos em todo o mundo, África, Moçambique e Nampula.

1.7.Consequências da ma práctica de preparações farmacêuticas

Os erros na administração de medicamentos podem provocar danos de diversas magnitudes,


com risco à vida, responsável por pelo menos uma morte diariamente e atinge cerca de 1,3
milhões de pessoas por ano, hospitalizadas nos Estados Unidos (OMS, 2017), contribuindo para
o aumento substancial do tempo de hospitalização e aumento dos custos assistenciais anuais A
Organização Mundial da Saúde (OMS) estima um aumento no custo hospitalar de US$ 42
bilhões, a cada ano (OMS, 2019) que podem resultar em danos graves, incapacidade e no óbito
de pacientes (26).
A produção científica sobre os erros no preparo e administração de medicamentos, vem
crescendo a partir de discussões acerca dos danos causados, se configurando um problema de
saúde pública mundial. expectativas da população, aliado a um maior acesso à informação na
área da saúde e a uma maior consciencialização dos doentes no que se refere aos seus direitos
e, por outro lado, com o aumento do interesse por parte dos meios de comunicação social sobre
assuntos na área da saúde. É importante realçar ainda a grande pressão no controlo na despesa,
quer pública quer privada (26).

A preocupação com os danos que podem causar ao paciente é antiga, mas uma grande
repercussão sanitária aconteceu em 1937 nos EUA, quando cem pessoas morreram ao ingerirem
dietilenoglicol, resultando em mudanças na legislação. A taxa de erro de preparo encontrada foi
de 67,44%, enquanto que a taxa de erro de administração foi de 86,71%. Excluindo os erros de
horário obteve-se uma taxa de 85,31%. A maior parte dos erros se referiu ao erro de técnica
(72,63%) e ao erro de horário (11,79%). Os erros de preparo e administração de medicamentos
são comuns no ambiente hospitalar em pediatria, servindo como um indicador de qualidade do
serviço prestado ao paciente (27).

As consequências das más práticas de preparação para administração de medicamentos em


hospitais e ambulatórios podem ser graves, como:
 Administração de dosagens incorretas ou inadequadas, o que pode resultar em
subdosagem ou superdosagem do medicamento;
11

 Mistura de medicamentos, onde pode haver interações medicamentosas indesejadas


que podem levar a reações adversas graves;
 Contaminação bacteriana, fúngica ou viral, onde pode haver risco de infecção para
o paciente;
 Reação alérgica, onde o paciente pode ter reação adversa como anafilaxia ou
urticária (28).

Essas consequências podem levar a complicações médicas graves, gerar custos adicionais
com os cuidados de saúde e impactar negativamente a satisfação do paciente. Por isso, as boas
práticas de preparação para administração de medicamentos são essenciais para garantir os
cuidados de saúde eficazes e segurança do paciente.

Um estudo realizado na República do Congo em 2019 avaliou a qualidade das preparações


de medicamentos em um hospital universitário. O estudo constatou que 58,2% das preparações
não atenderam aos padrões de qualidade exigidos e que a maioria das falhas foi devido a erros
na dosagem ou concentração do medicamento (29).
Um relatório de 2016 da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre segurança do
paciente destacou a importância de garantir a qualidade, segurança e efetividade das
preparações de medicamentos em hospitais e ambulatórios para reduzir o risco de erros de
medicação (30).

1.8.Medidas Preventivas (Prevenção)

Existem diversas medidas preventivas a serem seguidas para minimizar riscos na


preparação de medicamentos para administração em internados e ambulatório (31). Algumas
dessas medidas incluem:
1. Verificação da prescrição médica: é importante que seja verificada a prescrição médica
antes da preparação do medicamento, garantindo que a dosagem, o medicamento correto
e a via de administração estejam corretas (32);
2. Armazenamento correto dos medicamentos: os medicamentos devem ser armazenados
corretamente, em locais apropriados, de acordo com as recomendações do fabricante
(31);
12

3. Limpeza adequada das mãos: é fundamental que o profissional de saúde responsável


pela manipulação dos medicamentos lave bem as mãos antes de iniciar o processo,
garantindo a redução do risco de contaminação (31);
4. Uso de equipamentos adequados: o uso de equipamentos adequados na preparação dos
medicamentos é crucial, pois garante a precisão na dosagem e evita erros de
manipulação (32)
5. Rastreabilidade dos medicamentos: a rastreabilidade dos medicamentos é importante
para garantir que um lote específico esteja sendo utilizado, permitindo a identificação
rápida em caso de problemas (31);
6. Atenção aos alergênicos: é importante que o profissional de saúde verifique se o
paciente possui alguma alergia a determinados medicamentos, garantindo que não
ocorra administração de medicamentos que possam causar reações alérgicas (31).

1.9.Formas de descarte adequado

O descarte correto das suspensões varia dependendo da composição do produto e das


regulamentações locais, pois alguns podem ser considerados resíduos químicos perigosos. É
importante seguir as instruções do fabricante para o descarte seguro do produto após o uso (33).

Em geral, as suspensões podem ser descartadas como resíduos sólidos não perigosos, desde
que atendam aos critérios estabelecidos pelas regulações locais (33). Algumas recomendações
comuns incluem:
1. Descartar em recipientes à prova de vazamentos e rotulados como resíduos não
perigosos;
2. Evitar misturar produtos químicos diferentes, pois isso pode causar reações ou criar
resíduos perigosos;
3. Não descartar diretamente no esgoto ou em áreas sem autorização para receber resíduos
químicos;
4. Em caso de dúvida ou se o produto for considerado perigoso, seguir as instruções do
fabricante ou entrar em contato com as autoridades locais responsáveis pelo
gerenciamento de resíduos químicos;
5. É importante salientar que cada país tem sua legislação específica e é relevante se
informar sobre as boas práticas de descarte e qual a regulamentação vigente do local em
que você se encontra (34).
13

II. METODOLOGIA

2.1.Tipo de estudo

Trata-se de uma pesquisa-ação, segundo o qual “quando concebida e realizada em estreita


associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo. Os pesquisadores e os
participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo
ou participativo (35). A pesquisa-ação geralmente supõe uma forma de ação planejada, de
caráter social, educacional, técnico ou outro (36).

2.2.Método

A técnica aplicável é a observação participante apartir de um plano de acção apoiara-se ao


método de ensaio teórico-práctico entre estudantes e a comunidade. Assim apartir do checklist
será possível avaliar as metas.

2.3.Descrição do local do estudo

O bairro Mucopoa localiza-se na cidade de Nampula, limitado a norte pelo Hospital geral
de Marrere a Sul pela N1 a este pelo Campos Universitário de UniLúrio em Marrere a oeste
pelo novo Matadouro de Nampula, envolve o Instituto Politécnico Tenha Esperança e
avizinhando-se também pela fábrica da CDN. Observa-se que maioria dos residentes não
possuem água canalizada e pouco tem energia eléctrica se justifica por ser um bairro em
expansão, ao certo não se tem o número de habitantes.
14

2.4.Critérios de seleção

Critérios de inclusão:
 Todas as famílias pertencentes ao programa 1E 1F relacionadas aos estudantes do 4o
ano;
 Indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos;
 Ter consentido na participação, após esclarecimento dos objetivos da investigação.

Critérios de exclusão:
 Indivíduos que não mostrarem condições salubres de sã consciência;
 Os que durante a pesquisa manifestem desinteresse e queiram sair do estudo;

2.5.Questões bioética

Por forma a evitar qualquer transtorno e garantir os princípios da bioética, ou seja, a


autonomia, a justiça e a beneficência, em primeira instância se submetera um exemplar deste
protocolo a corpo de docentes da Saúde da Comunidade 7 convista a ceder aprovação e
autorização para corroborar no pedido ao órgão local do bairro para devidas legalidades e
jurisdição das intervenções.
Com os termos e condições de participação se espera atribuir a autonomia aos candidatos à
participante creditar pela legalidade e aceder o convite, igualmente serão explicados a
relevância deste estudo na esfera social, impacto em relação a saúde.
No tratamento interpessoal é imprescindível, de forma imparcial compreendendo sua
dignidade seu ser, a lei da república preconiza o estado como laico esta ferramenta estatal
sobrepõe quaisquer comportamentos respeitando sua raça, ideais, religião (37). Caso haja
patrocínio ou ganho em verba trinta por cento desta serão distribuídas equitativamente a todos
os participantes.
15

III. PLANO DE ACÃO

Um plano de ação é a metodologia que permite ao gestor definir atividades, apontar


responsáveis e organizar as melhores formas de se atingir as metas e objetivos (38).

Um plano de acção em saúde deve visar promover a saúde dos cidadãos de uma
comunidade, região, entre outros. Promoção de Saúde é o nome dado ao processo de
capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde (39). Para
colocar em acção o tal plano, é preciso estabelecer estratégias da promoção da saúde, como
definição são estratégias da Promoção da Saúde: intersetorialidade, mobilização social e de
parcerias na implementação das ações, sustentabilidade, defesa pública da saúde (advocacia).
Sua meta é qualidade de vida e seus princípios norteadores são equidade, a paz e a justiça social
(40).

3.1.Problema

As crianças apresentam importantes diferenças e alterações na farmacocinética e


farmacodinâmica de medicamentos, conforme a idade. Tais mudanças devem ser consideradas
no momento da elaboração de esquemas terapêuticos, para que sejam atingidos os efeitos
desejados com menor toxicidade (41). Integrada na perspetiva atual dos cuidados
farmacêuticos, a utilização de medicamentos manipulados não deve ter apenas em conta as
caraterísticas e necessidades do doente, no ato da dispensa devem ser dadas todas as
informações importantes para o uso correto do medicamento, e simultaneamente, realizado o
acompanhamento farmacoterapêutico e, ainda se necessário, a notificação de eventuais reações
adversas ao medicamento. Isto nem sempre acontece.
As crianças necessitam para seu tratamento medicamentoso pela via de administração oral
de formas farmacêuticas apropriadas, devido à dificuldade de deglutição das formas sólidas
convencionais, comprimidos e cápsulas. Além das crianças, idosos ou indivíduos com quadro
de saúde que comprometa a deglutição são beneficiados pelo uso de formas farmacêuticas
apropriadas (42).
A reconstituição de suspensões para administração oral em paciente ambulatório pode ser
um processo complexo que envolve a manipulação correta de medicamentos. No entanto, a
falta de conhecimento e a falta de treinamento adequado podem levar a erros na manipulação
desses medicamentos, resultando em doses incorretas, falta de eficácia ou efeitos colaterais
16

indesejados. Além disso, a falta de padronização no processo de reconstituição de suspensões


também pode ser um problema, já que diferentes profissionais de saúde podem seguir
procedimentos diferentes, o que pode afetar a qualidade do medicamento e colocar em risco a
segurança do paciente. Portanto, é de extrema importância que as boas práticas de manipulação
de medicamentos sejam seguidas, não apenas em unidades de saúde, mas também em ambientes
domiciliares, para garantir a eficácia e a segurança dos pacientes em regime ambulatorial. A
questão principal é ate que ponto a comunidade pode compreender sobre a importância
das boas practicas de manipulação de medicamentos?

3.2.Objectivo geral

 Ilustrar as boas práticas caseiras para a reconstituição das suspensões.

3.2.1. Objectivos específicos

 Indicar as etapas para a reconstituição;


 Ensinar como reconstituir suspensões em pó para administração oral de forma
adequada;
 Explicar a importância da minimização de erros na administração de medicamentos.

3.3.Metas

Segundo (43) as metas são orientadoras da sua ação, para que se possa avaliar do grau de
execução e eficácia de um projeto é essencial comparar. Então se tem as seguintes:

 Treinar pelo menos 50% dos membros da comunidade nas técnicas de reconstituição de
suspensões em pó para administração oral;
 Distribuir materiais informativos para a comunidade sobre a reconstituição de
suspensões em pó;
 Melhorar a compreensão da comunidade sobre a importância da administração correta
de medicamentos.
17

3.4.Indicadores para todos os objectivos

Nas últimas pesquisas realizadas nos dois semestres anteriores em todos cursos
apresentaram uma forte preocupação de estudo em indivíduos menor de idades entre vários
outros que buscaram avaliar o nível de conhecimento de doenças, igualmente o curso de
farmácia abordou sobre o uso racional de medicamentos a três semestres passados a qual
verificou-se vários aspectos interessante, mas vale a pena ressaltar alguns resultados obtido
nesta pesquisa, várias família conheciam a importância do medicamento mas tinham
dificuldades de ler as bulas, ou quase sempre nunca leram as indicações escritas nas bulas assim
como nas prescrições recorrendo aos mais próximos caso haja dúvidas sobre o uso de
medicamentos, a reflexão começa destes indicadores, já é difícil para muitas famílias na
comunidade sincronizar o horário de toma para medicamentos pronto para administração, a
dose e a posologia, imagine para àqueles que precisam de reconstituir antes de administrar,
entretanto reforçou-se a dimensão do indicador, em linhas literárias argumentam que falhas no
momento de reconstituição de suspensões podem suprimir a eficácia e segurança da terapia.
Entre tanto, prevê-se questões indagastes em relação ao medicamento principalmente as
suspensões, depois de se utilizar a tampa volumétrica é só fechar? Porquê se deve agitar antes
de tomar? Na medida que se abre o produto farmacêutico qual é o tempo de rigorosidade visto
que a prescrição abrange um tempo x? Entre outras questões indagastes que só os Farmacêuticos
podem responder.
Ajudar a manter corretamente as preparações de uso faz parte duma assistência farmacêutica
onde a comunidade poderá sanar suas dúvidas que não poderão ser correspondidos talvez pelo
fluxo de atendimento, fadiga e demora, estado situacional ou receio de abordar no momento do
aviamento nas Farmácias. A eficácia e segurança farmacoterapêutica são fundamentais para o
sucesso do tratamento do paciente. A individualização da terapia, a escolha adequada do
medicamento, a dosagem correta, a monitorização regular do paciente e a educação do paciente
sobre o uso correto do medicamento são elementos essenciais para garantir a eficácia e
segurança da farmacoterapia.

3.5.Ações

As acções visando a atingir os objectivos são as que se seguem:

 Desenvolver e adaptar materiais educacionais sobre a reconstituição de suspensões em


pó;
18

 Identificar líderes comunitários e outros membros da comunidade que possam ser


treinados para ajudar a difundir informações sobre a reconstituição de suspensões em
pó;
 Realizar sessões de treinamento em grupo com membros selecionados da comunidade;
 Distribuir materiais informativos e folhetos para a comunidade sobre a reconstituição
de suspensões em pó;
 Realizar um acompanhamento pós-treinamento com sessões de reforço e sessões de
perguntas e respostas para garantir a compreensão da comunidade com checklist.

3.6.Recursos

O recurso humano é fundamental em um projeto. Muitas vezes, mesmo que um projeto não
tenha um planejamento financeiro adequado, esse recurso o salva (44). Aqui se anexa os
recursos financeiros, humanos e de infra-estrutura que possibilitem a viabilidade.

Quadro 1. Inventariação dos recursos operacionais e logísticos

Categoria Atribuição Designação Estimativa Disposição


Financeira Valor de
compra
Recursos humanos Não x x Elementos de cada grupo
Sim Material impresso 20 MZN Coordenação interna do grupo
Sim Suspensão 60-400 MZN Coordenação interna do grupo
Matéria-prima Sim Água Mineral 45 MZN Coordenação interna do grupo
Sim Carvão vegetal/lenha 20 MZN Coordenação interna do grupo
Não Água comum x Coordenação interna do grupo
Fonte: Proponentes (2023)

3.7.Cronograma

Visando gerir as actividades de forma faseada desde o Entrada ao local de concentração até
a Termino das actividades concebeu-se o seguinte cronograma.
19

Quadro 2. Cronograma das atividades prevista para aplicacao do plano de acção

Horário Actividade Observações


14h Entrada ao local de concentração e Marcação de presença No horário estabelecido
14:30 Marcha para mobilização das famílias No horário estabelecido
15h Realizar sessões de treinamento em grupo com membros Depende da flexibilidade
selecionados da comunidade. de cada grupo
15:30 Distribuir materiais informativos e folhetos para a comunidade Depende da flexibilidade
sobre a reconstituição de suspensões em pó. de cada grupo
16h Realizar um acompanhamento pós-treinamento com sessões de Depende da flexibilidade
reforço e sessões de perguntas e respostas para garantir a de cada grupo
compreensão da comunidade com checklist
16:30 Considerações finais e Termino das actividades Depende da flexibilidade
de cada grupo
Fonte: Proponentes (2023)

NB: As estratégias desde Marcha para mobilização das famílias ate Considerações finais
e término das actividades estarão ao critério de cada grupo serão traçadas apos a
apresentação em plenária.

3.8.Envolvidos

Serão envolvidos todos estudantes pertencentes ao quarto ano de todos os cursos, os seus
respectivos professores na cadeira de Saúde da comunidade sete. Não é subsidiada por
quaisquer ONGs.

3.9.Resultados esperados

 Aumento da compreensão da comunidade sobre a importância da administração correta


de medicamentos.
 Melhoria na habilidade da comunidade em reconstituir suspensões em pó.
 Progresso na diminuição de erros na administração de medicamentos.

3.10. Responsável pela acção

O quadro abaixo apresenta correspondência entre acções a serem executadas em relação aos
responsáveis.
20

Quadro 3. Distribuição de tarefas para responsável pela acção do plano

Acções Responsável
Desenvolver e adaptar materiais educacionais sobre a reconstituição de Representantes de Farmácia
suspensões em pó.
Identificar líderes comunitários e outros membros da comunidade que Cada grupo
possam ser treinados para ajudar a difundir informações sobre a
reconstituição de suspensões em pó.
Realizar sessões de treinamento em grupo com membros selecionados da Cada grupo
comunidade.
Distribuir materiais informativos e folhetos para a comunidade sobre a Cada grupo
reconstituição de suspensões em pó.
Realizar um acompanhamento pós-treinamento com sessões de reforço e Representantes de Farmácia
sessões de perguntas e respostas para garantir a compreensão da em cada grupo
comunidade com checklist.
Desenvolver e adaptar materiais educacionais sobre a reconstituição de Cada grupo
suspensões em pó.
Fonte: Proponentes (2023)
21

IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Editora Atlas S.A; 2003.
2. Bermar KC de O. Farmacotécnica - Técnicas de Manipulação de Medicamentos. Sao
Paulo. Ambiente e Saúde; 2014.
3. Fucks FD, Wannmacher L. Farmacologia Clínica e Terapêutica. 5a. Edição. Rio de
Janeiro, Brasil. Guanaba Guanabara; 2017.
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and preventability of adverse drug events among older persons in the ambulatory setting.
Jama. 2012;307(16):1718–28.
5. Bakke V, Rognstad S, Midtli M, Ilmoen A. Effect of medication reconciliation and
medication reviews for older adults discharged from hospital: a systematic review and
meta-analysis of randomized controlled trials. Pharm Pract (Granada). 2017;15(4):1046.
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Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica. Rio de Janeiro. Guanaba Guanabara; 2008.
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exclusion of older patients from ongoing clinical trials regarding heart failure. Arch
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development to manufacturing. New York. Springer; 2010.
12. Thompson JE, Davidow LW. A prática farinacêutica na manipulação de medicamentos
[recurso elerrônico]. 3a edição. Porto Alegre. Artemed; 2013.
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e Oficinais para Uso Humano em Farmácias. Resolução RDC no 67, 8 outubro 2007
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15. Di Pietro PF. Como preparar suspensões líquidas extemporâneas? Farmácia em Rev.
2017;9:9.
16. Polonini HC, Nogueira CC. Manipulação de Medicamentos: Formas Farmacêuticas
Líquidas e Semissólidas. 4a Edição. Atheneu; 2011.
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Suspensões, Emulsões e Soluções Aquosas. 2021;
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Vigilância Sanitária Secr Ciência,Tecnologia e Insumos Estratégicos. 2021;
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24. Jani I. Revista Moçambicana de CIÊNCIAS DE SAÚDE. Rev Moçambicana CIÊNCIAS


SAÚDE. 2020;6(1):8–9.
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preparation and administration in a referral hospital in Mozambique. African J Nurs
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serviço de Medicina Interna. Esc Nac saúde Pública Esc Super Tecnol da Saúde Lisboa
[Internet]. 2013;18(3):1–130. Disponível em: http://hdl.handle.net/10362/12296
27. Baptista SC de F. Análise de erros nos processos de preparo e administração de
medicamentos em pacientes pediátricos. Diss apresentada com vistas à obtenção do título
Mestre em Ciências na área Saúde Pública. 2014;
28. Mieiro DB, Oliveira ÉBC de, Fonseca REP da, Mininel VA, Zem-Mascarenhas SH,
Machado RC. Estratégias para minimizar erros de medicação em unidades de
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29. Koubemba MS, Diawara N, Ndjolo A. Quality of drug preparation in a Congo University
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Medication without harm. World Health Organization. 2016;
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32. COREN-SP. Segurança na administração de medicamentos. Cons Reg Enferm São
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33. WHO. Safe management of wastes from health-care activities. World Heal Organ. 2002;
34. EPA. Managing Hazardous Waste: A Resource for Generators. United States Environ
Prot Agency. 2020;
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Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. 2a edição. Rio Grande do Sul - Brasil. Universidade
Feevale; 2013.
36. Gil AC. Como Elaborar Projectos de Pesquisa. 4a. Edição. São Carlos, SP. Atlas S.A;
2002.
37. Impressa Nacional de Moçambique. Constituição da República de Moçambique. Vol. I
série-, Boletim da República. 2004.
38. GesSaúde E. O plano de ação para organizações de saúde [Internet]. GesSaúde. 2019
[citado 20 de Março de 2023]. Disponível em: https://www.portalgessaude.com.br/o-
plano-de-acao-para-organizacoes-de-saude/
39. Zago ML. Ações De Controle Da Diarréia : Proposta De Intervenção. Uberaba – Minas
Gerais. 2014;
40. UIPES. Promoção da Saúde. Sub-Região Bras [Internet]. 2005;1–6. Disponível em:
https://www.ufpe.br/documents/39050/632249/Efetividade-conceito.pdf/f0e8995f-
8709-406d-8089-173b9a5c043d
41. Soldin OP, Soldin SJ. Review: therapeutic drug monitoring in pediatrics. Ther Drug
Monit. 2002;24.
42. Soares T. Caracterização e estudos de dissolução para hidroclorotiazida suspensão. Diss
(Mestrado em Ciências Farm – Esc Farmácia, Univ Fed Ouro Preto. 2016;
43. Fernandes E, Lourenço H, Barbosa J, Manuel J, Costa L, Simões P, et al. Projetos
Educativos: Elaboração, Monitorização e Avaliação Guião de apoio. Recursos e
dinâmicas. 2011.
44. França DM, Oliveira MAA de. Tipos de Projetos. Cuiabá - MT. UFT; 2015. 1–66 p.
23

V. ANEXOS
24

CHECKLIST

É um guia de colecta de dado para posterior avaliação de desempenho

ID do grupo Número indivíduos presentes Todos presente

AVALIAÇÃO DAS ACTIVIDADES

1. Identificar membros da comunidade que possam ser treinados para ajudar a difundir
informações sobre a reconstituição de suspensões em pó.
Quantos

2. Distribuir materiais informativos e folhetos para a comunidade sobre a reconstituição de


suspensões em pó

Número de família abrangidas

3. Realizar sessões de treinamento em grupo com membros selecionados da comunidade


 Sim  Não

Apresentação do grupo

Apresentação da comunidade

4. Realizar um acompanhamento pós-treinamento com sessões de reforço e sessões de perguntas


e respostas para garantir a compreensão da comunidade

F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 Porcentagem
Quantos (-1) Pouco
entenderam (0) Metade
(1) Perfeitamente
Sessões de  Sim
reforço  Não
Garantir a (-1) Pouco
compreensão (0) Metade
(1) Perfeitamente

Assinatura Data realizada


do Representante
No curso de Dia Mês Ano
Farmácia
25

VI. APÊNDICES
26
27

TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO

Eu, ___________________________________, declaro por meio deste termo, que concordei


em participar na pesquisa intitulada as prácticas de manipulação de medicamentos: assegurando
a segurança e eficácia na administração de suspensões nas famílias abrangidos pelo programa
um estudante, uma família na comunidade de Mocopoa-2023, desenvolvida pelo grupo de
estudantes do 4º ano do curso de Licenciatura em Farmácia.
Afirmo que aceitei participar por minha própria vontade, sem receber qualquer incentivo
financeiro ou ter qualquer bônus e com a finalidade exclusiva de colaborar para o sucesso da
pesquisa. Fui informado(a) dos objetivos estritamente acadêmicos do estudo.
Minha colaboração se fará de forma anônima, por meio de entrevista questionário a ser usado
a partir da assinatura desta autorização. O acesso e a análise dos dados colectados se farão
apenas pelos membros integrantes do grupo e do(s) seu(s) orientador(es).
Fui ainda informada de que posso me retirar desta pesquisa a qualquer momento, sem prejuízo
para meu acompanhamento ou sofrer quaisquer sanções ou constrangimentos.

Nampula, ____ de Maio de 2023

Assinatura do/a participante: ______________________________

Assinatura do/a (s) pesquisador/a (s): ____________________________

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