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DIP

SARAMPO
GRUPO 3A
MED XXXIV
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
PROF. DR. FRANCISCO EUGÊNIO DEUSDARÁ DE ALEXANDRIA

Componentes:
Amanda Barros de Sá
Ana Leticia Almendra Freitas do Rego Monteiro
27/09/2023 Letícia Soares de Lacerda 1
DIP

SUMÁRIO
• Tópicos:
• Introdução • Complicações
• História da doença • Diagnóstico diferencial
• Diagnóstico laboratorial
• Epidemiologia
• Tratamento
• Patogênese • Prevenção
• Aspectos clínicos • Caso clínico

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INTRODUÇÃO DIP

• É uma doença infectocontagiosa grave;


• Afecção clássica da infância;
• A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por secreções
nasofaríngeas expelidas na fala, tosse, espirro ou
respiração;
• Lactentes, cuja mães já tiveram sarampo ou foram Fonte: Google Imagem
vacinadas, podem ter imunidade passiva conferida por
anticorpos transmitidos pela via transplacentária, que
pode perdurar até o final do 1º ano de vida;

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INTRODUÇÃO DIP

• Acredita-se que o vírus do sarampo tenha surgido há cerca de 1500 anos, na


Ásia ou na África;
• A doença se espalhou pelo mundo através das rotas comerciais e de migração
humana;
• O primeiro surto documentado de sarampo ocorreu na Pérsia, em 900 d.C;

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INTRODUÇÃO DIP

• No século XVIII, o sarampo se tornou uma das


principais causas de morte infantil na Europa;
• A vacina contra o sarampo foi desenvolvida em por
John Enders e Thomas Peebles;
• Henry Koplik descreve manchas na mucosa bucal com
sarampo;
• 1967 – Introdução da vacina contra o sarampo no
Brasil;

Legenda: Henry Koplik


Fonte: Google Imagem

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INTRODUÇÃO DIP

• 1968 – Doença de notificação compulsória;


• 1972 – Início do Programa de Vacina contra Sarampo no Brasil;
• 1992 – Primeira campanha nacional contra o sarampo e implantada a vacina
tríplice viral no Brasil ;

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INTRODUÇÃO DIP

• 1999 – Implementado o Plano de Erradicação do Sarampo;


• 2003 - Acordo para a fabricação da vacina tríplice viral contra sarampo, rubéola
e caxumba.

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EPIDEMIOLOGIA DIP

• É uma das principais causas de morbimortalidade entre crianças menores de


cinco anos de idade, sobretudo as desnutridas e as que vivem nos países em
desenvolvimento.
• Doença com distribuição universal, com variação sazonal. Nos climas tropicais, a
transmissão parece aumentar depois da estação chuvosa.

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EPIDEMIOLOGIA DIP

• Doença com distribuição universal, com variação sazonal. Nos climas tropicais, a
transmissão parece aumentar depois da estação chuvosa.
• Afeta ambos os sexos, igualmente.
• Em 2016, o Brasil recebeu a certificação da eliminação do vírus;
• Nos anos de 2016 e 2017 não foram confirmados casos da doença;

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EPIDEMIOLOGIA DIP

• Em 2018 o vírus voltou a circular devido intenso movimento de imigração de


venezuelanos para o Brasil;
• E em 2019, após um ano de franca circulação do vírus, o Brasil perdeu a
certificação de “país livre do vírus do sarampo” diante do registro de casos por
mais de 12 meses no território nacional, dando início a novos surtos da doença.

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ETIOLOGIA DIP
Fonte: Google Imagem
O vírus do sarampo é RNA envelopado de fita
única
• Gênero: Morbillivirus
• Família: Paramyxoviridae
Período de incubação: 8 a 12 dias da exposição
Aparecimento dos sintomas: 7 a 21 dias da
Legenda:
exposição Imagem do vírus do sarampo feita em
microscópio.

O HOMEM É O ÚNICO HOSPEDEIRO

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ASPECTOS CLÍNICOS DIP

PERÍODO DE INCUBAÇÃO
• Geralmente é assintomática
• Duração de 10-14 dias
• Pode ocorrer viremia após transmissão respiratória, seguida de replicação viral

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ASPECTOS CLÍNICOS DIP

PERÍODO PRODRÔMICO OU CATARRAL


• Duração de 2-8 dias
• Sintomas inespecíficos como febre, mal-estar, tosse produtiva, coriza,
fotofobia e conjuntivite
• Linfadenomegalia cervical, e, algumas vezes, os intraabdominais dão reações
dolorosas no abdome

Legenda:
Sinal de Koplik:
Pequenas manchas brancas com
halo hiperemiado. Patognomônico
do sarampo ocorre 24-48 horas
antes do surgimento do exantema

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Fonte: Google Imagens
ASPECTOS CLÍNICOS DIP

PERÍODO EXANTEMÁTICO
• Acentuação dos sintomas
• Surgimento do exantema característico
• Em torno do quarto dia de período prodrômico inicia o exantema máculo-
papular, avermelhado e em sentido cérebrocaudal.
• No 1º dia, surge na região retroauricular e face e do 2º a 3º dia estende-se
pelo tronco, e nas extremidades, persistindo por 5 a 6 dias

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Fonte: Google Imagens
ASPECTOS CLÍNICOS DIP

PERÍODO DE CONVALESCÊNCIA
• As manchas escurecem e surge descamação fina, semelhante a farinha
• Não apresenta febre, porém a tosse e a anorexia persistem por mais 6 – 10
dias
• Casos mais graves pode evoluir com desnutrição

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ASPECTOS CLÍNICOS DIP
Relembrando...

27/09/2023 Fonte: Sanarmed 16


DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DIP

Diagnóstico laboratorial é usado para confirmar a suspeita


• Análise das secreções nasofaríngeas, orofaríngeas e urina pelo (PCR), antes do
surgimento dos anticorpos IgM.
• (ELISA) detecta (IgM)
• Imunofluorescência direta
• Inibição da hemaglutinação

Padrão-ouro
Teste de neutralização por redução de placas (PRNT) para detecção de IgG
específico.

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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DIP

Doenças exantemáticas febris aguda:


• Rubéola
• Exantema súbito
• Escarlatina
• Eritema infeccioso
• Dengue
• Enteroviroses
• Eventos adversos à vacina.

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COMPLICAÇÕES DIP

É uma doença grave que pode deixar sequelas ou até causar a morte

• Crianças: pneumonia; infecções de ouvido; encefalite aguda (inflamação no


encéfalo – parte do sistema nervoso dentro do crânio); morte.
• Adultos: pneumonia.
• Gestantes: parto prematuro; bebê com baixo peso.

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TRATAMENTO DIP

• SINTOMATOLÓGICO!
• Hidratação oral;
• Antitérmicos;
• Compressas frias (convulsões febris);
• Umidificação do ar;
• Terapia nutricional;
• Antibioticoterapia SOMENTE em casos de infecções bacterianas secundárias;
• OBS: Não se pode utilizar AAS, porque pode levar a Síndrome de Reye!

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TRATAMENTO DIP

Cuidado com os olhos:

• Limpeza diária com soro fisiológico na área dos olhos;

• Água boricada em casos de intensa hiperemia com secreção;

• Ambiente escuro em casos de fotofobia;

• Conjuntivite purulenta: colírios de antibióticos de 05 a 07 dias;

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TRATAMENTO DIP

Suplementação de Vitamina A
OMS recomenda:
• Crianças menores de 06 meses com suspeita;
• Crianças com nível sérico inferior a 10mg/dl;
• Locais onde a taxa de mortalidade por sarampo é maior ou igual a 1%;
• Dosagem:
• Menores de 12 meses: 100 000 UI via oral;
• Maiores de 1 ano: 200 000 UI;
• OBS: Na presença de sinais oftalmológicos de deficiência da vitamina A, repetir
a dose após 24h e novamente após 04 semanas!

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PREVENÇÃO DIP

Fonte: Google Imagens

Fonte: Google Imagens

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PROFILAXIA DIP

Vacinação:
• Tríplice viral: Sarampo, caxumba e rubéola;

• Tetra viral: Sarampo, caxumba, rubéola e varicela;

• OBS: A tetra viral corresponde à 2ª dose da Tríplice viral e a 1ª dose contra


Varicela;

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PROFILAXIA DIP

Fonte: Amagis Saúde Notícias Gerais


• Profissionais da saúde devem apresentar as 02 doses da
vacina;
• Dose zero: Devido ao aumento de casos de sarampo em
alguns estados, todas as crianças de 6 meses a menores de 1
ano devem ser vacinadas (dose extra).
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CASO CLÍNICO DIP

• Paciente de 1 ano e 2 meses, masculino, encaminhado à FMT-HVD , com relato


de quadro gripal e febre há 5 dias e surgimento de exantema maculopapular
em face há 1 dia;
• Vacinação incompleta;
• A sorologia para sarampo demonstrou IgM positivo. No 20 dia de internação e
40 dia de exantema, apresentou piora de padrão respiratório, sete episódios de
diarreia aquosa e pico febril (37,8), as lesões exantemáticas mostravam-se com
intensa descamação furfurácea. No raio-x, notou-se padrão infiltrativo
intersticial sem consolidações;
• Optou-se pelo uso de sintomáticos e sais de reidratação oral evoluindo com
melhora. Recebeu alta após o 80 dia de exantema;

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REFERÊNCIAS DIP

• AZULAY, Rubem David. Dermatologia. 6. ed., rev. E atual. – [Reimpr.] – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
• TRATADO DE PEDIATRIA: Sociedade Brasileira de Pediatria. – 2.ed. – Barueri, SP: Manole,2010.
• TAVARES, Walter e MARINHO, Luiz. Rotinas de Diagnóstico e Tratamento das Doenças Infecciosas e Parasitárias; Atheneu, 4a ed.,
2015;
• American Academy of Pediatrics, Committee on Infectious Diseases. Vitamin A treatment of measles. Pediatrics 1993; 91: 5.
• Freire LMS, Menezes FR. Sarampo. In: Tonelli E, Freire LMS, ed. Doenças Infecciosas na Infância e Adolescência. 2a ed. Rio de
Janeiro: MEDSI; 2000. P. 851-83. Ribeiro JGL. Vacinações. In: Leão E, Correa JC, Mota JAC, Vianna BM, Vasconcellos. Pediatria
Ambulatorial. 5a Ed. Belo Horizonte: Coopmed , 2013. p. 175-176
• De Quadros CA, Izurieta H, Carrasco P, Brana M, Tambini G. Progress toward measles eradication in the region of Americas. Infect
Dis. 2003;187 Suppl 1:S102-10.
• MMWR, May 7, 2010, Vol 59 #RR03 MMRV – Use of combination Measles, Mumps, Rubella and Varicella Vaccine
Recommendations of the ACIP.
• PLUS. Sarampo: entenda por que a prevenção é importante. Disponível em:
<https://amagissaude.com.br/plus/modulos/noticias/ler.php?cdnoticia=426>. Acesso em: 26 set. 2023.
• Diagnóstico clínico, laboratorial e profilático do sarampo no Brasil. Sanarmed, 2019. Disponível em:
https://www.sanarmed.com/artigos-cientificos/diagnostico-clinico-laboratorial-e-profilatico-do-sarampo-no-brasil . Acesso em: 26
set. 2023.
• Sarampo: sintomas, prevenção, causas, complicações e tratamento. bvsms. Disponivel em: https://bvsms.saude.gov.br/sarampo-
sintomas-prevencao-causas-complicacoes-e-tratamento/ . Acesso em: 26 set. 2023.

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DIP

MUITO OBRIGADA!

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