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APOSTILA DE
SOCORRISTA
ATENDIMENTO
PRÉ-HOSPITALAR
MASTER MAGNUM - Atendimento Pré-Hospitalar Básico
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ÍNDICE
OBJETIVOS:
Fisiologia: Ciência que estuda as funções orgânicas e os processos vitais dos seres
vivos.
Posição ortostática;
PLANOS ANATÔMICOS
Cabeça;
Pescoço;
Tronco;
Membros.
QUADRANTES ABDOMINAIS
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Descrição dos termos especiais das seguintes lesões:
SISTEMA TEGUMENTAR
Funções:
Proteção;
Regulação da temperatura;
Excreção;
Produção de vitamina D.
Camadas da pele:
Epiderme:
Camada mais superficial da pele.
Derme:
Camada subjacente à epiderme, tendo
sob ela a tela subcutânea.
SISTEMA MUSCULAR
Músculos
Funções:
Assegurar a dinâmica.
SISTEMA ESQUELÉTICO
Funções:
Proteção dos órgãos e tecidos.
Sustentação e conformação do corpo.
Armazenamento de minerais essenciais.
Inserção de músculos.
Permitir a realização de movimentos.
Conferir rigidez e resistência ao corpo.
Produção de certas células sanguíneas.
- crânio
AXIAL (cabeça, pescoço e tronco) - coluna vertebral
- costelas
- esterno
- úmero
ESQUELETO - rádio
- MMSS - ulna
- carpo
- metacarpo
- falanges
APENDICULAR
- fêmur
- patela
- tíbia
- MMII - fíbula
- tarso
- metatarso
- falanges
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- escápulas
ESCAPULAR
- clavículas
CINTURAS
- ílio
PÉLVICA - ísquio
- púbis
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Crânio: Conjunto de ossos que formam o esqueleto da cabeça, constituído pelo
crânio cerebral e crânio facial.
Crânio Facial: composta por 14 ossos que se fundem para dar sua forma.
Coluna vertebral
Nariz
Faringe
Laringe
Traquéia
Brônquios
Pulmões
Pleura
Músculos da respiração
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Composição do sangue
O Coração
É um órgão muscular, oco, ímpar e mediano, que funciona como uma bomba
contrátil e propulsora do sangue.
Cavidades cardíacas
Aorta
Veia cava superior
Artéria pulmonar
Átrio direito
Veia pulmonar
Veia cava Átrio esquerdo
inferior
Miocárdio
Movimentos cardíacos
Pulso
Pulso carotídeo;
Pulso radial;
Pulso femoral;
Pulso dorsal do pé ou tibial posterior.
Vasos sanguíneos
Artérias: vasos sanguíneos que saem do coração levando sangue para o corpo.
Veias: vasos sanguíneos que chegam ao coração trazendo sangue do corpo.
Circulação sanguínea
O sangue arterial (rico em O2) deixa o ventrículo esquerdo através da artéria aorta
(circulação sistêmica). As artérias tornam-se gradualmente mais finas (arteríolas),
até que o sangue circule através de delgados capilares. Os capilares são vasos de
calibre diminuto, como fios de cabelo, onde as hemácias podem entrar em íntimo-
contato com as células do organismo (ocorrendo o metabolismo celular: troca de
nutrientes e O2 por produtos de degradação e CO2). O sangue (rico em CO2) passa
dos capilares para pequenas veias (vênulas) que se unem e tornam-se maiores, à
medida que se aproximam do coração. Elas levam o sangue através da veia cava
(inferior e superior) para o átrio direito, impulsionando-o para o ventrículo direito, que
o bombeia através da artéria pulmonar para os pulmões (circulação pulmonar), onde
volta a passar através de um sistema capilar (ocorrendo a hematose: troca de CO2
por O2). Retorna então pela veia pulmonar desembocando no átrio esquerdo, que
por sua vez é impulsionado para o ventrículo esquerdo (iniciando a circulação
sistêmica), completando o circuito. O sistema é completamente fechado, com dois
conjuntos de capilares conectando arteríolas e vênulas nos pulmões e nos tecidos
do restante do organismo.
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SISTEMA GENITURINÁRIO
Sistema urinário
Pênis: Órgão da cópula, é normalmente flácido, mas quando seus tecidos lacunares
se enchem de sangue, apresenta-se túrgido, com sensível aumento de volume e
torna-se rígido, ao que se dá a denominação ereção.
SISTEMA DIGESTÓRIO
Função
Colher informações do meio externo e interno e transformá-las em estímulos;
Controlar e coordenar as funções de todos os sistemas do organismo.
Meninges
Medula espinhal
Continuação direta do encéfalo,
localizada dentro do canal vertebral. A medula
espinhal tem papel fundamental na recepção
de estímulos sensitivos e retransmissão de
impulsos motores. Todos os centros
importantes do encéfalo são conectados
através de longos feixes nervosos,
diretamente aos órgãos ou músculos que
controlam. Estes feixes se unem formando a
medula espinhal, transmitindo mensagens
entre o encéfalo e o sistema nervoso
periférico. Estas mensagens são passadas ao
longo do nervo sob a forma de impulsos
elétricos.
Da base do crânio, a medula se estende pelo tronco até o nível da primeira ou
segunda vértebra lombar. Na porção final da medula localizam-se nervos espinhais
que formam uma espécie de “cabeleira” nervosa, comparada à cauda eqüina.
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Lição 02
AVALIAÇÃO GERAL DO PACIENTE
OBJETIVOS:
1. Avaliação da cena
Rápida avaliação dos diferentes fatores que estão relacionados à emergência,
importante para que o Socorrista possa decidir sobre as ações que irá empreender.
IV - Circulação:
Verifique o pulso carotídeo até 10 segundos. Caso não haja pulso, ATUE
IMEDIATAMENTE.
S - Sinais e sintomas
A - Alergias
M - Medicação
P - Pertinente história médica passada
L - Líquidos e última alimentação
E - Eventos relacionados à doença ou trauma
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No caso de dor, utiliza-se palavra ALICIA:
A: Aparição
L: Localização
I: Intensidade
C: Cronologia
I: Incremento (evolução)
A: Alívio
I - Guia para realizar a anamnese
Como ocorreu?
Há quanto tempo está sentindo?
O que ocorreu antes de sentir-se mal?
Apresenta algum problema médico atual?
Está tomando medicamentos?
É alérgico a algo?
Quando foi a última refeição? etc.
II - SINAIS VITAIS
São quatro: Pulso, Respiração, Temperatura relativa da pele e Pressão Arterial.
PULSO:
É o reflexo das contrações cardíacas (sístole), pode ser percebida pela palpação de
uma artéria posicionada próxima a pele e sobre uma estrutura óssea. Os pulsos
mais comumente usados são:
AFERIÇÃO DO PULSO
Colocar o dedo indicador e médio da mão mais hábil, sobre o lugar onde passa a
artéria, exercendo leve pressão, conte os batimentos cardíacos (pulsações).
Em pacientes com emergências clínicas aferir o pulso durante um minuto completo e
nos casos de trauma aferir o pulso durante 30 segundos e multiplicá-lo por dois.
É recomendável o uso de um termômetro tipo fita, lembrando que ele deve ser limpo
antes e depois do uso. Na ausência da fita, estima-se a temperatura aplicando o
dorso da mão sobre a pele do paciente.
A pele pode estar:____________________________________________________.
A cor da pele pode ser: ________________________________________________.
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4. Exame físico detalhado
É o exame realizado da cabeça aos pés, deve ser realizado em cerca de 2 a 3
minutos. Em pacientes que sofreram pequenos acidentes não há necessidade de se
fazer um exame completo. Nos pacientes que sofreram lesões graves deve-se
priorizar o exame primário e transporte com mais detalhe conforme o tempo permitir.
Sempre que possível, o exame será feito durante o transporte do paciente ao
hospital. Devendo-se procurar: Ferimentos, Deformações, Dor e Sangramentos.
Durante o exame deve-se: Observar (aspecto, coloração, movimentos, etc.),
Comparar (simetria), Palpar (com ambas as mãos e com firmeza), Identificar
ruídos e odores incomuns. Não realizar palpação em lesões evidentes.
5. Avaliação continuada
Ao realizar a avaliação continuada, no deslocamento ao hospital ou com o paciente
na cena dentro da ambulância, repita a avaliação inicial, reavalie os sinais vitais e
verifique qualquer tratamento dado para assegurar-se que segue sendo efetivo.
Lembre-se que o paciente pode melhorar piorar ou seguir estável.
OBSERVAÇÕES:
Comunicações
O Socorrista terá de prestar todas as informações pertinentes ao
médico do hospital ao entregar o paciente, assim como ir informando à sua Central
de comunicações, de acordo com o protocolo local.
Documentação
Preencher os relatórios requeridos nos formulários adequados.
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Segurança da Cena
Avaliação da Cena Utilização de EPI’s
Acionamento de Recursos Adicionais
Avaliação Continuada
Reavaliar pacientes Críticos de PCR e PR a cada 2 minutos (ciclo)
Demais pacientes Críticos a cada 5 minutos
Reavaliar pacientes Potencialmente instáveis e Estáveis a cada 15 minutos
TENTATIVAS APTO
1 2 3 SIM NÃO
_______________________________ _______________________________
Assinatura do Avaliado Assinatura do Avaliador
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Lição 03
OBJETIVOS:
Cadeia De Sobrevivência
Mesmo quando a RCP por si própria não seja suficiente para salvar a vida da
maioria das pessoas que sofrem uma parada cardíaca, esta ação constitui um elo
vital na cadeia de sobrevivência.
Em SBV considerar:
Recém-nascido/Neonato: do nascimento até 28 dias de vida;
Lactente: de 28 dias até 1 ano de idade;
Criança: a partir de 1 ano até o início da puberdade;
Adulto: a partir da puberdade.
No caso da vítima, além de não apresentar respiração (ou caso não seja esta
adequada - Gasping), também não apresentar pulso carotídeo palpável, configura-se
uma situação de Parada Cardiorrespiratória.
Quando qualquer uma das técnicas de ventilação for realizada e o objetivo não for
alcançado, não ocorrendo a ventilação do paciente, verifique a possibilidade da
ocorrência de uma OVACE (Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho), cuja
técnica de atendimento será explicada adiante.
Compressões Torácicas
Localização para compressões torácicas
Adulto: _____________________________________________________________
Criança: ____________________________________________________________
Lactente: ___________________________________________________________
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Repetições:
No adulto, 1 ou 2 socorristas - 30X2;
Na criança e lactente, 1 socorrista - 30X2;
Na criança e lactente, 2 socorristas profissionais de saúde - 15X2.
Permitir retorno total do tórax entre as compressões;
Alternar os socorristas que aplicam as compressões a cada 2 minutos;
Minimizar interrupções nas compressões torácicas;
Tentar limitar as interrupções a menos de 10 segundos;
Aplicar e usar o DEA/DAE assim que ele estiver disponível. Minimizar as
interrupções nas compressões torácicas antes e após o choque;
Reiniciar a RCP começando pelas compressões imediatamente após cada
choque.
Posição De Recuperação
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LIÇÃO 04
OXIGENIOTERAPIA E ASPIRAÇÃO
OBJETIVOS:
Oxigênio
Insuficiência cardíaca;
Infarto agudo do miocárdio;
Edema pulmonar;
Insuficiência respiratória;
Hemorragias;
Trabalho de parto complicado;
Intoxicações;
Acidente vascular cerebral;
Estado de choque;
Traumas, etc...
Tipos de cilindros:
Recipiente, onde circula o oxigênio para ser umidificado. Não devendo ser
utilizado em APH, em virtude do curto espaço de tempo em que o paciente é
exposto a utilização de oxigênio sem umidificação.
5. Frasco aspirador
6. Mangueiras e máscara
7. Cateter de aspiração
8. Cateter nasal
Materiais Acessórios:
- Cânula orofaríngea;
- Máscara de RCP;
- Máscara de RCP descartável;
- Válvula de demanda (CFR);
- Aspirador portátil;
- Oxímetro de pulso;
- Reanimador manual (com ou sem reservatório).
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SÍNTESE DOS EQUIPAMENTOS PARA VENTILAÇÃO E MÁXIMA
CONCENTRAÇÃO DE OXIGÊNIO QUE SE PODE OBTER:
TÉCNICA DE ASPIRAÇÃO
1. Inspecione e prepare o equipamento;
2. Posicione adequadamente o paciente;
3. Abra a boca do paciente utilizando a técnica dos dedos cruzados;
4. Insira o cateter na boca do paciente até atingir a faringe e inicie a aspiração;
5. Proceda a aspiração por cerca de quinze segundos e volte a oxigenar. Repita a
técnica até desobstruir as vias aéreas.
HEMORRAGIA E CHOQUE
OBJETIVOS:
HEMORRAGIA
É o extravasamento de sangue dos vasos sanguíneos ou das cavidades do coração
por causas traumáticas ou clínicas.
Classificação clínica
Classificação Anatômica
Arterial: quando o vaso atingido é uma artéria, caracteriza-se por hemorragia
que faz jorrar sangue pulsátil e de cor vermelho vivo; a perda de sangue é rápida e
abundante.
Venosa: quando o vaso atingido é uma veia, caracteriza-se por hemorragia na
qual o sangue sai de forma contínua, na cor vermelho escuro, podendo ser
abundante.
Capilar: quando o vaso atingido é um capilar, o sangue escoa lentamente,
normalmente numa cor menos viva que o sangue arterial.
Tratamento pré-hospitalar:
Avalie nível de consciência;
Abra as VA estabilizando a coluna cervical;
Monitore a respiração e a circulação;
Exponha o local do ferimento;
Efetue hemostasia;
Afrouxe roupas;
Aqueça o paciente;
Não dar nada de comer ou beber;
Ministre oxigênio suplementar;
Transporte o paciente imediatamente para o hospital.
O primeiro passo a ser empregado em hemorragias visíveis é o emprego da
técnica de pressão direta.
ESTADO DE CHOQUE
É uma reação do organismo a uma condição na qual o sistema circulatório não
fornece circulação suficiente para cada parte vital do corpo. Uma das funções do
sistema circulatório é distribuir sangue com oxigênio e nutrientes.
Quando isso, por qualquer motivo, deixa de acontecer e essa condição não for
revertida, ocorre o que denominamos estado de choque.
Tipos de choque:
Choque hipovolêmico: é causado pela redução acentuada do volume circulante
no organismo, devido à perda de sangue (também chamado de choque
hemorrágico), plasma (queimaduras, contusões e lesões traumáticas) ou líquido
(desidratação provocada por vômito ou diarreia).
Choque cardiogênico: é causado pela deficiência do coração em bombear o
sangue em quantidades adequadas para todo o organismo.
Choque distributivo: é causado pela vasodilatação ou vasoconstrição. A
diferença acentuada no calibre dos vasos sanguíneos provoca uma circulação
deficiente. As alterações no calibre dos vasos sanguíneos podem ser provocadas
por problemas no sistema nervoso central, reações alérgicas em geral e infecções
diversas.
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OBJETIVOS:
São lesões traumáticas da pele e/ou tecidos subjacentes, em razão da força de ação
de um agente externo.
Ferimento Fechado: a lesão ocorre abaixo da pele, porém não existe perda da
continuidade na superfície, ou seja, a pele continua intacta.
No couro cabeludo
Controlar a hemorragia com pressão direta (não puntiforme);
Suspeitar de lesão adicional na cabeça ou pescoço;
Não aplicar pressão se existir a possibilidade de fratura no crânio;
Não lavar.
Ferimentos na face
Revisar a boca procurando corpos estranhos ou sangue coagulado;
Manter as vias aéreas permeáveis;
Se houver objeto penetrante nas bochechas, retirar (empurrando de dentro para
fora) e cobrir com gaze interna e externamente;
Se necessário, transportar o paciente lateralizado para drenar o sangue da
boca;
Ter cuidado se houver lesão associada de pescoço. Manter posição neutra da
cabeça.
Ferimentos nos olhos
Não comprimir diretamente sobre os olhos;
Tampar os dois olhos;
Cobrir o globo ocular lesado com curativo úmido de compressas de gaze e
esparadrapo;
Estabilizar objeto encravado e olho protuso.
Hemorragia nasal
Se houver saída de líquido cefalorraquidiano, não ocluir o nariz;
Comprimir a base da narina com o dedo contra o maxilar, colocando uma
compressa entre o lábio superior e a gengiva;
Manter o paciente calmo, sentado e ligeiramente inclinado para frente;
NÃO ocluir as narinas. Caso haja saída de líquido claro pode indicar possível
fratura do crânio;
NÃO tentar remover objetos que observe dentro do nariz.
OBS: Em caso sangramento nasal decorrente de crise Hipertensiva, a
contenção não deve ser feita de imediato.
Ferimentos no pescoço
Aplicar pressão direta com a mão para cessar hemorragias;
Aplicar curativo sem comprimir ambos os lados do pescoço;
Manter posição neutra da cabeça.
Ferimentos no tórax
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Aplicar curativo oclusivo e/ou de três pontos;
Ferimentos na genitália
Controlar sangramento com pressão direta;
Não remover objetos encravados;
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Lição 07
TRAUMA EM OSSOS
OBJETIVOS:
Fratura
Ruptura total ou parcial de um osso.
Classes de fraturas
Materiais de imobilização
Talas rígidas;
Talas moldáveis;
Talas infláveis;
Talas de tração;
Colares cervicais;
Colete de imobilização dorsal;
Macas rígidas;
Bandagens triangulares;
Ataduras;
TRAUMATISMOS
OBJETIVOS:
Traumatismo Crânio-Encefálico
Fraturas de Crânio
Fraturas Abertas
Fraturas Fechadas
Lesões encefálicas
Concussão
Quando uma pessoa recebe um golpe na cabeça ou na face, pode haver uma
concussão encefálica. Não existe um acordo geral sobre a definição de concussão
exceto que esta envolve a perda temporária de alguma ou de toda a capacidade da
função encefálica. Pode não haver lesão encefálica demonstrável. O paciente que
sofre uma concussão pode se tornar completamente inconsciente e incapaz de
respirar em curto período de tempo, ou ficar apenas confuso. Em geral o estado de
concussão é bastante curto e não deve existir quando o socorrista chegar ao local
do acidente.
Contusão
O cérebro pode sofrer uma contusão quando qualquer objeto bate com força
no crânio. A contusão indica a presença de sangramento a partir de vasos lesados.
Quando existe uma contusão cerebral, o paciente pode perder a consciência.
Outros sinais de disfunção por contusão, incluem a paralisia de um dos lados do
corpo, dilatação de uma pupila e alteração dos sinais vitais. As contusões muito
graves, podem produzir inconsciência por período de tempo prolongáveis e também
causar paralisia em todos os membros.
Mesmo em contusões graves, pode haver recuperação sem necessidade de
cirurgia intracraniana.
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As mudanças na recuperação são diretamente proporcionais aos cuidados
dispensados ao paciente desde o inicio das lesões. Os pacientes devem receber
ventilação adequada, reanimação cárdio-respiratória quando necessário, devendo
ser transportado para o serviço de emergência para uma avaliação e cuidados
neurocirúrgicos.
Diretas
São produzidas por corpos estranhos que lesam o crânio, perfurando-o e
lesando o encéfalo.
Indiretas
Golpes na cabeça podem provocar, além do impacto do cérebro na calota
craniana, com conseqüente dano celular, hemorragias dentro do crânio. Este
hematoma acarreta compressão do tecido cerebral. A hipertensão intracraniana,
provocada pela hemorragia e edema causa lesão nas células cerebrais.
Tratamento pré-hospitalar:
1. Corrija os problemas que ameaçam a vida. Manter a permeabilidade das VA, a
respiração e a circulação. Administrar oxigênio (conforme protocolo local).
2. Suspeite de lesão cervical associada ao acidente e adotar os procedimentos
apropriados.
3. Controle hemorragias (não deter saída de sangue ou líquor pelo ouvidos ou
nariz).
4. Cubra e proteja os ferimentos abertos.
5. Mantenha a vítima em repouso.
6. Proteja a vítima para a possibilidade de entrar em convulsão.
7. Monitore o estado de consciência, a respiração e o pulso.
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8. Trate o choque e evitar a ingestão de líquidos ou alimentos.
9. Esteja preparado para o vômito.
Traumatismos de face
O principal perigo das lesões e fraturas faciais são os fragmentos ósseos e o
sangue que poderão provocar obstruções nas vias aéreas.
Sinais e sintomas
Coágulos de sangue nas vias aéreas;
Deformidade facial;
Equimose nos olhos;
Perda do movimento ou impotência funcional da mandíbula;
Dentes amolecidos ou quebrados (ou a quebra de próteses dentárias);
Grandes hematomas ou qualquer indicação de golpe severo na face.
Tratamento pré-hospitalar
É o mesmo tratamento utilizado no cuidado de ferimentos em tecidos moles,
sua atenção deve estar voltada para manutenção da permeabilidade das vias aéreas
e controle de hemorragias. Cubra com curativos estéreis os traumas abertos,
monitore os sinais vitais e esteja preparado para o choque.
Sinais e Sintomas
Dor regional (pescoço, dorso, região lombar);
Perda da sensibilidade tátil nos membros superiores e inferiores;
Perda da capacidade de movimentação dos membros (paralisia);
Sensação de formigamento nas extremidades;
Deformidade em topografia da coluna;
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Lesões na cabeça, hematomas nos ombros, escápula ou região dorsal do
paciente;
Perda do controle urinário ou fecal;
Dificuldade respiratória com pouco ou nenhum movimento torácico;
Priapismo (ereção peniana contínua)
Complicações
Tratamento pré-hospitalar
TRAUMATISMOS NO TÓRAX
Sinais e Sintomas
Fratura de Costelas
Sinais e Sintomas
Tratamento pré-hospitalar
1. A fratura de uma só costela não deve ser imobilizada com fita adesiva.
2. Imobilizar com o braço da vítima sobre o local da lesão.
3. Usar bandagens triangulares como tipóia e outras para fixar o braço no tórax.
Tórax Instável
Tratamento pré-hospitalar
Ferimentos Penetrantes
São os traumas abertos de tórax, geralmente provocados por objetos que não
se encontram cravados, assim como lesões provocadas por armas brancas, de fogo
ou lesões ocorridas nos acidentes de trânsito, etc. Pelo ferimento é possível
perceber o ar entrando e saindo pelo orifício.
Tratamento pré-hospitalar
Tratamento pré-hospitalar
Amputações
Desvio de traquéia;
Estase jugular;
Cianose;
Sinais de choque;
Enfisema subcutâneo, etc.
Tratamento pré-hospitalar
OBJETIVOS:
Mobilização
Técnicas de manipulação
- Rolamento de 90º
- Rolamento de 180º
- Elevação a cavaleiro
- Retirada de capacete
- Imobilização de fraturas
Rolamento de 90º
Técnica empregada para posicionar o paciente na prancha, quando este se
encontrar em decúbito dorsal.
4. O auxiliar n.º1 pergunta aos demais se estão prontos, após receber o sinal de
positivo (OK), efetua a contagem para execução do rolamento devendo
movimentar o paciente em monobloco;
Rolamento de 180º
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Técnica empregada para posicionar o paciente na prancha, quando este
encontrar-se em decúbito ventral.
4. O auxiliar n.º 1 pergunta aos demais se estão prontos, após receber o sinal de
positivo (OK), efetua a contagem para execução do rolamento devendo
movimentar o paciente em monobloco (giro de 90º). Efetua novamente a
contagem para a finalização do rolamento sobre a prancha, observando a
necessidade de reposicionamento do paciente;
Elevação a cavaleiro
Técnica empregada para posicionar o paciente sobre a prancha, quando
houver impossibilidade de executar rolamento.
Retirada de capacete
Técnica empregada para retirada de capacete, a fim de facilitar a avaliação e
tratamento de possíveis lesões que o paciente possa apresentar.
Imobilização de Fraturas
Técnica empregada para estabilizar o segmento ósseo lesionado (fratura,
entorse ou luxação), a fim de evitar o agravamento das lesões.
Técnicas de transporte
Arrastamento de bombeiro:
Essa técnica possui a desvantagem de não oferecer suporte para a cabeça e
pescoço; porém, se não houver outro método disponível, permite que uma só
pessoa remova a vítima. Muito usado em ambientes com fumaça;
Remoção emergencial:
Usada nas situações de risco iminente. Um socorrista remove a vítima
utilizando o método da “Chave de Rauteck”.
OBJETIVOS:
Triagem
Método START
Vantagens
Sistema de triagem simples que permite triar uma vítima em menos de 1 minuto;
O método utiliza diferentes cores para determinar a prioridade de atendimento e
transporte;
Vermelha
Amarela
Verde
Preta
Este método utiliza fitas coloridas e baseia-se em três diferentes critérios para
classificar as vítimas em diferentes prioridades, a saber:
Respiração
NÃO – Se não respira mesmo após abrir as vias aéreas, é considerada vítima sem
prioridade (cor preta).
Perfusão
Status neurológico
NÃO – Não cumpre ordens simples, considerar vítima de primeira prioridade (cor
vermelha).
SIM – Cumpre ordens simples, considerar como vítima de segunda prioridade (cor
amarela).
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Ação dos primeiros socorristas na cena com múltiplas vítimas
Primeiro passo:
Dimensionar e assumir a situação de emergência, solicitar recurso adicional e
iniciar a triagem, método START, das vítimas. Determinar a um socorrista de sua
equipe que dirija todas as vítimas que possam caminhar para uma área de
concentração previamente delimitada (poderá ser utilizado um megafone para isso).
Estas vítimas receberão uma identificação verde de forma individual.
Segundo passo:
Determinar para que outro socorrista de sua equipe inicie a avaliação das
vítimas que permaneceram na cena de emergência e que não apresentam
condições de caminhar. Deverá ser avaliada a respiração. A respiração está
normal, rápida ou ausente?
- Se está ausente: abra imediatamente as VA para determinar se as respirações
iniciam espontaneamente. Se a vítima continua sem respirar, recebe a fita de cor
preta (Não perca tempo tentando reanimar a vítima). Se voltar a respirar e
necessitar de ajuda para manter as VA abertas receberá a fita de cor vermelha
(nesses casos, tente conseguir voluntários para manter abertas as VA da vítima).
Terceiro passo:
O socorrista deverá verificar a perfusão através da prova do enchimento capilar
ou através da palpação do pulso radial.
Quarto passo:
O socorrista deverá verificar o status neurológico da vítima. Se a vítima não
consegue executar ordens simples emanadas pelo socorrista, deverá receber a fita
de cor vermelha. Se a vítima executa corretamente as ordens simples recebidas,
receberá a fita de cor amarela.
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RESPIRAÇÃO
NÃO SIM
MORTO IMEDIATO
IMEDIATO
PRETO
MP VERMELHA VERMELHA
ATÉ 30
PERFUSÃO
ENCHIMENTO
CAPILAR
OU PULSO RADIAL
ENCHIMENTO
CAPILAR
EM MAIS DE 2 ENCHIMENTO CAPILAR
SEGUNDOS ATÉ 2 SEGUNDOS
OU OU
PULSO RADIAL PULSO RADIAL
CONTROLE
AUSENTE PRESENTE
HEMORRAGIAS
STATUS
NEUROLÓGICO
IMEDIATO
VERMELHA CONTROLE
HEMORRAGIAS
NÃO CUMPRE CUMPRE
ORDENS SIMPLES ORDENS SIMPLES
IMEDIATO CUMPRE
VERMELHA ORDENS SIMPLES
IMEDIATO NÃO CUMPRE
VERMELHA ORDENS SIMPLES
Fonte SBAIT SECUNDÁRIO
AMARELA
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Lição 11
QUEIMADURAS
OBJETIVOS:
Causas
Térmicas – por calor (fogo, vapores quentes, objetos quentes) e por frio (objetos
congelados, gelo).
Químicas – inclui vários cáusticos, tais como substâncias ácidas e álcalis.
Elétricas – materiais energizados e descargas atmosféricas.
Substâncias Radioativas – materiais radioativos e raios ultravioletas (incluindo
a luz solar), etc.
Adulto Criança/Lactente
Cabeça e pescoço 9% 18%
MMSS 9% cada 9% cada
Grau da queimadura;
Percentagem da SCTQ;
Localização da queimadura;
Complicações que a acompanham;
Idade da vítima;
Enfermidades anteriores da vítima.
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Queimaduras Menores
São aquelas de 1º e 2º graus que afetam uma pequena área do corpo, sem
comprometimento de áreas críticas como; o sistema respiratório, a face, as mãos e
pés, os genitais e as nádegas.
Queimaduras Maiores
Exemplos:
Expor o local da lesão e resfriar a área queimada com água fria ou usar água
corrente por vários minutos para resfriar o local. O melhor é submergir a área
queimada;
Cobrir o ferimento com um curativo úmido solto (estéril);
Retirar anéis, braceletes, cintos de couro, sapatos, etc;
Conduzir a vítima e transmitir calma.
Inicialmente deter o processo da lesão (se for fogo na roupa, usar a técnica do
PARE, DEITE e ROLE);
Avaliar a vítima e manter as VA permeáveis, observando a freqüência e qualidade
da respiração;
Não se deve retirar os tecidos aderidos à pele, deve-se apenas recortar as partes
soltas sobre as áreas queimadas;
Cobrir toda a área queimada;
Usar curativo estéril;
Não obstruir a boca e o nariz;
Não aplicar nenhum creme ou pomada;
Providenciar cuidados especiais para queimaduras nos olhos, cobrindo-os com
curativo estéril úmido;
Cuidado para não juntar dedos queimados sem separá-los com curativos estéreis;
Prevenir o choque e transportar.
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Queimaduras Químicas
Queimaduras Elétricas
Os problemas mais graves produzidos por uma descarga elétrica são: parada
respiratória ou cárdio-respiratória, dano no SNC e lesões em órgãos internos.
PARTO
OBJETIVOS:
Útero:
Órgão muscular que se contrai durante o trabalho de parto, expulsando o feto.
Colo uterino:
Extremidade inferior do útero, que se dilata permitindo que o feto entre na
vagina.
Vagina:
Canal por onde o feto é conduzido para o nascimento.
Saco amniótico:
Membrana que se forma no interior do útero e envolve o feto e o líquido
amniótico.
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Líquido amniótico:
Líquido presente no saco amniótico, com a função de manter a temperatura
do feto e protegê-lo de impactos. Sua cor normal é clara, quando está ocorrendo o
sofrimento fetal este líquido torna-se esverdeado, pela presença do mecônio.
Mecônio:
Primeira matéria fecal do recém-nascido, é indicativo de sofrimento fetal.
Parto - Expulsão do feto viável através das vias genitais ou a extração do feto por
meios cirúrgicos.
2. Explique à mãe o que fará e como irá fazê-lo. Procure tranqüilizá-la informando
que o que está acontecendo é normal. Peça para que após cada contração
relaxe, pois isto facilitará o nascimento;
5. Prepare o kit obstétrico e seu EPI, mantenha todo material necessário à mão;
10. Comprima a região do períneo, com uma das mãos, posicionada sob campo que
se encontra abaixo da abertura vaginal, a fim de evitar lacerações nesta região;
11. Apóie a cabeça do bebê, colocando a mão logo abaixo da mesma com os dedos
bem separados. Apenas sustente o segmento cefálico, ajudando com a outra
mão, não tente puxá-lo;
12. Verifique se há circular de cordão, caso tenha, desfaça com cuidado no sentido
face-crânio do bebê;
13. Geralmente a cabeça do bebê apresenta-se com a face voltada para baixo e logo
gira para a direita ou esquerda. Guie cuidadosamente a cabeça para baixo e
para cima, sem forçá-la, facilitando assim a liberação dos ombros e
posteriormente de todo o corpo;
14. Deslize a mão que está sobre a face no sentido crânio-caudal, segurando
firmemente os tornozelos do bebê;
15. Apóie o bebê lateralmente com a cabeça ligeiramente baixa. Isto se faz para
permitir que o sangue, o líquido amniótico e o muco que estão na boca e nariz
possam escorrer para o exterior;
16. Peça para o auxiliar anotar a data, hora, lugar do nascimento, nome da mãe e
sexo do bebê;
17. Observe se o bebê chorou. Retire o campo que se encontra abaixo da abertura
da vagina, coloque-o deitado lateralmente no mesmo nível do canal de parto.
5 a 8 cm
25 cm
17 a 20 cm
Apresentação Pélvica:
Tratamento pré-hospitalar:
5. Criada uma via aérea para o feto, deve-se mantê-la. Permita que o nascimento
prossiga mantendo a sustentação do corpo do bebê;
6. O transporte deverá ser realizado imediatamente. Mantenha as VAs pérvias
durante todo o transporte.
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Tratamento pré-hospitalar
Parto múltiplo
Parto pré-maturo
Hemorragia excessiva
Tratamento pré-hospitalar
EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS
OBJETIVOS:
Você já percebeu que as crianças não são iguais aos adultos em tamanho,
maturidade emocional e respostas em situações adversas. Você também precisará
estar atento a diferenças estruturais e anatômicas. Devido a todas estas diferenças,
as técnicas utilizadas no atendimento pré-hospitalar desses pacientes serão
igualmente diferenciadas. Como socorrista, você deverá considerar as seguintes
diferenças e comparações importantes:
A Cabeça e o Pescoço
As crianças são mais vulneráveis que os adultos aos danos na coluna vertebral
(especialmente na região cervical). Recordamos que isto deve-se ao tamanho e
ao peso maior da cabeça e ao subdesenvolvimento da estrutura óssea e dos
músculos do pescoço.
O Tórax e o Abdome
A Pelve
As Extremidades
Volume Sanguíneo
Características:
Objeto ou brinquedo usado de forma lúdica para interligar o mundo infantil com
a necessidade de atendimento; aplicado à metodologia do “aponte onde dói”;
EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES
OBJETIVOS:
Estado crítico provocado por uma ampla variedade de doenças cuja causa
não inclui violência sobre a vítima.
Se uma vítima sente-se mal ou apresenta sinais vitais atípicos, assuma que
esta tem uma emergência clínica.
Ex: Um paciente com AVC perde a consciência, sofre uma queda de nível e é
lesionado.
Uma freqüência de pulso superior a 120 bpm ou menor de 60 bpm indica uma
possível emergência clínica em uma vítima adulta.
Uma freqüência respiratória maior que 24 vpm ou menor que 08 vpm, indica
uma possível emergência clínica em uma vítima adulta.
Tratamento pré-hospitalar:
Tratamento pré-hospitalar:
Causas:
1. Isquemia Cerebral:
2. Hemorragia Cerebral:
Sinais e Sintomas
Muitos sinais de AVC podem ser vagos ou ignorados pelo paciente, como
socorrista você poderá identificar um AVC, através da Escala pré-hospitalar para
AVC de Cincinnati, que consiste na avaliação de três sinais físicos importantes.
Queda Facial
Este sinal fica mais evidente quando o socorrista pede para o paciente sorrir
ou mostrar os dentes. Se um dos lados da face estiver caído ou não se mover tão
bem quanto o outro.
Isto se torna muito evidente, se o paciente estender os braços para frente por
10 segundos, com os olhos fechados. Se um braço pender para baixo ou não puder
se movimentar, isto pode indicar um AVC.
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102
Fala anormal.
Tratamento pré-hospitalar:
Hipertensão
Classificação:
Valores normais:
Diástole 60 a 90mmHg
Sístole 100 a 150mmHg
Sinais e Sintomas
Cefaléia;
Náuseas;
Ansiedade;
Zumbido nos ouvidos;
Alteração visual;
Hemorragia nasal;
PA diastólica acima de 90mmHg;
Formigamento na face e extremidades.
Tratamento pré-hospitalar
Lição 15
Emergências Respiratórias
Insuficiência Respiratória
OBJETIVOS:
Insuficiências Respiratórias:
Sinais e sintomas:
Dispnéia;
Sons atípicos durante a respiração (estertores, sibilos, roncos);
Pulso alterado;
Cianose;
Agitação;
Tosse;
Respiração alterada.
Asma brônquica:
Enfermidade das vias respiratórias, em que predomina a dificuldade na expiração.
Bronquite:
Inflamação dos brônquios.
Enfisema:
Enfermidade onde ocorre a perda da elasticidade pulmonar, tendo como principal
causa o fumo.
Hiperventilação:
Aumento da troca respiratória caracterizada por respirações rápidas e
profundas. Suas causas podem ser:
Alterações metabólicas, diabetes (cetoacidose diabética, queda do pH sanguíneo
devido à má perfusão tecidual), ansiedade e outros.
O choque anafilático é uma reação alérgica severa que põe em perigo a vida.
Entre os sinais ou sintomas mais freqüentes temos a urticária, edema de face, lábios
e pescoço. Pode manifestar-se também edema na língua e/ou na glote, fazendo com
que obstruam as vias aéreas.
Tratamento pré-hospitalar:
OBJETIVOS:
1. Definir Diabetes;
2. Enumerar os sinais e sintomas, e descrever o tratamento pré-hospitalar em
pacientes com hiperglicemia e com choque insulínico.
3. Descrever o tratamento pré-hospitalar de um paciente com convulsão;
4. Enumerar os sinais e sintomas e descrever o tratamento pré-hospitalar do
abdome agudo.
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108
Diabetes
Diabetes é uma doença crônica degenerativa que surge como uma disfunção
metabólica originada pelo comprometimento na produção e/ou utilização da insulina
que tem como principal função à regulação do metabolismo da glicose em todos os
tecidos, com exceção do cérebro.
Tratamento Pré-Hospitalar:
1. Mantenha o paciente repouso.
2. Transporte o paciente.
Convulsão
Contração muscular brusca e involuntária, podendo ser tônicas, clônicas ou
tônico-clônicas.
Em algumas crises é comum o paciente morder a língua, e apresentar
dificuldade respiratória, chegando, algumas vezes, a cianose.
Após a crise o paciente apresenta-se confuso durante 1 minuto ou mais,
ficando muito fatigado e adormecido horas depois.
Manifestações
CAUSAS:
Intoxicações;
Doenças neurológicas;
Traumatismo Crânio-encefálico;
Febre;
Doenças infecciosas (meningite, tétano).
Epilepsia
Doença convulsiva crônica,caracteriza-se pela atividade excessiva
descontrolada tanto de uma parte como de todo sistema nervoso central.
Grande mal
Caracterizado por convulsões generalizadas, chamadas tônico-clônicas,
durando de alguns segundos até 3 a 4 minutos.
Pequeno mal
Caracteriza-se pela perda total ou parcial da consciência, geralmente pelo
período de 3 a 30 segundos, durante os quais o paciente apresenta várias
contrações musculares em forma de abalos, geralmente na região da cabeça,
especialmente o piscar dos olhos.
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110
Epilepsia focal
É também chamado de epilepsia Jacksoniana ou crise psicomotora que pode
causar um curto período de amnésia, uma irritabilidade anormal, desconforto ou
medo.
Convulsão febril
Ocorrem somente em algumas crianças menores de 5 anos, desencadeadas
durante hipertermias. É rara entre 2 a 6 meses e não ocorre abaixo dos 2 meses.
É importante lembrar que poderá repetir-se. Sempre requer atenção médica.
Traumatismo Craniano
Os traumatismos crânio-encefálicos podem produzir convulsões no momento
do trauma ou horas após o evento, por desenvolvimento de hematomas ou edema
cerebral.
Causas:
Apendicite;
Úlceras;
Doença hepática;
Obstrução intestinal;
Inflamação da vesícula;
Problemas ginecológicos.
Tratamento Pré-Hospitalar:
1. Não dê nada por via oral.
2. Mantenha as vias aéreas abertas e previna-se para ocorrência de vômito.
3. Previna o estado de choque.
4. Mantenha o paciente em repouso na posição em que melhor se adapte.
5. Promova suporte emocional.
6. Transporte o paciente.
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112
Lição 17
INTOXICAÇÕES E ENVENENAMENTO
OBJETIVOS:
Ingestão;
Inalação;
Absorção através da pele;
Injeção.
Sinais e Sintomas
Tratamento Pré-Hospitalar
Manter as VA permeáveis;
Pedir orientação do Centro de Informações Toxicológicas, se existir;
Caso tiver disponível, oferecer carvão ativado;
Induzir vômito (contra indicado em intoxicações por ingestão de substâncias
corrosivas ou irritantes, derivados de petróleo, pacientes inconscientes ou em
convulsão);
Guardar em saco plástico toda a substância eliminada através de vômito pelo
paciente;
Transportar com monitoramento constante.
São aquelas provocadas por gases ou vapores tóxicos (ex. gases produzidos
por motores a gasolina, solventes, gases industriais, aerosóis, etc.).
Auxiliar o paciente somente após certificar-se que a cena está segura. Acione
socorro especializado e utilize os EPIs necessários.
Uma ação importante a tomar é obter informações do próprio paciente e de
testemunhas, tentando identificar o tipo de gás venenoso inalado.
Sinais e Sintomas
São causadas por substâncias tóxicas que penetram através da pele e das
mucosas, por meio de absorção. Algumas vezes estas intoxicações provocam
lesões importantes na superfície da pele, outras, o veneno é absorvido sem dano
algum.
A maioria dos tóxicos absorvidos, são substâncias químicas de uso comum e
plantas.
É de grande importância, qualquer informação que se possa obter do paciente
e/ou testemunhas.
Sinais e Sintomas
Tratamento Pré-Hospitalar
Para atender estes pacientes, o socorrista deverá usar além dos EPI´s básicos,
proteção para a sua roupa.
Sinais e Sintomas
Tratamento Pré-Hospitalar
Prevenir o choque;
Nas picadas de inseto (com ferrão preso na pele) raspar no sentido contrário para
evitar a injeção do mesmo no corpo;
Monitorar constantemente o paciente e estar preparado para parada respiratória
e/ou cardíaca;
Transporte imediato para o hospital.
Sinais e Sintomas
Tratamento Pré-Hospitalar
Restrições
Soro específico;
Dentro do menor tempo possível;
Em quantidade suficiente.
Se for treinado para tal e houver tempo e condições, conduzir o espécime que
provocou a lesão para avaliação e identificação da espécie.
Abuso de Drogas
Tratamento Pré-Hospitalar
OBJETIVOS:
Tipos de Acidentes
Os afogamentos podem ser ocasionados por diversos tipos de acidentes, tais
como mergulhos em águas rasas, abusos de álcool antes de entrar em um ambiente
aquático, cãibras ou desmaios durante a prática de natação em águas profundas,
acidentes com veículos aquáticos, quedas de pontes, etc.
Afogamento
Definimos o afogamento como uma sufocação no meio líquido. Esta
sufocação pode ser provocada pela inundação das vias aéreas ou pelo fechamento
da glote, estimulada pela presença de líquidos (espasmo de laringe). Nos dois
casos, o resultado final será a asfixia resultante da falta de oxigênio. As células
nervosas são as primeiras a sofrer com a privação de oxigênio, morrendo em
poucos minutos.
Classificação
Afogamento seco
Não tente fazer um salvamento na água, a menos que você tenha sido treinado
para isso e seja um bom nadador e ainda, haja outras pessoas para ajudá-lo.
Nunca tente fazer um salvamento na água sozinho ou sem recursos. Caso
contrário, ao invés de ser uma pessoa que fará o salvamento, você
provavelmente se tornará uma vítima!
Acidentes de mergulho
Embolia
Caracteriza-se pela presença de bolhas de ar no sangue. Os gases deixam o
pulmão e entram na circulação sanguínea. Isso pode acontecer por diversas razões,
entretanto, está freqüentemente associada com falha do equipamento de mergulho,
emergência embaixo da água ou ainda, com mergulhadores que tentam segurar o ar
durante um mergulho longo. A embolia poderá aparecer também nos acidentes com
automóvel, onde a vítima é levada para debaixo da água e inspira o ar existente
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dentro do veículo.
Os sinais e sintomas mais comuns da embolia são:
Narcose (paciente parece embriagado);
Visão embaraçada;
Dor torácica;
Hemoptise;
Convulsões;
Astenia;
Parestesia ou paralisia dos membros superiores e inferiores.
Doença descompressiva
Como reconhecer
Tratamento Pré-Hospitalar:
Coloque o paciente deitado sobre o lado esquerdo e incline seu corpo de modo
que a cabeça fique um pouco mais baixa, deixando-o assim durante o transporte.
Os seres humanos têm algo em comum com muitos outros mamíferos. Isto é
chamado de reflexo mamífero do mergulho. Quando mergulhamos em água fria de
modo que a cabeça fique submersa, o corpo envia mais sangue oxigenado para o
cérebro, pulmões e coração e este diminui a freqüência dos batimentos cardíacos.
Quanto mais fria a água, mais oxigênio será armazenado nestes locais. Por
isto, uma vítima de afogamento tem que receber os cuidados da reanimação, até
mesmo quando não estiver respirando há 10 minutos ou mais. Muitos pacientes
nestas condições foram reanimados com sucesso.
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BIBLIOGRAFIA
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Diretrizes para RCP e ACE - American Heart Association –– 2010.
Atendimento pré-hospitalar ao traumatizado 6ª edição.
RICHTMANN, Rosana – GUIA PRÁTICO DE CONTROLE DE INFECÇÃO
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Doenças infecciosas e parasitárias: Guia de Bolso – Ministério da Saúde,
Secretaria de Vigilância em Saúde – 4ª Ed.ampl. – Brasília – 2004.
EDUARDO, Osiel Rosa; FÉLIX,Vilany Mendes; SILVA, André Gleivson Barbosa
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2005.
Profissionalização de auxiliares de Enfermagem: cadernos do aluno:
instrumentalizando a ação profissional 2 / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão
do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na
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apresentada no CAO 2006, Brasília – DF.
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Edição revisada e atualizada. SP, 2007.
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