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FILARIOSE

Wuchereria bancrofti
Bancroft, 1876
Cobbold, 1877
CLASSIFICAÇÃO
MORFOLOGIA

Macho:
• corpo delgado e
branco-leitoso
• 3,5 a 4cm x 0,1mm
• extremidade anterior
afilada e posterior
enrolada ventralmente
MORFOLOGIA

Fêmea:
• corpo delgado e branco-
leitoso
• 7 a 10cm x 0,3mm
• possui orgãos genitais
duplos, com exceção da
vagina
• vulva localizada próximo
à extremidade anterior
MORFOLOGIA

Microfilária:
• presença de bainha (casca
ovular)
• 250 a 300m
• células subcuticulares
• células somáticas
BIOLOGIA
Hábitat: adultos (enovelados)- vasos e gânglios
linfáticos. Principais localizações: abdominal,
mamas, cordão espermático e braços.
Ciclo biológico: heteroxeno
Transmissores: no Brasil - Culex quinquefasciatus,
no pacífico sul e sudeste da Ásia - gênero Aedes
Transmissão: picada do vetor e deposição das
larvas infectantes na pele lesada das pessoas
Periodicidade: a microfilaremia é noturna
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Quadro clínico: assintomático, agudo, crônico e EPT
Assintomáticos: microfilárias no sangue e sem
sintomatologia aparente
Sintomáticos: devido aos vermes adultos ou à hiper-
reação imunológica do hospedeiro contra
microfilárias e antígenos circulantes do parasito
Agudos: linfangite, linfadenite com febre e mal-
estar, funiculite e orquiepididimite.
Crônicos: linfedema, hidrocele, quilúria e elefantíase
PATOGENIA

Ação mecânica: obstrução causando:


• estase linfática com linfangiectasia (dilatação)
• derramamento linfático ou linforragia  edema
linfático
Ação irritativa: fenômenos inflamatórios –
linfangite e linfadenite e fenômenos alérgicos
como urticárias e edemas extrafocais
PATOGENIA

Eosinofilia pulmonar tropical (EPT): hiper-


resposta imunológica a antígenos filariais 
abscessos eosinofílicos e fibrose intersticial
crônica nos pulmões

Elefantíase: inflamação e fibrose crônica (10 a


15 anos) do órgão atingido com hipertrofia do
tecido conjuntivo, dilatação dos vasos linfáticos e
edema linfático
DIAGNÓSTICO
Clínico: difícil, mas deve-se suspeitar em caso
de febre recorrente com adenolinfangite.
Pacientes com eosinofilia sanguínea, alterações
pulmonares e  IgE no soro  EPT
Laboratorial:
• pesquisa de microfilárias no sangue periférico
entre 22 e 23 horas
• técnicas de concentração
• ultrassonografia
• testes imunológicos (Antígeno Filarial Circulante)
EPIDEMIOLOGIA
o homem é a única fonte de infecção
 temperatura (25º – 30º) e umidade (80% - 90%) elevadas
tempo de residência na área endêmica
Pluviosidade mínima de 1.300mm³/ano
altitude baixa – quase sempre ao nível do mar
 somente as fêmeas de C. quinquefasciatus transmitem a
doença  hematofagia
DISTRIBUIÇÃO - BRASIL
Hemoscopia para filariose: exames realizados, positivos e
percentuais de detecção, por estado e municípios.
Brasil/2004.
Hemoscopia para filariose: exames realizados, positivos e
percentuais de detecção, por estado e municípios.
Brasil/2005.
EPIDEMIOLOGIA
 1 bilhão de expostos a filarioses e 120 milhões de
parasitados (90% ± 112 milhões portadores W. bancrofti)
encontrada em 83 países, principalmente, na Ásia, África,
algumas ilhas do pacífico e alguns países da América Latina
(sempre nas regiões mais pobres do mundo)
 Brasil: Recife (PE) e cidades região metropolitana -
transmissão ativa;

 Maceió (AL) e Belém (PA)-alcançaram interrupção da


transmissão da parasitose.
TRATAMENTO
• dietilcarbamazina: 6mg/kg/dia por 12 dias
(adultos)
• ivermectina – reduz a microfilaremia, não atua
em verme adulto
• albendazol – não tem efeito microfilaricida em
curto prazo
Obs: OMS recomenda uso de duas drogas: DEC +
ivermectina ou albendazol
* cirurgia
PROFILAXIA
• tratamento dos infectados com dietilcarbamazina

• combate ao vetor – larvas e adultos


- adultos: inseticidas como malathion e piretróides
- larvas: larvicidas químicos e larvicidas biológicos
como o Bacillus sphaericus ou B. thuringiensis
• medidas de proteção individual: repelentes, uso de
telas em portas e janelas, uso de mosquiteiro
• educação e saneamento básico
•OMS eliminação da filariose linfática até 2020.
RESUMO
# CICLO EVOLUTIVO DO PARASITA.

# DIAGNÓSTICO
Clínico: Febre, adenolinfangite, eosinofilia
sanguínea e alterações pulmonares.
Laboratorial: Exame sanguíneo, técnica de concentração,
US, Testes imunológicos (ELISA,
imunofluorescência, Antígeno
Filarial Circulante).
# EPIDEMIOLOGIA.

# TRATAMENTO (Citrato de dietilcarbamazina, ivermectina,


albendazol).

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