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TRANSTORNOS DOS

SISTEMAS LINFÁTICO PROFª M.E CARLA PIOB

E IMUNE
QUILOTÓRAX
É o vazamento de linfa gordurosa (quilo) do ducto torácico para a cavidade da
pleura, no tórax, e é provocado por laceração ou bloqueio do ducto torácico em
decorrência de trauma ou compressão no tórax provocados por um tumor vizinho.
Complicações resultantes: grandes quantidades de linfa na pleura pode comprimir e
colapsar os pulmões; problemas metabólicos causados pela perda de nutrientes
gordurosos na circulação; redução do volume sanguíneo após a perda de líquido da
circulação.
O tratamento envolve a drenagem da linfa da cavidade e o reparo cirúrgico de
qualquer dano ao ducto torácico
LINFANGITE
Inflamação de um vaso linfático
Quando os vasos linfáticos
estão infectados ou inflamados,
esses vasos ficam
congestionados, os vasos
linfáticos superficiais ficam
mais visíveis e sensíveis ao
toque
MONONUCLEOSE
É uma doença viral comum em adolescentes e adultos jovens. Seus sintomas
incluem fadiga, febre, dor de garganta, inchaço dos linfonodos e aumento do baço
É provocada pelo vírus Epstein-Barr, que ataca especificamente os linfócitos B.
Esse ataque leva a uma ativação maciça dos linfócitos T, que por sua vez atacam as
células B infectadas com o vírus. As grandes quantidades de linfócitos T que
circulam na corrente sanguínea foram mal identificadas como monócitos
(mononucleose- condição dos monócitos)
É uma doença transmitida pela saliva (doença do beijo) e geralmente dura de 4 a 6
semanas. O risco mais grave é a ruptura do baço aumentado que pode levar a uma
hemorragia.
LINFOMA

Linfomas são transformações neoplásicas de células linfóides normais que


residem predominantemente em tecidos linfóides

Os linfomas são um grupo heterogéneo de doenças resultantes da acumulação


de linfócitos malignos nos gânglios linfáticos, podendo também atingir o
sangue (fase leucémica) ou infiltrar outros órgãos, para além dos do tecido
linfóide. Dividem-se em linfomas de Hodgkin (LH) e Não-Hodgkin (LNH).
LINFOMA DE HODGKIN

É uma malignidade dos linfonodos caracterizada por linfonodos inchados e


doloridos; fadiga; frequentemente, febre persistente e sudorese noturna; e é
caracterizada por células gigantes nos linfonodos, chamadas de células de Reed-
Sternberg (células de Hodgkin), que tem origem incerta, mas que podem ser
linfócitos ou macrófagos modificados
LINFOMA NÃO HODGKIN

Inclui todos os tipos de câncer dos tecidos linfáticos e envolve a multiplicação


descontrolada e metástase de linfócitos não diferenciados. Os linfonodos incham,
o baço pode aumentar, o tecido linfático agregado pode ser afetado e afetar outros
órgãos.
Vem se tornando frequente, é o 5º tipo de câncer mais comum, tem diversos graus
e geralmente é resistente a quimioterapia.
LINFEDEMA

O linfedema é definido como um acúmulo de líquido e proteínas, que pode


ocorrer em diversas regiões do corpo, mas com particular importância nas
extremidades como braços e pernas. Várias doenças estão relacionadas ao
comprometimento do sistema linfático, seja pelo seu bloqueio ou pela sua lesão
direta. Como destaques para as situações mais frequentes podemos citar:
Linfedema nos membros superiores: ligado ao câncer de mama, geralmente
pós-cirúrgico ou pós-radioterapia
Linfedema nos membros inferiores: ligado às infecções (erisipelas) de repetição
LINFEDEMA
É a principal complicação pós-mastectomia e é causado
pela redução do transporte do sistema linfático e
alterações no seu fluxo, existe um acumulo anormal de
proteínas no interstício, edema e inflamação crônica de
uma extremidade. (GUIRRO & GUIRRO, 2006;
CAMARGO & MARX, 2000). Existem fatores que
agravam o linfedema, como: idade, cirurgias axilares
radicais, complicações cicatriciais, radioterapia axilar e
obesidade (GUSMÃO, 2010).
O linfedema ocorre quando o fluido linfático não consegue fluir para o coração de
modo adequado e se acumula nos tecidos. 
Após a ocorrência da obstrução linfática, os coletores linfáticos precisam trabalhar
com uma maior resistência. O aparecimento do edema dependerá da fadiga e da
ineficácia de bombeamento dos vasos linfáticos.
Quando o membro acometido não é tratado este aumenta de volume
progressivamente, assim como aumenta a frequência das complicações
relacionadas a ele, devido à estagnação de proteínas e em consequência disso
ocasiona o aparecimento de fibrose, tornando-se um meio de cultura propício para
o desenvolvimento de linfangites e erisipelas, o que agrava ainda mais o sistema
linfático.
Normalmente a patologia é irreversível, tornando-se crônica. Podem ser
classificados em: Primários e secundários

LINFEDEMA PRIMÁRIO
Designa-se por linfedema primário um linfedema congénito. Pode estar
presente desde o nascimento. As causas são, na maioria das vezes, uma
malformação das vias linfáticas ou dos linfonodos, ou a total ausência de
vias linfáticas. Um linfedema primário ocorre, na maioria dos afetados,
antes dos 35 anos.
LINFEDEMA SECUNDÁRIO
Por linfedema secundário entende-se um edema adquirido durante a vida. As razões para o
seu aparecimento são variadas:

Inflamações que permitem mais formação de líquidos do que as vias linfáticas conseguem
transportar (linfangite, flebites...)
Lesões não inflamatórias nas vias linfáticas, causadas frequentemente por cirurgias.
Muitas vezes, aparecem linfedemas na zona dos braços em mulheres depois de
mastectomias, nas quais os linfonodos são removidos das axilas.
Tumores malignos com acumulação de células cancerígenas nos gânglios linfáticos
(linfonodos).
Lesões causadas por radiação, em que as paredes das vias linfáticas aderem entre si
(fibrose pós radioterapia).
FILARIOSE LINFÁTICA

A Filariose Linfática é uma doença parasitária, considerada uma das maiores causas
mundiais de incapacidades permanentes ou de longo prazo.
A filariose, filaríase ou elefantíase é uma parasitose endêmica das regiões tropicais e
subtropicais do planeta atingindo as regiões mais pobres.
O vetor é um mosquito do gênero Culex e o homem é o único reservatório. Existem
três agentes etiológicos: Wuchereria bancrofti, Brugia nalayi e B. timori. Nas Américas,
a doença é causada somente pela Wuchereria bancrofti, nematodeo que vive nos vasos
linfáticos dos indivíduos infectados. É conhecida também como filariose de Bancrofti
ou elefantíase, devido a uma das manifestações na fase crônica, que ocasiona o
aumento excessivo do órgão afetado, similar a uma pata de elefante
FILARIOSE LINFÁTICA
Causada pelo verme nematoide Wuchereria Bancrofti. Sua transmissão se dá pela picada do
mosquito Culex quiquefasciatus (pernilongo ou muriçoca) infectado com larvas do parasita.
Após a penetração na pele, através da picada do mosquito, as larvas infectantes migram para
região dos linfonodos (gânglios), onde se desenvolvem até a fase adulta. Havendo o
desenvolvimento de parasitos de ambos os sexos, haverá também a reprodução, com eliminação
de grande número de microfilárias para a corrente sanguínea, o que propiciará a infecção de
novos mosquitos, iniciando-se um novo ciclo de transmissão. Entre as manifestações clínicas
mais importantes estão edema de membros, seios e bolsa escrotal que podem levar à
incapacidade.
Existem nove nematóides filariais
conhecidos, que usam os humanos
como hospedeiros definitivos. São
divididos em três grupos de acordo
com o nicho que ocupam dentro do
corpo:
•filariose linfática
•filariose subcutânea
•filariose da cavidade serosa.

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