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MICROBIOLOGIA

Doenças Virais

As doenças virais são aquelas provocadas pela ação dos vírus. Elas
podem se manifestar de diferentes maneiras e comprometer qualquer
órgão ou tecido do organismo, a depender de cada caso.

Jéssica Aparecida Santos Oliveira


TURMA N47B
Profº Heloiza Freire
SUMÁRIO

VÍRUS ......................................................................................................... 2
Doenças causadas por vírus ................................................................... 2
Poliomielite ........................................................................................... 3
Rubéola................................................................................................. 4
Febre amarela ....................................................................................... 5
Resfriado............................................................................................... 7
Hepatite A ............................................................................................. 8
Caxumba ............................................................................................. 10

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VÍRUS
Os vírus só sobrevivem se parasitarem outros organismos. A variedade de doenças que podem
causar é enorme, desde as que se curam espontaneamente até outras que exigem tratamento
para a vida toda.
Vírus são organismos acelulares, ou seja, não são constituídos por células, mas por uma cápsula
proteica que envolve seu material genético, que pode ser uma molécula de DNA ou RNA ou
ainda os dois juntos. Alguns vírus, além da cápsula, possuem um envelope de lipídios que reforça
sua proteção.
Os vírus são parasitas obrigatórios, o que quer dizer que só sobrevivem se estiverem em um
organismo, pois se utilizam das organelas das células do hospedeiro para se reproduzir. O vírus
infecta a célula, multiplica-se e a destrói, espalhando suas “cópias” para células sadias, onde o
processo se repete.

Doenças causadas por vírus


As doenças virais são aquelas provocadas pela ação dos vírus. Elas podem se manifestar de
diferentes maneiras e comprometer qualquer órgão ou tecido do organismo, a depender de
cada caso. Esses agentes infecciosos são microscópicos e compostos basicamente por um
segmento de material genético, como RNA ou DNA, que é envolto em uma camada de
proteína.
A multiplicação dos vírus depende exclusivamente de sua presença em um hospedeiro. Ou
seja, eles invadem as células e as utilizam para se reproduzir. No processo, eles danificam ou
até destroem as estruturas celulares, causando os problemas relacionados às patologias
a seguir, a lista de algumas doenças causada por vírus em humanos:

• Aids • Herpes genital


• Catapora • HPV
• Caxumba • Poliomielite
• Chikungunya • Raiva
• Condiloma acuminado • Resfriado
• Dengue • Rubéola
• Ebola • Sarampo
• Febre amarela • Varíola
• Gripe • Zika
• Hepatite (Hepatite A, hepatite
B, hepatite C e hepatite D)

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Poliomielite
Poliomielite ou paralisia infantil é uma doença viral contagiosa. É provocada por
um vírus conhecido por poliovírus, vírus de RNA . O poliovírus apresenta três sorotipos, I, II e II,
sendo o tipo I o grande responsável pelas formas paralíticas dessa doença. O vírus apresenta
alta infectividade, porém baixa patogenicidade, por isso, poucos indivíduos adquirem as formas
mais graves da doença.A paralisia ocorre quando o vírus atinge o sistema nervoso, provocando
a destruição dos neurônios motores e, consequentemente, a paralisia.

Transmissão
A poliomielite é uma doença que apresenta transmissão, principalmente, pela via oral-fecal, por
meio de água, alimentos e objetos contaminados com as fezes do indivíduo doente. A doença
pode, ainda, ser transmitida de uma pessoa para outra por meio de secreções nasofaringes (fala,
espirro e tosse). Pela principal forma de transmissão ser via oral-fecal, fica claro que em locais
onde o saneamento básico é precário e as pessoas não apresentam hábitos de higiene pessoal
adequados, a transmissão ocorre de maneira mais acentuada.

Sintomas
• febre; dores no corpo; dor de cabeça; dor de garganta; vômitos, prisão de ventre;
diarreia, espasmos e rigidez na nuca.
Nas formas que o sistema nervoso é acometido, o indivíduo pode apresentar fraqueza muscular
e paralisia flácida aguda. Uma das sequelas mais grave da doença é o entortamento de um dos
pés. A morte pela doença ocorre quando há a paralisia dos músculos respiratórios.

Diagnóstico
A poliomielite pode ser diagnosticada por meio da identificação do vírus nas fezes do
indivíduo. Podem ser realizados também os exames de liquor e eletromiografia para confirmar-se
a doença, e método de PCR.

Tratamento
A poliomielite é uma doença que não apresenta tratamento específico. Alguns medicamentos
podem ser usados, no entanto, para evitar complicações. Quando a doença atinge o sistema
nervoso, o indivíduo pode conviver com sequelas durante toda a vida, sendo recomendada
fisioterapia, por exemplo.

Prevenção
A doença pode ser prevenida com a administração da vacina. No nosso país, a vacina é
distribuída gratuitamente pelo (SUS). O esquema vacinal é composto por duas vacinas, uma
injetável e uma oral. A injetável consiste em três doses da vacina injetável – VIP (2, 4 e 6 meses)
e mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente – VOP (gotinha) aplicada aos 15 meses
e aos quatro anos de idade.
Observação: Apesar de não existirem casos no Brasil desde 1989, é importante que todos
recebam a vacina contra poliomielite.

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Rubéola
A rubéola é uma doença relativamente grave, causada por um vírus, o Rubella virus, que é
transmitido de um indivíduo a outro por meio do contato com secreções emitidas por um paciente
infectado, como gotículas de saliva, por exemplo. A rubéola é uma infecção leve comum da infância
que pode, contudo, ter consequências devastadoras para bebês infeccionados antes do nascimento.
Essa infecção fetal causa aborto espontâneo, bebês natimortos ou múltiplas defeitos congênitos
graves no bebê. A rubéola é muito semelhante ao sarampo.

Transmissão
A rubéola é transmitida principalmente ao se inspirar gotículas que contêm o vírus e que foram
expelidas pela tosse de uma pessoa infectada. O contato próximo com uma pessoa infectada
também pode transmitir a infecção. A pessoa que tem rubéola fica mais contagiosa durante
vários dias antes até a uma semana depois do surgimento da erupção cutânea, e a infecção
costuma ser disseminada enquanto a erupção cutânea está presente. Um bebê infectado antes
do nascimento pode transmitir a infecção durante muitos meses após o nascimento. Uma
pessoa que teve rubéola desenvolve imunidade e geralmente não a contrai novamente.

Sintomas
O período de incubação do vírus é de cerca de 15 dias e os sintomas são parecidos com os da
gripe:
• Dor de cabeça; Dor ao engolir; Dores no corpo (articulações e músculos); Coriza;
Aparecimento de gânglios (ínguas); febre e Exantemas (manchas avermelhadas)
inicialmente no rosto que depois se espalham pelo corpo todo (Essas manchas se
fundem, mais tarde, umas com as outras, formando uma erupção extensa de cor
vermelha, que se estende pela parte posterior da garganta. A erupção cutânea em
geral dura de três a cinco dias.)

Diagnóstico
Por causa de sua semelhança com várias outras enfermidades, o diagnóstico preciso só pode ser
obtido pelo exame sorológico.

Tratamento
O tratamento é sintomático. Antitérmicos e analgésicos ajudam a diminuir o desconforto, aliviar as dores
de cabeça e do corpo e baixar a febre. Recomenda-se também que o paciente faça repouso durante o
período crítico da doença.

Prevenção
As crianças devem tomar duas doses da vacina combinada contra rubéola, sarampo e caxumba
(tríplice viral): a primeira, com um ano de idade; a segunda dose, entre quatro e seis anos. Todos
os adolescentes e adultos (homens e mulheres) também precisam tomar a vacina tríplice
viral ou a vacina dupla viral (contra sarampo e rubéola), especialmente mulheres que não
tiveram contato com a doença. Filhos de mães imunes geralmente permanecem protegidos por
anticorpos maternos em torno de seis a nove meses após o nascimento.

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Febre amarela
A febre amarela é uma doença grave causada por um vírus do grupo dos arbovírus, do
gênero Flavivirus, e transmitida pela picada de um mosquito. Essa doença não é contagiosa e
apresenta, do ponto de vista epidemiológico, duas formas: a silvestre e a urbana.

Transmissão
No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é principalmente o
mosquito Haemagogus. Já no meio urbano, a transmissão se dá através do mosquito Aedes
aegypti (o mesmo da dengue). A infecção acontece quando uma pessoa que nunca tenha
contraído a febre amarela ou tomado a vacina contra ela circula em áreas florestais e é picada
por um mosquito infectado. Ao contrair a doença, a pessoa pode se tornar fonte de infecção
para o Aedes aegypti no meio urbano. Uma pessoa não transmite a doença diretamente para
outra.

Sintomas
A febre amarela é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por vetores.
Geralmente, quem contrai este vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito
fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas:
• febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca
de três dias.
A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar
(até dois dias), quando podem ocorrer
• insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações
hemorrágicas e cansaço intenso. A maioria dos infectados se recupera bem e
adquire imunização permanente contra a febre amarela.

Diagnóstico
O diagnóstico é feito pela PCR (reação da polimerase) para febre amarela. A cultura do vírus é
feita cada vez menos por conta da dificuldade e até mesmo pelos riscos envolvidos.

Tratamento
Não existe um tratamento específico no combate à febre amarela. Ele é apenas sintomático e o
paciente necessita de repouso para hidratação e controle da febre. A internação hospitalar será
indicada caso não haja melhora dos sintomas ou surjam sangramentos. Nas formas graves, em
que há risco para a vida - o paciente deve ser atendido numa unidade de terapia intensiva

OBSERVAÇÃO: É contra-indicado o uso de medicamentos com ácido acetilsalicílico (AAS®,


Aspirina® etc.), por aumentarem o risco de sangramentos.

Prevenção
Devem ser tomadas medidas de proteção individual, como a vacinação contra a febre amarela,
A vacina contra a febre amarela é segura e tem validade de 10 anos, ela integra o calendário

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de vacinação brasileiro e está disponível nos postos de saúde do Sistema Único de Saúde
(SUS), é indicada especialmente para aqueles que moram ou vão viajar para áreas com indícios
da doença. Além da vacina, é nossa obrigação evitar a proliferação dos mosquitos, portanto, é
essencial manter as casas e ruas limpas, sem acúmulo de água parada, habitat ideal para a
reprodução dos vetores. Outras medidas preventivas são o uso de inseticidas, de repelente de
insetos, mosquiteiros e roupas que cubram todo o corpo.

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Resfriado
O resfriado é um tipo de infecção que acomete as vias aéreas superiores, com foco principal no
nariz e na garganta. O resfriado comum é normalmente causado por um vírus comum, como o
rinovírus, sendo que existem mais de 200 vírus que podem fazer com que um paciente
desenvolva um resfriado.

Transmissão
O resfriado é transmitido de forma fácil, sendo que o mero contato com partículas de saliva e
secreções de uma pessoa que está resfriada é capaz de fazer com que novos pacientes
desenvolvam essa condição.
A duração do resfriado é autolimitada, ou seja, é como se os sintomas tivessem “prazo de
validade”. O período de incubação é curto: cerca de 2 dias para que a doença comece a se
manifestar. O pico dos sintomas em média dura de 1 a 3 dias, mas a doença pode se manter no
organismo de 7 a 10 dias em alguns casos comuns3. Diferentemente da gripe, que pode se
prolongar por mais tempo.

Sintomas
Os sinais e sintomas dos resfriados aparecem dois ou três dias após a exposição ao vírus. Os
mais comuns são:
• coriza (secreção nasal em geral transparente), leve cansaço, espirros, tosse, dor ou
coceira na garganta, lacrimejamento, quebradeira e dor no corpo, febre baixa e de
curta duração.

Diagnóstico
O diagnóstico do resfriado é feito com base nos sintomas. É importante estabelecer a diferença
com o diagnóstico da gripe, uma doença bem mais grave causada por outros tipos de vírus,
conhecidos como influenza.

Prevenção
Não existe vacina contra resfriados. Algumas medidas simples ajudam a prevenir o contágio. Por
exemplo: lavar bem e com frequência as mãos, usar lenços de papel, cobrir a boca e o nariz
quando for tossir ou espirrar, evitar contato prolongado com pessoas resfriadas e locais com
grandes aglomerações.

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Hepatite A
É uma infecção causada pelo vírus A (HAV) da hepatite, também conhecida como
“hepatite infecciosa”, é um RNA de fita simples positiva pertencente à família
Picornaviridae. Na maioria dos casos, a hepatite A é uma doença de caráter benigno,
contudo o curso sintomático e a letalidade aumentam com a idade.

Transmissão
A transmissão da hepatite A é fecal-oral (contato de fezes com a boca). A doença tem
grande relação com alimentos ou água inseguros, baixos níveis de saneamento básico e
de higiene pessoal. Outras formas de transmissão são o contato pessoal próximo com
pessoas em situação de rua ou entre crianças em creches; contato sexual. Crianças
podem manter a eliminação viral até 5 meses após a resolução clínica da doença.

Sintomas
Geralmente, quando presentes, os sintomas são inespecíficos, podendo se manifestar
inicialmente como:
• fadiga, mal-estar, febre, dores musculares, enjoo, vômitos, dor abdominal,
constipação ou diarreia. A presença de urina escura ocorre antes do início da
fase onde a pessoa pode ficar com a pele e os olhos amarelados (icterícia). Os
sintomas costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção e duram menos de
dois meses.

Diagnóstico
O diagnóstico da infecção atual ou recente é realizado por exame de sangue, no qual se
pesquisa a presença de anticorpos anti-HAV IgM (infecção inicial), que podem permanecer
detectáveis por cerca de seis meses. É possível também fazer a pesquisa do anticorpo IgG para
verificar infecção passada ou então resposta vacinal de imunidade.

Tratamento
Não há nenhum tratamento específico para hepatite A. O mais importante evitar a
automedicação para alívio dos sintomas, vez que, o uso de medicamentos desnecessários ou
que são tóxicos ao fígado podem piorar o quadro. O médico indicara a melhor opção para a
reposição de fluidos perdidos pelos vômitos e diarreia. A hospitalização está indicada apenas
nos casos de insuficiência hepática aguda.

Prevenção
A vacinação contra hepatite A é uma importante forma de prevenção da doença. A vacina está
disponível no SUS. No SUS, a vacina é fornecida para crianças com idade entre 15 meses a 5
anos incompletos.

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Além da vacinação, é super importante seguir algumas medidas simples, relacionadas
principalmente com hábitos de higiene, sendo elas: Higiene das mãos; Cozinhar os alimentos,
principalmente peixes e frutos do mar; Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e
mamadeiras; adotar medidas rigorosas de higiene, tais como a desinfecção de objetos,
bancadas e chão; Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, enchentes ou próximo
de onde haja esgoto; Usar preservativos e higienização das antes e após as relações sexuais.

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Caxumba
A caxumba é uma infecção viral aguda e contagiosa, causada por vírus da família
Paramyxoviridae, gênero Paramyxovirus. Pode atingir qualquer tecido glandular e nervoso do
corpo humano, mas é mais comum afetar as glândulas parótidas, que produzem a saliva, ou as
submandibulares e sublinguais, próximas ao ouvido. Normalmente, a caxumba tem evolução
benigna, mas em alguns raros casos pode apresentar complicações resultando em internações
e até mesmo em morte.

Transmissão
A transmissão ocorre por via aérea (fala, tosse, espirro) de pessoas infectadas. Já a transmissão
indireta é menos frequente, mas pode ocorrer pelo contato com objetos e/ou utensílios
contaminados com secreção. O período de incubação (até o aparecimento dos sintomas) é de
12 a 25 dias, sendo, em média, 16 a 18 dias. Já o período de transmissibilidade da doença varia
entre 6 e 7 dias antes das manifestações clínicas, até 9 dias após o surgimento dos sintomas. O
vírus da caxumba pode ser encontrado na urina até 14 dias após o início da doença.

Sintomas
O primeiro e mais importante sintoma é o inchaço das glândulas salivares. Elas ficam localizadas
no interior e ao redor da cavidade bucal, em torno dos ouvidos. Como o nome sugere, são
responsáveis pela produção e secreção da saliva. Outros sintomas
• Febre; Dor de cabeça; Fadiga e fraqueza; Perda de apetite; Dor ao mastigar e ao engolir.

Diagnóstico
O diagnóstico da caxumba é feito com análise clínica e exames de sangue caso haja suspeita da
doença. O médico coletará uma amostra de sangue para investigar a presença da doença, uma
vez que a presença de anticorpos no sistema imunológico para combater a infecção pode indicar
a caxumba.

Tratamento
O tratamento da caxumba é baseado nos sintomas clínicos do paciente, com adequação da
hidratação e alimentação, além disso, a boa higiene bucal é fundamental. A indicação é apenas
de repouso, medicamentos para dor e temperatura e observação cuidadosa para a possibilidade
de aparecimento de complicações. Nos casos que cursam com meningite asséptica, o
tratamento também é sintomático. Nas encefalites, a orientação é tratar o edema cerebral e
manter as funções vitais.

Prevenção
A vacinação é a única maneira de prevenir a caxumba. O SUS (Sistema Único de Saúde) oferta
gratuitamente as vacinas Tríplice Viral, que protegem contra sarampo, caxumba e rubéola, e
Treta Viral, que adiciona a proteção contra varicela (catapora).
Adultos que não foram infectados pelo vírus da caxumba na infância ou na adolescência têm
indicação de ser imunizados, com exceção de gestantes e imunodeprimidos graves.

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