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FILARIOSE

A filariose é uma doença infecciosa crônica causada pelo parasita Wuchereria bancrofti, que pode ser transmitido para as pessoas
através da picada do mosquito Culex quinquefasciatus infectado.
O parasita responsável pela filariose é capaz de se desenvolver no organismo à medida que se desloca até órgãos e tecidos
linfoides, podendo provocar inflamação e acúmulo de líquido em várias partes do corpo, principalmente pernas, braços e
testículos. No entanto essa situação só é percebida meses após a infecção pelo parasita, podendo a pessoa ser assintomática
durante esse período.

O tratamento para filariose, popularmente conhecida como elefantíase ou filariose linfática, é simples e deve ser feito de acordo
com a orientação do médico, sendo indicado o uso de antiparasitários e fisioterapia com drenagem linfática quando há
acometimento de braços e pernas, por exemplo.

Sintomas de filariose
Os principais sinais e sintomas de filariose são:
 Febre;
 Dor de cabeça;
 Calafrios;
 Acúmulo de líquido nas pernas ou braços;
 Aumento do volume do testículo;
 Aumento dos gânglios linfáticos, principalmente da região da virilha.

Os sintomas de filariose aparecem quando há grande quantidade de parasita circulante, podendo demorar até 12 meses para
aparecer e a pessoa ficar assintomática durante esse período. À medida que o parasita se desenvolve e se espalha pelo organismo,
estimula reações inflamatórias e pode promover a obstrução dos vasos linfáticos em alguns órgãos, causando o inchaço
característico da doença.

Como é feito o diagnóstico


O diagnóstico da filariose é feito pelo clínico geral ou infectologista por meio da avaliação dos sinais e sintomas apresentados
pela pessoa e resultado de exames que têm como objetivo identificar a presença de microfilárias circulantes no sangue. Para
identificar a presença do parasita, é recomendada que a coleta do sangue seja feita à noite, que é o período em que é verificada
maior concentração do parasita no sangue.

Além do exame parasitológico do sangue, pode ser indicada também a realização de exames moleculares ou imunológicos para
identificar estruturas do parasita ou presença de antígenos ou anticorpos produzidos pelo corpo contra o Wuchereria bancrofti.
Pode ser indicado também a realização de exame de imagem, como a ultrassonografia, com o objetivo de verificar a presença de
vermes adultos nos canais linfáticos.

Transmissão da filariose
A transmissão da filariose acontece exclusivamente através da picada do mosquito Culex quinquefasciatus infectado pelo
parasita Wuchereria bancrofti. Esse mosquito, ao picar a pessoa para se alimentar de sangue, libera na corrente sanguínea da
pessoa larvas do tipo L3, que corresponde à forma infectante do parasita Wuchereria bancrofti.
As larvas L3 no sangue da pessoa, migram para os vasos linfáticos e desenvolvem-se até o estágio L5, que corresponde ao estágio
adulto. Nessa fase, o parasita libera microfilárias e leva ao aparecimento dos sinais e sintomas da filariose.

Tratamento para filariose


O tratamento para filariose é feito com antiparasitários recomendados pelo clínico geral ou infectologista que atuam eliminando
as microfilárias, podendo ser recomendado o uso de Dietilcarbamazina ou Ivermectina associada com Albendazol.

No caso de ter havido infiltração do verme adulto em órgãos, pode ser recomendada realização de cirurgia para remover o excesso
de líquido, sendo esse procedimento mais recomendado em caso de hidrocele, em que é verificado acúmulo de líquido no
testículo.

Além disso, caso tenha sido verificado acúmulo de líquido em outro órgão ou membro, é recomendado que a pessoa repouse o
membro afetado e realize sessões de fisioterapia com drenagem linfática, pois assim é possível recuperar a mobilidade do
membro e haver melhora na qualidade de vida.

Em alguns casos, é possível também haver infecção secundária por bactérias ou fungos, sendo recomendado pelo médico nesses
casos o uso de antibióticos ou antifúngicos de acordo com o agente infeccioso.

Como prevenir
A prevenção da filariose envolve a adoção de medidas que ajudam a prevenir a picada do mosquito causador da filariose. Assim,
é importante que sejam utilizados mosquiteiros, repelentes e roupas que cubram a maior parte da pele. Além disso, é recomendado
evitar água parada e acúmulo de lixo, pois assim é possível diminuir a quantidade de mosquitos no ambiente.

Organizado por: Ant. Muika, Biomédico Clínico Laboratorial


FILARIOSE
Lana Magalhães, Professora de Biologia

A filariose é uma doença parasitária causada por vermes e transmitida através da picada de insetos. Ela também é conhecida
por filariose linfática ou elefantíase. É reconhecida como uma doença tropical, ou seja, típica das regiões tropicais e subtropicais
do planeta.

Transmissão da filariose
A transmissão não ocorre de pessoa para pessoa, é necessário um vetor, o qual pode ser um mosquito ou mosca. O vetor mais
conhecido é o Culex quiquefasciatus (pernilongo ou muriçoca). Também são vetores da doença a Chrysomya (mosca varejeira)
e algumas espécies do mosquito Anopheles, infectados pelas larvas do verme.

Quando ocorre a picada do mosquito fêmea, as larvas penetram na pele e migram até os linfonodos, onde ficam até chegar a fase
adulta. Ao atingir a sua maturidade, os vermes adultos já diferenciados em machos e fêmeas, irão originar microfilárias, as quais
também habitarão a corrente sanguínea. O mosquito se contamina ao picar as pessoas infectadas, iniciando um novo ciclo de
transmissão.

Sintomas da filariose
Em alguns casos a filariose é assintomática, ou seja, não apresenta sintomas. Quando eles surgem são:

 Inchaço na virilha;  Mal estar;


 Febre;  Dor de cabeça;
 Aumento de tamanho do membro afetado;  Presença de gordura na urina.
 Dores musculares;
Como os vermes vivem nos vasos linfáticos da pessoa infectada, eles bloqueiam e afetam a circulação. Tal situação leva ao
inchaço dos membros, mamas e testículos. Em casos mais avançados, pode ocorrer deformação dos membros.

Membros afetados pela elefantíase

Por isso, a doença também é conhecida como elefantíase, pois os membros inferiores inchados se assemelham a uma pata de
elefante.

Tratamento da filariose
Quando descoberta no início, a filariose tem cura e o tratamento consiste no uso de medicamentos prescritos pelo médico, no
caso: Dietilcarbamazina ou Ivermectina associada com Albendazol. O medicamento destrói grande parte das microfilárias
presentes no sangue.

Em casos mais avançados não é possível a cura da doença. Entretanto, o tratamento é fundamental para evitar a proliferação dos
vermes e consequentes inchaços e deformações.

Como se prevenir da filariose?


A melhor forma de prevenir a filariose é interromper a sua transmissão. Assim, deve-se evitar o contato com o mosquito
transmissor da doença, através do uso de mosquiteiros e repelentes, instalação de telas em portas e janelas das casas e evitar a
exposição prolongada em áreas de risco de contaminação. O tratamento das pessoas doentes também é fundamental para evitar
novas transmissões, interrompendo o ciclo de transmissão da doença.

NOTA:

Organizado por: Ant. Muika, Biomédico Clínico Laboratorial


ONCOCERCOSE
Por: Marcela LemosBiomédica

A oncocercose é uma doença infecciosa causada pelo parasita Onchocerca volvulus, que pode causar perda progressiva da visão,
lesões na pele e aparecimento de nódulos indolores.

A oncocercose pode ser transmitida pela picada da mosca do gênero Simulium spp., também conhecida como mosca preta ou
mosquito borrachudo, devido a sua semelhança com os mosquitos, que pode ser normalmente encontrado na beira dos rios e, por
isso, essa doença pode ser também conhecida por cegueira dos rios ou doença do garimpeiro.
É importante que na presença de sinais indicativos de oncocercose, o clínico geral ou infectologista seja consultado, pois assim
é possível iniciar o tratamento de forma imediata e prevenir complicações.

Sintomas de oncocercose
O principal sintoma da oncocercose é a perda progressiva da visão devido à presença de microfilárias nos olhos, que se não
tratada pode levar à cegueira. Outras manifestações clínicas características da doença são:

 Oncocercoma, que corresponde à formação de nódulos subcutâneos e móveis que contêm vermes adultos. Esses nódulos podem
aparecer na região pélvica, tórax e cabeça, por exemplo, e são indolores enquanto os vermes estão vivos, quando morrem
provocam um intenso processo inflamatório, se tornando bastante doloroso;
 Oncodermatite, também chamada de dermatite oncocercosa, que é caracterizada pela perda da elasticidade da pele, atrofia e
formação de pregas que acontece devido à morte das microfilárias que estão presentes no tecido conjuntivo da pele;
 Lesões oculares, que são lesões irreversíveis causadas pela presença de microfilárias nos olhos que pode resultar em cegueira
completa.
Além disso, podem haver lesões linfáticas, em que as microfilárias podem atingir os linfonodos perto das lesões cutâneas e causar
danos.

Diagnóstico
O diagnóstico da oncocercose deve ser feito pelo clínico geral, infectologista ou oftalmologista a partir da avaliação dos sinais e
sintomas apresentados pela pessoa. Além disso, pode ser solicitado pelo médico a realização de exames que ajudem a confirmar
o diagnóstico, como exames oftalmológicos e exames de sangue em que são procuradas microfilárias entre as hemácias.

Em alguns casos, o médico pode também indicar a realização de ultrassom, para verificar a formação de nódulos pelo parasita,
e exames moleculares, como a PCR, para identificar o Onchocerca volvulus.

Além desses exames, o médico pode solicitar a realização de exame histopatológico, em que é feita biópsia de um pequeno
fragmento de pele para identificar as microfilárias e excluir a ocorrência de outras doenças, como adenopatias, lipomas e cistos
sebáceos, por exemplo.

Tratamento da oncocercose
O tratamento da oncocercose é feito com o uso do antiparasitário Ivermectina, que é muito eficiente contra a microfilária, pois
é capaz de provocar sua morte sem causar efeitos colaterais muito graves. Apesar de ser muito eficiente contra as microfilárias,
a Ivermectina não possui efeito sobre as larvas adultas, sendo necessário retirar cirurgicamente os nódulos contendo as larvas
adultas.

Como prevenir
A melhor forma de prevenir a infecção pelo Onchocerca volvulus é utilizando repelentes e roupas adequadas, principalmente em
regiões que o inseto é mais prevalente e em leitos de rios, além de medidas que visem combater o mosquito, como o uso de
larvicidas e inseticidas biodegradáveis, por exemplo.

Além disso, é recomendado que os habitantes de regiões endêmicas ou que pessoas que estiveram nessas regiões sejam tratadas
com Ivermectina anualmente ou semestralmente como forma de prevenir a oncocercose.

Bibliografia
NEVES, David P. Parasitologia Humana. 12 ed. Atheneu, 335-340.
NOTA:

Organizado por: Ant. Muika, Biomédico Clínico Laboratorial

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