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MASTER MAGNUM - Atendimento Pré-Hospitalar Básico

APOSTILA DE
SOCORRISTA

ATENDIMENTO
PRÉ-HOSPITALAR
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ÍNDICE

Lição 01 – Noções de Anatomia e Fisiologia Humana............................. 03


Lição 02 - Avaliação Geral do Paciente................................................... 20
Lição 03 - Suporte Básico de Vida........................................................... 30
Lição 04 - Oxigenioterapia e Aspiração................................................... 38
Lição 05 – Hemorragia e Estado de Choque........................................... 43
Lição 06 - Ferimentos em Tecidos Moles................................................ 47
Lição 07 - Trauma em Ossos................................................................... 52
Lição 08– Traumatismos......................................................................... 56
Lição 09 – Manipulação e Transporte de Acidentados............................ 64
Lição 10 - Triagem “Método Start”........................................................... 71
Lição 11 – Queimaduras........................................................................... 76
Lição 12– Parto........................................................................................ 81
Lição 13 - Emergências Pediátricas.......................................................... 91
Lição 14 - Emergências Cardiovasculares................................................ 97
Lição 15 - Emergências Respiratórias...................................................... 104
Lição 16 - Emergências Clínicas Diversas................................................ 107
Lição 17 - Intoxicações e Envenenamento............................................... 112
Lição 18 - Afogamento e Acidentes de Mergulho..................................... 119
Bibliografia ........................................................................................................ 125

 Atualizada pelo Instrutor de Primeiros Socorros Paulo César, de acordo com o


material utilizado atualmente pelo CBMDF, que será utilizado como referência
bibliográfica desta apostila.
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Lição 1

NOÇÕES DE ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA

OBJETIVOS:

Ao final desta lição você deverá ser capaz de:

1. Identificar as partes do corpo entre si, usando a terminologia topográfica.


2. Definir os aspectos importantes das camadas do tecido epitelial.
3. Descrever as características e funções dos músculos voluntários e involuntários.
4. Descrever as características e funções do sistema esquelético.
5. Citar os principais órgãos que formam o sistema respiratório e suas funções.
6. Enumerar os componentes do sistema cardiovascular e suas funções.
7. Descrever as estruturas e funções do sistema geniturinário.
8. Enumerar os componentes do sistema nervoso e suas funções.
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NOÇÕES DE ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA

Anatomia: Ciência que estuda a estrutura e a forma dos seres organizados e a


relação entre seus órgãos, bem como a disposição destes.

Fisiologia: Ciência que estuda as funções orgânicas e os processos vitais dos seres
vivos.

Posição Anatômica: É a posição padronizada de descrição do organismo,


empregando-se os termos de posição e direção.

O corpo humano deverá estar em:

 Posição ortostática;

 Face voltada para frente;

 Olhar dirigido para o horizonte;

 Membros superiores estendidos ao longo do tronco;

 Palmas voltadas para frente;

 Membros inferiores unidos.

PLANOS ANATÔMICOS

Plano mediano: direito e esquerdo.


Plano transversal: superior e inferior.
Plano frontal: anterior (ventral) e posterior (dorsal).
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DIVISÕES DO CORPO HUMANO

 Cabeça;

 Pescoço;

 Tronco;

 Membros.

Nos membros empregam-se termos especiais de posição:

 Proximal: situado mais próximo à raiz do membro.


 Médio: situado entre proximal e distal.
 Distal: situado mais distante à raiz do membro.

QUADRANTES ABDOMINAIS
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Descrição dos termos especiais das seguintes lesões:

Lesão 1: Tórax anterior superior direito;


Lesão 2: Quadrante abdominal inferior esquerdo;
Lesão 3: Membro superior esquerdo no terço distal do braço;
Lesão 4: Membro inferior direito no terço proximal mediano da coxa;
Lesão 5: Membro inferior esquerdo no terço proximal lateral da perna na região;
Lesão 6: Região posterior do pescoço;
Lesão 7: Dorso da mão esquerda;
Lesão 8: Membro inferior esquerdo no terço distal posterior da perna;
Lesão 9: Nádega superior esquerda;
Lesão 10: Quadrante superior esquerdo do abdômen

SISTEMA TEGUMENTAR

Sistema que inclui a pele e seus anexos, proporcionando ao corpo um


revestimento protetor que contém terminações nervosas sensitivas e participa da
temperatura corporal, além de cumprir outras funções.
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Pele

Maior órgão do corpo humano. No adulto sua área total atinge


aproximadamente 2m2, apresentando espessura variável (1 a 4mm) conforme a
região. A distensibilidade é outra das características da pele que também varia de
região para região.

Funções:
 Proteção;
 Regulação da temperatura;
 Excreção;
 Produção de vitamina D.

Camadas da pele:
Epiderme:
Camada mais superficial da pele.

Derme:
Camada subjacente à epiderme, tendo
sob ela a tela subcutânea.

SISTEMA MUSCULAR

Músculos

É o conjunto de várias fibras musculares, formados por um tecido especial,


especializado na contração e relaxamento.

Funções:

 Assegurar a dinâmica.

 Tornar possível o movimento.

 Manter unidas as peças ósseas, determinando a


postura do esqueleto.

 Estática do corpo humano.


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SISTEMA ESQUELÉTICO

É um conjunto de ossos e cartilagens que se unem através de articulações,


para formar o arcabouço do corpo e desempenhar várias funções, sendo composto
de 206 ossos.

Funções:
 Proteção dos órgãos e tecidos.
 Sustentação e conformação do corpo.
 Armazenamento de minerais essenciais.
 Inserção de músculos.
 Permitir a realização de movimentos.
 Conferir rigidez e resistência ao corpo.
 Produção de certas células sanguíneas.

Ossos: Tecido conjuntivo mineralizado vivo, altamente


vascularizado, e em constante transformação.

Divisão anatômica do esqueleto

O esqueleto subdivide-se em duas partes:

- crânio
AXIAL (cabeça, pescoço e tronco) - coluna vertebral
- costelas
- esterno

- úmero
ESQUELETO - rádio
- MMSS - ulna
- carpo
- metacarpo
- falanges
APENDICULAR
- fêmur
- patela
- tíbia
- MMII - fíbula
- tarso
- metatarso
- falanges
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A união dos esqueletos axial e apendicular ocorre através das cinturas:

- escápulas
ESCAPULAR
- clavículas
CINTURAS
- ílio
PÉLVICA - ísquio
- púbis
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Crânio: Conjunto de ossos que formam o esqueleto da cabeça, constituído pelo
crânio cerebral e crânio facial.

 Crânio Cerebral: composto por 08 ossos largos e irregulares que se fundem


formando a cobertura que protege o encéfalo.

 Crânio Facial: composta por 14 ossos que se fundem para dar sua forma.

Coluna vertebral

Estrutura óssea central, composta de 33 vértebras, dividida em cinco regiões:

1. Coluna cervical (pescoço): composta


de 07 vértebras;

2. Coluna torácica (parte superior do


dorso): composta de 12 vértebras;

3. Coluna lombar (parte inferior do


dorso): composta de 05 vértebras;

4. Coluna sacral (parte da pelve):


composta de 05 vértebras;

5. Coluna coccígea (cóccix ou cauda):


composta de 04 vértebras.
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SISTEMA RESPIRATÓRIO

É o conjunto de órgãos que permite a captação de oxigênio e a eliminação de


dióxido de carbono produzido na respiração interna.

Função: Conduzir o ar do meio ambiente para os pulmões, e vice-versa,


promovendo a troca gasosa, como também filtrar, pré-aquecer e umedecer o ar
inspirado.

Respiração: Conjunto dos fenômenos que permitem a absorção do oxigênio e a


expulsão do gás carbônico pelos seres vivos.

O sistema respiratório é composto pelos seguintes órgãos:

 Nariz

 Faringe

 Laringe

 Traquéia

 Brônquios

 Pulmões

 Pleura

 Músculos da respiração

SISTEMA CARDIOVASCULAR

É um sistema fechado, composto pelo coração e por uma rede de tubos


denominado artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias.

Tem como principal função, fornecer aos tecidos:


 Oxigênio;  Substâncias nutritivas;
 Hormônios;  Transportar produtos finais do metabolismo, como CO2
e uréia até os órgãos responsáveis por sua eliminação;
 Termoregulação do
organismo.
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Sangue

O sangue é um líquido vermelho, viscoso, composto por plasma (parte líquida),


glóbulos vermelhos (hemácias), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas.

Composição do sangue

 Plasma: transporta os glóbulos e nutrientes para todos os tecidos. Também leva


os produtos de degradação para os órgãos excretores;
 Glóbulos vermelhos: fornecem a cor ao sangue e carreiam oxigênio;
 Glóbulos brancos: atuam na defesa do organismo contra as infecções;
 Plaquetas: são essenciais para a formação de coágulos sangüíneos, necessários
para estancar o sangramento.

O Coração

É um órgão muscular, oco, ímpar e mediano, que funciona como uma bomba
contrátil e propulsora do sangue.

Camadas musculares do coração

As paredes do coração são formadas por três camadas:

 Miocárdio: camada média determina a sístole e a diástole cardíaca.


 Endocárdio: camada de revestimento interno.
 Epicárdio: camada de revestimento externo.

Cavidades cardíacas

São quatro: dois átrios (cavidades superiores) e dois ventrículos (cavidades


inferiores).

- Átrio direito: desembocam as veias cavas superior e inferior. Comunica-se com


o ventrículo direito através da valva tricúspide (possui três cúspides).
- Ventrículo direito: chega sangue rico em CO2 proveniente do átrio direito, que
posteriormente é expulso para a artéria pulmonar.
- Átrio esquerdo: desembocam as veias pulmonares direita e esquerda.
Comunica-se com o ventrículo esquerdo através da valva bicúspide ou mitral
(possui dois cúspides).
- Ventrículo esquerdo: chega sangue oxigenado proveniente do átrio esquerdo,
que posteriormente é expulso para todo o corpo através da artéria aorta.
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Aorta
Veia cava superior
Artéria pulmonar
Átrio direito
Veia pulmonar
Veia cava Átrio esquerdo
inferior

Ventrículo direito Ventrículo esquerdo

Miocárdio

Movimentos cardíacos

Para o coração realizar sua função de bombeamento de sangue, efetua


movimentos de contração e relaxamento da musculatura das suas cavidades, que
se chamam sístole e diástole.

- Sístole: É o período de contração dos ventrículos, para expulsar o sangue


proveniente dos átrios para as artérias pulmonares e aorta.
- Diástole: É o período de relaxamento dos ventrículos, simultâneos ao de
contração dos átrios, permitindo a passagem de sangue dos átrios, para os
ventrículos.

Pulso

É o reflexo do batimento cardíaco palpável nos locais onde as artérias


calibrosas estão posicionadas próximas da pele e sobre um plano duro.

Os pulsos mais palpáveis são:

 Pulso carotídeo;
 Pulso radial;
 Pulso femoral;
 Pulso dorsal do pé ou tibial posterior.

Vasos sanguíneos

São tubos que formam a complexa rede do sistema cardiovascular, constituída


por artérias e veias que se ramificam em calibres cada vez menores, originando as
arteríolas, vênulas e capilares.
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 Artérias: vasos sanguíneos que saem do coração levando sangue para o corpo.
 Veias: vasos sanguíneos que chegam ao coração trazendo sangue do corpo.

Circulação sanguínea

A circulação sanguínea tanto no homem, como nos mamíferos em geral, é


dupla:
- Circulação pulmonar = pequena circulação.
- Circulação sistêmica = grande circulação.

Percurso da circulação pulmonar:

- Coração (ventrículo direito) – pulmões – coração (átrio esquerdo).

Percurso da circulação sistêmica:


- Coração (ventrículo esquerdo) – tecidos do corpo – coração (átrio direito),
passando pelos capilares dos diversos sistemas ou aparelhos do corpo.
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Esquema da circulação sanguínea

O sangue arterial (rico em O2) deixa o ventrículo esquerdo através da artéria aorta
(circulação sistêmica). As artérias tornam-se gradualmente mais finas (arteríolas),
até que o sangue circule através de delgados capilares. Os capilares são vasos de
calibre diminuto, como fios de cabelo, onde as hemácias podem entrar em íntimo-
contato com as células do organismo (ocorrendo o metabolismo celular: troca de
nutrientes e O2 por produtos de degradação e CO2). O sangue (rico em CO2) passa
dos capilares para pequenas veias (vênulas) que se unem e tornam-se maiores, à
medida que se aproximam do coração. Elas levam o sangue através da veia cava
(inferior e superior) para o átrio direito, impulsionando-o para o ventrículo direito, que
o bombeia através da artéria pulmonar para os pulmões (circulação pulmonar), onde
volta a passar através de um sistema capilar (ocorrendo a hematose: troca de CO2
por O2). Retorna então pela veia pulmonar desembocando no átrio esquerdo, que
por sua vez é impulsionado para o ventrículo esquerdo (iniciando a circulação
sistêmica), completando o circuito. O sistema é completamente fechado, com dois
conjuntos de capilares conectando arteríolas e vênulas nos pulmões e nos tecidos
do restante do organismo.
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SISTEMA GENITURINÁRIO

São os aparelhos genitais (masculino e feminino) e urinário, discutidos juntos


por seus vários órgãos e canais se desenvolverem embriologicamente a partir dos
mesmos precursores e, desta forma, possuírem várias estruturas em comum.

Sistema urinário

As atividades orgânicas resultam na decomposição


de proteínas, lipídios e carboidratos, acompanhados
da liberação de energia e formação de produtos que
devem ser eliminados para o meio exterior. A urina é
um dos veículos de excreção com que conta o
organismo. Assim, o sistema urinário compreende os
órgãos responsáveis pela formação da urina, os rins,
e outros, a eles associados, destinados à eliminação
da urina: ureteres, bexiga urinária e uretra.
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SISTEMA GENITAL MASCULINO

Uretra: A uretra masculina é um canal


comum para a micção e para a ejaculação,
com cerca de 20 cm de comprimento.

Próstata: Situada inferiormente à bexiga e


atravessada em toda sua extensão pela
uretra.
Os líquidos produzidos na próstata e nas
vesículas seminais se misturam durante o
coito, impedindo através dos mecanismos
especiais do sistema nervoso, a passagem
de urina para a uretra. Apenas líquido
seminal líquido prostático e
espermatozóides passam do pênis para a
vagina durante a ejaculação.

Pênis: Órgão da cópula, é normalmente flácido, mas quando seus tecidos lacunares
se enchem de sangue, apresenta-se túrgido, com sensível aumento de volume e
torna-se rígido, ao que se dá a denominação ereção.

Escroto: Envoltório externo que envolve e protege os testículos e propicia uma


temperatura favorável ao processo de formação dos espermatozóides.

SISTEMA GENITAL FEMININO

Órgãos genitais internos


Ovário: Produzem os gametas femininos
ou óvulos ao final da puberdade;
produzem também hormônios, os quais
controlam o desenvolvimento dos
caracteres sexuais secundários e atuam
sobre o útero nos mecanismos de
implantação do óvulo fecundado e início
do desenvolvimento do embrião.
Tubas uterinas: Transportam os óvulos
que romperam a superfície do ovário
para a cavidade do útero. Por elas
passam, em direção oposta, os
espermatozóides, e a fecundação ocorre
habitualmente dentro da tuba.
Útero: Estrutura muscular na qual o feto
se desenvolve.
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Órgãos genitais externos

Vagina: É o órgão de cópula feminino. A cavidade uterina e a vagina


constituem no conjunto, o canal do parto, através do qual o feto passa no
momento do nascimento.

Monte púbico: É uma elevação mediana, constituída principalmente de tecido


adiposo. Apresenta pêlos espessos após a puberdade, com distribuição
característica.

SISTEMA DIGESTÓRIO

Para que o organismo se mantenha vivo e funcionante é necessário que ele


receba um suprimento constante de material nutritivo. Muitos dos alimentos
ingeridos pelo animal precisam ser tornados solúveis e sofrer modificações químicas
para que sejam absorvidos e assimilados, nisto consistindo a digestão. Os órgãos
que, no conjunto, compreendem o sistema digestório são especificamente
adaptados para que estas exigências sejam cumpridas. Assim, suas funções são as
de preensão, mastigação, deglutição, digestão e absorção dos alimentos e a
expulsão dos resíduos, eliminado sob a forma de fezes.
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SISTEMA NERVOSO
Sistema responsável pelo controle e coordenação das funções de todos os
sistemas do organismo, e ainda, ao receber estímulos aplicados à superfície do
corpo (frio, calor, dor, etc...) é capaz de interpretá-los e desencadear,
eventualmente, respostas adequadas a estes estímulos. Assim, muitas funções do
sistema nervoso dependem da vontade (caminhar, por exemplo, é um ato voluntário)
e muitas outras ocorrem sem que delas tenhamos consciência (a secreção da saliva,
por exemplo, ocorre independente de nossa vontade).

Função
 Colher informações do meio externo e interno e transformá-las em estímulos;
 Controlar e coordenar as funções de todos os sistemas do organismo.

Meninges

O encéfalo e a medula espinhal


são envolvidos e protegidos por
lâminas (ou membranas) de tecido
conjuntivo chamadas, em conjunto,
de meninges. Estas lâminas são, de
fora para dentro: a dura-máter, a
aracnóide e a pia-máter.

Medula espinhal
Continuação direta do encéfalo,
localizada dentro do canal vertebral. A medula
espinhal tem papel fundamental na recepção
de estímulos sensitivos e retransmissão de
impulsos motores. Todos os centros
importantes do encéfalo são conectados
através de longos feixes nervosos,
diretamente aos órgãos ou músculos que
controlam. Estes feixes se unem formando a
medula espinhal, transmitindo mensagens
entre o encéfalo e o sistema nervoso
periférico. Estas mensagens são passadas ao
longo do nervo sob a forma de impulsos
elétricos.
Da base do crânio, a medula se estende pelo tronco até o nível da primeira ou
segunda vértebra lombar. Na porção final da medula localizam-se nervos espinhais
que formam uma espécie de “cabeleira” nervosa, comparada à cauda eqüina.
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Lição 02
AVALIAÇÃO GERAL DO PACIENTE

OBJETIVOS:

Ao final desta lição você deverá ser capaz de:

1. Citar as 5 fases da avaliação geral de um paciente;


2. Listar 3 fontes rápidas de informação no local da cena;
3. Diferenciar a avaliação dirigida para trauma e a avaliação dirigida para
emergência clínica;
4. Classificar corretamente o paciente de acordo com a escala CPE;
5. Enumerar 4 sinais vitais observados numa vítima;
6. Citar a seqüência correta dos passos da avaliação geral do paciente.
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A avaliação do paciente é um conjunto de procedimentos orientados para
identificação e correção imediata de possíveis doenças ou traumas, por meio de
entrevista, aferição dos sinais vitais, exame físico, a fim de determinar as ações a
serem empreendidas.
A ordem da avaliação depende da natureza do problema (trauma ou emergência
clínica / consciente ou inconsciente).
Em um atendimento de uma emergência clínica investigue a possibilidade de um
trauma e vice-versa.

As fases da avaliação do paciente compreendem:


Avaliação da cena;
Avaliação inicial;
Exame físico localizado e anamnese;
Exame físico detalhado;
Avaliação continuada.

1. Avaliação da cena
Rápida avaliação dos diferentes fatores que estão relacionados à emergência,
importante para que o Socorrista possa decidir sobre as ações que irá empreender.

A _________________________ é sempre nosso primeiro objetivo. A avaliação


começa do despacho do Socorrista à cena. O Socorrista já deve ir pensando nos
tipos de _________________________ ou _________________________ que
poderão se apresentar.

A avaliação da cena inclui:


Usar o EPI (Biossegurança);
Verificar se a cena está segura para o Socorrista, para as vítimas e para os
demais presentes;
Mecanismo da lesão ou natureza da doença;
Quantidade de vítimas;
Recursos adicionais que serão necessários.

Ao chegar à cena, coletar informações observando o local, ouvir os familiares e


testemunhas.
A aparência do local do incidente cria uma impressão que influencia toda a avaliação
do Socorrista. A cena pode fornecer informações a respeito do mecanismo do
trauma, da situação e do nível de segurança.

Ao avaliar a cena o socorrista deve responder os seguintes questionamentos:


Qual a situação? – determinar o que aconteceu (trauma/clínico), qual foi o
mecanismo do trauma, quais as prováveis lesões nas vítimas, etc.
Quais os riscos potenciais? – quais os riscos no local, como poderão evoluir.
Quais as medidas a empreender? – determinar o que fazer, e verificar a
necessidade de recursos adicionais.
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2 - Avaliação inicial
Parte da avaliação do paciente que tem por finalidade identificar e corrigir
imediatamente as situações de risco de morte, relacionadas às vias aéreas,
respiração e circulação.

A avaliação da cena e do paciente é constante.


As etapas da avaliação inicial compreendem avaliar:
I - Estado geral do paciente;
II - Nível de resposta do paciente;
III - Vias aéreas e respiração;
IV – Circulação;
V - Necessidade de transporte do paciente.

I - Estado geral do paciente:


Implica no que vemos em relação ao paciente desde nossa chegada na
cena; inclui detalhes como: estado respiratório, circulatório e neurológico do
paciente, etc. Dessa impressão geral pode depender nossa decisão de transporte.

Ao abordar o paciente, o socorrista deverá se apresentar:


Mencionar seu nome;
Indicar que é uma pessoa treinada em Primeiros Socorros;
Solicitar consentimento.

II - Nível de resposta do paciente:


O nível de resposta do paciente é avaliado com a ajuda do método
AVDI, que significa.

A _______________ , o paciente interage com o meio;


V _______________ , o paciente pode parecer inconsciente, mas responde a um
estímulo verbal;
D _______________ , caso não responde ao estímulo verbal, utiliza-se o estímulo
doloroso.
I _______________ , se não responde aos estímulos verbal e doloroso, então o
paciente está inconsciente.

Para um paciente consciente é importante saber se o mesmo está Lúcido e


Orientado em Tempo, Espaço e Pessoa. (LOTEP). Pacientes não lúcidos de
desorientados serão classificados como críticos.
Se o paciente está inconsciente em decúbito ventral, o Socorrista necessitará
colocá-lo em decúbito dorsal, para fazer a avaliação. Caso suspeite de trauma,
movimente-o de acordo com a técnica apropriada.
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III - Vias aéreas:
Para abrir as vias aéreas utilize a manobra de Empurre Mandibular, em casos de
trauma, estabilizando a cabeça e o pescoço. Em caso de emergência clínica utilize a
manobra de Inclinação da Cabeça-Elevação do Queixo.
O primeiro passo no tratamento das vias aéreas deve ser uma rápida inspeção
visual da orofaringe. Corpos estranhos, como pedaços de alimentos, dentes
quebrados e sangue, podem ser encontrados dentro da boca de um traumatizado.
Os Socorristas devem usar luvas para retirar este material da boca do paciente.

Manobra de Inclinação da Cabeça-Elevação do Queixo


1. Deitar o paciente em decúbito dorsal e posicione-se na lateral do paciente, na
altura dos ombros e cabeça.
2. Coloque os dedos indicador, médio e anular apoiados na mandíbula; com a outra
mão posicionada na testa do paciente, incline a cabeça para trás.

Manobra de Empurre Mandibular


1. Colocar o paciente em decúbito dorsal e se posicione de joelho acima de sua
cabeça.
2. Colocar as mãos com dedos afastados em cada lado da cabeça do paciente.
3. Levantar a mandíbula com os dedos indicadores e médios enquanto mantém os
polegares apoiados na altura dos zigomáticos, de maneira que os cotovelos se
mantenham sempre apoiados.

IV - Circulação:
Verifique o pulso carotídeo até 10 segundos. Caso não haja pulso, ATUE
IMEDIATAMENTE.

Verifique se existe hemorragia externa: em caso positivo, contenha-a; isto pode


ser o primeiro passo a ser feito em alguns casos.
Verifique o pulso periférico - a presença do pulso periférico palpável também
fornece uma estimativa grosseira da pressão arterial. Se o pulso periférico não for
palpável em uma extremidade não lesada, o paciente provavelmente entrou na fase
descompensada do choque.
Caso disponha de oxímetro de pulso, empregue-o durante essa fase, avaliando a
real necessidade de oxigênio e freqüência do pulso.

V - Necessidade de transporte do paciente:


As condições para estabelecer a prioridade do transporte ou continuar na cena
avaliando o paciente dentro da ambulância, incluem: inconsciência, consciente, mas
não alerta, dificuldade respiratória, hemorragia severa ou choque, mau aspecto
geral, parto complicado, dor no peito ou qualquer dor aguda.

Classifique o paciente na escala CPE, para determinar o tempo de permanência na


cena de acordo com a gravidade das lesões ou doenças.
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CPE – É formado pelas iniciais das palavras crítico, potencialmente instável e
estável.
C – parada respiratória ou cardiorespiratória; inconsciência; consciente, mas não
alerta; dificuldade respiratória; hemorragia severa não controlável ou choque; mau
aspecto geral; parto complicado; dor no peito ou qualquer dor aguda.
P – Lesões isoladas importantes.
E – Lesões menores – mecanismo da lesão não importante.
Paciente C – necessitam de transporte imediato, sempre que possível,
permanecer na cena por um tempo máximo de 5 minutos.
Paciente P e E – Continuar na cena avaliando o paciente dentro da ambulância.
O ideal é concluir a avaliação em no máximo 12 minutos.

VI – Colar cervical e oxigênio


Após a decisão de transporte, a equipe de Socorrista deverá aplicar o colar cervical
adequado, e se necessário, ministrar oxigênio suplementar. Para isso, o Socorrista
deve: avaliar a região do pescoço, ouvidos, nariz, boca e mandíbula do paciente,
mensurar e aplicar o colar cervical e administrar oxigênio por meio de uma máscara
facial com reservatório.

3 - Exame físico localizado e anamnese


É feito _____________ de haver detectado e corrigido qualquer problema na
avaliação inicial é
realizado de acordo com a queixa principal do paciente com o objetivo de descobrir
e tratar lesões específicas ou problemas pela doença do paciente. Utilizando se de
uma lanterna avalie o ouvido do paciente verificando parte externa, interna e região
retro auricular em busca de sangramento, saída de líquido cefalorraquidiano e
equimose antes da aplicação do colar cervical. Inclui obter o histórico do paciente e
a avaliação dos sinais vitais.

ANAMNESE – tem por finalidade obter o histórico do paciente: O ideal é obter a


informação diretamente do paciente, caso não seja possível, de quem presenciou a
emergência (familiares ou testemunhas).
Para ajudar a seguirmos uma seqüência para obter o histórico do paciente,
emprega-se um método mnemônico usando a palavra SAMPLE:

S - Sinais e sintomas
A - Alergias
M - Medicação
P - Pertinente história médica passada
L - Líquidos e última alimentação
E - Eventos relacionados à doença ou trauma
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No caso de dor, utiliza-se palavra ALICIA:
A: Aparição
L: Localização
I: Intensidade
C: Cronologia
I: Incremento (evolução)
A: Alívio
I - Guia para realizar a anamnese
Como ocorreu?
Há quanto tempo está sentindo?
O que ocorreu antes de sentir-se mal?
Apresenta algum problema médico atual?
Está tomando medicamentos?
É alérgico a algo?
Quando foi a última refeição? etc.

II - SINAIS VITAIS
São quatro: Pulso, Respiração, Temperatura relativa da pele e Pressão Arterial.

PULSO:
É o reflexo das contrações cardíacas (sístole), pode ser percebida pela palpação de
uma artéria posicionada próxima a pele e sobre uma estrutura óssea. Os pulsos
mais comumente usados são:

AFERIÇÃO DO PULSO
Colocar o dedo indicador e médio da mão mais hábil, sobre o lugar onde passa a
artéria, exercendo leve pressão, conte os batimentos cardíacos (pulsações).
Em pacientes com emergências clínicas aferir o pulso durante um minuto completo e
nos casos de trauma aferir o pulso durante 30 segundos e multiplicá-lo por dois.

Valores Normais da Pulso


ADULTO 60 a 100 BATIMENTOS POR MINUTO (BPM)
CRIANÇA 70 a 110 BATIMENTOS POR MINUTO (BPM)
LACTENTE 120 a 160 BATIMENTOS POR MINUTO (BPM)
RESPIRAÇÃO
Na respiração deve-se observar a inspiração e a expiração do paciente (ventilação).
Recomenda-se avaliar as respirações como se estivesse aferindo o pulso. Em
pacientes com emergências clínicas verificar as ventilações durante um minuto, e
nos casos de trauma verificar durante 30 segundos e multiplicar por dois.
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26
Valores Normais do Respiração
ADULTO 12 a 20 RESPIRAÇÕES POR MINUTO (RPM)
CRIANÇA 20 a 30 RESPIRAÇÕES POR MINUTO (RPM)
LACTENTE 30 a 50 RESPIRAÇÕES POR MINUTO (RPM)

AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL


1. Colocar o estetoscópio em volta do pescoço, posicionar o paciente sentado ou
deitado e remover as vestes do braço que for utilizar para aferir a PA. Posicionar o
braço do paciente para que fique no mesmo nível do coração.
2. Escolher um manguito de tamanho adequado e envolvê-lo na parte superior do
braço do paciente, dois e meio centímetros acima da prega do cotovelo. O centro do
manguito deve ser colocado sobre a artéria braquial.
3. Usando seu dedo indicador e dedo médio, apalpar a artéria braquial acima da
prega do cotovelo a fim de determinar o local para posicionar o diafragma do
estetoscópio.
4. Colocar a extremidade final do estetoscópio (olivas) em seus ouvidos e posicionar
o diafragma do estetoscópio sobre o pulso da artéria braquial.
5. Fechar a válvula e inflar o manguito. Enquanto isto, aferir o pulso radial com os
dedos indicador e médio. Continuar inflando o manguito até 30 mmHg, além do
ponto onde o pulso radial se tornou imperceptível.
6. Abrir lentamente a válvula para que a pressão do aparelho seja liberada. A
pressão deverá cair numa velocidade de três a cinco mmHg por segundo.
7. Escutar atenciosamente e anotar o valor indicado no manômetro, no momento do
primeiro som (esta é a PA sistólica).
8. Deixar que o manguito continue esvaziando. Escutar e anotar o momento do
desaparecimento do som (esta é a PA diastólica). Retirar todo ar do manguito
(recomendamos manter o esfigmomanômetro no mesmo lugar para facilitar uma
nova aferição).
9. Registrar o horário, a extremidade utilizada para realizar a aferição, a posição do
paciente (deitado ou sentado) e a PA observada.

Valores normais da Pressão Arterial


ADULTO Sistólica 90 a 140 mmhg Entre 90x60 e 140x90
Diastólica 60 a 90 mmhg

CRIANÇA Sistólica 90 a 110 mmhg Entre 90x54 e 110x74


Diastólica 54 a 74 mmhg
LACTENTE Sistólica 70 a 90 mmhg Entre 70x50 e 90x70
Diastólica 50 a 70 mmhg
TEMPERATURA:
Valor Normal: _______________________________________________________.

É recomendável o uso de um termômetro tipo fita, lembrando que ele deve ser limpo
antes e depois do uso. Na ausência da fita, estima-se a temperatura aplicando o
dorso da mão sobre a pele do paciente.
A pele pode estar:____________________________________________________.
A cor da pele pode ser: ________________________________________________.
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27
4. Exame físico detalhado
É o exame realizado da cabeça aos pés, deve ser realizado em cerca de 2 a 3
minutos. Em pacientes que sofreram pequenos acidentes não há necessidade de se
fazer um exame completo. Nos pacientes que sofreram lesões graves deve-se
priorizar o exame primário e transporte com mais detalhe conforme o tempo permitir.
Sempre que possível, o exame será feito durante o transporte do paciente ao
hospital. Devendo-se procurar: Ferimentos, Deformações, Dor e Sangramentos.
Durante o exame deve-se: Observar (aspecto, coloração, movimentos, etc.),
Comparar (simetria), Palpar (com ambas as mãos e com firmeza), Identificar
ruídos e odores incomuns. Não realizar palpação em lesões evidentes.

Ao realizar o exame físico detalhado o Socorrista deverá:


1. Verificar a cabeça (couro cabeludo) e a testa;
2. Verificar a face do paciente. Inspecionar os olhos e pálpebras,
3. Inspecionar os ombros bilateralmente (clavícula e escápula);
4. Inspecionar esterno e a região anterior e lateral do tórax;
5. Inspecionar os quatro quadrantes abdominais separadamente;
6. Avaliar a simetria e dor na região pélvica comprimindo-a levemente para dentro;
7. Avaliar a região genital;
8. Inspecionar as extremidades inferiores (uma de cada vez). Pesquisar a presença
de pulso distal, a capacidade de movimentação, a perfusão e a sensibilidade;
9. Inspecionar as extremidades superiores (uma de cada vez). Pesquisar a presença
de pulso
distal, a capacidade de movimentação, a perfusão e a sensibilidade;
10. Realizar o rolamento em monobloco e inspecionar a região dorsal.

5. Avaliação continuada
Ao realizar a avaliação continuada, no deslocamento ao hospital ou com o paciente
na cena dentro da ambulância, repita a avaliação inicial, reavalie os sinais vitais e
verifique qualquer tratamento dado para assegurar-se que segue sendo efetivo.
Lembre-se que o paciente pode melhorar piorar ou seguir estável.

A avaliação deve ser realizada conforme escala CPE.


Crítico – reavaliar conforme protocolo local. (após manobras de RCP e para
outros casos a cada 5 min.)
Potencialmente instável – reavaliar a cada 15 minutos.
Estável – reavaliar a cada 15 minutos.

Lembre a importância de registrar todas as informações obtidas.

OBSERVAÇÕES:
Comunicações
O Socorrista terá de prestar todas as informações pertinentes ao
médico do hospital ao entregar o paciente, assim como ir informando à sua Central
de comunicações, de acordo com o protocolo local.
Documentação
Preencher os relatórios requeridos nos formulários adequados.
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28

FLUXOGRAMA DA AVALIAÇÃO GERAL DO PACIENTE

Segurança da Cena
Avaliação da Cena Utilização de EPI’s
Acionamento de Recursos Adicionais

Impressão geral (TRAUMA OU CLÍNICO)


Nível de consciência (AVDI)
A: Estabilização da Cervical e Abertura de V.A.
B: Se respira
Avaliação Inicial C: Circulação e Controle de Hemorragias
Decisão do Transporte (escala CPE)
Avaliação, Mensuração e Instalação do Colar Cervical
Avaliação da face e instalação do oxigênio

Exame Localizado TRAUMA CLÍNICO


e Anamnese Exame Localizado Entrevista
(Se inconsciente
realizar durante o Sinais Vitais Exame Rápido
transporte) Entrevista Sinais Vitais

Avaliar a Cabeça, Reg. Ouvidos e Reatividade pupilar


Exame Físico Avaliar os Ombros (Cintura escapular)
Detalhado Avaliar o Tórax bilateralmente
(Se inconsciente Avaliar o abdômen (4 quadrantes)
realizar durante o Avaliar a Pelve e Genitálias
transporte) Avaliar os Membros Inferiores (PPSM)
Avaliar os Membros Superiores (PPSM)

Críticos: Paradas Respiratória e Cardiorrespiratória 2 min.


Avaliação
Demais pacientes 5 minutos
Continuada
Potencialmente Instáveis e Estáveis: a cada 15 minutos
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AVALIAÇÃO GERAL DO PACIENTE
LISTA DE CHECAGEM
Nome: ____________________________________________________________________
Data: ___/_______/2012

GUIA DE EXECUÇÃO OBSERVAÇÕES


Avaliação da Cena
 Segurança da cena
 EPI’s
 Recurso Adicional
Avaliação Inicial
 Impressão Geral (Trauma ou Emergência Clínica)
 Nível de consciência ( AVDI)
 A: Abrir as vias aéreas sem comprometer a região cervical
 B: Avaliar a respiração (SÓ NO VISUAL)
 C: Avaliar a circulação (presença de pulso carotídeo) e Controle de Hemorragias
 Decidir pelo Transporte (CPE)
 Aplicar adequadamente o colar cervical com inspeção e mensuração
 Administrar oxigênio suplementar com inspeção da face
Exame Localizado e Anamnese
TRAUMA CLÍNICO
 Exame Localizado  Anamnese (Entrevista)
 Sinais Vitais  Exame Localizado
 Anamnese (Entrevista)  Sinais Vitais
Exame Físico Detalhado
 Inspecionar e apalpar a cabeça (fronte, crânio, orelhas e olhos)
 Inspecionar e apalpar os ombros, clavículas
 Inspecionar e apalpar o tórax
 Inspecionar e apalpar o abdômen em 4 quadrantes
 Inspecionar e apalpar a região pélvica e genitália
 Inspecionar e apalpar os membros inferiores (avaliar: PPSM)
Inspecionar e apalpar os membros superiores (avaliar: PPSM)
Estabilização e Transporte
 Realizar adequadamente o rolamento, avaliando região dorsal
 Fixar o paciente na prancha com tirantes e estabilizadores
Realizar a elevação da prancha na técnica com 4 socorristas

Avaliação Continuada
 Reavaliar pacientes Críticos de PCR e PR a cada 2 minutos (ciclo)
 Demais pacientes Críticos a cada 5 minutos
 Reavaliar pacientes Potencialmente instáveis e Estáveis a cada 15 minutos
TENTATIVAS APTO
1 2 3 SIM NÃO

_______________________________ _______________________________
Assinatura do Avaliado Assinatura do Avaliador
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Lição 03

SUPORTE BÁSICO DE VIDA

OBJETIVOS:

Ao final desta lição o aluno deverá ser capaz de:

1. Definir parada respiratória e cárdiorespiratória;

2. Nomear as técnicas de ventilação de resgate.

3. Conhecer os passos de uma RCP;

4. Executar as manobras de RCP em adultos, crianças e lactentes;

5. Utilizar os equipamentos e acessórios utilizados na reanimação cardiopulmonar;

6. Citar as principais causas de obstrução das vias aéreas;

7. Descrever os passos da desobstrução das vias aéreas em adulto, criança e


lactente.
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31

Cadeia De Sobrevivência

Mesmo quando a RCP por si própria não seja suficiente para salvar a vida da
maioria das pessoas que sofrem uma parada cardíaca, esta ação constitui um elo
vital na cadeia de sobrevivência.

Essa cadeia inclui a seguinte sequencia:


1º. Elo: _______________________________________________;
2º. Elo: _______________________________________________;
3º. Elo: _______________________________________________;
4º. Elo: _______________________________________________;
5º. Elo: _______________________________________________.

Seqüência de Passos em SBV


1. Avaliação da capacidade de resposta da vítima (AVDI) e pedido de ajuda (acionar
equipe de socorro);
2. Manutenção das condições circulatórias – ênfase nas compressões – AHA 2010
(C);
3. Reconhecimento rápido de alterações nas vias aéreas e o seu tratamento (A);
4. Tratamento das condições respiratórias inadequadas (B);
5. Acesso precoce ao DEA;

Em SBV considerar:
 Recém-nascido/Neonato: do nascimento até 28 dias de vida;
 Lactente: de 28 dias até 1 ano de idade;
 Criança: a partir de 1 ano até o início da puberdade;
 Adulto: a partir da puberdade.

Avaliando a capacidade de resposta do paciente (AVDI)


A está Alerta?
V responde ao estímulo Verbal?
D reage ao estímulo de Dor?
I/N Inconsciente, Não responde ou não reage?
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32

Uma vez verificada a inconsciência da vítima através da técnica do AVDI, observa-


se a respiração; se está normal, anormal ou ausente. Nos casos em que a vítima
esteja inconsciente, porém respirando normalmente e apresentando pulso carotídeo
palpável, os procedimentos realizados serão os mesmos observados na Avaliação
do Paciente, e o transporte deverá ser feito em até 5 minutos, conforme a escala
CPE (estes procedimentos são abordados na Avaliação do Paciente).

Se o socorrista verificar que a vítima não responde e não estiver respirando ou


apresentar respiração anormal (GASPING agônico), deve-se verificar o pulso. OBS:
o tempo máximo para verificação de pulso aqui é de 10 seg. Na ausência de pulso
iniciar a RCP.

Caso a vítima ainda apresente pulso carotídeo palpável, o procedimento a ser


realizado será o de reanimação pulmonar, sem a necessidade de se executar
compressões torácicas.

Deverá ser realizada uma ventilação artificial:


Adulto: Uma ventilação a cada 5 ou 6 segundos (10 a 12 ventilações de resgate por
minuto);
Criança e Lactente: Uma ventilação a cada 3 ou 5 segundos (12 a 20 ventilações de
resgate por minuto)
Este procedimento deve ser realizado por 2 minutos contínuos, ou seja, de 24 a 40
ventilações antes de se reavaliar a vítima.

No caso da vítima, além de não apresentar respiração (ou caso não seja esta
adequada - Gasping), também não apresentar pulso carotídeo palpável, configura-se
uma situação de Parada Cardiorrespiratória.

As diretrizes da AHA em 2010, preconizam a realização de 30 compressões


torácicas por 2 ventilações de resgate, exceto quando tratar-se de crianças e
lactentes em que haja 2 socorristas atuando no local, neste caso serão efetuadas 15
compressões torácicas por 2 ventilações.
OBS: GASPING é um termo utilizado em SBV para denominar respirações
não eficazes ou eficientes. São tentativas de inspiração e/ou expiração realizadas
pela vítima, que não correspondem a ventilações adequadas, não proporcionam
oxigenação apropriada.

Abertura De Vias Aéreas


Se as vias aéreas estiverem comprometidas, terão que ser abertas usando técnicas
manuais:

Para vítimas de trauma:


 Empurre mandibular/elevação da mandíbula,
 Manobra tríplice
 Anteriorização da mandíbula
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33
Para pacientes em casos clínicos:
 Inclinação da cabeça com elevação do queixo (clínico).
Uma vez permeabilizadas as vias aéreas, temos condições de ventilar o paciente.

Técnicas de ventilação de resgate


As técnicas a utilizar são:
 Boca a máscara RCP;
 Boca a boca;
 Boca a boca e nariz;
 Bolsa de Ventilação Manual (BVM).

Técnica de ventilação boca - máscara para a RCP


1. Abrir a via aérea com o método correspondente ao tipo de emergência – trauma
ou clínico, colocar a ápice da máscara sobre o nariz e a base entre o queixo e o
lábio inferior do paciente e segurá-la firmemente, vedando bem a fim de que não
escape o ar.
2. Inspirar normalmente e ventilar por um segundo pela abertura do tubo dentro da
via aérea do paciente até ver que o peito deste se eleve.
3. Permitir que o ar do paciente saia de seus pulmões. Caso a respiração
espontânea não se inicie, deve-se continuar ventilando, observando os movimentos
do tórax do paciente, verificando a saída do ar.

Técnica de ventilação boca a boca


1. Abrir a via aérea com o método correspondente ao tipo de emergência – trauma
ou clínico, e pinçar as narinas do paciente com a mão que segura a cabeça.
2. Inspirar normalmente.
3. Cobrir com a própria boca a boca do paciente e assoprar o ar inalado, atentando
para a correta vedação dos lábios da vítima pelos lábios do socorrista, a fim de que
não escape o ar.
4. Permitir que o ar do paciente saia de seus pulmões. Caso a respiração
espontânea não se
inicie, deve-se continuar ventilando, observando os movimentos do tórax do
paciente, verificando a saída do ar.

Técnica de ventilação boca a boca e nariz


1. Utilizada em lactentes e crianças.
2. A freqüência ideal para crianças e lactentes é uma ventilação a cada 3 ou 5
segundos.
3. Nesta técnica deve-se cumprir com os mesmos passos da técnica de ventilação
boca a boca. No caso de crianças e lactentes a boca do socorrista deve envolver
boca e nariz da vítima, para que seja possível uma melhor vedação, evitando que o
ar escape.

Técnica de ventilação com o uso de Bolsa de Ventilação Manual (BVM)


Esta técnica é realizada utilizando-se a Bolsa de Ventilação Manual (BVM) sobre o
nariz e boca do paciente na intenção de vedá-los enquanto se oferta o Oxigênio.
Pode ser realizada por um, ou dois socorristas. Para dominar esta técnica é
necessária a prática.
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34
1. Posicione o paciente corretamente (decúbito dorsal);
2. Posicione-se próximo à cabeça do paciente;
3. Coloque a máscara do reanimador sobre a face do paciente, com a base entre a
protuberância do queixo e o lábio inferior e o ápice voltado para o nariz;
4. Faça a vedação com o polegar mantido na porção superior da máscara e o
indicador na porção inferior, comprimindo-a de maneira firme para se obter boa
vedação em toda sua borda (pegada em “C”),
5. Coloque os demais dedos ao longo da mandíbula inclinando a cabeça do paciente
(adulto), a fim de manter as vias aéreas abertas. Em lactente, deve se utilizar
apenas o dedo médio sobre a mandíbula, mantendo a cabeça em posição neutra;
6. Comprima, com a outra mão, a bolsa principal do reanimador de forma ritmada,
uma vez a cada 5 -6 segundos (10 a 12 ventilações de resgate por minuto) no
socorro de adultos; e uma ventilação a cada 3 ou 5 segundos (12 a 20 ventilações
de resgate por minuto) no socorro de lactentes e crianças;
7. Observe, durante cada ventilação, a expansão torácica. Caso esteja ausente ou
insuficiente, reavalie todos os procedimentos adotados;
8. Após 2 minutos de reanimação, avalie o pulso. Caso o pulso esteja ausente, inicie
a RCP.

Quando qualquer uma das técnicas de ventilação for realizada e o objetivo não for
alcançado, não ocorrendo a ventilação do paciente, verifique a possibilidade da
ocorrência de uma OVACE (Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho), cuja
técnica de atendimento será explicada adiante.

Riscos e complicações da ventilação de resgate


Infecções:
___________________________________________________________________
__________________________________________________________________
Lesões e intoxicações:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Lesões da coluna cervical:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Distensão gástrica:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

As infecções respiratórias e certas condições crônicas (asma, por exemplo) podem


causar inflamação dos tecidos ou espasmo muscular que pode obstruir a via aérea.

Compressões Torácicas
Localização para compressões torácicas
Adulto: _____________________________________________________________
Criança: ____________________________________________________________
Lactente: ___________________________________________________________
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35

Diretrizes Da AHA 2010 Para A RCP


Velocidade da Compressão - No mínimo, 100/min;
Profundidade da Compressão: Compressão e relaxamento do coração durante as
compressões torácicas

 No adulto - No mínimo, 2 polegadas (5 cm);


 Na criança - No mínimo 1⁄ 3 do diâmetro AP Cerca de 2 polegadas (5 cm);
 No lactente - No mínimo 1⁄ 3 do diâmetro AP Cerca de 1 polegada (4 cm).

Repetições:
 No adulto, 1 ou 2 socorristas - 30X2;
 Na criança e lactente, 1 socorrista - 30X2;
 Na criança e lactente, 2 socorristas profissionais de saúde - 15X2.
 Permitir retorno total do tórax entre as compressões;
 Alternar os socorristas que aplicam as compressões a cada 2 minutos;
 Minimizar interrupções nas compressões torácicas;
 Tentar limitar as interrupções a menos de 10 segundos;
 Aplicar e usar o DEA/DAE assim que ele estiver disponível. Minimizar as
interrupções nas compressões torácicas antes e após o choque;
 Reiniciar a RCP começando pelas compressões imediatamente após cada
choque.

Reanimação Cárdio Pulmonar (RCP)


Sinais de parada cardiorrespiratória
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Complicações Por Manobras Inadequadas De RCP


 O paciente não está sobre uma superfície rígida;
 O paciente não está em posição horizontal: caso a cabeça do paciente estiver
mais alta do que o resto do corpo pode ocorrer um fluxo insuficiente de
sangue ao cérebro.
 Não se executa adequadamente a manobra de
_______________________________não se assegura vias aéreas
permeáveis.
 Vedação inadequada sobre a boca ou boca e nariz do paciente: as
ventilações ____________________________________________________.
 As narinas do paciente não estão tampadas e a boca do paciente não está
suficientemente aberta durante as ventilações boca a boca: as ventilações
não são efetivas.
 Colocação inadequada das mãos ou compressão cardíaca em local incorreto:
__________________________________
 Compressões muito profundas ou muito rápidas: não há impulsão adequada
do volume sanguíneo para o corpo.
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36
 Uso de uma relação compressão-ventilação inadequada:
__________________________

Iniciando e Terminando a Técnica de RCP


Uma vez iniciada a técnica de RCP, deve manter-se até que:
1. Retorne-se APENAS a circulação. Neste caso, continuar com a ventilação
artificial;
2. Retornem-se a circulação e ventilação espontâneas;
3. Pessoal mais capacitado e com recursos mais adequados que o socorrista o
substitua na atuação;
4. O socorrista se encontra tão exausto que já não pode continuar com o
procedimento.

Obstrução das vias aéreas por corpo estranho (OVACE)


Causas de obstrução das Vias Aéreas Superiores:
 Obstrução pela língua;
 Obstrução pela epiglote;
 Obstrução por corpos estranhos;
 Obstrução por danos ao tecido;
 Obstrução por enfermidade.

Tipos de Obstrução (Parcial ou total):


A obstrução pode ser PARCIAL quando a passagem de ar está diminuída; ou
TOTAL, quando não há passagem de ar.

Reconhecendo uma OVACE


Quando não há passagem de ar, o paciente é incapaz de falar ou respirar. O
paciente apresentará sinais de angústia, agarrando o pescoço. Não há sons
respiratórios. Mostrará um esforço para respirar, podendo, a depender do tempo
transcorrido desde o início da obstrução, apresentar coloração azulada da pele
(cianose) e ansiedade.

Técnica – Paciente Adulto


1. Confirme sinais de obstrução de vias aéreas;
2. Pergunte: Você está engasgado? Se a vítima sinalizar afirmativamente com a
cabeça, a ajuda será necessária;
3. Coloque-se em pé atrás do paciente, envolva a cintura dele com seus braços;
4. Feche uma das mãos em punho, apóie o lado onde está o polegar contra o
abdômen do paciente, entre o umbigo e o processo xifóide;
5. Segure a mão que está fechada com a outra mão e pressione-as contra o
abdômen do paciente, com movimentos para trás e para cima, em direção ao
diafragma até ocorrer a desobstrução ou o paciente perder a consciência;
6. Se o paciente perder a consciência, abra as vias aéreas com a manobra de
inclinação da cabeça e elevação do queixo, observe a boca e tente visualizar o
objeto. Somente nesse caso realize a varredura digital para retirar o objeto ou utilize
uma pinça;
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37
7. Promova duas ventilações. Após a primeira ventilação, observe se há expansão
torácica, caso não haja reposicione a cabeça do paciente e faça uma nova
ventilação.
8. Em pacientes obesos ou gestantes deve-se realizar compressões torácicas, da
mesma forma em que se realiza para ministrar RCP.

Técnica – Paciente Criança


Serão adotados os mesmos passos para o atendimento de um paciente adulto,
observando-se os seguintes itens:
1. Posicionar-se de forma que possa envolva a cintura do paciente com seus braços,
a posição
comumente com usada é com um joelho apoiado;
2. As manobras deverão ser realizadas com menos vigor que no adulto, considere a
estrutura anatômica da criança.

Técnica – Paciente Lactente


1. O socorrista deverá apoiar o lactente em seu antebraço com o rosto voltado para
baixo, e sustentar a cabeça ligeiramente mais baixa que o tórax, com cuidado para
evitar a compressão de partes moles da garganta do lactente. O socorrista deverá
apoiar o seu braço sobre sua coxa, garantindo uma maior estabilidade para o
lactente;
2. Com a mão espalmada, o socorrista aplicará 5 golpes dorsais, entre as escápulas
do lactente;
3. Depois, colocará sua mão livre na parte posterior da cabeça do paciente, girando-
o em monobloco, mantendo-o apoiado em seu antebraço;
4. Logo após, aplicará 5 compressões no tórax, do mesmo modo e local das
compressões torácicas de RCP.
5. O socorrista repetirá a seqüência, até que o objeto seja expulso ou a vítima fique
inconsciente;
6. Se o paciente perde a consciência, abra as vias aéreas com a manobra de
inclinação da cabeça e elevação do queixo, observando a boca e tentando visualizar
o objeto. Somente nesse caso realize a retirada do objeto com dois dedos ou utilize
uma pinça para retirar o objeto.
7. Promova duas ventilações, após a primeira ventilação, observe se há expansão
torácica, caso não haja reposicione a cabeça do paciente e faça uma nova
ventilação.

OBS: A Varredura Digital para limpeza da cavidade oral
somente deverá ser realizada com a observação do objeto e se for possível
retirá-lo.

Posição De Recuperação
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38
LIÇÃO 04

OXIGENIOTERAPIA E ASPIRAÇÃO

OBJETIVOS:

Ao final desta lição você deverá ser capaz de:

1. Citar situações onde está indicado o uso do oxigênio;


2. Citar uma situação de risco no uso do oxigênio;
3. Enumerar as partes de um equipamento portátil de oxigenoterapia e aspiração.
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39
Oxigenoterapia

É a administração de Oxigênio a um paciente com fins terapêuticos, seja por


meio de máscara, sondas e outros.

O uso imediato e eficiente de alguns equipamentos permitirá cuidados mais


efetivos, principalmente para manutenção das vias aéreas permeáveis, melhoria da
ventilação e da oferta de oxigênio ao paciente. No entanto, procedimentos
inadequados podem acontecer, se ocorrer demora no atendimento ou uso de
equipamento desajustado ou incorreto.

Responsabilidades do socorrista na oxigenoterapia.

 Assegure-se de que o equipamento esteja limpo e funcionando adequadamente;


 Selecione o equipamento apropriado para a situação observando a
individualidade do paciente;
 Monitore constantemente o paciente;
 Providencie a assepsia do equipamento ou que seja descartado, se for o caso. E
reavalie condições para reutilização.

Oxigênio

O oxigênio, imprescindível para a vida, é um gás inodoro, incolor, e sozinho


não é combustível; entretanto, é alimentador da combustão e reage violentamente
com materiais combustíveis. Ele está presente no ar ambiente num teor de
aproximadamente 21%.

Indicações para o emprego do oxigênio:

 Insuficiência cardíaca;
 Infarto agudo do miocárdio;
 Edema pulmonar;
 Insuficiência respiratória;
 Hemorragias;
 Trabalho de parto complicado;
 Intoxicações;
 Acidente vascular cerebral;
 Estado de choque;
 Traumas, etc...

 A administração de oxigênio não substitui as manobras de reanimação.


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40
Riscos no Uso do Oxigênio:

1. O oxigênio facilita a combustão, portanto, mantenha-o afastado das fontes de


chama do local onde estiver sendo empregado.
2. Nunca fume quando o estiver manipulando.
3. Evite o contato com óleos e graxas, incluindo em manutenção, sob risco de
explosão.
4. Evite pancada e quedas do cilindro. Um golpe mais forte que rompa a válvula
poderá fazer o cilindro ser impulsionado como um míssil. O cilindro deve estar
bem fixado, preferencialmente em pé.
5. Alta concentração de oxigênio por tempo prolongado pode produzir intoxicação
nas vítimas ou ainda, áreas de colapso pulmonar. Esse problema é raro no
socorro pré-hospitalar, pois as vítimas não recebem concentrações de O2 em um
tempo suficiente para produzir tais complicações.
6. Transporte o cilindro de forma a não arrastá-lo ou rolá-lo.
7. Abra completamente a válvula do cilindro; em seguida dê meia volta quando
estiver em uso. Isto servirá como medida de segurança, caso alguém pense que
esteja fechada e force sua abertura.

Equipamento de Provisão de Oxigênio

O equipamento portátil de provisão de oxigênio constitui-se das seguintes


partes:

1. Cilindro de oxigênio com sua válvula:

 O oxigênio é acondicionado em cilindro de aço ou alumínio. Segundo normas


internacionais, o cilindro deverá estar pintado na cor verde, quando para uso
medicinal.

Tipos de cilindros:

No Brasil os tipos de cilindros mais usuais são:


De 625 litros (portátil) e de 1.100 litros (fixo)

2. Regulador de pressão com manômetro e fluxômetro

 Destina-se a reduzir a alta pressão do interior do cilindro (150-200 Kgf/cm²)


para uma pressão de consumo em torno de 3 a 5 Kgf/cm².

 O manômetro indica em Kgf/cm² a quantidade de O2 no interior cilindro, o


fluxômetro destina-se a controlar e dosar, em litros por minuto, a administração
de oxigênio.
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41
4. Frasco umidificador

 Recipiente, onde circula o oxigênio para ser umidificado. Não devendo ser
utilizado em APH, em virtude do curto espaço de tempo em que o paciente é
exposto a utilização de oxigênio sem umidificação.

 Fique alerta para a utilização de umidificadores contaminados, embora não


sejam utilizados os mesmos deverão ser limpos constantemente.

5. Frasco aspirador

Recipiente de vidro, para aspiração e coleta de secreções, através do vácuo


produzido pela passagem de oxigênio por um ejetor tipo venturi.

6. Mangueiras e máscara

Tubo flexível confeccionado em silicone ou similar. É acoplado ao equipamento


e conduz oxigênio até a máscara facial, que permite a administração de O2 ao
paciente.

7. Cateter de aspiração

Tubo utilizado para aspirar secreções.

8. Cateter nasal

Oferece Oxigênio pelas narinas do paciente, através de duas cânulas plásticas,


sendo sua eficácia diminuída com existência de ferimentos nasais, resfriados ou
outras obstruções das vias respiratórias.

Materiais Acessórios:

- Cânula orofaríngea;
- Máscara de RCP;
- Máscara de RCP descartável;
- Válvula de demanda (CFR);
- Aspirador portátil;
- Oxímetro de pulso;
- Reanimador manual (com ou sem reservatório).
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SÍNTESE DOS EQUIPAMENTOS PARA VENTILAÇÃO E MÁXIMA
CONCENTRAÇÃO DE OXIGÊNIO QUE SE PODE OBTER:

SEM OXIGÊNIO SUPLEMENTAR


EQUIPAMENTO CONCENTRAÇÃO DE O2
Boca-a-boca 16%
Boca-a-máscara 16%
Reanimador manual 21%

COM OXIGÊNIO SUPLEMENTAR


EQUIPAMENTO CONCENTRAÇÃO DE O2
Cateter nasal 24-44%
Mascara facial simples 40-60%
Mascara facial com reservatório 60%
Reanimador sem reservatório 40-60%
Reanimador manual c/ reservatório 90-100%
Válvula de demanda 90-100%

PREPARAÇÃO DO EQUIPAMENTO DE OXIGENOTERAPIA

1. Retire o capacete que protege a válvula do cilindro (se houver);


2. Acople na válvula o regulador de pressão. (O modelo de regulador adotado pelo
CBMDF já vem com manômetro e fluxômetro);
3. Conecte o frasco umidificador com a mangueira e a máscara facial adequada ao
paciente;
4. Abra a válvula vagarosamente, sem o uso de qualquer ferramenta, para evitar
danos ao cilindro e diminuir a possibilidade de vazamentos;
5. Regule o fluxo de saída de oxigênio conforme necessidade do paciente;
6. Ajuste a máscara na face do paciente e oriente para que respire lenta e
profundamente.

TÉCNICA DE ASPIRAÇÃO
1. Inspecione e prepare o equipamento;
2. Posicione adequadamente o paciente;
3. Abra a boca do paciente utilizando a técnica dos dedos cruzados;
4. Insira o cateter na boca do paciente até atingir a faringe e inicie a aspiração;
5. Proceda a aspiração por cerca de quinze segundos e volte a oxigenar. Repita a
técnica até desobstruir as vias aéreas.

 Recorde-se que o oxigênio é um medicamento.


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43
Lição 5

HEMORRAGIA E CHOQUE

OBJETIVOS:

Ao final desta lição você deverá ser capaz de:

1. Enumerar 5 sinais ou sintomas indicativos de uma hemorragia;

2. Citar e demonstrar 3 diferentes técnicas para controlar hemorragias externas;


3. Descrever passo a passo o tratamento merecido por uma vítima de choque .
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HEMORRAGIA
É o extravasamento de sangue dos vasos sanguíneos ou das cavidades do coração
por causas traumáticas ou clínicas.

Classificação clínica

Hemorragia externa: Ocorre devido a ferimentos abertos.

Sinais e sintomas de hemorragias externas


Agitação;
Palidez;
Sudorese;
Pele fria;
Pulso acelerado e fraco (acima de 100 bpm);
Hipotensão;
Sede;
Fraqueza;
Alteração do nível de consciência;
Estado de choque.

Hemorragia interna: Ocorre quando há lesões internas (ferimentos e/ou fraturas) e


o sangue se acumula em cavidades ou nos tecidos do organismo. Geralmente não é
visível, porém é bastante grave, pois pode provocar choque e levar a vítima à morte.

Sinais e sintomas de hemorragia interna


São os mesmos encontrados na hemorragia externa, e, ainda:
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________

Classificação Anatômica
Arterial: quando o vaso atingido é uma artéria, caracteriza-se por hemorragia
que faz jorrar sangue pulsátil e de cor vermelho vivo; a perda de sangue é rápida e
abundante.

Venosa: quando o vaso atingido é uma veia, caracteriza-se por hemorragia na
qual o sangue sai de forma contínua, na cor vermelho escuro, podendo ser
abundante.

Capilar: quando o vaso atingido é um capilar, o sangue escoa lentamente,
normalmente numa cor menos viva que o sangue arterial.

Técnicas utilizadas no controle das hemorragias


1. Pressão direta sobre o ferimento
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45
2. Elevação do membro;
3. Compressão dos pontos arteriais;
Em casos de amputação traumática, esmagamento de membro e hemorragia
em vaso arterial de grande calibre, devemos empregar a combinação das técnicas
de hemostasia.

Tratamento pré-hospitalar:
Avalie nível de consciência;
Abra as VA estabilizando a coluna cervical;
Monitore a respiração e a circulação;
Exponha o local do ferimento;
Efetue hemostasia;
Afrouxe roupas;
Aqueça o paciente;
Não dar nada de comer ou beber;
Ministre oxigênio suplementar;
Transporte o paciente imediatamente para o hospital.
O primeiro passo a ser empregado em hemorragias visíveis é o emprego da
técnica de pressão direta.

ESTADO DE CHOQUE
É uma reação do organismo a uma condição na qual o sistema circulatório não
fornece circulação suficiente para cada parte vital do corpo. Uma das funções do
sistema circulatório é distribuir sangue com oxigênio e nutrientes.
Quando isso, por qualquer motivo, deixa de acontecer e essa condição não for
revertida, ocorre o que denominamos estado de choque.

Tipos de choque:
Choque hipovolêmico: é causado pela redução acentuada do volume circulante
no organismo, devido à perda de sangue (também chamado de choque
hemorrágico), plasma (queimaduras, contusões e lesões traumáticas) ou líquido
(desidratação provocada por vômito ou diarreia).

Choque cardiogênico: é causado pela deficiência do coração em bombear o
sangue em quantidades adequadas para todo o organismo.

Choque distributivo: é causado pela vasodilatação ou vasoconstrição. A
diferença acentuada no calibre dos vasos sanguíneos provoca uma circulação
deficiente. As alterações no calibre dos vasos sanguíneos podem ser provocadas
por problemas no sistema nervoso central, reações alérgicas em geral e infecções
diversas.
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46

Sinais e sintomas gerais do choque


________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________

Tratamento pré-hospitalar do estado de choque:


Avalie nível de consciência;
Posicione a vítima deitada (decúbito dorsal);
Abra as VA estabilizando a coluna cervical;
Avalie a respiração e a circulação;
Efetue as técnicas de contenção de hemorragia;
Afrouxe roupas;
Estabilize a temperatura do paciente (cobrir com manta térmica);
Não dar nada de comer ou beber;
Elevar os MMII (caso haja fraturas, elevar após posicioná-la sobre uma maca
rígida, exceto se houver suspeita de TCE).
Imobilize fraturas;
Ministre oxigênio suplementar;
Transporte o paciente imediatamente para o hospital.
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Lição 06

FERIMENTOS EM TECIDOS MOLES

OBJETIVOS:

Ao final desta lição você será capaz de:

1. Descrever a aplicação de curativos e bandagens em ferimentos simulados;


2. Descrever os procedimentos gerais para tratar ferimentos abertos e fechados;
3. Descrever o atendimento de feridas no abdômen e na genitália;
4. Descrever o uso apropriado de curativos compressivos e oclusivos nas seguintes
situações simuladas:
 Ferimento em membros;
 Ferimento na cabeça e pescoço;
 Objeto encravado;
 Olho protuso.

FERIMENTOS EM TECIDOS MOLES


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São lesões traumáticas da pele e/ou tecidos subjacentes, em razão da força de ação
de um agente externo.

Classificação dos Ferimentos

Ferimento Fechado: a lesão ocorre abaixo da pele, porém não existe perda da
continuidade na superfície, ou seja, a pele continua intacta.

Sinais e sintomas de ferimentos fechados


Dor ou contração;
Edema;
Equimoses;
Hematomas;
Respiração rápida e superficial;
Abdome protegido;
Abdome sensível ou rígido.

Tratamento de ferimentos fechados


Estes ferimentos podem variar desde lesões abaixo da pele, até lesões severas em
órgãos internos. Basicamente o tratamento pré-hospitalar consiste em avaliar o
acidentado; identificar, tratar a lesão e prevenir o choque.
Cuide de feridas fechadas como se houvesse hemorragia interna, prevenindo
o choque.
Imobilizações de possíveis fraturas, luxações e entorses associadas auxiliam
na hemostasia.

Ferimento Aberto: é aquele onde existe uma perda de continuidade da superfície


cutânea. Existem diferentes tipos de ferimentos abertos em partes moles, os mais
comuns são:
Abrasões ou Escoriações;
Ferimentos Incisos;
Ferimentos Lacerantes ou Lacerações;
Ferimentos Perfurantes ou Penetrantes;
Avulsões;
Eviscerações.









Abrasões ou Escoriações (perda da epiderme/arranhões)
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É a perda de parte da camada externa da pele, por atrito em uma superfície áspera.
Geralmente causa muita dor e/ou ardência e pode haver sangramento a partir dos
capilares lesados. A contaminação da ferida tende a ser o mais sério problema
encontrado.

Ferimentos Incisos
São lesões de bordas regulares produzidas por objetos cortantes, como lâminas de
barbear, facas e vidros quebrados, que podem causar sangramentos variáveis e
danos a tecidos profundos, como tendões, músculos e nervos.

Lacerações
São lesões de bordas irregulares, produzidas por objetos rombos, onde o tecido ao
longo da extremidade da ferida é rasgado, produzindo extremidades ásperas.

Ferimentos Penetrantes ou Perfurantes
São lesões que avançam através da pele e danificam os tecidos em uma linha
transversal. Podem ser provocados por objetos pontiagudos e armas de fogo. Uma
ferida penetrante pode ser perfurante, quando há um ponto de entrada e outro de
saída. Nesses ferimentos considerar lesões em órgãos internos.

Avulsões
São lesões que envolvem rasgos ou arrancamentos de uma grande parte da pele.

Evisceração Abdominal
Lesão na qual a musculatura do abdômen é rompida em decorrência de violento
impacto ou lesão de objeto penetrante ou cortante, expondo o interior da região
abdominal à contaminação, ou exteriorizando vísceras.

Tratamento de um ferimento aberto


Proteção individual do socorrista (EPI);
Expor o local do ferimento (se necessário, corte as vestes);
Recolocar a pele ainda presa sobre o ferimento, retirando excesso de sujidades;
Cobrir o ferimento com um curativo estéril para controlar sangramentos e
prevenir contaminação;
Mantenha o paciente em repouso e tranquilize-o;
Tratar o choque.

OBS: Um curativo já colocado, não deve ser removido, mesmo no caso de
não haver ocorrido a hemostasia. A remoção poderá intensificar a hemorragia.

OBS: No APH, EM GERAL, não devemos lavar os ferimentos abertos.

Tratamentos específicos de acordo com o local do ferimento.


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No couro cabeludo
Controlar a hemorragia com pressão direta (não puntiforme);
Suspeitar de lesão adicional na cabeça ou pescoço;
Não aplicar pressão se existir a possibilidade de fratura no crânio;
Não lavar.

Ferimentos na face
Revisar a boca procurando corpos estranhos ou sangue coagulado;
Manter as vias aéreas permeáveis;
Se houver objeto penetrante nas bochechas, retirar (empurrando de dentro para
fora) e cobrir com gaze interna e externamente;
Se necessário, transportar o paciente lateralizado para drenar o sangue da
boca;
Ter cuidado se houver lesão associada de pescoço. Manter posição neutra da
cabeça.
Ferimentos nos olhos
Não comprimir diretamente sobre os olhos;
Tampar os dois olhos;
Cobrir o globo ocular lesado com curativo úmido de compressas de gaze e
esparadrapo;
Estabilizar objeto encravado e olho protuso.

Hemorragia nasal
Se houver saída de líquido cefalorraquidiano, não ocluir o nariz;
Comprimir a base da narina com o dedo contra o maxilar, colocando uma
compressa entre o lábio superior e a gengiva;
Manter o paciente calmo, sentado e ligeiramente inclinado para frente;
NÃO ocluir as narinas. Caso haja saída de líquido claro pode indicar possível
fratura do crânio;
NÃO tentar remover objetos que observe dentro do nariz.
OBS: Em caso sangramento nasal decorrente de crise Hipertensiva, a
contenção não deve ser feita de imediato.

Lesões no ouvido e orelhas


Não tentar remover objetos cravados;
Não tamponar a saída de sangue ou líquor;
Aplicar gaze externamente (frouxa e em grande quantidade) e fixar com
esparadrapo.

Ferimentos no pescoço
Aplicar pressão direta com a mão para cessar hemorragias;
Aplicar curativo sem comprimir ambos os lados do pescoço;
Manter posição neutra da cabeça.

Ferimentos no tórax
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Aplicar curativo oclusivo e/ou de três pontos;

Ferimentos abdominais abertos


Não recolocar nenhum órgão eviscerado para dentro do abdômen;
Cobrir os órgãos eviscerados com compressas úmidas e envolver com plástico
ou material similar, fixando o curativo;
Não lavar órgãos eviscerados;
Estabilize objetos encravados;
Transporte com as pernas fletidas. Ou posição mais cômoda para o paciente.

Ferimentos na genitália
Controlar sangramento com pressão direta;
Não remover objetos encravados;
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Lição 07

TRAUMA EM OSSOS

OBJETIVOS:

Ao final desta lição você será capaz de:

1. Definir o conceito de fratura, luxação e entorse e enumerar quatro sinais ou


sintomas que identificam tais lesões;
2. Citar duas razões para a imobilização provisória;
3. Descrever os passos para imobilizar fraturas em extremidades superiores,
inferiores e pelve.
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Conceituação geral de fratura, luxação e entorse

Fratura
Ruptura total ou parcial de um osso.

Classes de fraturas

 Fechada (simples): A pele não foi perfurada pelas extremidades ósseas;

 Aberta (exposta): O osso se quebra, atravessando a pele, ou existe uma ferida


associada que se estende desde o osso fraturado até a pele.

Sinais e sintomas de fraturas

 Deformidade: a fratura produz uma posição anormal ou angulação num local


que não possui articulação;
 Sensibilidade: geralmente o local da fratura está muito sensível à dor;
 Crepitação: se a vítima se move podemos escutar um som áspero, produzido
pelo atrito das extremidades fraturadas. Não pesquisar este sinal
intencionalmente, porque aumenta a dor e pode provocar lesões;
 Edema e alteração de coloração: quase sempre a fratura é acompanhada de
um certo inchaço provocado pelo líquido entre os tecidos e as hemorragias. A
alteração de cor poderá demorar várias horas para aparecer;
 Impotência funcional: perda total ou parcial dos movimentos das extremidades.
A vítima geralmente protege o local fraturado, não pode mover-se ou o faz com
dificuldade e dor intensa;
 Fragmentos expostos: numa fratura aberta, os fragmentos ósseos podem se
projetar através da pele ou serem vistos no fundo do ferimento.

Luxação: É o desalinhamento das extremidades ósseas de uma articulação fazendo


com que as superfícies articulares percam o contato entre si.

Sinais e sintomas da luxação

 Deformidade: mais acentuada na articulação luxada;


 Edema;
 Dor: aumenta se a vítima tenta movimentar a articulação;
 Impotência Funcional: perda completa ou quase total dos movimentos
articulares.

Entorse: É a torção ou distensão brusca de uma articulação, além de seu grau


normal de amplitude.

Sinais e sintomas de entorses


 São similares a das fraturas e luxações. Sendo que nas entorses os ligamentos
geralmente sofrem ruptura ou estiramento, provocados pelo movimento brusco.
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Razões para a imobilização provisória


 Evitar a dor;
 Prevenir ou minimizar: lesões futuras de músculos, nervos e vasos sangüíneos;
 Manter a perfusão no membro;
 Auxiliar a hemostasia.

Tratamento pré-hospitalar (regras gerais de imobilização):


1. Informar o que planeja fazer;
2. Expor o local. As roupas devem ser cortadas e removidas sempre que houver
suspeita de fratura, entorse ou luxação;
3. Controlar hemorragias e cobrir feridas. Não empurrar fragmentos ósseos para
dentro do ferimento, nem tentar removê-los. Usar curativos estéreis;
4. Observar o pulso distal, a mobilidade, a sensibilidade e a perfusão;
5. Reunir e preparar todo o material de imobilização (usar se possível, talas
acolchoadas);
6. Imobilizar. Usar tensão suave para que o local fraturado possa ser colocado na
tala. Movimentar o mínimo possível. Imobilizar todo o osso fraturado, uma
articulação acima e abaixo. Advertir que em alguns casos, a extremidade deve
ser imobilizada na posição encontrada;
7. Revisar a presença de pulso e a função nervosa. Assegurar-se que a
imobilização está adequada e não restringe a circulação;
8. Prevenir ou tratar o choque.

Materiais de imobilização

 Talas rígidas;
 Talas moldáveis;
 Talas infláveis;
 Talas de tração;
 Colares cervicais;
 Colete de imobilização dorsal;
 Macas rígidas;
 Bandagens triangulares;
 Ataduras;

 Na maioria das vezes, é impossível sabermos sem o uso do raio-X, se o


paciente é verdadeiramente portador de uma fratura, entorse ou luxação. No
entanto, até ser provado o contrário, devemos sempre tratá-lo como se fosse
portador de fratura.
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Lição 08

TRAUMATISMOS

lesões de crânio, coluna e tórax

OBJETIVOS:

Ao final desta lição você será capaz de:

1. Descrever os principais sinais e sintomas do traumatismo crânio-encefálico;


2. Descrever os procedimentos de avaliação e atendimento pré-hospitalar de uma
vítima com lesões no crânio e na coluna vertebral;
3. Descrever os passos para avaliar e atender uma vítima com fraturas em costelas,
tórax instável e ferimentos penetrantes no tórax.
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Traumatismo Crânio-Encefálico

Fraturas de Crânio

As fraturas de crânio são comuns nas vítimas de acidentes que receberam


impacto na cabeça. A gravidade da lesão depende do dano provocado no cérebro.
São mais freqüentes lesões cerebrais, nos traumatismos sem fratura de
crânio.
As fraturas poderão ser abertas ou fechadas.

Fraturas Abertas

São aquelas que permitem a comunicação entre as meninges ou o cérebro e o


meio exterior. Há ruptura do couro cabeludo com exposição do local da fratura.

Fraturas Fechadas

São as que afetam o osso sem, entretanto, expor o conteúdo da caixa


craniana, não existe solução de continuidade da pele.

Lesões encefálicas

Concussão
Quando uma pessoa recebe um golpe na cabeça ou na face, pode haver uma
concussão encefálica. Não existe um acordo geral sobre a definição de concussão
exceto que esta envolve a perda temporária de alguma ou de toda a capacidade da
função encefálica. Pode não haver lesão encefálica demonstrável. O paciente que
sofre uma concussão pode se tornar completamente inconsciente e incapaz de
respirar em curto período de tempo, ou ficar apenas confuso. Em geral o estado de
concussão é bastante curto e não deve existir quando o socorrista chegar ao local
do acidente.

 Se o paciente não consegue se lembrar dos eventos ocorridos antes da lesão


(amnésia), existe uma concussão mais grave.

Contusão
O cérebro pode sofrer uma contusão quando qualquer objeto bate com força
no crânio. A contusão indica a presença de sangramento a partir de vasos lesados.
Quando existe uma contusão cerebral, o paciente pode perder a consciência.
Outros sinais de disfunção por contusão, incluem a paralisia de um dos lados do
corpo, dilatação de uma pupila e alteração dos sinais vitais. As contusões muito
graves, podem produzir inconsciência por período de tempo prolongáveis e também
causar paralisia em todos os membros.
Mesmo em contusões graves, pode haver recuperação sem necessidade de
cirurgia intracraniana.
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As mudanças na recuperação são diretamente proporcionais aos cuidados
dispensados ao paciente desde o inicio das lesões. Os pacientes devem receber
ventilação adequada, reanimação cárdio-respiratória quando necessário, devendo
ser transportado para o serviço de emergência para uma avaliação e cuidados
neurocirúrgicos.

Tipos de lesões encefálicas

Diretas
São produzidas por corpos estranhos que lesam o crânio, perfurando-o e
lesando o encéfalo.

Indiretas
Golpes na cabeça podem provocar, além do impacto do cérebro na calota
craniana, com conseqüente dano celular, hemorragias dentro do crânio. Este
hematoma acarreta compressão do tecido cerebral. A hipertensão intracraniana,
provocada pela hemorragia e edema causa lesão nas células cerebrais.

Sinais e sintomas do trauma crânio-encefálico (TCE)


 Cefaléia e/ou dor no local da lesão.
 Náuseas e vômitos.
 Alterações da visão.
 Alteração do nível de consciência podendo chegar a inscosciência.
 Ferimento ou hematoma no couro cabeludo.
 Deformidade do crânio (depressão ou abaulamento).
 Pupilas desiguais (anisocoria).
 Sangramento observado através do nariz ou ouvidos.
 Líquido claro (líquor) que flui pelos ouvidos ou nariz.
 Alteração dos sinais vitais.
 Postura de decorticação ou descerebração.

Tratamento pré-hospitalar:
1. Corrija os problemas que ameaçam a vida. Manter a permeabilidade das VA, a
respiração e a circulação. Administrar oxigênio (conforme protocolo local).
2. Suspeite de lesão cervical associada ao acidente e adotar os procedimentos
apropriados.
3. Controle hemorragias (não deter saída de sangue ou líquor pelo ouvidos ou
nariz).
4. Cubra e proteja os ferimentos abertos.
5. Mantenha a vítima em repouso.
6. Proteja a vítima para a possibilidade de entrar em convulsão.
7. Monitore o estado de consciência, a respiração e o pulso.
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8. Trate o choque e evitar a ingestão de líquidos ou alimentos.
9. Esteja preparado para o vômito.

 Nunca tentar remover objetos transfixados na cabeça.

 Não se deve conter sangramento ou impedir a saída de líquor pelo nariz ou


ouvidos nos traumatismos crânio-encefálicos (TCE). Poderá ocorrer aumento
na pressão intracraniana ou infecção no encéfalo.

Traumatismos de face
O principal perigo das lesões e fraturas faciais são os fragmentos ósseos e o
sangue que poderão provocar obstruções nas vias aéreas.

Sinais e sintomas
 Coágulos de sangue nas vias aéreas;
 Deformidade facial;
 Equimose nos olhos;
 Perda do movimento ou impotência funcional da mandíbula;
 Dentes amolecidos ou quebrados (ou a quebra de próteses dentárias);
 Grandes hematomas ou qualquer indicação de golpe severo na face.

Tratamento pré-hospitalar
É o mesmo tratamento utilizado no cuidado de ferimentos em tecidos moles,
sua atenção deve estar voltada para manutenção da permeabilidade das vias aéreas
e controle de hemorragias. Cubra com curativos estéreis os traumas abertos,
monitore os sinais vitais e esteja preparado para o choque.

TRAUMATISMOS RAQUI MEDULAR (TRM)

São aqueles onde ocorre o comprometimento da estrutura óssea (vértebras)


e medula espinhal. Os danos causados por traumas nessas estruturas, poderão
ocasionar lesões permanentes, se a região atingida for a cervical poderá
comprometer a respiração, levar à paralisia ou até mesmo a morte.

Sinais e Sintomas
 Dor regional (pescoço, dorso, região lombar);
 Perda da sensibilidade tátil nos membros superiores e inferiores;
 Perda da capacidade de movimentação dos membros (paralisia);
 Sensação de formigamento nas extremidades;
 Deformidade em topografia da coluna;
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 Lesões na cabeça, hematomas nos ombros, escápula ou região dorsal do
paciente;
 Perda do controle urinário ou fecal;
 Dificuldade respiratória com pouco ou nenhum movimento torácico;
 Priapismo (ereção peniana contínua)

Complicações

 Paralisia dos músculos do tórax (respiratórios). A respiração sendo feita


exclusivamente pelo diafragma.
 A lesão medular provoca dilatação dos vasos sanguíneos, podendo se instalar o
choque (neurogênico).

Tratamento pré-hospitalar

1. Corrija os problemas que ameaçam a vida. Manter a permeabilidade das V A, a


respiração e a circulação.
2. Controle o sangramento importante.
3. Administre oxigênio.
4. Evite movimentar o paciente, e não deixe que ele se movimente;
5. Não mobilize uma vítima com trauma de coluna, a menos que necessite RCP,
controle de sangramento que ameace a vida, e/ou remoção do local por risco
iminente.
6. Imobilize a cabeça e o pescoço com emprego do colar cervical, fixadores de
cabeça e prancha rígida.
7. Monitore os sinais vitais constantemente (cuidado com o choque e a parada
respiratória).
 Lembrar que em pacientes que possuam uma lesão na coluna, o socorrista
deverá realizar todas as manobras mantendo fixos a cabeça e o pescoço.

TRAUMATISMOS NO TÓRAX

Sinais e Sintomas

Dependendo da extensão, presença de lesões associadas (fratura de esterno,


costelas e vértebras) e comprometimento pulmonar e/ou dos grandes vasos, o
paciente poderá apresentar:

 Aumento da sensibilidade ou dor no local da fratura que se agrava com os


movimentos respiratórios;
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 Respiração superficial (dificuldade de respirar, apresentando movimentos
respiratórios curtos);
 Eliminação de tosse como sangue;
 Cianose nos lábios, pontas dos dedos e unhas;
 Postura característica: o paciente fica inclinado sobre o lado da lesão, com a mão
ou o braço sobre a região lesada. Imóvel;
 Sinais de choque (pulso rápido e PA baixa).

Fratura de Costelas

Sinais e Sintomas

 Dor na região da fratura;


 Dor à respiração, movimentos respiratórios curtos;
 Crepitação.

Tratamento pré-hospitalar

1. A fratura de uma só costela não deve ser imobilizada com fita adesiva.
2. Imobilizar com o braço da vítima sobre o local da lesão.
3. Usar bandagens triangulares como tipóia e outras para fixar o braço no tórax.

 Não use esparadrapo para imobilizar costelas fraturadas.

Tórax Instável

Ocorre quando duas ou mais costelas estão quebradas em dois pontos.


Provoca a respiração paradoxal. O segmento comprometido se movimenta,
paradoxalmente, ao contrário do restante da caixa torácica durante a inspiração e a
expiração. Enquanto o tórax se expande o segmento comprometido se retrai e
quando a caixa torácica se contrai o segmento se eleva.

Tratamento pré-hospitalar

1. Estabilize o segmento instável que se move paradoxalmente durante as


respirações;
2. Use almofadas pequenas ou compressas dobradas presas com fita adesiva
larga;
3. O tórax não deverá ser totalmente enfaixado;
4. Transporte o paciente deitado sobre a lesão ou na posição que mais lhe for
confortável;
5. Ministre oxigênio suplementar.
MASTER MAGNUM - Atendimento Pré-Hospitalar Básico
62

Ferimentos Penetrantes

São os traumas abertos de tórax, geralmente provocados por objetos que não
se encontram cravados, assim como lesões provocadas por armas brancas, de fogo
ou lesões ocorridas nos acidentes de trânsito, etc. Pelo ferimento é possível
perceber o ar entrando e saindo pelo orifício.

Tratamento pré-hospitalar

1. Tampone o local do ferimento usando a própria mão protegida por luvas no


momento da expiração;
2. Faça um curativo oclusivo com plástico ou papel aluminizado (curativo de três
pontas), a oclusão completa do ferimento pode provocar um pneumotórax
hipertensivo grave;
3. Conduza com urgência para um hospital e ministrar O2 (ver protocolo local).

Objetos cravados ou encravados

Não remover corpos estranhos encravados (pedaços de vidro, facas, lascas de


madeiras, ferragens, etc.). As tentativas de remoção poderão causar hemorragia
grave ou ainda, lesar nervos e músculos próximos da lesão.

Tratamento pré-hospitalar

1. Controle a hemorragia por pressão direta;


2. Use curativos volumosos para estabilizar o objeto encravado, fixando-o com fita
adesiva;
3. Transporte o paciente administrando oxigênio suplementar.

Amputações

São lesões geralmente relacionadas a acidentes automobilísticos (amputações


traumáticas). Seu tratamento inicial deve ser rápido, pela gravidade da lesão e pela
possibilidade de reimplante. Deve-se controlar a hemorragia, aplicar curativo estéril
e fixá-lo com bandagens ou ataduras; guardar a parte amputada envolta em gaze
estéril umedecida com soro fisiológico, colocando-a dentro de um saco plástico e
este então dentro de um segundo saco ou caixa de isopor repleta de gelo.

Lesões do coração e pulmão.

O ar que sai do pulmão perfurado leva ao pneumotórax hipertensivo que


resulta em colapso pulmonar. As hemorragias no interior da caixa torácica
(hemotórax) provocam compressão do pulmão, levando também à insuficiência
respiratória. As lesões na caixa torácica acabam provocando lesões internas nos
pulmões e no coração. O sangue envolvendo a cavidade do pericárdio pode também
resultar em uma perigosa compressão no coração.
MASTER MAGNUM - Atendimento Pré-Hospitalar Básico
63
 Todas estas lesões são emergências sérias que requerem pronta intervenção
médica.

Sinais e Sintomas (lesões do coração e pulmão)

 Desvio de traquéia;
 Estase jugular;
 Cianose;
 Sinais de choque;
 Enfisema subcutâneo, etc.

Tratamento pré-hospitalar

1. Ministre O2 e conduza com urgência para receber tratamento médico.


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64
Capítulo 09

MANIPULAÇÃO E TRANSPORTE DE ACIDENTADOS

OBJETIVOS:

Ao final desta lição você será capaz de:

1. Enumerar 3 diferentes formas de manipulação de um paciente;


2. Executar corretamente a técnica de imobilização e transporte de um paciente,
utilizando pranchas longas e;
3. Executar corretamente a técnica de retirada de capacete.

Mobilização

Manipulação justificada de um paciente a fim de evitar mal maior.


MASTER MAGNUM - Atendimento Pré-Hospitalar Básico
65

Técnicas de manipulação

- Rolamento de 90º
- Rolamento de 180º
- Elevação a cavaleiro
- Retirada de capacete
- Imobilização de fraturas

Rolamento de 90º
Técnica empregada para posicionar o paciente na prancha, quando este se
encontrar em decúbito dorsal.

Técnica para sua execução


1. O auxiliar n.º 1 deverá posicionar-se atrás da cabeça do paciente, com os
joelhos apoiados no chão para melhor estabilidade, segurando firmemente as
laterais de sua cabeça, mantendo o alinhamento da coluna vertebral;

2. O auxiliar n.º 2 deverá posicionar a prancha do lado oposto ao rolamento, junto


ao paciente, enquanto o chefe posiciona o braço do paciente, do lado que for
efetuado o rolamento, acima da cabeça do paciente, e o outro cruzado ao tórax;

3. O chefe e o auxiliar n.º 2, posicionam-se na altura do tórax e cintura pélvica,


respectivamente, apoiando suas mãos ao longo do corpo do paciente do lado
oposto ao que estão posicionados. O chefe posiciona uma mão no ombro e a
outra na lateral da cintura pélvica. O auxiliar n.º 2 posiciona uma mão na coxa e
a outra logo abaixo do joelho;

4. O auxiliar n.º1 pergunta aos demais se estão prontos, após receber o sinal de
positivo (OK), efetua a contagem para execução do rolamento devendo
movimentar o paciente em monobloco;

5. O chefe avalia a região dorsal do paciente em busca de possíveis lesões, após


a avaliação e juntamente com o auxiliar n.º 2, posiciona a prancha o mais
próximo possível do paciente;

6. O auxiliar n.º 1, após posicionar corretamente a prancha, efetua novamente a


contagem para execução do posicionamento do paciente sobre a mesma,
observando a necessidade de reposicionamento do paciente;

7. O chefe e o auxiliar n.º 2 efetuam a fixação da cabeça do paciente, a fim de


evitar movimentos laterais, com o uso de apoiadores. Após a fixação da cabeça,
o paciente é fixado à prancha com o uso de 3 tirantes ao longo do corpo.

Rolamento de 180º
MASTER MAGNUM - Atendimento Pré-Hospitalar Básico
66
Técnica empregada para posicionar o paciente na prancha, quando este
encontrar-se em decúbito ventral.

Técnica para sua execução


1. O auxiliar n.º 1 deverá posicionar-se atrás da cabeça do paciente, com um dos
joelho apoiados no chão no mesmo alinhamento da coluna vertebral do
paciente para melhor estabilidade, segurando firmemente as laterais de sua
cabeça, indicando o lado apropriado para o rolamento (para onde a nuca estiver
apontando ou lado menos lesionado), mantendo o alinhamento da coluna
vertebral;

2. O auxiliar n.º 2 deverá posicionar a prancha do mesmo lado do rolamento,


próxima ao paciente, enquanto o chefe posiciona o braço do paciente, do lado
que for efetuado o rolamento, acima da cabeça do paciente, e o outro ao longo
do corpo;

3. O chefe e o auxiliar n.º 2, posicionam-se na altura do tórax e cintura pélvica,


respectivamente, apoiando suas mãos ao longo do corpo do paciente do lado
oposto ao que estão posicionados. O chefe posiciona uma mão no ombro e a
outra na lateral da cintura pélvica. O auxiliar n.º 2 posiciona uma mão na coxa e
a outra logo abaixo do joelho;

4. O auxiliar n.º 1 pergunta aos demais se estão prontos, após receber o sinal de
positivo (OK), efetua a contagem para execução do rolamento devendo
movimentar o paciente em monobloco (giro de 90º). Efetua novamente a
contagem para a finalização do rolamento sobre a prancha, observando a
necessidade de reposicionamento do paciente;

5. O chefe e o auxiliar n.º 2 efetuam a colocação do colar cervical adequado, em


seguida, efetuam também a fixação da cabeça do paciente, a fim de evitar
movimentos laterais, com o uso de apoiadores, fixando-o à prancha, com o
emprego de 3 tirantes ao longo do corpo.

Elevação a cavaleiro
Técnica empregada para posicionar o paciente sobre a prancha, quando
houver impossibilidade de executar rolamento.

 Durante a sua execução, o socorrista deverá agir cautelosamente para


não produzir novas lesões ou agravar as já existentes.

Técnica para sua execução


MASTER MAGNUM - Atendimento Pré-Hospitalar Básico
67
1. O chefe e os auxiliares n.º 1 e 2, posicionam-se ao longo do corpo do paciente,
de forma que o mesmo fique entre suas pernas (posição a cavaleiro);
2. O chefe ficará na altura da cintura escapular e posicionará as mãos de ambos
os lados do ombro do paciente, mantendo os polegares apoiados na região
occipital e os demais dedos na altura dos músculos trapézio;
3. O auxiliar n.º 1 ficará na altura da cintura pélvica do paciente e posicionará as
mãos de ambos os lados segurando firmemente a pelve do paciente;
4. O auxiliar n.º 2 ficará na altura das pernas do paciente, abaixo dos joelhos, e
posicionará as mãos nas panturrilhas, segurando firmemente;
5. O auxiliar n.º 3 posicionará a prancha próxima ao paciente, preferencialmente
na altura da cabeça do mesmo;
6. O chefe pergunta aos demais se estão prontos, após receber o sinal de positivo
(OK), efetua a contagem para execução da elevação, devendo movimentar o
paciente em monobloco;
7. O auxiliar n.º 3, uma vez elevado o paciente, deverá posicionar adequadamente
a prancha rente ao solo no sentido crânio-caudal;
8. O chefe, após posicionada a prancha corretamente, efetuará nova contagem
para posicionar o paciente em monobloco sobre a mesma;
9. O auxiliar n.º 3 irá estabilizar a cabeça do paciente, liberando o chefe para que
este, juntamente com o auxiliar n.º 1, efetuem a fixação da cabeça do paciente,
a fim de evitar movimentos laterais, com o uso de apoiadores, fixando-o à
prancha, com o emprego de 3 tirantes ao longo do corpo.

Retirada de capacete
Técnica empregada para retirada de capacete, a fim de facilitar a avaliação e
tratamento de possíveis lesões que o paciente possa apresentar.

Técnica para sua execução


1. O auxiliar n.º 1 estabilizará a cabeça do paciente, apoiando simultaneamente o
capacete e a mandíbula, tencionando-a levemente para posicioná-la
anatomicamente;
2. O chefe irá liberar as jugulares do capacete, e em seguida apoiará com uma
das mãos a nuca do paciente, abrangendo a maior superfície possível,
atentando para o apoio do antebraço ao solo; com a outra mão apoiará a
mandíbula do paciente, a fim de estabilizar a coluna cervical;
3. O auxiliar n.º 1, após o sinal de OK do chefe, procederá a retirada do capacete,
liberando primeiramente a região occipital do paciente, e posteriormente a face;
após a completa retirada, estabilizará a cabeça do paciente apoiando-a ao solo.

Imobilização de Fraturas
Técnica empregada para estabilizar o segmento ósseo lesionado (fratura,
entorse ou luxação), a fim de evitar o agravamento das lesões.

Técnica para sua execução (regras gerais)

1. Informar o que planeja fazer;


2. Expor o local lesionado ou com suspeita de lesão;
MASTER MAGNUM - Atendimento Pré-Hospitalar Básico
68
3. Controlar hemorragias e cobrir ferimentos;
4. Avaliar pulso distal, perfusão, motricidade e sensibilidade, antes e após a
imobilização do segmento lesionado;
5. Selecionar e empregar o material adequado para a imobilização;
6. Estabilizar manualmente o segmento corporal lesionado, aplicando uma leve
tensão;
7. Imobilizar as articulações adjacentes à lesão;
8. Prevenir e tratar o choque.

 Algumas lesões devem ser imobilizadas na posição encontrada.

Técnicas de transporte

Arrastamento com cobertor:


Técnica pela qual a vítima é removida por 1 socorrista. O cobertor deve ser
arrumado de forma a proteger e suportar a cabeça e o pescoço da vítima;

Arrastamento pelas roupas:


Uma pessoa é suficiente para arrastar a vítima. Usado quando não há cobertor
disponível ou em acidentes no meio de vias com trânsito fluindo;

Arrastamento de bombeiro:
Essa técnica possui a desvantagem de não oferecer suporte para a cabeça e
pescoço; porém, se não houver outro método disponível, permite que uma só
pessoa remova a vítima. Muito usado em ambientes com fumaça;

Transporte pelos membros:


Dois socorristas transportam a vítima, segurando-a pelos braços e pernas;

Transporte com cadeira:


A vítima é posicionada deitada e debaixo dela, dois socorristas colocam uma
cadeira. O transporte é feito com os socorristas posicionados lateralmente e a vítima
na posição sentada. Muito usado na remoção de vítimas do interior de edifícios;

Levantamento com 4 socorristas:


Levantamento da vítima direto do solo, sem lesão na coluna. Com o
posicionamento de 4 socorristas em fila no lado da vítima;

Remoção emergencial:
Usada nas situações de risco iminente. Um socorrista remove a vítima
utilizando o método da “Chave de Rauteck”.

Técnica de instalação de colar cervical (paciente deitado):


- Socorrista n.º 1 (líder) posiciona-se atrás da cabeça do paciente, (com ambos os
joelhos apoiados no chão), mantendo distância de 1 palmo. Com ambas as mãos
MASTER MAGNUM - Atendimento Pré-Hospitalar Básico
69
protegidas por luvas, seguram lateralmente a cabeça do paciente, imobilizando-a
e mantendo-a alinhada com a coluna;
- 2º socorrista posiciona-se ao lado do paciente e mensura o tamanho adequado
do colar cervical (a lateral do colar dever ter a medida compreendida entre o final
da orelha e o músculo trapézio). Se possível, use a régua de cores para facilitar a
medição;
- Remova colares e brincos do paciente;
- Posicione o colar aberto por detrás da nuca, apoie à frente do colar abaixo da
mandíbula do paciente, ajuste-o firmemente sem movimentar a cabeça e feche o
velcro de fixação do colar;
- Questione ao paciente se o mesmo está confortável.

KED – Kendrick Extrication Device

Colocação de um KED em uma vítima sentada


- Como primeira medida, deve-se estabilizar o veículo com calços sob as rodas
(segurança).
- Imobilize a cabeça com as mãos e mantenha nesta posição.
- Coloque o colar cervical após mensuração e escolha correta de tamanho (um
socorrista continua sustentando a cabeça com as mãos “ estabilização”).
- Afaste o paciente do encosto do banco do veículo ou se possível incline o banco
para trás, sempre estabilizando a coluna cervical.
- Coloque o KED por trás do paciente (um socorrista continua sustentando a
cabeça com as mãos) Obs: em sendo o paciente o condutor do veículo, ao
colocar o KED dobre a aba direita a fim de proteger os tirantes.
- Retire os tirantes que serão fixos aos membros inferiores que estão presos ao
KED e posicione-os próximos ao MMII.
- Ajuste a altura do KED pela altura da cabeça do paciente (um socorrista continua
sustentando a cabeça com as mãos, mas agora pelo KED já em torno da cabeça
do paciente). Não force a cabeça encostar no KED, apenas sustente-a na
posição.
- Afivele a cinta central, amarela (mesmo em pessoas de diferentes formatos de
tórax e abdômen, o KED ficará mais uniformemente envolvendo o tórax quando a
cinta central for a primeira a ser afivelada).
- Afivele a cinta inferior, vermelha
- Afivele a cinta superior, verde (um socorrista continua sustentando a cabeça com
as mãos envolvendo o KED).
- Passe um dos tirantes por baixo do joelho (de fora para dentro) e deslize-o até a
raiz da coxa, posicionando-o lateralmente aos genitais e sob a nádega. Não o
deixe lateralmente na coxa, prenda-o na fivela do mesmo lado.
- Outro socorrista repete a mesma manobra com o outro membro inferior.
- Revise e ajuste os tirantes colocados sobre o tórax e abdômen.
- Verifique o espaço existente entre a cabeça e o KED. Preencha-o com a
almofada (já sem o ar que existe na mesma), sem forçar a cabeça para frente.
- Posicione a fita na testa do paciente logo acima dos olhos e horizontalmente fixe-
a no velcro envolvendo o KED.
- Coloque a segunda fita sobre o colar cervical e fixe-a no velcro do KED.
MASTER MAGNUM - Atendimento Pré-Hospitalar Básico
70
- Só agora o socorrista que estava sustentando a cabeça, pode soltá-la e pegar a
prancha.
- Um socorrista posiciona a prancha junto a caixa de ar do veículo, se mantendo
agachado mantendo a mesma horizontalmente e ao nível do veículo.
- Gire o paciente mantendo os MMII fletidos, afim de não machucar a região
próxima ao tirante da perna, com os antebraços fixos com atadura larga.
- O chefe deve segurar o KED pela alça superior, colocando o paciente sobre a
prancha.
- Folgue os tirantes da perna de modo que o paciente possa estender os MMII
sobre a prancha.
- Após a extração do paciente do veículo, afrouxar os demais tirantes (na viatura
ou no solo).
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71
Lição 10

TRIAGEM “MÉTODO START”

OBJETIVOS:

Ao final desta lição você será capaz de:

1. Definir o termo “triagem”.


2. Explicar o significado do código de cores utilizado para sinalizar as prioridades
no atendimento de múltiplas vítimas.
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72

Triagem

Processo utilizado em situações onde o número de vítimas ultrapassa a


capacidade de resposta da equipe de socorro. Utilizado para alocar recursos e
hierarquizar vítimas de acordo com um sistema de prioridades, de forma a
possibilitar o atendimento e o transporte rápido do maior número possível de
vítimas.

Método START

SIMPLE TRIAGE AND RAPID TREATMENT

Triagem Simples e Tratamento Rápido

Vantagens

 Sistema de triagem simples que permite triar uma vítima em menos de 1 minuto;
 O método utiliza diferentes cores para determinar a prioridade de atendimento e
transporte;

Significado das cores

Vermelha

 Significa primeira prioridade. Estas vítimas estão em estado grave e necessitam


tratamento e transporte imediato.

Amarela

 Significa segunda prioridade. Estas vítimas necessitam tratamento mas podem


aguardar.

Verde

 Significa terceira prioridade. Estas vítimas não requerem atenção imediata.


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73

Preta

 Significa sem prioridade. Estas vítimas possuem lesões obviamente mortais.

Critérios utilizados no Método START

Este método utiliza fitas coloridas e baseia-se em três diferentes critérios para
classificar as vítimas em diferentes prioridades, a saber:

Respiração

NÃO – Se não respira mesmo após abrir as vias aéreas, é considerada vítima sem
prioridade (cor preta).

SIM – Se após abertura de vias aéreas voltar a respirar é considerada vítima de


primeira prioridade (cor vermelha). Se a respiração apresenta-se de forma
espontânea e acima de 30 vpm é também considerada vítima de primeira prioridade
(cor vermelha). Até 30 vpm, avalie a perfusão.

Perfusão

A perfusão é avaliada através do enchimento capilar. Se for superior a 2


segundos, significa uma perfusão inadequada (em caso de iluminação reduzida o
socorrista deverá avaliar o pulso radial. Um pulso radial ausente indica uma PA
sistólica abaixo de 80mmHg). Controle hemorragias se houver, e considere a vítima
em primeira prioridade (cor vermelha).
Se o enchimento capilar for de até 2 segundos, avalie o status neurológico.

Status neurológico

Avaliar se a vítima é capaz de cumprir ordens verbais simples.

NÃO – Não cumpre ordens simples, considerar vítima de primeira prioridade (cor
vermelha).

SIM – Cumpre ordens simples, considerar como vítima de segunda prioridade (cor
amarela).
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74
Ação dos primeiros socorristas na cena com múltiplas vítimas

Primeiro passo:
Dimensionar e assumir a situação de emergência, solicitar recurso adicional e
iniciar a triagem, método START, das vítimas. Determinar a um socorrista de sua
equipe que dirija todas as vítimas que possam caminhar para uma área de
concentração previamente delimitada (poderá ser utilizado um megafone para isso).
Estas vítimas receberão uma identificação verde de forma individual.

Segundo passo:
Determinar para que outro socorrista de sua equipe inicie a avaliação das
vítimas que permaneceram na cena de emergência e que não apresentam
condições de caminhar. Deverá ser avaliada a respiração. A respiração está
normal, rápida ou ausente?
- Se está ausente: abra imediatamente as VA para determinar se as respirações
iniciam espontaneamente. Se a vítima continua sem respirar, recebe a fita de cor
preta (Não perca tempo tentando reanimar a vítima). Se voltar a respirar e
necessitar de ajuda para manter as VA abertas receberá a fita de cor vermelha
(nesses casos, tente conseguir voluntários para manter abertas as VA da vítima).

- Se está presente: avalie a sua freqüência respiratória, se superior a 30 vpm,


receberá uma fita de cor vermelha. Caso a respiração esteja normal (até 30
vpm), vá ao passo seguinte.

Terceiro passo:
O socorrista deverá verificar a perfusão através da prova do enchimento capilar
ou através da palpação do pulso radial.

- Se o enchimento capilar: for superior a 2 segundos ou se o pulso radial está


ausente, a vítima deverá receber a fita de cor vermelha.

- Se o enchimento capilar: for de até 2 segundos ou se o pulso radial está


presente, vá ao passo seguinte. Qualquer hemorragia grave que ameace a vida
deverá ser contida neste momento. Posicione a vítima com as pernas elevadas para
prevenir o choque (novamente tente conseguir voluntários para fazer pressão direta
sobre o local do sangramento e prevenir o choque).

 Em caso de iluminação reduzida o socorrista deverá avaliar o pulso radial. Um


pulso radial ausente indica uma PA sistólica abaixo de 80mmHg.

Quarto passo:
O socorrista deverá verificar o status neurológico da vítima. Se a vítima não
consegue executar ordens simples emanadas pelo socorrista, deverá receber a fita
de cor vermelha. Se a vítima executa corretamente as ordens simples recebidas,
receberá a fita de cor amarela.
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75

VÍTIMAS ANDANDO PELA

CENA DA EMERGÊNCIA MÉTODO START


ALGORÍTIMO
LESÕES LEVES
VERDE

RESPIRAÇÃO

NÃO SIM

RESPIRA APÓS A RESPIRAÇÕES


ABERTURA DAS
VA ?
NÃO SIM
POR MINUTO MAIS DE 30

MORTO IMEDIATO
IMEDIATO
PRETO
MP VERMELHA VERMELHA
ATÉ 30

PERFUSÃO

ENCHIMENTO
CAPILAR
OU PULSO RADIAL
ENCHIMENTO
CAPILAR
EM MAIS DE 2 ENCHIMENTO CAPILAR
SEGUNDOS ATÉ 2 SEGUNDOS
OU OU
PULSO RADIAL PULSO RADIAL
CONTROLE
AUSENTE PRESENTE
HEMORRAGIAS
STATUS
NEUROLÓGICO
IMEDIATO
VERMELHA CONTROLE
HEMORRAGIAS
NÃO CUMPRE CUMPRE
ORDENS SIMPLES ORDENS SIMPLES

IMEDIATO CUMPRE
VERMELHA ORDENS SIMPLES
IMEDIATO NÃO CUMPRE
VERMELHA ORDENS SIMPLES
Fonte SBAIT SECUNDÁRIO
AMARELA
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76
Lição 11

QUEIMADURAS

OBJETIVOS:

Ao final desta lição você será capaz de:

1. Classificar as queimaduras de acordo com sua profundidade e extensão;


2. Explicar a regra dos nove para determinar a porcentagem da superfície corporal
queimada;
3. Descrever o tratamento pré-hospitalar para uma vítima com queimadura térmica,
química ou elétrica;
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77
Queimaduras

Queimadura é uma lesão produzida nos tecidos de revestimento do


organismo e causada por agentes térmicos, produtos químicos, eletricidade,
radiação, etc.
As queimaduras podem lesar a pele, os músculos, os vasos sanguíneos, os
nervos e os ossos.

Causas

 Térmicas – por calor (fogo, vapores quentes, objetos quentes) e por frio (objetos
congelados, gelo).
 Químicas – inclui vários cáusticos, tais como substâncias ácidas e álcalis.
 Elétricas – materiais energizados e descargas atmosféricas.
 Substâncias Radioativas – materiais radioativos e raios ultravioletas (incluindo
a luz solar), etc.

Classificação, sinais e sintomas

De acordo com sua profundidade, as queimaduras classificam-se em graus,


de primeiro a terceiro.

 Queimadura de 1º Grau – Atinge somente a epiderme (camada mais superficial


da pele). Caracteriza-se por dor local e vermelhidão da área atingida.
 Queimadura de 2º Grau – Atinge a epiderme e a derme. Caracteriza-se por
muita dor, vermelhidão e formação de bolhas.
 Queimadura de 3º Grau – Atinge todas as camadas (tecidos) de revestimento do
corpo, incluindo o tecido gorduroso, os músculos, vasos e nervos, podendo
chegar até os ossos. É a mais grave quanto à profundidade da lesão. Caracteriza-
se por pouca dor, devido à destruição das terminações nervosas da sensibilidade,
pele seca, dura e escurecida ou esbranquiçada.

 Em uma queimadura de 3º grau a vítima geralmente queixa-se de dor nas


bordas da lesão, onde a queimadura é de 2º ou 1º grau.

De acordo com sua extensão

De acordo com a extensão da queimadura, usamos percentagens através da


regra dos nove que permitem estimar a superfície corporal total queimada (SCTQ).
Neste caso, analisamos somente o percentual da área corpórea atingida pela lesão,
sem considerar sua profundidade (seus graus).
A regra dos nove divide o corpo humano em doze regiões; onze delas
equivalem a 9% cada uma, e a última (região genital) equivalem a 1%, conforme
segue:
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78

Adulto Criança/Lactente
Cabeça e pescoço 9% 18%
MMSS 9% cada 9% cada

Tronco anterior 18% 18%


Tronco posterior 18% 18%
MMII 18% cada 14% cada
Genitais 1% incluído nos MMII

TOTAL 100% 100%

Gravidade das queimaduras

A gravidade de uma queimadura deve sempre considerar os seguintes


aspectos:

 Grau da queimadura;
 Percentagem da SCTQ;
 Localização da queimadura;
 Complicações que a acompanham;
 Idade da vítima;
 Enfermidades anteriores da vítima.
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79
Queimaduras Menores

São aquelas de 1º e 2º graus que afetam uma pequena área do corpo, sem
comprometimento de áreas críticas como; o sistema respiratório, a face, as mãos e
pés, os genitais e as nádegas.

Queimaduras Maiores

Qualquer queimadura que envolva toda a área corporal ou áreas críticas.

Exemplos:

 Queimaduras complicadas por lesões no sistema respiratório ou por outras lesões


do tipo fraturas.
 Queimaduras de 2º ou 3º graus na face, mãos, pés, genitais ou nádegas.
 Queimaduras que atinjam todo o corpo.

Tratamento pré-hospitalar para cada caso

Queimaduras Menores (por causas térmicas ou radiação)

 Expor o local da lesão e resfriar a área queimada com água fria ou usar água
corrente por vários minutos para resfriar o local. O melhor é submergir a área
queimada;
 Cobrir o ferimento com um curativo úmido solto (estéril);
 Retirar anéis, braceletes, cintos de couro, sapatos, etc;
 Conduzir a vítima e transmitir calma.

Queimaduras Maiores (causas térmicas ou por irradiação)

 Inicialmente deter o processo da lesão (se for fogo na roupa, usar a técnica do
PARE, DEITE e ROLE);
 Avaliar a vítima e manter as VA permeáveis, observando a freqüência e qualidade
da respiração;
 Não se deve retirar os tecidos aderidos à pele, deve-se apenas recortar as partes
soltas sobre as áreas queimadas;
 Cobrir toda a área queimada;
 Usar curativo estéril;
 Não obstruir a boca e o nariz;
 Não aplicar nenhum creme ou pomada;
 Providenciar cuidados especiais para queimaduras nos olhos, cobrindo-os com
curativo estéril úmido;
 Cuidado para não juntar dedos queimados sem separá-los com curativos estéreis;
 Prevenir o choque e transportar.
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80

Queimaduras Químicas

 Limpe e remova substâncias químicas da pele do paciente e das roupas antes de


iniciar a lavação;
 Lave o local queimado com água limpa corrente por no mínimo 15 minutos. Usar
EPIs apropriados;
 Cubra com curativo estéril toda a área de lesão;
 Previna o choque e transporte;
 Se possível, conduza amostra da substância em invólucro plástico;
 Se a lesão for nos olhos, lave-os bem (mínimo 15 minutos) com água corrente e
depois cobrir com curativo úmido estéril. Volte a umedecer o curativo a cada 5
minutos.

Queimaduras Elétricas

Os problemas mais graves produzidos por uma descarga elétrica são: parada
respiratória ou cárdio-respiratória, dano no SNC e lesões em órgãos internos.

 Reconheça a cena e acione, se necessário, a companhia energética local;


 Realize a avaliação inicial e se necessário iniciar manobras de reanimação;
 Identifique o local das queimaduras (no mínimo dois pontos: um de entrada e um
de saída da fonte de energia);
 Aplique curativo estéril sobre as áreas queimadas;
 Previna o choque e conduzir com monitoramento constante ao hospital.
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81
Lição 12

PARTO

OBJETIVOS:

Ao final desta lição você será capaz de:

1. Descrever o atendimento pré-hospitalar da mãe e bebê, durante o parto.


2. Descrever 3 complicações típicas durante o parto e o tratamento pré-hospitalar
de cada uma delas;
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ANATOMIA DA MULHER GRÁVIDA

Ser que está se desenvolvendo e crescendo dentro do útero, após a 8ª


semana de gestação.

Útero:
Órgão muscular que se contrai durante o trabalho de parto, expulsando o feto.

Colo uterino:
Extremidade inferior do útero, que se dilata permitindo que o feto entre na
vagina.

Vagina:
Canal por onde o feto é conduzido para o nascimento.

Saco amniótico:
Membrana que se forma no interior do útero e envolve o feto e o líquido
amniótico.
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83
Líquido amniótico:
Líquido presente no saco amniótico, com a função de manter a temperatura
do feto e protegê-lo de impactos. Sua cor normal é clara, quando está ocorrendo o
sofrimento fetal este líquido torna-se esverdeado, pela presença do mecônio.

Mecônio:
Primeira matéria fecal do recém-nascido, é indicativo de sofrimento fetal.

Placenta - Órgão formado durante a gravidez constituída por tecido materno e do


concepto, permitindo a troca de nutrientes entre a mãe e feto. Normalmente expelida
ao final do trabalho de parto. Pesa aproximadamente 500g, na gravidez a termo.

Cordão umbilical - Estrutura constituída por vasos sanguíneos através da qual o


feto se une a placenta, seu comprimento é em média 55cm.

Parto - Expulsão do feto viável através das vias genitais ou a extração do feto por
meios cirúrgicos.

Aborto – Feto com menos de 500g ou com menos de 20 semanas de gestação.

Pré-maturo – até 37 semanas de gestação ou pesando menos de 2.500g

A termo – de 38 a 41 semanas de gestação.

Pós-maturo – Apartir de 42 semanas de gestação.

FASES DO TRABALHO DE PARTO

Primeira Fase (Dilatação)

 A dilatação do colo uterino tem início com as contrações e termina no momento


em que o feto entra no canal de parto.
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84
Segunda Fase (Expulsão)

 A partir do momento em que o feto está no canal de parto até o nascimento do


bebê.

Terceira Fase (Dequitação)

 Após o nascimento do bebê até a completa expulsão da placenta (10 a 20


minutos).

SINAIS E SINTOMAS INDICATIVOS DE EXPULSÃO PRÓXIMA

1. Sangramento ou presença de secreções pelo rompimento do saco amniótico;


2. Freqüência das contrações, abaixo de 5 minutos com duração de 30
segundos a 50 segundos;
3. Abaulamento da vulva;
4. Apresentação da cabeça do feto;
5. Necessidade freqüente de urinar e/ou defecar.

Evolução do Trabalho de Parto

 Antes de efetuar qualquer procedimento, o socorrista deverá realizar uma


entrevista com a parturiente, extraindo o maior número de dados possíveis.
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85
ENTREVISTA:

- Perguntar o nome e idade da mãe;


- Perguntar se realizou o exame pré-natal;
- Perguntar se é o primeiro filho (se for primípara, o trabalho de parto demorará
cerca de 16 horas. O tempo de trabalho de parto será mais curto a cada parto
subsequente);
- Perguntar se há indicação de parto gemelar (múltiplo).
- Perguntar a que horas iniciaram-se as contrações (checar e anotar);
- Perguntar se já houve a ruptura do saco amniótico;
- Perguntar se sente vontade de defecar e/ou urinar.

 Se após a entrevista o socorrista avaliar que o parto não é iminente, deverá


proceder o transporte da parturiente.

e controle de hemorragias. Cubra com curativos estéreis os traumas abertos,


monitore os sinais vitais e esteja preparado para o choque.

CONDUTAS DO SOCORRISTA PARA O PARTO DE EMERGÊNCIA:

1. Assegure a privacidade da parturiente, escolha um local apropriado;

2. Explique à mãe o que fará e como irá fazê-lo. Procure tranqüilizá-la informando
que o que está acontecendo é normal. Peça para que após cada contração
relaxe, pois isto facilitará o nascimento;

3. Posicione a parturiente para o parto emergencial, peça-lhe para que retire a


roupa íntima, deite-a em posição ginecológica (joelhos flexionados e bem
separados, e os pés apoiados sobre a superfície que está deitada);

4. Coloque uma almofada debaixo da cabeça da mãe para observar os seus


movimentos respiratórios;

5. Prepare o kit obstétrico e seu EPI, mantenha todo material necessário à mão;

6. Disponha adequadamente os campos, lençóis ou toalhas limpas abaixo das


nádegas, abaixo da abertura vaginal, sobre ambos os joelhos e sobre o
abdômen;

7. Sinta as contrações colocando a palma da mão sobre o abdômen da paciente,


acima do umbigo;

8. Posicione-se de forma a poder observar o canal vaginal constantemente. Oriente


a parturiente a relaxar entre as contrações, respirando profunda e lentamente e a
fazer força durante as mesmas;
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9. Tente visualizar a parte superior da cabeça do bebê (coroamento). Se o saco
amniótico não estiver rompido, corte-o com técnica e material apropriado;

10. Comprima a região do períneo, com uma das mãos, posicionada sob campo que
se encontra abaixo da abertura vaginal, a fim de evitar lacerações nesta região;

11. Apóie a cabeça do bebê, colocando a mão logo abaixo da mesma com os dedos
bem separados. Apenas sustente o segmento cefálico, ajudando com a outra
mão, não tente puxá-lo;

12. Verifique se há circular de cordão, caso tenha, desfaça com cuidado no sentido
face-crânio do bebê;

13. Geralmente a cabeça do bebê apresenta-se com a face voltada para baixo e logo
gira para a direita ou esquerda. Guie cuidadosamente a cabeça para baixo e
para cima, sem forçá-la, facilitando assim a liberação dos ombros e
posteriormente de todo o corpo;

14. Deslize a mão que está sobre a face no sentido crânio-caudal, segurando
firmemente os tornozelos do bebê;

15. Apóie o bebê lateralmente com a cabeça ligeiramente baixa. Isto se faz para
permitir que o sangue, o líquido amniótico e o muco que estão na boca e nariz
possam escorrer para o exterior;

16. Peça para o auxiliar anotar a data, hora, lugar do nascimento, nome da mãe e
sexo do bebê;

17. Observe se o bebê chorou. Retire o campo que se encontra abaixo da abertura
da vagina, coloque-o deitado lateralmente no mesmo nível do canal de parto.

Atendimento Pré-Hospitalar do Recém-Nascido

1. Limpe as vias aéreas usando gaze e aspirador de secreções;


2. Avalie a respiração do bebê (VOS), estimule se necessário, massageando com
movimentos circulares a região das costas e/ou estimulando a planta dos pés;
3. Aqueça o recém-nascido envolvendo-o em toalha, lençol ou similar;
4. Avalie a presença de pulso no cordão umbilical, se ausente, pince-o utilizando
pinças, fita umbilical ou similar;
5. O primeiro ponto a ser pinçado deverá estar a aproximadamente 25 cm (um
palmo) a partir do abdômen do bebê;
6. O segundo ponto a ser pinçado deverá estar a cerca de 5 a 8 cm (quatro dedos)
do primeiro em direção ao bebê;
7. Seccione o cordão umbilical com bisturi ou tesoura de ponta romba, este corte
deverá ser realizado entre os dois pontos pinçados.
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87

5 a 8 cm

25 cm

17 a 20 cm

Atendimento Pré-Hospitalar da Mãe:

Inclui os cuidados com a expulsão da placenta, controle do sangramento


vaginal e fazer a mãe se sentir o mais confortável possível.

1. Normalmente entre 10 e 20 minutos haverá a expulsão da placenta. Guarde-a


em um saco plástico apropriado e identifique-a para posterior avaliação médica.
O cordão desce progressiva e espontaneamente. Não o tracione.

2. Após a expulsão da placenta, observe presença de sangramento vaginal, se


houver, controle-o:
o Com gaze ou material similar, retirar os excessos de sangue ou
secreções.
o Use um absorvente higiênico ou material similar estéril,
o Coloque-o sobre a vagina. Não introduza nada na vagina;
o Oriente para que a parturiente una e estenda as pernas, mantendo-as
juntas sem apertá-las;
o Apalpe o abdômen da mãe, no intuito de localizar o útero. Faça
movimentos circulares com o objetivo de estimular a involução uterina e
conseqüentemente a diminuição da hemorragia.

3. Tranqüilize a mãe fazendo-a sentir-se o melhor possível e registre todos os


dados da ocorrência. Transporte a mãe, o bebê e a placenta para o hospital.

 Durante todos os procedimentos, monitore constantemente mãe e bebê.


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88
COMPLICAÇÕES DO PARTO E SEU TRATAMENTO:

Apresentação Pélvica:

 Quando as nádegas ou os pés do feto são os primeiros a se apresentar.

Tratamento pré-hospitalar:

1. Espere que as nádegas e o tronco do feto sejam expulsos espontaneamente;


2. Segure os membros inferiores e o tronco à medida que são expulsos;
3. A cabeça então é geralmente liberada por si própria, entretanto, algumas vezes
ela poderá não sair de imediato. Nos casos em que a criança não nascer em até
três minutos após a saída da cintura e tronco, não a puxe, apenas crie uma via
aérea;
4. Informe a mãe sobre o procedimento que será realizado e introduza os dedos
indicador e médio em forma de “V” entre a face do feto e a parede da vagina,
criando assim um espaço para que ele possa vir a respirar, se você não
conseguir realizar este processo,então tente colocar uma extremidade digital
sobre a boca do bebê e com outro dedo empurre a parede vaginal.

5. Criada uma via aérea para o feto, deve-se mantê-la. Permita que o nascimento
prossiga mantendo a sustentação do corpo do bebê;
6. O transporte deverá ser realizado imediatamente. Mantenha as VAs pérvias
durante todo o transporte.
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89

 Se durante o trabalho de parto, apresentar apenas uma mão ou um pé, não é


considerado parto pélvico, esta é uma apresentação de membro, que requer os
seguintes cuidados:.

1. Não puxe a extremidade, nem tente introduzí-la novamente na vagina;


2. Deixe-na posição ginecológica ou a coloque na posição genopeitoral, o que
ajudará a reduzir a pressão no feto e no cordão umbilical;
3. Oriente para que respire profunda e lentamente.
4. Se necessário oferte Oxigênio;
5. Transporte a parturiente.

Prolapso de Cordão Umbilical

 Ocorre quando durante o trabalho de parto, o cordão umbilical é o primeiro


a se apresentar.

Tratamento pré-hospitalar

1. Retire a parturiente da posição ginecológica, colocando-a em posição


genopeitoral;
2. Não tente empurrar o cordão para dentro;
3. Não coloque a mão dentro da vagina;
4. Envolva o cordão umbilical com gaze estéril úmida e embrulhe-o com
compressas cirúrgicas estéreis, para aquecê-lo;
5. Administre oxigênio
6. Monitore e transporte a parturiente para hospital. Instruí-la para que respire
profunda e lentamente.

Parto múltiplo

Em caso de nascimentos múltiplos, as contrações uterinas reiniciarão após o


primeiro nascimento. O procedimento será o mesmo utilizado para com parto
simples.
É recomendado ao socorrista que amarre o cordão umbilical da primeira
criança antes do nascimento da próxima.

Parto pré-maturo

Considera-se parto pré-maturo, qualquer nascimento que o bebê pese menos


de 2500g, ou com até de 37 semanas de gestação, e requer os seguintes cuidados:
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90
Somados os cuidados dispensados à um parto a termo, o socorrista de dar
uma atenção maior ao aquecimento do recém-nascido. Embrulhe-o em mantas,
lençóis toalhas ou papel aluminizado, mantenha a face do bebê descoberta.
Crianças pré-maturas, freqüentemente requerem reanimação pulmonar,
proceda de acordo com as condutas para o caso (lição 3).

Hemorragia excessiva

Se durante a gravidez, a parturiente começar a ter um sangramento excessivo


pela vagina, é muito provável que terá um aborto. Porém, se a hemorragia ocorrer
durante o trabalho de parto ou na etapa final da gravidez, provavelmente estará
ocorrendo um problema relacionado à placenta.

Tratamento pré-hospitalar

1. Posicione a parturiente em decúbito lateral esquerdo.


2. Coloque absorvente higiênico, campos ou lençóis limpos na abertura da
vagina.
3. Não introduza nada na vagina.
4. Troque os tampões quando estiverem embebidos.
5. Guarde e conduza ao hospital todos os tampões ensangüentados, bem como,
todo e qualquer material expulso.
6. Previna o estado de choque.
7. Monitore os sinais vitais.
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Lição 13

EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS

OBJETIVOS:

Ao final desta lição você será capaz de:

1. Citar cinco diferenças estruturais e anatômicas do paciente pediátrico em relação


ao paciente adulto.

2. Citar os principais cuidados no atendimento ao paciente pediátrico.


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92
Introdução

Quando um socorrista for avaliar ou tratar um paciente pediátrico (criança ou


bebê), poderá, a princípio, sentir-se despreparado, não sabendo por onde iniciar sua
atuação. É importante ter em mente que uma criança não é um adulto pequeno,
no entanto, muitas das técnicas utilizadas para avaliar ou para tratar um adulto são
as mesmas utilizadas no atendimento de crianças.
O termo pediatria refere-se a um grande grupo, que pode incluir qualquer
criança, desde um bebê até uma criança em idade escolar do ensino infantil ou
acima disto. Isto é assim porque este é o período onde as crianças costumam visitar
os pediatras.
Lembre-se que uma situação de emergência é uma nova e assustadora
experiência para qualquer criança, e será ainda maior se os pais ou responsáveis
não estiverem presentes.

Principais diferenças estruturais e anatômicas do paciente pediátrico

Você já percebeu que as crianças não são iguais aos adultos em tamanho,
maturidade emocional e respostas em situações adversas. Você também precisará
estar atento a diferenças estruturais e anatômicas. Devido a todas estas diferenças,
as técnicas utilizadas no atendimento pré-hospitalar desses pacientes serão
igualmente diferenciadas. Como socorrista, você deverá considerar as seguintes
diferenças e comparações importantes:

A Cabeça e o Pescoço

A cabeça da criança é proporcionalmente maior e mais pesada que seu corpo.


Em geral, o corpo irá equilibrar-se com o tamanho de sua cabeça, a partir do quarto
ano de vida.
Devido ao tamanho e ao peso da cabeça, a criança fica mais propensa a
traumatismos envolvendo essa parte do corpo. Portanto, sempre que uma queda de
nível ou um trauma atingir a parte superior do tórax, suspeite e pesquise por
ferimentos na região da cabeça.

 As crianças são mais vulneráveis que os adultos aos danos na coluna vertebral
(especialmente na região cervical). Recordamos que isto deve-se ao tamanho e
ao peso maior da cabeça e ao subdesenvolvimento da estrutura óssea e dos
músculos do pescoço.

Vias Aéreas e o Sistema Respiratório

As vias aéreas e o sistema respiratório do bebê e da criança ainda não estão


completamente desenvolvidos. A língua é grande para a cavidade oral (boca) e as
vias aéreas (nariz, boca, faringe, laringe e traquéia) são mais estreitas do que as do
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93
adulto e mais facilmente predispostas a uma obstrução. Os músculos do pescoço
também não estão desenvolvidos completamente e não são tão fortes quanto os dos
adultos. Isto produz uma dificuldade a mais para a criança segurar sua cabeça na
posição de abertura das vias aéreas quando ferida ou doente. Em função da cabeça
maior que o corpo, as vias aéreas podem obstruir-se quando a criança estiver na
posição supina). A colocação de um lençol dobrado nas costas (embaixo da região
dos ombros) ajudará a manter a cabeça alinhada e as vias aéreas pérveas. A
manobra de inclinação da cabeça e elevação da mandíbula, largamente utilizada
para abrir as vias aéreas de adultos (sem lesão cervical), é desnecessária para
bebês e crianças pequenas. No atendimento de pacientes pediátricos, basta que o
socorrista promova uma leve inclinação da cabeça para conseguir assegurar a
abertura das vias aéreas. Quando manusear as vias aéreas de um lactente, tenha
certeza de que a cabeça está numa posição neutra, nem fletida e nem estendida.
Cuidado com as obstruções das vias aéreas causadas por corpos estranhos
(OVACE). Não faça pesquisa às cegas com os dedos quando tentar desobstruir as
vias aéreas de crianças e lactentes, pois essas manobras poderão forçar a descida
do corpo estranho a acabar obstruindo a faringe, a laringe ou traquéia.
As crianças e os lactentes respiram automaticamente pelo nariz e no caso
desse ficar obstruído, não abrirão a boca para respirar como um adulto. O socorrista
deverá remover as secreções das narinas para assegurar uma boa respiração.
Outra parte delicada é a traquéia, que nas crianças, apresenta-se mais suave, mais
flexível e mais estreita do que a traquéia do paciente adulto, por isso, poderá
facilmente vir a obstruir-se.
Os músculos do tórax também não estão completamente desenvolvidos, assim
a criança usará muito mais o diafragma para respirar.

O Tórax e o Abdome

O socorrista poderá avaliar melhor a respiração dos pacientes pediátricos


observando os movimentos respiratórios no abdômen, pois durante a respiração, as
crianças usam mais o diafragma, assim os movimentos respiratórios são mais
facilmente observáveis nessa região (abdômen), que no tórax.
Devemos considerar também que a caixa torácica das crianças é mais elástica,
assim, no caso de uma respiração forçada, produzida por uma situação de
dificuldade ou insuficiência respiratória, o uso de todos os músculos do tórax (entre
as costelas), sobre o esterno e ao redor do pescoço e ombros, ficarão bem
evidentes.
A caixa torácica menos desenvolvida e mais elástica pode transformar-se em
uma vantagem para as crianças. Por exemplo, numa situação de trauma, as
estruturas ósseas podem não quebrar, mas apenas dobrarem-se, evitando possíveis
fraturas. A desvantagem é que quanto mais a caixa torácica for flexível, menos
oferecerá proteção aos órgãos vitais no interior do tórax. Durante a avaliação física,
o socorrista deverá considerar os mecanismos do trauma para poder determinar
possíveis danos internos, especialmente se não houver nenhum sinal de ferimento
externo. Igualmente, deverá atentar para a simetria, para os movimentos iguais do
tórax durante a respiração e para ferimentos ou hematomas, da mesma maneira que
faria na avaliação de um adulto.
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94

Da mesma forma que nos adultos, traumas no abdômen podem resultar em


dor, distensão e rigidez. Os músculos abdominais não são tão bem desenvolvidos
como nos adultos e oferecem pouca proteção. Os órgãos abdominais, de forma
especial o fígado e o baço, são bem grandes para o tamanho da cavidade e,
portanto, mais vulneráveis a um trauma. As lesões abdominais que produzirem
distensão ou edema poderão impedir o movimento livre do diafragma e acabar
produzindo uma dificuldade respiratória grave.

A Pelve

Tal qual nos adultos, as crianças poderão perder quantidades consideráveis de


sangue dentro da cavidade pélvica, como resultado de um trauma grave nesta
região. É recomendável que os socorristas permaneçam monitorando
constantemente os sinais vitais dos pacientes para identificarem a presença de
choque hipovolêmico. A avaliação dos sinais vitais inclui a aferição da respiração, do
pulso, da pressão arterial e da temperatura relativa da pele. O aspecto externo da
pele também é importante para identificar uma perfusão deficitária. O socorrista
poderá checar a perfusão comprimindo a região distal das extremidades do paciente
(dorso da mão ou pé) e avaliando o tempo necessário à perfusão (considerar grave
quando o tempo da pefusão for maior que dois segundos). Durante a avaliação física
detalhada do paciente, o socorrista deverá pesquisar a presença de sangue na
região genital.

As Extremidades

Como já vimos anteriormente, os ossos das crianças são menos desenvolvidos


e consequentemente mais flexíveis que os dos adultos. Dessa forma, enquanto os
ossos de adultos normalmente fraturam numa situação de trauma, os ossos de
crianças dobram e lascam antes de fraturar. O socorrista deverá suspeitar de
fraturas sempre que ao avaliar uma extremidade, encontrar sinais e sintomas tais
como: dor, edema e deformações.
Durante a avaliação física, além de apalpar toda a extremidade buscando
identificar deformidades, ferimentos (com ou sem a presença de sangue) ou áreas
dolorosas, o socorrista deverá pesquisar, na região distal da extremidade, a
presença de pulso, a capacidade motora, a sensibilidade e a perfusão. O tempo da
perfusão não deverá ser superior a dois segundos. Lembrar que no atendimento
pediátrico, o socorrista não necessita pressionar a unha da criança, mas sim,
pressionar a mão ou o pé, o antebraço ou a perna do paciente e terá o mesmo
padrão de perfusão do leito ungueal.
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O Sistema Tegumentar (Superfície Corporal)

Em relação à massa corporal, as crianças e lactentes possuem uma grande


quantidade de pele (tecido de revestimento do organismo). Por isso, poderão
facilmente perder calor e sofrer de hipotermia, até mesmo em ambientes onde
adultos estejam confortáveis. Ao atender pacientes pediátricos, os socorristas
devem sempre ficar atentos e garantir a manutenção do calor corporal,
especialmente, nos casos de trauma ou de perda de sangue ou fluido corporal.
Nos casos de queimaduras, o socorrista deverá ficar atento, pois a área da
superfície corporal total queimada (SCTQ) calculada através da Regra dos Nove
possui valores diferentes em relação aos utilizados para avaliar os pacientes
adultos.

Volume Sanguíneo

Quanto menores forem os pacientes, menores também serão seus volumes


sanguíneos. Fique atento, pois um paciente recém-nascido poderá apresentar um
volume de sangue inferior a 350ml e, sendo assim, qualquer perda sangüínea, por
menor que seja, representará uma emergência grave. Uma criança poderá
apresentar, dependendo do seu tamanho, um volume sangüíneo variável entre 1/2 a
2 litros de sangue.
Portanto, ao atender um lactente ou uma criança pequena, não espere pelo
aparecimento de sinais e sintomas evidentes de choque. Caso suspeite que o
trauma ou enfermidade represente um risco potencial, providencie imediatamente os
cuidados de emergência. Não esqueça que uma perda sangüínea moderada, que
pode não representar grande preocupação para um paciente adulto, caso não seja
controlada, representa uma grande ameaça a um paciente pediátrico.

ABUSO OU NEGLIGÊNCIA ÀS CRIANÇAS

Características:

 Falta de condições de higiene;


 Sinais de cativeiro;
 Ferimentos insistentes ou lesões múltiplas em diferentes estágios de
cicatrização no copo da criança;
 Queimaduras (principal lesão referente a abuso físico).

 Um fato importante sobre o abuso à criança é que os episódios são


freqüentemente repetidos com gravidade progressiva.

Ao tratar o paciente pediátrico EVITE:

 Assumir postura infantil;


 Falar tudo no diminutivo;
 Alterar timbre de voz para o agudo;
 Prometer que não ira doer.
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Dicas para abordar e manipular o paciente pediátrico.

1. Mantenha a calma e transmitir segurança;


2. Execute, se possível, sua abordagem ajoelhado ou sentado;
3. Acalme os pais ou responsáveis;
4. Solicite autorização dos pais ou responsáveis;
5. Controle suas emoções e expressões faciais;
6. Explique os procedimentos ao paciente, pais ou responsáveis;
7. Use, se possível, em objeto de transição (BRINQUEDO);
8. Em crianças pequenas, execute os procedimentos no colo dos pais ou
responsáveis;
9. Use equipamentos de cores e tamanhos adequados para cada faixa etária;
10. Crianças não gostam de ficar deitada, explique a necessidade;
11. Sorria para criança e nunca minta;
12. Não prometa nada que não possa dar;
13. Dê um presente (distintivo ou certificado) ou cole na roupa um adesivo
institucional em troca do bom comportamento, cooperação e coragem;
14. Os procedimentos de imobilização, aplicação de curativo, uso de bandagem e
fixação na prancha (maca rígida) pediátrica, são iguais aos dos adultos.

O uso do objeto de transição

Objeto ou brinquedo usado de forma lúdica para interligar o mundo infantil com
a necessidade de atendimento; aplicado à metodologia do “aponte onde dói”;

Faça a criança confiar em você:

 Apresente o mascote à criança;


 Peça para ela apontar um local que doa no mascote;
 Se possível peça para a criança segurar o mascote no colo.
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Lição 14

EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES

Infarto Agudo do Miocárdio - Insuficiência Cardíaca Congestiva - Acidente


Vascular Cerebral - Hipertensão

OBJETIVOS:

Ao final desta lição você será capaz de:

1. Definir emergência clínica;


2. Definir Infarto Agudo do Miocárdio, citar os sinais e sintomas e descrever o
tratamento pré-hospitalar;
3. Definir Insuficiência Cardíaca Congestiva, citar os sinais e sintomas e descrever
o tratamento pré-hospitalar;
4. Definir Acidente Vascular Cerebral (AVC), citar os sinais e sintomas e descrever
o tratamento pré-hospitalar;
5. Definir Hipertensão, citar os sinais e sintomas e descrever o tratamento pré-
hospitalar.
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98
Emergência Clínica

Estado crítico provocado por uma ampla variedade de doenças cuja causa
não inclui violência sobre a vítima.

 Se uma vítima sente-se mal ou apresenta sinais vitais atípicos, assuma que
esta tem uma emergência clínica.

As emergências clínicas cardiovasculares mais comuns são:

 Infarto agudo do miocárdio;


 Insuficiência cardíaca congestiva;
 Acidente vascular cerebral, e;
 Hipertensão

 Uma emergência clínica poderá produzir um trauma e ficar mascarada.

Ex: Um paciente com AVC perde a consciência, sofre uma queda de nível e é
lesionado.

 Um trauma poderá produzir uma emergência clínica.

Ex: O estresse de um acidente automobilístico poderá produzir um IAM ou AVC.

 Uma freqüência de pulso superior a 120 bpm ou menor de 60 bpm indica uma
possível emergência clínica em uma vítima adulta.

 Uma freqüência respiratória maior que 24 vpm ou menor que 08 vpm, indica
uma possível emergência clínica em uma vítima adulta.

Emergências Clínicas Cardiovasculares

Infarto Agudo do Miocárdio:

Quando uma área do músculo cardíaco é privada de fluxo sanguíneo e


Oxigênio por um período prolongado (geralmente, mais de 20 ou 30 minutos) e o
músculo começa a morrer.
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99
Sinais e Sintomas:

 Dor ou sensação de opressão no peito podendo irradiar-se para braços e


mandíbula, com duração superior a 30 minutos;
 Náuseas;
 Dificuldade respiratória;
 Sudorese;
 Fraqueza;
 Parada cardíaca.

 Se qualquer um destes sinais ou sintomas estiver presente, assuma que o


paciente está sofrendo um IAM.

Tratamento pré-hospitalar:

1. Coloque a vítima em posição de repouso que permita uma respiração mais


confortável. Muitos se sentem mais confortáveis na posição semi-sentada.
2. Administre oxigênio suplementar.
3. Afrouxe roupas apertadas.
4. Mantenha temperatura corporal (normal 36,5 a 37,0º C).
5. Monitore os sinais vitais.
6. Promova suporte emocional.
7. Transporte o paciente.

Quando uma área do músculo cardíaco é parcialmente privada de suprimento


sangüíneo, está ocorrendo uma ANGINA DE PEITO, onde os sinais, sintomas e
tratamento pré-hospitalar são os mesmos apresentados em um IAM.
A dor é produzida ou agravada pelo exercício, e aliviada pelo repouso
(aproximadamente após 10 minutos) ou medicamentos.
O paciente consciente de sua condição, geralmente toma medicamento para
aliviar a dor. O socorrista deve orientá-lo a tomar a medicação conforme prescrição
médica.

Insuficiência Cardíaca Congestiva

Circulação insuficiente por falha no bombeamento do coração. Quando o


coração não bombeia efetivamente, o sangue procedente dos pulmões pode
acumular-se na circulação pulmonar, isto produz saída de líquidos dos vasos
sangüíneos. Este líquido ocupa os alvéolos, dificultando a troca de ar.
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Sinais e Sintomas:

 Respiração ofegante e ruidosa, insuficiência respiratória;


 Ansiedade e agitação;
 Edema no tornozelo;
 Edema no abdômen;
 Veias do pescoço distendidas;
 Cianose;
 O paciente insiste em ficar sentado ou de pé.

 Na insuficiência cardíaca não é freqüente que a vítima apresente dor torácica

Tratamento pré-hospitalar:

1. Mantenha as vias aéreas permeáveis.


2. Mantenha o paciente em posição de repouso, de modo a permitir uma respiração
mais confortável.
3. Administre oxigênio suplementar.
4. Promova suporte emocional.
5. Transporte o paciente.

Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Dano do tecido cerebral produzido por falha na irrigação sangüínea.

Causas:

1. Isquemia Cerebral:

 Causada quando um trombo ou êmbolo obstrui uma artéria cerebral, impedindo


que o sangue oxigenado nutra a porção correspondente do cérebro.

2. Hemorragia Cerebral:

 Causada quando uma artéria rompe-se deixando a área do cérebro sem


nutrição. O sangue que sai do vaso rompido aumenta a pressão intracraniana
pressionando o cérebro e interferindo em suas funções.

Sinais e Sintomas

Variam muito dependendo da localização do dano. Incluem:

 Cefaléia, que pode ser o único sintoma;


 Alteração no nível de consciência;
 Formigamento ou paralisia das extremidades e/ou face;
 Dificuldade para falar e/ou respirar;
 Alteração visual;
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101
 Convulsão;
 Pupilas desiguais;
 Perda do controle urinário ou intestinal.

 O risco de um AVC aumenta com a idade.

Escala pré-hospitalar para AVC de Cincinnati

Muitos sinais de AVC podem ser vagos ou ignorados pelo paciente, como
socorrista você poderá identificar um AVC, através da Escala pré-hospitalar para
AVC de Cincinnati, que consiste na avaliação de três sinais físicos importantes.

Queda Facial
Este sinal fica mais evidente quando o socorrista pede para o paciente sorrir
ou mostrar os dentes. Se um dos lados da face estiver caído ou não se mover tão
bem quanto o outro.

Debilidade nos braços

Isto se torna muito evidente, se o paciente estender os braços para frente por
10 segundos, com os olhos fechados. Se um braço pender para baixo ou não puder
se movimentar, isto pode indicar um AVC.
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102

Fala anormal.

Quando o paciente pronuncia frases ininteligíveis; é incapaz de falar ou a fala


sai arrastada.
Peça para que o paciente diga “o rato roeu a roupa do rei de Roma”, ou outra
frase similar.

Tratamento pré-hospitalar:

1. Mantenha vias aéreas permeáveis e esteja preparado para ventilar ou realizar


manobras de RCP, se necessário.
2. Administre oxigênio suplementar.
3. Mantenha o paciente em repouso.
4. Proteja áreas paralisadas ao movimentá-las.
5. Promova suporte emocional.
8. Mantenha temperatura corporal (normal 36,5 a 37,0º C).
6. Não dê nada por via oral.
7. Monitoramento constante.
8. Previna o choque.
9. Transporte o paciente.

Hipertensão

É uma condição na qual a pressão arterial encontra-se acima dos níveis


considerados saudáveis a pessoa. A hipertensão é uma doença que impõe uma
sobrecarga às funções do sistema cardiovascular.
A maior incidência da hipertensão é verificada entre mulheres da raça negra,
fumantes, na faixa etária entre 30 e 50 anos.
Embora a incidência seja mais elevada no sexo feminino, a tolerância nas
mulheres é maior que nos homens.

Classificação:

Primária – quando a pressão diastólica é superior a 90mmHg e não existem


outras causas.
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103
Secundária – quando acompanha outras patologias distintas como as do
comprometimento renal e arteriosclerose.

Valores normais:
 Diástole 60 a 90mmHg
 Sístole 100 a 150mmHg
Sinais e Sintomas
 Cefaléia;
 Náuseas;
 Ansiedade;
 Zumbido nos ouvidos;
 Alteração visual;
 Hemorragia nasal;
 PA diastólica acima de 90mmHg;
 Formigamento na face e extremidades.
Tratamento pré-hospitalar

1. Mantenha a via aérea permeável.


2. Coloque o paciente em posição sentada ou semi-sentada.
3. Mantenha o paciente em repouso.
4. Promova o suporte emocional.
5. Oriente para que tome a medicação habitual.
6. Transporte o paciente.
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104

Lição 15

Emergências Respiratórias

Insuficiência Respiratória

OBJETIVOS:

Ao final desta lição você será capaz de:

1. Definir Insuficiência Respiratória;


2. Citar os sinais e sintomas de Insuficiência Respiratória;
3. Descrever o tratamento pré-hospitalar e citar três causas de Insuficiência
Respiratória;
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105

Insuficiências Respiratórias:

São aquelas que se referem a problemas respiratórios, cuja manifestação


principal é a dispnéia.

 Dispnéia: Dificuldade para respirar. Caracteriza-se por respirações superficiais


e rápidas, sensação de falta de ar, podendo causar cianose.

Sinais e sintomas:

 Dispnéia;
 Sons atípicos durante a respiração (estertores, sibilos, roncos);
 Pulso alterado;
 Cianose;
 Agitação;
 Tosse;
 Respiração alterada.

Causas Mais Freqüentes

Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC):

 Constitui importante grupo de doenças crônicas, compreendendo a asma


brônquica, bronquite crônica e o enfisema pulmonar. Caracteriza-se por uma
dificuldade respiratória e troca insuficiente de O e CO nos pulmões. Embora
seja uma enfermidade crônica, pode apresentar-se de forma aguda.

Asma brônquica:
Enfermidade das vias respiratórias, em que predomina a dificuldade na expiração.

Bronquite:
Inflamação dos brônquios.

Enfisema:
Enfermidade onde ocorre a perda da elasticidade pulmonar, tendo como principal
causa o fumo.

Hiper-reatividade do sistema respiratório:


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106
A inalação de fumaça e gases muito quentes (incêndio), podem desencadear
problemas respiratórios agudos ou até parada respiratória. Outra causa comum é a
inalação de gases irritantes ou corrosivos. A combustão de muitos produtos
químicos, como os plásticos exalam gases altamente tóxicos para o homem.

Hiperventilação:
Aumento da troca respiratória caracterizada por respirações rápidas e
profundas. Suas causas podem ser:
Alterações metabólicas, diabetes (cetoacidose diabética, queda do pH sanguíneo
devido à má perfusão tecidual), ansiedade e outros.

Nestas situações o socorrista deverá tranqüilizar o paciente e fazê-lo respirar


utilizando um saco de papel ou plástico durante alguns minutos, para que ocorra o
equilíbrio entre os níveis de O e CO.

 Se a respiração é rápida e superficial, e não melhora com as medidas


explicadas acima, assuma que o problema é mais sério que uma simples
hiperventilação.

Manifestações respiratórias agudas do choque anafilático:

O choque anafilático é uma reação alérgica severa que põe em perigo a vida.
Entre os sinais ou sintomas mais freqüentes temos a urticária, edema de face, lábios
e pescoço. Pode manifestar-se também edema na língua e/ou na glote, fazendo com
que obstruam as vias aéreas.

Tratamento pré-hospitalar:

1. Remova o paciente para uma área arejada, se a causa é inalação de gases ou


fumaça.
2. Mantenha as vias aéreas permeáveis.
3. Assegure-se que o problema não é uma OVACE.
4. Administre oxigênio suplementar.
5. Promova suporte emocional.
6. Coloque o paciente em posição semi-sentada ou sentada.
7. Mantenha temperatura corporal (normal 36,5 a 37,0º C).
8. Previna o choque.
9. Transporte o paciente.

 As reações aos gases tóxicos ou demais gases podem aparecer


imediatamente ou horas depois da inalação.
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107
Lição 16

EMERGÊNCIAS CLÍNICAS DIVERSAS

Diabetes, Convulsão e Abdome Agudo

OBJETIVOS:

Ao final desta lição você será capaz de:

1. Definir Diabetes;
2. Enumerar os sinais e sintomas, e descrever o tratamento pré-hospitalar em
pacientes com hiperglicemia e com choque insulínico.
3. Descrever o tratamento pré-hospitalar de um paciente com convulsão;
4. Enumerar os sinais e sintomas e descrever o tratamento pré-hospitalar do
abdome agudo.
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108

Diabetes
Diabetes é uma doença crônica degenerativa que surge como uma disfunção
metabólica originada pelo comprometimento na produção e/ou utilização da insulina
que tem como principal função à regulação do metabolismo da glicose em todos os
tecidos, com exceção do cérebro.

Efeitos da Deficiência ou Excesso de Insulina:

Quando a produção de insulina insuficiente:


Acumula-se no sangue um excesso de glicose, que pode gradualmente
ocasionar o coma diabético (hiperglicemia).

Quando a quantidade de insulina é excessiva:


Rapidamente esgota-se a glicose do sangue, ocorrendo o comprometimento
do sistema nervoso central, que utilizam como fonte de energia, quase exclusiva a
glicose, podendo conduzir ao choque insulínico. (hipoglicemia)

Sinais e Sintomas: (hiperglicemia)


 Sede;
 Dificuldade respiratória;
 Pulso rápido e fraco;
 Hálito cetônico;
 Pele quente e seca (desidratada);
 Astenia;
 Alteração do nível de consciência. (Pode levar ao coma não pela elevação no
nível de glicose no sangue, mas pela acidez).

 O socorrista deverá fazer uma boa entrevista, para averiguar se o paciente é


diabético, se está em tratamento, se recebeu insulina ou se alimentou.

Tratamento Pré-Hospitalar:
1. Mantenha o paciente repouso.
2. Transporte o paciente.

Sinais e Sintomas: (hipoglicemia)


 Respiração normal ou superficial;
 Pele pálida e úmida, freqüentemente sudorese fria;
 Pulso rápido e forte;
 Hálito sem odor característico;
 Cefaléia e náuseas;
 Desmaio, convulsões, desorientação ou coma.
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Tratamento Pré-Hospitalar:
1. Mantenha o paciente em repouso.
2. Mantenha vias aéreas abertas e fique prevenido para ocorrências de vômito.
3. Se o paciente estiver consciente, dê açúcar ou líquido açucarado, mas se não
estiver totalmente consciente, não dê nada por via oral.
4. Previna o choque.
5. Transporte o paciente.

Convulsão
Contração muscular brusca e involuntária, podendo ser tônicas, clônicas ou
tônico-clônicas.
Em algumas crises é comum o paciente morder a língua, e apresentar
dificuldade respiratória, chegando, algumas vezes, a cianose.
Após a crise o paciente apresenta-se confuso durante 1 minuto ou mais,
ficando muito fatigado e adormecido horas depois.

Manifestações

 Tônica - São prolongadas e imobilizam os membros atingidos.

 Clônica – Resultam de uma série de contrações rápidas e rítmicas.

 Tônico-clônica – A imobilização da parte atingida é interrompida por


contrações clônicas.

CAUSAS:
 Intoxicações;
 Doenças neurológicas;
 Traumatismo Crânio-encefálico;
 Febre;
 Doenças infecciosas (meningite, tétano).

Epilepsia
Doença convulsiva crônica,caracteriza-se pela atividade excessiva
descontrolada tanto de uma parte como de todo sistema nervoso central.

Grande mal
Caracterizado por convulsões generalizadas, chamadas tônico-clônicas,
durando de alguns segundos até 3 a 4 minutos.

Pequeno mal
Caracteriza-se pela perda total ou parcial da consciência, geralmente pelo
período de 3 a 30 segundos, durante os quais o paciente apresenta várias
contrações musculares em forma de abalos, geralmente na região da cabeça,
especialmente o piscar dos olhos.
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110
Epilepsia focal
É também chamado de epilepsia Jacksoniana ou crise psicomotora que pode
causar um curto período de amnésia, uma irritabilidade anormal, desconforto ou
medo.

Convulsão febril
Ocorrem somente em algumas crianças menores de 5 anos, desencadeadas
durante hipertermias. É rara entre 2 a 6 meses e não ocorre abaixo dos 2 meses.
É importante lembrar que poderá repetir-se. Sempre requer atenção médica.

Traumatismo Craniano
Os traumatismos crânio-encefálicos podem produzir convulsões no momento
do trauma ou horas após o evento, por desenvolvimento de hematomas ou edema
cerebral.

 É muito importante uma boa entrevista para averiguar antecedentes de


traumas na cabeça ou quedas.

Sinais e Sintomas de uma Crise Convulsiva:


1. Perda da consciência. A vítima poderá cair e machucar-se;
2. Rigidez do corpo, especialmente do pescoço e extremidades. Outras vezes,
desenvolve um quadro de tremores de diversas amplitudes;
3. Pode ocorrer cianose ou até parada respiratória. Em algumas ocasiões, há
perda do controle dos esfíncteres urinário e anal;
4. Depois das convulsões, o paciente recupera seu estado de consciência
lentamente. Pode ficar confuso por um certo tempo e ter amnésia do episódio.

TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR DAS CONVULSÕES:


 Não introduzir nada na boca do paciente.

1. Posicione o paciente no piso ou em uma maca. Evite que se machuque com


golpes em objetos dispostos ao seu redor.
2. Afrouxe bem as roupas apertadas.
3. Proteja a cabeça do paciente.
4. Monitore a respiração e administre oxigênio suplementar.
5. Depois da crise, proteja a privacidade do paciente e explique-o que deverá
receber auxílio médico.
6. Transporte o paciente.

Convulsões por febre (em crianças)


Baixe a temperatura com banhos ou aplicação de compressas frias e
transporte para o hospital.
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111
ABDÔMEN AGUDO:
Dor abdominal súbita e intensa, desconforto abdominal relacionado a várias
condições clínicas ou problemas específicos do abdômen.

Causas:
 Apendicite;
 Úlceras;
 Doença hepática;
 Obstrução intestinal;
 Inflamação da vesícula;
 Problemas ginecológicos.

Sinais e sintomas do abdome agudo:


 Dor abdominal;
 Dor retro-abdominal (nas costas);
 Náuseas e vômitos;
 Ansiedade;
 Pulso rápido.

Tratamento Pré-Hospitalar:
1. Não dê nada por via oral.
2. Mantenha as vias aéreas abertas e previna-se para ocorrência de vômito.
3. Previna o estado de choque.
4. Mantenha o paciente em repouso na posição em que melhor se adapte.
5. Promova suporte emocional.
6. Transporte o paciente.
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112
Lição 17

INTOXICAÇÕES E ENVENENAMENTO

OBJETIVOS:

Ao final desta lição você será capaz de:

1. Enumerar os principais sinais e sintomas das intoxicações por ingestão, inalação


ou por contato e, descrever seu tratamento pré-hospitalar;
2. Descrever o tratamento pré-hospitalar das intoxicações devido a picadas de
serpentes;
3. Enumerar os sinais e sintomas e descrever o tratamento pré-hospitalar das
intoxicações agudas por abuso de drogas.
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113
Intoxicação e Envenenamento

Definimos intoxicação ou envenenamento como uma emergência médica


causada pela absorção de agentes, que por suas características e quantidade,
produzem danos ao organismo ou risco de vida às pessoas.
Um grande número de substâncias pode ser considerado, veneno ou tóxico.
Qualquer substância química dependendo de sua dose, poderá ser um tóxico.
Em uma intoxicação ou envenenamento existem sinais e sintomas que indicam
que a pessoa está enfrentando uma emergência clínica.
Algumas pessoas têm a capacidade de tolerar bem um veneno, já outras, a
mesma quantidade de veneno pode ser fatal. As crianças são as que mais
freqüentemente apresentam intoxicações ou envenenamentos.
Uma substância tóxica pode entrar no organismo por quatro diferentes formas:

 Ingestão;
 Inalação;
 Absorção através da pele;
 Injeção.

O socorrista deverá levar sempre consigo o telefone do Centro de Informações


Toxicológicas (08007802000 – CIATOX)

 Os sistemas de emergência médica podem ter diferentes protocolos


específicos para diferentes casos de intoxicações. Os protocolos, mesmo
quando diferentes, devem ser seguidos com prioridade.

Intoxicações por Ingestão

Nos casos onde é possível a ingestão de venenos o socorrista deverá tentar


obter o máximo de informações e o mais rápido possível. Logo após a avaliação
inicial verifique se no local existem recipientes, líquidos derramados, cápsulas,
comprimidos, substâncias venenosas ou qualquer indício que permita identificar a
substância ingerida.

Sinais e Sintomas

 Queimaduras ou manchas ao redor da boca;


 Odor inusitado no ambiente, no corpo ou nas vestes do paciente;
 Respiração anormal;
 Pulso anormal;
 Sudorese;
 Alteração do diâmetro das pupilas;
 Formação excessiva de saliva ou espuma na boca;
 Dor abdominal;
 Náuseas;
 Vômito;
 Diarréia;
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114
 Convulsões;
 Alteração do estado de consciência, incluindo a inconsciência.

Tratamento Pré-Hospitalar

 Manter as VA permeáveis;
 Pedir orientação do Centro de Informações Toxicológicas, se existir;
 Caso tiver disponível, oferecer carvão ativado;
 Induzir vômito (contra indicado em intoxicações por ingestão de substâncias
corrosivas ou irritantes, derivados de petróleo, pacientes inconscientes ou em
convulsão);
 Guardar em saco plástico toda a substância eliminada através de vômito pelo
paciente;
 Transportar com monitoramento constante.

Frente aos venenos, em geral, o socorrista fica muito limitado e necessita de


antídotos específicos, portanto o transporte deverá ser rápido.

Intoxicações por Inalação

São aquelas provocadas por gases ou vapores tóxicos (ex. gases produzidos
por motores a gasolina, solventes, gases industriais, aerosóis, etc.).
Auxiliar o paciente somente após certificar-se que a cena está segura. Acione
socorro especializado e utilize os EPIs necessários.
Uma ação importante a tomar é obter informações do próprio paciente e de
testemunhas, tentando identificar o tipo de gás venenoso inalado.

Sinais e Sintomas

 Respirações superficiais e rápidas;


 Pulso rápido ou lento;
 Dificuldade visual;
 Tosse;
 Secreção nas VA.

 A absorção da substância tóxica por inalação poderá também produzir os


sinais e sintomas descritos nas intoxicações por ingestão.
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115
Tratamento Pré-Hospitalar

 Remover o paciente para um local seguro. Se necessário, remover as roupas do


paciente;
 Manter as VA permeáveis;
 Avaliar e, se necessário, realizar manobras de reanimação (não fazer boca a
boca, utilizar o reanimador manual ou máscara de proteção);
 Administrar oxigênio suplementar.

Intoxicações por Contato

São causadas por substâncias tóxicas que penetram através da pele e das
mucosas, por meio de absorção. Algumas vezes estas intoxicações provocam
lesões importantes na superfície da pele, outras, o veneno é absorvido sem dano
algum.
A maioria dos tóxicos absorvidos, são substâncias químicas de uso comum e
plantas.
É de grande importância, qualquer informação que se possa obter do paciente
e/ou testemunhas.

Sinais e Sintomas

 Reações na pele, que podem variar de irritação leve, até o enrijecimento e


queimaduras químicas;
 Inflamação;
 Coceiras (pruridos) e ardência na pele;
 Aumento da temperatura da pele.

 A absorção dos tóxicos por contato, poderá produzir os sinais e sintomas


descritos anteriormente na intoxicação por ingestão.

Tratamento Pré-Hospitalar

Para atender estes pacientes, o socorrista deverá usar além dos EPI´s básicos,
proteção para a sua roupa.

 Remover o paciente para local seguro. Se houver condições de segurança para


tal;
 Remover as roupas e calçados contaminados, e lavar a área de contato com
muita água corrente (mínimo de 15 minutos);
 Guardar os materiais e roupas em sacos plásticos próprios;
 Transportar com monitoramento constante.
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116

Intoxicações por Injeções

As picadas de aranhas, de serpentes e por ferrões de insetos, são as maneiras


como o veneno de origem animal é injetado em nosso corpo.
Outras formas: agulhas hipodérmicas com medicamentos, drogas
contaminadas com substâncias tóxicas ou overdose de drogas.

Sinais e Sintomas

 Picadas ou mordidas visíveis na pele. Podem apresentar dor e inflamação no


local;
 Ardor na pele e prurido (coceira);
 Choque alérgico;
 Hemorragias;
 Parada respiratória e/ou cardíaca.

 A absorção dos tóxicos por injeção, poderá também produzir os sinais e


sintomas descritos anteriormente na intoxicação por ingestão.

Tratamento Pré-Hospitalar

 Prevenir o choque;
 Nas picadas de inseto (com ferrão preso na pele) raspar no sentido contrário para
evitar a injeção do mesmo no corpo;
 Monitorar constantemente o paciente e estar preparado para parada respiratória
e/ou cardíaca;
 Transporte imediato para o hospital.

Picaduras de Serpentes (cobras)

Ocorrência bastante comum, principalmente na zona rural, tem sinais e


sintomas que variam bastante de acordo com o gênero do animal (serpente).
O socorrista deverá considerar todas as picadas como venenosas, até que se
prove o contrário.

Sinais e Sintomas

 Marca dos dentes na pele;


 Dor local e inflamação;
 Pulso acelerado e respiração dificultosa;
 Debilidade física;
 Problemas de visão;
 Náuseas e vômito;
 Hemorragias.
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117

Tratamento Pré-Hospitalar

 Manter o paciente calmo e deitado, removendo-o do local do acidente;


 Lavar com água e sabão o local da picada;
 Retirar anéis, braceletes e outros materiais que restrinjam a circulação na
extremidade afetada;
 Manter o membro afetado elevado ou no mesmo nível do coração;
 Prevenir o choque;
 Transportar com monitoramento constante, e caso necessário, realizar manobras
de reanimação.

Restrições

 Não fazer curativo ou qualquer tratamento caseiro;


 Não cortar nem furar o local da picada;
 Não dar nada para beber ou comer; não fazer torniquete.

Somente o soro cura intoxicação provocada por picada de cobra, quando


aplicada de acordo com as seguintes normas:

 Soro específico;
 Dentro do menor tempo possível;
 Em quantidade suficiente.

 Se for treinado para tal e houver tempo e condições, conduzir o espécime que
provocou a lesão para avaliação e identificação da espécie.

Abuso de Drogas

Um socorrista deverá reconhecer os sinais e sintomas característicos para


poder identificar um possível caso de abuso ou overdose de drogas.
As drogas de uso mais freqüentes são de cinco diferentes tipos:

1. Estimulantes – estimulam o SNC, excitando quem as usa. Incluem as


anfetaminas, a cafeína, a cocaína, drogas antiasmáticas, drogas
vasoconstrictoras, etc.

2. Depressores – deprimem o SNC. Incluem os sedativos (diazepam, lorax,


fenobarbital), os barbitúricos e os anticonvulsionantes. Diminuem o pulso e a
respiração, provocam sonolência e reflexos lentos.
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118
3. Analgésicos Narcóticos (derivados do ópio) – o abuso dessas drogas
produz intenso estado de relaxamento. Pertencem ao grupo morfina, heroína,
demerol. Podem diminuir a temperatura, o pulso e a respiração, relaxar
músculos, provocar miose, adormecimento, etc.

4. Alucinógenos – alteram a personalidade e causam distorção da percepção.


Incluem o LSD. A maconha também tem algumas propriedades alucinógenas.
As vítimas imaginam ouvir sons e ver cores.

5. Químicos Voláteis – os vapores de certas substâncias causam excitação,


euforia e sensação de estar voando. Em geral são solventes, substâncias de
limpeza, colas de sapateiro e gasolina. Seus efeitos são a perda do tempo e da
realidade, perda do olfato, pulso e respiração acelerados e podem chegar ao
coma.

Tratamento Pré-Hospitalar

 Ter muito cuidado e tato para lidar com estes pacientes;


 Se necessário, realizar manobras de reanimação;
 Induzir o vômito se a droga foi ministrada por via oral e nos últimos 30 minutos;
 Proteger os pacientes hiper-ativos;
 Conversar para ganhar a confiança do paciente e mantê-lo consciente;
 Transportar com monitoramento constante;
 Prevenir o choque.
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Lição 18

AFOGAMENTO E ACIDENTES DE MERGULHO

OBJETIVOS:

Ao final desta lição você será capaz de:

1. Citar dois tipos comuns de traumas associados aos acidentes na água.


2. Conceituar afogamento.
3. Descrever dois problemas específicos relacionados com os acidentes de
mergulho em grandes profundidades.
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120
Afogamento e Acidentes de Mergulho

A maioria das pessoas, quando pensam em acidentes relacionados com água,


lembram somente do afogamento. No entanto, acidentes de navegação, de esqui
aquático, de mergulhos ou outros, podem causar obstrução das VAs, fraturas,
hemorragias, e ferimentos em tecidos moles. Outros tipos de acidentes, como
quedas de pontes e acidentes com veículos motorizados, também podem envolver a
água.

Tipos de Acidentes
Os afogamentos podem ser ocasionados por diversos tipos de acidentes, tais
como mergulhos em águas rasas, abusos de álcool antes de entrar em um ambiente
aquático, cãibras ou desmaios durante a prática de natação em águas profundas,
acidentes com veículos aquáticos, quedas de pontes, etc.

Os traumas mais freqüentemente associados aos acidentes na água são


obstrução de vias aéreas, parada cardíaca, traumas na cabeça e pescoço, traumas
internos e hipotermia.

Afogamento
Definimos o afogamento como uma sufocação no meio líquido. Esta
sufocação pode ser provocada pela inundação das vias aéreas ou pelo fechamento
da glote, estimulada pela presença de líquidos (espasmo de laringe). Nos dois
casos, o resultado final será a asfixia resultante da falta de oxigênio. As células
nervosas são as primeiras a sofrer com a privação de oxigênio, morrendo em
poucos minutos.

Classificação

Afogamento seco

Um dos fenômenos iniciais no contato com o meio líquido é um espasmo da


glote, visando evitar a penetração da água nas vias respiratórias.
Em alguns indivíduos esse espasmo não é vencido por outros fatores que
surgem posteriormente, perecendo o paciente em asfixia a seco, sem líquido nos
alvéolos pulmonares.

Afogamento de água doce

No afogamento por água doce, os alvéolos pulmonares são invadidos por um


líquido hipotônico (menos concentrado) em relação ao plasma, provocando
(processo osmótico) a passagem de um considerável volume hídrico dos pulmões
para a corrente sanguínea, podendo atingir um montante de 3 a 4 litros em poucos
minutos.
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121
Daí surgem vários distúrbios hidrossalinos: inicialmente há uma baixa de
todos os eletrólitos por hemodiluição.
Posteriormente, com a rotura das hemácias, elementos como o potássio cai
na corrente sanguínea, contribuindo para a intoxicação do músculo cardíaco, já
bastante enfraquecido pela hipóxia, ocorre parada cardíaca.

Afogamento de água salgada

O afogamento em água salgada leva aos alvéolos pulmonares uma solução


hipertônica (mais concentrada) em relação ao plasma, que atrai líquido da corrente
sangüínea (processo osmótico).
Os alvéolos são invadidos por um líquido albuminoso, responsável pela
espuma expelida por esses afogados.
A hipovolemia resultante provoca uma concentração maior dos eletrólitos no
sangue, subindo com especialidade a taxa de magnésio.
O músculo cardíaco pára, por esgotamento e anóxia proveniente da
dificuldade no transporte do pouco oxigênio ainda existente.

Acidentes na água (O Que Fazer?)


Caso a vítima esteja na água, tente puxá-la para fora, jogando algum objeto
que flutue, puxando-a da água ou pegando um bote para chegar até ela. Se for
utilizar o bote para alcançar a vítima na água, use colete salva-vidas.

Nunca tente ressuscitação boca-máscara ou a RCP enquanto o paciente


estiver na água.

 Não tente fazer um salvamento na água, a menos que você tenha sido treinado
para isso e seja um bom nadador e ainda, haja outras pessoas para ajudá-lo.
Nunca tente fazer um salvamento na água sozinho ou sem recursos. Caso
contrário, ao invés de ser uma pessoa que fará o salvamento, você
provavelmente se tornará uma vítima!

Acidentes de mergulho

Acidentes de mergulho em grandes profundidades podem produzir bolhas de


gás no sangue (embolia) ou a doença descompressiva.

Embolia
Caracteriza-se pela presença de bolhas de ar no sangue. Os gases deixam o
pulmão e entram na circulação sanguínea. Isso pode acontecer por diversas razões,
entretanto, está freqüentemente associada com falha do equipamento de mergulho,
emergência embaixo da água ou ainda, com mergulhadores que tentam segurar o ar
durante um mergulho longo. A embolia poderá aparecer também nos acidentes com
automóvel, onde a vítima é levada para debaixo da água e inspira o ar existente
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dentro do veículo.
Os sinais e sintomas mais comuns da embolia são:
 Narcose (paciente parece embriagado);
 Visão embaraçada;
 Dor torácica;
 Hemoptise;
 Convulsões;
 Astenia;
 Parestesia ou paralisia dos membros superiores e inferiores.

Doença descompressiva

A doença descompressiva ocorre quando o nitrogênio absorvido durante o


mergulho é eliminado de forma inadequada, produzindo bolhas no corpo. Como
sabemos, o nitrogênio está presente em grande quantidade no ar e, apesar de
respirado, não tem qualquer função no organismo e nem causa qualquer problema,
em condições normais de pressão. Podemos dizer que, nestas condições, nosso
corpo convive com uma quantidade inócua de nitrogênio.
Quando começamos nossa descida, respiramos ar em pressões maiores, em
proporção direta ao aumento de profundidade. De maneira simplificada podemos
dizer que, a 10 metros de profundidade, estamos recebendo o dobro de carga de
nitrogênio, a 20 metros o triplo e assim por diante. Se um mergulhador ficasse
submerso a 10 metros por alguns dias, seu corpo estaria num estado que
chamamos de “saturação”, ou seja, para aquela dada profundidade (em
consequência, pressão) o corpo se saturou completamente de nitrogênio e tudo o
que entra, sai, como acontece ao nível do mar. Como não vivemos em habitat
subaquático nem ficamos tanto tempo debaixo d’água, usamos as tabelas de
mergulho, que prevêem a quantidade de nitrogênio absorvido, pelo tempo e
profundidade do mergulho, e calcula parâmetros para que possamos subir
eliminando o nitrogênio de maneira adequada, sem que volte à forma gasosa.
Quando isto acontece e se formam bolhas no corpo, a doença pode ocorrer.

Como reconhecer

A doença descompressiva pode surgir desde os primeiros minutos da volta à


superfície, até horas ou dias depois, mas comumente os sinais e sintomas surgem
na primeira hora e pioram progressivamente. Quadros leves podem apresentar
manchas avermelhadas com coceira na pele (em geral no abdômen e no tórax), dor
nas articulações (mais comumente o ombro).
Quadros mais sérios podem apresentar perda de sensibilidade e de força
progressiva nos membros, de maneira simétrica (as duas pernas, por exemplo),
fraqueza exagerada, vertigem inexplicada e problemas respiratórios. Não espere por
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sinais/sintomas isolados, pois as bolhas podem se formar em várias áreas do corpo,
e podem circular, atingindo diversas áreas.
Os sinais e sintomas da doença incluem

 Astenia, dor forte nos músculos e articulações;


 Parestesia ou paralisia;
 Dificuldade respiratória;
 Dor torácica;
 Inconsciência e manchas na pele.

 Nesses casos espere uma reação tardia, normalmente os sinais e sintomas


aparecem de 1 a 48 horas após o acidente.

Tratamento Pré-Hospitalar:

O tratamento dessas situações consiste na identificação do problema e no


transporte urgente do paciente para tratamento em um centro especializado (Centro
de Tratamento de Trauma Hiperbárico), para diminuir o tamanho ou eliminar as
bolhas já existentes.

Coloque o paciente deitado sobre o lado esquerdo e incline seu corpo de modo
que a cabeça fique um pouco mais baixa, deixando-o assim durante o transporte.

O paciente com trauma de coluna


Considere qualquer paciente de trauma como tendo lesão de coluna vertebral.
Sempre inicie os cuidados ao paciente, após a sua retirada da água, pela avaliação
inicial, exame físico e entrevista. Traumas na coluna vertebral ocorrem durante
muitos acidentes relacionados com a água.

Cuidados com o paciente afogado

Em caso de afogamento seguido de parada respiratória, o socorrista deverá


aplicar e realizar a ventilação artificial o mais rápido possível, Se for necessária a
reanimação cardiopulmonar, esta deverá ser iniciada assim que a vítima estiver
deitada sobre uma superfície rígida, com a cervical estabilizada.
Mantenha o paciente flutuando até a chegada de ajuda. Muitos pacientes em
parada cardíaca podem ser reanimados até mesmo depois de passado algum tempo
em parada. Se a água for muito fria, a reanimação pode ter sucesso em pacientes
que estiveram sob a água por mais tempo.
Posicione sempre os pacientes que estiveram imersos na água, em decúbito
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dorsal. Somente remova o paciente da água com ajuda de uma equipe de
socorristas treinados e com o colar cervical e uma prancha rígida longa. Se as
medidas de suporte básico de vida forem necessárias ou se o local tornar-se
inseguro, você deverá desconsiderar a possibilidade de traumas na coluna e tentar
retirar o paciente da água sozinho, com segurança.
Sempre que possível tente apoiar as costas do paciente e manter o pescoço
apoiado e alinhado. Todos os pacientes que sofrerem acidente na água devem
receber cuidados para prevenir o choque. Aqueça-o adequadamente.
Não permita que a vítima do afogamento caminhe. Acidentes de mergulho do
trampolim freqüentemente produzem TCE e TRM. As mãos, pés e costelas também
são traumatizadas com freqüência.
Os vômitos nos afogados submetidos a RCP, permanecem como principal fator
de complicação durante e após a reanimação. Ao contrário do que se preconizava
anos atrás, a posição da vítima de afogamento em água salgada e que necessita
manobras de reanimação na areia, deve ser paralela a linha do mar, de forma a
evitar vômitos e aspirações, que ocorrem com maior freqüência com a posição
cefálica mais baixa. A indicação anterior objetivava drenar água dos pulmões da
vítima por gravidade, mas não é mais recomendada.
Muitas vezes, o paciente tem água no estômago. Isto poderá fazer resistência
aos seus esforços ventilatórios. Quando isto acontecer, você deve lembrar que parte
do ar de suas ventilações vai para o estômago do paciente, mesmo que você tente
ajustar suas ventilações. As regras atuais, da Associação Americana do Coração
(American Heart Association) e da Cruz Vermelha Americana, pedem para que o
socorrista não tente retirar a água ou o ar do estômago do paciente (a menos que
tenha um aspirador portátil disponível), devido ao risco de levar o material do
estômago para as vias aéreas e provocar uma obstrução ou aspiração. Quando
ocorrer uma distensão gástrica, reposicione as vias aéreas e continue a reanimação,
tendo certeza de que as ventilações feitas são lentas e profundas.

 As vítimas de afogamento que são reanimadas têm grande probabilidade de


vomitar, por isso o socorrista deve estar pronto para limpar as vias aéreas
quando isto ocorrer.

O reflexo mamífero do mergulho

Os seres humanos têm algo em comum com muitos outros mamíferos. Isto é
chamado de reflexo mamífero do mergulho. Quando mergulhamos em água fria de
modo que a cabeça fique submersa, o corpo envia mais sangue oxigenado para o
cérebro, pulmões e coração e este diminui a freqüência dos batimentos cardíacos.
Quanto mais fria a água, mais oxigênio será armazenado nestes locais. Por
isto, uma vítima de afogamento tem que receber os cuidados da reanimação, até
mesmo quando não estiver respirando há 10 minutos ou mais. Muitos pacientes
nestas condições foram reanimados com sucesso.
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BIBLIOGRAFIA
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