Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Físico-Químico de
Qualidade de
Medicamentos
Gil, E. S.
•••
• IPREFÁCIO
Observa-se um crescente direcionamento do profissional
farmacêutico para áreas da farmácia clínica e de mani pul ação
com ênfase na atenção farmacêutica, dirigindo ao paciente o foco
de atenção. Essa nova abordagem incrementa a importância da
qualidade dos medicamentos. As questões éticas e regulatórias
implicam, por sua vez, em tendências de crescimento das exigências
de qualidade.
Assim , a iniciativa do organizador deste livro ao t razer
aspectos regulatórios e de qualidade, passando por difere ntes
conceitos de metodologias físico-quím icas, vem pree ncher uma
importante lacuna, considerando-se a ausência de bibliografia
nacional nesse segmento. A facilidade de leitura e a forma de
apresentação, agregando aspectos estritamente práticos, mas
trazendo respostas e embasamentos técnico-científicos, co nstituem
diferenciais preciosos.
Ainda, a gama de assuntos abord ados, abrangendo aspectos
de amostragem e estatística, ensaios de id entificação, controle
de fitoterápicos, estudo de estab ilid ade, chegando à anál ise
instrumental, é de interesse para diferentes setores farmacêuticos,
da farmácia pública à industrial.
Parabenizo o organizador, pela iniciativa, que será val iosa
tanto para o acadêmico quanto para o profissional, nos desafios da
sua atividade.
PARTE 11
AMOSTRAS E ESTATÍSTICA APliCADA AO CONTROLE DE QUAliDADE
5 TÉCN ICAS DE AMOSTRAGEM .. ........................... ................... ...................... 79
5.1 Amostragem probabilística e não-probabilística ......................... .............. 81
5.2 Estatística aplicada à amostragem .. ................. ......................................... 82
5.2.1 Cálculo da amostra ........ ........................ ........................... ................... 83
6 PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS ............ ............... ........ ................... ................ 85
6.1 Extração líquido-líquido (LLE) ..................... ........... .. ............ ................... 87
••• 6.2 Ext ração em fase sól ida (SPE) ......... ............... ................ ......................... 88
6.3 Microextração em fase sólida (SPM E) ...................................................... 91
7 ESTATÍSTICA APLICADA AO CO I'. TROL E D E QUALIDADE ...................... ...... 95
7.1 Erros em análises quantitativas ............................................. ..... .... ... ....... 96
7.2 Distribuição normal de dados ................................................................. 97
7.2.1 Medidas da tendência central ......... ................................................. 98
7.2 .2 Medidas da dispersão dos dados ...... ..... .......................................... 99
7.2.3 Dist ribuição dos dados em torno da média .... .................... ............ . 1 00
7.3 Estatística dos erros aleatórios ...... ........ ....... ... ...................... ................ . 1 02
7.3.1 Intervalo de confiança da média ... ........... ...................................... 102
7.3.2 Propagação de erros aleatórios ................. ................ ...................... 1 05
7.4 Testes de sign ificância ................. ..... ................. .................... ............. ... 108
7.4 .1 Teste T de Student.. ......... .... .... ...................................... ................ 11 O
7.4.2 Teste F ........................................ ....... ..... ........... ........................... 114
7.4.3 Teste Chi Quadrado (x,) .......... ........ .... ............. ........... ... ......... ....... 116
7.4.4 Teste Q de Dixon ........................................................................... 118
7.5 Controle estatístico do processo ................. ............................... ........... . 120
7.5.1 Distribuição normal ....................................................................... 121
8 TRATAMENTO ESTATÍST ICO D E DADOS I STRUMENTAIS- REGRESSÃO E
CORRELAÇÃO ........ .... .... ... .... ................................... .... ..................... ..... .. 125
8.1 Regressão linear ..... ........... ... ........ .......... .............................................. 125
8.1.1 Coeficiente de correlação prod uto-momento ............. ..................... 127
8.1.2 A linha de regressão de Y em X ......... .... ...... .................................. 131
8 .1.3 Erros nos valores da tangente e do intercepto da curva de
regressão ............... ... ......... .. .... .. ................ .. ... ............... ... .......... ... 133
8.1.4 Ava liação de uma concentração ..... ................... ........ ................... .. 135
8.1.5 limitesde detecção ........... ... ........ .... .............. .. ....... .... .... ........ .. .. .. 137
8.2 O Método das adições padrão . .... ........ .... ........ ................... ........... ....... 140
8.3 Retas de regressão ponderadas .................................................. ........... 143
PARTE 111
ENSAIOS DE IDENTIFICAÇÃO
9 MÉTODOS DE IDENTI FICAÇÃO ........... ...................................................... 155
9.1 Métodos clássicos ................ ...... .. .............................. ........................... 15 5
9.1.1 Reações de identificação para ânions comuns ................................. 156
9.1 .2 Reações de Identificação para cátions comuns ................................ 162
9.1 .3 Reações de Identificação para grupos orgânicos comuns ................. 164
9.1 .4 Teste de solubil idade .. ...... .......................................... ................... 166
9. 1.5 Análise o rganoléptica .. ........ .... .... .... ................... ............ ........ ........ 167
•••
9.2 Métodos instrumentais ......................................................................... 167
9.2.1 Identificação via análise de gráficos instrumentais .. .... .. ........ ........... 168
9.2.2 Identificação via medidas de constantes físico-químicas .... .......... .. ...... 1 70
9.2.3 Identificação via aná lise de cromatogramas ........................................ 176
PARTE IV
ENSAIOS D E PUREZA
1 O IMPUREZAS I'<ORGÂ 'ICAS ................ ..................................................... 185
10.1 Métodos gerais ........................................... ....................... ...... ........... 185
10.1 .1 Ensaios quantitativos ............................ ................... ........ .. ........... 186
1 0.1.1.1 Teor de umidade (aquamet ria) ................. ...... .. .... .. ................ 186
1 0.1 .1 .2 Teor de substâncias voláteis e não-voláteis ............ ...... ......... .. 191
1 0.1.1.3 Teor de substâncias solúveis e insolúveis totais ........................ 191
10.1.1.4 Teor de cinzas ...................................................................... 191
1 0.1.1.5 Teor de cinzas sulfatadas ...................... ................................. 191
10.1 .1 .6 Teor de cinzas insolúveis e ácido clorfdrico .... .. ...................... 192
10.1 .2 Ensaios semiquant itativos ............................... .... .. ...... .................. 193
1 0.1 .2.1 Ensaio limite para cloretos .... .... ................ ........ ... ........ .......... 193
1 0.1 .2.2 Ensaio limite para sulfatos .................................... .................. 194
1 0.1 .2.3 Ensaio limite para amônia ...................................................... 195
1 0.1 .2.4 Ensaio limite para ferro ......... ................ ............ ..................... 196
1 0.1.2.5 Ensaio limite para metais pesados .......................................... 198
10.1 .2.6 Ensaio limite para arsênio ................................. .......... ........... 199
10.2 Métodos Alternativos .......................................................................... 202
11 IMPUREZAS ORGÂ ICAS ............ ............ ............ .... ........ .......... ............... 203
11 .1 Métodos instrumentais ...... ............ .... .......... ....................................... 204
11.1 .1 Métodos de separação ...................................... .... ..... .................. 204
11.1 .2 \1\étodos eletroanalíticos ....................................... ....................... 205
11.1.3 Outros métodos empregados na detecção de im purezas ............... 206
PARTE V
ENSAIOS D E PO T ÊNCIA
12 MÉTODOS CLÁSS ICOS DE DOS EAMENTO ............................................ 211
12.1 Métodos volumétricos ........................................................ .............. . 214
1 2.1.1 Aparelhos volumétricos ................................................................ 214
1 2.1.2 Solução padrão ............. ........ ...................... ................................ 21 7
12.1 .3 Volumetria de neutralização ................................... .. .................... 221
12.1 .4 Volumetria em meio não-aquoso .................................................. 223
12.1.5 Volumetria de complexação ............... .... .............................. ........ 223
12.1 .6 Volumetria de oxirred ução ........... ......... ............................... ........ 224
• 111 -
••
12.1.7 Volumetria de precipitação ................. ........... .............................. 226
12.2 Métodos gravimétricos ......................................... ........... ................... 227
1 3 MÉTODOS I STRUMENTAIS DE DOSEAME'-T0 ...................................... 231
13.1 Métodos espectroscópicos .................................................................. 231
13.1.1 Espectrometria de absorção no UV-visível. .................................... 232
13.1.1.1 Leis da fotometria ......................................................... ........ 232
13.1.1.2 Curva de analítica ............. .............................. ...................... 235
13.1 .1.3 Outros métodos espectrométricos ............. ............................. 236
13.2 Métodos eletroanalíti cos ..................... ... ....... ...... ... ................ ............. 237
14 CÁLCU LO DE DOSEAMENT0 ......... ......... ... ....~.. ............ ......... ..... ........ ..... 243
14 .1 Cálculo da tomada de ensaio e di luição ........................... ................... 245
14.1 .1 Exemplos de cálculo de tomada de ensaio .................. .................. 246
14.1.2 Exemplos de cálculo de doseamento ..................................... ....... 250
PARTE VI
ENSAIOS FÍSICOS DE QUALIDADE
15 ENSAIOS DE QUALIDADE ..... ........ ........ ....................... ............................ 267
1 5.1 Ensaios físicos aplicados a formas sólidas ................ ................ ............ 2 70
15.1.1 Granulometria e ângulo de repouso ...... ....................... ................. 270
15.1.2 Peso ........................ .................................................... ............... 272
15.1.3 Dureza ............ ................ ... ........................ ........ ... ...................... 275
15.1.4 Friabi lidad e ..................... ............ .......................................... ... ... 276
15.1 .5 Tempo de desin tegração ............... ............... ....... ...................... ... 277
15.1.5.1 Tempo de desintegração para formas plásticas .................. ...... 278
1 5. 1 .6 Ensaio de dissolução .................................... ................................ 279
1 5.1.7 Aspectos visuais .. ... .. ....... .. .... ..... ............................ ............... .. ..... 2 82
15.1.7.1 Descrição dos defeitos em embalagens ................................. 283
15. 2 Ensaios físicos aplicados a formas semi-sólidas ..................................... 284
15.2.1 Aspectos visuais e sensoriais ............................. ............................ 285
15.2.2 Aspectos reológicos ...................................................................... 285
15.2.2.1 Viscosímetro de Brookfield ..... .................... ........................... 286
15.2.2.2 Determinação da consistência ............................................... 286
1 5.3 Ensaios físicos aplicados a formas líquidas ........................................... 287
15.3.1 Aspectos visuais e sensoriais ......................... ................................ 287
15.3.2 Aspectos reológicos ....................... ................................... ............ 287
15.3.2.1 Viscosímetro de Ostwald ....................... ................................ 288
15.3.3 Volume .......... .......... ................. ............... .. .............. ........ ........ 289
15.4 En saios de qualidade físico-químicos .................................................. 290
•••
PA RTE VIl
CO NTRO LE DE FITERÁPICOS
16 CO'-TROLE DE QUALIDADE D E FITOTERÁPICOS ...................... .............. 297
16.1 Definições ..................... ........ ..... ... ........ ................... ......................... 299
16.2 A Regulação de fitoterápicos no Brasil. ........... ........ .................... ........ . 300
16.3 Considerações gerais sobre controle da qual idade, boas práticas e
garantia da qualidade na produção de matérias-primas vegetais e
de tltoterápicos .... .. ................ ....... ..... ... .... ..... .................. ........ .... ..... 301
16.4 Controle da qualidadede de matérias-primas vegetais e produtos
fitoterápicos .. ...... ............ .. ... ... .. .. .................... ... .. ..... .. ... ...... ............ .. 304
16.4.1 Amostragem ........... .... ... ....... ............. .. ...... ........... .......... ...... .... ... 304
16.4.2 Análise macroscópica e microscópica (análise farmacobotânica) .... 308
16.4.3 Controle físico-químico de qualidade de matérias-primas vegetais e
produtos íitoterápicos ................ ..... ............................................. 309
16.4.3.1 Ensaios de pureza .................................................................. 309
16.4.3.2 Avaliação qualitativa e quantitativa de prindpios ativos,
classe de componentes ou marcadores .......................... ......... 320
16.4.3.3 Outras determinações para insumos vegetais .......................... 336
16.5 Produto acabado (fitoterápicos) .......... ................................................ 337
1 6.5 .1 Padronização de matérias-primas vegetais e produtos
fitoterápicos ............................ ... ..... ............ ............... ................. 3 3 7
PARTE VIII
ESTU DOS DE ESTABILIDADE
17 ESTAB ILIDADE DE FÁRMACOS E MEDICAM ENTOS .. .... ... ................ .... .... 351
1 7.1 Formas líquidas ................ ..... ...... ........................... ............ .... ........ .... 35 4
17.2 Formas semissólidas e sólidas ......... ... ................ .............. ........ ............ 356
18 ESTUDOS DE DEGRADAÇÃO FORÇADA EM FÁRMACOS E
MEDICAMENTOS- "TESTE DE ESTRESSE" ..................... .......................... 359
18.1 Produtos de degradação ...... ................................. ................... ........... 360
18.2 Condução do estudo de degradação acelerada ... ................................. 360
19 TESTE DE ESTABILIDADE E PRAZO DE VALIDADE ................................ .. .. 363
19.1 Estudo de estabilidade acelerada ............ ... ......................................... 366
19.2 Estudo de estabilidade de longa duração ........................... .... .............. 367
20 C"-ÉTICA DE ESTABILIDADE E PRAZO DE VALIDADE ............. ................. 369
.. PARTE IX
FU NDAMEN TOS TEÓRICOS BÁSICOS EM ANÁLI SES INSTRUMENTAL
21 MÉTODOS ESPECTROMÉTRICOS ... .. ... ...... ................ .. .......... .. ..... ..... ...... . 379
21.1 Espectrofotometria no UV-visível. ......... ...... ..... ..... ............ .. ..... ... ..... ... . 381
21.1.1 Transições eletrônicas .................. ..... ............... .... ........ .... ............ 382
• 113 -
••
21.1.2 Componentes básicos de instrumentação... ............... .................... 384
21.2 Espectrometria no Infravermelho ........................................................ 385
21.2.1 Espectrometria de infravermelho próximo (NI R) ............................ 390
21.3 Fluorímetria ................................................................................. ...... 391
21 .4 Fotometria de chama, espectrometria de absorção atômica e lcp ......... 392
21.4.1 Fotometria de chama ................ ................................................... 393
21.4.2 Absorção atômica ........................................................................ 394
21.4.3 Espectroscopia de emissão de plasma ......... .. .......... ...................... 395
21 .5 Refratometria ....................... ..... ..... ......................... ... .. .. ... ................. 396
21. 6 Polarimetria ............................................ ....... ................... .. ............... 397
22 MÉTODOS TERMOANALÍTICOS .................... ... ..... ................................... 399
22.1 Termogravimetria ..................................................................... ..... .... 401
22 .2 Aná lise térmica diferencial ................................................................ .402
22.3 Calorimetria exploratória diferencial ............. ............. ........................ 402
23 M ÉTODOS DE ANÁLISE E SEPARAÇÃ0 ..................................................... 405
23.1 Cromatografia .................................................................................... 405
23.1.1 Cromatografia Uquida de Alta Eficiência ou
Alta Performance (CLAE ou HPLC) ..................... ......................... .422
23.1.2 Cromatografia gasosa ............................. ................... .................. .425
23.1 .3 Cromatografia supercrítica ......................... .. ................................ 426
23.2 Eletroforese ............... ... .... .... ........ ..... ............................ .. ................... 427
24 MÉTODOS ELETROQUÍM ICOS ...................................... ......................... 431
24.1 Potenciometria .. .. ..... .... ................ ...... ...... ... ................ ............ .......... . 433
24. 1 .1 Eletrodos de referência .......... .................................. ..... ............... 43 4
24.1 .2 Eletrodos indicado res ou eletrodos de trabalho ..... ......... ............... 438
24.1.3 Determ inação experimental de pH .......... ..................................... 443
24.1 .4 Eq uipamentos ........ ... ....................... .. ...... .. .................................. 446
24.2 Condutomet ria ................................ ...... ................ ................ ... ......... 446
24.2.1 Condutometria direta ........ ............ ... ........................... ................. 449
24.2 .2 Titulações cond utométricas ......... .. ... ................ ............................ 450
24.3 Voltamet ria .. .... .... ............... ....... ............................ ............................ 452
24.3.1 Pola rografia ....... ...................... .................................................... 454
24.3.2 Voltametria cíclica ....................................................................... 459
24.3.3 Voltametria de pulso diferencial ......................... ................ ......... 463
24 .3.4 Voltametria de onda quadrada (VOQ) .......................................... 465
ANEXOS
A- EXEMPLOS DE PROCEDIMENTOS O PERACIONAIS PADRÃO (POP ' S) ........... 475
B- EXEMPLOS DE MONOGRAFIAS FARMACOPÉICAS (ESTRUTURA GRÁFICA) .... 49 1
C- TABELAS ESTATfSTICAS ............................ ................................... ............ 507
ASSUNTOS
REGULATÓRIOS E
SISTEMAS DE QUALIDADE
•••
1 LEGISLAÇÃO NA GARANTIA E
CONTROLE DE QUALIDADE
•••
do Congresso Nacional, instrumento este que referenda e aprova
a decisão do Pres idente da República, dando-lhe liberd ade para
promulgar o texto em questão por meio de decreto.
l-execução de ações:
c ) ........ [ ... ]
d ) ........ [ ... ]
11-......... [ ... ]
111- ........ [ ... ]
IV-........ [ .. .]
V- ......... [ ... ]
VI II-...... [ .. .]
•••
e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da
saúde, abrange:
1- o controle de bens de consum o que, direta ou indiretamente,
relacionam-se com a saúde, compreendidas todas as etapas
e processos, da produção ao consumo; e
11-[ ... )
•• [ ... ]
•••
"O farmacêutico é um profissiona l da saúde, cumprindo-l he
executar todas as atividades i neren tes ao âmbito profissional
farmacêutico, de modo a contri buir para salvaguarda da
Saúde Pública e, ai nda, [ .. .] " .
Portanto, é enorme a responsabilidade ética do profissional
farmacêutico.
Éessencial que todo profissional ten ha pleno conhecimento
do seu Código de Ética Profissiona l, pois no mundo globalizado de
hoje com o acesso instantâneo a info rmações, principalmente na
área da Saúde, a defesa da éti ca profissional passou a ser vi tal.
1.1.1 leis
• Lei nll 9 .787, de 10/ 02/ 1999.- Altera a lei nll 6360, de
23/09/ 1976, que dispõe sobre a vigilância sanitária, estabelece
o medicamento genérico.
1 .1 .2 Decretos
1.1.3 Resoluções
••
• Resolução RDC n2 133, de 29/05/ 2003.- Dispõe sobre o registro
de medicamentos similares e dá outras providências.
• Resolução RDC n2 134, de 29/05/2003. - Dispõe sobre a
adeq uação de medicamentos já registrados (parcialmente
revogado pela RDC n2 21 O e pela RDC n2 48).
1 .1.4 Portarias
••
• Portaria n!l 802, de 08/10/ 1998. - Institui o sistema de controle
e fiscalização em toda a cadeia dos produtos farmacêuticos.
• Portaria n2 272, de 08/04/1 998. - Regulamento técnico para
fixar os requisitos mínimos exigidos para a terapia de nutrição
parenteral.
• Portaria n2 51 9, de 26/06/1998. - Aprova o Regulamento
T écnico para Fi xação de Identidade e Qua lida de de
"Chás - Pla ntas Destinadas à Preparação de Infusões ou
Decocções".
••
2 GESTÃO DE QUALIDADE
30
GESTÃO DE QUALIDADE
•••
A Garantia da Qualidade é uma estratégia de diferenciação
e de sobrevivência. Garantir a qualidade é primar pela prevenção de
defeitos, evitando qualquer retrabalho. Deste modo, a manutenção e
melhoria contínua da qualidade permeia a redução de custos, que por
sua vez, é essencial em um mercado cada vez mais competit ivo.
Os custos associados à qualidade, como treinamento de pessoal,
qualificação de fornecedores, controle de processo, são invariavelmente
menores que os custos associados à não-q ualidade, tais como a rejeitos,
reca/ls, reprocessos, parada ou atraso de produção, comprometimento
da imagem da empresa ou, nos piores casos, custo das indenizações
aos clientes.
Enfim , Garanti a da Qualidade é um conjun to de ações
sistematizadas, necessárias e suficientes para prover a confiança em
que os requisitos da qualidade de um produto ou serviço sejam
atendidos.
Entre essas ações está contro lar a qualidade em todas as etapas,
função desempenhada pelo departamento de Controle de Qualidade.
Este departamento pode ser subdivi.dido ou não, de acordo com suas
fu nções: controle de matérias-primas, controle físico-químico, cont role
de processo, controle biológico, controle microbiológico, inspeção de
embalagens, inspeção de equipamentos e outros.
Para garantia da qualidade , essas ações devem estar
harmon iosamente correlacionadas e serem geridas como um todo,
originando o que hoje se conhece por Gestão da Qualidade.
Gestão da Qualidade é, portanto, o conjunto de atividades
gerencia is q ue determinam a política da qualidade, seus objetivos e
responsabilidades implementados por meio do planejamento, garantia,
controle e melhoria contínua da qualidade.
Esse sistema organizacional está estruturado de forma a que
todos os procedimentos, responsabi lidades, processos e atividades
estejam fundamentados em um objetivo com um : a busca pela
excelência da qualidade de produtos e serviços.
Entre outros benefícios, estratégias coorporativas baseadas na
gestão da qualidade viabilizam a manutenção da lealdade do cliente,
melhoria de resultados, versatilidade competitiva, otim ização do uso
de recu rsos e incremento das competências da organização, além de
agregar valores à empresa e ao cliente.
No setor fa rmacêutico, os sistemas e filosofias da qualidade
foram aperfeiçoados e intensificaram-se a partir da década de 1970,
depois que o Guia de Boas Práticas de Fabricação foi instituído.
A partir daí, muitos processos e filosofias sobre qualidade foram
criados e adotados no sentido de atender ao padrão desejado para
med icamentos.
• PARTE I • ASSUNTOS REGULATÓRIOS E SISTEMAS DE Q UALIDADE
•••
na implantação de um sistem a de qualidade. Destacam-se Ciclo
PDCA, Programa SS, Metodologia dos Seis Sigma, Benchmarking,
além de diferentes sistemas de qualidade e logística, como }ust in
time, MPR e OPT, os quais podem ser aplicados independentemente
ou em associação, no sentido de atender às norm as de qualidade
compulsórias (ISO 9000) ou legalmente exigi das (BPF e BPM) . Estes
conceitos e filosofias são sinteticamente apresentados a seguir.
•PDCA
A filosofia do PDCA é baseada no significado dos verbos
planejar (to plan), desempenhar/fazer (to do), analisar/ checar (to
check) e agi r (to act).
No ato de planejar é feito o planejamento das atividades,
o estabelecimento das metas e elaborado um plano de ação para
atingir os objetivos.
No ato de desempenhar se dá a coleta de dados e a execução
dos processos .
Na ação de analisar/ checar são conferidos os resultados
obtidos e feita a avaliação da necessidade de ajuste de rota e de
redefinição das ações.
Finalmente entende-se por agir, neste programa, os atos
voltados para a manutenção e a melhoria da qualidade, tais como
padronização e ações corretivas.
• Programa 5 S
• • Estratégia Benchmarking
•MPR
O sistema MPR é definido pela sua sigla, Material Requirements
Planning. Nesse sistema de qualidade as metas básicas são o cumprimento
de prazos de entrega conforme os pedidos dos clientes, o que leva,
simultaneamente, à diminuição dos estoques. O gerenciamento deste
sistema conta com o auxílio de poderoso software.
•OPT
•••
• Brainstorming:
Geração de idéias para solução de problemas.
Regras básicas:
a) todos os membros devem opinar cabendo a um líder
orie ntar;
b) nenhuma ideia deve ser criticada;
c) após análise eliminam-se as causas pouco prováveis;
d ) desen volve reuniões com objetividade, evitando
discussões ou debates.
• 135 -
• PARTE I -ASSUNTOS REGULATÓRIOS E SISTEMAS DE QUALIDADE
h) Quanto c usta?
,.... 36 1•
GESTÃO DE QUALIDADE
••
ISO 9000:2000, promovem a adoção da abordagem de processo
no desenvolvimento, implementação e melhoria dos sistemas de
Gestão da Qualidade (exp ressão utilizada pelo fato de que as
normas abordama garantia da qual idade do produto e a satisfação do
cliente). Sua estrutura é formada pela ISO 9000:2000, fundamentos
e vocabulário; ISO 900:2000, requ isitos- as bases do SGQ e ISO
9004:2000, diretrizes para melhoria de desempenho.
Foram construídas e devem ser aplicadas tendo como apo io
oito pilares:
a) foco no cliente- as organizações precisam compreender
as necessidades e expectativas atuais e futuras de seus clientes de
modo a poder atendê-las;
b) liderança - os líderes precisam estabelecer propósitos e
diretrizes únicas para a organização e divulgá-las adequadamente,
de modo que as pessoas que nela trabalham e que com ela se
relacionam tornem-se envo lvidas;
c) envolvimento de pessoas - para que se complete o
envolvimento as pessoas, além de estarem conscientes dos propósitos
da organização precisam, ainda, aplica r suas habilidad es da melho r
maneira possível, promove ndo o máx imo benefício da o rganização
e dos clientes;
d ) abordagem de processos - os rec ursos existentes e
as atividades relacionadas devem ser geridos como processos,
com o apoio a ferramenta PDCA, já exposta anteriormente. A
norma identifica processo como um conjunto de atividades inter-
relacionadas ou interativas que transformam insumos (entradas) em
produtos (saídas);
e) abordagem sistêmica - a organização conseguirá maior
efetividade à medida que identificar, entender e gerenciar um sistema
de processos inter- relacionados;
f) melhoria contínua- melhorar a cada dia as atividades e
os produtos oferecidos deve ser uma proposta constante;
g) decisão baseada em fatos- informações e dados devem
ser a base para uma tomada de decisão confiável e efetiva;
h) benefício mútuo com fornecedores - a organização
consegue aumentar a agregação de valor àquilo que produz quando
tem o apoio dos seus fornecedores, o que ocorre quando as relações
são de benefício mútuo.
O Comitê Técnico (TC 176 da ISO) desenvolveu um modelo
de processo que retrata os requisitos genéricos de um Sistema de
Gestã o da Qualidade, baseado no Plan-Do-Check-Act (PDCA),
• 137 -
• PARTE I • ASSUNTOS REGULATÓRIOS E SISTEMAS DE QUALIDADE
J- Jsl •
GESTÃO DE QUALIDADE
•••
treinamento a seus inspetores, a Anvisa publica regulamentos técnicos
voltados ao setor farmacêutico.
A Resolução RDC nº 67, de 08 de outubro de 2007, alterada
em alguns itens pela RDC nº 87, de 21 de nove mbro de 2008, institui
as Boas Práticas de Manipulação em Farmácias.
A Consulta Pública nº 3 , de 12 de janeiro de 2000,
regulamenta as Boas Práticas de Fabricação para os fabricantes de
medicamentos.
Finalmente, a Resolução do colegiado RDC 134, de 1 3 de
junho de 2001, revogad a pela RDC 210/ 2003 , dita os requi sitos
mínimos necessá rios às indústrias farmacêuticas para garantir a
qualidade dos medicamentos que fabricam.
• 139 -
• PARTE I • ASSUNTOS REGULATÓRIOS E SISTEMAS DE QUALIDADE
•••
No que diz respeito à validação de processos, pode-se dize r
que não existe garantia da qualidade se o sistema de qualidade não
dispuser demecanismos que validem todos os processos da cadeia
produtiva.
• 141 r :n
VALIDAÇÃO DE PROCESSOS
•••
3 VALIDAÇÃO DE PROCESSOS
• 143 -
• PARTE I -ASSUNTOS REGULATÓRIOS E SISTEMAS DE QUALIDADE
Exemplo de
Processo Motivo
Requisitos
Compressão Dureza e friabilidade Resistência mecâni ca
• 145 -
111• PARTE I -ASSUNTOS REGULATÓRIOS E SISTEMAS DE QUALIDADE
b) responsabilidades;
c) alcance;
d) documentos de referência;
e) distribuição de cópias;
f) procedimento.
,~ 461 •
VALIDAÇÃO DE PROCESSOS
••
O padrão utilizado para as fontes de letra, bem como espaçamento
entre linhas e formatação também deve ser padronizado.
O item objetivo deve ser bem sucinto, podendo na maioria dos
casos corresponder na íntegra ao título.
O item Responsabilidades deve indicar a quais funcionários se
destina o documento, enquanto o item A lcance indica em quais setores
as cópias destes documentos devem ser disponibilizadas e aplicadas.
No item Documentos de Referência são informadas todas as
fontes consultadas para elaboração do documento, incluindo livros,
arti gos e outros PO P correlacionados.
O item Distribuição de Cópias difere do item Alcance pelo fato
de que, além dos locais de aplicação, também deve ser disponibilizada
e arquivada uma cópia na central de documentação.
Finalmente, no item Procedimento é descrita, de forma
objetiva e detalhada, cada etapa do método. A redação desse item
deve, obri gatoriamente, contar com a participação de todos os
funcionários envolvidos no processo.
Na sequência são citados alguns exemplos de títulos de POP
comuns ao controle de qualidade:
• 147 -
• PARTE I -ASSUNTOS REGULATÓRIOS E SISTEMAS DE QUALIDADE
•••
Na va lidação de métodos analíticos, algumas etapas e
aspectos devem ser definidos.
Primeiro, para o desenvolvi mento da validação, deve-se
contar com padrões de referência certificados e toda instrumentação
deve estar previamente ca librada, in clui ndo v idrarias, balanças e
outros equipamentos. Em paralelo devem-se defin ir os níveis de
validação, que no co nt role de qualidade de med icamentos são
bastante altos. O s níveis de validação podem ser d ivi didos em
nível 1, 2 e 3. Enquanto nos níveis 1 e 2 as exigências se voltam
para investimentos em eq uipamentos e laboratório, no nível 3
os investimentos não se restringem ao laboratório de contro le de
qualidade, have ndo maior preocupação com formação de pessoal
e processos.
Finalme nte, devem ser definidos os parâmetros para a
va lidação do ensaio analítico. Entre os pa râmetros de performance
ana líti ca mais importantes estão a especif i ci dade, a exatidão,
a precisão, a linearidade, o intervalo de atuação, os limites de
detecção (sensi bilidade) e quantificação e a robustez.
No caso de metodologia analítica não descrita em farmaco peias
ou formu lários oficiais devidamente reconhecidos pela Anvisa, os
critérios empregados na validação de métodos analíticos são complexos
e dependem fundamentalmente do objetivo analítico do ensaio.
Neste contexto, cabe classificar os ensaios segundo seus objetivos, que
basicamente os subdividem em quatro categorias (Quadro 3): Ensaios
de Potência, Ensaios de Pureza, Ensaios de Performance e Ensaios de
Identificação.
••
Quadro 4: Ensaios necessários para a validação do método analítico, segundo sua finalidade:
Categori a 11
Parâmetros Categoria I Categoria 11 1 Categori a IV
Quantitativo Ensaio limite
Especificidade/
sim sim sim . sim
seletividade
Linearidade sim sim não . não
Intervalo de
atuação
sim sim . . não
Preci;ão/
sim sim não sim não
Repetibilidade
Intermediária .. .. não .. não
Limite de
detecção
não não sim . não
Limite de
não sim não . não
quantificação
Exatidão sim sim • . não
•••
med i camento. São atributos necessários para os ensaios físicos
a exatidão e a especificidade. Como exemplo, os ensaios físicos
(du reza, f riabil idade, tempo de desintegração etc) e físico-químicos
(pH, intervalo de fusão, solubilidad e).
•••
Precisão
Precisão (repe e repro ) é o grau de repetibilidade e
reprodutividade entre valores obtidos em análises indiv iduais, ou o
número de dados significativos obtidos em uma análise que podem
ser utilizados na emissão de um resultado.
Relaciona- se a repetibilidade dos resultados obtidos em uma
mesma análise ou a reprodutibilidade do método quando executado
em diferentes condições. Dados estatísticos, como repetitiv idade,
reprodutividade, desvios e coeficiente de variância, bem como outros
parâmetros usuais de validação e testes de rejeição são fundamentais
para sua avaliação.
A precisão é expressa pela fórmula:
Desvio-padrão x 100
CV% =
Média
Para determinação deste parâmetro são necessárias várias
medições de uma mesma amostra tratada de forma idêntica.
A precisão, no seu menor grau de exigência, está associada
estatisticamente à repetitividade. Ou seja, a máxima d iferença
aceitável em medições individuais seqüenciais quando se tem o
conjunto: mesma amostra, mesmo analista, mesmo equipamento,
mesmo ajuste, mesma calibração. Além do teste de repetividade
(precisão intra-ensaios), outros elementos de validação associados
à precisão incluem precisão intermediária, reprodutibilidade e
robustez.
A precisão intermediária expressa as variações no mesmo
laboratório (precisão interlaboratorial) que envolvem diferentes dias,
diferentes analistas, diferentes equipamentos, entre outras variações
menos contundentes das condições de ensaio . Trata-se de um teste
de precisão interensaios realizado no laboratório no qual o método
em desenvolvimento ou fase de adaptação está sendo validado.
O teste de reprodutividade expressa a precisão do
método quando executado em diferentes laboratórios (precisão
interlaboratorial). Ou seja, são estudos colaborativos que têm como
objetivo verificar a reprodutibilidade do método quando realizado
em diferentes laboratórios, por diferentes analistas, equipamentos e
outras variáveis previstas na precisão intermediária. Esta capacidade
do método de reproduzir resultados sob uma variedade de condições
ambientais ou operacionais que consistem nas principais fontes de
erros sistemáticos está associada à resistência do método.
• 153 -
• PARTE I • ASSUNTOS REGULATÓRIOS E SISTEMAS DE QUALIDADE
Robustez
Segundo a lnternational Conference on Harmonization (ICH),
a robustez do método é a medida da sua capacidade de permanecer
inalterado sob pequenas, mas estudadas, variações nas cond ições do
ensaio. A IUPAC utiliza o mesmo conceito de ro bustez (robustness)
para a palavra ruggedness. Já a USP, que também utiliza o termo
ruggedness, atribui um sentido que re mete ao atri buto anteriormente
definido como resistência.
A robustez se re laciona à precisão e a sua sensibilidade
a irregularidades sutis e, em ge ral, de difícil contro le, as quais
são causas com un s de erros ind eterminados. Os testes de
robustez servem para indicar os fatores que podem influenc iar
sign ificativamen te na resposta do método estudado, fornecendo a
dimensão do problema que pode ocorrer quando o ensaio é repetido
sob diferentes cond ições ou mesmo em outro laborató rio. Ressalta-se
que nenhum método seria robusto o suficiente para tolera r grandes
variações desses parâmetros. os testes de robu stez são aplicados
experimentos estatísticos que examinam, simultaneamente, os efeitos
VALIDAÇÃO DE PROCESSOS
•••
de alterações em relação às variáveis do método. Nestes ensaios,
em geral, são utilizadas 12 réplicas do placebo e cinco níveis de
solução-padrão, medidas três vezes cada. Os cálculos dependem
das variações estudadas, sendo comumente recomendado pelo
In metro o teste de Youden, q ue perm ite ava liar a robustez e ordenar
a infl uência de cada uma das variações estudadas. Entre os fatores
deliberadamente investigados na avaliação da robustez de um
método destacam-se parâmetros experimentais (pequenas mudanças
nas etapas do método, pH , grau de pureza de reagentes, composição
de fase móvel, tipos de coluna cromatográfica, velocidade de fluxo);
parâme t ros ambientais (temperatura, iluminação do ambient e,
laboratórios diferentes); parâmetros técnicos (experiência do analista,
diferent es fornecedores).
Esp ecificidade
Especificidade é a capacidade que um método tem de avaliar
de forma inequívoca uma determinada substância em uma mistura
complexa. O emprego do termo especificidade como sinônimo de
seletividade é polêmico. Para AOAC define-se como especifico os
métodos realmente capazes de produzir resposta para uma única
substância. Por sua vez, o termo seletividade é empregado para os
métodos capazes de detectar uma classe de compostos de estrutura
similar. Para evitar tal confusão a IU PAC sugere o emprego do termo
seletividade, apenas.
A seletividade/ especific idade é, gera lmente, o pri meiro
atrib uto avaliado no desenvolvimento e validação de um mét odo
analítico. Para sua determinação é feito o exame de soluções-padrão
e amost ra, ou ainda do respectivo padrão de referência, na presença
de componentes que poderiam interferir na sua determinação. No
caso da especificidade a Anvisa preconiza o teste de degradação
farmoquím ica, que consiste em submeter o padrão, amostra, placebo
e diluentes a condições extremas (álcalis, ácido, neutro, e oxidativo
submetidas à temperatura de 60°C por seis horas), determinando que
eventuais produtos de degradação não interfi ram nos resultados.
A especificidade de um mét odo é expressa pela concordânc ia
entre resultados obtidos para a solução-pad rão e amostra, ou entre
solução-padrão com e sem interferentes, empregando-se usualmente
cinco répl icas de placebo, as quais são medidas três vezes cada. Na
ausência do placebo pode-se utilizar o método da adição padrão.
Esse parâmetro pode ser expresso pela fórmula:
• PARTE I -ASSUNTOS REGULATÓRIOS E SISTEMAS DE QUALIDADE
•
% Concordância (C%) == Teor so lução-padrão x 100
Teor solução-amostra
Peso resfd uo
Peso resfduo Concentracláo Concentraclão
Númer o sol ução padrão encontra a solução encontra a
amostra C%
(mg) (mg/ml) ( mg/ml)
( mg)
••
Matematicamente, a estimativa dos coeficientes de uma curva
analítica a partir de um conjunto de medições experimentais pode ser
obtida pelo método da regressão linear. Enquanto os coeficientes (a)
e (b) nos fornecem indicação dos limites mínimos e sensibilidade, o
coeficiente de correlação (r) permite uma estimativa da qualidade da
curva obtida, indicando dispersão do conjunto de dados analíticos e a
incerteza das medições experimentais.
Estatisticamente, o coeficiente b (s/ope) deve ser diferente de
zero, sendo que quanto mais próximo de zero, menor a sensibilidade
do método.
Po r sua vez, para o coeficiente a (intercepto), quanto mais
próximo de zero melhor, pois menor será o ajuste da medida. Já o
coeficiente de correlação r será melhor quanto mais próximo de 1,0.
A Anvisa recomenda coeficiente maior ou igual a 0,99 e o lnmetro,
valor acima de 0,90.
Entre os meios estatísticos e matemáticos de avaliação da
linearidade da curva de calibração adicionais ao coef iciente de
correlação estão a análise de variância ponderada (ANOVA ponderada),
teste "t" de Student e estudo de relações geométricas do gráfico
de regressão. Em uma destas abordagens são construídas curvas de
resposta relativa (eixo y), em que se o sinal é dividido pelas respectivas
concentrações e concentrações em escala logarítmica (eixo x). A lin ha
obtida deve ser horizontal sobre toda faixa linear, podendo-se construir
linhas paralelas para 95 e 105% da faixa linear, aceitando-se apenas a
faixa cujos pontos estejam dentro deste intervalo.
O intervalo de atuação é a faixa entre os limites de quantificação
superior e inferior de um método analítico que possa determinar uma
concentração com precisão e exatidão. É previamente definido com
base no nível de concentração desejado para um determinado ensaio
quantitativo i.e. doseamento de fármaco ou impurezas, uniformidade
de conteúdo ou ensaios de dissolução, ou seja, da faixa de aplicação
pretendida. Sua v alidação deriva normalmente do estudo de
linearidade, sendo estabelecida pela confirmação de que o método
apresenta exatidão, precisão e linearidade adequadas quando aplicados
a amostras contendo quantidades de substâncias dentro do intervalo
especificado.
Sensibilidade
A sensibilidade é a capacidade de um determ inado método
ana lítico distinguir, com determinado níve l de confiança, d uas
• PARTE I ·ASSUNTOS REGULATÓRIOS E SISTEMAS DE QUALIDADE
LO = desvio-padrão médio x 3
Inclinação da reta
LQ = desvio-padrão médio x 1 O
Incli nação da reta
••
4 IMPLANTAÇÃO DO CONiTROLE DE
QUALIDADE
- liderança;
- envolvimento de pessoas;
- abordagem no processo;
•••
de Fabricação (BPF) referente à amostragem, especificações, ensaios,
procedimentos de organização, documentação e procedimentos de
liberação que asseguram que os ensaios necessários e relevantes
sejam executados e que os materiais não são liberados para uso,
nem os produtos liberados para venda ou fornecimento, até que
a qualidade dos mesmos seja julgada satisfatória. Além disso, o
controle de qualidade deve estar envolvido em todas as decisões
relacionadas à qualidade do produto, não se lim itando apenas às
operações laboratoriais.
O controle de qualidade dentro da indústria farmacêutica
tem ainda outras atri bui ções, !ai.s__Çomo: estabelecer, va lida r e
ifllplementar seus pro~mentos, manter e armazenar os padrões
de referência das substâncias ativas utilizadas, assegurar a correta
rotulagem dos reci pientes de materiais e produtos, avaliar os produtos
acabados considerando todos os fatores relevantes, incluindQ as
condições de produção, os resultados do controle em processo, os
documentos de fabricação, o cumprimento das especificações do
produto terminado e o exame da embalagem final. A lém disso, deve
garantir que a estabilidade das substâncias ativas e dos produtos seja
monito rada, e participar da investigação de reclamações relacionadas
à qualidade do produto e do monitoramento ambiental. Para que
ta is atividades sejam rea lizadas adequadamente, o pessoal do
controle de qualidade deve ter acesso às áreas de produção para
realizar as ativi dades de amostragem e investigações, co nforme
apropriado. Todas essas operações devem ser realizadas de acordo
com Procedimentos Operacionais Padrão (POP) aprovados e, quando
necessário, registradas.
O controle de qualidade deve estar sob direção de pessoa
qualificada, com experiência na área e treinada com relação às BPFs,
podendo ter sob sua supervisão um ou vá rios laboratórios de controle.
O responsável deve assegurar que todas as atribuições do controle
de qualidade sejam realizadas adequadamente, e para isso é de sua
respo nsabilidade aprovar ou rejeitar as matérias-primas, os materiais
de embalagem e os produtos intermediários, a granel e acabados;
avaliar os registros dos lotes; assegurar que sejam realizados todos
os ensaios necessários; aprovar as instruções para amostragem, as
especificações, os métodos de ensaio e os procedimentos de controle
de qualidade; aprovar e monitorar as análises realizadas; verificar
a manutenção das instalações e dos equipamentos; assegurar que
sejam fei tas as validações necessárias, inclusive a validação dos
proced imentos analíticos e calibração dos equipamentos de controle;
• PARTE I -ASSUNTOS REGULATÓRIOS E SISTEMAS DE QUALIDADE
••
produto, se necessário; as amostras retidas de p roduto acabado
devem ser mantidas em suas embalagens finais, nas cond ições
de armazenamento estabelecidas, a menos que as mesmas sejam
excepcionalmente grandes.
E finalmente, devem estar disponíveis recursos adequados
para garanti r que todas as atividades do controle de qualidade sejam
efetiva e confiavelmente realizadas.
••
do sistema deve estar implemen tada, deve ser comun icada,
compreendida e estar disponível ;
- deve have r uma separação efetiva ent re áreas vizinhas nas quais
existam atividades incompatíveis. Devem ser tomadas medidas
para preve nir contamin ações c ruzadas;
•• PARTE I · ASSUNTOS REGULATÓRIOS E SISTEMAS DE QUALIDADE
•••
4.4 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DE lABORATÓRIO DE
CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTOS
•••
devem-se utilizar os lotes de matérias-primas de maior uniformidade
e melhor grau de pureza. Esses padrões devem ser conferidos
regularmente quanto à sua padronização.
Todos os padrões de referência devem ser guardados e
utilizados de maneira que não tenham sua qualidade afetada. Os
rótulos dos padrões de referência e documentos que os acompanham
devem indicar a concentração, a data de fabricação e prazo de
validade, a data em que o lacre foi aberto e as condições de
armazenamento, quando necessário. Os padrões secundários devem
ser armazenados da mesma forma que os padrões oficiais, e de
preferência em frascos que contenham quantidade suficiente para
realização de, no máximo, 1 O análises.
• 169 -
• PARTE I -ASSUNTOS REGULATÓRIOS E SISTEMAS DE QUALIDADE
:
IMPLAN TAÇÃO DO CONTROLE DE QUALIDAD E
••
ser calibradas com padrões rastreáveis à RBC, no mínimo uma vez
ao ano.
Finalmente, por questões de segurança, o laboratório deve
dispor de todos os equipamentos de proteção individual (EPis)
necessários, tais como jalecos, sapatos antiderrapantes, luvas, ócu los
e máscaras, no sentido de atender às regulamentações do Ministério
do Trabalho.
• 171 -
• PA RTE I -ASSUNTOS REGULATÓRIOS E SISTEMAS DE QUALIDADE
REFERÊNCIAS
DONO!, G.; BINOA, M.L .. ; Colombo, P.; Conte, U.; Maggi, L. A new approach
to tabletting validation. Acta Pharm. Technol., 36(4), 240-3 (English) 1990.
GUO, j. H.; HARCUM, W. W.; SKI 11\ER, G . W.; DLUZ ESKI , P. R.;
TRUMBULL, D. E. Validatio n of tablet dissolution method by high-
performance liquid chromatography. Drug Dev. lnd. Pharm., 26(3), 337 -
342 (English) 2000.
LACHMAN , L.; LIEBERMAN, H.A.; KANI G, j.L. The theory and Practice
of Industrial Pharmacy. 3 ed . Philadelphia : Lea & Febiger, 1986.
••
MARONA, H. R. . ; SCHAPOVAL, E.E.S. Performance characteristics of
bioassay, nonaqueous titration, UV-spectrophotometry and higt performence
liquid chro matographic determination of sparfl oxacin in tab lets. Brazilian
Journal o f Phamaceutical Sciences, São Paulo, v.37 , n.2, p.171 -1 75, 2001 .
(I SSN 1516-9332)
• 175 -
• PARTE I • ASSUNTOS REGULATÓRIOS E SISTEMAS DE QUALIDADE
•••
5 TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM
• 179 -
• PARTE 11 -AMOSTRAGEM E ESTATISTICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
c) tamanho da amostra.
•••
5.1 AMosiRAGt:M PROBABILÍSIICA t: NÃo-PRoBABILÍSIICA
••
A população ou universo por sua vez pode ser classificada em:
n=-{ii e n=-{ii+l
Cálculos mais complexos incluem dados sobre intervalo de
confiança
z~. p(1-p)
n= E2
Onde:
pé a proporção do atributo na população, caso desconhecido
p = 0, 50,
Za é o valor de Z no intervalo de confiança a pretendido,
Z é equivalente a "t" para população
E0 é o erro amostrai tolerável.
Onde:
n 0 é a primeira aproximação para amostra
•••
6 PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS
...
disponfvel. perda do analito.
,,
;
PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS
•••
6.1 Extração Líquido- líquido (LLE)
J-:
B
c=
'F
,..,...,
_,.~•
95 ,23%
p I 90,91 %
,_, . .. . ~··~
--+
-~·
• 187 -
• PARTE 11- AMOSTRAGEM E ESTATÍSTICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
•••
polímeros impressos molecularmente, como no caso da extração
de insulina do plasma.
Diferentemente da LLE e da (S PME) m icroextração em fase
fase sólida, nas quais a extração está baseada no equilíbrio, a SPE é
um processo onde normalmente recupera- se quase todo o ana lito
da matriz em uma única extração, não permitindo an álises e m
replicatas de uma mesma amostra. A pós a retenção do analito pelo
adsorvente da coluna e eliminação dos interferentes por lavagens
sucessivas, procede-se à eluição do composto de interesse com
pequenos volumes de um solvente adequado (Tabela 5).
Tabela 5: Características da SPE empregada nos modos reverso, normal e troca iônica
SOLVENTES
ANALITOS MATRIZES GRUPOS ADSORVENTES
DE ELUIÇÃO
Apoiares: Aquosas: octadecilsilano =Si-(CH 2) 17 ·CH, Metanol,
~ fármacos, fluidos octilsilano =Si-(CH 2 )7-CH, acetonitrila,
.."'"'"'
>
pesticidas, biológicos, metilsilano =Si-CH , clorofórm io1
=Si-~
...""
"' peptídeos água, tecidos,
tampões
cicloexilsilano hexano
""'
·;: Aniônicos: Aquosas: Dietilaminopropilsilano Tampões
:: ácidos iônicos flu idos =Si-(CH 2 ) 2 -CH 3 -N(CH, -CH,)2 ácidos ou
..,""
o ou ionizáveis biológicos, trimetilaminopropi lsilano com alta
~
(ácidos água, tecidos, =SH CH,),-N-(CH,l,CI· força iônica
orgânicos, tampões
fár macos,
vitaminas,
ácidos graxos,
fosfatos)
• PARTE 11 - AMOSTRAGEM E ESTATÍSTICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
. _ _ sorvente
Cartucho
••
Em geral, as principais desvantagens da SPE são o maior
tempo de execução e com plexidade operacional quando reali zada
de forma manual. Além disso, destaca-se o custo adicional dos
cartuchos e discos que são utilizados geralmente uma única vez.
Outras técnicas preparativas associadas à SPE, incluem a
extração em fase sólida através de materiais de acesso restrito, a
microextração com seringas recheadas (MEPS) e a microextração
em fase sólida (SPME).
••
Atualmente, as principais limitações da SPME são os limites
de quantificação muito altos, especialmente na determi nação de
fármacos em fluidos biológicos; existem também variações entre
diferentes lotes e marcas de polímeros extratores e o efeito memória
do anali to freqüentemente gera problemas na quantificação.
Novos dispositivos de SPME estão sendo desenvolvidos
onde a extração ocorre dentro de tubos. Um desses dispositivos é
o chamado de "SPME in tube " (Figura 3). Neste sistema o polímero
extrator aparece revestindo o interior de um capilar de sílica fundida
e a extração ocorre dentro desse sistema. Uma variação da SPME
in tube é a SPME wire-in-tube. Neste dispositivo um fio de aço
inoxidável é acondicionado no interior do capilar para diminuir
o volume interno do mesmo e proporcionar uma extração mais
eficiente.
Polfmero extrator
(B)
•••
7 ESTATÍSTICA APLICADA AO CONTROLE
DE QUALIDADE
•••
medidas quantitativas. Estes erros são os objetos de estudos deste
capítulo.
Existem ainda os chamados erros absolutos e relativos, que
expressam a variabilidade dos resultados obtidos em experimentos. Sendo
o erro absoluto (e) dado pela diferença entre valor convencionalmente
aceito como verdadeiro (J..l) e valor experimental, enquanto o erro
relativo é dado pela razão entre (e) e valor (J..l) expresso, geralmente,
em percentagem, ou seja, multiplicado por 100.
0 ,51 0,52 0,53 0,48 0,49 0,50 0 ,52 0,49 0,49 0 ,50
0,49 0,48 0,46 0,49 0,49 0,48 0,49 0,49 0,51 0,47
- L X- l (1)
X = _í_
N
I
ESTATiSTICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
••
Já a mediana será dada pelo valor médio entre o 2º e o
3º valores, que é 25,05. Pode-se observar que o valor da média
encontrado, 25,08 é maior que 3 dos 4 valores do conjunto de dados.
Assim, pode-se supor que a mediana represente uma aproximação
mais realista do valor central do conjunto de dados.
(c) Moda
S= (2)
.\' - I
• é relacionado com o valo r da média dos dados. Se, por exem plo,
quisermos comparar a precisão d e uma metodologia analíti ca
padrão para a determinação de proteínas totais com uma outra,
recém desenvolvida nos nossos laboratórios, porém só dispusermos
de dados muito diferentes, com a méd ia obtida com o conjunto de
dados da metodologia padrão igual a 100 mglkg e a nossa média
igual a 1 O mglkg, os desvios padrão não serão imediatamente
comparáveis. O s nossos serão menores do que os da metodologia
padrão. Para possibi litar esta comparação, devemos trabalhar com
uma porcentagem da média, como desvio padrão. Assim, defi nimos
o desvio padrão relativo (DPR) ou do inglês (RSD), como sendo :
DPR= IQ_Os
X (3)
-ex- :w]
y= exp [ 25 2
(4 )
sv2n
eles podem ser representados por uma curva do tipo
Gaussiana, conforme o exemp lo abaixo, obtido com os dados do
Quadro 4.
- · 1001 •
••
ESTATfSTICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
14
·o"' 12
c
<(.)
'::l 10
c;
11:
lL
8
•
•
0 ~--~----~------~------~------~
0 .46 0,48 0,50 0,52 0,54
massa I g
• 1101 -·
• PARTE 11 -AMOSTRAGEM E ESTATÍSTICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
•• ou robusta. Este segundo tipo é mais geral, porém muito mais raro
de se observar que a paramétrica. Assim, este capítulo se dedicará
somente a discussão dos dados segundo a estatística paramétrica.
- · 1021 •
ESTATfSTICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
••
12
"'c
'ü
10
<Q)
'"'o-
~
L!..
8
(5)
• 1103-·
• PARTE 11 • AMOSTRAGEM E ESTATJSTICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
1041•
••
ESTATÍSTICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
(6)
• 1105-·
• PARTE 11. AMOSTRAGEM E ESTAT[STICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
(7)
Expressões multiplicativas
Y = kab
d (8)
(9)
•••
Um exemplo: O rendimento quântico de fluorescência, <D,
é calculado a partir da equação:
(1 O)
• 1107-·
• PARTE 11 • AMOSTRAGEM E ESTATfSTICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
•
y = b" (11 )
y = f(x) (13)
s =ls ~~
Y x dx
(14)
A= -log T (15)
e também:
dA = - (log e) = - 0,434
dT T T
S
A
=IS (-logT e) =O' 001 (· 00,501
T
•
0434
) I=O 00087
'
•••
devem ser determi nadas. Com o resultado numérico devidamente
obtid o, o ana lista tem que responder a uma pergunta. A qualidade
avaliada está dentro da no rma? Para isto, a quantidade de princípio
ati vo, peso, volume, etc deve ser comparada com aq ue la dada
pela norma. Como saber se o número obtido é significativamente
difere nte do exigido ou não? Já vimos que a matemática tem muito
pouco a oferecer nesta área.
A estatística dispõe de uma série de testes que permitem
responder às questões acima (Quad ro 5 ). Estes são conhecidos como
testes de signifi cância e serão os temas deste item.
Teste de significância e
Teste ~ 2 (qui-quadrado) freqü ênci a Não-paramétrica
Parâmetro de linearidade da
Teste de correlação (r) curva Para mét rico
(5)
é reescrita como:
- (- 1N)
t ={X - 11)s- (16)
•••
controle de qualidade em uma marca de medicamento para cefaléia
foi feita em 3 comprimidos de uma caixa, encontrando-se as
seguintes porcentagens de princípio ativo : 38,9%, 37,4% e 37,1 %. Na
bula do medicamento consta que ele deveria ter 38,9%. Há alguma
evidência que o medicamento esteja fora da especificação?
A média dos valores acima é de 37, 8% e o desvio padrão
é 0,964%. Adotando a hipótese nula que o medicamento não está
fora da especificação e usando a equação (16), temos:
t = I xl -x2
s~( ~~ + ~J
(18)
• 1111 -·
• PARTE 11 - AMOSTRAGEM E ESTATÍSTICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
Da Equação (18):
t = 128,0 - 26,251 t
~ = 14 7
0267.~ ,
, ·~10-;-10
(19)
(20)
ESTATiSTICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
••
Arredondando-se o re sultado para o número inteiro
mais próximo. Exemplo: o Quadro 7 apresenta os resultados da
concentração de t iol no sangue de dois grupos de volu ntários, o
primeiro grupo se ndo " normal" e o segundo sofrendo de artrite
reumatóide.
Quadro 7: Resultados da concentração de tiol no sangue de dois grupos de voluntários.
• 1113- ·
• PARTE 11 • AMOSTRAGEM E ESTATÍSTICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
Voltametria
Solução Absorção Atômica
Redissolução
71 76
2 61 68
3 50 48
4 60 57
Xdx n
t=-- (2 1)
ff.
Onde t tem (n - 1) graus de liberdade. Substituindo os valores
na equação acima, obtém-se t = -0,70 . O valor crítico de lt I é 3,18
(P = 0,05) e como o valor calcu lado de I tI é menor que isso, a
hipótese nula é mantida. O método não deu diferença significativa
para os valores médios da concentração de chumbo.
7.4.2 Teste F
••
erros aleatórios, de dois conjuntos de dados.
O teste-F considera a relação de variâncias de duas amostras,
isso é a relação dos quadrados dos desv ios padrão. A quantidade
calculada (F) é dada por:
s/ (22)
F=--,
s2-
Onde os parâmetros são colocados na equação de tal fo rma
que F é sempre maior ou igual a um. A hipótese nula adotada é que
as popu lações de onde as amostras são tomadas são normais, e que
as va ri âncias das popu lações são iguais.
Se o valor calculado de F exceder a certo valor crítico, Tabela 7,
então a hipótese nula deve ser rejeitada.
Tabela 7: Valores críticos de F para um teste bi-caudal (P = 0,05).
u1
4 6 8 9 10
u2
647,8 799,5 864,2 899,6 921 ,8 937,1 948,2 956,7 963,3 968, 6
2 38,51 39,00 39,17 39, 25 39,30 39.33 39,36 39,37 39,39 39,40
4 12,22 10,65 9, 979 9,605 9,364 9,197 9 ,074 8,980 8,905 8,844
10,01 8,43 4 7,764 7 ,388 7,146 6,978 6 ,853 6, 757 6 ,681 6,619
6 8 ,813 7, 260 6,599 6 ,227 5,988 5 ,820 5 ,695 5 ,600 5 ,523 5,461
8,073 6,542 5,890 5,523 5, 285 5,119 4,995 4, 899 4,823 4, 761
9 7,209 5, 715 5 ,078 4 ,71 8 4,484 4,320 4.197 4,102 4 ,026 3, 964
10 6 ,937 5,456 4,826 4,468 4, 236 4.0- 2 3, 950 3 ,855 3, 779 3 ,717
• l 11s ~E
• PARTE 11 - AMOSTRAGEM E ESTATÍSTICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
11"1~- · 1161•
••
ESTATfSTICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
L: 0,00 x2 = 8,966
• 1117- ·
• PARTE 11 • AMOSTRAGEM E ESTATÍSTICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
1valor,"spello - valor,'izínho 1
Q= valormmor - valormenor (23)
ESTATfSTICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
••
Os valores críticos de Q para P = 0,05 estão na Tabela 9.
Se o valor calcu lado de Q exceder o valor crítico, o suspeito deve
ser rejeitado.
Tabela 9: Valores críticos de Q (P = 0,05).
1o,380 - o ,4oo 1
Q = 0,413- 0,380 ~ Q = 0 •606
• 1119- ·
• PARTE 11 - AMOSTRAG EM E ESTATÍSTICA APLICADA AO CONTROLE DE Q UALIDADE
- - 1201•
ESTATfSTICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
•••
_ L~ ------- - - · Oiscribuiç.io da
população
- ac----- -- - - ·
Onde:
LSC: Limite superior de curva; LIC: Limite inferior de curva
LNIP e LNSP: Limites aturais (Inferior e Superior) de Processo
x: Média
• 1121 - ·
• PARTE 11 • AMOSTRAGEM E ESTAT[STICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
EXEMPLO
z, = -1 ,1 4 Z2 = o,o6
P(A1 +A2) = P(-1 ,14<Z<0,06) = PA1 (-1 ,14<Z<O) + PA2 (0<Z < 0,06)
= PA1 (0 <Z<1 ,14) + PA2 (0<Z<0,06)
~--- 1221 •
ESTATÍSTI CA APLICADA AO CONTROLE DE Q UALIDADE
••
Compreensão da Tabela da área subentendida pela curva
normal reduzida (Anexo C):
a primeira coluna da Tabela está o valor 1,1. Na primeira
linha da Tabela está o valor 4. O número 1,1 compõe, com o
algarismo 4, o número Z = 1,14. o cruzamento da linha 1,1 com
a coluna 4 está o número 0, 3729. Esta é a probabilidade de ocorrer
valor entre zero e Z = 1,14, que corresponde à área A1.
Fazer o mesmo para a área A2.
Temos então que
P= 0,3729 + 0, 0239
P= 0,3968
• 1123-·
TRATAMENTO ESTATiSTICO DE DADOS INSTRUMENTAIS - REGRESSÃO E CORRELAÇÃO
•••
8 TRATAMENTO ESTATÍSTICO
DE DADOS INSTRUMENTAIS -
REGRESSÃO E CORRELAÇÃO
• 1125- -
• PARTE 11 • AMOSTRAGEM E ESTATÍSTICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
••
C1l
c
(./)
Concentração
do analito
Concentração
Figura 6: Reta analítica .
i. A curva a nalít ica é linear? Se ela for uma curva, qual é a sua
forma?
iii. Assum indo que a curva analítica é realmente linear, quais são
os erros estimados e os limites de confiança para a tangente e o
intercepto desta linha?
- - 1261 •
TRATAMENTO ESTATÍSTICO DE D A DOS INSTRUMENTAIS • REGRESSÃO E CORRELAÇÃO
••
adição de padrão " , que será t ratado separadamente mais adiante,
não se deve determinar concentrações desconhecidas das amostras
por extrapolação, pois não podemos assegurar que a relação linear
co ntinuará, após os limites determinados no gráfi co analítico.
Além disso, é de suma importância incluir o valor do sinal para
uma amostra do branco na curva analítica. O branco não contém
qualquer quantidade de anal ito deliberadamente adicionado, mas
contém todos os outros componentes da matriz em estudo, e é sujeito
exatamente ao mesmo procedimento analítico que as amostras.
O sinal do instrumento lido pa ra a amostra do branco
freqüentemente não será zero. Ele é, naturalmente, sujeito aos
mesmos erros aleatórios que os outros pontos da curva analítica.
Entretanto, o sinal correspondente ao branco será muito pequeno,
em relação aos outros pontos da curva analítica. Assim, os erros
associados a este sinal serão, norma lmente, maiores. Desta forma,
é normalmente um procedimento equivocado subtrair o valor do
branco dos outros valores dos sinais dos padrões, antes de se construir
a curva analítica, pois se introduz um erro difícil de ser avaliado e,
o mais grave de tudo, totalmente desnecessário. Finalmente, deve-
se notar que a curva analítica deve ser construída sempre com a
resposta do instrumento na vertical (y ) e com as concentrações dos
padrões na horizontal (x). Isso é porque os procedimentos a serem
descritos adiante assumem que todos os erros estão na direção y e
que as concentrações padrão (valores de x) estão livres de erros.
y=ax-b (1 )
• 1127- ·
• PARTE 11 • AMOSTRAGEM E ESTAT[STICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
II {(xI - x)(y-
I
.Y)}
~"=
(2 )
1
É importante ressaltar, que invariavelmente os termos a e b da equaçao podem aparecer trocados
dependendo da fonte ou autor, porém sempre o fator algébrico que multiplica x será o coeficiente
angular. Assim, em y = bx + a, b seria o coeficiente angular e a o linear.
'···•••• I
- 128 •
••
TRATAMENTO ESTATfSTICO DE DADOS INSTRUMENTAIS - REGRESSÃO E CORRELAÇÃO
Concentração
Intensidade
(mg!L-1 )
o 2, 1
2 5,0
4 9 ,0
6 12, 6
8 17, 3
10 21 , 0
12 24,7
•• 42
.X = - = 6
7
91,7
y= 7
13,1
216,2 216,2
r =
(112 X 418,28)'" = 216,44 = 0 •9989
A relação linear obtida está apresentada na Figura 8. Duas
observações importantes deste exemplo. Como mostrado na Figura
9, apesar de alguns pontos esta rem visive lmente fora da melhor reta
(que foi obtida com o proced imento a ser discutido mais adiante), o
valor de r é muito próximo de um. A experiência mostra que mesmo
curvas de calibração com alto grau de dispersão podem gerar altos
valores de r.
Assim, é muito importante trabalhar com o número adequado
de casas decimais. No exemplo acima, se desprezar as segundas
casas depois da vírgula, obter-se-ia o obviamente incorreto valor
de r = 1.
Deve-se ainda tomar cuidado para se evitar mal interpretação
do valor de r calculado. Observando-se que o uso da equação
acima pode originar valores de r grande mesmo se os dados forem
obviamente não lineares. A Figura 9 mostra dois casos onde os
cálculos de r foram tomados de forma errônea. Na Figura 9 (A), os
pontos da curva analítica caem claramente em uma curva.
Esta curva é suficientemente suave para originar um va lor de
r bastante elevado, se uti lizada a equação acima. A lição a ser tirada
desse exemplo é que a curva analítica deve sempre ser construída
e observada para sua linearidade. De outra maneira, uma relação
linear pode ser assumida de maneira errônea com o resultado de
r obtido simplesmente da equação dada. Por outro lado, a Figura
9 (B) mostra que um coeficiente de correlação zero não significa
que x e y não possuam qualquer relação, apenas que esta rela ção
não é linear.
-• lJoJ •
TRATAMENTO ESTAT[STICO DE DADOS INSTRUMENTAIS • REGRESSÃO E CORRELAÇÃO
•••
25
"'
:::l
õ 20
'"'o
l.J'O
"'
.D
15
<
o
v
::.>
v 10
"'
v·v;
c Y=a+b~x
.8 a = 1,518
c 5
b=1 ,930
r=0,9988
o
2 4 6 8 10 12
A B r=O
/
. .. '
''
/
/
I
•
\
I
I \
~
r=0,986 I
'
Figura 9: Curvas analítica não lineares e o significado de r.
• 1131 -·
• PARTE 11 ·AMOSTRAGEM E ESTATfSTICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
a=y-bx
X.=6;y= l3,1
216,2
b= 112=1,93
a=13,1 - (1,93x6)= 13, 1-11,58 = 1,52
y = 1,93x + 1,52
•••
8.1.3 Erros nos valores da tangente e do intercepto da
curva de regressão
(4 )
(x,.y,)
!I •
: (x,,y,)
• 1133-·
• PARTE 11 • AMOSTRAGEM E ESTAT[STI CA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDAD E
••
(5)
s=
(6 )
(7)
a± t x s a (8)
s = 0,9368
y X ( j 5
Y2
= o4329
>
.... 1341 •
TRATAMENTO ESTATfSTICO DE DADOS INSTRUMENTAIS- REGRESSÃO E CORRELAÇÃO
•••
E, assim a equação (7) pode ser usada para mostrar que:
s = 0,4329 .
a 'V@__
784
= 0,2950
(9 )
• 1135-·
• PARTE 11 • AMOSTRAGEM E ESTATfSTICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
(1 O)
•••
Figura 11: Forma geral dos limites de confiança para uma concentração.
• 1137-
• PARTE 11 • AMOSTRAGEM E ESTATISTICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
(11 )
Limite de Limite de
Y, Decisão Detecção
..·r·.. .... ,..... .... ,....
A,••'//.' ......, 8// '•·,,, ~.'.'
..
.)_.
..
·....
I
·...
'•·••,
A ••
..••• ··.f ..· ··.'-rl ·.•
•• •• I •• ••
l,··
·····.. ····,,... ~
...,..-.. ····'~·· ·· ··......
.. s. y
••
5 8 , então a probabilidade do erro acima acontecer (i ndicada pela
área achuriada da Figura 12) é de apenas 5%. Se, como sugerido na
Figura 12, a d istância for de 3s 8, a probabilidade de ambos os erros
será de cerca de 7%. Muitos analistas consideram esta como sendo
uma boa definição de limite de detecção.
Algumas tentativas foram feitas para se definir um limite
posterior, chamado de limite de quantificação (ou lim ite de
determinação) como o menor limite para uma medida quantitativa
precisa, em oposição à detecção qualitativa. Um valor de Y8 + 1 O s8
foi sugerido para esse limite, mas seu uso ainda é bastante restrito na
prática. Deve-se agora discutir como os termos Y8 e 58 são obtidos
na prática, quando uma reta de regressão convencional for usada
para a calibração.
Um requisito fundamental do método de mínimos quadrados
é que cada ponto no gráfico (incluindo o ponto do branco) tem uma
variação de erros distribuída de maneira normal (apenas na direção
Y), com um desvio padrão estimado como sy,x· Esta é a justificativa
de termos dese nhado curvas de d istribuição normal co m a mesma
largura na Figura 1 O. Assim, é apropriado utilizar syl• ao invés de 58
na estimativa do limite de detecção.
O valor de a, o intercepto calculado pela regressão, pode
ser utilizado como uma est imativa do va lor de Y 8, o sinal do branco;
ele deve ser uma estimativa mais precisa de Y8 do que o único valor
medido do branco, Y, .
Exemplo: estimar o limite de detecção para a determinação
de tetracloroau rato (AuCI4 -)por absorção atômica, cujas intensidades
são dadas no Quadro 11.
Usa-se a equação y - y 8 = 3 s8 com o valor de y8 (= a) e s8
( = sy1) calculado previamente. O valor de y no lim ite de detecção
é encontrado como sendo 1,52 + (3) 0,4329, isto é, 2,82. Usando
a equação da regressão calcula-se um limite de detecção de 0,67
mglml _, _A Figura 13 sumariza todos os proced imentos adotados no
cá lculo do limite de det ecção do tet racloroaurato.
É importante ev itar confundir o limite de detecção da
técnica com sua sensibilidade. Esta fonte de confusão se origina,
provavelmente, do fato de não haver uma palavra apropriada
que demonstre que uma técnica tem "baixo limite de detecção" .
A sensibilidade de uma técnica é corretamente definida como a
tangente da curva analítica e, desde que a curva sej a linear, pode
ser medida em qualquer ponto dela.
• 1139-·
• PARTE 11 • AMOSTRAGEM E ESTATfSTICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
••
25 s,, = s. = 0,433
""'
o
LOB = 0.67 mg mL.,
l::::l 20
~
o s~, = o,25
"'
.J:>
<
15
10
Y = a + bX
A= 1,51786
B = 1,93036
R= 0,99888
o 2 4 6 8 10 12
Concentração I mglml •1
Figura 13: G ráfico de regressão mostrando o LO (LOD) d o íon tel racloroaurato.
•••
uma amostra para outra, e pode ser impossível obter uma amostra da
matriz que não contenha o analito. Por exemplo, obter uma amostra
de resíduos fotográficos que não co ntenha prata é improvável. Segue-
se que todas as medidas analíticas, inclu indo o estabelecimento da
curva analítica, devem se r feitos com a própria amostra. Isso é feito
na práti ca usando o método das adições padrão.
Volumes iguais de solução da amostra são tomados e todos,
menos um são "contaminados" separadamente com quantidades
conhecidas e d iferentes do analito, e todos são, então, diluídos para
o mesmo volume. Os sinais do instrumento analítico são, então,
determinados para todas essas soluções e os resu ltados ilustrados
como mostrado na Figura 14.
Como usual, os si nais obtidos são plotados no eixo y, nesse
caso o eixo x é graduado em termos de quantidades de analito
adicionadas.
/
/
/
/
/
Quantidade de Quanudade
analíto em adicionada
amostra teste
• 1141 - ·
• PARTE 11 • AMOSTRAGEM E ESTATfSTICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
(12)
Ag adicionada
Absorbância
(J..lglmL·1 )
o 0,32
5 0,41
10 0,52
15 0,60
20 0,70
25 0,77
30 0,89
... 1421 •
TRATAMENTO ESTATÍSTICO DE DADOS INSTRUMENTAIS - REGRESSÃO E CORRELAÇÃO
•••
Aqui, os valores de \ lxé 0,01094, é 0,6014 e t (x;- .X:)2 é 700.
Assim, o valor de \E é igual a 0,749 e os limites de confiança são
17,3 ± 2,57x0,749, isso é, 1 7,3 ± 1,9/Jgm L-1 .
Apesar de ser uma aproximação elegante para o problema
do efeito de matriz, o método da adição de padrões tem a suas
desvantagens.
Em termos estat ísticos, sua desvantagem principa l está
relacionada ao fato dele ser um método de extrapo lação, menos
preciso do que as técnicas de interpolação.
No exemplo acima, é fácil mostra r que, se uma quantidade
desconhecida de prata for adicionada à amostra teste e fornecer um
valor de absorbância de 0,65, a concentração adicionada seria de
17,6 /Jg m l -1 com limites de confiança de 17,6 ± 1,6 JJg ml-1 . Esse
resultado mostra apenas uma ligeira melhora do limite de confiança,
devido ao ponto de absorção estar mais próximo do valor médio
da curva analítica.
••
Concentração
L w 1x 1y 1 - nX~ y"
b= -' - - - - - - (1 4 )
2: w,x/ - 11X}
I
e:
•••
ponderada deverá passa r. Essas coordenadas são dadas, como
esperado, por:
~1v,x,
x IV
I
n (16)
I
I
W,Y,
.Y,. =
n
Exemplo: calcular as retas de regressão ponderada e não
para os seguintes dados de calibração (Quadro 13). Para cada
linha, calcul ar também as concentrações das amostras de teste com
absorbâncias de O, 100 e 0, 600.
• 1145- ·
•••
PARTE 11 • AMOSTRAGEM E ESTAT[STICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
X.
I Y; s 1/s;2 w .I w.x.
I I W;Y; W;X;Y; w.x.2
I I
- · 1461 •
TRATAMENTO ESTATfSTICO DE DADOS INSTRUMENTAIS - REGRESSÃO E CORRELAÇÃO
•••
de regressão ponderadas na prática.
Mas um químico analítico usando métodos não emprega os
cálcu los de regressão apenas para obter a tangente e o intercepto
da reta de calibração e as concentrações das amostras.
Ele também deseja obter estimativas dos erros e dos limites de
confiança daquelas concentrações e, nesse contexto, os métodos de
regressões ponderados resultam em valores muito mais realísticos.
um item anterior, usou-se a equação abaixo:
(18)
• 1147-·
• PARTE 11 • AMOSTRAGEM E ESTATfSTICA AP LICADA AO CO NTROLE DE QUALI DAD E
I
• I ,
~
, ,
Concentração
- · 1481•
TRATAMENTO ESTATfSTICO DE DADOS INSTRUMENTAIS - REGRESSÃO E CORRELAÇÃO
••
REFERÊNCIAS
AYRES, M.; AYRES, M. j .; ARY RES, D. L.; SANTOS, A.S. Bioestat 2.0.
Aplicações Estatísticas nas áreas das Ciências Biológicas e Médicas.
Belém: Sociedade Civil de Mariua/ CNPq. 2000.
ESSEX, S.D. Exam i nation & board rev iew. Medicai biostatistics &
epidemiology. Connecticut, Appleton & Lange, 1995.
• 1149- ·
• PARTE 11 - AMOSTRAGEM E ESTATÍSTICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
LACHMANN, L.; LIEBERMAN, H.A.; KANI G, j.L. The theory and Practice
of Industrial Pharmacy. 3 ed. Philadelphia: Lea & Febiger, 1986.
LIU, Y.; LEE, M. L.; HAGEMAN, K. J.; YANG, Y.; HAWTHORNE, S. B. Solid
phase microextraction of PAHs from aqueous samples using fibers coated
with H PLC chemically bonded silica stationary phases. Analytical Chemistry,
Washington, v. 69, p. 5001 -5005, 1997a.
LIU, Y.; SHE1'., Y. F; LEE, M. L. Porous layer solid phase microextraction using si lica
banded phases. Analytical Chemistry, Washington, v. 69, p. 190-195, 1997b.
-• lsol •
TRATAMENTO ESTATÍSTICO DE DADOS INSTRUM ENTAIS - REGRESSÃO E CORRELAÇÃO
••
MAGALHÃES, M. N.; LIMA, A. C. P. Noções de Probabilidade e Estatística.
6 ed. São Paulo, EDUSP, 2004.
MITCHELL, E. P.; EVA S, L.; SCHULTZ, P.; MADSEN, R.; YARBRO. j. W.;
GEHRKE, C. W.; KUO, K. Modified nucleosides in human serum. Journal
Chromatography B, Amsterdam, v. 581 , p. 31-40, 1992.
• 1151 - ·
• PARTE 11 • AMOSTRAGEM E ESTATÍ STICA APLICADA AO CONTROLE DE QUALIDADE
SPIEGEL, M .R. Estatística. 3 ed. São Paulo, Makron Books do Brasil, 1994.
- - 1521 •
ENSAIOS DE
IDENTIFICAÇÃO
t: : :::::J
• preço."
(Lutero)
MÉTO DOS DE IDENTIFICAÇÃO
•••
9 MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO
• 1155- ·
• PARTE 111 - ENSAIOS DE IDENTIFICAÇÃO
Método
Insumo Método Químico
Físico
AAS Desenvolve cor violeta com FeCI3 IV
Acetato
- · 1561 •
M~TODOS DE IDENTIFICAÇÃO
••
Benzoato
Bicarbonato
Borato
Brometo
• 1157- ·
• PARTE 111 • ENSAIOS DE IDENTIFICAÇÃO
• Carbonato
Citrato
Clorato
Cloreto
- · 1581 •
MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO
••
Fosfato
a) Tratar sol ução neutra da amostra com nitrato de prata 5%: Forma-se
precipitado amarelo, solúvel em ácido nftrico 2 N ou hidróxido de
amônio 6 N.
Hipofosfito
lodeto
lactato
Nitrato
• 1159- -
• PARTE 111 • ENSAIOS DE IDENTI FICAÇÃO
Nitrito
Oxalato
Permanganato
Salicilato
- - 1601 •
MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO
•••
Succinato
Sulfato
Sulfito
Tartarato
• 1161 -·
• PARTE 111 - ENSAIOS DE IDENTIFICAÇÃO
Alumínio
Bário
Cálcio
Ferro
a) Solu ção de sal ferroso ou férrico produz com sul feto de amôn io
precipitado preto, solúve l em ácido clorídrico 3 N , co m
desprendimento de ácido sulfídrico.
- · 1621 •
MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO
•••
c) Sais férricos produzem com tiocianato de amônia cor verme lha
intensa que não desaparece com adição de ácidos minerais
diluídos.
Lítio
Potássio
Prata
• 1163-·
• PARTE 111 - ENSAIOS DE IDENTIFICAÇÃO
• Sódio
Zinco
Acetila
•••
Ácido carboxílico
Alcalóide
Amidas primárias
Anilina primária
Barbitúrico
A uma so lução metanól ica de barbitú rico jun tar algumas gotas
de solução contendo nitrato de cobalto 1% e cloreto de cálcio
0, 5 M, misturar e acrescentar com agitação algumas gotas de
NaOH 8%: Forma-se precipitado azul-violeta.
• 1165-
• PARTE 111 ·ENSAIOS DE IDENTIFICAÇÃO
• Fenóis
Glicóis
Peróxido
Xantina
-· 1661•
M~ TODOS DE IDENTIFICAÇÃO
•••
Outrossim, a avaliação da solubilidade de produtos acabados,
é um parâmetro de grande relevância no controle de qual idad e
especialmen te, de formas fa rmacêut icas sólidas. Entretanto, nesses
casos, o propósito é contri bu ir para o estudo de d issolução de formas
farmacêuticas, avaliando sua eq uiva lência.
O procedimento ope raciona l padrão para teste de
solu bil idade é descrito em detalhes no Anexo A. 4.
9 .2 M ÉTODOS INSTRUMENTAI S
• 1167-·
• PARTE 111 - ENSAIOS DE IDENTIFICAÇÂO
•••
UV- VISfVEL
INFRAVERMELHO
ESPECTROMETRIA DE MASSAS
• 1169-
• PARTE 111 • ENSAIOS DE IDENTIFICAÇÃO
RAIOS X
VOLTAMETRIA
-· 1701 •
MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO
••
DETERMINAÇÃO DO PONTO DE F USÃO
• 1171 -
• PARTE 111 • ENSAIOS DE IDENTIFICAÇÃO
.... 1721 •
MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO
•••
DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE ABSO LUTA E DENSIDADE RELATIVA
Pe = p/v
• PARTE 111 - ENSAIOS DE IDENTIFICAÇÃO
-· 1741 •
MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO
•••
DETERM INAÇÃO DA ROTAÇÃO ÓPTICA E ROTAÇÃO ESPECIFICA
• 1175-
• PARTE 111 - ENSAIOS DE IDENTIFICAÇÃO
DETERMINAÇÃO DO PH
•••
Essa separação, por sua vez, ocorre em função das diferenças de
afinidade que as diferentes substâncias têm por uma fase móvel e outra
estacionária. Essas afinidades diferenciadas podem ser exploradas para
fi ns analíticos diversos, especialmente em ensaios de identificação.
A passagem do analito pela coluna cromatográfica leva um
determinado tempo para ocorrer. Em cromatografia, este tempo
é chamado de tempo de retenção (t ) . Em CP o que é medido é a
distância percorrida pelo analito chamada distância de retenção (d,).
O t, assim como d, está relacionado principalmente, com o tipo e a
intensidade das interações do analito com a fase estacionária. Portanto,
o t, e o d, est ão intimamente relacionados com a estrutura química
do analito, com os grupos de interação da fase estacionária e com
as características químicas da fase móvel. Como é o conjunto das
relações ffsico-químicas da fase móvel, fase estacionária e analito que
promovem a retenção diferencial deles o t, e o d, são considerados, até
certo ponto, como a impressão digital de um determinado composto.
Se as condições físicas (temperatura, viscosidade, pressão e outros) e
químicas (grupos de interação, concentração, composição), tanto da
fase móvel como da fase estacionária, forem sempre as mesmas, o t, e
o d, de um analito devem ser, teoricamente, sempre os mesmos. Dessa
forma, é possível identificar compostos desconhecidos pela comparação
do seu t , ou d, com o t, ou d, apresentados por padrões. Entretanto, é
importante ressaltar que muitos compostos, principalmente isômeros,
possuem suas propriedades físico-químicas muito parecidas, quando
não idênticas, o que faz com que os comportamentos cromatográficos
deles sejam exatamente iguais. Portanto, os valores de t, e o d, algumas
vezes, não são totalmente confiáveis. Para dim in uir as chances de erros
pode-se utilizar a cromatografia por gradiente ou a CP bidimensional.
A mudança da composição da fase móvel por meio do gradiente
altera as características físico -químicas do sistema cromatográfico e
diminui as chances de haver qualquer outro composto que responda
da mesma maneira que o composto de interesse. Outra alternativa
para se obterem resultados mais seguros é a utilização de sistemas de
detecção mais seletivos e adequados.
O uso de cromatógrafos de alta eficiência, ou do inglês
High Performance Liquid Chromatography (HPLC), constitui técnica
analítica mais empregada em controle de qualidade pelas ind ústrias
farmacêuticas. Suas aplicações em ensaios de potência de produtos
ultrapassa 90% das monografias descritas na Farmacopéia Americana
(USP 24) . Outro emprego importante do HPLC é a análise de
impurezas orgân icas.
• l 1n ~w
• PARTE 111 • ENSAIOS DE IDENTIFICAÇÃO
- ·1781 •
MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO
•••
REFERÊNCIAS
BALDWIN, R.M. ldentity, strength, pu rity, quality, and safety: com mon
goals for new drugs. New Trends Radiopharm. Synth., Qual. Assur., Regul.
Control, [Proc.Am. Chem. Soe. lnt. Symp.L Meeting Date 1990, 393-8.
• 1179-
• PARTE 111 • ENSAIOS DE IDENTIFICAÇÃO
GIRO , D.; GOLDBRO 1\, C. Use of DSC and TG for the identificati on and
quantification of the dosage form. J. Therm. Anal., 48(3), 473-483 (English)
1997.
LIA G, H.-R.; SIRE , H.; JYSKE, P.; REIKKOLA, M.-L.; VUORELA, P.; VUROELA,
H.; H ILTUNEN, R. Characterization of flavonoids in extracts from four species
of Epimedium by micellar electrokinetic capillary chromatography with diode-
array detection. j. Chromatogr. Sei., 35(3), 117-12 5 (English) 1997.
-• lsol •
MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO
•••
O HLWEILER, A. O. Química analítica quantitativa. 3 ed. Rio de Janeiro,
Livros Técnicos e Científicos, 1986. v.1 e v2.
PALCHETII, 1.; MASCI'-11, M.; Ml U ~ I, M.; BILIA, A.R.; VINCIE RI, F.F.
Disposable electrochemical sensor for rapid determi nation of heavy metais
in herbal drugs. journal of Pharmaceutical and Biomedical Analysis, 32(2),
25 1-256 (English) 2003.
• 1181 liiiii
• PARTE 111 - ENSAIOS DE IDENTIFICAÇÃO
UHL, M. Determination of drugs in hair using GC/ MS/MS. Forensic Sei. lnt.,
84(1-3) , 281-294 (English) 1997.
- ·1821 •
ENSAIOS
DE PUREZA
I
., " ' ' ... t
" Por vezes sentimos que aquilo que fazemos
não é senão uma gota de água no mar. Mas o
"{. "' ~ ..>. .,.;:; mar seria menor se lhe faltasse uma gota."
(Madre Teresa de Calcutá)
IMPUREZAS INORGÂNICAS
•••
1O IMPUREZAS INORGÂNICAS
GIL, E.S.
• 1185-·
• PARTE IV • ENSAIOS DE PUREZA
Q = quantitativo; S = semiquantitativo
I) Método gravimétrico
-·186,.
IMPUREZAS INORGÁNICAS
•••
C. Secar a amostra em estufa conforme monografia do produto
(usual 1 05°( por 2 horas).
Observações
*T= Temperatura
• 1187-·
• PARTE IV- ENSAIOS DE PUREZA
Método Direto
E. Calcular teor.
Teor umidade = V . TI TE
Método Indireto
- - lssl •
IMPUREZAS INORGÂNICAS
T = V. T / 25
• lls9 1!11im
• PARTE IV • ENSAIOS DE PUREZA
Procedimento
A. Limpar o aparelho com
mistura sulfocrôm ica;
D. Adicionar ao balão,
quantidade específica de
amostra (TE);
I. Efetuar cálculo.
T = (Volume/TE) . 100
Figura 21: Aparelho para distilaçào azeotrópica
Observações
• Se necessário, utilizar arame com ponta de latéx para
remover eventuais gotas de água retidas nas paredes.
• Amostras pastosas são introduzidas no balão embrulhadas
em papel-alumínio.
• Se a amostra induzir borbulhamento, adicionar cacos
de cerâmica , capilares de vid ro ou areia lavada e seca para cobrir
fundo do balão.
- · 1901 •
IMPUREZAS INORGÂNICAS
••
10. 1.1.2 Teor de substâncias voláteis e não-voláteis
% solúveis= Pa - Pp I Pa x 100
% insolúveis = Pp I Pa x 100
Pp = Peso precipitado seco; Pa = Peso amostra
• 1191 -·
• PARTE IV - ENSAIOS DE PUREZA
- · 1921 •
IMPUREZAS INORGÁNICAS
••
1 0 .1.2 Ensaios semiquantitativos
Procedimento
Tubo padrão
A. Adicionar :
b. 35 ml de água;
c. 1 ml de H'i0 3 PA;
d. 1 ml Ag 0 3
(-4 ,25%);
Tubo amostra
B. Adicionar:
• 1193-·
• PARTE IV • ENSAIOS DE PU REZA
•• a. 1 ml de HN0 3 PA;
Padrão Amostra
Figura 23: Tubos de Nessler
Procedimento
Tubo padrão
A. Adicionar:
••• 1941 •
IMPUREZAS INORGÂNICAS
••
a. 2,5 ml de H 2 50, 0,01 N SV (Solução Volumétrica);
b. 35 ml de água;
c. 1 ml de HCI PA;
d. 1 ml BaCI 2 (-12,2%);
Tubo amostra
8. Adicionar:
a. 1 ml de HCI PA;
b. 1 ml BaCI 2 (- 12,2o/o);
Procedimento
• 1195-
• PARTE IV - ENSAIOS DE PUREZA
• Tubo amostra
Tubo padrão
SH ,,, -o- C
H2c' ~:~ Fe·:' CH
C- o-,, ~ HS, 2
2 Fe-+ + 2 HSCH.COOH ~
b
Outro complexante utilizado é tiocianato de potássio
Procedimento
- · 1961 •
IMPUREZAS INORGÂNICAS
•
••
B. As demais soluções são preparadas a partir desta por di luição
em água:
20 ppm (20 I 100); 1O ppm (1OI 100); 2 ppm (2 I 100); 1 ppm (1 I 100)
A. Adicionar:
b. 35 ml de água;
Tubo amostra
B. Adicionar:
F. A cor rósea obtida pela amostra não deve ser mais intensa que
padrão.
• 1197-
• PARTE IV - ENSAIOS DE PUREZA
a) Preparo de amostras
••
Amostras Especiais (Método 111 - FB4)
b) Tubos Padrão de Pb
A. Adicionar:
• 1199 -
••
PARTE IV • ENSAIOS DE PU REZA
a) Procedimentos
• 2001 •
IMPUREZAS JNORGÁNJCAS
•••
Preparo da amostra
C. Ad iciona r:
a. 20 mL de H 2SO. 2M;
b. 2 ml Kl SR (16, 5 %) ; c
d. 1 ml de 2-propanol;
b
D. Hom oge n ei zar e deixar em
repouso 30 minu tos;
Padrão
Preparo da aparelhagem
• 1201 -·
PARTE IV- ENSAIOS DE PUREZA
b) Reação e Leitura
-·2021 •
IMPUREZAS ORGÂNICAS
•••
11 IMPUREZAS ORGÂNICAS
GIL, E.S.
• 1203-·
• PARTE IV - ENSAIOS DE PUREZA
•• Quad ro 17: Exemplos de insumos con tendo i mpurezas orgâni cas típicas
1-(2,6-diclorofenil)-1 ,3-di-hidro-2H-2-indolona;
2-[(2,6-diclorofenil)-fenil]-metanol; (2-(2,6-
Oiclofenaco K- FP7
diclorofenil)-amino]benzaldeído; ácido 2-[2-((2-
bromo-6-clorofenil)amino]fenil]acético I HPLC
HPLC
- · 2041 •
••
IMPUREZAS ORGÂNICAS
eco
A cromatografia de camada delgada, comumente denominada
e
pela sigla (CCD), uma técnica simples e de baixo custo, que pode
ser utilizada na aval iação da pureza de uma determinada amostra.
Nas placas de CCD pode-se estimar o grau de pureza em f unção
do número de manchas e intensidad e delas.
• 1205-·
• PARTE IV· ENSAIOS DE PUREZA
REFERÊNCIAS
1
EURO PEA PHARMACOPOEIA. 3 ed. Strasbourg, Council of Europe,
1999.
- ·2061 •
IMPUREZAS ORGÂNICAS
11
KOJ IMA, S. ICH guidel ine for residual solvents in drugs. Pharm Te ch Japan,
16(5), 687-704 Uapanese) 2000 .
RADHAKRISHNA, T.; RAO, D.S .; VYAS, K.; REDDY, G.O. A validated method
for the determination and purity evaluation of benazepril hydrochloride in
bulk and in pharmaceutical dosage forms by liquid chromatography. J. Pharm .
Biomed. Anal., 22(4), 641 -650 (English) 2000.
• 1207-
~~ PARTE IV· ENSAIOS DE PUREZA
SAWADA, K. TOC analysis. Pharm Tech Jpn., 11 (7), 787 -96 Oapanese) 1995.
SEO, Y.C.; LEE, S.D.; YOO, j .Y. Quality contrai of heavy metal analysis in
herbal drugs. Han'guk Hwankyong Uisaeng Hakhoechi, 24(4), 105-112
(Korean) 1998.
- 2081 •
ENSAIOS
DE POTÊNCIA
1::::. :J
•••
12 MÉTODOS CLÁSSICOS DE
DOSEAMENTO
** m il igrama (mg)= 1 o·'g; microgram a (J.Ig) = 1 o·•g; nan ograma (ng) = 1 o·•g;
p icograma (pg) = 1 O·''g; fen tograma (fg)= 1 0·15 g; atomo gram a (a tg) = 1 o·' 8 g
-·212 ,.
M ÉTO DOS CLÁSSICOS DE DO SEAMENTO
•••
Para o doseamento ou ident ificação de fármacos, as principais
técnicas empregadas em anál ise quantitativa baseiam-se:
a) na reprodutibilidade de reações químicas adequadas, utilizadas
pa ra medir as quantidades de reagentes necessários para
completar a reação ou na determinação da quantidade de
produto obtido na reação;
• 1213-·
• PARTE V. ENSAIOS DE POT~NCIA
- ·2141 •
M~TOOOS CLÁSSICOS DE OOSEAMENTO
••
líquido escoado por esses instrumentos dependerá, principalmente,
da sua forma, da limpeza da sua superfície interna, do tempo de
drenagem, da viscosidade e da tensão superficial do líquido e do
ângulo do aparelho em relação ao solo do laboratório.
Em resumo, pode-se dizer que em um laboratório de
controle de qualidade deve haver basicamente dois tipos de frascos
volumétricos:
a) TC: aparelhos calibrados para conter um certo volume, o qual,
transferido, não o será totalmente;
•• Pipetas
BURETAS
- ·2161 •
MÉTODOS CLÁSSICOS DE DOSEAMENTO
•••
B ALÕES
VOLUMÉTRICOS
São frascos
co nstruídos para
conter exatamente
um certo volume de
líquido em uma
determi nada
temperatura
(frasco TC).
• 1217-·
• PARTE V • ENSAIOS DE POT@NCIA
- ·2181 •
MÉTODOS CLÁSSICOS DE DOSEAMENTO
••
HO
Cor Cor
Indicador Faixa de pH Preparo
ácida b ási ca
Violeta de meti la 0,0-1,6 amarela violeta Solução aq uosa 0,05o/o
Diluir O, 1 g em 22 ml
de NaOH 0,01 M e
Vermelho de cresol 0,2-1,8 vermelha amarela
completa para 250 ml
com água
Azul de ti moi 1,2-2,8 vermelha amarela Idem verme lho cresol
Púrpura de cresol 1,2-2,8 vermelha amarela Idem vermelho de cresol
Eritrosina 2,2-3,6 laranja vermel ha Solução aquosa O, 1o/o
Alaranjado de meti la 3,1-4,4 vermelha amarela Solução aquosa O, 1o/o
Vermelho do congo 3,0-5,0 violeta vermelha Solução aquosa O, 1%
Alaranjado de etila 3,4-4,8 vermelha amarela Solução aq uosa O, 1%
Verde de bromocresol 3,8-5,4 amarela azul Idem vermelho de cresol
Diluir 0,02 g em 60 ml
Vermelho de meti la 4,8-6,0 vermelha amarela de etano! e completar
com 40 ml de água
Diluir 0,01 g em 50 ml
Vermelho neutro 6,8-8,0 vermelha amarela de etano! e completar
para 100 ml com água
Diluir O, 1 g em 50 ml de
cx-nafolftaleína 7,3-8,7 rosa verde etanol e completar para
100 ml com água
Diluir 0,05 g em 50 ml
Fenolftaleína 8,0 -9,6 incolor vermel ha de etano! e comp le tar
para 100 m L com água
Diluir 0,04 g em 50 ml
Timolftaleína 8,3-10, 5 incolor azul de etano! e completar
para 100 ml com água
Diluir 0,1 g e m 70 ml de
'\Jitramina 10,8-13,0 incolor marrom etanol e completa r para
100 ml com água
- · 2201 •
MÉTODOS CLÁSSICOS DE DOSEAMENTO
•••
12.1.3 Volumetria de neutralização
forteme nte básica, por causa da hidrólise por meio de ácid os.
Também são feitos o doseamento dos sais de amônio, o doseamento
do azoto nos compostos orgânicos, e outros.
No caso de ácidos orgânicos hidrossolúveis, como sal icílico,
cítrico, láctico, nicotínico, tartárico e tricloroacético, são doseados
por titulação direta com NaOH , ta is como os inorgânicos, na
presença de fenolftaleína como indicador. Os poucos solúveis em
água, como benzóico, desidrocólico e salicílico, são dissolvidos em
etanol ou outro solvente miscível com água, como solventes, por
conterem, não raro, impurezas.
Logo, em análise volumétrica, a quantidade de um constituinte
de interesse presente em uma amostra é determinada a partir de sua
reação com um determinado volume de solução padrão, chamada
titulante. Na volumetria de neutralização, quando o titulante for um
ácido forte ou uma base forte, a reação envolvida é a seguinte:
Hp + +OH-~Hp
neqácido = neqbase
As reações ácidos-base são as mais comuns entre as
empregadas em titulometria, dado que um número considerável de
fármacos tem caráter ácido ou básico.
O ponto de v iragem se dá na condição de equilíbrio o u
neutralidade, e os indicadores mais utilizados são fenolftaleína e
vermelho de metila.
Por convenção, a titrimetria de neutralização pode se dividir
em acidimetria ou alcalimetria, dependendo do fármaco se r um
ácido ou uma base.
São exemplos de fármacos doseáveis por acidimetri a: o ácido
acetilsalicílico, ácido benzóico, ácido mefenâmico, ácido nicotínico,
• 1221 -·
• PARTE V - ENSAIOS DE POTÊNCIA
Rll 2221 •
••
MÉTODOS ClÁSSICOS DE DOSEAMENTO
• 1223-
• PARTE V • ENSAIOS DE POTENCIA
-·2241 •
MÉTODOS CLÁSSICOS DE DOSEAMENTO
••
A análise de ácido ascórbico normalmente é realizada por
meio de reação com um agente oxidante, a qual deve ser realizada
o mais rapidamente possível, visto que o ácido é facilmente oxidado
pelo próprio oxigênio do ar, formando ácido diidroascórbico.
A sem i -reação de ox i dação do ácido ascórbico é a
seguinte:
OH
HO~O'-...,-:;::;.O
H - -----.
HO OH
tú
HO
O OH
- o + 2H+ +
OH
2e -
OH
Ácido ascórbico Ácido deidroascórbico
E0 = 0,5345 V
No entanto, a titu lação empregando solução de iodo
como titulante apresenta algumas dificuldades: perda de iodo por
volatil ização, necessidade de padronização da solução e realização
da análise o mais rapidamente possível.
Uma alternativa é adicionar excesso de íons iodeto à solução
de iodo. Forma-se o triideto, que também é um agente oxidante
semelhante ao iodo :
K = 7,68.10
2
31' E0 = 0,5355 V
• 1225 - ·
• PARTE V - ENSAIOS DE POTÊNCIA
- ·2261 •
MÉTODOS CLÁSSICOS DE DOSEAM ENTO
•••
em que, no ponto de equivalência, se formam quantitativamente
produtos pouco solúveis. A argemetria ou argentimetria é o pri ncipal
método titulométrico de precipitação que tem por objetivo dosear
substânci as precipitáveis pelo nitrato de prata, uti lizando como
titulante solução padrão desse composto.
• 1227-
• PARTE V • ENSAIOS DE POT~NCIA
- 2281 •
MÉTODOS CLÁSSICOS DE DOSEAMENTO
•••
no tempo necessano para sua execução; no grande número d e
operações necessárias à sua execução; nos erros que podem ser
acumulativos e estão sujeitos a ocorrerem quando há elementos
interferentes da amostra original e, por fim, não é possível determin ar
micronutrientes existentes na amostra, principalmente na escala de
parte por mil hão.
• 1229-
MÉTODOS INSTRUMENTAIS DE DOSEAMENTO
•••
13 MÉTODOS INSTRUMENTAIS DE
DOSEAMENTO
• 1231 -·
• PARTE V • ENSAIOS DE POTÊNCIA
- ·2321 •
MÉTODOS INSTRUMENTAIS DE DOSEAMENTO
••
lo _ _ __
• 1233.
• PARTE V • ENSAIOS DE POT~NCIA
•• Assim:
log lo I I =a . c
ou
A = a. c
Onde:
c = concentração da solução atravessada pela luz.
a = constante característica para solução.
log lo I I =Absorvância (A)
Da combinação das duas leis, surgiu a Lei de Lambert-Beer,
a qual correlaciona a intensidade de energia, tanto com o caminho
óptico percorrido (1), como com a concentração (c) .
log lo I I =a . c. I
ou
A = a. c .I
Assim: a= A / bc :. A= a.b.c
b) absortividade molar (E): é o quociente entre absoiVância
(A) e produto entre concentração (c), expressa em moi/L e caminho
óptico (b), expresso em em.
-·2341 •
MÉTODOS INSTRUMENTAIS DE DOSEAMENTO
Como uma dosagem tem a f inal idade primord ial de aval iar
quantidades, é extremame nte importante usar uma r igorosa
calibração v isando à obtenção de resultados exatos. Pa ra tanto, são
imprescindíveis as soluções padrões e uso de brancos.
Soluções padrões: são partes impo rtante s da aná li se
quantitativa no laboratório e usadas nas d osagens de amostras
desconhecidas. Uma solução padrão apresenta uma conce ntração
exata de uma substância que servirá como referênc i a na
determinação fotométrica de uma substância desconhecida, tend o
grande importância no preparo da curva analít ica.
Uso dos brancos: usa-se o branco em espectrofotomet ria
para estabelecer o Zero de Absorvância ou 100% Transmitância;
está-se realmente usando um sistema simp les de computação para
eliminar: absorvância dos reagentes e das cubetas, perdas por
reflexão e refração, compensação do efeito de lente produzido pe las
cubetas redondas.
Usa-se o ponto Zero A ou 100% T porque assim se elimina
a necessidade de cálc ulos, pois, nesse ponto, a energia incidente
(lo) torn a-se igual a 100.
Em algumas dosagens, obtêm-se brancos com elevada
absorvância, o que dificulta o acerto do zero em muitos aparelhos.
Nesse caso efetua-se a leitura do branco e do teste, acertando o zero
com água destilad a e a seguir determ inam -se as dife ren ças entre
branco e teste para os cálculos.
Obtenção da curva analítica: a curva analítica é parte
de grande importância do trabalho fotométrico e deve ser bem
entendida.
O procedimento a seguir pode ser usado como processo de
preparo da curva:
a) preparar uma série de padrões exatos, cobrindo a faixa de
trabalho desejada ou indicada, usando o pad rão recomendado
para o método a ser calibrado;
• 12Js C ·
• PARTE V - ENSAIOS DE POTÉNCIA
Espectrometria no infravermelho
•••
Espectrometria de chama
Para cada metal há um valor mínimo de freq üência n, abaixo
do qual não é possível obter emissão de elétrons por mais intenso
que seja o feixe de radiações, ou seja, a energia capaz de arrancar
um elétron está associada à freqüência e não à intensidade da luz.
Existem dois métodos principais de espectroscopia de emissão
de chama. O método original, conhecido como fotometria de chama,
é usado principa lmente para análise de metais alcalinos.
A espectroscopia de emissão atômica (AES) utiliza a medição
quantitati va da emissão óptica de átomos excitados para determinar
a co ncentração da substância a ser analisada.
O emprego da espectroscopia de emissão por chama (FES),
é de ampla aplicação em análise elementar. Pode ser usada para
análise quantitativa e qualitativa e é um método de elemento simples.
Seus usos mais importantes são a determinação de sódio, potássio,
lítio e cálcio em fluidos biológicos e tecidos.
Potenciometria direta
Na potenciometria direta, a concen tração de um íon é
determinada por uma única medida da força eletromotriz da célula
constituída pelo eletrodo indicador associado com o eletrodo de
referência. Os eletrodos de prata/ cloreto de prata ou de calomelano
saturado são os eletrodos de referência mais empregados.
• 1237-·
• PARTE V • ENSAIOS DE POTÊNCIA
- ·2381•
••
MÉTODOS INSTRUMENTAIS DE DOSEAMENTO
Condutimetria direta
Baseia-se em medidas de condutância específica. Seu campo
de aplicação na análise quantitativa é limitado em virtude da carência
de especificidade da condutância. Todos os íons presentes em uma
solução contribuem para a condutância.
Titulações condutimétricas
c
Figura 28: Perfil de resposta em curvas de titulação e ntre ácido forte com base forte e base
fraca, dado: G = condutância e C = concentração
Voltametria/Polarografia
As curvas tensão corrente apresentam grande util idade na
caracterização de processos de oxirredução. ·Entretanto, com base
na Lei de Faraday, a intensidade de corrente pode ser di retamente
relacionada com a concentração.
Na prática podem-se construir curvas analítica concentração
x corrente, a partir de concentrações conhecid as, tomando-se,
diretamente, valores dos picos de corrente.
Cromatografia
Os métodos cromatográficos são os mais aplicados pelas
indústrias farmacêuticas no doseamento de fármacos. Entre estes, a
cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) está presente como
método de escolha para mais de 90% dos produtos constantes nas
monografias da Farmacopéia Americana 24ª ed . (USP 24).
A cromatografia gasosa (CG) ocupa a segunda posição e,
embora apresente ótima resolução e sensibilidade, não se aplica a
produtos de baixa estabilidade térmica e/ ou baixa volatilidade.
• 1239. .
••
• PARTE V • ENSAIOS DE POTÊNCIA
... 2401 •
MÉTODOS INSTRUMENTAIS DE DOSEAMENTO
••
utilizados em cromatografia e na construção de planilhas eletrônicas,
como o Excel. Dessa forma, as equações matemáticas para realizá-la
não serão descritas aqui.
Por meio regressão linear pode-se encontrar também o
coeficiente de correlação linear (r ) . O r mede o afastamento angular
entre duas retas de regressão o que significa, em outras palavras e
na prática, que o r expressa "o quanto" os pontos avaliados caem
sobre a reta estabelecida. Quando o r = ±1 , as declividades das retas
serão idênticas e, portanto, haverá correlação linear perfeita entre
elas. Já um r = O significa que as retas estão em ângulo reto e não
existe correlação linear entre elas. Coeficientes de correlação acima
de 0,95 são aceitáveis para a maioria dos métodos analfticos.
• 1241 - ·
CÁLCULO DE OOSEAMENTO
••
14 CÁLCULO DE DOSEAMENTO
Exemplos
*A sigla Vr deve ser evitada, pois pode ser interpretada também como
Valor real.
• 1243-·
• PARTE V. ENSAIOS DE POTÊNCIA
-·2441 •
CÁLCULO DE DOSEAMENTO
•••
14.1 CÁlcuLO DA ToMADA DE ENSAIO E DILUIÇÃO
• 1245 ~~
• PARTE V - ENSAIOS DE POTÊNCIA
-·2461 •
CÁLCULO DE DOSEAMENTO
•••
b) assim, restam três opções possíveis e corretas:
Exemp lo
• 1247-·
• PARTE V • ENSAIOS DE POTÊNCIA
• I 8) Resolução objetiva
A) Comprimidos de AAS (Aspirina®)
D=TE
1
TE = alíquota de ensaio
Obs.: Cada 1.250 mg de Aspirina deveria conter 1.000 mg
de ácido acetilsalicílico (AAS), caso o produto apresentasse 100%
do valor rotulado.
B) Cápsulas de nicotinamida
D = TE X 10 = - 1-
100 1 100
Exemplo: Transfere-se 2 g da amostra (que con tém
teoricamente 500 mg de p.a.) para balão volumétrico de 100 ml e
toma-se 1 O ml para cada ensaio .
C) Elixir de betametasona (Celestone$)
-·2481 •
CÁLCULO DE OOSEAMENTO
•••
Obs.: Esta opção co nsome menor quantidade de
amostra e solvente
Opção 2:
TE = 1 O ml (pipeta volumétrica)
TD = 0,5 mg I 5 ml :. TE de 1O ml contém 1,0 mg
FD = 1,0 I 0,02 = 50
Exemplo: Transferir para balão de 50 ml e tomar alíquota
para leitura
Opção 3:
TE = 20 ml (pipeta volumétrica)
TD = 0,5 mg I 5 ml :. TE conté m 2,0 mg
FD = 2,0 1 0,02 = 100
Exemplo: Transferir para balão de 50 ml, t ransferir 25 ml
para outro balão de 50 ml e tomar alíquota para leitura.
D = TE X 25 = _I_
50 50 100
D= TE x 25 =-1-
100 100 400
• 1249 W&iii
• PARTE V - ENSAIOS DE POTÊNCIA
Opção 2:
TE = 1 O ml (pi peta volumétrica)
TO = 200 mglml :. TE = 200. 1 O = 2.000 mg
FO = 2.000 mg I 0 ,015 = 133.3 33,333
TE 5 5 20 1
D=-X-X-X-=---
100 50 50 250 125.000
~COOH
o
V oA___ + 2 NaOH
-·250,.
••
CÁlCUlO DE DOSEAMENTO
o 1= 88,79(...) V= 22,20 ml
' 4Ü.V(ML)
Ou seja, o volume necessário de sol ução de Na OH O, 1 molL-1 para conter 88,79 mg de base
é de 22,20 mL
N= m<,.,J
PM / .V( Ifll.)
/ neq
Normalidade corrigida do H 250 4 0,1 N O, 1 N . Fc
0,1 .1,0001 = 0,10001 N
Logo:
N 7v 1 = N 2 v 2 0,10001v, = 0,1. 27,80
v, = 27 ,80 mL
• 1251-·
• PARTE V- ENSAIOS DE POTÊNCIA
•• Para FD = 10
Alíquota de ensaio (quantidade analito no ensaio)= 475,0 11O
= 47,5 mg
Se peso analito (Pa)= peso resíduo (Pr) . Fg
Pr = Pa I Fg
Pr = 47,5 1 0,1929
Pr = 246,24 mg
Logo:
[p.a.]TE = FD • [p.a.]AE
0,018 mg/ml • 50 = 0,9166 mg/TE
ililm 2s2J •
CÁLCULO DE DOSEAMENTO
•••
pela amostra sabendo-se que: o volume gasto pelo branco da amostra
(vgBA) = 9,5 ml, volu me gasto pelo branco do padrão(vgBP) = 9,0
ml, e volu me gasto pelo padrão (vgP) = 3,0 ml.
• 1253-·
• PARTE V • ENSAIOS DE POTÊNCIA
Resolução
1° Passo:
Montar sistema de duas equações segundo a Lei d e Beer
(A=a .b.c), onde A= absorvância, a = absortividade (8 ), b = caminho
óptico (1 em) e c = concentração (moiL-1 ) .
2° Passo:
Escolher método matemático de cálcu lo
e.1 ) Método de Cramer
1° Passo: Substituem-se os valores dados ao sistema de duas
equações:
- ·2541 •
CÁLCULO DE DOSEAMENTO
•••
0,525 = 3,0.1 0 4 X + 2,5.1 0 3y
{ 0,750 = 2,0.104 X+ 1,5.104y
2° Passo:
3° Passo:
A partir do sistema simplificado, montam-se matrizes D, Dx e Dy.
D = [30 2,5]
2 1,5
• 1255-·
• PARTE V- ENSAIOS DE POT~NCIA
•• 5° Passo:
~5 . 10-6 ~
1 º Passo:
Co nsidera-se sistema sim pl ifica do (2º Passo d .1 " método
Cramer")
2º Passo:
Multiplica- se uma das eq uações por número z, tal que,
elimine uma das incógnitas. Ou seja, para eli minar x :
0
PI:o: 1: 2~,::
~ + 2x =
~~: . ,~
1,5y 75. 10·6 (-15)
3º Passo :
Subtraem-se equações e obtém-se concentração do fármaco (y).
- ·2561•
CÁLCULO DE DOSEAMENTO
••
y == - 600. 10"6 -;- ( - 20) == 30. 10" 6
y == 3 ,o . 1 o-s moi.L·l
4º Passo:
Substit ui-se valor encontrado para y em uma das equações e
obtém-se concentração de protefna, ou seja, o valor de x.
• 1257-
• PARTE V • ENSAIOS DE POTÊNCIA
•• REFERÊNCIAS
BALDWIN, R.M . ldentity, strength, purity, quality, and safety: common goa ls
for new drugs. New Trends Radiopharm . Synth., Qual. Assur., Regui. Control,
[Proc.Am. Chem. Soe. lnt. Symp.], Meeting Date 1990, 393 -8.
BALDWIN, R.M. ldentity, strength, purity, quality, and safety: common goals
for new drugs. New Trends Radiopharm. Synth., Q ual. Assur., Regul. Control,
[Proc.Am. Chem. Soe. lnt. Symp. ], Meeting Date 1990, 393-8. Edited by:
Emran, Ali M . Plenum: New York, N. Y. (English), 1991 .
... 2581 •
CÁLCULO DE OOSEAMENTO
•••
BUENO, F.; BERGOLD, A.M. Development of techniques for the quality
control of drugs in pharmacies: methodologies for the analysis of sodium
alendronate in pharmaceutical formulations. Acta Farmaceutica Bonaerense,
19(2), 129-132 (Spanish), 2000.
CORTI, P.; DREASSI, E.; CORB I I, G.; BALLERI I, R.; GRAVINA, S. Application
of reflectance NIRS spectroscopy to pharmaceutical quality-control of solid
binary mixtures, Pharm. Acta Helv., 65(7), 189-93 (English), 1990.
DEGANI, A.L.G.; CASS, Q.B.; VIEIRA, P.C. Química Nova na Escola, 7, 21, 1988.
DREASSI, E.; CELESTI, L.; CERAMELLI, G.; SAVINI, L.; CORTI, P. Thin layer
chromatography in pharmaceutical quality control. Assay of lnosiplex in different
pharmaceutical forms. Pharm. Acta Helv.,67(12), 341-5 (English), 1992.
• 1259-
• PARTE V • ENSAIOS DE POTÊNCIA
-·2601 •
CÁLCULO DE DOSEAMENTO
•••
KARTASHOV, V.S.; SHORSHNEV, S. V.; SHCHAVLI SKI I, A. .; ARZAMASTSEV,
A.P.; ORLOV, S.V.; UL'YANOVA, S.V.; LEBEDKINA, G.V. Proton MRspectroscopy
for standard ization and quality control of drugs. ldentification of aliphatic and
alicyclic vitamins. Farmatsiya (Moscow), 41 (3), 24-6 (Russian), 1992.
KONTRA, K.; HASSI El'\, E.; KARI, 1.; OJA E , T.; TURAKKA, L. Quality
control of unit dose ophthalmic solutions manufactured i n a hospital
pharmacy: a chemical and microbiological study. J. Pharm. Clin., Volume
Date 1987, 7(Hors. Ser. 2), 377-86 (English), 1988.
KUSELMA , 1.; SHERMA , F.; BOURE'I KO, T.; SHENHAR, A. Simu ltaneous
determination of water and enediols or th iols in chemical products and drugs
not amenable to direct Karl Fischer Titration PVM 1 :1998 . J. AOAC lnt.,
82(4), 840-861 (English), 1999.
- ·2621 •
CÁLCULO DE DOSEAMENTO
•••
SALGADO, H.R . ., OLIVEIRA, C. L.C.G. Development and validati on of a
UV spectrophotometric method for determination of gatifloxaci n in tablets.
Die Ph armazie, Eschbom, v.60, n.4, p.263-264, 2005. ISSN 0031-7144
TAYLOR, P. ).; SALM, P.; LY1 CH, S.V.; PILLA S, P. l. Simultaneous quantification
of tacrolimus and sirolimus, in human blood, by high-performance liquid
chromatography-tandem mass spectrometry. Therapeutic Drug Monitoring,
22(5), 608-612 (English) 2000 .
TSO, C.; RITCHIE, G.E.; GEHRLEI , L.; CIURCZAK, EMIL W. A general test
method for the development, validation and routine use of disposable near
i nfrared spectroscopic libraries. Journal of Near lnfrared Spectroscopy,
9(3), 165-184 (English), 2001.
UHL, M. Determination of drugs in hair using CC/ MS/MS. Forensic Sei. lnt.,
84(1-3), 281-294 (English), 1997.
• 1263-
• PARTE V - ENSAI OS DE POTENCIA
- 2641 •
,
ENSAIOS FISICOS
DE QUALIDADE
••
15 ENSAIOS DE QUALIDADE
c) biodisponibilidade.
• 1267-
• PARTE VI - ENSAIOS FISICOS DE QUALIDADE
- ·2681•
ENSAIOS DE QUAliDADE
•••
Finalmente, para formas semi-sólidas, os ensaios de qualidade
mais comuns são a determinação de peso médio e uniformidade,
bem como, não oficialmente, a determinação da consistê ncia e/ ou
comportamento reológico.
Os ensaios físicos podem ser divididos em métodos oficiais,
preconizados pelas monografias farmacopéicas e não-oficiais, quando
aplicados voluntariamente, conforme interesse do fabricante. A Tabela 15
lista alguns exemplos de ensaios físicos oficiais e não-oficiais.
Tabela 15: Ensaios físicos aplicados a formas farmacêuticas
Formas
Oficiais Não- Oficiais
Farmacêuticas
Peso Dimensões
Comprimidos Desagregação Aspecto
Dureza I Friabilidade Cor
Peso Aderência
Cápsu las Desagregação Cor
Dissolução Resistência ao choque
Taxa de sedimentação
Suspensões e Volume Grau de subdivisão
emulsões Viscosidade Comportamento
Reológico
Homogeneidade
Peso
Supositórios e óvulos Intervalo de fusão
Desintegração
Capacidade de cessão
Consistência
Equilíbrio de fases
Pomadas Peso
Comportamento
Reológico
- ·2701 •
ENSAIOS DE QUALIDADE
•••
o f luxo, de modo q ue considera m para fins práticos que sistem as
com ângulo menor q ue 30° de bo m fluxo, enquanto qua ndo maio r
ou igual a 4 5° de baixo fl uxo. A apresenta alguns valores típi cos de
ângulo de repouso para d iluentes sólidos.
Tabe la 16: Ângulos de repouso característicos de diluentes sólidos
INS UMO ÂNGULO DE REPO USO
Cloreto de sódio 38°
Fosfato dibásico d e cálcio 28,3°
Lactose 35 a 40°
Sulfato de cálcio 37,6°
A granulometria o u tenuidade de matérias-primas constituídas
de partículas sólidas (pó) é obtida por ensaios oficiais farmacopéicos
co m uso de jogos de peneiras de fo rma manual o u montados em
ordem crescente de mesh (Tabela 1 7) em um aparelho denominado
granu lômetro .
Tabela 1 7: Malha de peneiras ou tamises (abertura em Mesh)
ASTM I USS TYLER I MESH ABERTURA (mm)
10 9 2,00 mm
12 10 1, 70 mm
14 12 1,40 mm
16 14 1,18 mm
18 16 1,00 mm
20 20 850 /Jffi
25 24 71 O !Jm
30 28 600/Jm
40 35 425 !Jm
50 48 3 55 !Jm
60 60 300 !Jm
70 65 250 !Jm
80 80 180 !Jm
100 100 150 !Jm
120 115 125 !Jm
140 150 106 !Jm
170 170 90/Jm
200 200 75 !Jm
230 250 63 !Jm
270 270 53 !Jm
325 325 45 !Jm
400 400 38 !Jm
500 500 25 !Jm
635 635 20!Jm
• 1271 -
• PARTE VI - ENSAIOS FfSICOS DE Q UALIDADE
•• ENSAIO DE GRANUlOMETRIA
Amostragem
Procedimento
)>
Critérios de classificação (Farmacopéia .Brasileira IV)
.,"'
'"
'"
a) Pó grosso: Passa no tamis de malh a de 1,70 mm, mas retém 40%
na malha de 0,355 mm.
.,"'
b) Pó moderadamen te grosso: Passa no tamis de malh a 355 fJ.m,
mas retém 40% no tamis de malha 25 0 fJ.m.
15.1.2 Peso
.
1 . . 2721 •
ENSAIOS DE QUALIDADE
••
Em ambos os casos, a determin ação do peso médio é dada
pelo quociente da somatória dos pesos individuais de cada unidade
pelo número de unidades amostradas. Quanto maior for o desvio-
padrão, menor será a uniformidade do envase.
Amostragem
Procedimento
n
PM = L P I n S =[L (P-PM)2/n-1 ]112
Somar valores individuais e dividir pelo número de amostras
(n) e obter Peso Médio (PM).
Obter grau de uniformidade pelo desvio ou diferença de
peso ind ividual de cada amostra ou unidade pelo peso médio e
calcular desvio-pad rão S.
• 1273-
• PARTE VI • ENSAIOS FfSICOS DE QUALIDADE
Drágeas e comprimidos
Até 25 mg =15,0%
Entre 25 e 150 mg ± 10,0%
revestidos Entre 1 50 e 300 mg ± 7,5%
Acima de 300 mg ± 5,0%
Até 300 mg ± 10,0%
Cápsulas duras, moles e vaginais
Acima de 300 mg ± 7,5%
Supositório e óvulos Para todos os pesos ± 5,0%
Cremes, pomadas, pós e Até 60 g =10,0%
granulados Entre 60 e 150 g ± 5,0%
± 10,0%
Acima de 40 mg
Pós estéreis e liofilizados Abaixo de 40 mg ± 15,0% segundo
doseamento
ade uado
• Drágea
• Cápsulas
••
• Pós e granulados
15.1.3 Dureza
Amostragem
Procedimento
• 127s tmiiiii
• PARTE VI - ENSAIOS FÍSICOS DE QUALIDADE
15.1.4 Friabilidade
Amostragem
Procedimento
- - 2761 •
ENSAIOS DE QUALIDADE
•••
15.1.5 Tempo de desintegração
Amostragem
Aparelhagem
A B
Figura 31: Aparelho para determinação de tempo de desintegração (A) e cesto vazado (8).
• 1277 ...
••
• PA RTE VI • ENSAIOS FÍSICOS DE QUALIDADE
Procedi mento
a) montar cesta com seis tubos transparentes.
1 Água;
-·2781•
ENSAIOS DE QUALIDADE
••
Amostragem
Procedimento
• 1279-
• PARTE VI • ENSAIOS FfSICOS DE QUALIDADE
• Amostragem
Aparelhagem
Procedimento
-·280,.
ENSAIOS DE QUALIDADE
•
11
Tabela 19: Critérios de aceitação para o ensaio de dissolução
paracetamol comprimidos 80 30 50
-·2821•
ENSAIOS D E QUALIDADE
••
c) menores e irregularidades: são as pequenas imperfeições de
acabamento que podem ser t oleradas.
Defeito s Não-Críticos
•1283-
• PARTE VI - ENSAIOS FÍSICOS DE QUALIDADE
--2841 •
ENSAIOS DE QUALIDADE
•••
15.2.1 Aspectos visuais e sensoriais
a) Supositórios e óvulos
a
Figura 32: Viscosímetro de Brookfield (a e copo Ford (b)
• 1285- ·
• PARTE VI - ENSAIOS FÍSICO S DE QUA LIDA DE
Proced imento
- -2861•
ENSAIOS DE QUALIDADE
•••
da superfície de determinada q uantidade de pomada aplicada
em uma área definida, quando esta é submetida a diferentes
pressões (50, 100, 200 e 500 g) a intervalos de 1 minuto;
• l2s7 F HiM
• PARTE VI - ENSAIOS FfSICOS DE QUALIDADE
• ou copo de ford.
-•2ssl•
ENSAIOS DE QUALIDADE
•••
Procedimento (Farmacopéia
Brasileira IV):
T- 125 300
aciona cronômetro de precisão,
travando-o quando o líquido passa
pelo traço inferior.
T)=T]td
I 2 1 1
/ td
2 2
Figura 33: Viscosímetro de Ostwald
15.3 .3 VOLUME
• 1289-·
• PARTE VI - ENSAIOS FÍSICOS DE QUALIDADE
•• Tabel a 22: Relação entre volume total, números de amostras e desvios pe rmitidos segundo
Farmacopéia Brasileira 4. ed.
·-·2901•
•
••
ENSAIOS DE QUALIDADE
REFERÊNCIAS
BALDWI"-, R.M. ldentity, strength, purity, quality, and safety: common goals
for new drugs. New Trends Radiopharm. Synth., Qual. Assur., Regul.
Control, [Proc.Am. Chem . Soe. lnt. Symp.], Meeting Date, 393-8, 1990.
CHOI, M.; HONG, C.H.; )ANG, S.).; KA1 G, C.S. The quality regulation of
drug excipients. Yakche Hakhoechi, 3 3 (1), 67 -71 (Korean), 2003.
DOf'.,DI, G.; BINDA, M.L..; COLOMBO, P.; CO TE, U.; MAGGI , L. A new
approach to tabletting validation. Acta Pharm. Technol., 36(4), 240-3 (English),
1990.
GE 'C, L.; BILAC, H.; GULER, E. Studies on controlled release dimenhydrinate from
matrix tablet formulations. Pharm. Acta Helv., 74(1), 43-49 (English), 1999.
• 1291 -·
• PARTE VI - ENSAIOS FfSICOS DE QUALIDADE
• GUO, j.-H.; HARCUM, W.W.; SKI 1'\ER, G.W.; DLUZ ESKI, P.R.; TRUMBULL,
D.E. Validation of tablet dissolution method by high-performance liquid
chromatography. Drug Dev. lnd. Pharm., 26(3), 337-342 (English), 2000.
GUO, JIA -HWA; HARCUM, W. W.; SKI ER, G. W.; DLUZ ESKI, P. R.;
TRUMBULL, D. E. Validation of tablet dissolution method by high-performance
liquid chromatography. Drug Dev. lnd. Pharm., 26(3), 337-342 (English), 2000.
LACHMANN, L.; LIEBERMAN, H.A.; KANING, j.L. The Theory and Practice
of Industrial Pharmacy. 3 . ed. Philadelphia, Lea & Febiger, 1986.
·-·2921 •
ENSAIOS DE QUALIDADE
••
MARKOVIC, S.; TATAREVIC, D.; BA )A I '\1, V. l n-process co ntrol in drug
production. Ar h. Farm., 47 (3-4), 113-20 (Serbo-Croatian), 1991 .
QU, F.; DING, Q.; Ylf\, Q . Dissolution of sulp iride tablets prepa red by
different manufacturers. Zhongguo Yiyuan Yaoxue Zazhi, 77 (5), 209-11
(Ch inese), 1991.
RISHA, P.G.; VERVAET, C.; VERGOTE, G.; VAN BORTEL, L.; REMON, ).P
Drug formulations intended for the global market should be tested for
stability under tropical climatic conditions. European journal of Clinicai
Pharmacology, 59(2), 135-141 (English), 2003.
SAUTEL, M.; ELMALEH, H.; LEVEI LLER, F. Comparison of specific surface areas of
a micronized drug substance as determined by different techniques. Stud. Surf.
Sei. Catai., 128(Characterisation of Porous Solids V), 633-642 (English), 2000.
SWA1 EPOEL, E.; LIEBE BERG, W.; DE VILLIERS, M .M. Quality evaluation
of generic drugs by dissolution test: changing the USP dissolution medium
to distinguish between active and non-active mebendazole polymorphs.
European journal of Pharmaceutics and Biopharmaceutics, 55(3), 345-
349 (English), 2003.
SWA EPOEL, E.; LIEBE 1BERG, W.A; DE VILLIERS, M.M. Quality evaluation of
gene ri c drugs by dissolution test: changing the USP dissolution medi um to distinguish
• 1293-
• PARTE VI • ENSAIOS FfSICOS DE QUALIDADE
YENICE, 1. ; CALIS, S.; CAPAN, Y. Q uality cont rol of conventional and cont roll ed-
release ca rbamazepine tablets available in the Turkish market. Hacettepe
Universitesi Eczacilik Fakultesi Dergi si, 20(2), 45 -52 (Turkish), 2000.
•••
16 CONTROLE DE QUALIDADE DE
FITOTERÁPICOS
• 1297-·
••
• PARTE VIl • CONTROL E DE FITOTERÁPICOS
-· 2981•
••
CONTROLE DE QUALIDADE DE FITOTERÁPICOS
16.1 DEFINIÇÕES
-• 3ool•
CONTROLE DE QUALIDADE DE FITOTERÁPICOS
••
químicos característicos da espécie. Também deve apresentar a
documentação pertinente à realização da prospecção fitoquímica ou
do perfil cromatográfico do produto acabado.
A norma que regulamenta a manipulação de fitoterápicos é
a RDC nº. 87 [19], que define as boas práticas de manipulação de
preparações magistrais e oficinais para uso humano em farmácias.
A Instrução Normativa (IN) nº. 5 define os fitoterápicos de
registro simplificado, ou seja, aqueles que podem ser registrados sem
a apresentação de dados de eficácia e segurança, e contempla 36
espécies vegetais [20] . A RDC nº. 95 padroniza as bulas de fitoterápicos
obtidos de 13 espécies vegetais da lista de registro simplificado IN
nº.S [21].
• 1301 -
• PARTE VIl - CONTROLE DE FITOTERÁPICOS
- ·3021 •
CONTROLE DE QUALIDADE D E FITOTERÁPI CO S
••
desejado é de suma importância para a qualidade da matéria-prima
vegetal, pois o teor dos princípios ativos pode ser consideravelmente
alterado pelo estágio metabó lico do organismo vegetal.
Durante o beneficiamento, o material vegetal fresco deve ser
separado de qualquer material estranho presente (terra, fragmentos
de outras espécies, insetos etc.), bem como devem ser eliminadas
todas as partes desnecessárias, ou seja, t odos os fragmentos de órgãos
que não fazem parte da droga vegetal. O teor de umidade do material
recém-coletado usualmente é elevado, variando de 60% a 80%,
podendo levar à ocorrê ncia de crescimento microbiano, degradação
dos princípios ativos e decomposição do material vegetal. Dessa
forma , é necessário submeter o material vegetal à secagem, que em
condições adequadas preserva as características organolépticas da
droga vegetal (cor, aroma, sabor). O conteúdo remanescente de água
no material vegetal depende da espécie e da parte da planta que
o compõe. Usualmente, o teor adequado para o armazenamento
encontra-se na faixa de 8% a 12% de água, evitand o a deterioração
do mate rial vegetal [23].
Ass i m como para os demais produtos farmacêuti cos, a
qualidade do material de acondicionamento também deve ser
avali ada e atestada, sendo imprescindíve l para a garanti a da
estabilidade dos componentes. A embalagem vai depender das
características da droga vegetal, da quantidade do materia l a ser
embalado, do t ransporte a ser utilizado e mesmo das exigências do
com prador.
O armazenamento e o transporte devem ser adequados
para manter a eficácia e segurança do medicamento. Quanto ao
armazenamento, as boas práticas devem ser seguidas à semelhança
do armazenamento de qualquer insumo farmacêutico. Geralmente, o
material vegetal deve ser armazenado pelo menor tempo necessário.
Contudo, o tempo de armazenamento também depende da
natureza da droga vegetal. No caso de material vegetal contendo
compostos ant racênicos, por exemplo, Rhamnus purshiana (cáscara
sagrada), antes da utilização deve ser armazenado por um ano ou
ser submetido a envelhecimento artificial, utilizando calor e aeração,
pa ra eliminar antronas livres, que são tóxicas [26].
• 1303 -
• PARTE VIl - CONTROLE DE FITOTERÁPICOS
16.4.1 Amostragem
-· 3041 •
CONTROLE DE QUALI DAD E DE FITOTERÁPICOS
•••
acabados, a amostragem de matérias-primas vegetais e produtos
fitoterápicos é fundamental na obtenção de resultados de análise
fidedignos. Essa operação deve garantir a representativ idade da
tomada de ensaio em relação ao material como um todo, havendo
algumas diretrizes a serem seguidas para que isto seja possível.
O material vegetal usualmente constitui-se de uma mistura de
plantas individuais e/ ou diferentes partes da mesma planta, o que faz
com que seja de natureza heterogênea. Assim, a amostragem deve
ser cond uzida com cuidado especial e por pessoal qualificado.
Todo material vegetal deve ser mantido em quarentena,
estocado em condições apropriadas. Se a amostragem for rea lizada
na área de estocagem, deve ser conduzida de forma a prevenir a
contaminação do material. No momento da amostragem devem
ser observadas a correta rotu lagem, a presença de adulterantes e a
amostra para retenção.
Inicialmente, é feita a inspeção das condições de embalagem
e dos rótulos. Se for constatada qualquer abertura, a conservação
possivelmente estará comprometida, devendo-se realizar a
amostragem das embalagens íntegras em separado. No caso de
drogas vegetais, tendo em vista a falta de homogeneidade, certos
cuidados devem ser tomados no momento da amostragem.
Ao abrir as embalagens se lecionadas o conteúdo deve ser
submetido à inspeção quanto a:
• JJos liHII
• PARTE VIl - CONTROLE DE FITOTERÁPICOS
- - 3061•
CONTROLE DE QUALIDADE DE FITOTERÁPICOS
•••
se e ncontrar em quadrados opostos. Em seguida, caso haja pouca
homogeneidade no tamanho dos fragmentos, o conteúdo dos dois
quadrados restantes deve ser reunido e a operação repetida.
Esquema 1: Técnica de quarteamento para amostragem de mais de l OOkg de material vegetal,
fl'lg:T.tntol
EMBALAGENS 1 em ou > tem
• 1307- ·
• PARTE VIl • CONTROLE DE FITOTERÁPICOS
-·Joal •
CONTROLE DE QUALIDADE DE FITOTERÁPICOS
•••
estiver seca, há necessidade de hidratação prévia. Após a obtenção
dos cortes histológicos, estes são submetidos a técnicas usuais de
clareamento e coloração, descritas em compêndios oficiais ou literatura
especializada. A observação das estruturas anatômicas características é
realizada com o auxílio de microscopia.
Para algumas drogas vegetais, as técnicas histoquímicas são
úteis para a detecção de compostos característicos (alcaloides, grãos de
amido, óleo essencial, cristais de oxalato de cálcio etc). A utilização do
reagente adequado permite detectar determinados tecidos. Essa técnica
é particularmente útil quando o material encontra-se pu lverizado.
• 1309 tãi"iiili
• PARTE VIl - CONTROLE DE FITOTERÁPICOS
rm•
alcalinos que, durante o processo de incineração, podem reter parte
do dióxido de carbono produzido; e o teor de cinzas insolúveis em
ácido clorídrico, obtido após o tratamento do resíduo de cinzas totais
ou cinzas sulfatadas com solução de ácido clorídrico (geralmente,
1O% p/p), indica a presença de silicatos, oriundos, geralmente da
contaminação por terra e pedras.
Outro método útil é a determinação de cinzas solúveis em
água, indicativo da presença de material alcalino. As cinzas obtidas no
ensaio de cinzas totais ou cinzas sulfatadas são adicionadas de água,
filtradas, e a diferença em peso entre a fração insolúvel em água, após
dessecada, e as cinzas obtidas no ensaio anterior é calculada [29].
••
MCDAx Ex 70
N A R = - - - -- -
CDPM x 100
Onde:
NAR: níveis aceitáveis de resíduos (em mg de STP por Kg do material
vegetal pesquisado).
MCDA: máximo de consumo diário aceitável (em mg de STP por
peso corporal).
E: fator de extração (taxa de transferência da STP da planta medicinal
para a forma farmacêutica, que é determinada experimentalmente).
70: peso médio corporal (em Kg).
CDPM: consumo diário médio (em Kg) de plantas medicinais.
100: fator de consume, que reflete a condição de que não mais que
1 % do resíduo total de STP consumido seja oriundo da droga vegetal.
Presença de micotoxinas
- ·3141 •
CONTROLE DE QUALIDADE DE FITOTERÁPICOS
•••
D etermina ção q ual i tativa e q uanti t ativa d os con stitui ntes
químicos característicos
• 1315- ·
• PARTE VIl • CONTROLE DE FITOTERÁPICOS
-· 3161 •
CONTROLE DE QUALIDADE DE FITOTERÁPICOS
•••
complexos corados com taninos.
Entre o total de monografias de drogas vegetais presentes
na Farmacopeia Brasileira IV [28], nove (25%) apresentam esses
componentes em sua composição, conforme o Quadro 19.
c) Substâncias amargas (índice de amargor) : plantas
medicinais que contenham substâncias amargas são geralmente
aperientes, por apresentarem ação estimulante sobre as secreções do
trato gastrintestinal. Substâncias amargas podem ser caracterizadas
quimicamente. Contudo, o sabor amargo do material vegetal é
usua lmente devido à presença de mais de um prin cipio ativo.
Dessa forma, o índice de amargor é determinado em relação a uma
substância de referência por um método sensorial e ca lcu lado em
equivale ntes da substância de referência.
Para a determinação desse índice devem ser preparadas
di luições seriadas a partir de uma solução de cloridrato de quinina
a 0,01 %. Uma série de diluições também é preparada para a amostra
a ser avaliada, conforme preconizado na monografi a. O indivíduo
deverá provar 1Oml de cada sol ução, começando da mais diluída.
O índice de amargor será calculado conforme a equação:
Onde :
2000c
IA=
ab
IA = índice de amargor em unidades/ grama
a = quantidade de material a ser testado em mg!ml
b = volume da solução teste em 1 Oml da maior diluição que
promoveu a sensação de amargor
c = quantidade da substância de referência, em mg! 1 Oml na
maior diluição que promoveu a sensação de amargor equ ivalente àq uela
promovida pela amostra.
- - 3181 •
CONTR O LE DE QUALIDADE DE FITOTERÁPICO S
•••
Q uadro 19: Parâmetros utilizados na determinação de índices característicos em drogas vegetais
segundo preconizado na 4a edição da Farmacopeia Brasi liei ra [28 ).
Ieor
Índice lndi- lndice
míni· Teor
de ce de de
Parte moem míni-
Monografia Espécie vegetal am ar- espu- entu- Ano
usada óleo moem
gor ma mesci-
volátil taninos
(IA) (I E) menta
%
Pimpinel/a anisum
Anis-doce
L. (.>,piaceae) fruto 2 2000
1/icium \<erom
Badiana Hook.f. íruto 5 2000
(Magnoliaceae)
S!ryphnodendron
adstringensí.~arL)
casca de
Barbatimâo Coville 8 2002
(Lesuminosae- caule
M1mosoidae
Peumus boldus
Boldo Vlol.l Lyons folha 1 ,5 1996
(Mo nimiaccae)
Canela-do- Qnnamomum casca de
••rum j.S. Presl. 1,2 2000
ceiU.o (lauraceae caule
Goiabeira
Psidwm guajaval. i olha 0,2 5,5 2002
cMymceae)
Paullinia
Guaraná cupana Kunth semente 4,0 2003
Saoindaceae)
Hamamelis
Hamamclis virgmiana L. fol ha 7 1996
(Hamam elidaceael
Ach>·rcxflne sumidade
Vtacela sawreoides1Lam.) 0,4 2001
DC. Asteraceae) norida
Malva sil~scris L.
Malva .'Aa.vaceae 1
iolha 6-8' 2000
• 1319- ·
• PARTE VIl - CONTROLE DE FITOTERÁPICOS
Métodos químicos
..- 3201 •
CONTROLE DE QUALIDADE DE FITOTERÁPICOS
••
(Atropa belladona L.), utilizando a titrimetria. O resultado é fornecido
em porcentagem de alcaloides totais, expresso em relação à
hiosciamina [28].
O uso de procedimentos que empregam reações químicas
seguidas de determinação espectrofotométrica é, também, uma das
mais difundidas técnicas existentes para a quantificação de princípios
ativos ou classes de substâncias presentes nas matérias-primas
vegetais. A Farmacopeia Brasileira IV apresenta diversas monografias
de drogas vegetais nas quais este procedimento é preconizado [28] :
determinação de alcaloides fenólicos e não-fenólicos em ipecacuanha
(Cep haelis ipecacuanha (Brot.) A. Ri ch); casca rosídeos e outros
heterosídeos antraquinônicos de cáscara -sagrada (Rhamnus purshiana
DC.), entre outros.
Contudo, esses métodos carecem da robustez, sensibilidade
e acurácia necessárias para uma análise que garanta a real detecção
dos princípios ativos e/ou tóxicos do material vegeta l. Assim, esses
métodos vêm sendo substituídos por novas técnicas que permitem,
de forma rápida e sensível, e utilizando uma pequena quantidade
de amostra, a avaliação qualitativa e quantitativa da composição
química de determinado material vegetal, de extrativos e do produto
acabado.
TÉCNICAS CROMATOGRÁFICAS
• 1321 -·
•
• PARTE VIl • CONTROLE DE FITOTERÁPICOS
-·3221 •
CONTROLE DE QUALIDADE DE FITOTERÁPICOS
••
Cromatografia planar
• 1323-
• PARTE Vil - CONTROLE DE FITOTERÁPICOS
- ·3241 •
CONTROLE DE QUALIDADE DE FITOTERÁPICOS
•••
velocidade da fase móvel sem perder a reso lução: a eluição sob
pressão resulta em uma análise substancialmente mais rápida e mais
eficiente que as análise por CCD ou CCDAE [ 41 ].
Outras vantagens podem ser listad as, como a possibil idade de
uti lizar técnicas hifenadas [42, 43) e a obtenção de cromatogramas
em múltipas camadas [44) . Uma possível desvantagem seria a
necessidade de um tempo maior na preparação do experimento
e o custo do aparato necessário. Contudo, o fato de me lhorar a
eficiên cia torna esta técn ica competitiva .
Desenvolv i mento múltip lo automatizado (DMA):
esta técnica exige pequenas quantidades de amostra e é muito
útil na separação de alcaloi des, óleos essenciais e compostos
fenólicos, esteroidais e outros [41, 45, 4 6). Consiste em uma
técnica instrumental para preparar cromatografia em fase norma l,
com gradiente de solvente, empregando placas para CCDAE na
utilização de um módulo de desenvolvimento e uma unidade de
controle microprocessada. A cada eluição a placa é secada antes da
utilização do próx imo eluente. Essa técnica permite que a d ifusão
na placa e a evaporação da fase móvel sejam reduzidas. Como as
sucessivas eluições são processadas em atmosfera de nitrogên io,
também evita a oxidação do material analisado Apresenta alta
resolução e pode ser utilizado para aná lises qua li tativas ou
quantitativas [4 7).
B IJ2s iBII
• PARTE VIl • CONTROLE DE FITOTERÁPICOS
-· 3261•
CONTROLE DE QUALIDADE D E FITOTERÁPICOS
•••
Cromatografia líq uida de alta eficiência com detector de
ultravioleta (CLAE- UV): é o mais simples e o mais util izado, por ser
de baixo custo. Tem a vantagem de, ent re os detectores disponíve is
até o momento, apresentar a melhor combinação de sensibilidade,
linearidade, versatilidade e robustez. Apresenta limitações quanto
ao controle da qualidade de derivados vegetais e fitoterápicos,
pois não permite a detecção de compostos que não apresentam
cromóforos em sua estrutura. Contudo, como muitos dos princípios
ativos presentes nessa amostra apresent am ao menos duas ligações
duplas e/ ou elétrons desemparelhados, a util ização de um detector
de UV com faixa de comprimento de onda entre 200 e 600nm
perm ite a detecção desses compostos. De fato, há vasta lite ratura
sobre a utilização de CLAE -UV, mesmo com comprimen to de onda
fixo, tanto para a obtenção de perfil quanto para a qua ntificação
e detecção de quase todos os co mpostos naturais que apresente m
um sistema cromóforo em sua est rut ura.
Como é uma técnica simples e de baixo custo, a util ização
de CLAE-UV é preconizada em várias f armacopeias, que r para a
quantificação de princípios ativos, que r para o controle da qualidade
de drogas vegetais e fitoterápicos .
Geralmente, por requerer um grad iente de eluição, a análise
causa deslocamento na linha de base em comprimentos de onda
menores, o que pode ser evitado com a utilização de ta m pão fosfato
ou ácido trifluoroacético.
A Farmacopeia Brasile ira IV preconiza a utilização de
CLAE-UV (362nm) para a quantificação dos marcadores da macela
(Achyrocline satureoides Lam. DC.L quercetina e luteol ina, utilizando
coluna de fase reversa (octadecilsilano) e fase móvel constituída
de mistura de metano! e solução de ácido fosfórico a 1% mN,
na proporção de 53:47 [28] . A utilização de CLAE- UV t am bém é
preconizada para a quantificação de esteviosídeo na estévia [Stevia
rebaudiana (Berton i) Bertoni] .
Os métodos que utilizam CLA E-UV são mu ito úteis no
con trole da qualidade de insumos vegetais:
- na comparação do perfi l cromatográfico da matéria- prima
vegetal de lotes da mesma espécie, oriu ndos de d iferentes
locais e fornecedores [52, 53] .
• 1327f41M
• PARTE VIl - CONTROLE DE FITOTERÁPICOS
••
Apesar de ainda não ser muito uti lizado no Brasil ou constar
nos Métodos Gerais da Farmacopeia Brasilei ra IV, o interesse po r
CLAE-DDLE tem aumentado como detector un ive rsa l, pois é mais
compatível com gradientes de eluição que DI R, tem menor custo e
é sua manutenção é mais simples que um sistema CLAE-EM, descrito
a seguir.
Na análise de drogas vegetais, seus derivados e produtos
acabados (fitoterápicos), têm sido utilizados, principalmente, para
detectar e quantificar marcadores contendo em sua estrutura
cromóforos fracos, tais como terpenos (ta nto geninas quanto
glicosídeos), saponinas, alguns alcaloides, bem como açúcares. Por
exemplo, nas orientações ao setor regulado, a Anvisa cita a uti lização
de CLAE-DDLE na análise das lactonas terpênicas de Ginkgo biloba.
Esses compostos (por exemplo, ginkgolídeo e bilobalídeo) não são
facilmente detectáveis por CLAE -UV, mas CLAE- DDLE mostrou
ser uma ferramenta útil no controle da qual idade de fitoterápicos
contendo extrato de ginkgo [57] como alternativa à utilização de
CC-EM - o que será discutido posteriormente.
Cromatografia líquida de alta eficiência com detector
de qu imioluminescência (CLAE-DQL): de forma semelhante à
fluorescência, a quimioluninescência pode ser definida como a emissão
de luz de uma molécula ou átomo em um estado eletroni camente
excitado, produzido por uma reação sem qualquer geração de
calor associada [51] . Os detectores de qui mioluminescência (DQ L)
são muito sensíveis e seletivos, considerados por alguns setores
mais sensíveis que o DDLE. É uma ferramenta úti l para a detecção
de moléculas que contenham nitrogênio em sua estrutura. Se o
soluto contiver ao menos um átomo de nitrogênio, este pode ser
detectado. Basicamente, a detecção ocorre após a oxidação, em
alta temperatura, do analito contendo nitrogênio, que é convertido
no processo em óxido nítrico. O óxido nítrico formado reage com
ozônio, produzindo dióxido de nitrogênio em um estado excitado
que emite um fóton na relaxação. O sinal produzido é proporcio na l
ao número de átomos de nitrogênio presentes no ana lito. Para a
análise, a fase móvel utilizada deve ser volát il e livre de com postos
nitrogenados [58].
Mesmo sendo um método mu ito sensíve l, a utilização de
CLAE -DQL tem sido limitada. Um estudo que mostra a detecção de
flavonoides em um fitoterápico com limite de detecção de 3 nglml
[59] é um exemplo da potencialidade dessa técn ica no contro le da
qualidade.
• PARTE VIl - CONTROLE DE FITOTERÁPICOS
Cromatografia Gasosa
-• JJolli
CONTROLE DE QUALIDADE DE FITOTERÁPICOS
•••
eugenol; em botões florais de cravo-da-Índia [Syzygium aromaticum
(L.) Merr. & Perry]; e carquejol e acetato de carquejila, em caules de
carqueja [Baccharis trimera (Less.) DC.L ent re outros [28].
A cromatografia gasosa de alta resolução foi utilizada para a
avaliação da qualidade do óleo-resina de copaíba. A comparação com
o método analítico clássico (determinação do índice de acidez) mostrou
que a análise por CG apresentou resultados mais uniformes e possibilitou
a definição de marcadores para esse derivado vegetal [64].
os últimos anos, com o aumento da utilização de CG, a
área onde houve mais avanços quanto a essa técnica diz respe ito à
preparação da amostra a ser analisada, pois muito poucas matrizes
podem ser injetadas diretamente num cromatógrafo a gás.
Um procedimento muito utilizado é a microextração em fase
sólido-vapor (ME-FSV), Headspace Solid-Phase Microextraction, mais
conhecido pela sigla HS-SPME: em uma primeira etapa os constituintes
voláteis são transferidos para a matriz da fase vapor por aquecimento
térmico ou por microondas, fazendo com que sejam adsorvidos em uma
fase estacionária apropri ada. A dessorção ocorre no equipamento com
o aumento da temperatura. Uma vez que o material da microext ração
da fase sólida (M E-FS) seja definido, a extração e enriquecimento de
certos compostos é possível de forma simples, rápida e livre de solvente,
fazendo que seja uma técnica bastante útil para a análise de matrizes
complexa tais como extratos vegetais e fitoterápicos [65] .
Um exemplo da utilização dessa técnica é na avaliação da
qualidade de flores de Chrysanthemum indicum L. oriundas de diferentes
regiões [66]: foram definidos 4 marcadores (eucalipto I, cânfora, boneol
e acetato de bornila) os para a definição dos parâmetros do método
utilizado para a avaliação de 20 amostras diferentes
• 1331
• PARTE Vil • CONTROLE DE FITOTERÁPICOS
-·3321 •
CONTROLE DE QUALIDADE DE FITOTERÁPICOS
••
espectrometria de massas. Também permite a análise de metabólitos
que apresentem grupos fenólicos em sua estrut ura (ácidos benzoicos,
cinâmicos e seus derivados, flavono ides etc), mantendo o pH do
tampão entre 7 e 12.
Essa técnica tem sido útil na aná lise de fitoterápicos e
suplementos alimentares da Medicina Tradicional Chinesa [71],
que emprega geralmente compostos de derivados de mais de duas
espécies vegetais.
Cromatografia capilar eletrocinética micelar (CCECM ou
cromatografia eletrocinética micelar, CECM): essa técnica é uma
modificação da EC e é mais conhecida por suas siglas em inglês MECC
ou MEKC (Micellar Electrokinetic Capillary Chromatography ou Micel/ar
Electrokinetic Chromatography). Age ntes te nsoativos são adicionados
ao eletrólito de eluição em condições ap ropriadas para a formação
de micelas, resultando em um sistema bifás ico no qual o eletró lito
constitui a fase primária, transportada eletro-osmoticamente sob a
ação do campo elétrico; as micelas constituem a fase secundária, cujo
movimento deve-se a uma combinação dos fenômenos eletroforese e
eletro-osmose. Os solutos neutros são distribuídos nessas duas fases,
fazendo com que a separação seja seletiva.
Essa técn ica foi utilizada para a quantificação de cafeín a
em extratos de guaraná (Paullinia cupana Mart.) e erva-mate (//ex
paraguariensis St. Hil.), sem a necessidade de tratamento prévio da
amostra (injeção direta do extrato) e mostrou ser rápida eficiente e
livre de interferentes [72].
• 1333 [}7:':'!1
• PARTE Vil • CONTROLE DE FITOTERÁPICOS
-·3341 •
CONTROLE DE QUALIDADE DE FITOTERÁPICOS
•••
Outra va ntagem do sistema CLAE-DAD é que pode se r usado
de forma multi-hifenada com EM e com DDLE.
Cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a
espectrômetro de massas (ClAE-EM): a utilização dessa técnica
é extremamente útil no controle da qualidade de fitoterápicos.
O espectrômetro de massas (E M ) é um detecto r com grande
sensibilidade e seletividade, excelente para a análise de mat rizes
complexas. Além disso, permite o acesso em lin ha de informações
estruturais importantes, tais como peso molecula r, f órmu la molecular
e diagnóstico de fragmentos, cruciais pa ra a desrepl icação e a
caracterização ágil de compostos naturais.
Vários tipos de espectrômetros de massas podem ser usados.
Os EM de baixa resolução, como os de um quadripolo, são os mais
utilizados e menos on erosos. Os EM de alt a resolução e capacidade
de fornecerem massas mais exatas, tais como os equipamentos do
tipo tempo-de-vôo, mais conhecidos pela sigla TOF (time-of-flight),
também estão sendo cada vez mais utilizados. Para análi ses que
exigem detecção mais específica, os quadripolos t riplos são os
equipamentos de escolha. Os espectrômet ros de massas do tipo
capturadores de íons (ion trap) fornecem dados de estágios m últiplos
que podem ser essenciais para a elucidação est rutura l.
A grande popularidade de CLAE-EM se deve às interfaces
de ionização à pressão atmosférica, I PA (A PI - atmospheric pressure
ionisation ): ionização por eletrospray IE (ESI- electrospray ionisation)
e ionização química à pressão atmosférica, IQPA (APCI - atmospheric
pressure chemical ionisation) . Na I E, a alta voltagem e o aquecimento
promovem a ionização necessária para a produção de íons: a alta
voltagem promove a nebulização do eluato que resulta em gotículas
carregadas que seguem para o analisador de massa. No IQPA o
aquecimento vaporiza o eluato e a descarga da carona ioniza as
moléculas do solvente, que por sua vez produz íons do analito vi a
mecanismos de ionização química .
As técnicas CLAE- EM e CLAE -EM - EM podem ser utilizadas
para análises qualitativas (em estudos d e desrepl icação e para
obtenção de perfis de extratos brutos) e também quantitativas.
As análises por CLAE-EM-EM são muito úte is nos estud os de
biod isponibilidade.
• 1335 .,..1;,...
, , ...
- ........
PARTE VIl - CONTROLE DE FITOTERÁPICOS
Matéria-prima/ Análises
Forma farmacêutica
- 3361•
CONTRO~E DE QUALIDADE DE FITOTERÁPICOS
• 1337 lilili!ll
• PARTE Vil - CONTROLE DE FITOTERÁPICOS
-,.-. 3381•
CONTROLE DE QUALIDADE DE FITOTERÁPICOS
••
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• 1339-·
• PARTE V Il - CONTROLE DE FITOTERÁPICOS
• REFERÊNCIAS
3. LI, S. et ai. Chemical markers for the quality control of herbal medicines:
an overview. Chinese Medicine, v.3, p. 7-24, 2008.
6. BENNETI, B. Fair trade orfoul: using value chain analysis to understand power
and govern ance in l he Southern Africa n Devil's Claw industry. RTF, 2006.
- ·3401 •
CONTROLE DE QU ALIDADE DE FITOTERÁPICOS
•••
12. BRASIL. Ministério da Saúde. Colegiada no. 17 de 24 de fevereiro de
2000. Aprova o regulamento técnico de,medicamentos fitoterápico jupto ao
Sistema _de Vigilância Sanitária. In: AGENCIA NACIONAL DE VIGILANCIA
SA ISTARIA. Resolução de Diretoria. Brasíli a: ANVI SA, 2000.
16. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência acionai de Vigilância Sani tári a.,
RDC n°90, de 16 de março de 2004. Determina a publicação da "Guia para
a realização de estudos de toxidade pré-clínica de fitoterápicos". DOU,
Brasília, 2004.
• 1341 - -
• PARTE VIl • CONTROLE DE FITOTERÁPICOS
26. KLEIN, S.; RISTER, R.; RIGGINS, C. The complete german commission
e monographs: therapeutic guide to herbal medicines.Austin: M. Blumenthal,
1998.
31. SAPER, R.B. et ai. Lead , mercury, and arsenic in US-an d lndian-
manufactured Ayurvedic medicines sold via the Internet. jama, v.300, n.8,
p. 91.5 -923, 2008.
32. YOON, E. et ai. The Risk Assessment of Heavy Metais for Herbal Medicine.
Drug Safety, v.29, n.10, p. 911 -1010, 2006.
- -3421 •
CONTROLE DE QUALIDADE DE FI TOTERÁPICOS
•••
Resolução n2 34, 1976. Fixa para os alimentos, tolera.ncias de 30ppb (trinta
partes por bilhão) para as Aflatoxinas, calcu lada pela soma dos conteúdos
das aflatoxinas 81 e G1, determinadas segundo as técnicas que vierem a ser
recomendadas pelo LCCDM.Brasília, DOU, 19 jan. 1977 .
34. BILIA, A. R.. Pharmaceutical Analysis - Plant Extracts.l n: PAUL, W.; ALAN,
T.; CO LI , P.(Eds.). Encyclopedia o f Analytical Science. Oxford: Elsevier,
2005. p.116 -126.
36. LIAt-..G, Y.Z.; XIE, P.; CHAN, K. Q uality control of herbal medicines.
journal of Chromatography B, v. 812, n.1-2, p. 53-70, 2004.
37. LI, Y.; HU, Z.; HE, L. An approach to develop binary chro matographi c
fingerprints of the total alkaloids from Caulophyllum robustum by
high performance liquid chro matograph y/diode array detector an d gas
chromatography/ mass spectrometry. journal of Pharmaceutical and
Biomedical Analysis, v.43, n. 5, p. 1667-1672, 2007.
40. YIREDY, S. The bridge between TLC and HPLC: overpressured layer
chromatography (OPLC). TrAC Trends in Analytical Chemistry, v.20, n.2 ,
p. 91-101 , 2001.
• 1343- -
• PA RTE VIl • CONTROLE DE FITOTERÁPICOS
46. ABI DI, S.L. Chromatographic analysis of plant sterols in foods and vegetable
o ils. journal of Chromatography A, v. 935, n.1-2, p. 173-201, 2001.
48. LIANC, X.-m. et ai. Qualitative and quantitative analysis in quality control
of traditional Chinese medici nes. journal of Chromatography A, v. 1216,
n.11 , p. 20 33-2044, 2009.
52. XIAO H UI, F.; Yl, W; YIYU, C. LC/MS fingerprinting of Shenmai injection:
A novel approach to qual ity control of herbal medicines. jo urnal of
Pharmaceutical and Biomedical Analysis, v. 40, n.3, p. 591-597, 2006.
53. ZHOU, ). ; Ql, L.; LI , P. Quality control of Chinese herbal medicines with
chromatogra phic fi ngerprint. Chinese journal of Chromatography, v. 26,
n.2, p. 153 -1 59, 2008.
- ·3441 •
CONTRO LE DE QUALIDADE DE FITOTERÁPI COS
••
57. CAMPOt OVO, F. F. et ai. Evaporative light scattering and thermospray
mass spectrometry: Two alternative methods for detection and quantitative
liquid chromatographic determination of ginkgolides and bilobalide in Ginkgo
biloba leaf extracts and phytopharmaceuticals. Phytochemical Analysis, v.6,
n.3, p. 141-148, 1995.
• 1345- ·
•
• PARTE VIl - CONTROLE DE FITOTERÁPICOS
78. BUSSE, W. The significance of quality for efficacy and safety of herbal
medicinal products. Drug lnformation journal, v. 34, p. 15-23 , 2000 .
. . . . . . . _3461 •
CO N TROLE DE QUALIDADE DE FITOTERÁPICOS
••
79. VASCONCELOS, E .A .F.; BARBOSA, R. M.; MEDEIROS, M. G. F.;
MOURA, T. F. A. L. Influência do processo extrativo, solvente e tamanho da
partícula do material vegetal no teor de sólidos totais da solução extrativa da
Schinus terebi nthifolius Raddi. Revista Fitos, v.1, n.1, p. 74-79, 2005.
• 1347- ·
• PARTE VIl - CONTROLE DE FITOTERÁPICOS
•• KRESSMANN, S.; BIBER, A.; WO EMA'J , M.; SCHUG, B.; BLUME, H. H.;
MULLER, W. E. lnfluence of pharmaceutical quality on the biovailability of
active components from Ginkgo bi loba preparations. journ al of Pharm acy
and Pharmacology, v. 54, p. 1507-1514, 2002.
.--3481•
ESTUDOS DE
ESTABILIDADE
....
ESTABILIDADE DE FÁRMACOS E MEDICAMENTOS
17 ESTABILIDADE DE FÁRMACOS E
MEDICAMENTOS
• 1351 - -
• PARTE VIII - ESTUDOS DE ESTABiliADE
- -3521 •
ESTABILIDADE DE FÁRMACOS E MEDICAMENTOS
Iniciação
•••
Clslo Homollti::a
Fármaco:H - Fármaco· + H'
Propagação
Fármaco' + ·o.o· - Fármaco-o-o·
Tenninação
Fármaco' + Fármaco' ----. Fármaco-Fármaco
• 1353- ·
• PARTE VIII - ESTUDOS DE ESTABILIADE
pH
O pH é de fundamental importância para a estabilidade de
fármacos, principalmente os contidos em soluções farmacêuticas.
Cada fármaco, dependendo de suas propriedades físico-químicas,
possui uma região de pH de máxima estabilidade na qual a
velocidade de decomposição é mínima. Esse é o parâmetro que
mais afeta a hidrólise.
Além da estabilidade, outros fato res dependem do pH, como
a solubilidade e a biodisponibilidade. Outrossim, independen te
desses fatores, o ajuste de pH deve respeitar a biocompatibilidade
com a via de adm inist ração.
-
I -3541 •
ESTABILIDADE DE FÁRMACOS E MEDICAMENTOS
••
O uso de tampões deve respeitar, além dos aspectos
supracitados, questões de compatibilidade. Em contrapartida,
determinados fármacos decompõem -se mai s rapidamente em
soluções tamponadas que não -tamponadas. A ve loc idade de
degradação da codeína, por exemplo, é 12 vezes maior em tampão
fosfato que em soluções não-tamponadas de mesmo pH.
Conhecer os efeitos do pH na velocidade de degradação
permite ao formulador ajustar o pH próximo àquele correspondente
ao máximo de estabilidade.
A formulação de uma solução com p H de est ab ilidade
máxima ou próxi ma disso nem sempre é possíve l, dev ido à
solubi lidade (absorção por tecidos) e eficácia.
Temperatura
Força iônica
• 1355 -·
• PARTE VIII • ESTUDOS DE ESTABILIADE
• Solventes
Tensoativos
... 3561 •
ESTABILIDADE DE FÁRMACOS E MEDICAMENTOS
•••
Entre os principais probl e mas envolvidos estão ,
além da decomposição química, a perda da consistência e
endurecimento.
Por sua vez, as formas sóli das são em geral bastante estáveis,
mas merecem cuidados quanto à formu lação e estocagem.
No que diz respeito à formulação, a escolha dos excipientes
pode influenciar a estabil idade física e a biodisponibilidade.
Portanto, deve-se respeitar a compatibilidade entre os excipientes
escolhidos. Qua nto à estocagem, umidade, luz, oxigênio e
temperatura, podem afetar, mesmo em formas sólidas, não só o
tempo de estabil idade, como também a biodisponibilidade. Deste
modo, o ensaio de dissolução é, sem dúvida, um dos ensaios mais
importantes para saber se uma preparação sólida com eficácia
terapêutica sofreu alteração . Entre as principiais alterações que
afetam a biodisponibilidade do produto estão a adsorção do
fármaco aos excipientes, cápsu las gelatinosas ou recipientes, e
a formação de película em volta do comprimid o, que impede a
solubilização do fármaco no meio.
Todo relatório de estudo de estabilidade, independente da
forma farmacêutica, deve apresentar as seguintes informações ou
justificativa técn ica de ausência:
- desc rição do produto com respectiva especifi cação da sua
embalagem primária;
- aparência (descrição);
- teste de dissolução;
- dureza.
- p H;
- 3581 •
,.1
ESTUDOS DE DEGRADAÇÃO FORÇADA EM FÁRMACOS E MEDICAMENTOS· "TESTE DE ESTRESSE"
•••
18 ESTUDOS DE DJ:GRADAÇÃO
FORÇADA EM FARMACOS E
MEDICAMENTOS - 11TESTE DE
ESTRESSE"
• 1359- ·
• PARTE VIII - ESTUDOS DE ESTABILIADE
~·- 360 , .
ESTUDOS DE DEGRADAÇÃO FORÇADA EM FÁRMACOS E MEDICAMENTOS - "TESTE DE ESTRESSE"
•••
de degradação fo rmad os. esta fase faz-se a notificação junto a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a identificação
e classificação quanto à segurança biológica de cada produto de
degradação isolado e ca racterizado.
Entre os métodos mais empregados nestes estudos destacam-
se os métodos cromatográficos, que juntamente com os sistemas de
detecção adequados podem conferir alta especificidade ao método.
Destacam-se, entre os principais sistemas de detecção, o detector de
massas (MS), o detector de fotodiodo (DAD) e o detector UV-visível,
bem como a ressonância magnética nuclear (NMR)_
De modo geral, os estudos de degradação fo rçada são
realizados em condições consideradas extremas, as quais incluem,
entre outros fatores extrínsecos, o efeito do pH, da luz e da
temperatura, bem como de agentes oxidantes. A tabela 25 apresenta
algumas condições de degradação comumente empregadas nestes
estudos.
Tabela 25: Condições de degradação iorçada em testes de estresse de fármacos e
medicamentos
• 1361 -·
•
• PA RTE VIII · ESTUDOS DE ESTABILIADE
&B~• 3621 •
TESTE DE ESTABI LIDADE E PRAZO DE VALIDADE
••
19 TESTE DE ESTABILIDADE E PRAZO
DE VALIDADE
,r--3641•
TESTE DE ESTA BILIDADE E PRAZO DE VALIDADE
•••
De acordo com uma zona geograficamente delimitada (zonas
climáticas), os critérios de temperatura e umidade são estabelecidos
e aplicados para os estudos de estabil idade.
a) Zona I - Clima temperado;
• 1365-·
• PARTE VIII - ESTUDOS DE ESTABILIADE
•m
19.1 ESTUDO D E ESTABILIDADE ACELERADA
•••
As principais fontes de luz são :
a) opção 1: lâmpada 065/1065, combi nação UV/ visível;
• 1367-·
••
• PARTE VIII • ESTUDOS OE ESTABILIAOE
••
20 CINÉTICA DE ESTABILIDADE E
PRAZO DE VALIDADE
[C].[D]
=
[A].[B] k-
• 1369 ~-
• PARTE VIII • ESTUDOS DE ESTABILIADE
I 0,693
tt / 2 = - - t90 = - -
0,1054
k k
b) reações de 1• ordem (n =1 l
c) reações de 2• ordem (n = 2}
Reações de ordem zero: quando a velocidade de reação não
depende da concentração dos reagentes; neste caso, o fator limitante
é outro qu e não a conce ntração, por exe mplo, a solu bil idade,
presença de catalisador, ou absorção de luz.
Re ações de o rdem zero são caracterizadas por gráficos
lineares da correlação concentração x tempo.
As reações de ordem ze ro podem ser represe ntadas pelas
equações:
~~ =k.[A]
0
fde = fk.dt C= kt+co
~..... 3701 •
CINÉTICA DE ESTABILIADE E PRAZO DE VALIDADE
•••
Reações de primeira ordem zero: nas reações de primeira
ordem, a velocidade de reação depende da concentração de apenas
um dos reagentes.
a representação gráfica, obtêm-se retas para reações de
primeira ordem a partir de correlações entre o logaritmo da concentração
dos produtos formados em função do tempo (/ogC x t).
As reações de primeira ordem podem ser ex pressas
matematicamente, pelas seguintes equações.
de
de ook.[A] -=k.co ln~ =k.t
dt dt Co
logc. -logc
log ~ = k.t I 2,303 t= t = (logc. - logc).2,303/ k
Co k / 2,303
de ook. [A]2
dt
de =kco2
dt ·
Ic= - Co
k.co.t - 1
• 1371 ~li
• PARTE VIII • ESTUDOS DE ESTABILIADE
Co Co 1
t l/ 2= -
2 1+k.colh k.co
0,10538
t.,=-'---
k
0,10538
t .. = - - -
-7
1.10
- -3721 •
CINÉTICA DE ESTABILIADE E PRAZO DE VALIDADE
••
REFERÊNCIAS
BALDWI '\, R.M. ldentity, strength, purity, quality, and safety: common
goals for new drugs. New Trends Radiopharm. Synth., Qual. Assur., Regul.
Control, [Proc.Am. Chem. Soe. lnt. Symp.], Meeting Date 1990, 393 -8.
DO DI, G.; BINDA, M .L.; COLOMBO, P.; CONTE, U.; MAGGI , L. A new
approach to tabletti ng validation. Acta Pharm. Technol., 36(4), 240-3 (English),
1990.
• 1373 --~
• PARTE VIII - ESTUDOS DE ESTABILIADE
LACHMA , L.; LIEBERMA'\, H.A.; KA 11\.G, j.L. The theo ry and Practice
of Industrial Pharmacy. 3 ed., Philadelphia: Lea & Febiger, 1986.
1
\l
i ••• 3741 •
CINÉTICA DE ESTABILIADE E PRAZO DE VA LIDADE
••
SALGADO, H.R.N.; MORE O, P.R.H.; BRAGA, A.L.; SCHAPOVAL, E.E.S.
Photodegradation of sparfloxacin and its degradation products isolation using
preparative HPLC. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada,
Araraquara, v.26, n.1 , p.47 -54, 2005.
• 1375- -
FUNDAMENTOS
"'
TEORICOS "'
BASICOS
"'
EM ANALISE INSTRUMENTAL
•••
21 M ÉTODOS ESPECTROMÉTRICOS
.s:
10"11 10.• 1o·•
10"" 10·' À (m) 10"' 10"' 10'
• 1379- ·
• PARTE IX . FU NDAMENTO S TÉO RICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAL
Transições eletrônicas de
UV distante (vácuo) 1 a 200 nm
camada externa
UV próximo Transições eletrônicas 200 a 400 nm
Visível Transições eletrô nicas 400 a 800 nm
IV próximo Vibrações moleculares 800 a 2.500 nm (2,5 Jlm)
IV fundamental Vibrações moleculares 2,5 a :!5 Jlm
IV distante Rotações moleculares 25 a 400J1m
Microondas Rotações moleculares 400 a 250.000 11m (25 em)
Ondas de rádio O rientações de spin > 25 em
Formação de radicais
Feixe de elétrons Massa/carga
iônicos
-• Jsol•
MÉTODOS ESPECTROMÉTRICOS
••
gl espectrofotométricos: UV-Visível, Infravermelho, Fluorimetria,
Colorimetria;
h) não espectrofotométricos: Massas, RMN, ESR.
c) boa exatidão;
d) seletividade moderada;
e) ampla aplicabilidade.
• 1381 - -
• PARTE IX - FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAL
Comprimento de
Cor absorvida Cor complementar
Onda /..
380- 430 Violeta Amarelo-verde
430- 47.5 Azul Amarelo
47.5- 49.5 Azul-verde Laranja
49.5- 505 Verde-azul Vermelho
50.5 - 55 Verde Púrpura
5.5.5- .575 Amarelo-verde Violeta
57.5- 600 Amarelo Azul
600- 620 Laranja Azul-verde
620- 700 Vermelho Verde-azul
a) amostra x padrão;
d) titulação fotométrica.
•••
São quatro os tipos de orbitais atômicos conhecidos: s, p, de f.
o caso dos orbitais moleculares, para molécu las orgânicas
exist em três possibilidades: sigma (cr), pi (7t ) e não ligante (n).
Por sua vez, para cada orbital molecular ligante, exite um
orbital antiligante (cr* e 7t*), para o qual os elétrons se deslocam
mediante uma excitação.
Transições e letrônicas envol vendo moléculas formadas,
basicamente, por ligações simples (elétrons cr) requerem excitação
(energia) relativamente grande. Deste modo, a absorção eletrônica
só ocorre mediante c omprimentos de onda da ordem do UV
distante (À < 185 nm).
Com o acréscimo do nível de energia aplicado naturalmente,
perde-se em seleti v idad e, de modo que molécu las típicas da
atmosfera (0 2 , C0 2, N 2 ) se tornam interferentes potenciais. Logo,
medidas de absorção, para soluções contendo mo léculas saturadas,
só são possíveis em vácuo, fato pelo qual, o UV d istante é ta mbém
chamado UV vácuo.
Moléculas contendo grupos insaturados são excitadas mais
facilmente. Ou seja, os elétrons 1t ligantes se deslocam aos respectivos
orbitais antiligantes sob ação de menor nível de energia. A esses grupos
insat urados responsáveis por absorção de luz na faixa do UV próxi mo
ou visível (À 200-700 nm) dá-se a denominação de cromóforos.
Outras transições possíveis na faixa do UV próxi mo ou
v isível envolvem elétrons não ligantes (n) para orbitais ant iligantes
(cr* ou 7t*). As transições n ---7 cr* ocorrem na faixa d e À de 150 a 2 50
nm, enquanto transições n ---7 7t* entre 200 e 700 nm .
A Figura 35 il ustra as relações entre níve l d e ene rgia e
transições eletrônicas envolvendo elétrons n , cr e n .
Antiligante cr·
Antiligante 1t'
E Não-ligante n
Ligante 1t
I Ligante O'
• 1383- ·
• PARTE IX . FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁL ISE INSTRUMENTAL
• Colimadores: 1, 2 e 3
Componentes Eletrônicos
- -3841 •
MÉTODOS ESPECTROMÉTRICOS
•
• 11
Como toda instrumentação em controle de qualidade, o
espectrofotômetro deve-se ser calibrado, a fim de que desvios físicos não
comprometam a análise. Além disso, problemas com a instrumentação,
desvios químicos por ·causa das interações intermoleculares, como
associação, dissociação, solvatação, polimerização, podem afetar a
lei de Beer, comprometendo também a análise.
21 .2 EsPECTROMETRIA NO INFRAVERMELHO
• IJss l \1\:S
• PARTE IX- FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAL
• A ordem de intensidade de absorção para as ligações C-X podem ser descritas como:
C-0 > C-CI > C-'J >C-C-OH> C-C-H
e:
OH> NH > CH
Faixa de A bsorção
Grupo Funcional Intensidade
(cm - 1 )
J
3861 •
MÉTODOS ESPECTROMÉTRICOS
••
A interpretação de um espectro de IV, o qua l é formado
por número considerável de picos, em geral 20 a 30, possibilita o
emprego desta técn ica em ensaios de identificação de matérias-
primas com grande acurácia. A concordância com a lei de Beer
aliada ao mai or número de picos observados, favorece o emprego
em ensaios de doseamento com mai or se letividade. Outrossim, a
combinação adequada, entre região espectral e técnica uti lizada,
possibilita vários tipos de aplicações do infrave rmelho ao controle
de qualidade (Tabela 28).
Tabel a 28: Princ ipais apl icações da Espectrometria no Infravermelho
Tipo de
Região Técnica Tipo de Amostra
Análise
IV próximo Reflectância Quantitativa Misturas sólidas ou líquidas
difusa
Absorção Quanti tativa Misturas gasosas
IV médio Absorção Qualitativa Compostos pu ros sólidos,
líqu idos ou gasosos
Absorção Quantitativa Misturas comp lexas
Reflectância Q ualitativa Compostos puros só lidos
ou líqu idos
Emissão Quantitativa Amostras atmosféricas
IV distante Absorção Qualitativa Espécies puras inorgânicas
ou organometálicas
Faixa de Transmissão
Material
!lm em·'
Fluoreto de lítio 2,5 -5,9 4000-1 695
Fluoreto de cácio 2, 4-7,7 4167-12 99
Cloreto de sódio 2,0-15,4 5000-649
Brometo de potássio 9,0-26,0 1111-385
Brometo de césio 9,0 -26,0 1111-385
KRS - 5 (TIBr +Til) 25 ,0-40,0 400-250
Fonte: Vogel, 2002.
••
Em análises farmacêuticas no IV médio, as amostras,
dependendo de sua natureza, são preparadas por diferentes
métodos.
Amostras Sólidas
Am ostras Líquidas
• 1389- ·
• PARTE IX . FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAL
... 3901 •
MÉTODOS ESPECTROMÉTRICOS
•••
detector Pb5 estado sólido. Os recipientes para a amostra podem ser
de vidro ou quartzo e os solventes típicos são tetracloreto de carbono
(CCI) e dissulfeto de carbono (C52) . O instrumental da espectroscopia
NIR comparado com a espectroscopia IV torna-o mais adequado
para o monitoramento "on fine" e o controle de processos.
21.3 fLUORÍMETRIA
• 1391 - ·
• PARTE IX- FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAL
Evaporação (1)
M>Cjoólido)
j
hv
j
M(gú J
Absorção de
energia radiante hv
Reemlssão (Fluorescência)
Emissão de chama hvouhv'
• 1393-·
• PARTE IX- FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAL
- · 3941 •
••
MÉTODOS ESPECTROMÉTRICOS
• 1395-
• PARTE IX • FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUM ENTAL
21 .5 REFRATOMETRIA
sen si meio 1
sen 8r =112·1
meio2
... 3961 •
MÉTODOS ESPECTROMÉTRICOS
2 1.6 PoLARIMETRIA
... 3981•
MÉTODOS TERMOAN ALfTICOS
••
22 MÉTODOS TERMOANALÍTICOS
• 1399-·
PARTE IX - FUNDAMENTOS T~ORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAL
••
Temperaturas de Transição
Águas de Hidratação
Transição Vítrea
•••
Estabilidade e Co mpatibi lidade
22 .1 TE RMOGRAVIM ET RIA
• 1401 m11ili
• PARTE IX • FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAL
••
r-------------------------------~
msM~ "''""
••
I
..,
I I
l i
li
li
60 li
I
1~..30C
, ..
Figura 39: Curvas TG/ DTG obtida sob atmosfera d inâmica de ar e razão de aquecimento de
10'C. min_, de uma amostra de CaC1 0,. H2 0.
- ·4021 •
MÉTODOS TERMOANALITICOS
•••
No DSC com compe nsação de potência, a amostra e
referência termicamente inerte são aquecidas em compartimentos
distintos, porém sob condições isotérmicas. Ambos os compartimentos
são submetidos à igual variação de potê ncia de entrada no forno.
Por convenção, nas curvas de DSC obtidas por instrumentos desta
configuração, os picos ascendentes corres pondem a processos
endotérmico, os descendentes exotérmicos.
Já no DSC com fluxo de calor, amostra e padrão de referência
são colocados em cápsulas idênticas, localizadas so bre disco
termoelétrica feito de liga metálica de cobre e níquel, aquecidas por
uma única fonte de calor. Em contrapartida, as c urvas obtidas nos
aparelhos dessa configuração apresentam picos ascendentes para
processos exotérmicos, enquanto picos desce ndentes a processos
endotérmicos, tal qual para as curvas DTA. A Figura 40 apresenta
curva DSC para terazocina diidratada.
osc Terazosina Cloridrato Diidratada
mW/mg . - - - - - - - - - - - - - - - - . . ,
0,00
• 1403 ~iiii
MÉTODOS DE ANÁLISE E SEPARAÇÃO
•••
23 MÉTODOS DE ANÁLISE E
SEPARAÇÃO
23.1 CROMATOGRAFIA
• 1405- -
• PARTE IX - FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAL
e o ~ a t o~
~A 0 Aa~
'~
[I) ~ ID a o _
e
o ~ A~ o~
a~oe Ae
a ~~~~
~~~
~~~~
~~~
(A1)
ANAUTQs
/ ~A ~ '*
e o '* a to~
'*A 0 AQ~
00I c$ ~'*~~
~~~ Q
~ O . G
a ~ a~.o o
A ~A~
'*'*'*~
~'*~
(A2)
~Aa~ o~e ~a
(A3)
(A) A simple s migração dos analíticos motivadas pela fase móvel não é
capaz de pro move r separação
FASE ESTACIONÁRIA
{B1)
(B2)
{B3)
DISTÂI~IA
- -4061 •
MÉTODOS DE ANÁLISE E SEPARAÇÃO
•••
Movimentando-se com a mesma velocidade na fase móvel,
os compostos não seriam sepa rados uns dos outros, porém por
possuírem afinidade pela fase estacionária em diferentes intensidades,
esses compostos eram atrasados uns em relação aos outros. Esse foi
o pressuposto da separação nos métodos cromatográficos, portanto:
na separação cromatográfica todos os analitos possuem a mesma
velocidade na fase móvel onde estão solubil izados e a separação
acontece devido a um atraso relativo dos analitos uns em relação aos
outros em função de diferenças nas intensidades das interações dos
mesmos pela fase estacionária. Esse conceito relativamente simples
serviu de base para o desenvolvimento dos diferentes modos de
cromatografia conhecidos atualmente.
• l4o7 1i1Bil
• PARTE IX . FUN DAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAL
FASE MÓVEL
- -4081•
MÉTODOS DE ANÁliSE E SEPARAÇÃO
••
a distância percorrida pela mancha naquela condição (chamada de
distância de retenção, dR) e a compara com a distância de retenção
de um padrão aplicado parale lamente à amost ra descon hecida.
Durante o percurso da amostras é comum que ela se espal he formando
uma calda. esse caso, a medida da dR é feita na posição de maior
intensidade da mancha.
A detecção do composto de interesse em CPI pode se rfeita de
várias maneiras. Caso o composto apresente cor será fácil visualizá-lo
na cromatoplaca. Para substâncias incolores, uma alternat iva é aplicar
um spray com um reativo cromogênico como solução de iodo, ácido
sulfú rico, e outros. Outras técnicas incl uem, ainda, aquecimento da
cromatoplaca e impregnação desta com um agente fluorescente para
posterior visualização com luz ultravioleta.
Outro parâmetro bastant e importante em CPI é o fator de
retenção R1• O R1 estabelece uma relação entre a distância percorrida
pelo composto e a distância percorrida pela fase móvel desde o ponto
de aplicação da amostra (Figura 43 ). O R1 é dado pela expressão:
..a.l dm
• 1409 ~-
• PARTE IX- FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAL
- ·4101 •
••
MÉTODOS DE ANÁLISE E SEPARAÇÃO
(A)
(A) Primeira elulçAo
c: il c::
•o •o
•~ •
\ \ /
MISTURA • +•+ o ELUENTE 1
(B)
c::: :::> iJ j
••
\
GIRO DA PLACA
Q
O' •
Q
••
\
ELUENTE 2
.o
•
• 1411 - ·
• PARTE IX . FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAL
•••
B- MECANISMOS DE SEPARAÇÃO
11().00
J - --0 o """"
o
Figura 47: Meca nismo de partição.
- ·4141 •
MÉTODOS DE ANÁLISE E SEPARAÇÃO
••
fatores controladores dessas interações são pH, concentração e tipo dos
eletrólitos em solução, além da temperatura. Qualquer tipo de composto
que possa ser ionizado ou que, pelo menos, forme um complexo
carregado pode ser separado por esse tipo de cromatografia (Fig. 48).
FASE ESTACIONÁRIA
INTERACOES ELEIROSIATICAS
(grupo trocador) DE CARGAS OPOSTAS
(troca iOnica)
\
..E ~~,··
- -4161 •
MÉTODOS DE ANÁLISE E SEPARAÇÃO
11
u
D ..5
ff,t fO
.....
~~ te
~~'·
~'!E fi
f~~
-~ 46 ..
~~'t
~C.tL -
NÃO OCORRE
A SEPARAÇÃO
~a
iCE -
OCORRE A
SEPARAÇÃO
NÃO OCORRE
A SEPARAÇÃO
- ·4181 •
MÉTO DOS DE ANÁ LISE E SEPARAÇÃO
••
Tabela 32: Propriedades cromatográficas de a lguns solventes.
Força eluente, e 0
Solvente Polaridade (P')
Sílica C1 8
Fluoroalcano < -2 -0,20
Cicloexano 0,04 -0,16
n-hexano o, 1 0,01
1-clorobutano 0,21
Tetracloreto de carbono 1,6 0,14
Étér isoproprílico 2,4 0,22
Tolueno 2,4 0,23
Éter dietílico 2,8 0,30
lsopropanol 3,9 0,60 8,3
Tetraid rofurano 4 0,46 3,7
Clorofórmio 4 ,1 0,32
Etano! 4,3 0,70
Acetato de etila 4,4 0,46
Dioxano 4, 8 0,45 11,7
Acetona 5,1 0,53
Metano! 5, 1 0,76
Acetonitrila 5,8 0,52
Nitrometano 6 0,51
Etilenoglicol 6,9 0,89
Água 10,2 Muito alta
• 1419-·
• PARTE IX • FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁliSE INSTRUMENTAL
• Água • Fluorálcoois
\ ] Aminas O Glicóis
o.l'L
O Cetonas
1::;.
•
""~'·"
Doclorometano
/; o
o
Q
0
Notrilas
ACIDEZ
o
••
DI POLAR
- ·4201 •
MÉTODOS DE ANÁLIS E E SEPARAÇÁO
•••
Q u adro 25: Parâmetros que medem a eficiência cromatográfica.
• 1421 -
• PARTE IX- FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁliSE INSTRUMENTAL
••
Oetermln~:çto da base dos
picos pelo método da tangente.
2
2
I
I
Primeira Oetennlnaçlo da
perturbaçlo da linha de base.
linha de base.
o 5 10 15 o t, 15
Figura 52: Exemplo de determinação dos fatores envo lvidos no cálculo d Rs, "1, a e k'.
Sistema de
detecção
Coluna
Cromatográfica
Sistema de
bomba
Reservatório
de solvente
- ·4221 •
MÉTODOS DE ANÁLIS E E SEPARAÇÃO
••
Quadro 26: Principais componen tes do HPLC e algumas de suas características
COMPONENTES CARACTERÍSTICAS
Reservatório de solventes: onde se encontra(m) o(s) solvente(s) da fase móvel
sistema mecânico que impulsiona o solvente
para a coluna cromatográfia de forma a
Bomba de alta pressão:
movimentá-lo independente da gravidade ou
capilaridade.
dispositivo posicionado entre a coluna
cromatográfica e a bomba. Serve como sistema
Injetor: de entrada da amostra para a co luna. Permite
a introdução de um volume fixo de amostra
dentro do aparelho de HPLC.
• 1423-·
• PARTE IX - FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAl
100% METANOL
8 c
A
D
10 20 30 40 50 min.
10 20 30 40 50 min.
-~-·4241 •
MÉTODOS DE ANÁ LISE E SEPARAÇÃO
•••
23.1.2 Cromatografia Gasosa
SISTEMA DE
Qfill.C6Q
.E.QRhQ
• 1425 -
• PARTE IX· FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAL
.•-·426,.
MÉTODOS DE ANÁLISE E SEPARAÇÃO
•••
é que, além de ele possuir o poder de solubilização dos líquidos a
temperaturas normalmente bem mais baixas que as dos gases, sua
baixa viscosidade e densidade confe rem altas taxas de transferência
de massa. O resultado é uma separação com eficiência e velocidade
semelhante ao CC. Entretanto, a SFC ainda é pouco utilizada em
laboratórios de qualidade e possu i aplicação limitada quanto às
opções de f luidos supercríticos. Além disso, a SFC é operacionalmente
mais complicada e mais cara que a CC e o HPLC.
23.2 ElETROFORESE
• 1427-
• PARTE IX. FUNDAMENTOS T~ORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAL
SOWCOES
QE
ELETPÓU-:'OS
Figura 56: Esquema representando como o ca pilar está conectado aos eletrodos e ao sistema
de detecção em CE.
-·4281 •
MÉTODOS DE ANÁLISE E SEPARAÇÃO
••
Além do detector UV-vis, já se encontram disponíveis para
CE, quase todos os detectores empregados para HPLC, como o
eletroquímico, fluorescência e massas.
Os principais parâmetros envolvidos na separação por CE são
aqueles relacionados com a composição dos eletrólitos empregados.
Estes controlam a condutividade da solução e as cargas apresentadas
pelos analitos e dessa forma regulam tanto o poder de separação
quanto o aquecimento gerado durante a separação.
As características de CE permitem que a maioria dos
aparelhos apresente sistema de injeção, detecção e análise, todos
agrupados em um único aparelho (Figura 57).
SISTEMA O"
O:: TECCÂO
PROCESSADOR DE DADOS
CARROSSEL
RESERVATORIOS DE
ELETRÓUTOS
(amostrador)
• 1429-·
MÉTODOS ELETROQUÍMICOS
, ,
••
24 METODOS ELETROQUIMICOS
• 1 431 ~~
• PARTE IX- FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLIS E INSTRUMENTAL
-·4321 •
MÉTODOS ELETROQU[MICOS
••
A aplicabilidade dos métodos eletroanalíticos no controle de
qualidade de medicamentos é, relativamente, pequena e se resume
à determ inação do pH em ensaios de qualidade, da condutometria
em ensaios de pureza e a raras aplicações da poten ciometria e
polarografia em ensaios de potência. Com o adve nto dos Eletrodos
Íons Seletivos, o campo de aplicação da potenciometria no controle
de qualidade de medicamentos tem aumentado e espera-se que o
mesmo venha a ocorrer com os demais métodos eletroanalíticos,
principalmente à medida que novos materiais para construção de
eletrodos de trabalho sejam desenvolvidos.
24.1 POTENCIOMETRIA
• 1433- ·
• PARTE IX - FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAL
- · 4341•
MÉTODOS ELETROQU[MICOS
••
o eletrodo normal ou padrão de hidrogênio, ENH ou EPH, é
adotado como eletrodo de referência universal e o valor de seu
potencial, E0 , é considerado exatamente igual a zero volt em
todas as temperaturas.
Nesse modelo, o gás hidrogênio é borbulhado à pressão de
uma atmosfera em uma solução de ácido clorídrico com atividade
unitária a 25°C, onde se encontra imersa, uma lâmina de platina.
Como o eletrodo-padrão de hidrogênio necessita de gás
puro mantido à pressão constante, sem traços de oxigênio e
outras impurezas, ele não é empregado em trabalhos de rotina e,
praticamente, nunca é usado em titulações potenciométricas.
A reação química que descreve a semi-reação envolvida
quando se utiliza o eletrodo padrão de hidrogênio é:
2 H+ + 2e- ~ H2 (2)
• 1435- -
• PARTE IX · FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAL
(9)
- -4361 •
MÉTODOS ELETROQUÍMICOS
••
com o Ks sendo dado por:
Deste modo:
I - Eletrodos Metálicos
(1 5)
Neste caso, o potencial do eletrodo indicador será dado por:
0
Eindicador = E cuheu0 + 0,05916/21ogacu2+ (16)
- - 4381 •
MÉTODOS ELETROQU[MICO S
••
d)eletrodos metálicos: indicadores de processos envolvendo duas
formas, oxidada e reduzida do par redox que se encontra em
solução. O eletrodo não tem nenhuma participação no processo,
servindo apenas de condutor eletrônico. Deste modo, para
que um potencial estável seja medido em solução é preciso
a presença das duas formas, oxidada e reduzida, do metal
em solução. Assim, o potencial de um eletrodo metálico em
solução é dado por:
li - Eletrodos ío n-seletivos
• 1439- -
• PARTE IX- FUNDAM ENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLIS E INSTRUMENTAL
IV - Eletro d o de vi dro
~.,- 4401•
M~TODOS ELETROQUfMICOS
••
potencial dependente da atividade de H+ de uma delas. Salienta-se,
que o eletrodo de vidro foi o primeiro eletrodo íon-seletivo a ser
desenvolvido e sua resposta seletiva é função da composição do vidro
empregada na fabricação. Assim, membranas contendo 22% de Na20,
72% de Si0 2 e 6% de CaO monitoram variações de pH, enquanto
membranas contendo 11 % de Na2 0, 1 8% de Al 2 0 3 e 71% de Si0 2
monitoram variações na atividade de íons Na- em solução.
O eletrodo indicador de vidro consiste em um tubo de vidro
com membrana eletroativa sensível a íons H- e pode ser classificado em
simples ou combinado. A utilização do eletrodo de vidro simples requer
o emprego concomitante de um eletrodo de referência, ambos ligados
entre si por uma ponte salina para completar a célu la. O bulbo interno da
membrana de vidro é preenchido com solução de HCI de atividade ou
concentração exatamente conhecida e nele é imerso um fio de Pt para
efetuar o contato elétrico entre o eletrodo e o dispositivo de medida, o
peagômetro (Figura 58).
indicador referência
- Es
Figura 58: Esquema da associação entre u m eletrodo de vidro simples e o respectivo eletrodo
de referência
• 1441 - -
• PARTE IX - FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAL
- -4421 •
MÉTODOS ELETROQU(MJCOS
•••
I
Eletrodo de referênci~ ~ / E l etrodo indicador dt pH
Eletrodo combinado do pH
• 1443- ·
• PARTE IX- FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAL
- -4441 •
MÉTODOS ELETROQUÍMICOS
•••
A Equação (22) pode ser compreendida de forma simples a
partir da (Figura 60).
pH
-0.24 1... wnpio t
-0.28
:::.
'.!:
..;: -0.32
-o
"
11.1
·0.36
-0.40 pH ...,... ,
pH
Figura 60: Curva analítica do eletrodo de vidro empregando dois tampões de referência. Equação
da reta: Ecélula = - 4 67 x 1 Q·' - 0 ,0591 pH
• 1445 ~-
• PARTE IX - FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSI COS EM ANÁLISE INSTRUMENTAL
24.1.4 Equipamentos
24.2 CoNDUTOMETRIA
- ·4461 •
MÉTODOS ELETROQU[MICOS
•••
O fluxo de corrente entre dois eletrodos imersos em uma solução
de eletrólito (condutor iônico) envolve a migração de íons por meio da
solução, mas o mecanismo de condução de corrente d ifere em função
da utilização de corrente direta (DC) ou de corrente alternada (AC).
Corrente direta (DC): quando se uti liza corrente direta,
o mecanismo de condução envolve corrente faradaica (eletrólise).
Assim, íons posit ivos migram em direção ao catodo (pólo onde ocorre
red ução) e íons negativos migram em direção ao anodo (pólo onde
ocorre o processo de oxidação). Os elétrons liberados no anodo
por causa do processo de oxidação fluem pelo ci rcuito externo em
direção ao catodo, onde ocorre o processo de redução.
Corrente alternada (AC): O mecanismo de condução
pode não envolver processos faradaicos, como é o caso da Técnica
Condutométrica. Esta técni ca utiliza a corrente alternada, condi ção
experimental necessária para evitar o fenômeno d e eletrólise.
Quando os eletrodos estão imersos em solução, uma passagem
momentânea de corrente produz excesso o u deficiência de carga
sobre a superfície deles e as camadas de solução, imediatamente
adjacentes aos eletrodos, adquirem carga oposta . Como a corrente
é alternada, a cada meio ciclo ocorre a inversão de polaridade das
cargas sobre os eletrodos e com ela ocorre também a inversão de
cargas sobre as camadas adjacentes de solução. Deste modo, cada
superfície de eletrodo fu nciona como um capacitar.
Desde que a velocidade de migração iônica varie linearmente
com a força eletromotriz aplicada, as sol uções eletrolíticas também
obedecem à Lei de Ohm .
A cond utância de uma solução, L, é definida como:
(L) = 1/ R (24)
L oc Nd :::::> L = k X Nd (25)
• 1447 ~-
• PARTE IX- FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAL
e
V(ml) = Número de Equivalentes x 1000/N (29)
Substituindo-se a equação (2 7) na equação (29) tem-se:
A= 1000/N (30)
para 1 equivalente grama de eletrólito.
--448, .
MÉTODOS ELETROQU fMICOS
•••
não pode ser calculado por extrapolação.
a ausência de aplicação de potencial, cada íon se encontra
rodeado por uma atmosfera iônica de carga oposta distribuída
esfericamente. Sob a ação do campo elétrico, o íon central se
movimenta em uma direção e a atmosfera iônica em direção oposta.
O resultado líqu ido é a diminuição momentânea da velocidade
iônica. Outra fonte de diminuição da velocidade de transporte iônico
é o efeito de solvatação e da existência do movimento iônico de
íons solvatados em direções opostas.
Na condição de diluição infinita, qualquer eletról ito se
encontra na forma iônica, totalmente dissociado em solução, e nessas
cond ições as atrações interiônicas deixam de existir. Os íons atuam
independentemente uns dos outros e:
A
o
= J,_O + + J,_O
. (32)
• 1449-·
• PARTE IX- FUNDAMENTOS T~ORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAl
,....4501 •
MÉTODOS ELETROQUfMICOS
LIS LIS
(c) (d)
LIS us
(e) (f)
us
Figura 61: Perfis das curvas de titulação condu tom étrica de: (a) HCI com Na O H, (b)
i'.aOH com HCI, (c ) ácido o u base mu i to fraca com base ou ácid o forte,
(d) ácido fraco com base fraca o u base fraca com ácido fraco, (e) mistura de ácidos
forte e fraco com base fo rte e (f) sal de ácido fraco com base fo rte ou sal de base
fraca com ácid o forte.
Fonte: htp ://www. iq .usp.br/ d isci pli nas/qíl/qíl02 38/a u la ·cond utometria. pdf
• 1451 -·
• PARTE IX • FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAL
• 24.3 VoLTAMETRIA
-·452,.
MÉTODOS ELETROQU[MICOS
•••
no eletrólito suporte (branco), da curva voltamétrica rea lizada na
presença da espécie eletroativa. Essa correção também minimiza,
em parte, a contribuição da corrente capaci ti va, porém para
eliminação quase que total desse componente, deve-se t rabal har
com microeletrodos (área de 50 nm ou menor).
O importante é garanti r que o transporte da espécie de
interesse para a superfície do eletrodo (transporte de massa) ocorra
por meio de um processo denominado de transporte difusional e não
por processos de convecção forçada. Exatamente por isso, as técn icas
voltamétricas são utilizadas com soluções em repouso (sol uções não
agitadas). Exceção é feita para espécies que são facilmente adsorvidas
na superfície dos eletrodos de trabalho e, posteriormente, oxidadas
ou reduzidas a partir do estado adsorvido. Essa possibilidade tem sido
bastante explorada quando a concentração da espécie eletroativa é
muito baixa na matriz original. Desta forma, adsorvê-la na superfície
do eletrodo de trabalho é uma maneira de efetuar, o que se c hama
de uma etapa de pré-concentração, visando aumentar a sensibilidade
da determinação analítica.
A existência de correlação, na maioria das vezes linear, entre
a corrente medida por causa do processo de oxidação o u redução
na superfície (corrente faradaica) e a concentração da espécie de
interesse em solução, deu origem aos métodos voltamétricos de
análise. Esses métodos evolu íram de maneira surpre endente ao
longo dos anos 1970 e 1980, principalmente em decorrência do
desenvolvimento da eletrôn ica e de novos com ponentes eletrônicos,
com a construção de instrumentos de medida mais se nsíveis, além
do aperfeiçoamento e d eri vação dos métodos originalme nte
descritos. Assim, passou a ser possível associar maior seletividade e
sensibilidade dos métodos a um menor tempo de análise.
Do ponto de v ista experi menta l, o equipamento, bem como
o sistema de eletrodos empregados, é mais complexo do que aquele
uti lizado na potenciometria.
Para a utilização das técnicas voltamétricas necessita-se
de um potenciostato ou galvanostato para técnicas que envolvem,
respectivamente, controle do potencial ou da corrente apl icados ao
eletrodo de trabalho. Ademais, trabalha-se com um sistema de três
eletrodos: eletrodo de trabalho, eletrodo de referência e eletrodo
auxiliar. O eletrodo de referência é coloca do tão próximo quanto
possível do eletrodo de trabalho, sendo conectado ao potenciostato
por meio de um circu ito de alta resistência, que evita a drenagem de
corrente, via eletrodo, para o circuito interno. Um eletrodo auxiliar
• 1453-
• PARTE IX. FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLI SE INSTRUMENTAL
24.3.1 Polarografia
- ·4541 •
MÉTODOS ELETROQUÍMICOS
lil
Curvas polarográficas
Branco
Potencial
Figura 62 : Polarogramas típicos registrados em solução contendo apenas eletrólito suporte
(branco) e em solução contendo a espécie e letroativa, além do eletrólito suporte
• 1455 -·
• PARTE IX· FU NDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUM ENTAL
i = nxFxA xj (36)
MÉTODOS ELETROQUÍMICOS
••
Onde,
i = corrente medida em Amperes;
n = número de elétrons envolvidos no processo redox;
F = a constante de Faraday, 96500 cou lombs mo l·1 ;
A = área do eletrodo, cm 2;
J = fluxo, moi cm·2 s· 1 ·
Assim, antes do início do processo de decomposição, a
concentração da espécie eletroativa na superfície do eletrodo (C0 )
é igual à concentração dela no interior da so lução (C101 ) . Quando
se inicia a redu ção da espécie eletroativa, a co ncentração na
superfície do eletrodo diminui em relação à concentração no interio r
da solução, cria-se um grad iente de concentração e se inicia o
processo de difusão da espécie eletroativa do interior da solução
para superfície do eletrodo, processo este que pode ser descrito
pela equação 5:
(37)
(39)
• 1457-·
• PARTE IX - FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAL
(40)
VANTAGENS
•••
e de íons H- . Utilizando sais de tetraalquilamônio, como eletrólito
suporte, potenciais da ordem de - 2,6 V podem ser alcançados em
eletrodos de mercúrio.
2 - A gota de mercúrio possui superfície lisa e esférica, o
que possibilita o cálculo exato da área superficial do eletrodo por
meio de pesagem das gotas.
3 -A superfície do eletrodo é renovada a cada gota e isso
significa ter um novo eletrodo de maneira simples e reprodutível.
Desvantagens
• 1459
••
• PARTE IX· FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAL
Onde:
Cdcorresponde à carga da dupla camada e 8E/ôt à velocidade
de varredura de potencial, v. Assim, tem-se:
(42)
. .ml 4601 •
MÉTODOS ELETROQU[MICOS
•
••
de vista experimental, uma varredura em ampla jane la de potencial
mostrará as características "redox" da espécie de interesse e como
estas podem ser exploradas para o desenvolvimento de métodos
analíticos de sua quantificação.
A voltametria cíclica não é a técnica mais recomendável para
determinações anal íticas, sendo facilmente superad a pela Voltametri a
de Pulso D iferencial (VPD) e Voltametria de Onda Quad rada (VOQ).
O ponto forte da voltametria cícl ica é a sua gran de versatilidade para
a elucidação de processos de eletrodos e mecan ismos de reação.
A Figura 63 apresenta um vo ltamograma cíclico típico,
registrado em solução de ferrocia neto de potássio contendo KCI
como eletrólito suporte.
-0 6 -0 3 0.0 0 .3 o6 0.9 12
Potencial
Figura 63: Voltamograma cíclico típico, registrado em solução de ferrocianeto de potássio
contendo KCI como eletrólito suporte.
• 1461 -·
• PARTE IX- FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAL
(i pa/ i pc) =1
âE p = independe da velocidade de varredura
Nos sistemas reversíveis, a reação de transferência de carga
é rápida o suficiente para manter em equilíbrio as concentrações
da forma oxidada e reduzida da espécie eletroativa na su perfície do
eletrodo. Se os coeficientes das duas espécies (no exemplo acima,
ferrocianeto e ferricianeto) são iguais, o potencial formal do sistema
redox, E0 ' , corresponde a Epc + Epa/ 2 (mV). É possível calcular o
valor de E1 / 2 do sistema redox por meio da voltametria cíclica, pois
Epc = E1 / 2 - 0,0285/ n (mV). Aqui, como sempre, n corresponde
ao número de elétrons envolvidos na reação de transferência de
carga. A solução da Equação que descreve o processo de difusional
da espécie eletroativa do interior da solução até a superfície do
eletrodo nos conduz à Equação de Randles-Sevicik, a qual pode
ser utilizada para cálculo da área eletroquímica de eletrodos de
trabalho, ou alternativamente para cálculo do número de elétrons
envolvidos na reação de eletrodo:
i~ = -2 69 x 105 x n3 12 x A x 0 1 12 x C
f ~
x v 112 (43)
Onde:
ipc = corrente de pico catódica,
n = número de elétrons envo lv idos na reação eletródica,
MÉTODOS ELETROQUÍMICOS
•••
A = área do eletrodo,
D = coeficiente de difusão da espécie oxidada em solução,
C501 = concentração da espécie oxidada em solução e,
v = velocid ade de va rredura
• 1463 .f .......;: ; .
• PARTE IX. FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLIS E INSTRUMENTAL
•
Analito
Potencial
Figura 64 : Voltamograma de pu lso diferencial registrado em soluções contendo o eletrólito
suporte {branco) e em soluçõe s contendo a espécie eletroativa além do eletrólito
suporte.
- 4641 •
MÉTODOS ELETROQUÍMICOS
••
24.3.4 Voltametria de onda quadrada (VOQ)
v = f X LlE (46)
Onde
v = velocidade, V ou mVs·1
f = freqüência, Hz
.t:.E = degrau de potencial, V ou mV
······
Potencial
Figura 65: Voltamograma d e onda quadrada registrado em solução contendo a espécie eletroativa
além do eletrólito suporte.
• 1465- ·
• PARTE IX- FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAL
•• REFERÊNCIAS
AZIZOV, I. K.; POPKOV, V. A.; MOVS HOVICH, I. M.; RESHET YAK, V. YU.
Q uality control of co lored dosage fo rms. Farmatsiya (Moscow), 37(5 ), 43-
4 7 (Russian), 1988.
- ·4661 •
••
M ÉTODOS ELETROQU[MICOS
DREASSI, E.; CELESTI, L.; CERAMELLI, C.; SAVINI, L.; CORTI, P. Thin layer
chromatography in pharmaceutical quality contrai. Assay of inosiplex in different
pharmaceutical forms. Pharm. Acta Helv., 67(1 2), 341 -345 (English), 1992.
• 1467- ·
••
• PARTE IX • FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAL
FOUI\ TAIN, W.; DUMSTORF, K.; LOWELL, A. E.; LODDER, R.A.; MUMPER,
R.J. Near-infrared spectroscopy for the determination of testosterone in
thin-film composites. journal of Pharmaceutical and Biomedical. Analysis,
33(2), 181-189 (English), 2003.
- -4681 •
MÉTODOS ELETROQUIMICOS
••
CIRO , D. Thermal analysis, microcalorimetry and combined techniques for
the study of pharmaceuticals. J. Therm. Anal. Calorim., 56(3), 1285-1304
(English), 1999.
CIRO , D.; COLDBRONf'.., C. Use of DSC and TC for the identification and
quantification of the dosage form. J. Therm. Anal Calorim., 48(3), 473-483
(English), 1997.
• 1469- ·
• PARTE IX • FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAL
LOJO U, E.; BIA CO, P. Membrane electrodes for protein and enzyme
electrochemistry. Electroanalysis, 16 (1 3-1 4), 1 1 13 - 1121 , 2004.
MAEDA, Y.; OWADA, K.; YAMAMOTO, M.; SA O,S.; MASUI, l; ITO, K. Analytical
technics for the quality control of drugs.(l) Collaborative study of the reliability of
ultraviolet spectrophotometry for quality control in the manufacture of quasi-drugs
or medicai devices. lyakuhin Kenkyu, 23(1), 69-75 Oapanese), 1992.
MASSE, J.; TEROL, A.; CHAUVET, A. Quality control and therapeutic activity
optimization by thermoanalytical methods. Ann. Pharm. Fr., 48(2), 57-69
(French), 1 990.
- ·4701 •
M ÉTO DOS ELETROQUÍMI COS
••
ME DHAM, MA; DEN EY RC; BAR ES, JD; THOMAS, M; VOGUEL. Análise
Química Quantit ativa. 6 ed. Rio de Janeiro, LTC, 2002.
f\ IR, 1.; JOH NSON, B.D.; JOHANSSO , j.; SCHATZ, C. Application of fibre
optic dissolution testing for actual products. Pharmaceutical Technology
Europe, 14(3), 20-28 (English), 2002.
• 1471 - -
• PARTE IX- FUNDAMENTOS TÉORICOS BÁSICOS EM ANÁLISE I NSTRUMENTAL
QIN, X.Z. Q uality con trai methods for synthetic drugs. Comparison of
separation and non-separation technologies. Process Con trol Qual., 1 0(7-
2), 1-23 (English), 1997.
SALGA DO, H .R.N .; LOPES, C.C.G .O. A high per formance l iquid
chromatographi c assay of gati floxacin in tablets. journal of AOAC
lnternational, v.89, n.3, p.. 642-645, 2006. ISS'-11060-3271
- ·4721 •
MÉTODOS ELETROQUÍMICOS
•••
SCHWARZ, E.; PFEFFER, S. Use of subambient DSC for liq uid and semisolid
dosage form. Pharmaceutical product development and quality control. j.
Therm. Anal., 48(3), 557-567 (English), 1997.
SOUZA, F.S.; BASILIO )R., I.D.; OLIVEIRA, E.).; MACEDO, R.O. Correlation
studies between thermal and dissolution rate constants of cimetidine drug
and tablets. journal of Thermal Analysis and Calorimetry, 72(2), 549-554
(English), 2003.
TAYLOR, P. ).; SALM, P.; LY CH, S.V.; PILLA S, P.l. Simultaneous quantification
of tacrolimus and sirolimus, in human blood, by high-performance liq uid
chromatography-tandem mass spectrometry. Therapeutic Drug Monitoring,
22(5), 608-612 (English), 2000.
• 1473- ·
• PARTE IX· FUNDAMENTOS T~ORI COS BÁSICOS EM ANÁLISE INSTRUMENTAL
TSO, C.; RITCHIE, G.E.; GEHRLEI , L.; CIURCZAK, E.W. A general test
meth od for the development, validation and routine use of disposable near
infrared spectroscopic libraries. journal of Near lnfrared Spectroscopy,
9(3), 165-1 84 (English), 2001.
VALKO E 1, S.; AITIO, A. Analysis of aluminum in serum and urine for the
bi omoni to ring of occupational exposure. Sei. Total Environ., 199(1, 2), 103-
11 O (Engl ish), 1997.
WOO, Y.; CHO, C.; KIM, H.; CHO, ).; CHO, K.; CHU G, S.S.; KIM, S.J.; KIM,
j. Determination of geographical origin of herbal medicines using near infrared
reflectance spectroscopy. Yakhak Hoechi, 42(4), 359-363 (Korean), 1998.
YALCI , T.; GABRYELSKI , W.; LI, L. Structural Analysis of Polymer End Groups
by Electrospray lonization High-Energy Collision-lnduced Dissociation Tandem
Mass Spectrometry. Anal. Chem., 72(16), 3847-3852 (English), 2000.
1•-·474,.
\
ANEXO
EXEMPLOS DE
PROCEDIMENTOS
OPERACIONAIS
PADRÃO (POPs)
(Balzac)
•••
A1. POP - DETERMINAÇÃO DE PF
Observações
• 1477- ·
••
de limpeza de vidrarias e utensílios conforme a descrição do POP
LAV CONTROLE OOx, corrigindo as inadequações ou substituindo
o que for necessário para garantir a in tegridade das análises.
- ·4781 •
••
e observar simultaneamente o tubo capilar e a temperatura ind icada
no termômetro; se necessário, elevar a velocidade de aquecimento
para cerca de 1-2°C/ minuto . Continuar aquecendo até a completa
fusão.
6.7 A temperatura na qual a amostra se torna
completamente líquida é definida como o ponto de fusão. Calcular
a média dos resultados obtidos e comparar os valores (laboratório
de controle de qualidade x fornecedor) com a especificação da
monografia.
Registrar no caderno de controle e comparar o resultado
com a indicação do laudo de análise do fornecedor.
• 1479 filiiiiil
•••
A.2 POP - D ETERMINAÇÃO DE PH
Emissão: dia/mês/ano
Emissão anterior : Novo
N .º d e página: 1/ 3
6. PROCEDIMENTO:
Observações
• 1481 -·
••• b- Antes da execução dos testes físico-químicos verificar as condições
de limpeza de vidrarias e utensílios conforme a descrição do POP
LAV CONTROLE OOx, corrigindo as inadequações ou substituindo
o que for necessário para garantir a integridade das análises.
- 4821 •
••
6.2 Determinação do pH da solução problema.
6.2.1 Se o produto for líquido, fazer a leitura di retamente.
Se o produto for pó, cristal ou pó cristalino, dilua-o em água destilada
conforme a recomendação da monografia oficial (Ex.: solução 1,0%) .
• 1483-·
•••
A.3 POP - Determin ação de Densidade
Observações
• 14as m:: .•
••• c - Caso não haja um controle de resíduos e dejetos químicos, após
a execução de tarefas esgotar os resíduos químicos na pia sob
água corrente, enxaguando a vidraria três vezes em água potáve l
e mergulhando-a totalmente no banho de detergente conforme
as indicações no POP LAV CONTROLE OOx.
d esp 20 .c
---
= ( 0 ,9 9703 x d rei ) + 0,0012
Observações
• 1487-
••
b- Antes da execução dos testes físico-químicos verificar as condições
de limpeza de vidrarias e utensílios conforme a descrição do POP
LAV CONTROLE OOx, corrigindo as inadequações ou substituindo
o que for necessário para garantir a integridade das análises.
. . . 4ssj •
••
obtida, outra associando a quantidade do solvente utilizado (ml) para
uma parte do soluto (mg), conforme a Tabela 1:
Observação
As matérias-primas deverão ser colocadas nos tubos de ensaio
previamente identificados com o tipo de solvente a ser utilizado e
a matéria-prima em estudo.
6 .9 A Tabela 2 apresenta as especificações dos testes de
solubilidade de dez matérias-primas regulamente empregadas em
farmácias magistrais.
Tabela 2: Exemplos de especificações dos testes de solubilidade
Reagentes X Solubilidade
Álcool
Produto Água Éter Metano I Cl orofórmio Acetona DMF
etílico
Amitriptilina Livrete Livre te Livre te
Cimetidina Solúvel
Hidroxizina Solúvel Solúvel Solúvel Solúvel
Metoclopramida Solúvel Solúvel Solúvel
Furozemida Le\ete Leve te Levete Leve te Solúvel
Ácido cítrico Solúvel
( >a
quente)
Gtratode
Solúvel Insolúvel
Potássio
Paracetamol Leve te Solúvel Solúvel Solúvel Solúvel
Ácido salicflico Solúvel Solúvel Solúvel Solúvel
( >a
quente)
Alopurinol Solúvel Sol úvel Solúvel Solúvel
• 1489-
••• 6.1 O Comparar os resultados obtidos com os ind icadores
no laudo de análise do fornecedor e com a monografia.
~... 4901 •
ANEXO
EXEMPLOS DE
MONOGRAFIAS
,
FARMACOPEICAS
,
(ESTRUTURA GRAFICA)
(Simon Bolfvar)
•••
Adaptação: Farmacopéia Brasileira, 1 o ed .
ÃCIDQ ACETILSALICíLICO
Aci.drun i>'"ltyls~;~licy/ic.um.
CC'lH
~o~-.
.I
-0 --COCH,
>:,_#
P .M . "=- 18ú,l5.
O ácido acctíls.al1dlim e o ácido ',!..a~etoxi-l;.euzoii."Oí cit'e c<m\cr,
clepo;s de dc~scado s6bJ"<' ~cido snifúnro, duranh:: 5 h(ms. no m!n!mo
99,5 por cento de C,H.O,
CAR•.tgEREs . - Crutais br::mro& o:,_ pó C"!1!J's1!oo. b_r.:m~~~- .-1ux!oro é de .mbt?r
áciao. Estil'rd i30 ;u .;&.o:; 'CID 2!ilbl.l:nb: WmCo, h1droli!l.J. ·SC1 -nouoo a ~ti}>
t.'Ul ácidu !!.i.tk:il c ~ci-<lo :dlitflke. Sua !iGJu~o :r~uQSl é át.:i~.â ao p:~pd de:
tm:MSi<>l.
S..luhiUd..de --- Soli:~-el em ;;ao patb!s de ág1:.1, cn: 6 [l3r!C! <lc ~ko<;,l,
oa 17 F~ do çl<>•<>f<irmio ~ em 20 portei d~ .ita. DiJ>olvc->e llO$
v.>hl~~ de hidró.:c:i~ e c:uhoroto:i alcalinas~ rltton1p0ndr;..~ em :.cct~to
e ~iit--tbtc
Potttõ ti~:- fu.l$~Q - F,u!r::: } i-6" ç f38t1, (:(\~~~ dtx,'Q;ll:rJ.-:t).$J) I eol~md;\h(; ~
subst.indio nllm b;mho • J'O" e d..,.>ndw,. o Wnp<:l"l\!"' <lo -t• o fi' pnr
mm!lto.
l'ROYAA DE lDE:\ffFIC\ÇA.O:
A- ~.bntenha em cbuljçâo dur.ml<: .2. ou~ 3 wínuM 0~) g com lú<-m~ i;l~
ludt<'xidn de rodi<> SR.; rc;ltie e adici<>no l Oem; de lcidc ;u\lohko
diluído SR ~ f~nnít--5(! 1fm ptccipít;J:.C]o l!r-:;lr{;Ç~, ultta!tnQ. de :&~J
..atcllico. Filtre; dts!i(JJ-.·:1 o pt~ci.pitmio na mlrlurã de p41tts ~tt~ d.e
~ua < ikool, adicione d<>retn t&rko SR: produr,sc uma colm,;~"
·.-w~et.J hem pmmmc=.a;.i:a..
P. - Açao;;a á sdução obôd.1 nt' -ctJS.1io >Jnkrior e ~a. clo pteclpitdc
pen.cbé ~o c <.hem> de "osrlo "cilitu.
Utrl"JUJ.IIS:
.l1cu.i c fH.'~~do~ - Dzssol~.al;: em 2~ .er:.lJ cln ;U'<ctnu:?o.,_ ;unte l ~:;:. J~ ~g_tJ;l
" p:OS>oga terno ~u<o oo t"muo-!imil< de ,ç!Jir3 péc'"<<fe<~ · o h:tltle
~ruo<:> prmn;;okcl de,·.: ,...,. 10 VQrtes pt>C mi;hác.
~lordo -- .Mantalha em d!uliçãc durante :; minnf.oo:s: 1 g em S\l ~ d~
"""" tbltlada. rcirie. complete Cllm rnaF. • dffrtí!:!.<h ~ W>!IJftie
irndlll t -f.Jttc: dtrid.:t a solução em. 2 pati:el. Caro umn, prossíg.J corno
dc:scr.ih~ no tnsntt-Jlmi-tc de cibrctu· o i.imitc má:umn penn.iss.tv'é:i de1:-e
,.., 1-4<1 wrm por milh>o.
Sulfato - Com 25 =*
do soluçOO ~cim~ obtida ~~ (:Qtl}O d=ito no
=ío-lirmte de sul.hro: o luwtc mhimo p<:r~oJJs.!i•el deve set 100 porte~
pot m.i<.l:wlo
Ácido ull.Wico - Di:sso)\"ll o,o; g
numa nili!un t!c $ em> de .6lcool n
e 20 em• d~ ~ àe;tilid~ c: ll<f•çu;ne I gót;l de elurctn lJ!niro SR: "*'>
de•;c produzir tm<d!.abmcntc: uma e<~"<m!ç® Yin~-
B.<llidllo pda tndn~çio - No mkimo 0,0) p<.>t cen!<>.
UOSEAl!E..YfO - A OOc; de ;oo
rng. exàtant<mte P''"'dos,. funte 20 trn3 de
hKl.roXJdo de rodiq 0,> N (SV) e IDiillt<tiM cun cb<~h(So btm}d~ du::~nte
IQ nunu!os. 1\tule o <:>Ct:S>O de :ik:.t!i cçru ~dq ~uilúTl<O O,; N (~V) ,
c:mprcgam!o como h1d~do: fenolfta.1ehu SI. Repita a ~m.çoo m:n o
ieouo at.tihahdhm. A clikr= t'tlt:rc :as ®as tituli~ representa a. qu>nti-
da.d~ de •leal< u~ I""" o n--uhal=ç'ío do lkxto at"etiholx:illi."<>. I tm"
de !"dr.:OO® de rodio o,; N (SV) a>riespcnde • O,OHO+g de C,.llsO,_
CONSimVAÇÁO - Em rcdpieuw.< bem fo:el»do;.
• 1493-
••
Adaptação: Farmacopéia Brasileira, 3 ed.
ACIDUM ACETYLSALICVLICUM
ACIDO ACET ILSAUCfLICO
COOH
o-0-COCII,
P.M."' 180,16
Dt.SCRJÇÃO
SOLUB!UDADL
CATEGORIA
ESPECIFlCAÇÃO GE.R,t,L
Conté:m_ no mír-..._..,, 99,.5 pot UGJO e, a> mix~mo. 100,.5 por ctnto .,:, C:+Hso4•
<>l:<>t..do em rei;.~ 1 ••b>tlr.<a S<e>.
LDENTJFICAÇÃO
A - Aqueça com 4pa pOf YÚJOJ miriJtOL. ttifrk t JUtlll: 1 o-u 1 JOUl df tlou::lo
Coníco SR; prochu..c oor vcrr~ellw YlOlt U.
B - fau cuca <!e SOO me com 10 mt de hidr6:odo d• IMO> S& por I.I&WIS
mmu<ol, zuftle r juote lO ml <!e ó"ldo Mfiull:o d•luld<>; for.,...• pt. .lpOtado
ba""" de Íddo >abcília> e ~ J>OIC<pt:Íwl o®r do '•ido
acétko. Filu~, junte ao
tlt-rado 3 r.1 4• iloool e l m1 d.e ~ suW:wO<J, c aq~eça;;, p«oop< l•i<l 011<>< de
aeett.to de .nUa.
EIISAJOS DE PUREZA
• 1495-
••• Cl<>m<l
Fm. l,S a com 7,5 ml de 41.111 por S m!noto" rt>l'r~<, J'o••·• ipa .W.....ru. para
rtstmm: o volurne o:ri&Jnal e rutr<. Uaa po.!Çio de 1$ ml do fllrradc •pr~nu N"o
mais doreto que o CIOntJpOodenlC a O, I ml de 'c!do ek>rfcltlco 0,02 ~: 0,01' por
"'"'"' (lol~todos Ccrab, nO 10).
Sulfato
I.Jmo por~ Oo rutrlldo prqwa4o l*• o tealo de clomo apnktlta aiO ..,._.
Sll.lfjto <\1lt cormpoodente a 0,2 cal de ~o ~ 0,)2 J:t O,!l4 por =to
(Método CaaJo, nO 14).
Yet>.lll'eodo•
DiuolYa 2 c <m 25 ml de aaroaa • JUDU 1 Jnl de iaU e 10 1111 de nlftto de
hidrOJontO SR; a "" produllil!a nlo é maa rn..,.. do q,.. a do conllolt; prepuado
com 25 ml de JIÇ'CIO!I&, l IDl de «>~o ~ dt e~.uml>o o 10 IDl de "'l!eto de
bideopNo SR; 0.001 por «l'W CM<O<!oo G<Bil, rP 13).
Stiboltnelu •'Jcilm<enle Carbon!ú...Js
Diuoll>o SOO 1111 em 5 ml d.e (ddo Jlll!itio:o SR; 1 cor cia aohlçlo nio é 111>U
i.llltrua do ctue 1 do llquldc de COQlJni>Çfo Q (Mltodos Gerais, rP 44).
Substinclutruotúvou em Ca:bonoto 4e Sódio SR.
Umo oo!u~ de SOO '"' em l O ml de 011tbotal0 de tédD SR q~~cnlt i límpido.
DOSE.UIENTO
Coloq.u """'' de 1,5 1 da Al!lllitu. <l<Úir><ntc ~de:, ..., &.....,, JUnte SO.O ml
de fúdtóxio.lo de !6díu O.S 1! e !<t"" a f'MUQ bnndiiii<JII< por 10 UUl<IS, lwrtc
fcnolftaltfoa SI e htule o C'(CCS!iQ de tu..b61 ido de o6dic 0,5 ti com iOdo mlr6rio:o
0,5 N {SV). aça 11m br•noo poora uruloçlo pelo rulo. Ca.ll >nl de llldt/;XJJo de
86dl6(),S !:! eq11l..t.: • 45,1l4 mg de c 9 HaC• ()ll~cdos Conns, nO 49).
~-· 4961 •
Fonte: lhe Internacional Pharmacopoeia, 3a ed.
••
DEXAMETHASONI ACET AS 93
DEXAMETHASONI ACETAS
Dexamethasone acetate
Oexamethasone acetate, anhydrous
Graphic formula.
Category. Adrenoglucocorticoid.
Storage. Dexamethasone acetale should bc kept m a tightly closed container.
protected from light.
labelling. The designation on the containcr o f Dexamethasone acctate should
statc whether the substance is thc monohydrate or is in the anhydrous form.
REQUIR EME!';TS
General requi rcmcnt. D~xamethasone acetatc contai os not less than 96.0% and
not more than 104.0% of C,.H,.FO,, calculated with reference to thc dricd
substance.
• 1497 ~il
••
94 INTER 'IA TIONA!. I'HARMACOPOEIA
ldentity tests
• Either tests A. B. C and E. or tests B. C. D and E may be applied.
A. Carry out the examination as describcd under "Spectrophotomctry in thc
infrared region·• (vol. I. p. 40). For the anhydrous fonn thc infrarcd absorption
spectrum is concordant with thc spectrum obtained from dcxamethasone acetate
RS or with thc rejere11c<' spt-ctrum of dexamethasone acetate. For lhe monohy·
dratc thc infrared absorption spcctrum is concordant with the spectrum obtaim:d
from dexamethasone acctatc monohydrat~ RS or with the refen•nce spec1mm of
dcxamcthasone acetatc monohydrate.
B. Dissolve 22 mg in 20 ml ofethanol (-750 g/1) TS and di lute 2 ml to 20 ml with
thc samc solvenl. To 2 ml of this solution placed in a stoppercd test·tube add
lO ml ofphenylhydrazinelsulfuric acid TS. mix. hcat in a water-bath at 60°C for
20 minutcs and cool immediately. The absorbance of a l-em layer at thc
maximum at about 423 nm i~ notless than 0.42 (preferabl) use 2-cm cells for thc
measurcment and calculatc the absorbancc of a l-em layer).
' .
C. See the test described below under "Related steroids". The principal spots
obtained with solutions A and C correspond in position with that obtained
with solution B. In addition the appeuance and intensíty ofthc principal spot
obtained with solution A corresponds with that obtamed with solution 13.
D. Carry out the combustion as described under .. O~ygen flask method" (vol. I,
p. 125), using 7 mg of the test substance and a mi:J~turc of 0.5 ml of sodium
hydroxide (0.0 I mol/1) VS and 20 ml of water as the absorbing liquid. When thc
process is complete, add O. I ml to a mixture ofO.l ml offresh ly prcpared sodium
alizarinsulfonate (I g/J) TS and 0.1 ml ofzirconyl nitrate TS; the red colour ofthe
solution chaoges to clcar yellow.
E. Heat 0.05 g with 2 ml of potassium hydroxide/ethanol (0.5 mol!l) VS in a
water-bath for 5 minutes. Cool, add 2 ml ofsulfuric acid (-700 gll) TS, and boi!
gently for I minutc; ethyl acctate, perccptible by its odour(proceed Y.rith caution),
is produced.
Specific optical rotation. Use a lO mglml solution tn dioxan R; (aJ&0 'C = +82
to +88°.
Sulfated as h. Wcigh 0.1 g and use a platinum dish; not more than 5.0 mglg.
Loss on drying. Dry to constao! weight at 100 °C under reduced pressure
(not cxceeding 0.6 kPa or about 5 mm of mercury). For the anhydrous form use
about 0 .5 g of thc substance ; it toses not more than 5.0 mglg. For the
monohydrate use about 0.15 g ofthe substancc; 11 loses notless than 35 mg/g and
not more than 45 mg/g.
Related steroids. Carry out thc testas described under "Thin-layer chromato·
graphy" (v oi. I , p. 83), using silica gel R I as the coating substance anda mixture
of 77 volumes of di chloromcthane R. 15 volumes of ether R. 8 volumes of
methanol R. and 1.2 volumes ofwater as the mobile phase. Apply separatcly to
the plate I tt l ofeach of2 solutions in a mixture of9 volumes o f chloroform R and
•••
I volume ofmcthanol R containing (A) 15 mg oflhe lcsl subs1ancc per ml and (8 )
I 5 mg o f dexamct ha~onc acclalc RS per ml: a!so apply lo thc platc 2 J.!l o f a third
solulion (C) composo:d of:• mixturc ofcqual volumes ofsolutions A and B and 1Jll
ofa fo urth solution (D) containing0.15 mg ofthc tcst substance per ml in thc samc
solvcnt m ixlure as useJ for solulions A and B. A !ler rcmo,·ing thc plate from thc
chromalographic chambcr, allow H lo dry in ai r unllllhc solvents havc evaporatcd
and heal at 105°C for lO mmutcs: allow to cool. spray with bluc tctra;:olium/
<;Od ium h ydroxidc TS. and cxamme the chro matogram 10 daylight. Any spot
obtaincd with so lutton A. o1her than the principal spot. is not more intcnsc than
that obtained \'illh solution D.
Assa)
• I he solut10ns must bc protccted from light througho ut the assay.
Dissolve about 20 mg. accurately weighcd, in sufficicn l a ldehyde-frcc ethanol
(- 750 g/1) TS lo producc 100 ml. Dilute 20 ml ofthis solution wit h suflicicnt
aldchyde- frec ethanol (- 750 g/1) TS to producc 100 m l. Transfcr 10.0 ml ofthe
diluted solution to a 25-rnl volumetric flas k. add 2.0 ml of bluc tetrazolium /
cthano l TS and displacc the air with o~ygen -frce nitrogcn R . lmmediately add
2.0 ml oftctr~meth ylammonoum hydroxide/ethanol TS a nd again d isplace thc ai r
witho,ygcn-frce nitrogen R . Stoppertheflask. m1x the contentsby gentleswuling
and allow to stand for I hour in a water-bath a t )0°C. Cool rapidly, add suflicient
~ldehyde-free ethanol ( -750 g/1) TS to prcducc 25 ml, and mi:t. Measure the
absorbancc ofa l-em layer at the maximum at about 525 nm against a solvent ccll
containong a solutoon prcpared by trcating 10 ml of aldehyde- fre~ ethanol
(--750 g/1) TS in a si molar manner. Cakulatc th.: amount of C,.H, FO, in lhe
substance being tested by comparison "'-ith dcxamethasone acctate RS. si m il~rly
and concurrently examincd
• 1499- ·
••
Adaptação: Farmacopé ia Portuguesa, 7 ed.
ÁCIDO ACETILSALICÍLICO
Acidum acetylsa licylicum
DEPlNIÇ..\0
Ácido 2-acetOllíbenzóico.
Teor: 99,5 por cento a 101,0 por cento (substância seca).
C..I.R<\CTERISTICAS
lDEt\TlFICAÇ.\0
Primeiro série: A e 8.
Segunda scrie: 8, C e D.
FARI\'IACOPE:IA PORTUGUESA VI I
• lsol ~ii
••
.D. Oi•5<>h'a. ;1 qU<nlt, ctrca de 20 mg do pre.:rpit.Jo ••N•d<•
ll" ~Nill\> Bem JO ml dto :.gua I{ e arrd<\'• · .4 <->111\ã<l dj
r;:ao;.io (~l dos ~!iCIIatos t2.3.ll.
Et\S..\10
Ch/tm,!:
- di~: I: 0.25 m; 0: -*.6 mm.
- {o:;e o?3ladondria: gel l!e sOi<:~ octadecilsililada para
cromatografia R (5 ~-tml.
/inu'/11$;
- q1.1<1fqwr impurua; no mâximo, a ân·a do pie.. prinápal do
cromatogram<l obtido com ~ solut;ão padroo (al
(0, I por Cdltoi.
- tottJI: no mâ:timo. 2.5 vezes a are.1 do pico prin.:ipal do
cromatograma obtido .:om a solu,~o p.ldrão (J)
10,2.5 por ~entol.
- limtl<' d<' ,•-.;c/us.io: 0.25 "<'7.<lS a a r.-a do p!co pr•nctpal do
O'OMittOj!ram.' obtido com a solu.;ão p.tdr;w (a).
- ·5021 •
••
Pmb por secagem (2.:Z.32): no m;wmo. 0.1 por cento. em
I .000 g da amostra. a pressão rMuzida.
DOSEA~!ENTO
CONSERVAÇÃO
J)IPUREZAS
A. R = H: Á(tdo 4-hidroxibenzóico.
B. R= C02H: ácido .l-hidroxibenzeno-1,3-dicarbo.,11ico
(:lcido -1-hidroxíisoftálico),
C. ác1do 2-hidroxíbenzóico (ácido salícOico),
crr. CO~H
O R
0 ~l(-J
............
D. R= O-CO-CH3: acido 2-1[2-(acetíloxi)benzoíl]oxijbenzóico
(ácido acetilsalicilsalicílicol,
E. R =OH: ácido 2-((2-hidroxibenzOil)oxí]benzóico (ácido
salicíls.-.licílico).
o
O O O )._ C!fJ
~!...0),(1..
V..o ·~
o~'~
• lsoJ-•
•••
Adaptação: United States Pha rmaco poe ia , 24• ed.
Aspirin
• I>,Wll!l contnns notless tnan (19.5 percent and not more than 100.5 percent of C 9H 60~,
calculated on lhe doed basls
ldentfficalion -
A! Hut à wtn water for..,.....,! m~nute-.. eool an<! add 1 or 2 dro~ ot r.rnc chlorlde TS. a vlaloH'Od <Olor is
pra<a~eed
Loss <>n drying < 1~ >- o.y rt .,...,. S<hCi gel for 5 hoors· it lcw:s not more than O S<x. of i'$ ~l~t
Rtadily carbonizilble substances < 271 >-DISsolVe 500 mg 11 5 ml of sultlne ae•d TS: the soMion h~• no
mOP- eolor than Malr:hmg Fkid Q.
Resódue on ognlUon < 281 > ; no\ more lhan o 05%.
Sub<;tances .nsoluble In oodlum carbonatt TS -A soluton of 50() mg In 10 rnl of'n-arm sodum carbooate TS
is ele ar
Chloiide < 221 > - BOil f 5 g '<lith 75 ml ofwater fc< 5minuteo. cool add suffi<ient w:o.ter tore'llorelhe original
volum~. and tner. A 25-ml por!Jon of!he ftltt21e shOW!i no more dllondelllan corresponc!o to0.10 ml of 0.020 N
hyO'ocblone oad tO OI•'!(,)
Sulfrte -D<•soiYt 60g in 37 mL of oeetone. and odd 3mL ofw;:.er Tttme pctenli~tncally..m ()02 Mlead
perehk>rate. p<epa~ by d...olv~ng 9.20 g oi lead pen:!tlorateln \VI!e< to make 1000 ml of •olu~on. using a pH
meti!r caoable of • monrnu'"ll reproooe•b<''IV of :tO 1 mV (oeo pH < 791 >-) equwed with on elecu-ode sy•tem
eonS4stng of a lead-'lP~ ~leettode and a siP,er-•rlver ehloride referenei! ~ss.<leov8d eleetre>de contalníng a 1
on 44 s~Mn oi t!!trat!lll~nunon<urn per.:hlorate on 9aclol aeotie aeld (see Tirlfi'IJI&y ~ 541 >). no! more fuan
1 25 ml ofO ()2 M lead perohlo<atei> conoumed (0.()4~). (NOTe -After U50, rmolh~leo<l·'lPe<:!fic el~trode
w.!h vlilor, IT.Jon the re ferene.o l!lectrode. 1\Jsh "'Ih wator. nnse '"th
methancl. "''d allow to <ty.]
Heavy m~als- OlssoP,e 2 g In 2S tnL olaeelone. and add 1 ml oi water. Add 1.2 ml ollbloaeetafrade..glyee<ln
base TS.nd 2ml otpH:J SAeemeBI,Iiter ;md alawto...,nd lorSminut~: anycolor proooeed ionot darl<.er
u.an lbal ofa eonwl made 'nlt!l ~ ml ofacetone and2 ml of S!ondam Lead Soit.A100 (s.. Heavy l.letols <231
>).troatMr~ !lleume ma,'tl!M. Tho-.Mis10~t9 perg.
umlt oi free saficyflc acl d - Dissotve2 S g11 sufllaen! alecnolto make ZS.OmL To~aell ol twl>match ed
color-«>mpari5011 tubu a<l-:;1 48 ml of w;rter and 1 ml of • freshly PfCPa<ed, diluted femc ammonium •urlate
solubon (ptepared by add,ng 1 ml of 1 Nhyci'odllorie actd 10 2 ml of tenie -ammonlum sullate TS and dlluting
wm wcnt'J to 1uu n'll). lnto one wne p1pet 1 tnl 01 a 'Sl.andara 'iCMUbOn ot ulit:ylc ac:HJ., water contammg u. 1u
mg of saieylie aad per ml trto lhe •e«ond tube I>'J>e\ 1 mL ofthe I '" I Osolubon ;>f &lill:!l- Mix lhe c011tento of
~ach tube afttr 30 second'S the coklr in d'le ~condtubeJ~ not more 1ntens!' than that in lha tubrt conbming th~
••lic)'lit at~d (O I'I{,J
s.--..
Auxiiary lnformation
StaffLIII•>an Stephen H . AIWI!l, Sc1enbst
tcti.4)Chemuuy•
USP-NF P•ge No 161
Phiim>acope~Bl Fotum Volum• No
Pl>ontJ/Vo 1·3()1-816-62<LI
22 Poge •lo. 2092
• lsos liiii1
ANEXO
TABELAS
ESTATÍSTICAS
(Abrahan Linco/n)
••
Distribuição "t" de Student
li ·l o l
I '
I>Z
1
0,50
1,00000
0,25
2,4142
0,10
6,3138
0 ,05
12,706
0,025
25,542
0,01
63,657
0,005
12 7 ,32
2 0,81650 1,6036 2,9200 4 , 3027 6,2053 9, 9248 14,089
3 0 , 76489 1,4226 2, 3534 3,1825 4, 1765 5, 8409 7,4533
4 0 ,74070 1 ,3444 2, 1318 2,7764 3 ,4954 4,604 1 5,5976
5 0 ,72669 1,3009 2,0150 2,5706 3 , 1634 4,0321 4,7733
6 0 , 71756 1,2733 1,9432 2,4469 2 ,9687 3,7074 4,3 168
7 0,71114 1,2543 1,8946 2,3646 2,8412 3,4995 4,0293
8 0 ,70639 1,2403 1,8595 2,3060 2 ,7515 3,35 54 3,8325
• I509 ,,._ ii
~
~
Área subtendida pela curva
normal reduzida de O a Z.
o z
z 0.00 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09
0.0 0.0000 0.0040 0.0080 0.0120 0.0160 0.0199 0.0239 0.0279 0.0319 0.0359
0.1 0.0398 0.0438 0.0478 O.C517 0.0557 0.0596 0.0636 0.0675 0.0714 0.0753
0.2 0.0793 0.0832 0.0871 0.0910 0.0948 0 .0987 0.1026 0.1064 0 . 1103 0.1141
0.3 0.1179 0.1 217 0.1255 0.1293 0.1331 0.1368 0. 1406 0.14 4 3 0 . 1480 0.1517
0.4 0.1554 0.1591 0.1628 0.1664 0.1700 0.1736 0.1772 0.1808 0.1844 0 .1879
0.5 0.1915 0.1950 0.1985 0.2019 0.2054 0.2088 0.2123 0.2157 0.2190 0.2224
0.6 0.2257 0.2291 0.2324 0.2357 0 .2389 0.2422 0.2454 0.2 486 0.2517 0.2549
0.7 0.2580 0.2611 0.2642 0.2673 0.2704 0.2734 0.2764 0.2794 0 .2823 0.2852
0.8 0.2881 0.2910 0.2939 0.2967 0.2995 0.3023 0.3051 0.3078 0 .3106 0.3133
0.9 0.3159 0.3186 0.3212 0.3238 0 .3264 0.3289 0.3315 0.3340 0 .3365 0.3389
1.0 0.34 13 0.3438 0.3461 0.3485 0 .3508 0.3531 0.3554 0.3577 0.3599 0.3621
1.1 0.364 3 0.3665 0.3686 0.3708 0.3 729 0.3749 0.3770 0.3790 0.3810 0.3830
1. 2 0.3849 0.3869 0.3888 0.3907 0 .3925 0.394 4 0.3962 0.3980 0 .3997 0.4015
1.3 0.4032 0.4049 0.4066 0.4082 0.4099 0.4115 0.4131 0.41 47 0.4162 0.4177
1.4 0.4192 0.4207 0.4222 0.4236 0.4251 0.4265 0.4279 0.4 292 0.4306 0.4319
1.5 0.433 2 0.4345 0.4357 0.4370 0.4382 0.4394 0.4406 0.4418 0 .4429 0.4441
1.6 0.4~52 0.4463 0.4474 0.4484 0.4495 0.4505 0.4515 0.4525 0.4535 0.4545
1.7 0.4554 0.4564 0.4573 0.4582 0.4591 0.4599 0.4608 0.46 16 0 .4625 0.4633
1.8 0.4641 0.4649 0.4656 0.4664 0.4671 0.4678 0.4686 0 .4693 0 .4699 0.4706
1.9 0.4713 0.47 19 0.4726 0.4732 0.4738 0 .474 4 0.4750 0.4756 0.4761 0.4767
2.0 0.4772 0.4778 0.4783 0.4788 0.4793 0.4798 0.4803 0.4808 0.4812 0.4817
2. 1 0.4821 0.4826 0.4830 0.4534 0.4838 0.4842 0.4846 0.4850 0.4854 0.4857
2. 2 0.4861 0.4864 0.4868 0.4871 0.4875 0.4878 0.4881 0.4884 0.4887 0.4890
2. 3 0.4893 0.4896 0.4898 0.4901 0.4904 0.4906 0.4909 0.4911 0 .4913 0.4916
2.4 0.4918 0.4920 0.4922 0.4925 0.4927 0.4929 0.4931 0.4932 0.4934 0.4936
2. 5 0.4938 0.4940 0.4941 0.494 3 0.4945 0.4946 0.4948 0.4949 0.4951 0.4952
2. 6 0.4953 0.4955 0.4956 0.4957 0 .4959 0.4960 0.4961 0.4962 0.4963 0.4964
2. 7 0.4965 0.4966 0.4967 0.4968 0.4969 0.4970 0.4971 0.4972 0.4973 0.4974
2.8 0.4974 0 ....!975 0.4976 0.4977 0.4977 0.4978 0.4979 0.4979 0 .4980 0.4981
2.9 0.4981 0.4982 0.4982 0.4983 0.4984 0.4984 0.4985 0.4985 0.4986 0.4986
3.0 0.4987 0.4987 0.4987 0.4988 0.4988 0.4989 0.4989 0.4989 0.4990 0.4990
Fonte: CRESPO, A.A. Estatística Fácil.13' ed. São Pau lo, Saraíva, 1995 .
• 1511 -·
Ainiciativa do organizador deste livro ao trazer aspectos regulatórios e de qualidade,
passando por diferentes conceitos de metodologias físico-químicas, vem preencher uma
importante lacuna, considerando-se a ausência de bibliografia nacional nesse segmento.
A facilidade de leitura e a forma de apresentação, agregando aspectos estritamente
práticos, mas trazendo respostas e embasamentos técnico-científicos, constituem
diferenciais preciosos.
Ainda, a gama de assuntos abordados, abrangendo aspectos de amostragem e.
estatística, ensaios de identificação, controle de fitoterápicos, estudo de estabilidade,
chegando à análise instrumental, é de interesse para diferentes setores farmacêuticos, da
farmácia pública à industrial.
,:]]Jil ti)
Pharmabooks