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Fisio e Saúde Funcional

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CONCURSOS PÚBLICOS
RESIDÊNCIA EM FISIOTERAPIA / MULTIPROFISSIONAL

REVISÕES EM GERAL

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Olá pessoal, tudo bem? Sou o Isaldes Stefano,


Fisioterapeuta, criador do @fisioesaudefuncional. Venho
trazer para vocês esse e-book com 100 resumos da
Fisioterapia. O objetivo desses resumos é facilitar o
entendimento dos vários conteúdos que estudamos ao longo da
nossa graduação e vida profissional para os
estudantes/profissionais que estão se preparando para
processos seletivos, concursos, residências, etc...

Tenham bastante foco nessa fase de suas vidas e que


possam alcançar os seus objetivos. Qualquer dúvida que
tiverem quanto ao e-book podem entrar em contato comigo.

É PROIBIDO O COMPARTILHAMENTO OU VENDAS PARA O PÚBLICO

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ÍNDICE

01. ESQUELETO AXIAL E APENDICULAR


02. PLANOS E EIXOS CORPORAIS
03. CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS QUANTO À SUA FORMA
04. CARACTERÍSTICAS DOS OSSOS LONGOS
05. TIPOS DE TECIDO ÓSSEO
06. CÉLULAS ÓSSEAS
07. CAIXA TORÁCICA
08. OSSOS DA MÃO
09. OSSOS DO PÉ
10. IRRIGAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO
11. ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL
12. CARACTERÍSTICAS DO DISCO INTERVERTEBRAL
13. CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES
14. CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS ARTIC SINOVIAIS
15. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS ARTIC SINOVIAIS
16. ARCOS PLANTARES
17. MANGUITO ROTADOR
18. LIGAMENTOS E ENTORSES DO TORNOZELO
19. TIPOS DE MÚSCULOS
20. EPIMÍSIO, PERIMÍSIO E ENDOMÍSIO
21. PRINCIPAIS GRUPOS MUSCULARES
22. ALAVANCAS DO CORPO HUMANO
23. ÂNGULO Q
24. FASES DA MARCHA
25. TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES
26. TIPOS DE CONTRAÇÃO MUSCULAR/ EXERC RESISTIDO
27. CADEIA CINÉTICA ABERTA

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28. CADEIA CINÉTICA FECHADA
29. TIPOS DE CONTRATURAS
30. COMPLEXO DO OMBRO I: Estrutura Óssea e Ligamentar
31. RITMO ESCAPULOUMERAL
32. COMPLEXO DO OMBRO: Estrutura Muscular
33. COMPLEXO DO COTOVELO I: Estrutura Óssea
34. COMPLEXO DO COTOVELO II: Articulações/Ligamentos
35. COMPLEXO DO COTOVELO III: Estrutura Muscular
36. COMPLEXO DO QUADRIL I: Estrutura Óssea e Ligamentar
37. COMPLEXO DO QUADRIL II: Estrutura Muscular
38. COMPLEXO DO TORNOZELO: Estrut. Articular/ligamentar
39. COMPLEXO DO TORNOZELO: Estrutura Muscular
40. EIXO ANATÔMICO E MECÂNICO DO FÊMUR
41. COMPLEXO DO JOELHO I: Estrutura Óssea e Ligamentar
42. COMPLEXO DO JOELHO II: Estrutura Muscular
43. TRÍADE DO INFELIZ
44. EPICONDILITE MEDIAL E LATERAL
45. ARTRITE REUMATOIDE
46. DOENÇA DE LEGG-CALVE PERTHES
47. FRATURAS – CONCEITOS E TIPOS
48. FRATURA DE COLLES E DE SMITH
49. FRATURA DE GALEAZZI E MONTEGGIA
50. OUTROS TIPOS DE FRATURAS
51. DOENÇAS OSTIOMIOARTICULARES – PARTE 1
52. DOENÇAS OSTIOMIOARTICULARES – PARTE 2
53. DOENÇAS OSTIOMIOARTICULARES – PARTE 3
54. DOENÇAS OSTIOMIOARTICULARES – PARTE 4
55. GRAU DE FORÇA MUSCULAR
56. COMPONENTES DO SISTEMA NERVOSO
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57. MENINGES
58. MEDULA ESPINAL
59. SUBSTANCIA BRANCA DA MEDULA ESPINAL: TRATOS
ASCENDENTES
60. SUBSTANCIA BRANCA DA MEDULA ESPINAL: TRATOS
DESCENDENTES
61. HIPERTONIA ESPÁSTICA X HIPERTONIA PLÁSTICA
62. PRINCIPAIS EXAMES DE REFLEXOS
63. TIPOS DE LESÃO MEDULAR
64. NERVOS CRANIANOS
65. PLEXO BRAQUIAL
66. NERVOS RADIAL, ULNAR E AXILAR
67. NERVOS MEDIANO E MUSCULOCUTÂNEO
68. PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA/BELL
69. PARALISIA FACIAL CENTRAL
70. LESÃO DE NERVOS PERIFÉRICOS
71. PARALISIA DO SÁBADO À NOITE
72. AMPUTAÇÕES DE MMII – PARTE I
73. AMPUTAÇÕES DE MMII – PARTE II
74. AMPUTAÇÕES DE MMII – PARTE III
75. ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
76. ESCLEROSE MÚLTIPLA
77. TRAUMATISMO CRANIANO
78. ESCALA DE COMA DE GLASGOW
79. ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA
80. DOENÇA DE PARKINSON
81. DOENÇA DE HUNTIGTON
82. OSTEOPOROSE
83. VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DO ENCÉFALO
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84. TETRALOGIA DE FALLOT
85. ALONGAMENTO
86. FUSO MUSCULAR E OTG´S
87. GONIOMETRIA DOS MMSS
88. GONIOMETRIA DOS MMII
89. ESCALA DE APGAR
90. ÓRTESE E PRÓTESE – CONCEITOS
91. DPOC – BRONQUITE CRÔNICA
92. DPOC – ENFISEMA PULMONAR
93. SARCOIDOSE
94. FIBROSE CÍSTICA
95. VOLUMES PULMONARES
96. CAPACIDADES PULMONARES
97. PARALISIA CEREBRAL
98. PARALISIA BRAQUIAL OBSTÉTRICA (PBO)
99. SINDROME DE DOWN
100. INCONTINÊNCIA URINÁRIA

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► ESQUELETO AXIAL E ESQUELETO APENDICULAR

● O esqueleto axial é formado pelos ossos da cabeça,


pescoço e tronco.

● O esqueleto apendicular é formado pelos ossos dos


membros superiores e inferiores.

FIG 01. Esqueleto Apendicular (MMSS e MMII e cinturas pélvica e escapular) Esqueleto Axial
(Cabeça, pescoço e tronco).

LEMBRETE:

A grande maioria dos autores considera que as cinturas


escapular e pélvica fazem parte do esqueleto APENDICULAR.

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► PLANOS E EIXOS CORPORAIS

PLANOS DE DELIMITAÇÃO: são tangentes a superfície


corporal, eles formam uma espécie de sólido geométrico
(paralelepípedo) ao redor do corpo, sendo eles: ANTERIOR
(Ventral), POSTERIOR (Dorsal), LATERAL DIREITO E
ESQUERDO, SUPERIOR (Cranial), INFERIOR (Caudal).

OS EIXOS SÃO SEMPRE PERPENDICULARES AOS PLANOS DE


SECÇÃO (Ver figura acima). OS PLANOS DE SECÇÃO DIVIDEM
O CORPO HUMANO EM DUAS METADES.

LEMBRETE: Assunto bastante cobrado em provas na área da


Fisioterapia. Primeiramente você precisa conhecer o plano, o
eixo referente àquele plano e os seus respectivos movimentos.

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CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS QUANTO À SUA FORMA:

LONGOS: Possuem o comprimento maior que a largura e a espessura.


Ex: Fêmur, Tíbia, Rádio, Ulna, Falanges.
CURTOS: Possuem dimensões equivalentes na largura, espessura e
comprimento. Se assemelham a um cubo. Ex: Ossos do carpo/tarso.
PLANOS: Possuem o comprimento e a largura maiores que a
espessura. São ossos chatos, laminares. Função: Proteção. Ex: Ilíaco,
Escápula, Parietal, Temporal.
PNEUMÁTICOS: Ossos ocos, com cavidades. Ex: Esfenoide,
Etmoide, maxilar, frontal.
SESAMOIDES: Se originam entre tendões e ligamentos. Ex: Patela.

IRREGULARES: Não possuem formas geométricas definidas, nem


equivalências nas dimensões. Ex: Vértebras, Sacro.
ALONGADOS: Possuem as mesmas características dos ossos longos,
no entanto não apresentam CANAL MEDULAR.
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► PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS OSSOS LONGOS:

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► TIPOS DE TECIDO ÓSSEO

Existem dois tipos de tecidos ósseos:

- TECIDO ÓSSEO COMPACTO: parte externa do osso. É a parte


mais rígida do osso, encontrado comumente na diáfise dos ossos
longos.

- TECIDO ÓSSEO ESPONJOSO: Altamente poroso e vascular


(aloja a medula óssea) Encontrado comumente no interior dos ossos
chatos, irregulares e nas extremidades dos ossos longos (Epífises).

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► TIPOS DE CÉLULAS ÓSSEAS

- OSTEOBLASTOS: Células ósseas jovens. Responsáveis


pela deposição de matriz óssea.

- OSTEOCLASTOS: Células responsáveis pela


REABSORÇÃO, REGENERAÇÃO E REMODELAÇÃO da
matriz óssea.

- OSTEÓCITOS: Células adultas, situadas no interior da


matriz óssea. Originam-se dos osteoblastos. Osteoblasto
maduro.

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CAIXA TORÁCICA
A caixa torácica é o complexo formado pela junção das costelas, osso esterno e
cartilagens costais e é um dos elementos do esqueleto axial juntamente com o
crânio e a coluna vertebral.
A caixa torácica fica fixada na coluna vertebral pelas 12 vértebras torácicas, o que
dá muita estabilidade para esse segmento da coluna vertebral.
As principais funções da caixa torácica são:
a proteção de órgãos vitais localizados no tórax (como pulmões e coração) e de
órgãos localizados na região superior do abdômen (como fígado, rins, pâncreas,
estômago e baço), assim como permite a expansão dos pulmões durante a
respiração.

AS COSTELAS SÃO DIVIDIDAS EM TRÊS TIPOS:

- COSTELAS VERDADEIRAS (1 A 7): os setes primeiros pares


de costelas são considerada s VERDADEIRAS pois se
articulam diretamente ao osso esterno;

- COSTELAS FALSAS (8, 9, 10): o oitavo, nono e décimo par


articulam-se indiretamente ao osso esterno, por meio de uma
cartilagem costal comum;

- COSTELAS FLUTUANTES (11 e 12): o décimo primeiro e


segundo par de costelas não articulam-se ao osso esterno.

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► OSSOS DA MÃO

A mão corresponde ao segmento terminal do membro superior, através


da continuação do punho e termina com os dedos. Ao total, temos 27
ossos na mão. Todos trabalham em conjunto. Sendo 8 carpos, 5
metacarpos e 14 falanges.
A mão é formada por CARPO, METACARPO E FALANGES.

CARPO: Conjunto de ossos da região proximal da mão.


Sendo formada por 8 ossos, dispostos em duas fileiras.

DE LATERAL PARA MEDIAL:

Fileira proximal: Escafoide, semilunar, piramidal e


pisiforme

Fileira distal: Trapézio, Trapezóide, Capitato e Hamato

LEMBRETE:

Dica: Guarde a FRASE – Escafoide seu pirado, trapezista


capitão hamato.
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► OSSOS DO PÉ

O pé é formado por TARSO, METATARSO E FALANGES.


Sendo 7 tarsos, 5 metatarsos e 14 falanges.

O TARSO é composto por 7 ossos divididos em duas


fileiras:

Fileira proximal (retropé): Calcâneo e Tálus

Fileira Distal (mediopé): navicular, cuboide, cuneiformes


(medial, intermédio e lateral).

METATARSO: É constituído por 5 ossos metatarsianos que são


numerados no sentido medial para lateral em I, II, III, IV e V e
correspondem aos dedos do pé, sendo o I denominado hálux e o V
mínimo.

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► IRRIGAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO
O osso é um tecido vivo, complexo e dinâmico. Uma forma sólida de
tecido conjuntivo, altamente especializado que forma a maior parte do
esqueleto e é o principal tecido de apoio do corpo. O tecido ósseo
participa de um contínuo processo de remodelamento dinâmico,
produzindo osso novo e degradando osso velho .

Quanto a irrigação do osso, temos os canais de Volkman e os canais


de Havers. O tecido ósseo não apresenta vasos linfáticos, apenas o
tecido periósteo tem drenagem linfática.

Canais de Harvers: Canais longitudinais. Encontrados nos


ossos compactos. Formado por lâmelas concêntricas.

Canais de Volkman: Canais Transversais. Encontrados


nos ossos compactos. Não possuem lâmelas
concêntricas. Unem os canais de harvers.

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ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL

A Coluna vertebral, estende-se do crânio até a pelve. Ela


é responsável por dois quintos do peso corporal total e é
composta por tecido conjuntivo e por uma série de ossos,
chamados vértebras, as quais estão sobrepostas em
forma de uma coluna.

CURVATURAS DA COLUNA VERTEBRAL

Numa vista lateral, a coluna apresenta várias curvaturas


consideradas fisiológicas.

São elas:

CERVICAL (Convexa ventralmente – LORDOSE)

TORÁCICA (Côncava ventralmente – CIFOSE)

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LOMBAR (Convexa ventralmente – LORDOSE)

PÉLVICA (Côncava ventralmente – CIFOSE)

PRINCIPAIS FUNÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL:


- Protege a medula espinhal e os nervos espinhais;
- Suporta o peso do corpo;
- Fornece um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e um pivô para a cabeça;
- Exerce um papel importante na postura e na locomoção;
- Serve de ponto de fixação para as costelas, a cintura pélvica e os músculos do dorso;
- Proporciona flexibilidade para o corpo;

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► CARACTERÍSTICAS DO DISCO INTERVERTEBRAL

Entre os corpos de duas vértebras adjacentes desde a segunda vértebra


cervical até o sacro, existem os discos intervertebrais.

CONSTITUIÇÃO:
Anel FIBROSO: Disco fibroso periférico composto por tecido cartilaginoso;
NÚCLEO PULPOSO: Substância interna, elástica e macia.

FUNÇÕES:
Formam fortes articulações, permitem vários movimentos da coluna
vertebral e absorvem impactos.

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CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES


1.0 CONCEITO

Articulação é a conexão existente entre quaisquer partes rígidas do esqueleto,


quer sejam ossos, quer sejam cartilagens.

2.0 CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES

Embora apresentem consideráveis variações entre elas, as articulações possuem


certos aspectos estruturais e funcionais em comum que permitem classifica-las em
3 grandes grupos:
A- FIBROSAS (SINARTROSE)
B- CARTILAGÍNEAS (ANFIARTROSE)
C- SINOVIAIS (DIARTROSE)

ARTICULAÇÕES FIBROSAS (SINARTROSES)

São as articulações nas quais o elemento que se interpõe às peças que se articulam
é O TECIDO CONJUNTIVO FIBROSO. A grande maioria delas se apresenta no
crânio. É evidente que a mobilidade existente nessas articulações é extremamente
reduzida, embora o tecido conjuntivo interposto confira uma certa elasticidade ao
crânio.
Há dois tipos de ARTICULAÇÕES FIBROSAS:

A – SINDESMOSES: Possuem uma grande quantidade de tecido conjuntivo que


pode formar ligamento interosseo ou membrana intérossea. Exemplo típico de
sindesmose é a TIBIOFIBULAR, que se faz entre as extremidades distais da tíbia e
da fíbula;

B – SUTURAS: Têm menos tecido conjuntivo que as sindesmoses e são


encontradas principalmente entre os ossos do crânio. Podendo ser:
a- Sutura plana;
b- Sutura escamosa;
c- Sutura serrátil;
d- Esquindilese;

ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS (ANFIARTROSES)

Neste grupo as articulações entre os ossos ocorrem pela interposição de uma


camada de cartilagem. Quando se trata de cartilagem hialina, temos as
SINCONDROSES; quando as superfícies ósseas, revestidas por fina camada de

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cartilagem hialina se articulam pela interposição de fibrocartilagem espessa, tem-se a
SÍNFISE.

ARTICULAÇÕES SINOVIAIS (DIARTROSES)


São articulações ricas em liquido sinovial. Realizam movimentos livres e amplos, são
consideradas MÓVEIS.
A maioria das articulações do corpo humano: Ombro. Cotovelo, joelho, punho, etc;

LEMBRETE:
Assunto recorrente em concurso público. Guarde o tipo de articulação (SINARTROSE,
ANFIARTROSE, DIARTROSE), sua junção (FIBROSA, FIBROCARTILAGINOSA,
SINOVIAL), suas características motoras (SINDESMOSES, SÍNFISES,
SINCONDROSES).

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Fig. MAPA MENTAL – CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES

CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS


ARTICULAÇÕES - ARTICULAÇÕES SINOVIAIS

CLASSIFICAÇÃO EIXO MOVIMENTOS EXEMPLOS

Gínglimo Monoaxial Flexão e Extensão Artic. Umeroulnar,


(Dobradiça) Tibiofemoral,
tibiotalar

Condilar Biaxial Flexão e extensão Artic radiocárpica;


(Elipsoide) Abdução e Adução Metacarpofalangian
as

Selar Biaxial Flexão e extensão Artic.


Abdução e Adução Esternoclavicular;
Carpometacárpica
do polegar

Trocoide Monoaxial Rotação Artic. Radioulnar


proximal;
atlantoaxial

Plana Não axial Deslizamento Artic


acromioclavicular,
sacroilíaca,
patelofemoral
Flexão e Extensão
Esferoide Triaxial Abdução, adução, Artic. Glenoumeral
rotação,
circundução

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LEMBRETE: Alguns autores classificam a
ARTICULAÇÃO DO JOELHO COMO CONDILAR, pois
além dos movimentos de flexão e extensão, ela
realiza rotação.

CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS ARTICULAÇÕES


SINOVIAIS

O movimento nas articulações depende, essencialmente, da forma das


superfícies que entram em contato e dos meios de união que podem limitá-
lo. Na dependência destes fatores as articulações podem realizar
movimentos em torno de um, dois ou três eixos. Este é o critério adotado
para classificá-las funcionalmente.

Quando uma articulação realiza movimentos apenas em torno de um


eixo, diz-se que é monoaxial ou que possui um só grau de liberdade; será
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biaxial a que os realiza em torno de dois eixos (dois graus de liberdade); e
triaxial se eles forem realizados em torno de três eixos (três graus de
liberdade).
Assim, as articulações que só permitem a flexão e extensão, como
a do cotovelo, são monoaxiais; aquelas que realizam extensão, flexão,
adução e abdução, como a rádiocarpal (articulação do punho), são biaxiais;
finalmente, as que além de flexão, extensão, abdução e adução, permitem
também a rotação, são ditas triaxiais, cujos exemplos típicos são as
articulações do ombro e do quadril.

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► ARCOS PLANTARES

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► MANGUITO ROTADOR

O manguito rotador (MR) é um grupo de quatro unidades


músculo-tendão que envolvem anterior, superior e posteriormente a
articulação do ombro. Ele atua para estabilizar o úmero – maior osso da
parte superior do corpo e que liga o ombro ao cotovelo – e equilibrar os
movimentos do ombro.

CONSTITUIÇÃO DO MANGUITO ROTADOR E SUAS RESPECTIVAS


AÇÕES E INERVAÇÕES:

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LIGAMENTOS E ENTORSES DE TORNOZELO

- OS LIGAMENTOS DA ARTICULAÇÃO DO TORNOZELO


SÃO:
●LIGAMENTO MEDIAL/DELTOIDE: CONSTITUÍDO PELOS
LIGAMENTOS: TIBIOTALAR ANTERIOR, TIBIOTALAR POSTERIOR,
TIBIOCALCANEO E TIBIONAVICULAR

●LIGAMENTO COLATERAL LATERAL: CONSTITUIDO PELOS


LIGAMENTOS: TALOFIBULAR ANTERIOR, TALOFIBULAR
POSTERIOR E LIGAMENTO CALCANEOFIBULAR

●LIGAMENTO TIBIOFIBULAR ANTERIOR E TIBIOFIBULAR


POSTERIOR

●LIGAMENTO CALCANEONAVICULAR PLANTAR

OS ENTORSES EM EVERSÃO ACOMETEM OS LIGAMENTOS


MEDIAIS DO TORNOZELO
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TIPOS DE MÚSCULOS

Existem três variedades de músculos:


- Músculo LISO (INVOLUNTÁRIO E NÃO ESTRIADO);
- Músculo CARDÍACO (INVOLUNTÁRIO E COM ESTRIAÇÕES);
- Músculo ESTRIADO ESQUELÉTICO (VOLUNTÁRIO E ESTRIADO).

O musculo liso forma a camada muscular das paredes dos vasos


sanguíneos e órgãos ocos, como por exemplo o estômago, está sob controle
involuntário, contraindo-se lentamente. O musculo cardíaco também não está sob
controle voluntário, e embora existam estriações são diferentes das presentes no
musculo esquelético. O musculo estriado esquelético constitui mais de um terço da
massa corporal total humana e consiste de fibras musculares estriadas não
ramificadas, unidas por tecido areolar frouxo com várias formas, sendo alguns
laminares, outros curtos e grossos, longos e delgados.
O trabalho (T) realizado por um músculo depende de sua potência (F) e
amplitude de contração (E), sendo T= FxE, cuja potência do músculo está
diretamente relacionada com o número de fibras do ventre muscular e a amplitude
de contração depende do seu grau de encurtamento.

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► EPIMÍSIO, PERIMÍSIO, ENDOMÍSIO

Organização do tecido muscular estriado esquelético:

As fibras musculares estão organizadas em grupos de feixes, sendo o


conjunto de feixes envolvidos por tecido conjuntivo denso.
• Epimísio: É uma membrana de tecido conjuntivo que envolve o
músculo.
• Perimísio: Membrana de tecido conjuntivo que envolve um feixe de
fibras.
• Endomísio: Membrana de tecido conjuntivo que envolve uma fibra
(célula) muscular.

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PRINCIPAIS GRUPOS MUSCULARES

MUSCULOS DA MASTIGAÇÃO: M. TEMPORAL; M. MASSETER;


M.PTERIGOIDE MEDIAL; M. PTERIGOIDE LATERAL;
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ALAVANCAS DO CORPO HUMANO

PRIMEIRA CLASSE: Também chamada de alavanca interfixa. O eixo


está localizado entre a força e a resistência. É uma alavanca de
estabilidade, utilizada na manutenção da postura e equilíbrio.

SEGUNDA CLASSE: Também chamada de alavanca inter-resistente.


A resistência está localizada entre o eixo e a força.

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TERCEIRA CLASSE: Também chamada de alavanca interpotente. A
força está localizada entre o eixo e a resistência. É uma alavanca de
velocidade. É o tipo mais comum no corpo humano.

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VAMOS RELEMBRAR A IMPORTÂNCIA DO ÂNGULO Q?

É MAIOR NAS MULHERES, POIS APRESENTAM MAIOR DISTÂNCIA


HORIZONTAL ENTRE AS CRISTAS ILÍACAS ANTEROSSUPERIORES.

O ângulo-q é amplamente usado na avaliação de pacientes com problemas no


joelho, principalmente síndrome da dor patelofemoral (SDPF). Quanto maior o
ângulo-q, maiores as forças de lateralização da patela, que aumentam a pressão
retropatelar entre a faceta lateral da patela e o côndilo femoral lateral.

VALORES NORMAIS PARA O ÂNGULO Q CITADOS NA LITERATURA:


HOMENS: 8 A 14º / MULHERES: 15 A 17º

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FASES DA MARCHA HUMANA

A MARCHA HUMANA É DIVIDIDA EM DUAS FASES:

FASE DE APOIO: REPRESENTA 60% DA MARCHA

- APOIO DO CALCANHAR;

- APLANAMENTO DO PÉ;

- APOIO MÉDIO (ACOMODAÇÃO INTERMEDIÁRIA);

- PRÉ – BALANÇO (IMPULSO)

FASE DE BALANÇO: REPRESENTA 40% DA MARCHA

- ACELERAÇÃO;

- OSCILAÇÃO INTERMEDIÁRIA;

- DESACELERAÇÃO.

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TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES

FIBRAS MUSCULARES
VERMELHAS/ CONTRAC LENTA/ TIPO I BRANCAS/CONTRAC RÁP/TIPO II

PEQUENA QUANTIDADE DE FORÇA ALTA QUANTIDADE DE FORÇA

TAXA DE FOSFORALIZAÇÃO OXIDATIVA CONTRAEM-SE MUITO RÁPIDO


(+MITOCÔNDRIAS)

MAIOR RESISTÊNCIA TAXA DE GLICÓLISE ANAERÓBICA

MAIS FATIGÁVEIS

AS FIBRAS DO TIPO II SÃO SUBDIVIDIDAS EM:

- II A: Fibras intermediárias, possuem metabolismo


glicolítico e oxidativo.

II B: São apenas glicolíticas

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TIPOS DE CONTRAÇÃO MUSCULAR

Contração isométrica: O músculo contrai-se e produz força sem


alteração macroscópica no ângulo da articulação. Chamadas de
contrações estáticas ou de sustentação, normalmente é usada para
manutenção da postura. Funcionalmente estas contrações estabilizam as
articulações.

Contração isotônica: Também denominada de


contração dinâmica. Pode ser de dois tipos:
- Concêntrica: Ocorre um encurtamento muscular. Durante a contração, a
origem e a inserção muscular se aproximam, produzindo aceleração de
segmentos do corpo.
Excêntrica: Ocorre alongamento muscular. A origem e inserção muscular
se afastam produzindo a desaceleração dos segmentos do corpo e
fornecem absorção de choque (amortecimento).

Contração isocinética: Contração com velocidade constante em


toda a adm. Necessita de equipamentos especiais e independe da carga.

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CADEIA CINÉTICA ABERTA

AS CADEIAS CINÉTICAS PODEM SER


CLASSIFICADAS EM DUAS CATEGORIAS DISTINTAS:

- CADEIA CINÉTICA ABERTA (CCA)

- CADEIA CINÉTICA FECHADA (CCF)

A CCA: um movimento em CCA é definido como aquele que ocorre


quando o segmento distal de uma extremidade move-se livremente no
espaço, resultando no movimento isolado de uma articulação.
Exemplos: O ato de chutar uma bola, acenar com a mão, levar um copo de
agua à boca, entre outros.

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CADEIA CINÉTICA FECHADA (CCF)

É definido como aquele nas quais as articulações terminais


encontram resistência externa que impede ou restringe a
sua movimentação livre. O pé ou a mão encontram
resistência ou estão fixados.

Sob a ótica biomecânica, os exercícios em CCF apresentam maior


segurança e produzem forças potencialmente menos danosas às
estruturas em processo de reparo pós lesão, quando comparados aos
exercícios em CCA. Além disso, exercícios em CCF demonstraram
melhorar a congruência articular, diminuir as forças de cisalhamento e
estimular os mecanoceptores articulares utilizando carga axial e aumento
de forças compressivas sobre a articulação.

LEMBRETES:

Nos exercícios de CCF o segmento distal (pé ou mão) está


fixo, apoiado. Nos exercícios em cadeia cinética aberta o
segmento distal está livre, pendente.

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TIPOS DE CONTRATURA

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COMPLEXO DO OMBRO

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COMPLEXO DO OMBRO
ESTRUTURA ÓSSEA:
- CLAVÍCULAS;
- ESTERNO;
- ESCÁPULAS;
- ÚMEROS.

ESTRUTURA ARTICULAR:
ARTICULAÇÕES VERDADEIRAS:
- Esternoclavicular (Artic em Sela);
- Acrômioclavicular (Artic Plana)
- Glenoumeral ( Artic Esferoide)

ARTICULAÇÕES FALSAS:
- Escapulodorsal;
- Subacromial;
- Sulco Bicipital (Intertubercular)

O LIGAMENTO GLENOUMERAL INFERIOR é considerado o


principal estabilizador do OMBRO ABDUZIDO.

ARCO CORACOACROMIAL: Processo coracoide/ Acrômio/


Ligamento coracoacromial

RITMO ESCAPULOUMERAL (RELAÇÃO DE 2:1)

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Os primeiros 30º de movimentação do ombro ocorrem de forma
pura, contudo após essa movimentação verifica-se que para cada
2 graus de abdução/flexão do ombro, a escápula realiza 1 rotação
lateral de 1 grau.

A CÁPSULA ARTICULAR DO OMBRO É REFORÇADA PELOS


LIGAMENTOS:
- LIGAMENTOS GLENOUMERAIS SUP/MED/INFERIOR;
- LIGAMENTO CORACOUMERAL

O MANGUITO ROTADOR: Reforça a cápsula articular;


Estabilizam a cabeça do úmero na cavidade glenoide, permitem
a mobilidade e a nutrição da articulação glenoumeral.

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ESTRUTURA MUSCULAR DO COMPLEXO DO OMBRO


ROMBOIDE Adução e rotação para N. Escapular Dorsal
baixo da escápula (C4-C5)

SERRATIL Abdução do Ombro e N. Torácico longo


ANTERIOR rot para cima da (C5-C8)
escápula

PEITORAL MENOR Abd do ombro N Peitoral, medial,


Depressão e rot p/ baixo lateral
da escap (C6-T1)

SUPRAESPINHOSO Abd do ombro N Supraescapular


(C4-C6)

INFRAESPINHOSO Rot ext do ombro N Supraescapular


(C4-C6)

REDONDO MENOR Rot ext do Ombro N axilar


(C5-C6)

SUBESCAPULAR Rot interna do Ombro N Subescapular Inf/Sup


(C5-C7)

REDONDO MAIOR Extensão/Adução/ rot int N Subescapular Inferior


do ombro (C5-C7)

CORACOBRAQUIAL Adução/Flex do Ombro N. Musculocutâneo


(C5-C7)

GRANDE DORSAL Ext/ hiperext/ rot int/ N. Toracodorsal


adução do ombro (C6-C8)

PEITORAL MAIOR Flex/ Rot int/ Ad/ Extens N Peitoral lat, med
do Ombro (C5-C7)

DELTOIDE Flex/ rot int e ad N. Axilar


horizontal / Abd do (C5-C6)
Ombro
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TRAPÉZIO Elevação/ rot. P cima/ N. Acessório


adução da escápula (C3-C5)

Fibras inf: Depressão,


ad, rot p/cima da
escápula

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COMPLEXO DO COTOVELO I – ESTRUTURA ÓSSEA


ESTRUTURA ÓSSEA:
- ÚMERO: Osso longo cuja extremidade distal articula-se com o rádio e a
ulna. A extremidade compõe-se de côndilos e epicôndilos medial e lateral.
Acima dos epicôndilos medial e lateral, observam-se as cristas
supracondilares medial e lateral, respectivamente. Na extremidade distal,
medialmente encontramos a tróclea, lateralmente, o capítulo. Na face
anterior, encontra-se a fossa coronóide, na face posterior, a fossa do
olecrano. Entre o epicôndilo medial e a fossa do olecrano, encontramos a
GOTEIRA EPITROCLEANA por onde passa o nervo ulnar mais
superficialmente.

EPÍFISE DISTAL DO ÚMERO

TRÓCLEA – Semelhante a um carretel. Articula-se com a ulna.

CAPÍTULO – Eminência lisa e arredondada. Articula-se com o rádio.

EPICÔNDILO MEDIAL – Localiza-se medialmente à tróclea.

EPICÔNDILO LATERAL – Pequena eminência tuberculada. Localizado


lateralmente ao capítulo.

FOSSA CORONOIDE – Pequena depressão que recebe o processo


coronoide da ulna na flexão do antebraço.

FOSSA DO OLÉCRANO – Depressão triangular profunda que recebe o


olécrano na extensão do antebraço.

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RÁDIO: É o osso lateral do antebraço. É o mais curto dos dois ossos do


antebraço. Articula-se proximalmente com o úmero e a ulna e distalmente com os
ossos do carpo e a ulna. Apresenta duas epífises e uma diáfise.

EPÍFISE PROXIMAL

CABEÇA – É cilíndrica e articula-se com o capítulo do úmero

COLO DO RÁDIO – Porção arredondada, lisa e estrangulada localizada


abaixo da cabeça

TUBEROSIDADE RADIAL – Eminência localizada medialmente, na qual


o tendão do bíceps braquial se insere

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- ULNA: É o osso medial do antebraço. Articula-se proximalmente com o


úmero e o rádio e distalmente apenas com o rádio. É um osso longo que
apresenta duas epífises e uma diáfise.

EPÍFISE PROXIMAL

OLÉCRANO – Eminência grande que forma a ponta do cotovelo

INCISURA TROCLEAR – Grande depressão formada pelo olécrano e o


processo coronoide e serve para articulação com a tróclea do úmero

PROCESSO CORONOIDE – Projeta-se da parte anterior e proximal do


corpo da ulna

INCISURA RADIAL – Articula-se com a cabeça do rádio

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ESTRUTURA ARTICULAR E LIGAMENTAR

ARTICULAÇÃO UMERORRADIAL:
Observa-se que o capítulo do úmero se articula com a cabeça do
rádio. É classificada como uma articulação do tipo gínglimo (dobradiça).
Uniaxial, capaz de realizar movimentos de flexão e extensão. Em virtude
do formato arrendado do capítulo DO ÚMERO, alguns autores classificam
essa articulação como CONDILAR.

ARTICULAÇÃO UMEROULNAR:
Observa-se que a tróclea do úmero, articula-se com a incisura
troclear da ulna. Também é considerada uma articulação do tipo gínglimo
(dobradiça) realiza movimentos de flexão e extensão.

ARTICULAÇÃO RADIOULNAR PROXIMAL:


Nesta articulação a cabeça do rádio articula-se com a incisura radial
da ulna. É classificada com uma articulação do tipo pivô (trocoide), pois a
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cabeça do rádio realiza um giro em torno da incisura radial da ulna. Durante
os movimentos de pronossupinação do antebraço, o ligamento anular
circunda a cabeça do rádio formando um anel e fixando-se nas margens
anterior e posterior da incisura radial.

ÂNGULO DO CARREGAMENTO DO COTOVELO


Também denominado de ÂNGULO DE CARGA OU DE
CONDUÇÃO. Os eixos longitudinais do braço e antebraço devem ser
observados quando o membro superior está estendido em posição
ANATÔMICA ou FUNDAMENTAL. Esse ângulo determina um valgo
fisiológico comum entre homens e mulheres. O ângulo de carregamento
do complexo do cotovelo é determinado pelo fato de a tróclea se distanciar
mais do que o capitulo do úmero fazendo com que apareça uma angulação
que varia entre as pessoas.
O ângulo de condução nos homens mede cerca de 5 graus e nas
mulheres em torno de 13 graus.

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A cápsula articular do complexo do cotovelo é reforçada na porção anterior e na posterior pelos


ligamentos anterior e posterior, respectivamente. Os ligamentos colaterais lateral (radial) e medial
(ulnar), permitem o controle dos movimentos no plano frontal – lesões ou deformidades em valgo ou
varo. O LCL apresenta um formato de leque com 3 feixes que se estendem a partir do epicôndilo lateral
até o ligamento anular ( 2 feixes) e ao olecrano ( 1 feixe).
O LCM parte do epicôndilo medial, dividindo-se em dois feixes , um anterior, que se dirige ao processo
coronoide, um posterior, que se dirige ao olecrano.

ESTRUTURA MUSCULAR DO COMPLEXO DO COTOVELO


BÍCEPS BRAQUIAL Flexão do Cot e do Omb Nervo musculocutâneo
Supinação do anteb.

BRAQUIAL Flexão do Cotovelo Nervo musculocutâneo

BRAQUIORRADIAL Flexão do cot e Nervo radial


Pronossupinação do ant

TRÍCEPS BRAQUIAL Extens do cot Nervo radial


Adução e extens do omb

ANCÔNEO Extensão do cot Nervo radial

SUPINADOR Extensão do cot Nervo radial

PRONADOR Pronação do ant e flexão Nervo mediano


REDONDO do cotov

PRONADOR Pronação do ant Nervo mediano


QUADRADO
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COMPLEXO DO QUADRIL

ESTRUTURA ÓSSEA:
A pelve consiste no SACRO, no CÓCCIX, e em três ossos
fundidos – O ÍLIO, O ÍSQUIO E O PÚBIS, que juntamente com o
FÊMUR, formam o complexo do quadril.

ESTRUTURA ARTICULAR
- Art. Lombossacra ( Entre L5-S1)
- Art. Sacroilíacas ( Art. Diartrodial)
- Art. Sacrococcígea (Art. Sínfise)
- Sínfise Púbica (Art. Cartilaginosa)
- Art. Acetabulofemoral (Art. Sinovial/bola-soquete)
Cápsula reforçada Iliofemoral (Ligamento Y)
Por 3 ligamentos Isquiofemoral
Principais: Pubofemoral

- EIXO ANATÔMICO DO FÊMUR;


- EIXO MECÂNICO DO FÊMUR;

- O colo do fêmur apresenta um ângulo de inclinação de


aproximadamente 125º. Esse ângulo determina:
A efetividade dos abdutores do quadril;
Comprimento dos MMII;
Forças impostas sobre a articulação do quadril.

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Ângulo < 125º: COXA VARA. Ampliação da efetividade dos


abdutores; Diminuição da carga sobre a cabeça femoral e
aumento sobre o colo femoral.

ÂNGULO >125º: COXA VALGA. Redução da efetividade dos


abdutores do quadril. Aumenta a carga sobre a cabeã femoral,
diminuindo sobre o colo femoral.

ESTRUTURA MUSCULAR DO COMPLEXO DO QUADRIL


ILIOPSOAS FLEXAO E ROT. N. FEMORAL
EXTERNA DO QUADRIL (plexo lombar)
L1-L4
RETO FEMORAL FLEXÃO DE
QUADRIL/EXTENSÃO DE N. FEMORAL
JOELHO (L2-L4)

SARTÓRIO FLEXÃO/ROT EXT./ ABD N. FEMORAL


DO QUADRIL/ FLEX DO (L2-L4)
JOELHO/ AUXILIA NA ROT
INT DA TÍBIA EM
RELAÇÃO AO FÊMUR

GLÚTEO MAX EXT/ HIPEREXT/ ROT N. GLÚTEO


EXTERNA DO QUAD INFERIOR

GLÚTEO MÉD ABD/ ROT. INT E EXT GLÚTEO


FLEX E EXT DO QUAD SUPERIOR

GLÚTEO MIN ABD/ ROT INTERN/ N. GLÚTEO SUP


AUX FLEX DO QUAD

TENSOR DA FÁSCIA FLEX/ ROT INT/ ABD DO N. GLÚTEO SUP


LATA QUADRIL/ AUXILIA EXT
DO JOELHO

BÍCEPS
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FEMORAL Cab. Longa: Ext/rot ext do N. CIÁTICO
quadril/ Flex e rot. Externa
do joelho
Cab. Curta: Flex/ rot
externa do joelho

SEMITENDINOSO EXT DO QUADRIL N CIÁTICO


FLEX DO JOELHO
ROT INT DA TÍBIA EM
RELAÇÃO AO FEM
N CIÁTICO
SEMIMEMBRANOSO EXT DE QUADRIL
FLEX DE JOELHO

PECTÍNEO ADUÇÃO E FLEXAO DE N FEM/


QUADRIL OBTURADOR

ADUTOR LONGO AD DO QUADRIL N OBTURADOR

ADUTOR CURTO AD DO QUADRIL N OBTURADOR

ADUTOR MAGNO AD DO QUADRIL N OBTURADOR

GRÁCIL AD DO QUADRIL N OBTURADOR


FLEX E ROT INT DA TÍBIA
EM REL AO FEM

ROTADORES EXTERNOS N. OBTURADOR


PROFUNDOS: ROT EXTERNA DO EXTERNO
PIRIFORME QUADRIL
OBTURADOR INT/EXT
QUADRADO FEMORAL
GÊMEO SUP/ INF

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EIXO ANATÔMICO E EIXO MECÂNICO DO FÊMUR

EIXO ANATÔMICO EIXO MECÂNICO

Linha que passa Linha que inicia no centro da


centralmente pela diáfise articulação do quadril e se
femural. estende até o centro da
articulação do joelho.

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COMPLEXO DO JOELHO

A articulação do joelho é considerada a maior do corpo humano.


É uma das que mais sofre lesões, já que é mantida e suportada
quase que inteiramente por músculos e ligamentos, praticamente
sem o auxílio das estruturas ósseas.

ESTRUTURA ÓSSEA:
- FÊMUR; - TÍBIA; - PATELA; FÍBULA.

ESTRUTURA ARTICULAR:
- FEMOROTIBIAL (Articulação sinovial/Gínglimo/Condilar*)
- PATELOFEMORAL
- TIBIOFIBULAR PROXIMAL

ARTICULAÇÃO FEMOROTIBIAL:
MENISCOS: Fibrocartilagem que servem para aumentar a
congruência e distribuir melhor a pressão e aprofundar a
superfície de contato fêmur/tíbia.
Menisco Medial: FORMA- Lua Crescente
Menisco Lateral: FORMA – Oval, tem maior mobilidade em
relação ao medial.
Os meniscos se movem de acordo com o movimento realizado
pelo joelho:
NA EXTENSÃO – Se deslocam anteriormente;
NA FLEXÃO – Se deslocam POSTERIORMENTE.

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São quase que totalmente avasculares, têm um pequeno aporte
sanguíneo em suas partes externas.

- LIGAMENTOS DO COMPLEXO DO JOELHO


- LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR (LCA);
- LIGAMENTO CRUZADO POSTERIOR (LCP);
- LIGAMENTO COLATERAL MEDIAL (LCM);
- LIGAMENTO COLATERAL LATERAL(LCL).

LCA: Evitar a anteriorização da tíbia em relação ao fêmur e limitar


movimentos rotacionais do joelho.
LCP: Limitar a posteriorização da tíbia/fêmur.
LCM: Suportar o joelho contra força em valgo; Resistir rotações
internas/externas;
LCL: Suportar o joelho contra forças em varo.

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ESTRUTURA MUSCULAR DO COMPLEXO DO JOELHO
VASTO LATERAL EXTENSÃO DO N. FEMORAL
VASTO MEDIAL JOELHO (L2-L4)
VASTO INTERM.

VASTO MEDIAL TRACIONAR A PATELA N. FEMORAL


OBLÍQUO (VMO) MEDIALMENTE (L2-L4)

PLANTAR AUXILIA A FLEXÃO DO N. TIBIAL


JOELHO/ FLEXÃO (L4-S1)
PLANTAR DO
TORNOZELO

POPLÍTEO ROT INT DA TÍBIA N. TIBIAL


SOBRE O FÊMUR/ (L4-S1)
INICIA A FLEXÃO DE
JOELHO

BÍCEPS FEMORAL FLEXÃO E ROTAÇÃO N. CIÁTICO


EXTERNA DO JOELHO (RAMO FIB)
FLEXÃO DO JOELHO/
SEMITENDINOSO ROTAÇÃO INTERNA N. CIÁTICO
DA TÍBIA EM RELAÇÃO (RAMO TIBIAL)
AO FÊMUR
FLEXÃO DO JOELHO
SEMIMEMBRANOSO N. CIÁTICO
(RAMO TIBIAL)

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COMPLEXO DO TORNOZELO

O tornozelo e o pé são estruturas anatômicas muito complexas,


compostas por 28 OSSOS, 34 articulações, sendo 30 sinoviais, mais de
100 ligamentos e 30 músculos que agem no segmento.

ESTRUTURA ÓSSEA:
Ossos do retropé: Tálus e Calcâneo;
Ossos do mediopé: Cuboide, Navicular e Cuneiformes Med, Inter, Lat.;
Ossos do antepé: Metatarsos (5), Falanges (14).

ESTRUTURA ARTICULAR (PRINCIPAIS ARTICULAÇÕES):


- Tibiofibular
- Talotibial
- Subtalar
- Transverso do tarso
- Tarsometatarsianas
- Metatarsofalangeanas
- Interfalangeanas

Na parte medial do tornozelo:


LIGAMENTO DELTOIDE (4 feixes ligamentares): Tibiotalar ant./
Tibiotalar post./ Tibiocalcâneo/ Tibionavicular

Na parte lateral do tornozelo:

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LIGAMENTOS DA ENTORSE: Talofibular ant./ Talofibular post/ Calcâneo
fibular

ESTRUTURA MUSCULAR DO COMPLEXO DO COTOVELO

GASTROCNÊMIO Flexão plant do N. TIBIAL


tornozelo, auxilia na
flexão do joelho
SÓLEO Flexão plantar do N TIBIAL
tornozelo
TIBIAL POSTERIOR Inversão e flexão N TIBIAL
plantar do tornozelo
TIBIAL ANTERIOR Inversão e dorsiflexão N FIBULAR
do tornozelo PROFUNDO
FLEXOR LONGO Flex da artic N TIBIAL
DO HALUX interfalangeana do
hálux, auxilia a flexão
metatarsofalangeana, a
flexão plantar e a
inversão do tornozelo
FLEXOR LONGO Flex das articulações N TIBIAL
DOS DEDOS interfalangeanas distais
e proximais e
metatarsofalangeanas.
Auxilia na flexão plantar
Inversao do tornozelo
EXTENSOR Ext da artic N FIBULAR
LONGO DO HÁLUX metatarsofalangeana e PROFUNDO
interfalangeana do
hálux, auxil inversão e
dorsiflexão do tornozelo
FIBULAR LONGO/ Eversão do tornozelo N FIBULAR
CURTO Auxilia a flex plantar SUPERFICIAL
FIBULAR Eversao do tornozelo, N FIBULAR
TERCEIRO dorsiflexão do tornoz PROFUNDO
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ABDUTOR DO Abdução e aux na N PLANTAR
HÁLUX flexão da artic MEDIAL
metatarsofalangeana
do hálux
FLEXOR CURTO Flex das artic NERVO PLANTAR
DOS DEDOS interfalangeanas LATERAL
proximais e auxilia na
flexão das articulações
metatarsofalangeanas
do 2º ao 5º dedos
ABDUTOR DO Abdução do dedo N PLANTAR
DEDO MÍNIMO mínimo LATERAL
LUMBRICAIS Flexao das artic N PLANTAR
metatarsofalangeanas, MED/LATERAL
auxilina a extensão das
artic interfal. Do 2º ao 5
dedo
QUADRADO Auxilina na flexão do 2º N PLANTAR
PLANTAR ao 5º dedo LATERAL
FLEXOR CURTO Flex da artic N PLANTAR
DOS DEDOS metatarsofalangeana MEDIAL
do hálux

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TRÍADE DO INFELIZ

Refere-se a uma lesão que afeta simultaneamente 3 estruturas a nível do


joelho, são elas:
- LIGAMENTO COLATERAL MEDIAL;
- LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR;
- MENISCO MEDIAL

- Foi descrita por O`DONOGUE;


- Comum em atletas (esquiadores e jogadores de futebol);
- Ocorre durante simulações de impacto lateral;
- Envolve tipicamente o mecanismo de valgo-rotação externa.

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EPICONDILITE MEDIAL E LATERAL

EPICONDILITE MEDIAL
COTOVELO DE GOLFISTA.
COMPROMETIMENTO DOS MÚSCULOS FLEXORES DE PUNHO E
DEDOS E/OU PRONADORES DO ANTEBRAÇO;
TESTE DO COTOVELO DE GOLFISTA

EPICONDILITE LATERAL

COTOVELO DE TENISTA
- Geralmente acomete pessoas entre 30 e 60 anos e é definida como uma
afecção degenerativa que ocorre inicialmente por microlesões na origem
da MUSCULATURA EXTENSORA DO ANTEBRAÇO.
- Sua apresentação clínica caracteriza-se por dor sobre o EPICÔNDILO
LATERAL, com irradiação para a musculatura EXTENSORA e diminuição
da força de preensão, afetando as atividades cotidianas.
- Seu mecanismo de lesão se dá por esforços repetitivos, geralmente
laborais ou esportivos

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ARTRITE REUMATÓIDE

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DOENÇA DE LEGG-CALVE PERTHES

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CONTRATURA DE DUPUYTREN
Trata-se de uma patologia fibroproliferativa da mão, potencialmente
progressiva e incapacitante, de clara predisposição genética. Fibrose da
FÁSCIA PALMAR, presença de nódulos, contratura em flexão de dedos.
Acomete principalmente os dedos anular e mínimo.
Foram descritos 3 estádios para a doença - proliferativo, involucional e
residual - que possui dois elementos fibróticos estruturalmente distintos: o
nódulo, altamente vascularizado e rico em miofibroblastos que expressam
a α-actina típica do músculo liso , e as cordas, mais avasculares,
acelulares, ricas em colagénio III e pobres em miofibroblastos.

TENOSSINOVITE ESTENOSANTE:
Dedo em Gatilho. Espessamento da bainha sinovial dos tendões dos
músculos flexores dos dedos.
O dedo em gatilho é exemplo de tenossinovite estenosante que ocorre
como resultado do bloqueio da extensão ativa dos dedos, em conseqüência
da desproporção entre o diâmetro dos tendões flexores e o sistema de
polias.
Esse fenômeno ocorre quando o tendão, ao deslizar no interior do túnel
osteofibroso denominado polia A1, tem seu deslizamento bloqueado,
limitando em consequência sua excursão. Sua etiologia é desconhecida.
São apontados como fatores causais a presença de gânglio intratendíneo,
a proliferação sinovial e a fibrose da bainha flexora, porém, não há
consenso na literatura sobre a verdadeira causa responsável pelo dedo em
gatilho

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SINDROME DO TÚNEL CUBITAL
Compressão do nervo ulnar na região do cotovelo.
A síndrome do túnel cubital é uma doença que envolve a compressão
ou o estiramento do nervo ulnar, o que pode causar dormência ou
formigamento nos dedos anelar e mínimo, dor no antebraço e fraqueza
na mão.

SINDROME DO CANAL DE GUYON


Compressão do nervo ulnar na região do punho. Existem diversas causas
de compressão no canal de Guyon, como traumas, tumores, tromboses da
artéria ulnar ou cistos. O aumento da pressão dentro do canal provoca uma
diminuição de velocidade de condução do estímulo nervoso, gerando dor,
parestesia e fraqueza muscular.

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SINDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO


A Síndrome do Desfiladeiro Torácico (SDT) é causada pela compressão
do plexo braquial, artéria subclávia e veia subclávia na região do
desfiladeiro torácico. Estas estruturas podem ser comprimidas entre a
clavícula e a primeira costela ou por um número de variações anatômicas.
A compressão neurológica é a forma mais comum da síndrome do
desfiladeiro torácico. Complicações vasculares ocorrem com pouca
frequência. Complicações arteriais geralmente resultam da compressão da
artéria subclávia por costela cervical completa. As complicações venosas
estão muitas vezes relacionadas à compressão muscular da veia
subclávia. A forma neurogênica, anteriormente descrita, é a mais comum,
constituindo mais de 95% dos casos. Já a forma venosa representa 2% a
3% e, a arterial, cerca de 1% dos casos. Fatores de risco incluem biótipo
e variações individuais, como genética, idade e sexo. No Brasil, não há
dados acerca da epidemiologia da SDT.
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ESPONDILOLISTESE:
Deslizamento do corpo vertebral no sentido anterior, posterior ou lateral
em relação a vértebra abaixo

ESPONDILÓLISE
Perda da continuidade óssea, ocorre desarticulação entre o processo
articular inferior e superior de uma vértebra. Mais comum nas vértebras
L4-L5, L5 –S1. Pode originar a espondilolistese.

ESPONDILOSE:
Doença degenerativa da coluna vertebral. É um tipo de artrose.

ESPONDILITE ANQUILOSANTE:
Doença reumática caracterizada pela presença de inflamação na coluna
vertebral e quadril (sacroileíte). Há também rigidez e quadro álgico.

DOENÇA DE PAGET:
Conhecida como OSTEÍTE DEFORMANTE. Os ossos apresentam
crescimento anormal e se tornam mais frágeis.

OSTEOGÊNESE IMPERFEITA:
Doença de Lobstein, doença dos ossos de vidro. É uma doença genética,
cuja principal característica é a fragilidade óssea, os ossos se quebram
facilmente. Há deficiência na produção de colágeno tipo I.

SINDROME SIMPÁTICO-REFLEXA:

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Conhecida como atrofia de Sudeck, síndrome ombro-mão. Disturbio
neuropático, vasomotor que acomete o braço.

DOENÇA DE RAYNAUD:
Doença caracterizada pela presença de palidez, cianose e/ou hiperemia
em extremidades. Ocorre constricção de pequenas arteríolas. A
crioterapia é contraindicada.

SINDROME DO PIRIFORME
A síndrome do músculo piriforme é um termo aplicado a um tipo de dor
ciática relacionada a uma condição de espasmo ou hipertrofia do músculo
piriforme tendo em vista sua íntima relação topográfica com o nervo ciático.
Aparentemente não existe uma causa comum que determine o
aparecimento dessa síndrome. Na literatura encontram-se múltiplas
etiologias que incluem hipertrofia do músculo piriforme, pseudoaneurisma
da artéria glútea inferior, excesso de exercícios, esforço repetitivo,
inflamação e espasmo do músculo piriforme, traumas diretos ou indiretos
nas regiões sacroilíaca ou glútea, contratura em flexão do quadril,
infecção, variações anatômicas.

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CISTO DE BAKER:
Conhecido como cisto poplíteo. É o acúmulo de líquido sinovial nas
bainhas dos tendões e das bursas localizados atrás dos joelhos

PLICA SINOVIAL PATOLÓGICA:


É uma prega da membrana fibrosa do joelho, que se projeta para a
cavidade articular. É uma remanescencia embrionária da membrana
sinovial.

HÁLUX VALGO:
Conhecido como joanete. É o desvio lateral acentuado do primeiro
pododáctilo. Ocorre também o desvio medial do primeiro metatarso.

FASCITE PLANTAR:
Inflamação das fáscia plantar. Pode estar associada ao esporão de
calcâneo. A dor é maior pela manhã, ou após um período de repouso.
Geralmente alivia com a movimentação.

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FRATURAS

Confo rme Serra et al. (2001), entende-se por fratura a solução de


continuidade que se produz em um osso quando a força aplicada sobre
ele é superior à sua elasticidade.
De acordo com Sizínio e Xavier (1998), do ponto de vista mecânico,
fratura representa a perda da capacidade do osso de transmitir
normalmente a carga durante o movimento, o que ocorre por perda da
integridade estrutural.
TIPOS DE FRATURA
Conforme Starkey e Ryan (2001), os esquemas de classificação das
fraturas ósseas devem levar em consideração o local da fratura com
relação ao restante do osso, a forma, direção e magnitude da linha ou
linhas de fratura, bem como o tempo transcorrido para a ocorrência da
mesma.
De acordo com Bontrager (2005), muitos termos são usados na
descrição de fraturas. Os mais comuns são:
– Fratura simples ou fechada: significa a presença de fragmentação
óssea, mas com pele intacta.
– Fratura composta ou aberta: significa que a pele próxima à fratura não
está intacta. A pele foi invadida por um ou mais fragmentos ósseos ou
por um corpo estranho penetrante.
– Fratura completa: a quebra é completa e inclui o corte transversal do
osso.
– Fraturas transversais: são causadas por golpe direto, força de
cisalhamento ou força de tênsil aplicada à diáfise de um osso longo, e
resultando numa linha de fratura que é perpendicular ao eixo
longitudinal do osso.
– Fratura oblíqua: a fratura atravessa o osso em um ângulo oblíquo.

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– Fratura em espiral: nessa fratura o osso é separado e a fratura forma
“espirais” ao redor do eixo longitudinal.
– Fratura cominutiva: o osso é estilhaçado ou esmagado no local do
impacto, resultando em dois ou mais fragmentos.
– Fraturas longitudinais: ocorrendo mais comumente em decorrência de
uma queda, tem uma linha de fratura que avança paralelamente ao eixo
longitudinal do osso.
– Fraturas diafisárias: envolve apenas a diáfise do osso.
– Fraturas epifisárias: constituem uma linha de fratura que passa pela
linha epifisária do osso ainda não consolidada.
– Fraturas articulares: provocam ruptura da cartilagem articular.

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FRATURA DE COLLES E A FRATURA DE SMITH: Acometem
a extremidade distal do osso rádio, a diferença é que na de COLLES o
indivíduo cai sobre a palma da mão (punho em extensão) e o fragmento
desloca-se POSTERIORMENTE, já na de SMITH a queda ocorre sobre
o DORSO da mão (punho em flexão), e o fragmento desloca-se
ANTERIORMENTE. A fratura de Colles pode gerar deformidade em
“dorso de garfo”. A fratura de Smith é conhecida como fratura de Colles
invertida.

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FRATURA DE GALEAZZI: Acomete o terço distal do rádio e
causa luxação da articulação radioulnar distal. O
mecanismo de lesão é a hiperextensão do punho em
pronação.

FRATURA DE MONTEGGIA: Fratura do terço proximal da ulna


acompanhada de luxação da articulação radioulnar
proximal. Decorrente de trauma e queda sobre a mão com o
braço estendido e pronação forçada.

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FRATURA DE BARTON:

Também acomete a EXTREMIDADE DISTAL DO RÁDIO com


deslocamento dorsal do fragmento, acompanhada de
luxação do CARPO.

FRATURA DE BENNET:

Fratura-luxação da primeira articulação


carpometacarpiana. Mecanismo de lesão: Abdução e/ou
flexão brusca do polegar.

FRATURA DO BOXEADOR:

Fratura do colo do quinto metacarpo. Mecanismo de lesão:


Trauma direto com a mão fechada.

FRATURA DE JEFFERSON:

Fratura dos arcos anterior e posterior do atlas. Resultante


de compressão axial ou hiperextensão do pescoço.

FRATURA DE JONES:

Fratura da base do quinto metatarso. Mecanismo de lesão:


Entorse em inversão do tornozelo.

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GRAU DE FORÇA MUSCULAR

A FORÇA DO PACIENTE É CLASSIFICADA NUMA ESCALA DE 0 A 5 GRAUS, de


acordo com a MRC.

Para não esquecer mais:

0: Ausência;

1:Traço;

2: Fraca;

3: Regular;

4: Boa;

5: Normal.

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NEUROANATOMIA
COMPONENTES E ORGANIZAÇÃO DO SN

Neurônio: Unidade estrutural funcional básica do SN.


Funções: Receber e integrar informações que chegam dos receptores sensitivos ou de
outros neurônios e transmitir informações para outros neurônios ou órgãos efetores.
O neurônio em repouso possui um potencial elétrico entre 60/70milivolts, com a parte
negativa interna em relação a parte externa.
Quando ele é excitado, há uma breve reversão da polaridade no seu potencial de ação.

NEURÓGLIA:
Oligodendrócitos: formam a bainha de mielina;
Astrócitos: forma a barreira hematoencefálica. Função: proteção.
Micróglia: papel fagocitivo em lesões a nível do SN.

SISTEMA NERVOSO: CENTRAL E PERIFÉRICO


SNC: Encéfalo e medula espinal
SNP: Nervos Cranianos e Nervos Espinais

LOBOS:
FRONTAL: Contém o córtex-motor primário e pré-motor (giro pré-central): mais alto
nível do cérebro para controle do movimento.
PARIETAL: Córtex motor-sensitivo primário. Local das vias transportando: tato,
pressão, dor, temperatura da metade oposta do corpo.
OCCIPITAL: Córtex-visual
TEMPORAL: Córtex-auditivo

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MENINGES
Todo o SNC é revestido por membranas, tecido conjuntivo, que são as
meninges;
Tem função de revestir e proteger o tecido nervoso, determinando
espaços com importância anatomoclínica;
São 3 membranas/meninges:
- Dura-máter: É a camada mais externa, bastante resistente e não
estirável. Formada por 2 folhetos. A inervação da dura-máter,
principalmente na dependência do nervo trigêmeo, é rica e sua
sensibilidade dolorosa tem grande importância anatomoclínica.
- Aracnoide: É uma camada delgada, avascular e delicada, não
acompanha os sulco do encéfalo, mas interliga os giros. É a camada do
meio está em contato com a dura-máter, delimita externamente o espaço
subaracnoide, onde encontramos o líquor.
- Pia-máter: É a meninge mais interna, mantém contato com o tecido
nervoso, acompanhando os sulcos e fissuras. É uma membrana delgada
e transparente. Os vasos sanguíneos, cujos ramos alimentam o encéfalo
estão localizados na pia-máter. Forma a teia coroide do III ventrículo e
junto com epêndima e vasos formam o plexo coroide.

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MEDULA ESPINAL

- FAZ PARTE DO SNC (porção inferior/ caudal do tubo neural;

- As raízes medulares e nervos espinais fazem parte do SNP;

- Recebe fibras aferentes vindas de receptores sensoriais do


tronco e dos MMSS e MMII;

- Fornece inervação autônoma para a maioria das vísceras;

- O calibre da ME não é uniforme. Apresenta duas intumescências


CERVICAL E LOMBAR (PLEXO BRAQUIAL E LOMBOSSACRAL);

- É formada por substância BRANCA externamente e substância


CINZENTA internamente;

A medula espinal é uma estrutura cilíndrica, comprida, envolta pelas


meninges, que se estende do crânio até a borda inferior da primeira
vértebra lombar.

Existem 31 pares de nervos espinais:


8 cervicais;
12 torácicos;
5 lombares;
5 sacrais;
1 coccigeo

O NERVO ESPINAL é composto de duas raízes:


1. Raiz DORSAL: (SENSITIVA – Fibras Aferentes);
2. Raiz Ventral (MOTORA –Fibras eferentes)

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SUBSTÂNCIA BRANCA DA MEDULA ESPINAL:

TRATOS ASCENDENTES

Tratos ascendentes conduzem informações aferentes para níveis


conscientes e subconscientes. As vias para um nível consciente
seguem um plano básico de três neurônios numa cadeia de
receptor periférico ao córtex-cerebral.

AS COLUNAS POSTERIORES (Fascículos grácil e cuneiforme)


conduzem impulsos de propriocepção e tato discriminativo. Ligam
os neurônios de primeira ordem ipsilateralmente aos núcleos grácil
e cuneiforme do bulbo. Neurônios de segunda ordem decussam e
passam ao tálamo. Neurônios de terceira ordem se projetam ao
córtex somato-sensitivo. Lesões (Tabes dorsales, deficiência de
vitamina B12 levam à ataxia e à perda do tato discriminativo.

OS TRATOS ESPINOTALÂMICOS (Anterior e Posterior)


conduzem impulsos de dor, temperatura, tato e pressão. O trato
contem neurônios de segunda ordem com corpos celulares no
corno posterior. Os axônios decussam e vão ao tálamo. Os
neurônios de terceira ordem se projetam ao córtex somato-
sensitivo. Lesões (Seringomielia) levam ao comprometimento da
sensibilidade dolorosa, térmica, tátil e pressão contralateralmente.

OS TRATOS ESPINOCEREBELARES (Posterior e anterior)


contem neurônios de segunda ordem que carregam informações
musculares, articulares e táteis envolvidas no controle motor. As
lesões levam à ataxia (Ataxia de Friedreich).

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SUBSTÂNCIA BRANCA DA MEDULA ESPINAL:

TRATOS DESCENDENTES

O TRATO CORTICOESPINAL controla movimentos voluntários


distintos e de habilidades, particularmente das regiões distais dos
membros. Origina-se do córtex-motor e sensitivo. As fibras
descem pala cápsula interna, pilares do cérebro e parte anterior -
da ponte para chegar à pirâmide. A maioria das fibras (75%-90%)
decussa para formar o trato CORTICOESPINAL LATERAL,
formando as restantes o TRATO CORTICOESPINAL ANTERIOR.

O TRATO RUBROESPINAL controla os músculos flexores dos


membros e se origina do núcleo rubro do mesencéfalo. As fibras
cruzam na decussação tegmental anterior.

O TRATO TETOESPINAL está envolvido nas respostas reflexas a


aferências visuais. Origina-se do colículo superior contralateral, e
as fibras cruzam na decussação tegmental posterior.

OS TRATOS VESTIBULOESPINAIS descem dos núcleos


vestibulares. O trato lateral origina do núcleo vestibular lateral
ipsilateral e medeia a excitação dos músculos extensores das
extremidades.

OS TRATOS RETICULOESPINAIS descem da ponte e do bulbo.


Estão envolvidos no controle das atividades reflexas, do tônus
muscular e de funções vitais.

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HIPERTONIA ESPÁSTICA X HIPERTONIA PLÁSTICA

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EXAME DOS PRINCIPAIS REFLEXOS

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DOENÇA DE PARKINSON

- É um doença crônica e progressiva; A prevalência da doença


aumenta com a idade;
- Acomete os núcleos da base (neurônios secretores de
dopamina). No Parkinsonismo há uma redução específica da
concentração de DOPAMINA nas sinapses.

QUADRO CLÍNICO:
- Rigidez; - Bradicinesia; - Tremor de repouso, ASSIMÉTRICO
OU UNILATERAL; – Dor; - Todos os movimentos aprendidos e
voluntários são reduzidos quanto à amplitude e velocidade;
- O tônus muscular aumenta, dois tipos de rigidez parkinsonianas
são descritas: “cano de chumbo” na qual a resistência é sua ve
ou plástica e “roda dentada”, na qual a resistência é intermitente.

O PACIENTE PODE APRESENTAR AINDA:


- Instabilidad e postural (Postura semiesca);
- Micrografia (Caligrafia pequena);
- Face em máscara;
- Fala baixa e monótona;
- Marcha festinante/pequenos passos;
- Freezing (Congelamento ou parada súbita de marcha).

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TIPOS DE LESÃO MEDULAR

1. LESÃO MEDULAR COMPLETA: As funções sensitivas e motoras


abaixo do nível da lesão estão ausentes.

2. LESÃO MEDULAR INCOMPLETA: Existe alguma função sensitiva e/ou


motora abaixo do nível da lesão. São também conhecidas como síndromes
medulares, são elas:
2.1 SINDROME MEDULAR ANTERIOR: É uma lesão incompleta caracterizada por
perda dos movimentos voluntários e da sensibilidade térmica e dolorosa. A
sensibilidade tátil, vibratória e a propriocepção estão preservadas.
2.2 SINDROME MEDULAR POSTERIOR: Ocorre perda da sensibilidade tátil e
vibratória. E preservação dos movimentos voluntários e sensibilidade térmica e
dolorosa.
2.3 SINDROME MEDULAR CENTRAL: Comprometimento motor, fraqueza e atrofia
dos músculos dos MMSS com menor envolvimento dos dos MMII. Pode apresentar
graus variáveis de perda sensorial.
2.4 SINDROME DE BROWN-SÉQUARD: Hemissecção medular sagital,
caracterizada por comprometimento motor e da sensibilidade profunda do lado da
lesão e comprometimento da sensação dolorosa e da temperatura contralateral.
2.5 SINDROME DO CONE MEDULAR: Caracterizada por ausência da sensibilidade
perineal, perda do controle dos esfíncteres e alteração motora distal dos MMII.
2.6 SINDROME DA CAUDA EQUINA: Produz paralisia flácida, porque a lesão de
nervos periféricos nesse nível da coluna vertebral normalmente envolve vários níveis,
com interrupção variável da raiz sacral.

CHOQUE MEDULAR: É a perda de todas as funções neurológics


abaixo do nível de lesão medular. Caracteriza-se por paralisia flácida
e ausência de atividade reflexa (arreflexia). Duração aproximada de
48 horas.

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NERVOS CRANIANOS
I – OLFATÓRIO
II – ÓPTICO
III – OCULOMOTOR
IV – TROCLEAR
V – TRIGÊMEO
VI – ABDUCENTE
VII – FACIAL
VII – VESTIBULOCOCLEAR
IX – GLOSSOFARÍNGEO
X – VAGO
XI – ACESSÓRIO
XII – HIPOGLOSSO

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PLEXO BRAQUIAL

Conjunto de 5 raízes nervosas que se originam na


região cervical. C5, C6, C7, C8, T1.
TRONCO SUP: C5 E C6
TRONCO MÉDIO: C7
TRONCO INFERIOR: C8 E T1

Nervos: Radial, Ulnar, Axilar, Mediano e


Musculocutâneo.

Lembrete: GUARDEM A PALAVRA RUAMM, que


contém as iniciais de cada nervo.

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NERVO RADIAL: Inerva os músculos da região posterior do


braço, antebraço e mão. Conjunto de músculos que realizam a
extensão do cotovelo, dos dedos e punho.
- M. tríceps braquial;
- M. Braquiorradial;
- M. Supinador;
- M. Extensor radial longo do carpo;
- M. Extensor radial curto do carpo;
- MM. da região posterior do antebraço.

NERVO ULNAR: Inerva o músculo FLEXOR ULNAR DO


CARPO, músculo FLEXOR PROFUNDO DO IV E V DEDOS e a
maioria dos pequenos músculos da mão (musculatura intrínseca).
Músculos que realizam a flexão do 4º e 5º dedos ( anular e
mínimo) e região hipotênar da mão.
- M. Flexor Ulnar do Carpo;
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- M. Flexor profundo do IV e V dedos;
- III e IV músculos lumbricais;
- M Adutor do polegar;
- M. Abdutor do quinto dedo;
- M. Oponente do quinto dedo;
- M. adutor do quinto dedo;
- M. Palmar curto.

NERVO AXILAR: Inerva o músculo deltoide e o musculo


redondo menor.

NERVO MEDIANO: Inerva os músculos da região anterior do


antebraço e região tenar da mão (dedo polegar, indicador e
médio), músculos que tem a função de pronação do antebraço,
flexão do punho e dedos. Inerva a maioria dos músculos da região
ANTERIOR DO ANTEBRAÇO E MÃO.
- M. Pronador redondo;
- M Pronador quadrado;
- M. Flexor radial do carpo;
- M. Flexor superficial dos dedos;
- M. Flexor profundo do II e III dedos;
- M. Flexor longo do polegar;
- M. Flexor curto do polegar;
- M Oponente do polegar;
- I e II músculos lumbricais.

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NERVO MUSCULOCUTÂNEO: Inerva os músculos: braquial,
bíceps braquial e coracobraquial.
- M. Braquial: Principal flexor do antebraço;
- M. Biceps Braquial;
- M. Coracobraquial.

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PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA/

PARALISIA DE BELL

- Na paralisia facial há o comprometimento do


NERVO FACIAL (sétimo par de nervos cranianos);

- Ocorre paralisia dos músculos de um lado da face.


Pode ocorrer aumento da secreção salivar e lacrimal;

- O desvio da comissura labial ocorre para o lado não


afetado. O lado paralisado apresenta-se flácido;

- CAUSAS: Idiopáticas. Pode estar associada a infecções,


traumas, estresse, mudanças bruscas de temperatura.
- SINAL DE BELL: Lagoftalmo – O paciente não consegue
fechar o olho do lado afetado. Ao tentar piscar o globo ocular
desloca-se para cima e para FORA.

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PARALISIA FACIAL CENTRAL

- Alteração no nervo facial na via motora central,


antes das vias piramidais.

- Manifesta-se pela perda dos movimentos


voluntários no terço inferior de uma hemiface
contralateral à lesão.

- Na Paralisia Facial Central não há acometimento


das secreções salivares e lacrimais, além da
gustação.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Ao solicitar ao paciente que ele feche os olhos são encontrados
os seguintes resultados:
Paralisia facial periférica: Não consegue fechar
Paralisia facial central Consegue fechar os olhos, mas haverá
desvio de boca para um dos lados da face.

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LESÃO DE NERVOS PERIFÉRICOS

- Existem 3 tipos de lesão nervosa:

NEUROPRAXIA:
- Contusão nervosa com o bloqueio fisiológico transitório;
- Recuperação costuma ser espontânea e ocorre em poucas
semanas;
- Continuidade ANATÔMICA MANTIDA;
- Não há DEGENERAÇÃO WALLERIANA;
- Comprometimento motor.

AXONIOTMESE:
- Mais grave que a neuropraxia;
- Ocorre a ruptura dos axônios;
- Há manutenção da integridade da bainha de mielina;
- Comprometimento motor, sensorial e de reações autônomas.

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NEUROTMESE:
É o tipo mais grave;
- Há ruptura dos axônios e da bainha;
- É necessário reparo cirúrgico;
- Há degeneração distalmente à lesão (DEGENERAÇÃO
WALLERIANA);
- Comprometimento motor, sensorial e do SNA.

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PARALISIA DO “SÁBADO À NOITE”

- A neuropatia do nervo radial pós fratura do osso úmero (NRFU) e


a paralisia do sábado a noite (PSN), são as lesões mais comuns do
nervo radial, a PSN sendo relacionada a compressão.

NOTA: O nervo radial após sair da região axilar e emitir os ramos para o
músculo tríceps braquial passa atrás do úmero (região dorsal do braço) e
próximo ao cotovelo ele vai fazendo um trajeto para a região ântero-lateral do
braço, que é o local onde se apóia a cabeça seja no decúbito ventral (deitado
de bruços) ou seja quando uma outra pessoa deita e dorme sobre o seu braço.
O nervo radial nesse nível emite ramos motores para a musculatura extensora
do punho e dos dedos inclusive o polegar, bem como um ramo sensitivo que dá
sensibilidade para a região do polegar e dorso da mão.
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AMPUTAÇÕES DOS MMII – PARTE I

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AMPUTAÇÕES DOS MMII – PARTE II

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ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO/AVE/AVC

O Acidente Vascular Encefálico (AVE) se caracteriza pela


instalação de um déficit neurológico focal, repentino e não
convulsivo, determinado por uma lesão cerebral, secundária a um
mecanismo vascular e não traumático.

Podemos encontrar, consequentemente AVE`s secundários a


embolia arterial e processos de trombose arterial e venosa.

O metabolismo encefálico é exclusivamente aeróbico, de modo que


os neurônios dependem da irrigação sanguínea contínua.

CLASSIFICAÇÃO
AVE ISQUÊMICO: Pode ser causado por embolia ou trombose
arterial;
AVE HEMORRÁGICO: As paredes arteriais do cérebro ficam
enfraquecidas e por isso desenvolvem-se pequenas herniações ou
microaneurismas, que podem se romper.

QUADRO CLÍNICO:
O quadro clínico pode variar de acordo com a região do cérebro
acometida.
- Paralisias motoras;Hemiplegia; hemiparesia; - Diminuição de força
em membro ou em todo um hemicorpo; - Perda de equilíbrio; -
Alterações na marcha; - Alterações visuais; - Desorientação; -
Alteração de humor e comportamento, entre outros.

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ESCLEROSE MÚLTIPLA

A EM é uma das doenças mais comuns em adultos jovens que


acomete o SNC; Foi descrita inicialmente em 1968, sendo
denominada de “Esclerose em placas”, descrevendo áreas
circunscritas endurecidas vistas em autópsias, disseminada pelo
SN dos pacientes.
- É uma doença desmielinizante, caracterizada pela localização de
múltiplas placas de desmielinização na substancia branca
encefálica e medular.

FISIOPATOLOGIA:
- A mielina é um complexo de camadas lipoproteicas que envolvem
e isolam as fibras nervosas (axônios), permitindo que os nervos
transmitam seus impulsos rapidamente. Na EM a perda da mielina
(desmielinização) leva a interferência na transmissão de impulsos
e isto produz os diversos sintomas da doença.
Na EM ocorre uma inflamação na mielina. Com o tempo a mielina
é substituída por tecido cicatricial em locais isolados do cérebro e
da medula.

ETIOLOGIA: Até o momento a causa é desconhecida.


A deterioração da mielina é provavelmente mediada pelo sistema
imunológico em indivíduos geneticamente predispostos, o que
resulta em um ataque maciço ao próprio tecido nervoso, isto é,
uma resposta AUTOIMUNE.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:

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- Episódios de déficit neurológico agudo são alternados com
períodos de remissão;
- Conforme a carga da doença aumenta a recuperação das crises
torna-se parcial e os pacientes passam a ficar com
INCAPACIDADES PERMANENTES;
- Os sinais e sintomas são diversos, dependentes das áreas
lesionadas;
Podendo ter: ALTERAÇÕES DE HUMOR, - ATAXIA; -
ALTERAÇÕES FONOAUDIOLÓGICAS: Disfagia, disartria, fala
lentificada, voz tremula, etc
FADIGA: É um dos sintomas mais comuns e incapacitantes;
TRANSTORNO COGNITIVO;
TRANSTORNOS VISUAIS; DIFICULDADES MOTORAS, DE
EQUILÍBRIO E COORDENAÇÃO; ESPASTICIDADE.
CLASSIFICAÇÃO:
- Remitente/Recorrente (Tipo + comum);
- Progressiva Primária;
- Progressiva secundária;
- Progressiva-Recorrente.

As lesões são disseminadas de forma aleatória e total nos


hemisférios cerebrais, tronco encefálico, cerebelo, medula,
embora haja uma prepoderancia de lesões na substancia branca
periventricular, cornos anterior e posterior dos ventrículos laterais
e no interior do nervo óptico e do quiasma óptico.

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TRAUMATISMO CRANIANO

Os TCs são problemas importantes de saúde, podem


ocasionar óbito ou incapacidades, mudar permanentemente as
habilidades e perspectivas do paciente/família.
O TC pode causar lesões extracranianas no couro cabeludo,
face, fraturas maxilofaciais e de crânio e lesões de nervos cranianos
e cerebral.
O TC pode ser primário (imediato) ocorrendo no momento
da lesão, ou secundário, ocorrendo como resultado de outras
lesões no mesmo momento ou posterior; O TC secundário pode ser
evitado. A lesão grave na cabeça pode levar ao coma e a déficits
físicos e cognitivos grandes, que exigem a internação e longo
tempo de reabilitação.
O TC pode ser classificado de acordo com o pior nível de coma
observado, pela extensão da amnésia pós traumática, ou por
escalas de resultado final, a Escala de Resultado Final de Glasgow.
O coma normalmente é avaliado/medido pela Escala de Glasgow.

O TC secundário, é em certa extensão, evitável ou tratável. Pode ser


ocasionado por fatores extra/intracranianos. É classificado em:
Extracraniano e Intracraniano.
EXTRACRANIANO: Lesões torácicas e outras lesões múltiplas que
podem levar à parada cardíaca, hipotensão ou hipóxia.
INTRACRANIANO: Hematomas traumáticos, infecção e pressão
intracraniana elevada.

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ESCALA DE COMA DE GLASGOW

A escala de coma de Glasgow (ECG), desenvolvida em 1974 na


Universidade de Glasgow, na Escócia, por Taeasdale e Jennet, é
empregada mundialmente para identificar disfunções neurológicas e
acompanhar a evolução do nível de consciência; predizer prognóstico; e
padronizar a linguagem entre os profissionais de saúde

Tornou-se um adjunto no atendimento ao paciente de trauma,


principalmente a vítimas de TCE, e, posteriormente, seu uso foi
estendidoàs outras condições neurológicas capazes de alterar a
consciência. O escore total varia de 3 até 15 e é obtido por meio da
observação de atividades espontâneas e da aplicação de estímulos verbais
e/ou dolorosos. A ECG é composta por três parâmetros de avaliação:

– Abertura ocular (nota de 1 a 4): observar a abertura ocular espontânea,


aproximando-se do leito ou mesmo durante os procedimentos realizados,
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que recebe nota 4. A abertura ocular mediante estímulo verbal, por meio
de chamado ou comando simples, como “abra os olhos”, por vezes sendo
necessários estímulos verbais contínuos, pontua nota 3. Abertura ocular
com aplicação de estímulo doloroso, aplicado pelo examinador, nas
regiões de leito ungueal e supraorbital, pontua nota 2. A ausência de
abertura ocular, mesmo após a aplicação de todos os estímulos anteriores,
tem nota 1.

– Resposta verbal (nota de 1 a 5): o paciente orientado em tempo, espaço


e pessoa, capaz de responder de forma coerente a perguntas simples
formuladas pelo avaliador, tais como “Você sabe onde está?”, “Sabe o que
aconteceu com você?”, deve ganhar nota 5. O paciente capaz de
responder as perguntas, porém de forma não coerente, desorientada e
confusa, pontua nota 4. A nota 3 correspondente a pacientes cujas
respostas, de forma imprópria, não se relacionam com as perguntas. A
necessidade de aplicação de estímulo doloroso, tendo como resposta sons
incompreensíveis, como, por exemplo, gemidos e grunhidos, pontua nota
2. Paciente que não apresenta nenhuma resposta verbal, mesmo após
aplicação de todos os estímulos anteriores, tem nota 1.

– Resposta motora (nota de 1 a 6): pontua nota 6 o paciente capaz de


obedecer comandos simples, como “Levante o braço ou a perna”, “Mexa
os pés ou as mãos”, com uma resposta motora adequada. Após aplicar um
estímulo doloroso, o paciente localiza e tenta retirar a fonte da dor, e recebe
nota (5). Após aplicar estímulo doloroso, o paciente é capaz de localizar a
dor e retirar o membro por meio da flexão, entretanto, não retira a fonte do
estímulo, e pontua nota (4). Recebe nota (3), o paciente cuja resposta
motora seja pelo movimento de flexão, evidenciada pela postura de
decorticação, na qual os braços são mantidos próximos ao corpo com
punhos, mãos e dedos fletidos. As pernas estão em extensão e os pés, em
flexão. Pontuam nota (2) aqueles pacientes cuja resposta motora for pelo
movimento de extensão e com a postura de descerebração, na qual o
pescoço está em extensão, os braços estão abduzidos e em extensão
rígida próximos aos cotovelos, as pernas em extensão rígida na altura dos
joelhos, e os pés em flexão plantar. Pontua nota (1) o paciente que não
apresentar nenhuma resposta motora diante dos estímulos aplicados.

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ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA
Esclerose lateral amiotrófica é uma doença
neurodegenerativa em que o sistema motor é tipicamente o
primeiro e o mais drasticamente afetado. De causa ainda
desconhecida, é uma doença invariavelmente fatal com sérias
repercussões para pacientes, cuidadores, familiares e
profissionais envolvidos.
Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é a doença do neurônio
motor mais comum em adultos.
A causa exata da ELA permanece desconhecida. Cerca de
5 a 10% dos pacientes têm história familiar. Entretanto, nenhum
componente genético é evidente na maioria dos casos.
Hipóteses atuais acerca dos mecanismos patológicos da seletiva
degeneração dos neurônios motores que ocorre na ELA incluem:
dano oxidativo, acúmulo de agregados intracelulares, disfunção
mitocondrial, defeitos no transporte axonal e excitotoxicidade.
As características clínicas da ELA são indicativas de
degeneração dos neurônios em todos os níveis do sistema motor.
Tanto os neurônios motores superiores quanto os neurônios
motores inferiores são afetados. Portanto, sinais e sintomas
desta doença podem incluir: fraqueza e atrofia muscular,
fasciculações, cãibras, espasticidade, disartria e disfagia.

- Acomete os NEURÔNIOS MOTORES SUPERIOR E


INFERIOR;
- O principal sintoma é a FRAQUEZA MUSCULAR
PROGRESSIVA de origem distal para proximal. Geralmente
inicia-se nos MMSS, pode ser uma paresia espástica ou flácida,
que normalmente é FOCAL E ASSIMÉTRICA.

LEMBRETE:
LESÕES DO NEURÔNIO MOTOR SUPERIOR:
- Fraqueza, espasticidade, hiperreflexão, clônus e babinski.

LESÕES DO NEURÔNIO MOTOR INFERIOR:


- Fraqueza, hipotonia, hiporreflexia/arreflexia, paralisia e
fasciculações.
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DOENÇA DE HUNGTON
- Doença hereditária (autossômica DOMINANTE);
- O gene da DH foi identificado no cromossomo 4;
- A perda mais importante de células neuronais
ocorrem no NÚCLEO DA BASE (Principalmente
núcleo caudado – corpo estriado - e putamen);
- Perda de neurotransmissor INIBITÓRIO – GABA;

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
- Distúrbio de movimento, geralmente COREICA;
- Pertubação afetiva;
- Déficit de cognição;
O cérebro de um paciente com DH será menor e
pesará menos que o de um controle com idade igual.

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OSTEOPOROSE

PRIMÁRIA:

TIPO I: Também chamada de OSTEOPOROSE PÓS-


MENOPAUSA (Associada a redução hormonal). Acomete
principalmente mulheres, a perda de massa óssea é
muito rápida.

TIPO II: Chamada de OSTEOPOROSE SENIL (associada


ao envelhecimento). Acomete principalmente idosos
acima de 70 anos de idade, a perda de massa óssea é
lenta e está relacionada a deficiência de cálcio.

SECUNDÁRIA:

Ocorre em casos de distúrbios metabólicos, processos


inflamatórios, uso de medicamentos (corticoides),
tumores da medula óssea, etc.

FRATURAS:

Os locais mais comuns de fraturas associadas a


osteoporose são: COLUNA VERTEBRAL, PUNHO, COLO
DO FÊMUR, QUADRIL E MMII.

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VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DO ENCÉFALO
O encéfalo é vascularizado por dois sistemas:
VÉRTEBRO-BASILAR E CAROTÍDEO
Na base do crânio essas artérias formam o POLÍGONO DE
WILLIS. A CARÓTIDA INTERNA da origem as artérias cerebrais
MÉDIA E ANTERIOR. As artérias vertebrais se fundem para
formar a ARTÉRIA BASILAR, que dará origem as artérias
cerebrais POSTERIORES, artéria CEREBELAR ínfero-anterior e
artéria do LABIRINTO.
O POLIGONO DE WILLIS é um círculo de artérias que
suprem o cérebro. Foi nomeado em homenagem a Thomas
Willis (1621-1673).

Se uma parte do círculo estiver bloqueada ou estreitada


(estenose), ou se uma das artérias que suprem o polígono está
estreitada ou bloqueada, o fluxo sanguíneo dos outros vasos
sanguíneos pode muitas vezes preservar a perfusão cerebral o
suficiente para evitar sintomas de isquemia
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TETRALOGIA DE FALLOT

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ALONGAMENTO

Qualquer manobra fisioterapêutica elaborada para aumentar a


mobilidade dos tecidos moles e subsequentemente melhorar a
ADM por meio do aumento do comprimento de estruturas que
tiveram encurtamento adaptativo.

FLEXIBILIDADE: Habilidade de mover uma única articulação


ou uma serie delas de maneira suave e confortável por meio da
ADM irrestrita e sem dor. PASSIVA E DINÂMICA.

HIPOMOBOLIDADE: Refere-se a mobilidade diminuída,


restrita ou limitada.

CONTRATURA: É o encurtamento adaptativo da unidade


musculotendínea e outros tecidos moles que cruzam ou cercam
uma articulação resultando em resistência significativa ao
alongamento passivo/ativo e limitação na ADM.
TIPOS DE CONTRATURA:
CONTRATURA MIOTÁTICA: Embora possa haver uma redução
no número de unidades de sarcômeros em série, não há
diminuição no comprimento individual dele.
CONTRATURA PSEUDOMIOTÁTICA: Pode ser resultado de
hipertonicidade/espasticidade ou rigidez associada com lesões
do SNC.
CONTRATURA ARTROGÊNICA/PERIARTICULAR: Artrogênica
– Resultado de patologia intra-articular, essas alterações podem
incluir aderências, proliferação sinovial, efusão articular,
osteófitos, etc...
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Periarticular – Desenvolve-se quando os tecidos conjuntivos que
cruzam, ou se inserem na articulação ou capsula articular se
tornam rígidos, restrigindo a mobilidade artrocinemática normal.
CONTRATURA FIBRÓTICA: Tecidos moles são substituídos por
grandes quantidades de aderências fibróticas e tecido cicatricial,
relativamente NÃO EXTENSÍVEL.
- CONTRATURA IRREVERSÍVEL.

Quando o tecido mole é alongado, ocorrem alterações elásticas


e plásticas.
ELÁSTICAS: Habilidade do tecido mole de retornar ao seu
comprimento de repouso após o alongamento passivo;
PLASTICIDADE: Tendência do tecido mole de assumir um
comprimento novo e maior após a força de alongamento ter sido
removida.

- O MÚSCULO É COMPOSTO DE:


TECIDO CONTRÁTIL: (Sarcômero/Actina/Miosina)
TECIDOS CONJUNTIVOS: (Endomísio/Perimísio/Epimísio)
(Não contrátil)

TIPOS DE ALONGAMENTO:
- ESTÁTICO; PROGRESSIVO ESTÁTICO, CÍCLICO
(INTERMITENTE), BALÍSTICO.
- MANUAL/PASSIVO/ - ATIVO/ASSISTIDO/ ATIVO/
AUTOALONGAMENTO.

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FUSO MUSCULAR E OTG`S

FUSO MUSCULAR OTG`S

Principal órgão sensorial Localizam-se perto da junção


(Receptor de alongamento); musculotendínea;

Quando estimulados pelo Transmitem estímulos aferentes


alongamento as informações dos através de fibras (tipo IIb);
receptores sobre VELOCIDADE E
DURRAÇÃO do alongamento e São sensíveis a tensão muscular
mudanças no comprimento do causada pelo:
musculo são transmitidas através Alongamento passivo; Contração
de fibras aferentes primárias (tipo muscular ativa
Ia) e secundárias (tipo II) para o
SNC. Os OTG`S são um mecanismo de
proteção que inibe a tensão no
Inibem os antagonistas do músculo mm onde encontra
(INIBIÇÃO AUTOGÊNICA)

Tem um limiar muito baixo de


disparo (disparam facilmente)

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GONIOMETRIA DOS MEMBROS SUPERIOR

- COMPLEXO DO OMBRO;

- COMPLEXO DO COTOVELO;

- COMPLEXO DO PUNHO.

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GONIOMETRIA DOS MEMBROS INFERIORES

- COMPLEXO DO QUADRIL;

- COMPLEXO DO JOELHO;

- COMPLEXO DO TORNOZELO.

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ESCALA DE APGAR

O escore de Apgar, também chamado de índice de Apgar


ou escala de Apgar, é um dos métodos mais utilizados para
a avaliação imediata do recém-nascido (RN),
principalmente, no primeiro e no quinto minutos de vida.
O teste foi desenvolvido pela Dra. Virginia Apgar, médica norte-
americana, responsável pela criação do que viria a ser a neonatologia,
para avaliar 5 sinais objetivos do recém-nascido, atribuindo a cada sinal
uma pontuação de 0 a 2.

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ÓRTESE X PRÉTESE

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DPOC – DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

Entidade clínica que se caracteriza pela presença de OBSTRUÇÃO AO


FLUXO AÉREO ou LIMITAÇÃO CRÔNICA, com PROGRESSÃO LENTA e
IRREVERSÍVEL.

PERDA FUNCIONAL:
- Hiperinsuflação pulmonar;
- Limitação do fluxo aéreo;
- Efeitos sistêmicos: Inflamação sistêmica / Alterações musculoesqueléticas

QUADRO CLÍNICO:
- Dispneia;
- Tosse;
- Sibilância;
- Descondicionamento físico;
- Fraqueza muscular;
- Aumento na produção de secreção;
- Infeccções respiratórias repetidas;
- Depressão, ansiedade e isolamento.

FATORES DE RISCO:
- Poluição atmosférica;
- Profissão/ Fatores socioeconônimos;

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- Sexo; Idade; Etilismo; Raça (Branca);
- TABAGISMO
FISIOPATOLOGIA:
Tipo 1: Bronquite Crônica: Aumento na produção de muco /
Tosse produtiva crônica (por pelo menos 3 meses por ano e 2
anos consecutivos – sem outras causas)

OBSTRUÇÃO DO FLUXO= Inflamação + secreção de muco

Tipo 2:Enfisema: Alteração anatômica. Aumento anormal dos


espaços aéreos dos bronquíolos terminais + destruição dos
alvéolos.

Destruição dos septos alveolares e do leito capilar pulmonar.

Incapacidade de oxigenar o sangue.

↓DC- Hiperventilação compensatória

↓ do DC: Hipoxemia tecidual/caquexia respiratória

Fibrose do tecido pulmonar e capilar

- Hiperinsuflação pulmonar;

- Achatamento do diafragma;

Perda do recolhimento elástico;

Desequilíbrio V/Q

Broncoespasmo
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SARCOIDOSE
Doença autoimune de etiologa desconhecida, caracterizada-se pelo
aparecimento de granulomas não-caseosos (pequenos nódulos inflamatórios)
- Mais comum em adultos jovens;
Europeus do Norte e os Norte-americanos de raça negra;
- Qualquer órgão pode ser acometido pela doença;
- Mais frequente nos pulmões e linfonodos;

Esses granulomas podem no fim desaparecer por completo ou converter-se


em tecido cicatricial;

SINTOMAS:
- Muitos portadores são ASSINTOMÁTICOS;
- Variam segundo o local de extensão da doença;
- Febre, perda de peso, dores articulares;
- Pulmão: A sarcoidose produz inflamação pulmonar que pode formar
cicatrizes ou quistos – Levando a tosse e dispneia;
- Dor generalizada nas articulações;
- Causa aumento da concentração de cálcio no sangue e urina;
- Granuloma produz vitamina D ativada que absorve cálcio;

PROGNÓSTICO:
- É habitual que melhore ou desapareça espontaneamente;
- 10% desenvolvem incapacidades graves devido a lesões oculares, apar.
Respiratório (Insuf. Respiratória).
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FIBROSE CÍSTICA

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VOLUMES PULMONARES

A quantidade de ciclos ventilatórios que realizamos em 1 minuto é


chamada frequência respiratória (FR), e em condições normais a FR é
de cerca de 12 a 16 respirações por minuto (RPM). Sendo assim, os
volumes de ar que entram e saem dos pulmões são extremamente
variáveis de acordo com a idade, sexo, atividade física ou doença. Temos
4 volumes que agem sobre os pulmões, são eles: o volume corrente
(VC), o volume de reserva inspiratório (VRI), o volume de reserva
expiratório (VRE) e o volume residual (VR).

VOLUME CORRENTE (VC): É o volume de ar inspirado e expirado em


cada respiração normal.
VOLUME DE RESERVA INSPIRATÓRIO (VRI): É o volume máximo
de ar que pode ser inspirado após uma inspiração basal espontânea.
VOLUME DE RESERVA EXPIRATÓRIO (VRE): É o volume máximo
de ar que pode ser expirado após uma expiração basal, espontânea.
VOLUME RESIDUAL: É o volume de ar que ainda permanece no
pulmão após uma expiração forçada (Aquilo que sempre permanece nos
pulmões)

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CAPACIDADES PULMONARES
Representam a soma de dois ou mais volumes pulmonares, e são
importantíssimos durante a prova de função pulmonar (espirometria),
para detectar doenças obstrutivas e/ou restritivas do sistema
respiratório.
– CAPACIDADE INSPIRATÓRIA (CI): É o volume máximo de ar que
pode ser inspirado após uma expiração espontânea. É a soma do VC e
do VRI;
– CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL (CRF): É o volume de ar que
permanece nos pulmões após uma expiração basal. É a soma do VRE
e do VR;
– CAPACIDADE VITAL (CV): É O volume de ar mobilizado entre uma
INSPIRAÇÃO E EXPIRAÇÃO MÁXIMA. É a soma do VC, do VRI e do
VRE;
– CAPACIDADE PULMONAR TOTAL (CPT): É o volume de ar contido
nos pulmões após uma inspiração máxima, profunda. É a soma de todos
os volumes pulmonares (VC, VRI, VRE e VR) e em condições normais é
de cerca de 5800ml.

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PARALISIA CEREBRAL (PC)
É uma categoria de deficiências que inclui pacientes com: Distúrbios
crônicos não progressivos do movimento ou da postura com início
precoce prematuro. Interfere no desenvolvimento fisiológico da criança.

FATORES DE RISCO:
Pré-natal: Genéticos; IST`s, Infecções, Toxoplasmose congênita,
Rubéola congênita, Herpes, HIV, Citomegalovirus, Fármacos e drogas.
Perinatal: Prematuridade, Baixo peso ao nascimento, Icterícia grave,
Hemorragia intraventicular, Desnutrição, Asfixia, Trabalho de parto
prolongado.
Pós-Natal: Infecção, Traumas, Espancamento infantil, Asfixia,
Traumatismos Cranianos, Quase afogamento, Parada Cardíaca, Tumor
Cerebral.

CLASSIFICAÇÃO
VARIEDADE ESPÁSTICA: Lesão na parte motora do córtex-cerebral;
ATETOSE OU DISTONIA: Gânglios da base;
ATAXIA – Lesão cerebelar;
TIPOS MISTOS: Espasticidade com atetose ou ataxia.
CLASSIFICAÇÃO:
- Monoplegia; - Hemiplegia; - Paraplegia; - Quadriplegia; - Diplegia.

PC ESPÁSTICO DIPLÉGICO:
- Crianças prematuras; - Motricidades dos MMII menos comprometida;
Hipertonia nos MMII; - Adquire os padrões funcionais: cefálico e o
sentar; Maior dificuldade na posição ortostática e deambulação;
Tendência a deformidade nos pés.
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PC ESPÁSTICO HEMIPLÉGICO
- Comum em lactentes pré-termo e a termo; - Padrões funcionais
assimétricos; - Deambulação tardia: 2-3 anos; - Importante:
Transferências e propriocepção.

HIPOTONIA
- Tem bom prognóstico; Tônus postural baixo; - Movimentos
espontâneos escassos; Padrões funcionais ausentes: “criança
largada”; Limiar de estimulação ALTO;

PC DISCINÉTICA:
- Atetose “sem posição fixa”; - Tônus postural anormal “flutuantes”;
Movimentos coreoatetoides involuntários e espasmos móveis;
Movimentos involuntários em repouso; Passagem da posição sentada
para bípede e deambulação são rápidas.

PC ESPÁSTICO TETRAPLÉGICO
- Paciente pré-termo e a termo; Padrões motores básicos
comprometidos; Anormalidades do tônus muscular; Deformidades fixas
dos membros e do corpo; Espasticidade persistente; Deficit de fala e
comunicação; Lesão do córtex-cerebral – sistema piramidal;

ATETOSE:
Diplégico: Pode ter mais movimentos serpenteantes;
Quadriplégico: Pode desenvolver a marcha;
Discinéticos: Além dos movimentos distais, tem proximais: coreicos;
Não deambulam.

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PARALISIA BRAQUIAL OBSTÉTRICA - PBO

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SINDROME DE DOWN

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INCONTINÊNCIA URINÁRIA

É uma doença na qual a eliminação involuntária da urina se constitui em


problema social ou de higiene, podendo a enurese ser demonstrada de
modo objetivo.
A International Continence Society (ICS) define incontinência urinária
(IU) como queixa de qualquer perda involuntária de urina.

Dentre os vários tipos de IU, destacam-se:


A incontinência urinária de esforço (IUE),
A urgeincontinência ou bexiga hiperativa (BH),
e a incontinência urinária mista (IUM), caracterizada pela incontinência
urinária de esforço associada à bexiga hiperativa

A IUE é caracterizada pela perda involuntária de urina durante o esforço,


por meio de exercícios físicos, espirro ou tosse, ou seja, ocorre quando
está associada a qualquer atividade que aumente a pressão intra-
abdominal. Ocorre devido a uma deficiência no suporte vesical e uretral
que é feito pelos músculos do assoalho pélvico e/ou por uma fraqueza ou
lesão do esfíncter uretral.

A síndrome da bexiga hiperativa (BH) é definida como uma condição


sintoma-definida caracterizada por urgência urinária, com ou sem urge -
incontinência, normalmente com aumento da frequência urinária e
noctúria, na ausência de infecção urinária ou de outra doença
identificável. É uma condição de prevalência importante na população

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CROSSMAN, A.R.; NEARY. D. Neuroanatomia Ilustrada. 3ª edição. Rio de Janeiro. Elsevier, 2007.
CAMBIER, J. Manual de Neurologia. 9. Ed.Rio de Janeiro:MEDSI, 1999.
GOULD, J.A. Fisioterapia na ortopedia e na medicina do esporte. Rio de Janeiro. E. Manoele, 1993.
GUYTON, A.C; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11. Ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2006.
HANSEN, J. T. NETTER para colorir. Elsevier. 4ª edição,
HOPPENFELD, S.; HUTTON, R. Propedêutica Ortopédica: coluna e extremidades. São Paulo:
Atheneu, 2002.
MOREIRA, A; RUSSO. Cinesiologia e Clínica e Funcional. Atheneu. 2005.
HEBERT, S. et. Al. Ortopedia e Traumatologia: Princípios e práticas. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed,
2009.

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