6.

1 Coleta de amostras 1
6.2 Amostra ideal 2
6.3 Tipos de amostra 2
6.4 Transporte da amostra 2
6.5 Critérios de rejeição 3

7.1 Aspecto 4
7.2 Cor 4
7.3 Volume 4
7.4 Odor 4
7.5 Densidade 4

Cuidados com a fita reagente 5

8.1 Densidade 5
8.2 Potencial de hidrogênio 5
8.3 Leucócitos 6
8.4 Nitrito 6
8.5 Bilirrubina e urobilinogênio 7
8.6 Hemoglobina e sangue 7
8.7 Proteínas 7
8.8 Glicose 8
8.9 Corpos Cetônicos 8
8.10 Reações químicas 8

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 9.1 Obtenção do sedimento urinário 8
9.2 Células sanguíneas: 9
9.3 Células epiteliais 9

10.1 Cilindro Hialino 10

10.2 Cilindro Céreo 10
10.3 Cilindro Eritrocitário 10
10.4 Cilindro Granuloso 10
10.5 Cilindro leucocitário 10

Em pH ácido 11
Em pH alcalino 11
Dentre os cristais anormais, os principais são: 12

12.1 Cálculos de oxalato de cálcio 12

12.2 Cálculos cistina 13
12.3 Cálculos estruvita 13
12.4 Cálculos de ácido úrico 13

13.1 Glomerulonefrite 13
13.2 Síndrome nefrótica 13
13.3 Nefrite intersticial 13
13.4 Insuficiência renal 13
13.5 Pielonefrite 13
13.6 Cistite 13

14.1 Taxa de filtração glomerular 14

14.2 Clerance de creatinina ou Depuração de creatinina 14
14.3 Microalbuminúria 14
14.4 Glicose 14

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A urinálise consiste basicamente em um exame de urina
geral e análise com tira reagente para detecção de
sangue, leucócitos, açúcar e outras substâncias. A leitura
dos dados obtidos com a fita reagente pode ser realizada
manualmente ou por instrumento automatizado.
Muitas doenças podem exibir anormalidades na urina,
por isso possui grande importância laboratorial sendo um
teste de triagem de ampla utilização.
Os rins exercem várias funções regulatórias.
A filtração glomerular e a secreção tubular permitem que
inúmeros produtos residuais sejam eliminados do corpo,
incluindo compostos nitrogenados oriundos do
catabolismo proteico, assim como ácidos e bases tanto
orgânicos quanto inorgânicos. Líquidos, eletrólitos
(incluindo sódio, potássio, cálcio e magnésio) e o status
acidobásico são regulados na homeostasia. Além disso,
os rins promovem importante regulação hormonal com
produção de eritropoetina e renina, bem como ativação
de vitamina D.
No adulto normal, cerca de 1.200 mL de sangue
perfundem os rins a cada minuto, o que corresponde a
25 % do débito cardíaco. Os glomérulos recebem sangue
das arteríolas aferentes, enquanto um ultrafiltrado de
plasma atravessa cada glomérulo e entra no espaço de
Bowman. A partir daí, o filtrado atravessa os túbulos e os
ductos coletores, nos quais podem ocorrer reabsorção
ou secreção de várias substâncias e concentração da
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urina. Por fim, o volume de filtrado glomerular original de
aproximadamente 180 L é reduzido a 1 ou 2 L em 24
horas, dependendo do status da hidratação. A urina
formada nos rins segue dos ductos coletores para a pelve
renal, ureteres, bexiga urinária e uretra durante o
esvaziamento.
Assim, a urina é um ultrafiltrado do plasma cuja
concentração final dependerá do estado de hidratação
do indivíduo e da quantidade de cada uma das
substâncias excretadas.
Em geral a urina é constituída por ureia e outros produtos
químicos, orgânicos e inorgânicos, dissolvidos na água.
Sendo, na urina normal, 95% composta de água e 5%
solutos. Estes solutos podem sofrer variações devido a
influências alimentares, atividade física, metabolismo
corporal, funções endócrinas e a postura corporal.
Antes de iniciar qualquer exame, a amostra de urina deve
ser avaliada em termos de aceitabilidade. Os aspectos a
serem considerados incluem: identificação correta,
amostra apropriada para o exame solicitado,
conservação adequada, sinais de contaminação visíveis e
se eventuais atrasos de entrega podem ter causado
deterioração significativa. Cada laboratório deve possuir
suas próprias diretrizes por escrito e fazê-las cumprir para
aceitar ou rejeitar amostras.
A urina é um material biológico potencialmente
contaminante e exige a observação de cuidados
específicos de coleta, a fim de preservar, além da
integridade da amostra, a segurança dos profissionais
que a manuseiam. Em todos os momentos (coleta,
transporte e análise) em que seja provável o contato físico
com a amostra, as pessoas devem utilizar equipamentos
de proteção individual (EPI) adequados.
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As amostras devem ser etiquetadas com o nome do

paciente e seu número de identificação, data e hora da
Amostra ideal para o exame de urina de rotina, a primeira
coleta e o tipo do material coletado, bem como
urina da manhã é uma amostra concentrada, garantindo,
informações adicionais, se exigido pelo protocolo do
assim, a detecção de substâncias químicas e elementos
laboratório. As etiquetas devem ser anexadas ao corpo
formados que podem não ser observados em uma
do recipiente, e não à tampa, e não devem se soltar caso
amostra aleatória mais diluída. O paciente deve ser
o recipiente seja mantido em refrigerador.
instruído a coletar a amostra imediatamente após se
É desejável que a requisição médica acompanhe as levantar, em jejum, e entregá-la no laboratório no prazo
amostras enviadas ao laboratório, cujas informações máximo de 2 horas.
precisam corresponder ao descrito na etiqueta da
amostra, com informações adicionais como modo de
coleta, tipo de amostra, possíveis medicações em uso e
informações clínicas relevantes do paciente.
Consiste na coleta da segunda amostra de urina, com o
paciente permanecendo em jejum após ter desprezado a
primeira micção. Essa coleta minimiza eventuais
interferências dos metabólitos provenientes de alimentos
Com a finalidade de minimizar as variações pré-analíticas, ingeridos na noite anterior. O paciente deve ser instruído
deve-se utilizar amostra recente, sem adição de a entregar a amostra no laboratório no prazo máximo de
conservante, coletada após o paciente permanecer por 2 horas.
um período de, pelo menos, 2 horas sem urinar. Se
Importante! Para qualquer um dos tipos de amostra, se
possível, a amostra deve ser mantida à temperatura
deve coletar o jato médio, após assepsia do local. O
ambiente, mas, caso o exame não possa ser realizado em
primeiro jato é desprezado porque pode conter
um prazo máximo de 2 horas após a coleta, a amostra
secreções da uretra, principalmente leucócitos, que
deverá ser refrigerada e protegida da luz, por até 12
podem interferir no resultado se o volume de urina
horas.
coletado for pequeno. A coleta do jato médio deve ser
realizada sem a interrupção do jato.

A coleta espontânea da urina, coletando o jato médio,

Os tipos de amostras mais frequentemente utilizados
para o exame de urina de rotina incluem: amostra
aleatória, primeira urina da manhã e segunda urina da
manhã.
deve ser priorizada mesmo em ambiente hospitalar. Só
coletar em saco coletor ou cateterismo nos casos em que
a primeira opção não for possível.

Amostra mais comumente recebida em razão da

facilidade de coleta e da comodidade para o paciente.
Frasco de material inerte, limpo e seco, com boca larga e
Pode ser coletada a qualquer momento, mas o horário
tampa de rosca.
da micção deve ser registrado no frasco. O paciente deve
ser instruído a entregar a amostra no laboratório no Figura 1: Principais interferentes pré-analíticos da fase
prazo máximo de 2 horas. resultados anormais química do exame de urina de rotina
decorrentes da ingestão de alimentos ou da atividade
física antes da coleta podem ser observados, sendo
necessária à coleta de nova amostra de urina em
condições mais controladas

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Constituinte Alteração Mecanismo

Ocasionalmente, podem ser coletadas amostras de urina
pH aumento Amônia ou pela introdução de uma agulha através do abdome na
bactérias bexiga. Como a bexiga, em condições normais, é estéril,
a punção suprapúbica fornece uma amostra de urina
Glicose diminui Consumo celular
para a cultura bacteriana, livre de contaminação externa.
Nitrito aumento bactérias

Nitrito diminui Degradação a

nitrogênio
Urinas que apresentem alguns dos itens abaixo devem
Cetonas diminui Ácido acético
acetona ser rejeitadas e solicitar nova coleta, orientando-o a
realizar a coleta e identificação adequados do material:
Bilirrubina diminui Oxidação a
biliverdina (Luz)
Urobilinogênio diminui Oxidação a - Amostras não identificadas
biliverdina (Luz)
- Não coletadas adequadamente
Eritrócitos diminui Lise celular
- Coletadas em recipientes inapropriados
Leucócitos diminui Degeneração
celular - Volume de amostra insuficiente
Cilindros diminui Solubilização da - Dados discordantes
matriz proteica
- Contaminadas

- Armazenadas de forma inadequada: congeladas, mais

de 2h a temperatura ambiente ou sob altas temperaturas

Frequentemente empregados na obtenção de amostras

de urina de pacientes pediátricos ou geriátricos, nos quais
Importante: o laboratório não deve entregar a urina
o controle esfincteriano e, portanto, da micção esteja
rejeitada para o paciente, a fim de evitar que o mesmo
comprometido. Deve ser realizado apenas por pessoal
realize apenas a transferência de frascos. O laboratório
capacitado e bem treinado. Existe grande possibilidade
fica com a urina rejeitada e a descarta corretamente.
de contaminação da urina com esta coleta, logo se a
amostra também for utilizada para o exame de cultura,
procedimentos mais invasivos, como o cateterismo
vesical e a punção suprapúbica, devem ser considerados.

Esta amostra é coletada sob condições estéreis, pela

colocação de um cateter através da uretra até a bexiga.
O teste mais comumente solicitado em amostra
cateterizada é a cultura para bactérias, mas também
pode ser utilizada para a medida das funções em cada
um dos rins. Esse procedimento deve ser realizado
apenas por profissionais capacitados e com competência
legal para tal

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A primeira etapa do exame de urina de rotina consiste na
observação e anotação das suas características físicas.
A urina normal apresenta um aspecto claro e
transparente. Turvações podem aparecer quando
ocorrerem formações de uratos amorfos em urinas ácidas
ou fosfatos amorfos em urinas alcalinas. Essas formações
são observadas com maior frequência quando a
temperatura ambiente é baixa. A urina pode se
apresentar mais escura, refletindo maior concentração,
ou mais clara, nas amostras mais diluídas.
Dica: aspecto está relacionado com informação na urina.
Quanto mais coisas na urina, mais turva será!
As urinas com cores que fogem ao espectro do amarelo
não devem ser analisadas por tira reagente, pois a cor
pode influenciar todos os parâmetros. Qualquer cor
anormal deve ser anotada no laudo.
Importante: espectros de cor na escala de verde são
sugestivos de bilirrubina na urina. Além disso, a formação
de espuma ao agitar a urina na cor amarelada também é
sugestiva de presença de bilirrubina. Colúria é o termo
usado para indicar a presença de bilirrubina na urina. Se
após agitação a urina apresentar espuma na cor
transparente/branca é sugestivo de proteinúria.
Variações de cor do rosa, passando pelo vermelho até a
cor marrom são sugestivos de hemoglobina/sangue.
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O exame de urina auxilia o médico na diferenciação
rápida entre poliúria (excesso de micções) devido a
diabetes melito ou diabetes insípidos. Pacientes com
diabetes melito descontrolada, apresentam poliúria em
função do excesso de glicose no sangue. Assim, a
densidade urinária estará alta, além da determinação da
glicose apresentar positividade. Nos pacientes com
diabetes insípidos, a poliúria ocorre em consequência da
disfunção do hormônio antidiurético. Desta maneira, o
EAS apresentará densidade baixa e glicose negativa. O
consumo de álcool, diuréticos e cafeína bloqueiam
temporariamente o hormônio ADH, podendo provocar
uma poliúria temporária.
Não é mais relatado nos laudos médicos.
A densidade tem sido incorporada às fitas reagentes,
logo muitos laboratórios não utilizam mais o densímetro
ou refratômetro para sua medição. Uma densidade alta
indica pouca água na urina ou a presença de glicose ou
proteína. Em amostras isoladas, sem a realização de um
controle hídrico prévio, a determinação da densidade
urinária tem valor extremamente limitado. Então a
densidade pode informar sobre uma possível
desidratação ou anormalidades na liberação do
hormônio antidiurético. Nas tiras reativas ocorre a
dosagem da densidade por um método indireto de
gravidade específica. A área reativa contém três
ingredientes principais: polieletrólito, substância
indicadora e tampão. O princípio dessa metodologia
baseia-se na mudança de pK. i de polieletrólitos pré-
tratados em relação à concentração iônica da urina.
Quando essa concentração é alta, o pK. i diminui, assim
como ocorre com o pH. A substância indicadora, então,
muda de cor conforme a concentração iônica, e esse
fenômeno é traduzido em valores de gravidade
específica. Esse método não é afetado por quantidades
elevadas de glicose, proteínas ou contraste radiológico,
que tendem a elevar as leituras de gravidade específica
obtidas com refratômetros e urinômetros.
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É realizada com as tiras reagentes. Essas tiras utilizam a
metodologia de química seca para realizar reações
químicas complexas dentro dos espaços destinadas a
elas. Os resultados podem ser interpretados visualmente
ou utilizando equipamentos semiautomatizados ou
automatizados. O procedimento consiste em
homogeneizar a amostra de urina, em seguida, verter
parte do volume presente no frasco universal para um
frasco Falcon e, em seguida, manualmente, inserir uma
fita reagente no frasco de urina de forma rápida e retirar
o excesso encostando suavemente as laterais da fita num
papel toalha. Em seguida proceder a leitura visual com o
auxílio da escala de cores que é fornecida pelo fabricante.
A leitura deve ser realizada respeitando o tempo de cada
reação. Não deve ser considerada após esse tempo.
• Não armazenar em geladeira e locais úmidos
• Usar o dessecador no interior da embalagem,
fornecido pelo fabricante
• Após aberta a embalagem, as fitas devem ser
usadas pelo tempo indicado pelo fornecedor
• Pegar a fita segurando no local indicado com as
mãos limpas e secas (luva)
• Mergulhar rapidamente a tira no tubo cônico
contendo 10 mL de urina
• Nunca deixar a fita na vertical após retirar do
frasco contendo urina – evitar de passar numa
área reagente e depois em outra - contaminação
• Secar o verso e as laterais da fita num papel
toalha – não encostar a mão ou o papel na área
reagente
• Proceder a leitura dos parâmetros respeitando o
tempo de cada um deles – leucócitos (120
segundos) – para evitar falso negativo
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Essa é a escala de cores para a interpretação dos
resultados. Esta primeira coluna, é a fita sem ter tido
contato com a urina. É nesse estado que devem estar as
fitas que serão usadas. Caso apresente coloração
diferente, não devem ser utilizadas. Ao lado de cada teste
tem a relação de cores, lembrando que quanto maior for
a presença de cada item, mais intensa será aquela cor.
Os aparelhos automatizados ou semiautomatizados
utilizam fotômetros de reflectância, ou seja, medem a luz
refletida a partir da área reagente. Esses equipamentos
medem objetivamente a intensidade dessas reações e
eliminam as variações de leitura dependente do tempo
de reação e intensidade de cor. A grande vantagem de
sua utilização é a padronização dos tempos de leitura e
a eliminação das variações subjetivas decorrentes da
interpretação das cores obtidas em cada área reagente.
A densidade é a relação entre a massa de um volume de
líquido e a massa de um mesmo volume de água. A
densidade da água é de 1,000, logo a urina terá uma
densidade um pouco maior que um. Quanto mais
elementos existir nesta urina, mais coisas serão
observadas na sedimentoscopia, mais alta será a
densidade desta urina. Antigamente a leitura era
realizada no refratômetro (ou urodensímetro) e olhando
a escala para determinar o valor da densidade. Com as
tiras reativas passou a ser liberado junto com os
resultados da análise química.
Os rins participam do processo de regulação do equilíbrio
acidobásico do organismo, eliminando o excesso de
hidrogênio e de ácidos fracos. A importância deste
parâmetro está relacionada ao diagnóstico e
acompanhamento de doenças de distúrbios eletrolíticos
de origem metabólica ou respiratória, e na monitoração
de tratamentos que exijam que o pH urinário se
mantenha dentro de determinado intervalo.
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A urina ácida está relacionada a dietas ricas em proteína
animal, pacientes fazendo uso de acidificantes urinários
ou diabetes melito mal controlada (acidose). Urinas
alcalinas são comuns no período pós-prandial, dietas
vegetarianas, medicamentos alcalinizantes, e pacientes
com infecção urinária. Enquanto a amostra permanece
em repouso, o pH tende a aumentar em razão da perda
de dióxido de carbono e da produção de amônia a partir
de ureia associada ao crescimento bacteriano, por isso, a
realização dos parâmetros urinários deve ser feita
imediatamente.
A fita reagente mede indiretamente a quantidade de
leucócitos, uma vez que mede a quantidade de esterases
presentes na urina e não diretamente o leucócito. Essa
reação de hidrólise de ésteres pela esterase libera uma
cor violácea, que é o que observamos na fita reagente.
Esse teste não substitui a necessidade da observação da
urina ao microscópio, que é a etapa 3 do exame de urina,
também conhecida como sedimentoscopia. Então qual a
importância dele? Auxilia a identificar processos que
levam a lise de leucócitos, sejam de origem bacteriana ou
estéril. Há necessidade de realizar exames auxiliares para
fechar o diagnóstico (sedimentoscopia, coloração de
Gram, urocultura, dentre outros).
Como a esterase está presente nos leucócitos
granulócitos, no caso das linfocitúrias esse teste será
negativo. Falsos-positivos podem ocorrer quando a urina
estiver em contato com substâncias que interferem na
reação de hidrólise: agentes oxidantes (hipoclorito de
sódio, formaldeído) elevadas concentrações de
antibióticos à base de imipenem, meropenem ou ácido
clavulânico. Esse é um dos motivos pelos quais o frasco
de coleta deve ser de material inerte, limpo e descartável,
para eliminar a possibilidade de resíduos oxidantes que
podem interferir nesta e em outras reações da fita
reagente. Além disso, pacientes que já iniciaram
antibioticoterapia podem apresentar resultados
mascarados devido a interferência de certos antibióticos
na reação. Falsos-negativos podem ocorrer em amostras
com densidade alta, concentrações de glicose acima de
2g/dL, albumina acima de 0,5 g/dL, ácido ascórbico ou
que contenham concentrações elevadas de cefalexina,
cefalotina, tetraciclina ou ácido oxálico.
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Esse teste, assim como o da presença de leucócitos, são
testes que irão auxiliar nos casos de infecção bacteriana.
No entanto, nem todos os casos serão detectados desta
maneira. Isso porque algumas bactérias que colonizam o
trato urinário são capazes de reduzir o nitrato, presente
na urina, em nitrito. Porém, é necessário que essas
bactérias tenham um tempo de contato com a urina para
realizar a reação. Logo, só irá positivar nos casos em que
a bactéria for do grupo de bactérias redutoras de nitrato.
As espécies mais comuns são: Escherichia coli, cepas de
Klebsiella, cepas de Proteus e algumas espécies de
Pseudomonas.
Falso negativos ocorrem quando as bactérias não tiveram
tempo suficiente para realizar a reação em nível
detectável pelas tiras reagentes. Por isso, o mais indicado
é a primeira urina da manhã, ou de 2h a 4h após a
micção. Presença de bactérias que não reduzem o nitrato
a nitrito e sim em outros compostos. Falta de nitrato na
dieta (lactantes e dietas com baixa ingestão de vegetais
verdes), contaminação pós-coleta.
Importante: algumas cepas de Staphylococcus spp (Gram
positivos) também reduzem o nitrato a nitrito, logo não
são apenas as bactérias Gram negativas que têm essa
capacidade. Além disso, algumas espécies do gênero
Enterococcus spp (Gram positivos) estão presentes em
infecções urinárias, porém não utilizam o nitrato para
obter energia. Neste caso, a fita reagente irá ser negativa,
porém, na sedimentoscopia será observada a presença
de bactérias. Para saber a espécie patogênica, somente
realizando a urocultura
Pode-se encontrar nitrato negativo e sedimentoscopia
com presença de bactéria??? Sim, pois nem todas
reduzem o nitrato a nitrito ou pode ser contaminação
pós-colheita.
Pode-se encontrar nitrato positivo e não encontrar
bactéria na sedimentoscopia? Sim, existem alguns
medicamentos que produzem cor vermelha ou que se
tornam vermelhos em meio ácido e isso pode levar a um
teste de nitrito positivo na tira e não encontrar bactérias
na sedimentoscopia. O ideal é solicitar nova amostra,
caso não se tenha informação sobre a medicação que ele
esteja utilizando.
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A bilirrubina é um produto da quebra da hemoglobina. A
bilirrubina não conjugada é insolúvel em água e por isso
não passa pelos rins. No fígado ocorre a sua
metabolização, onde parte da bilirrubina se liga ao ácido
glicurônico, tornando-se conjugada (bilirrubina direta) e
solúvel, sendo capaz de atravessar os glomérulos. A via
de excreção de bilirrubina direta ocorre pelo intestino,
apenas traços são encontrados na urina normal, que não
são capazes de positivar a tira reagente. Quando o teste
de bilirrubina na urina torna-se positivo indica que há
uma elevada quantidade dela na circulação sanguínea. A
urina apresenta cor acastanhada ou esverdeada e
costuma apresentar uma espuma. O urobilinogênio é
resultante da degradação da bilirrubina livre no interior
do cólon, assim como o mesobilirrubinogênio e
estercobilinogênio. A maioria dela é excretada pelo
intestino e é responsável pela coloração das fezes. Assim
como a bilirrubina, uma pequena fração é excretada
normalmente na urina. Logo, se seus níveis estiverem
elevados positivará a fita reagente.
Tanto a bilirrubina quanto o urobilinogênio são sensíveis
a luz, logo a reação deve ser realizada o mais rápido
possível, pois a exposição da urina a luz pode gerar
falsos-negativos. Grandes quantidades de ácido
ascórbico e nitrito podem gerar falsos negativos.
Medicamentos que adquirem coloração avermelhada em
pH baixo também interferem neste teste, podendo gerar
falsos negativos. Falsos positivos podem ser gerados na
presença de algumas medicações como rifampicina e
clorpromazina.
Esse teste é importante para auxiliar na diferenciação da
obstrução biliar da obstrução hepática e doença
hemolítica, conforme a figura 2.
A hemoglobina está presente no interior das hemácias.
Quando ocorre a presença de sangue na urina, pode
indicar processos de lesão renal, seja na porção
glomerular, seja nas vias urinárias. Logo é um importante
marcador de lesão urinária. A tira reagente é ligeiramente
mais sensível a hemoglobina do que aos eritrócitos
intactos. Quando se recebe a urina no laboratório, deve-
se observar o aspecto. Realizar a tira reagente e
centrifugar o sangue.
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Figura 2: Diferenciação entre obstrução biliar, obstrução
hepática e doença hemolítica auxiliada pela análise da fita
reagente.
Tipo de lesão Bilirrubina Urobilinogênio
Obstrução biliar +++ (Bilirrubina Negativo
(lesão pós direta)
hepática)
Lesão Hepática +/- Positivo
Doença Negativo (ocorre +++
Hemolítica (lesão aumento de
pré-hepática) bilirrubina indireta –
não presente na
urina)
Se após essa centrifugação o sangue depositar no fundo
do tubo, indica que as hemácias estão íntegras e serão
visualizadas no sedimento urinário. Se as hemácias
estiverem lisadas, o material ficará presente no líquido
urinário pós centrifugação e poderá não ser observado
na sedimentoscopia, uma vez que não foram
depositadas. Então é muito importante a liberação desse
resultado e a intensidade da reação.
É normal encontrar proteínas na urina. Porém, uma
elevada presença destas na urina é um dos principais
indicadores de doença renal, e sua dosagem em
amostras isoladas de urina só tem significado clínico se
corrigida com a creatinina urinaria e deve ser realizada
mediante solicitação médica. A pesquisa de proteínas
através das tiras reagentes baseia-se no princípio do “erro
proteico” de um indicador de pH. Como as proteínas
possuem carga em pH fisiológico, sua presença modifica
o pH. Esse teste é mais sensível a presença de albumina,
não detectando a proteína de Tamm-Horsfall, que é a
principal matriz dos cilindros. Para algumas situações
específicas, é preciso ter método alternativo de pesquisa
e dosagem das proteínas urinárias.
É importantíssimo destacar que as proteínas de baixo
peso molecular, denominadas, antigamente, de proteínas
de Bence Jones, não são detectadas nas fitas reagentes.
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episódios de cetose, muitas vezes associados a infecções,

estresse ou outros problemas relativos à supervisão. A
Vários açúcares podem ser encontrados na urina sob cetonúria não é observada no coma hiperglicêmico
certas circunstâncias, sejam patológicas ou fisiológicas. hiperosmolar que por vezes ocorre no diabetes tipo 2.
Esses açúcares são glicose, frutose, galactose, maltose,
pentose e sacarose. A glicose é sem dúvida o açúcar mais
comum. A presença de quantidades detectáveis de
glicose na urina é denominada glicosúria. Essa condição
ocorre sempre que os níveis de glicose no sangue Cada quadrado da tira reagente representa um espaço
excedem a capacidade de reabsorção dos túbulos renais. de reação química específico para o analito a ser
detectado e segue a utilização de enzimas e indicadores
A presença de glicose na urina ocorre diante de
de pH específicos. Saber os nomes das reações e os
diferentes níveis sanguíneos do açúcar, e não só em casos
principais agentes envolvidos é importante para
de hiperglicemia concomitante. Havendo hiperglicemia,
responder algumas questões de concurso.
contudo, a glicosúria costuma ocorrer diante de níveis
sanguíneos acima de 160 a 180 mg/ dL. A glicosúria pode Veja a tabela apresentada e explicada na aula.
ser observada em várias condições: diabetes melito,
gravidez, distúrbios endócrinos (acromegalia, síndrome
de Cushing, tumores de células pancreática), disturbios
do SNC, distúrbios metabólicos associados a
queimaduras, infecções, fraturas, infarto do miocárdio e
uremia, bem como doença hepática, doenças do
armazenamento de glicogênio, obesidade e alimentação
após o jejum, dentre outras.

Permite avaliar qualitativa e quantitativamente os

A principal fonte de energia do corpo humano é o
metabolismo dos carboidratos, principalmente da
glicose, resultando em CO2 e água. Sempre que a
quantidade de carboidratos disponíveis for inferior às
necessidades energéticas, ocorre o catabolismo dos
ácidos graxos como fonte de energia. A metabolização
dos ácidos graxos é incompleta e gera como produto os
corpos cetônicos. Por isso, normalmente não se observa
a presença de corpos cetônicos na urina, logo em uma
amostra normal espera-se resultado negativo, assim
como para a glicose. Esses dois parâmetros estão
relacionados a alterações metabólicas e por isso estão
interligados. A detecção de cetona ou ácido acetoacético
pelas tiras reagentes baseia-se na reação do
nitroprussiato de sódio com o ácido acetoacético. Outros
corpos cetônicos como acetona e ácido beta-
hidroxibutírico não são detectados nas fitas reagentes.
Importante: Produtos do metabolismo dos ácidos graxos
(gorduras ou lipídeos) podendo ocasionar acidose lática.
Importância: pode sinalizar aviso de coma iminente.
Pacientes com diabetes tipo 1 são mais propensos a
elementos presentes na urina, indicando a existência de
processos patológicos envolvendo o sistema urinário e
distúrbios metabólicos sistêmicos. Elementos detectáveis:
células epiteliais, leucócitos, eritrócitos, cilindros, cristais,
bactérias, fungos, parasitas e células neoplásicas.
Artefatos e contaminações podem ocorrer e dificultar a
observação. Indivíduos normais (sem doença renal):
podem apresentar quantidades pequenas de elementos
anormais na urina.
Amostra: amostra aleatória ou 1ª da manhã. Em ambas
tendo sido coletado o jato médio. Amostra analisada em
até 2h após a coleta a TA. Amostras refrigeradas (2 a 8oC)
podem apresentar a precipitação de materiais amorfos e
cristalinos, logo devem ser analisados quando chegar a
TA.
Procedimento: ao receber a urina no laboratório verificar
se está a temperatura ambiente e se o tempo de 2h entre
a coleta e a chegada ao laboratório foi respeitado. Se
estiver refrigerada, verificar se o tempo de 12 h entre a

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coleta e a entrega no laboratório foi respeitado e colocar
a urina a temperatura ambiente antes de realizar a
análise. Em seguida:
- Homogeneizar a urina
- Transferir 10 mL de urina para tubo cônico (Falcon)
- Realizar a análise física
- Realizar a análise da tira reativa (colocar a tira no frasco
e tirar imediatamente, encostar as laterais da fita num
papel toalha para retirar o excesso. Nunca encostar papel
ou a mão na área reagente. Proceder a leitura da fita
respeitando a ordem das reações). Em seguida:
- Centrifugar a amostra por 05 minutos a 450g
- Descarta o sobrenadante, deixando 0,5 mL ou 1,0 mL
- Soltar o sedimento do tubo batendo gentilmente ou
pegando com uma pipeta Pasteur e homogeneizando
com a sobra do sobrenadante
- Colocar uma gota do sedimento na lâmina com
lamínula
- Observa-se em microscópio de campo claro com
objetivas de maior (células epiteliais, hemácias e
leucócitos) e menor aumento (cilindros)
Como a urina é um filtrado do sangue, é normal
encontrar células sanguíneas na urina em pequenas
quantidades.
Eritrócitos: Quando existe uma quantidade excessiva de
eritrócitos na urina chamamos de hematúria. Quando
esses eritrócitos apresentam morfologia normal, ou seja,
estão redondos e uniformes indicam causa de
sangramento extrarrenal. Se esses eritrócitos
apresentarem morfologia alterada, ou seja,
apresentarem-se dismórficos indicam lesão renal,
principalmente a nível glomerular. No entanto, deve-se
lembrar que existem doenças que alteram a morfologia
das hemácias, tais como, anemia ferropriva, anemia
falciforme, logo a urina destes pacientes também irá
apresentar hemácias dismórficas sem que a causa seja
problema renal.
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É comum observar empilhamento de hemácias, chamado
de rouleaux, em pacientes que apresentam excesso de
proteínas na urina. Esse fenômeno é relativamente
comum entre pacientes com mieloma múltiplo ou outras
gamopatias. Caso a densidade da urina esteja baixa, bem
próximo da água (1,000) pode-se observar a lise dos
eritrócitos, logo a fita reagente vai apresentar altos
padrões para hemoglobina e sangue, porém não serão
observados na lâmina, durante a análise do sedimento
urinário, ocasionando uma discrepância entre a lâmina e
a fita reagente.
Leucócitos: O excesso de leucócitos na urina chama-se
piúria. Podem existir discrepâncias entre a fita reagente e
a análise do sedimento urinário com relação aos
leucócitos. A fita reagente mede indiretamente os
leucócitos, a partir da sua lise celular que libera a esterase
leucocitária. Logo, pode existir uma fita reagente positiva
e não serem observados leucócitos em excesso na
lâmina, pois como eles estão sendo lisados. Isso é uma
importante aplicação do resultado da fita reagente.
Amostras de urina muito diluídas e/ou hipotônicas
provocam lise leucocitária e são exemplos de casos em
que ocorre essa discrepância entre os resultados da fita
reagente e a análise do sedimento.
A associação de piúria e presença de cilindros,
principalmente cilindros do tipo leucocitário ou cilindros
mistos, são indicativos de infecção a nível renal, de causa
bacteriana ou não, como processos inflamatórios ou
exercício intenso.
Eosinófilos, linfócitos e macrófagos: podem ser
encontrados na urina, porém necessitam de coloração
específica para sua observação. Eosinófilos não tem
importância diagnóstica. Linfócitos são marcadores
precoces e sensíveis de rejeição celular aguda em
transplantados renais.
As células epiteliais são comuns de serem visualizadas no
sedimento urinário em função da renovação celular. Os
tipos mais comuns são: Células epiteliais escamosas,
transicionais, tubulares renais.
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Células epiteliais escamosas: mais frequentemente

observadas em urina normal, comuns em mulheres.
Corrimento vaginal eleva muito essas células a ponto de
impossibilitar a análise do sedimento. Grande número
está associado a: Candida, Trichomonas vaginalis ou
bactérias e leucócitos polimorfonucleares.
Células epiteliais tubulares renais: pequenas quantidades
são normais e sem importância clínica. Tem significado
clínico, quando aparecem em grandes agregados ou
lâminas de células, pois ocorrem em necrose tubular
aguda e em doenças glomerulares, além de compor
alguns cilindros.
Células anômalas (neoplásicas com inclusões): células em
formato de fibra e de girino, células urogenitais malignas
Células Decoy: confirma a presença de infecção por
poliomavírus BK, principalmente em pacientes
transplantados utilizando a medicação tacrolimo. São
células epiteliais tubulares renais ou células uroepiteliais
com alterações nucleares devido a infecção. Geralmente
são identificadas por coloração Papanicolau em amostra
de urina.
É o mais comum. Tem menor importância clínica.
Formado basicamente de proteína de Tamm-Horsfall.
Aumentam em número nas doenças renais e, de forma
passageira, na prática de exercícios, exposição ao calor,
desidratação, febre, insuficiência cardíaca congestiva e
terapia com diuréticos.
Muito semelhante ao cilindro hialino, porém mais fácil de
visualizar por ser mais denso. Único cilindro que não é
formado por proteína de Tamm-Horsfall. A composição
dele ainda é desconhecida. Comum na doença renal
crônica e processos inflamátórios.
Tem relevância clínica, pois a presença de eritrócitos
ligados a proteína de Tamm-Horsfall, fazendo parte da
composição do cilindro, é um forte indicativo de
sangramento a nível glomerular (hematúria glomerular),
glomerulonefrites.

Os cilindros são formados no interior dos túbulos renais,

principalmente o distal e o coletor. A matriz dos cilindros
A presença de grânulos ligados a proteína de Tamm-
é composta principalmente pela glicoproteína de Tamm-
Horsfall, fazendo parte da composição do cilindro, indica
Horsfall (GTH). Quase todos os cilindros apresentam essa
que células estão sendo lisadas e seus grânulos, a maioria
proteína na sua composição, exceto o cilindro céreo, que
lisossomos estão se espalhando na urina e aderindo à
ainda não se sabe a composição. Além disso, podem
matriz dos cilindros. São importantes nas investigações
fazer parte da composição dos cilindros diversas
de doenças glomerulares e na rejeição de transplantes.
estruturas observadas no lúmen tubular. Isso explica a
grande variabilidade de cilindros. Como os cilindros são
formados nos túbulos renais, todas as partículas que
estiverem contidas em seu interior são provenientes dos
rins. Sua formação é favorecida quando há diminuição do
Sua presença indica anormalidade. São comumente
fluxo urinário ou pelos exercícios intensos que favorecem
observados nas infecções renais e processos
a “soltura” de pedaços na urina. São favorecidos em
inflamatórios não infecciosos. Existe uma quantidade
urinas com pH ácido, densidade (osmolaridade) elevadas
variável dos tipos de leucócitos presente, porém é mais
e incomuns em urinas alcalinas ou diluídas. É comum
comum encontrar neutrófilos.
observar poucos cilindros em pessoas normais. Exercícios
físicos intensos realizados horas antes da coleta da urina
podem causar mudanças, incluindo hematúria e
cilindrúria.

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Os cristais são precipitação dos sais da urina quando
submetida a alterações de pH, temperatura ou
concentração, o que afeta a sua solubilidade. Logo sua
presença na urina pode indicar alteração do pH urinário,
problemas relacionados a armazenamento e refrigeração
da urina, retenção urinária elevando a concentração
destes ou estar relacionada a dieta e uso de drogas.
Assim, deve-se aguardar que a urina refrigerada alcance
a temperatura ambiente para ser homogeneizada e
analisada, pois a temperatura de refrigeração favorece a
formação dos cristais. A urina que ficou a temperatura
ambiente por mais de 2h também terá a formação de
cristais favorecida, sendo mais um dos motivos pelo qual
o tempo entre a coleta e a análise não deve ultrapassar
2h. Existem cristais que não estão atrelados a condições
patológicas e cristais que estão relacionados a condições
patológicas.
Dentre os cristais normais de serem observados temos:
Uratos amorfos (uratos de cálcio, magnésio, sódio e
potássio): precipitam quando submetidos ao repouso em
urina com pH discretamente ácido. São convertidos em
cristais de ácido úrico mediante a acidificação com ácido
acético, e se dissolvem quando expostos a calor (60°C) e
diluição álcali.
Uratos cristalinos (sódio, potássio e amônio): Na urina
com acidez discreta formam pequenas esferas (marrom)
ou estruturas em agulha (incolores). As esferas podem se
agrupar em pares ou tríades. Também são lentamente
revertidas em placas de ácido úrico mediante a
acidificação com ácido acético.
Ácido úrico cristalino: formam-se diante de pH baixo
(entre 5 e 5,5) e apresentam uma variedade de formas. A
maioria das formas é colorida, variando do amarelo ao
castanho-avermelhado. Em raros casos, são incolores e
apresentam forma hexagonal, semelhante à cistina.
Diferentes desta, contudo, apresentam birrefringência
com luz polarizada.
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A presença desses cristais em grande número pode
refletir: a) aumento da renovação de nucleoproteínas, em
especial durante a quimioterapia de leucemias ou
linfoma; b) indivíduos com síndrome de Lesch-Nyhan; c)
nefropatia por urato da gota.
Oxalato de cálcio: podem aparecer em pH 6 ou na urina
neutra. Sua forma clássica é a de um pequeno octaedro
incolor, semelhante a um envelope. São insolúveis em
ácido acético. Quando em grandes concentrações
(oxalúria) podem refletir: a) existência de uma doença
renal crônica severa ou uma toxicidade por etileno glicol
ou metoxiflurano; b) aumento da absorção de oxalatos
oriundos da dieta após doenças e ressecção do intestino
delgado, de modo notável na doença de Crohn; c) pode
estar presente em indivíduos geneticamente suscetíveis
após a ingestão de grandes doses de ácido ascórbico.
Fosfatos amorfos (cálcio e magnésio): apresentam
aspecto granular e incolor ao microscópio. Grandes
quantidades desse material podem precipitar após o
repouso prolongado à temperatura ambiente ou na
geladeira. Os fosfatos em geral são dissolvidos em ácidos,
como os ácidos hidroclorídrico e nítrico diluídos, e
apresentam solubilidade variável em ácido acético. São
insolúveis em soluções diluídas de hidróxido de sódio ou
álcool.
Fosfatos cristalinos ou trifosfatos (fosfato de magnésio e
amónio): são mais facilmente identificáveis. São prismas
incolores que possuem entre 3 e 6 lados e extremidades
oblíquas, referidas como "tampas de caixão". De uma
forma geral, possuem pouco ou nenhum significado
clínico e muitas vezes são observados na urina infectada
com pH alcalino.
Carbonato de cálcio: são pouco comuns, pequenos e
incolores e apresentam formas em haltere ou esféricas.
Podem formar pares, tétrades ou grumos. São
distinguidos dos demais cristais/materiais amorfos por
sua produção de dióxido de carbono em presença de
ácido acético.
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Biurato de amônio: têm cor castanho-amarelada e
possuem forma de esfera, com estriações radiais ou
concêntricas e projeções irregulares ou espinhos.
Referidos como "estramônio'', também podem ser
observados na urina neutra e, em alguns casos, na urina
levemente ácida. São dissolvidos quando expostos ao
calor (60°C) e ao ácido acético, reaparecendo como
típicos cristais de ácido úrico após cerca de 20 minutos.
Cistina: são placas hexagonais incolores e refrativas que
aparecem na urina ácida. São solúveis na água em pH <
2 ou> 8 e podem ser confundidos com as formas
hexagonais do ácido úrico. Enquanto os cristais de ácido
úrico polarizam, os finos cristais de cistina não o fazem.
Além disso, tanto a cistina quanto o ácido úrico são
solúveis em água amoniacal, porém somente a cistina
também se dissolve em ácido hidroclorídrico diluído. Os
cristais de cistina estão entre os cristais mais importantes
a serem identificados no sedimento urinário. Ocorrem em
pacientes com cistinúria e podem estar associados à
presença de cálculos de cistina. O teste confirmatório
consiste na reação cianeto-nitroprussiato.
Tirosina: Na urina ácida, a tirosina forma estruturas em
agulha finas e sedosas que podem estar dispostas em
feixes ou grumos, especialmente após a refrigeração. Tais
estruturas podem ser incolores ou apresentar cor
amarela, aparecendo negras quando o microscópio é
focalizado. São solúveis em álcali (hidróxido de amônia e
de potássio) e em ácido hidroclorídrico diluído. São
insolúveis em álcool e em éter. Esses cristais são bastante
incomuns e às vezes são encontrados na urina de
pacientes com doença hepática severa.
Leucina: Esses cristais também são raros. Aparecem como
esferas amarelas, de aspecto oleaginoso, com estriações
radiais e concêntricas. São solúveis tanto em ácidos
quanto em álcalis. Os cristais de leucina e de tirosina
podem ser encontrados juntos, e a leucina pode
precipitar-se com os cristais de tirosina mediante a adição
de álcool à urina.
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Sulfonamida (sulfadiazina): Encontrados na urina de pH
ácido. A morfologia depende da forma do fármaco
envolvido. Em alguns casos, são incolores. O teste
confirmatório consiste na reação diazo, e também foram
descritos os métodos de HPLC e colorimétrico.
Ampicilina: ocorre em doses altas. Os cristais formados
aparecem na urina de pH ácido, como estruturas
alongadas, finas e incolores. Podem formar feixes
grosseiros após a refrigeração.
Meio radiográfico (diatrizoato de meglumina): Esses
cristais são observados após o exame radiográfico com
corantes à base de diatrizoato. Podem ser encontrados
na urina de pH ácido. Morfologia: placas rômbicas
chanfradas, sem cor, claras e achatadas, ou como
retângulos finos e mais longos. São facilmente
polarizados, mostrando cores interferentes. A presença
de cristais radiográficos deve estar correlacionada com
uma alta gravidade específica (> 1.040).
Outros fármacos. É preciso lembrar de verificar a terapia
farmacológica à qual o paciente está submetido sempre
que forem encontrados cristais incomuns na urina. Há
relatos sobre diversos fármacos que causam cristalúria ao
serem administrados segundo esquemas de altas
dosagens ou após uma superdosagem.
São resultado da nefrolitíase – série de disturbios
metabólitos ou ambientais que levam a formação de
agregados supersaturados de minerais. São dependentes
do pH.
São os cálculos mais comuns, representando mais de 80%
dos casos.
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Ocorre em pessoas com homozigose para o distúrbio
hereditário do transporte de aminoácidos de cistina,
conhecida popularmente como “cistinúria”.
Geralmente composto de fosfato de magnésio e amônio.
Forma cálculos em pH alcalino, onde os níveis de amônio
são altos.
Tendem a desenvolver-se em núcleos preexistentes, nos
quais há infecção por organismos produtores de urease
(que alcalinizam a urina) como Proteus, Klebsiella,
Pseudomonas, Serratia, Enterobacter Corynebacterium
ou em pacientes com urina persistentemente alcalina
Está relacionada a ingesta excessiva de purinas (fígado,
feijão, peixe, carne) ou processos patológicos. Enquanto
grandes quantidades de cristais de ácido úrico são
frequentemente observadas no sedimento urinário, a
formação de cálculos de ácido úrico é incomum.
Pode ter diferentes causas, mas geralmente associadas a
processos inflamatórios ou a infecções bacterianas. Estas
podem ser devido a cistites não tratadas adequadamente
ou até mesmo a infecções de garganta.
Existe ainda a glomerulonefrite gestacional.
A hematúria com a presença de cilindros eritrocitários é
um dado marcante.
Na síndrome nefrótica existe uma intensa proteinúria
(>4g/dia) devido ao dano glomerular. O aumento da
permeabilidade da membrana glomerular e a alteração
das cargas elétricas celulares ocasionam o dano
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glomerular e a perda da propriedade de reabsorção de
substâncias importantes para o organismo. Também
ocorre perda de lipídeos e de proteínas plasmáticas (alfa,
alfa 1, beta e gama globinas) que acabam alterando o
perfil eletroforético de proteínas. Com isso aparecem
cilindros gordurosos (lipoídicos), cilindros céreos, cilindros
granulares, cilindros de células tubulares renais e até
mesmo gotas de gordura livres na urina.
É um tipo de doença renal cuja inflamação ocorre no
interstício renal. Geralmente provocada por doenças
autoimunes ou por medicamentos.
É a progressão para a fase final da doença renal e pode
ocorrer de forma aguda ou crônica. Presença de cilindros
céreos evidenciando a estase urinária.
Infecção do interstício e dos túbulos renais geralmente
associada a infecções bacterianas não tratadas
adequadamente e por isso, recorrentes. Por isso
geralmente existe a infecção bacteriana, presença de
leucócitos podendo formar cilindros leucocitários e
hematúria leve a moderada.
Infecção bacteriana ascendente da bexiga. Marcada por
presença intensa de bactérias, leucócitos e hematúria leve
a moderada.
Para quantificar exatamente um analito na urina,
principalemente aqueles que sofrem variações diurnas
em função do metabolismo corporal, alimentação ou
exercícios
Para produzir resultados precisos necessita ser
cronometrada (começar com a bexiga vazia).
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Avaliar a capacidade de filtração glomerular.

Creatinina – é a mais usada clinicamente, apesar de ser 1) CAFAR – 2012

ligeiramente excretada.
Creatinina é um produto metabólico da creatina.
Sofre influência de dieta rica em carne, exercícios,
medicamentos e bacteriana (que degrada a creatinina)
A dosagem da creatinina não é confiável em pacientes
com problemas de perda muscular
A cor da urina é variável e depende da maior ou menor
concentração dos pigmentos urinários, medicamentos ou
de elementos patológicos nela contidos e de certos
alimentos. Qual dessas substâncias, excretada
normalmente, é o pigmento que é o principal responsável
pela cor amarela em indivíduos saudáveis?
a) Bilirrubina b) Eritrócitos
c) Urocromo d) Uroeritina

2) CAFAR - 2005

É correto afirmar que uma amostra de urina pode

Valores abaixo de 60 ml/min são indicativos de apresentar uma cor amarelo acastanhada ou verde
insuficiência renal crônica. acastanhada devido a presença de:
Tem que dosar no soro (a qq momento durante a coleta a) Ácido homogentísico b) Bilirrubina
da urina de 24h) e na urina. c) Hemoglobina d) Urobilinogênio
VR = 70 a 120 mL/min/1,73 m2
3) CAFAR - 2012

Durante o exame de urina, um dos aspectos avaliados é

o volume urinário, especialmente em amostras de 24
Detecta pequenas quantidades de albumina. horas. Em qual desses acometimentos o volume urinário
é normalmente aumentado?
Indica nefropatia diabética em estado inicial, DM
gestacional – Detecção precoce de nefropatia em DM a) Diarreia b) Diabetes
c) Nefrite aguda d) Moléstias cardíacas
As tiras reagentes do EAS não detectam

A relação albumina: creatinina é mais prática e mais
usada
A dosagem pode ser realizada por métodos
imunoquímicos utilizando anticorpos para albumina
humana ou por métodos automatizados utilizando
técnicas de turbidimetria, ELISA, radiodifusão radial,
dentre outras.
A medição quantitativa da glicose na urina precisa ser
realizada na urina de 24h - métodos que empregam as
enzimas hexoquinase e glicose oxidase
4) Universidade Federal do Pará - 2008
Assinale a alternativa que apresenta corretamente os
termos relativos às condições renais e sua respectiva
patologia.
a) Oligúria é o aumento de volume urinário, causado
por diabetes mellitus.
b) Oligúria é a diminuição de volume urinário, causada
por insuficiência cardíaca.
c) Proteinúria é a ausência de proteínas na urina,
causada por síndrome nefrótica.
d) Anúria é o aumento de volume de urina, causado por
diabetes mellitus.
e) Hematúria é a ausência de hemácias na urina,
causada por glomerulonefrite

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5) CAFAR - 2005 8) ESFCEx – 2018

Considerando-se o exame físico da urina, é incorreto
afirmar que:
a) A cor amarela da urina se deve, em grande parte, à
presença de um pigmento denominado urocromo.
b) A medida da densidade específica deve fornecer uma
indicação da concentração total do soluto.
c) O refratômetro usado para medir densidade urinária,
pode ser calibrado com NaCl a 10%, cuja leitura deve ser
de 1.022 +/-0,001
d) Os quatro elementos, além dos cristais amorfos, que
mais comumente causam turvação da urina são
leucócitos, hemácias, células epiteliais e bactérias.
Segundo McPherson, R. A. et al. (2012), em relação à
proteinúria de Bence Jones, marque a alternativa
incorreta:
a) Está associada à mieloma múltiplo, macroglobulinemia
e linfomas malignos.
b) A proteína de Bence Jones pode ser facilmente
detectada utilizando-se apenas um único teste com tira
reativa para proteínas.
c) A excreção de proteína de Bence Jones em grandes
quantidades causa deterioração das células tubulares em
razão dos elevados níveis de proteínas reabsorvidas.
d) Os métodos de eletroforese e eletroforese por
imunofixação são os melhores métodos para detecção e
quantificação da proteína de Bence Jones.

6) ESFCEx – 2009 – Médico/urologia

As condições que causam diminuição da densidade da 9) ESFCEx – 2009 – Médico - urologia - específica
urina são:
A presença de nitritos no exame de urina é fortemente
a) Diminuição da ingestão de líquidos, uso de diuréticos sugestiva de:
e diabetes insipidus.
a) Hematúria b) Cristalúria
b) Aumento da ingestão de líquidos, uso de diuréticos e c) Bacteriúria d) Cilindrúria
diabetes mellitus.

c) Aumento da ingestão de líquidos, uso de diuréticos e 10) Marinha – 2007

desidratação por febre ou diarreia.
A reação positiva para nitrito na urina indica:
d) Aumento da ingestão de líquidos, uso de diuréticos e
diabetes insipidus. a) Presença de possível infecção por bactérias
anaeróbias.

b) Que não é necessária a realização da cultura, pois

7) ESFCEx – 2010
caracteriza a presença de germes Gram +.
Segundo Henry, o melhor método para detecção da
c) A presença de número significante de bactérias (>105
proteína de Bence Jones em urina é:
UFC).
a) Método de turvação do ácido sulfossalicilico
d) A presença de infecção urinária, provavelmente por
b) Eletroforese de proteína enterococos.

c) Fitas reagentes para proteína e) Que podem estar presentes bactérias em

concentrações mínimas, pois é altamente sensível.
d) Teste do benzetonio

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11) Marinha – 2008
A proteinúria de Bence Jones está relacionada com o
mieloma múltiplo, macroglobulinemia e linfoma maligno.
Um dos métodos na urina é a eletroforese de proteína,
onde a presença dessa proteína é indicada:
a) Pelo precipitado formado com ácido sulfossalicilico
b) Pela coloração vermelho acastanhada dos pigmentos
formados
c) Por um pico único na região da globina
d) Pela dissolução do precipitado a 60oC
e) Pela turbidez proporcional à concentração de proteína
12) Marinha – 2010
Assinale a opção que completa corretamente as lacunas
da sentença abaixo:
A cetonúria pode ser diagnosticada pelo método da fita
reagente e sua presença pode fornecer um aviso para
impedir o coma. Os corpos cetônicos são produtos do
metabolismo incompleto ____________ e a presença
desses corpos pode indicar __________.
a) Das cetonas/acidose b) Da glicose/alcalose
c) Da gordura/acidose d) Da gordura/alcalose
e) Das cetonas/alcalose
13) CAFAR – 2022
Sempre que há um defeito envolvendo o metabolismo
ou a absorção de carboidratos, o organismo tenta
compensar metabolizando quantidades maiores de
ácidos graxos. Quando esse aumento é significativo,
corpos cetônicos começam a aparecer no sangue e,
consequentemente, são excretados pela urina. Os testes
para detecção de cetonas nas tiras reativas de urina se
baseiam na reação com
a) sal de diazônio
b) aldeído de Ehrlich
c) ácido sulfossalicilico
d) nitroprussiato de sódio
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14) CAFAR – 2010
Em relação à análise química da Urina Tipo I, analise as
afirmações abaixo, marque V para verdadeiro e F para
falso e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta
a sequência correta.
( ) A glicose é dosada por método enzimático (Benedict).
( ) A bilirrubina é pesquisada pelo reativo de Fouchet.
( ) Corpos cetônicos são pesquisados com reativo de
nitroprussiato.
( ) Urobilinogênio semiquantitativo com reativo de
Ehrlich.
a) F/ V/ V/ V
b) V/ F/ F/ V
c) V/ V/ F/ F
d) F/ F/ F/ V
15) CAFAR – 2023
No exame de urina de rotina, sua composição química é
avaliada por tiras reagentes. Associe as colunas
relacionando os marcadores presentes nestas tiras com
seu respectivo significado clínico
Marcadores
(1) pH
(2) Proteínas
(3) Nitritos e esterase leucocitária
(4) Glicose e cetonas
Significado clínico
( ) Provável presença de infecção do trato urinário.
( ) Auxilia na determinação da existência de doenças
sistêmicas ácido-base de origem metabólica ou
respiratória e na avalição de precipitados e cristais.
( ) Presente em pacientes diabéticos.
( ) Importante indicador de doença renal, entretanto
sua presença requer testes adicionais para determinar se
uma condição normal ou patológica.
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A sequência correta dessa classificação é:
a) (1); (2); (4); (3)
b) (2); (1); (3); (4)
c) (3); (4); (1); (2)
d) (3); (1); (4); (2)
16) Marinha – 2010
Para o exame químico qualitativo da urina tem-se
utilizado o método da tira reagente. Em relação a este
método, analise as afirmativas abaixo:
I – é o método mais indicado para o diagnóstico da
proteína de Bence Jones.
II – A presença de bactérias na amostra de urina pode
ocasionar resultados falso-negativos na análise da
proteinúria
III – A coloração da urina pode ocasionar erros na leitura
dos resultados
IV – O ácido ascórbico interfere na avaliação da
glicosúria.
Assinale a opção correta:
a) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras
b) Apenas a afirmativa I é verdadeira
c) Apenas as afirmativas II e IV são verdadeiras
d) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras
e) Apenas as afirmativas III e IV são verdadeiras
17) ESFCEx – 2009
Na excreção renal normal de proteínas, a proteína que
constitui aproximadamente um terço ou mais da perda
total é:
a) Albumina
b) Tamn-Horsfall
c) Bence-jones
d) Globulinas
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18) CAFAR – 2019
Os cilindros são os únicos elementos encontrados no
sedimento urinário que são exclusivos do rim. São
formados dentro da luz dos túbulos contornados distais
e dos ductos coletores, fornecendo, assim, uma visão das
condições do néfron. Sobre os cilindros céreos, marque a
alternativa correta.
a) São cilindros hialinos ou granulosos, com bactérias
aderidas, observados em casos de pielonefrite.
b) São o tipo mais frequente de cilindro, composto quase
que inteiramente de proteína Tamm-Horsfall. A presença
de zero a dois por campo de pequeno aumento é
considerada normal.
c) São representativos de estase urinária extrema,
indicando insuficiência renal crônica. São mais facilmente
visualizados que os cilindros hialinos por causa do seu
maior índice refratométrico.
d) São células epiteliais tubulares renais que contém
lipídeos e, costumam ser vistas em conjugação com
gotículas de gordura. Geralmente estão associados à
lesão do glomérulo, causada pela síndrome nefrótica
19) CAFAR – 2018
Os cilindros são os únicos elementos do sedimento
urinário que têm os rins como o único sítio de origem. A
formação dos cilindros está aumentada
a) na estase do néfron
b) na elevação do pH urinário
c) na concentração iônica reduzida
d) no aumento da ingestão de proteínas
20) CAFAR – 2023
Cilindros são os únicos elementos encontrados no
sedimento urinário que são exclusivos do rim. Eles são
formados, principalmente, por proteínas secretadas pelos
túbulos contorcidos distais e ductos coletores. Em
situações de estase do fluxo urinário, eles se tornam mais
espessos, incorporando os componentes presentes na
urina, sendo assim um retrato das condições dentro do
néfron. Cilindros não são encontrados em grande
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quantidade no sedimento urinário, mas quando os são, 22) ESFCEx – 2015

podem indicar alguma doença renal. Associe as colunas
relacionando os tipos de cilindros, às suas respectivas
interpretações clínicas.
Tipos de cilindro
(1) Cilindro hialino
(2) Cilindro epitelial
(3) Cilindro granuloso
(4) Cilindro ceroso
Interpretações clinicas
( ) E representativo da estase urinária extrema, indicando
insuficiência renal crônica.
( ) É o tipo mais frequente, composto quase que
integralmente pela proteína de Tamm-Horsfall. Podem
aumentar em situações de exercício extenuante,
desidratação, exposição ao calor e estresse emocional
Patologicamente, aumentam em número na
glomerulonefrite aguda, pielonefrite, doença renal
crônica e insuficiência cardíaca congestiva.
São cristais encontrados na urina ácida normal, exceto:
a) Carbonato de cálcio
b) Oxalato de cálcio
c) Ácido úrico
d) Uratos amorfos
23) ESFCEx – 2018
Segundo McPherson, R. A. et al. (2012), o exame
microscópico da urina, somado à análise bioquímica com
vareta medidora de nível, auxilia na detecção de processos
patológicos renais e do trato urinário. A microscopia
possibilita a detecção dos elementos celulares e acelulares
da urina que não produzem reações bioquímicas distintas.
Para realizar uma avaliação microscópica de urina de forma
competente é preciso reconhecer as inúmeras entidades
morfológicas existentes como: organismos, células
hematopoéticas e epiteliais, cristais e cilindros. Em relação ao
exame microscópico de urina, assinale a alternativa
incorreta:

( ) Por permanecer muito tempo na luz dos túbulos,
este cilindro resulta da desintegração das diferentes
células a ele aderidas.
( ) É formado por células dos túbulos renais,
representam presença avançada de destruição tubular.
Está associado à intoxicação por metais pesados,
substâncias químicas ou drogas, infecções virais e
rejeição de aloenxerto
A opção que contém a sequência correta dessa
classificação é:
a) (1); (2); (4); (3) b) (4); (1); (3); (2)
c) (3); (4); (1); (2) d) (4); (1); (2); (3)
a) Os cristais de Leucina formam estruturas em agulhas
finas e sedosas que podem estar dispostas em feixes e
grumos. São encontrados em pacientes com doença
hepática severa.
b) Os cilindros granulares são bastante comuns, podendo
aparecer em condições tanto patológicas quanto não
patológicas. Surgem com as doenças glomerulares e
tubulares, porém também são característicos da doença
tubulointersticial e da rejeição a aloenxertos renais.
c) Os cristais de oxalato de cálcio podem aparecer em pH
6 ou na urina neutra. Sua forma clássica é a de um
pequeno octaedro incolor, podendo ocorrer formas
ovoides.

d) Os cilindros de mioglobina possuem cor-avermelhada

21) Marinha – 2014
Qual é a proteína secretada pela porção grossa da alça
ascendente de Henle e formadora da matriz de todos os
cilindros?
e ocorrem na mioglobinúria, após o dano muscular
agudo. Podem estar associados à insuficiência renal
crônica.

a) Albumina b) Alfa 2 macroglobulina

c) Bence Jones d) Kjeldahl
e) Tamm Horsfall

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24) ESFCEx – 2010 27) CAFAR – 2005

O exame do sedimento urinário consiste no exame Considerando-se a análise de um sedimento urinário, é

microscópico da urina e auxilia na detecção de processos CORRETO afirmar:
patológicos dos tratos urinário e renal. Com relação aos
a) a presença de bactérias na urina é sempre significativa,
elementos encontrados no sedimento urinário, assinale a
independentemente do método de coleta e do tempo
afirmativa correta:
que se passou entre a coleta e a realização do exame.
a) Os cilindros hialinos são constituídos quase que
b) as células epiteliais escamosas são as menos
inteiramente de proteína de Tamm-Horsfall e podem
frequentes, bem como as mais significativas, e são
estar aumentados transitoriamente com atividade física,
provenientes da pelve renal.
exposição ao calor e febre.
b) Os uratos amorfos são cristais encontrados c) os eritrócitos ocasionais — de 0 a 2 por campo de alta
normalmente em urinas alcalinas e, microscopicamente, resolução — podem ser observados em urina de
aparecem como grânulos marrom-acastanhados. indivíduos normais.

c) Os oxalatos de cálcio são cristais encontrados
normalmente em urinas ácidas e, microscopicamente,
aparecem com grânulos marrom-acastanhados
d) Os fosfatos amorfos são cristais encontrados
normalmente nas urinas alcalinas e, microscopicamente,
sua forma clássica é a de um octaedro, que se
assemelha a um envelope.
d) todos os cristais presentes na urina desaparecem
quando esta é aquecida a 37°C.
28) CAFAR – 2005
É correto afirmar que o grupo de cristais encontrados na
urina ácida normal é constituído de:

a) Ácido úrico, biurato de amônio e carbonato de cálcio

25) CAFAR – 2021
b) Ácido úrico, oxalato de cálcio e urato amorfo
Cristais são estruturas com formas geométricas ou
amorfa observados no sedimento urinário, originados a c) Oxalato de cálcio, fosfato amorfo e biurato de amônio
partir da precipitação de sais inorgânicos, compostos
d) Uratos amorfos, carbonato de cálcio e ácido úrico
orgânicos ou compostos iatrogênicos mediante a
variações na temperatura, concentração do soluto e pH.

A esse respeito, é correto afirmar que ocorrem em urinas 29) CAFAR – 2012
ácidas e formam um precipitado róseo, característico em
amostras refrigeradas os cristais de Qual desses cristais aparece, em um exame de
sedimentos, em amostras de urina ácida?
a) ácido úrico b) urato amorfo
c) fosfato amorfo d) oxalato de cálcio a) Fosfato amorfo

b) Fosfato de cálcio

26) CAFAR – 2019 c) Oxalato de cálcio

Marque a alternativa em que todos os cristais citados são d) Carbonato de cálcio

encontrados em urina ácida

a) Fosfato triplo e fosfato amorfo

b) Ácido úrico e carbonato de cálcio
c) Ácido hipúrico e oxalato de cálcio
d) Biurato de amônio e urato amorfo

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30) Marinha – 2012 a) ácido úrico

Na análise microscópica de um sedimento urinário obtido b) estruvita

a partir de uma urina ácida, foi observada a presença de
c) oxalato de cálcio
cristais em formato de placas hexagonais incolores.
Observou-se também que tais cristais dissolveram-se d) fosfato de cálcio
tanto em água amoniacal quanto em solução de ácido
e) cisteína
hidroclorídrico diluído. Quais dos cristais abaixo
apresenta tais características?

a) Ácido úrico 33) CAFAR – 2006

b) Cistina Os cálculos renais podem ser compostos por:
c) Leucina a) oxalato de cálcio
d) Trifosfato b) hipoxantina
e) Sulfadiazina c) colesterol

d) bilirrubina

31) Marinha – 2013

Com relação aos testes componentes do exame de urina,
é correto afirmar que:
a) Em se tratando do exame de urinocultura, utiliza-se o
primeiro jato da micção, que é o mais representativo.
b) Os cristais de fosfato triplo são identificados no exame
físico macroscópico
c) A ingesta excessiva de ácido ascórbico pode ocasionar
resultados falseados
d) Para avaliação química, a urina deve ser centrifugada
por no máximo 5 minutos
e) Para o exame microscópico utiliza-se urina de 24 horas
34) CAFAR – 2021
Os cilindros são os únicos elementos encontrados no
sedimento urinário que são exclusivos do rim. Estes
elementos fornecem uma visão microscópica das
condições dentro do néfron, desde que são formados no
lúmen dos túbulos contorcidos distais e dos ductos
coletores. Sobre os cilindros, é correto afirmar, exceto
que
a) o principal componente do cilindro é a proteína de
Tamm-Horsfall
b) a pesquisa de cilindros no sedimento urinário deve ser
realizada sob luz difusa e incialmente no menor aumento.

c) a presença de cilindros grosseira e finamente

granulosos no sedimento urinário pode ter significado
32) ESFCEx – 2022 patológico ou não.
Alguns cálculos renais são produzidos durante infecções d) os cilindros lipoídicos são representativos da estase
urinárias causadas por bactérias desdobradoras de ureia, urinária extrema e frequentemente estão associados à
como espécies de Proteus, Klebsiella, Pseudomonas, insuficiência renal crônica.
Serratia e Enterobacter, e em pacientes com urina
persistentemente alcalina. Embora não produza
sintomas, a não ser que induza obstrução ou infecção
urinária, esse tipo de cálculo, se for bilateral, pode levar à
insuficiência renal com o passar dos anos. Cálculos renais
dessa origem são denominados de

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35) CAFAR – 2009

Os resultados mais significativos do exame parcial de

urina de paciente do sexo masculino de 35 anos são
descritos a seguir:

a) Pielonefrite b) Síndrome nefrótica

c) Infecção urinária d) Insuficiência renal

36) CAFAR – 2023

Deu entrada no posto de saúde um paciente de 30 anos,

sexo masculino, com cefaleia, anorexia e urina vermelha.
O exame clínico revelou edema periocular e hipertensão
leve. O paciente relatou que dias antes desta crise renal,
sentiu dor de garganta que durou por alguns dias e
sumiu. Realizou-se o exame de urina rotina, como
descrito abaixo.

Quanto às diferentes doenças do sistema urinário, qual o

provável diagnóstico para o caso apresentado? Marque
a opção correta.

a) Pielonefrite b) Síndrome nefrótica

c) Glomerulonefrite d) Cistite aguda

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37) ESFCEx – 2013
A proteinúria é um achado comum em pacientes com
insuficiência renal e o uso de teste com fita reagente é
um teste de triagem importante. A urinálise rotineira para
detectar proteinúria é aceita como meio útil de identificar
pacientes com risco de doença renal progressiva. O teste
com fita reagente para proteinúria não é adequado para
detecção de doença crônica do rim em pacientes com
diabetes, devendo estes pacientes serem avaliados
anualmente por meio do seguinte teste
a) Clearance de insulina
b) Insulina plasmática
c) Clearance de creatinina
d) Microalbuminúria
38) CAFAR – 2023
Os rins são órgãos essenciais à vida, sendo responsáveis
pelos processos de filtração e depuração sanguínea. Sua
função pode ser avaliada por meio da utilização de
diferentes parâmetros. Um dos testes mais importantes
para a avaliação da função renal e do ritmo de filtração
glomerular é a dosagem de creatinina, seja no sangue
(creatinina sérica) ou em urina de 24 horas (depuração =
Clearance de creatinina). Sobre estes exames, marque a
opção correta
a) Toda a creatinina excretada é filtrada pelos glomérulos,
sendo, por isso, um marcador para avaliação da filtração
glomerular.
b) A depuração de creatinina é um indicador confiável em
doentes que sofrem de doenças em que ocorre perda
muscular.
c) Bactérias metabolizam a creatinina urinária se as
amostras forem mantidas em temperatura ambiente por
longos períodos.
d) A utilização de alguns medicamentos, como
cefalosporinas, ácido ascórbico, cimetidina, sulfas e
trimetropim, diminuem seu nível sérico, sem afetar a TFG.
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39) CAFAR – 2023
A taxa normal de excreção de albumina é de < 20 mg/dia,
a excreção persistente de albumina entre 30 e 300 mg/dia
é dominada de microalbuminúria. Sobre este exame é
correto afirmar que:
a) No diabetes dos tipos 1 e 2 e também em hipertensos,
o achado de microalbuminúria é um achado normal.
b) Pode-se observar a ocorrência de microalbuminúria
em situações não patológicas, a exemplo da gravidez, e
após exercícios leves.
c) Pode ser detectada por tira reagente.
d) A medição da razão albumina: creatinina na urina em
uma amostra não programada constitui a estratégia de
triagem preferida para a microalbuminúria.
40) CAFAR – 2023
Doentes renais demandam uma atenção maior do
farmacêutico, sendo a depuração (Clearance) de
creatinina (CrCl) um dos exames utilizados na
determinação de doses terapêuticas de algumas drogas.
Sobre este exame é correto afirmar que:
a) Deve-se considerar a realização deste exame quando
o paciente apresentar a TGF estimada > 60 mL/min/1,73
m2
b) O CrCl é a representação exata da taxa de filtração
glomerular (TFG)
c) Não há necessidade de refrigerar a amostra de urina
24 horas durante o período de coleta
d) O CrCl é recomendado para substituir o exame sérico
de creatinina apenas em situações de doença do músculo
esquelético
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41) CAFAR – 2022
A constatação de proteínas no exame de urina rotina nem
sempre significa doença renal, mas sua presença exige a
realização de outras análises para verificar a normalidade
ou anormalidade do quadro. Informe se é verdadeiro (V)
ou falso (F) o que se afirma a respeito do diagnóstico de
proteinúria.
( ) A proteína de Bence Jones é um exemplo de
proteinúria decorrente do aumento dos níveis séricos de
proteína e corresponde à excreção de imunoglobulinas
monoclonais de cadeias leves por pacientes com
mieloma múltiplo.
( ) Pode-se confirmar a presença da proteína de Bence
Jones através da sua precipitação a 100°C (a amostra se
torna turva) e solubilização entre 40°C e 60°C (a amostra
se torna límpida).
( ) A microalbuminúria atua como indicador de um dano
glomerular inicial e se caracteriza por concentrações
acima do normal, porém abaixo da faixa detectável pelas
tiras, o que faz necessária a sua determinação por
métodos imunológicos.
( ) Uma proteinúria intensa, caracterizada pela perda de
mais de 4g/dia de proteínas, é caracteristicamente
observada na síndrome nefrótica.
A sequência correta é:
a) (V); (F); (V); (V) b) (V); (V); (F); (V)
c) (F); (V); (F); (F) d) (F); (F); (V); (F)
42) CAFAR – 2018
Sobre a coleta e exames de amostras de urina de 24
horas é possível afirmar
a) o paciente deve iniciar e terminar a coleta com a bexiga
vazia.
b) são realizados com o objetivo de produzir resultados
qualitativos precisos.
c) perdas de volume urinário durante as micções são
permitidas por não interferirem na precisão do resultado
final.
d) a amostra deve ser mantida em temperatura ambiente,
pois a refrigeração promove a precipitação de cristais de
urato e fosfatos.
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43) CAFAR – 2004
A avaliação laboratorial de rotina da velocidade de
filtração glomerular emprega a creatinina como
substância teste. Considerando-se esse tipo de avaliação
laboratorial, é INCORRETO afirmar que
a) a creatinina urinária é degradada por bactérias se as
amostras forem mantidas em temperatura ambiente por
longos espaços de tempo.
b) a depuração de creatinina é o exame laboratorial mais
solicitado para a detecção precoce de nefropatias.
c) a depuração de creatinina não é um indicador confiável
em pacientes portadores de doenças que produzam
atrofia muscular.
d) uma das maiores fontes de erro no cálculo da
depuração consiste no uso de amostras de urina
coletadas sem cronometragem.
44) CAFAR – 2014
Na determinação da concentração de glicose urinária em
amostras de 24h, é necessária a adição de ácido acético
com a finalidade de
a) reconverter todos os derivados urinários em glicose.
b) manter o pH entre 4 e 5, inibindo o crescimento
bacteriano.
c) manter o pH acima de 8, estabilizando quimicamente
a glicose.
d) inibir enzimas da via glicolítica, o que causaria a
degradação da glicose.
Referências
MCPHERSON, Richard A. et al. Diagnósticos Clínicos e
Tratamento por Métodos Laboratoriais de Henry. 21ª ed.
Barueri: Editora Manole, 2012.
WILLIAMSON, et al. Wallach: Interpretação de exames
laboratoriais. 10ª ed. Guanabara Koogan, 2016.
STRAGINGER et al. Urinálise e fluidos corporais. 5ª ed.
LMP Editora, 2001.
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1) C 2) B 3) B 4) B 5) C
6) D 7) B 8) B 9) C 10) C
11) C 12) C 13) D 14) A 15) D
16) E 17) B 18) C 19) A 20) B
21) E 22) * 23) A 24) A 25) B
26) C 27) C 28) B 29) C 30) B
31) C 32) B 33) A 34) D 35) B
36) C 37) D 38) C 39) D 40) A
41) A 42) A 43) B 44) B

* Questão Anulada

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