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Larvas Migrans

O que é?

Larva migrans, também conhecida como bicho geográfico, é uma infecção que
atinge tanto adultos quanto crianças pela característica menos espessa da pele
nessa faixa etária. Surgem em decorrência do contato direto da pele com areia na
qual estejam presentes larvas de parasitas do gênero Ancylostoma. Comumente
caixas de areias de parques infantis ou outros locais arenosos, que foram
previamente frequentados por cães e gatos, também infestados, porém no tubo
digestivo, por vermes adultos, que liberam ovos que vêm a ser depositados na
areia.

Sintomas

Estes parasitas, ao penetrarem na pele, provocam lesão avermelhada


semelhante à picada de insetos, vermelhas e com coceiras. E, nos dias seguintes, a
larva faz trajetos sinuosos, pois não consegue alcançar as camadas mais profundas
da pele. Essa lesão, tipicamente reconhecida pelo padrão visual das curvas, que
formam mapas, ganhou o nome popular de bicho geográfico. Na região glútea, a
forma pode ser mais papulosa, e não tanto sinuosa, tornando o diagnóstico mais
difícil.

Tratamento

A melhora espontânea da larva migrans é incerta, embora possível. Por isso os


médicos recomendam que não se espere que ela desapareça. Assim, a forma
preferível de se tratar o problema é por meio de consulta médica na qual será
apresentada a melhor terapia medicamentosa.

Prevenção

Essa doença, apesar de benigna, pode e deve ser prevenida, evitando-se o


contato direto da pele com a areia encontrada em terrenos nos quais exista a
possibilidade de terem sido frequentados por cães e gatos. Da mesma forma, é
esperado que, quando possível, seja restringido o acesso de animais às caixas de
areia de praças e mesmo praias em geral.
Filariose
O que é?

A filariose, popularmente conhecida como elefantíase ou filariose linfática, é uma


doença infecciosa causada pelo parasita Wuchereria bancrofti que pode ser
transmitida para as pessoas por meio da picada do mosquito Culex
quinquefasciatus infectado.O parasita responsável pela filariose é capaz de se
desenvolver no organismo à medida que se desloca até órgãos e tecidos linfóides,
podendo provocar inflamação e acúmulo de líquido em várias partes do corpo,
principalmente pernas, braços e testículos. No entanto, essa situação só é
percebida meses após a infecção pelo parasita, podendo a pessoa ser
assintomática durante esse período.

Sintomas

Os sintomas da filariose podem demorar até 12 meses para aparecer, isso


porque a larva transmitida para as pessoas precisa se desenvolver até a sua forma
adulta e, em seguida, iniciar a liberação de microfilárias. Essas microfilárias,
também conhecidas como larvas L1, desenvolvem-se na corrente sanguínea e
linfática até o estágio de verme adulto, havendo liberação de mais
microfilárias .Assim, à medidas que o parasita desenvolve-se e migra pelo
organismo, estimula reações inflamatórias e pode promover a obstrução dos vasos
linfáticos em alguns órgãos, resultando no acúmulo de líquido na região, sendo mais
frequente de ser observado o acúmulo de líquido na perna ou no testículo, no caso
dos homens. Dessa forma, é comum que a pessoa infectada permaneça meses
assintomática, havendo surgimento de sinais e sintomas quando há grande
quantidade de parasita circulante, sendo os principais: febre, dor de cabeça,
calafrios, acúmulo de líquido nas pernas ou braços, aumento do volume do testículo,
aumento dos gânglios linfáticos principalmente da região da virilha.

Tratamento

O tratamento para filariose é feito com antiparasitários recomendados pelo clínico


geral ou infectologista que atuam eliminando as microfilárias, podendo ser
recomendado o uso de Dietilcarbamazina ou Ivermectina associada com
Albendazol. No caso de ter havido infiltração do verme adulto em órgãos, pode ser
recomendada realização de cirurgia para remover o excesso de líquido, sendo esse
procedimento mais recomendado em caso de hidrocele, em que é verificado
acúmulo de líquido no

testículo. Além disso, caso tenha sido verificado acúmulo de líquido em outro órgão
ou membro, é recomendado que a pessoa repouse o membro afetado e realize
sessões de fisioterapia com drenagem linfática, pois assim é possível recuperar a
mobilidade do membro e haver melhora na qualidade de vida.Em alguns casos é
possível também haver infecção secundária por bactérias ou fungos, sendo
recomendado pelo médico nesses casos o uso de antibióticos ou antifúngicos de
acordo com o agente infeccioso.

Prevenção

Tomada de medidas que previnam a picada do mosquito, como por exemplo,

repelentes, roupas que cubram o corpo, evitar água parada e acúmulo de lixo.

Diminuindo assim a qualidade de vida do mosquito nesses ambientes.

Teníase/Cisticercose
O que é ?

A teníase, conhecida popularmente como solitária, é uma verminose provocada


pelos parasitos Taenia solium ou Taenia saginata, que são vermes platelmintos da
classe cestoda .A cisticercose também é uma doença provocada por esses
parasitos, porém, ao contrário da teníase, que é causada pelos vermes adultos da
Taenia solium ou Taenia saginata, a cisticercose é uma doença causada somente
pela larva (cisticerco) da Taenia solium. Teníase e cisticercose são doenças
completamente diferentes, com sintomas e tratamentos distintos.

Sintomas

-Teníase
A maioria dos pacientes com teníase não apresenta sintomas relevantes. Quando
eles surgem, são mais comuns nos casos de Taenia saginata. Dor abdominal,
náuseas, diarreia, perda de peso ou prisão de ventre são os sintomas de teníase
mais frequentes. As crianças costumam ser mais sintomáticas que os
adultos .Alguns pacientes parasitados podem passar anos sem saber que estão
com solitária, até que, um dia, notam a presença das proglotes nas suas fezes.
Essas proglotes têm movimento próprio e podem também sair espontaneamente
pelo ânus, sem ser durante a evacuação, indo se alojar na roupa interior. Uma das
complicações da teníase é a apendicite, que pode surgir caso uma dessas proglotes
que se desprendem da tênia acabe ficando presa dentro do apêndice, da mesma
forma, o ducto biliar também pode ficar obstruído.

-Cisticercose

Os sintomas da cisticercose são completamente diferentes da teníase. Isso não é


uma surpresa, já que ambas são doenças distintas .Os sintomas da cisticercose
variam de acordo com os locais onde o cisticerco se implanta. A forma mais grave é
a neurocisticercose, que surge quando há implantação de cisticerco no cérebro. Na
neurocisticercose, os sintomas mais comuns são a dor de cabeça e a epilepsia.
Porém, não é incomum haver casos totalmente assintomáticos de
neurocisticercose.O surgimento dos sintomas pode demorar anos. Na maioria dos
casos, os sintomas só surgem 3 a 5 anos após a contaminação .Nos casos de
contaminação maciça, com múltiplas implantações cerebrais do cisticerco, o
paciente pode desenvolver um quadro de edema cerebral, crises convulsivas,
náuseas, dor de cabeça, alterações da personalidade e até coma.A cisticercose
também pode atingir os olhos. O espaço sub-retiniano, o vítreo e a conjuntiva são os
locais mais frequentes de infecção. As manifestações clínicas mais comuns da
infecção ocular incluem dor, visão turva ou cegueira .Os cisticercos também podem
se depositar nos músculos, provocando um quadro de miosite (inflamação do
músculo) ou na pele, levando à formação de nódulos subcutâneos.

Tratamento

-teníase

O tratamento é feito por medicamentos prescritos pelo médico do paciente, e é


feito um acompanhamento durante o tratamento. Após o tratamento, pedaços da
tênia podem permanecer sendo eliminados por vários dias. Após 3 meses, sugere-
se novo exame parasitológico de fezes para confirmar a ausência de ovos nas
fezes.
-Cisticercose

Nem todos os casos de cisticercose precisam de tratamento, principalmente se


o paciente for assintomático. Em geral, o tratamento é indicado nos casos
sintomáticos de neurocisticercose ou cisticercose ocular .Além dos antiparasitários,
indica-se também o uso de corticoides, para amenizar o edema cerebral que ocorre
pelo processo inflamatório gerado pela morte do cisticerco .Nos casos de
cisticercose muscular ou na pele, o tratamento com medicamentos tem pouca
eficácia. Em geral, sugere-se a retirada cirúrgica do cisticerco nos casos
sintomáticos.

Prevenção

Himenolepíase
O que é?

A himenolepíase é uma doença causada pelo parasita Hymenolepis nana, que


pode infectar crianças e adultos e causar diarréia, perda de peso e desconforto
abdominal .A infecção por esse parasita é feito por meio do consumo de alimentos e
água contaminada.

Sintomas

Os sintomas de infecção por H. nana são raros, porém quando o sistema


imunológico da pessoa encontra-se debilitado ou quando há grande quantidade de
parasitas no intestino podem ser percebidos alguns sintomas, como por exemplo:
Diarréia, dor abdominal, desnutrição, perda de peso, falta de apetite,
irritabilidade .Além disso, a presença do parasita na mucosa intestinal pode levar à
formação de úlceras, que podem ser bastante dolorosas. Em casos mais raros, a
himenolepíase pode levar ao surgimento de sintomas relacionados ao sistema
nervoso, como convulsões, perda da consciência e ataque epilético.

Tratamento
O tratamento da himenolepíase é feito com medicamentos que normalmente não
causam efeito colaterais, como o Praziquantel e a Niclosamida .Apesar de ser uma
parasitose de fácil tratamento, é importante que a himenolepíase seja evitada por
meio de medidas profiláticas para diminuir a infecção por esse parasita. Assim, é
importante que sejam adotados melhores hábitos de higiene, como lavar as mãos
antes de se alimentar e após usar o banheiro, lavar os alimentos antes de prepará-
los e adotar medidas de controle para insetos e roedores, já que podem ser
hospedeiros intermediários do Hymenolepis nana.

Prevenção

Esquistossomose
O que é?

A esquistossomose é uma doença causada por vários parasitas. O Schistosoma


mansoni é um deles e, por isso, ela pode ser chamada também de esquistossomose
mansônica. A esquistossomose trata-se, basicamente, de vermes que entram no
organismo e acabam por viver nos intestinos (esquistossomose intestinal) e nas vias
urinárias (esquistossomose urogenital), onde se aproveitam dos benefícios do corpo
humano .Outros parasitas do tipo Schistosoma também são capazes de causar
diferentes variedades da doença .Essa condição pode ser chamada também de
barriga d’água e de febre do caramujo, já que o agente causador da
esquistossomose, o parasita do tipo Schistosoma, se aproveita também de um tipo
de caramujo de água doce, que serve de hospedeiro intermediário para suas larvas,
permitindo que o parasita se multiplica antes de contaminar águas e ir parar dentro
do organismo do homem .Se a esquistossomose não for tratada, o paciente pode
acabar desenvolvendo certas doenças e condições crônicas, como a cirrose. Essa é
uma condição que tem o potencial de levar o paciente a óbito. De modo geral, a
esquistossomose é dividida em fase aguda e fase crônica.

Sintomas

A esquistossomose é geralmente assintomática, nos dois primeiros meses de


infecção. Depois, ela passa a se dividir em duas fases.
A fase aguda da esquistossomose apresenta sintomas que podem incluir:
Coceiras e alergias na pele, Febre, Dor no corpo, Calafrios, Falta de apetite, Fadiga
e Prostração, Emagrecimento, Tosse, Diarreias e Náuseas e vômitos.
Na fase crônica, o paciente que possui esquistossomose pode apresentar diarreia e
prisão de ventre de forma alternada.
Conforme a esquistossomose crônica evolui, sintomas mais perigosos podem surgir,
como: Aumento do fígado e do baço, Cirrose, Tonturas, Coceira constante no ânus,
Impotência sexual, Emagrecimento, Hipertensão pulmonar, Hemorragias e
Abdômen distendido e inchaço, que são considerados a principal característica da
barriga d’água.

Tratamento

A transmissão dessa doença é feita a partir do ciclo da esquistossomose. Nela,


um indivíduo que já possui a doença elimina alguns ovos do parasita em suas fezes
e em sua urina. Se essas fezes e urina forem parar em um ambiente com água
poluída e não-tratada, os ovos presentes nela podem eclodir em larvas e se
transportarem até alguns caramujos de água doce. É dentro do caramujo de água
doce que as larvas maturam e se multiplicam, sendo eliminadas novamente nessa
mesma água poluída, podendo sobreviver por até 48 horas ali. Se algum ser
humano ingerir essa água, andar descalço nela, lavar suas roupas, preparar seus
alimentos ou nadar nela, as larvas podem se aproveitar de pequenas fissuras em
sua pele para infectá-lo, se abrigando em seus intestinos e trato urinário e
reiniciando o ciclo da esquistossomose.

Prevenção

Não existe vacina para a esquistossomose, sendo que a principal forma de


prevenção da esquistossomose é por meio da boa manutenção do saneamento
básico, evitando-se ao máximo o contato com águas poluídas e que apresentam a
presença de caramujos.

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